MAGE
Ordem de Batalha Eletrônica (OBE) 2. Plataformas Aéreas
Após colhidas as informações através das ações de
MAGE, é confeccionado um documento que contém
dados da capacidade que determinado país
estrangeiro possui de explorar, para fins militares, o
espectro eletromagnético. Contém dados como:
localização, faixa de frequência e outros dados
relevantes.
Por sua relevância, os Radares possuem um
documento destinado só para eles, a OBR – Ordem
de Batalha Radar.
MAGE
As MAGE são atividades de GE passivas, que
visam obter dados no cenário eletromagnético para
as forças amigas
Possibilidades dos Equipamentos MAGE
1. Podem ser utilizados sem que o inimigo
saiba (detecta de forma passiva as forças
inimigas antes que ela detecte a plataforma
MAGE, contribuindo para a surpresa)
2. Dados colhidos por diferentes plataformas
podem ser compilados
3. Permitem interceptação além do horizonte
radar
Limitações dos Equipamentos MAGE
1. Seus resultados dependem da utilização de
equipamentos eletrônicos por parte do
inimigo (MAGE é um equipamento passivo)
2. Sujeitas a despistamento ou bloqueio por
parte do inimigo, que pode transmitir sinais
falsos que podem levar a uma avaliação
incorreta do cenário.
Plataformas MAGE
3 navios/Anv/Vtr conseguem determinar a área de
probabilidade do alvo, chamada de Elipse de
incerteza (similar a questão das 3 LDP para
obtenção do triângulo da incerteza). Ou então um só
navio/Anv/Vtr recebendo o sinal em 3 momentos
distintos. Esse processo é conhecido como
Localização Eletrônica.
Podem ser Plataformas Navais, Aéreas ou
Terrestres.
1. Plataformas Navais
Provê alarme da presença do inimigo antes de sua
detecção pelo radar. Apresenta melhores resultados
quando se utiliza o piquete (navio afastado do corpo
principal).
Vantagem: Possibilidade de receber equipamentos
MAGE maiores e mais potentes
Desvantagem: Pequena altitude das antenas e
horizonte radar curto
Torres
Possibilidades:
a) Devido à alta velocidade e altitude, as Anv
dotadas de MAGE podem realizar busca em
grandes áreas e pouco tempo
b) Melhor emprego quando apenas uma Anv
aproveita da sua velocidade para obter
várias marcações de uma mesma emissão.
Limitações:
a) Baixa autonomia
b) Equipamentos MAGE devem ser leves e de
pequeno volume
3. Plataformas Terrestres
Possibilidades:
a) Grande autonomia
Limitações:
a) Pequena altitude das antenas
b) Terreno pode ser um limitador
Receptor de Guerra Eletrônica (RGE)
Equipamento de detecção passiva que apoie as
atividades de GE
1. Inicialmente, uma antena recebe o sinal de
RF e transforma em sinal elétrico
2. O sinal elétrico passa por um receptor, que
mede sua frequência e os demais
parâmetros do sinal.
3. Após isto, são enviadas para um
processador e comparados na biblioteca de
sinais, de forma a perceber se o sinal obtido
já está na “memória do equipamento”, para
que se possa identificar do que se trata
4. Por fim, o sinal é apresentado de forma
gráfica no display.
5. Além disso, o processador pode comandar
a ativação de funções especiais (Chaff,
Flare etc) de acordo com o resultado obtido
da comparação na biblioteca de sinais
1

Componentes do Equipamento MAGE
Antena, Receptor e Indicador
1. Antenas
Devem ser instaladas o mais alto possível,
afastadas de obstáculos. Os cabos que vão às
antenas devem ser os mais curtos possíveis
Existem dois tipos: Omnidirecionais e Direcionais
1.1 Antenas Omnidirecionais
a) Recebem todos os sinais, propiciando
cobertura em 360º.
b) Possuem maior probabilidade de
interceptação e menor sensibilidade
c) Não determinam direções
1.2 Antenas Direcionais
a) Determinam direções
b) Possuem maior sensibilidade, porém menor
probabilidade de interceptação, pois não
recebem 360º (mesmo que giratórias)
1.3 Phased Array
Acaba por ser uma combinação entre antenas
omnidirecionais e direcionais, conseguindo juntar as
qualidades de cada modelo. Possuem alta
sensibilidade e capacidade de determinar direções,
2. Receptores
Equipamentos passivos que tem como função
primária alarmar quando são interceptados sinais
associados a ameaças. São enquadrados de acordo
com a faixa de frequência da ameaça:
a) RWR – Receptor de alerta Radar
b) LWR – Laser
c) MAWS – Míssil (IRWR + UVWR)
2.1 RWR
• Utilizam receptores de Cristal-Vídeo ou
Super-Heteródinos. Medem frequências
(super-heteródinos) ou somente a banda de
frequências (cristal-vídeo); LP, FRP etc
• Normalmente, o RWR possui como MAE
associada o Chaff, pois é o ideal para
quebra do acompanhamento do radar
inimigo.
2.2 MAWS
• É a junção do IRWR (infravermelho) com
UVWR (Ultrvioleta) (juntam as diferentes
faixas de frequência para aumentar a
capacidade operacional).
• O MAWS tem a função de detectar a
aproximação de plataformas aéreas,
principalmente os mísseis.
Torres
A principal limitação do MAWS é o aparecimento
constante de falsos alarmes. A solução é a
utilização junto a circuitos de memória.
• O MAWS tem como MAE associada o
DIRCM, que são sinais de infravermelho
que interferem no sistema de guiamento do
míssil (exceção MSA Mistral pelos espelhos
multifacetados)
2.3 Tipos de Receptores
2.3.1 Receptor de Cristal-Vídeo (CVR)
• Não são capazes de determinar a
frequência dos sinais recebidos (por isso só
detectam a banda da frequência)
• Empregado em GE como RWR devido sua
alta probabilidade de interceptação de
sinais, simplicidade e tamanho reduzido
OBS: Os CVR se combinados com o IFM (Receptor
de Medição Instantânea de Frequência) podem
medir a frequência
2.3.2 Receptor Super-Heteródino (SHR)
• Alta sensibilidade e seletividade
• Usados para se obter parâmetros mais
precisos dos sinais de radar
• Menos usados para alerta por possuir
menor probabilidade de interceptação de
sinais (podem ser adaptados para RWR)
2.3.3 Receptor a Célula Bragg
Possui como vantagem capacidade de processar
diversos sinais simultaneamente. Sua desvantagem
são os complexos algoritimos necessários para isso.
3. Indicadores
Os indicadores (displays) servem para alertar o
operador para um sinal, viabilizando a análise dos
sinais interceptados ou determinando a direção.
Podem ser indicadores visuais ou sonoros.
3.1 Indicadores visuais
O mais utilizado é o PPI, que apresenta de forma
polar o azimute e a distância ao alvo.
3.2 Indicadores sonoros
Os sons apresentados ao operador possibilitam
interpretação sobre o tipo de ameaça que está
sendo detectada, velocidade, aproximação ou
afastamento etc.
Análise de Sinais
Os parâmetros medidos pelos RGE podem ser
feitos por medições básicas ou apuradas.
2
Leitura básica: Frequência, FRP, LP, Potência, tipo
de varredura, modulação (AM ou FM), Polarização
Leitura apurada: Nível de Threshold, variações na
potência, tempo de chegada do sinal, setor de
busca
Características dos sinais Radar
Banco de Dados de GE
Buscam armazenar informações como:
1. Modus operandi de emprego dos emissores
inimigos
2. Informações técnicas sobre os radares,
MAE etc
3. Plataformas inimigas e armamentos
4. Unidades inimigas
5. Parâmetros dos emissores inimigos
Parâmetros técnicos
1. Frequência
2. FRP
3. LP
4. Modulação
5. Polarização
6. Velocidade e tipo de varredura
Frequência
A frequência afeta diretamente a distância que a
onda irá percorrer. Por meio da frequência, pode-se
estimar o alcance do radar.
• Baixas frequências – Longo alcance (Rdr
Vig)
• Altas frequências – curto alcance (Rdr tiro)
Polarização
1. Polarização Circular: - Utilizada para
detecção de alvos em condições de chuva
ou na presença de chaff, ou na transmissão
através da ionosfera
2. Polarização Horizontal – Empregada para
a discriminação de clutters (eliminação de
alvos fixos, tais como elevações)
3. Polarização Vertical – Utilizada para
minimizar os efeitos da curvatura da terra
Radiolocalização
Visa determinar a localização de um emissor (uma
das funções da MAGE) o que contribuirá na
confecção da OBE.
Triangulação
Técnica baseada na radiolocalização, onde a
plataforma buscará encontrar a localização do
emissor (elipse da incerteza)
Torres
Acompanhamento Passivo
Para uma Anv manter-se em detecção passiva, sem
ser detectada pelo radar interceptado, alguns
pontos devem ser observados:
1. Distância de detecção do radar (se
conhecida)
2. Se não for conhecida, estimar o Alcance
Máximo não Ambíguo através da FRP
3. Se não for possível afastar-se tanto, a Anv
deverá manter-se voando próximo e baixo
Horizonte Rádio
Por conta dos fenômenos da refração e difração, o
Horizonte Rádio é maior que o horizonte visual. Há
um ligeiro acompanhamento da curvatura da Terra,
reduzindo, assim, a área de zona morta.
Cálculo do Horizonte Rádio:
1. NM: H1 e H2 em pés (ft). Resultado em
milhas náuticas
2. KM: H1 e H2 em metros (m). Resultado em
Km
OBS:
H1= Altura + altitude da antena
H2= Altitude do alvo
OBS²: Nem sempre haverá vantagem do
equipamento MAGE sobre o radar.
PENAID (Auxílio à Penetração)
Consiste em uma tática utilizada por plataformas
aéreas ou navais para aproximação da fonte
emissora radar sem ser detectado.
1. A plataforma amiga deverá se manter
recebendo baixos níveis de potência do
radar, manobrando (ajuste altitude x
distância) de forma a não permitir aumentar
este nível de potência. O Equipamento
MAGE receberá da plataforma um baixo
nível de sinal, suficiente para ser
interceptado pelo MAGE, porém fraco para
retornar e sensibilizar o radar.
2. Quando chega-se no limite e há a
necessidade de exposição da plataforma ao
radar, pode-se combinar esta tática com
ações de ataque ou MAE (Anv irá atacar e
se evadir, conforme a sequência enorme de
slides)
3