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ENFERMAGEM

7. Epidemiologia e
Doenças Infectos-
Contagiosas

3ª EDIÇÃO –
2021/2022
GUIA DE VIGILÂNDIA EPIDEMIOLÓGICA
3

Prezado aluno do Curso de Enfermagem


Agradecimentos O conhecimento, o entendimento e o perfeito domínio da
Enfermagem, em suas diversas e muitas vertentes, são
ferramentas essenciais para o sucesso em qualquer
Em primeiro lugar, meu agradecimento especial e minha concurso – especialmente no âmbito da carreira militar,
consideração a dois professores extraordinários – aqueles com provas cada dia mais seletivas que abordam diversas
que me levaram a gostar de ensinar com excelência – particularidades e singularidades da matéria.
Dometildes Tinoco e Euzébio Cidade. (Olá, Mamãe e
Papai!) Tendo em vista, essencial e prioritariamente, o sucesso
de seus alunos, o Curso Cidade, por intermédio de sua
Um agradecimento sincero aos meus queridos alunos e equipe da Cadeira de Enfermagem, apresenta este
minha excelente e dedicada equipe de professores da Manual. Confeccionado a partir de um sólido
Cadeira de Enfermagem, liderada pela Professora Cíntia embasamento teórico, calcado na Bibliografia do
Lobo, profissional ímpar, e que reúne as qualidades de concurso. A presente apostila traz exercícios gabaritados,
um verdadeiro líder. Coordena com esmero a cadeira de com o intuito de fortalecer e solidificar a teoria aprendida
humanas do Curso Preparatório Cidade, com seu trabalho em sala, trabalhada na apostila e praticada nos simulados
de incomensurável valor pedagógico reconhecido pela semanais, cujo objetivo é ajudar a pensar com fluidez a
Direção do Curso, pela equipe que coordena e pelos contabilidade, sem recorrer a estratégias mnemônicas
demais alunos que já se prepararam em nosso Curso. ineficazes e ideias generalizadas, desprovidas de lógica.
Agradeço também a prestativa colaboradora de todas as
horas Lídia Maciel, que executou excelente trabalho na Aproveite! O material é seu: faça um ótimo uso dele!
formatação e diagramação deste material de Exercício. Temos certeza de que aquele que se dedicar com afinco
Esperamos que você utilize esta obra, exercitando com à resolução das questões aqui apresentadas irá melhorar
atenção cada item apresentado e pesquisando na sobremaneira o seu desempenho nos exames vindouros.
bibliografia àqueles que apresentaram maior grau de Nosso principal objetivo, com este material, é contribuir
dificuldade. Traga para a aula as dúvidas das questões para melhorar o desempenho de todo candidato que, de
cuja resposta não esteja de acordo com seu fato, queira aprender.
conhecimento ou envie-as por e-mail para seu professor. Estamos aqui torcendo e trabalhando pelo seu sucesso!
Aceite nossa companhia nesta viagem de treinamento Bom trabalho e bom estudo!
Rumo à Escola Militar.
Equipe de Enfermagem
Bons Estudos!!

Luiz Cidade

Diretor

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GUIA DE VIGILÂNDIA EPIDEMIOLÓGICA
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Professores dos Concursos

EQUIPE Sormany Fernandes – História Geral e do Brasil


Djalma Augusto – História Geral e do Brasil
Albert Iglésia – Língua Portuguesa
Diretor Geral Valber Freitas Santos – Gramática (EAD)
Luiz Alberto Tinoco Cidade Adriana Bitencourt – Redação e Literatura
Drº Adriano Andrade – Geografia geral e do Brasil
Diretora Executiva Enio Botelho – Geografia Geral e do Brasil
Drª Janaina Mourão – Geografia Geral e do Brasil (EAD)
Clara Marisa May
Ms Rubia de Paula Rubio – Geografia Geral e do Brasil
Luiz Alberto Tinoco Cidade – Espanhol
Diretor de Artes Drº Daniel Soares Filho – Espanhol (EAD)
Fabiano Rangel Cidade Maristella Mattos Silva – Espanhol (EAD)
Monike Cidade – Espanhol e Alemão (EAD)
Gerente Operacional Ivana - Inglês
Laura Maciel Cruz Márcia Mattos da Silva – Francês (EAD)
Marcos Henrique – Francês
Coordenação Geral dos Cursos Preparatórios Edson Antonio S. Gomes – Administração
Profº Luiz Alberto Tinoco Cidade Tomé de Souza – Administração (EAD)
Alexandre Santos de Oliveira – Direito
Coordenação dos Cursos de Idiomas EAD Drº Evilásio dos Santos Moura – Direito
Rafael – Direito
Profº Dr. Daniel Soares Filho
Cirelene E. Martins - Direito
Genilson Vaz Silva Sousa – Ciências Contábeis
Secretaria
Rodrigo Flórido Brum – Ciências Contábeis
Evilin Drunoski Mache Ricardo Sant'Ana – Informática
Fausto Santos – Informática
Suporte Técnico Rômulo Santos – Informática
Fernnanda Moreira Teodoro Cintia Lobo César – Enfermagem
Lídia Maciel Cruz Maria Luiza - Enfermagem
Marcelo Herculano – Enfermagem
Editoração Gráfica Lacerda – Enfermagem
Murilo Roballo – Matemática
Edilva de Lima do Nascimento
Fernando Cunha Córes - Matemática
Fonoaudióloga e Psicopedagoga Marcos Massaki – Física I, II e III
Andrei – Física e Matemática
Mariana Ramos – CRFa 12482-RJ/T-DF
Mauro – Química
Assessoria Jurídica Antenor Nagi Passamani – Química
Luiza May – OAB/DF – 24.164

Assessoria de Línguas Estrangeiras


Monike Rangel Cidade (Poliglota-Suíça)

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GUIA DE VIGILÂNDIA EPIDEMIOLÓGICA 5

Conteúdo
0. GUIA DE VIGILÂNDIA EPIDEMIOLÓGICA ............................................................. 17

1. SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA .................................. 17

1.1. PROPÓSITOS E FUNÇÕES ................................................................................................................ 17

1.2. COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES ........................................................................................... 18


1.2.1. TIPOS DE DADOS ........................................................................................................................ 18

1.3. NOTIFICAÇÃO DE EMERGÊNCIAS DE SAÚDE PÚBLICA, SURTOS E EPIDEMIAS ..................... 19


1.3.1. EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA DE INTERESSE INTERNACIONAL (RSI/2005) .............. 19
1.3.2. FONTES DE DADOS .................................................................................................................... 19
1.3.3. NOTIFICAÇÃO .............................................................................................................................. 20
1.3.4. INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA ........................................................................................... 21
1.3.5. FONTES ESPECIAIS DE DADOS ................................................................................................ 21

1.4. INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE CASOS, EMERGÊNCIAS DE SAÚDE PÚBLICA, SURTOS


E EPIDEMIAS .................................................................................................................................................. 22
1.4.1. INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE CASOS E EPIDEMIAS ............................................... 22
1.4.2. INVESTIGAÇÃO DE CASOS DE UMA DOENÇA ........................................................................ 23

1.5. ROTEIRO DA INVESTIGAÇÃO DE CASOS ....................................................................................... 23


1.5.1. ETAPA 1 – COLETA DE DADOS SOBRE OS CASOS ................................................................ 24
1.5.2. ETAPA 2 – BUSCA DE PISTAS.................................................................................................... 24
1.5.3. ETAPA 3 – BUSCA ATIVA DE CASOS ........................................................................................ 25
1.5.4. ETAPA 4 – PROCESSAMENTO E ANÁLISES PARCIAIS DOS DADOS .................................... 25
1.5.5. ETAPA 5 – ENCERRAMENTO DE CASOS ................................................................................. 25
1.5.6. ETAPA 6 – RELATÓRIO FINAL .................................................................................................... 25
1.5.7. INVESTIGAÇÃO DE SURTOS E EPIDEMIAS ............................................................................. 26

1.6. ROTEIRO DE INVESTIGAÇÃO DE EPIDEMIAS/SURTOS ................................................................ 26


1.6.1. ETAPA 1 – CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DA DOENÇA ................................................. 26
1.6.2. ETAPA 2 – CONFIRMAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE EPIDEMIA/SURTO ...................................... 26
1.6.3. ETAPA 3 – CARACTERIZAÇÃO DA EPIDEMIA .......................................................................... 26
1.6.4. ETAPA 4 – FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES PRELIMINARES ................................................... 26
1.6.5. ETAPA 5 – ANÁLISES PARCIAIS ................................................................................................ 27
1.6.6. ETAPA 6 – BUSCA ATIVA DE CASOS ........................................................................................ 27
1.6.7. ETAPA 7 – BUSCA DE DADOS ADICIONAIS .............................................................................. 27
1.6.8. ETAPA 8 – ANÁLISE FINAL ......................................................................................................... 27
1.6.9. ETAPA 9 – MEDIDAS DE CONTROLE ........................................................................................ 28
1.6.10. ETAPA 10 – RELATÓRIO FINAL .................................................................................................. 28
1.6.11. ETAPA 11 – DIVULGAÇÃO .......................................................................................................... 28

1.7. PROCEDIMENTOS PARA COLETA, CONSERVAÇÃO, ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE


DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS ...................................................................................................................... 29
2. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ... 31

2.1. SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN) ...................................... 31

2.2. SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE (SIM) .......................................................... 34


2.2.1. FLUXO DA DECLARAÇÃO DE ÓBITO ........................................................................................ 35

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2.3. SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE NASCIDOS VIVOS (SINASC) ............................................. 36

2.4. SISTEMA DE INFORMAÇÕES HOSPITALARES (SIH/SUS) ............................................................ 38

2.5. SISTEMA DE INFORMAÇÕES AMBULATORIAIS DO SUS (SIA/SUS) ............................................ 38

2.6. SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE ATENÇÃO BÁSICA (SIAB) ........................................................ 39

2.7. SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO (SI-PNI) .............. 39

2.8. CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................................... 39


3. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAIS ..... 41

3.1. OBJETIVOS DO SISTEMA .................................................................................................................. 41


3.1.1. ESTE SISTEMA TEM COMO PRINCIPAIS OBJETIVOS: ............................................................ 41

3.2. NOTIFICAÇÃO E INVESTIGAÇÃO DOS EVENTOS ADVERSOS – ATRIBUIÇÕES DOS


DIFERENTES NÍVEIS DO SISTEMA DE SAÚDE .......................................................................................... 41

3.3. ATRIBUIÇÕES DOS DIFERENTES NÍVEIS DO SISTEMA DE SAÚDE ............................................ 42


3.3.1. NÍVEL LOCAL................................................................................................................................ 42
3.3.2. NÍVEL MUNICIPAL ........................................................................................................................ 42
3.3.3. NÍVEL ESTADUAL ........................................................................................................................ 42
3.3.4. NÍVEL NACIONAL ......................................................................................................................... 43

3.4. CONDUTA FRENTE A ALGUNS EVENTOS ADVERSOS COMUNS A VÁRIOS


IMUNOBIOLÓGICOS ...................................................................................................................................... 43
3.4.1. MANIFESTAÇÕES LOCAIS.......................................................................................................... 43
3.4.2. NOTIFICAÇÃO E INVESTIGAÇÃO .............................................................................................. 44
3.4.3. CONDUTA / TRATAMENTO ......................................................................................................... 44
3.4.4. CONTRAINDICAÇÃO PARA DOSES SUBSEQUENTES ............................................................ 44
3.4.5. FEBRE ........................................................................................................................................... 44
3.4.6. CONVULSÃO FEBRIL .................................................................................................................. 45
3.4.7. CONTRAINDICAÇÃO PARA DOSES SUBSEQUENTES ............................................................ 45
3.4.8. REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE ........................................................................................ 46
4. CONCEITOS IMPORTANTES EM EPIDEMIOLOGIA ............................................. 48

5. DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS MAIS IMPORTANTES............................... 55

5.1. INFLUENZA .......................................................................................................................................... 55


5.1.1. DESCRIÇÃO ................................................................................................................................. 55
5.1.2. INFLUENZA SAZONAL ................................................................................................................. 55
5.1.3. INFLUENZA PANDÊMICA OU COM POTENCIAL PANDÊMICO ................................................ 55
5.1.4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................................................... 57
5.1.5. INDICAÇÃO PARA A COLETA DE AMOSTRAS NO INDIVÍDUO DOENTE ............................... 58
5.1.6. TRATAMENTO .............................................................................................................................. 59
5.1.7. NOTIFICAÇÃO .............................................................................................................................. 60

5.2. RUBÉOLA ............................................................................................................................................ 60


5.2.1. DESCRIÇÃO ................................................................................................................................. 60
5.2.2. MODO DE TRANSMISSÃO .......................................................................................................... 61
5.2.3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................................................... 61
5.2.4. TRATAMENTO .............................................................................................................................. 62

5.3. SARAMPO ............................................................................................................................................ 63

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5.3.1. DESCRIÇÃO ................................................................................................................................. 63


5.3.2. AGENTE ETIOLÓGICO ................................................................................................................ 63
5.3.3. RESERVATÓRIO .......................................................................................................................... 63
5.3.4. MODO DE TRANSMISSÃO .......................................................................................................... 63
5.3.5. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................................................... 63

5.4. COQUELUCHE .................................................................................................................................... 66


5.4.1. DESCRIÇÃO ................................................................................................................................. 66
5.4.2. MODO DE TRANSMISSÃO .......................................................................................................... 66
5.4.3. SUSCETIBILIDADE E IMUNIDADE .............................................................................................. 67
5.4.4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................................................... 67
5.4.5. TRATAMENTO .............................................................................................................................. 68
5.4.6. CONTROLE DA FONTE DE INFECÇÃO ...................................................................................... 69

5.5. DIFTERIA ............................................................................................................................................. 69


5.5.1. DESCRIÇÃO ................................................................................................................................. 69
5.5.2. MODO DE TRANSMISSÃO .......................................................................................................... 69
5.5.3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................................................... 70
5.5.4. NOTIFICAÇÃO .............................................................................................................................. 74
5.5.5. PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA EVITAR DISSEMINAÇÃO DA BACTÉRIA .............................. 74
5.5.6. IMUNIZAÇÃO ................................................................................................................................ 74
5.5.7. CONTROLE DOS COMUNICANTES ........................................................................................... 75

5.6. PAROTIDIDE INFECCIOSA ................................................................................................................ 75


5.6.1. DESCRIÇÃO ................................................................................................................................. 75
5.6.2. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................................................... 76
5.6.3. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ................................................................................................. 76
5.6.4. TRATAMENTO .............................................................................................................................. 76
5.6.5. INSTRUMENTOS DISPONÍVEIS PARA CONTROLE .................................................................. 77

5.7. POLIOMIELITE..................................................................................................................................... 77
5.7.1. DESCRIÇÃO ................................................................................................................................. 77
5.7.2. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................................................... 78
5.7.3. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ................................................................................................. 79
5.7.4. TRATAMENTO .............................................................................................................................. 79
5.7.5. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA .................................................................................................. 79
5.7.6. NOTIFICAÇÃO .............................................................................................................................. 80
5.7.7. ASSISTÊNCIA MÉDICA AO PACIENTE ...................................................................................... 80

5.8. TÉTANO ACIDENTAL ......................................................................................................................... 80


5.8.1. DESCRIÇÃO ................................................................................................................................. 80
5.8.2. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................................................... 81
5.8.3. TRATAMENTO .............................................................................................................................. 82
5.8.4. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA .................................................................................................. 83
5.8.5. NOTIFICAÇÃO .............................................................................................................................. 84
5.8.6. ASSISTÊNCIA MÉDICA AO PACIENTE ...................................................................................... 84

5.9. VARICELA/HERPES ZOSTER ............................................................................................................ 86


5.9.1. VARICELA ..................................................................................................................................... 86
5.9.2. HERPES ZOSTER ........................................................................................................................ 86
5.9.3. MODO DE TRANSMISSÃO .......................................................................................................... 86
5.9.4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................................................... 87
5.9.5. DIAGNÓSTICO.............................................................................................................................. 88
5.9.6. TRATAMENTO .............................................................................................................................. 88
5.9.7. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS ................................................................................................ 89
5.9.8. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA .................................................................................................. 89

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GUIA DE VIGILÂNDIA EPIDEMIOLÓGICA 8

5.9.9. NOTIFICAÇÃO .............................................................................................................................. 89

5.10. BOTULISMO ..................................................................................................................................... 90


5.10.1. DESCRIÇÃO ................................................................................................................................. 90
5.10.2. MODO DE TRANSMISSÃO .......................................................................................................... 90
5.10.3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................................................... 92
5.10.4. DIAGNÓSTICO CLÍNICO .............................................................................................................. 92
5.10.5. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ................................................................................................. 93
5.10.6. TRATAMENTO .............................................................................................................................. 93
5.10.7. NOTIFICAÇÃO .............................................................................................................................. 95

5.11. CÓLERA ........................................................................................................................................... 96


5.11.1. DESCRIÇÃO ................................................................................................................................. 96
5.11.2. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................................................... 97
5.11.3. TRATAMENTO .............................................................................................................................. 98
5.11.4. NOTIFICAÇÃO .............................................................................................................................. 98
5.11.5. ÁREA DE RISCO PARA CÓLERA .............................................................................................. 100

5.12. FEBRE TIFÓIDE ............................................................................................................................. 100


5.12.1. DESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 100
5.12.2. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS .................................................................................................... 102
5.12.3. TRATAMENTO ............................................................................................................................ 103

5.13. AIDS ................................................................................................................................................ 106


5.13.1. DESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 106
5.13.2. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS .................................................................................................... 109
5.13.3. TRATAMENTO ............................................................................................................................ 110
5.13.4. DOENÇAS INDICATIVAS DE AIDS PARA AS QUAIS É REQUERIDO O DIAGNÓSTICO
DEFINITIVO ............................................................................................................................................... 110
5.13.5. DOENÇAS INDICATIVAS DE AIDS, PARA AS QUAIS TAMBÉM É ACEITO O DIAGNÓSTICO
PRESUNTIVO ............................................................................................................................................ 111
5.13.6. NOTIFICAÇÃO ............................................................................................................................ 111

5.14. HEPATITES VIRAIS ....................................................................................................................... 113


5.14.1. DESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 113
5.14.2. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS .................................................................................................... 116
5.14.3. TRATAMENTO ............................................................................................................................ 120
5.14.4. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ................................................................................................ 121
5.14.5. IMUNIZAÇÃO .............................................................................................................................. 122

5.15. HANSENÍASE ................................................................................................................................. 125


5.15.1. DESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 125
5.15.2. DIAGNÓSTICO CLÍNICO ............................................................................................................ 126
5.15.3. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ............................................................................................... 127
5.15.4. SEGUIMENTO DE CASOS ......................................................................................................... 130
5.15.5. CRITÉRIOS DE ALTA POR CURA ............................................................................................. 130
5.15.6. PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE INCAPACIDADES FÍSICAS ............................................. 131
5.15.7. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ................................................................................................ 132

5.16. TUBERCULOSE ............................................................................................................................. 134


5.16.1. DESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 134
5.16.2. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS .................................................................................................... 135
5.16.3. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ............................................................................................... 136
5.16.4. TRATAMENTO ............................................................................................................................ 138

5.17. LEPTOSPIROSE ............................................................................................................................ 143

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5.17.1. DESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 143


5.17.2. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS .................................................................................................... 144
5.17.3. EXAMES ESPECÍFICOS ............................................................................................................ 146
5.17.4. TRATAMENTO ............................................................................................................................ 146
5.17.5. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ................................................................................................ 147
5.17.6. NOTIFICAÇÃO ............................................................................................................................ 147
5.17.7. IMUNIZAÇÃO .............................................................................................................................. 149

5.18. DENGUE ......................................................................................................................................... 151


5.18.1. DESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 151
5.18.2. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS .................................................................................................... 152
5.18.3. TRATAMENTO ............................................................................................................................ 154

5.19. FEBRE AMARELA ......................................................................................................................... 159


5.19.1. DESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 159
5.19.2. ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS ............................................................................. 160
5.19.3. TRATAMENTO ............................................................................................................................ 161
5.19.4. IMUNIZAÇÃO .............................................................................................................................. 162

5.20. DOENÇA DE CHAGAS .................................................................................................................. 164


5.20.1. DESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 164
5.20.2. ASPECTOS CLÍNICOS ............................................................................................................... 167
5.20.3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA DOENÇA DE CHAGAS AGUDA (DCA) .............................. 167
5.20.4. DIAGNOSTICO LABORATORIAL ............................................................................................... 168
5.20.5. TRATAMENTO ............................................................................................................................ 169
5.20.6. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ................................................................................................ 170
5.20.7. NOTIFICAÇÃO ............................................................................................................................ 171

5.21. ESQUISTOSSOMOSE ................................................................................................................... 171


5.21.1. DESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 171
5.21.2. MANIFESTAÇÕES E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS .............................................................. 173
5.21.3. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ............................................................................................... 174
5.21.4. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ................................................................................................ 175
5.21.5. NOTIFICAÇÃO ............................................................................................................................ 175

5.22. MALÁRIA ........................................................................................................................................ 176


5.22.1. DESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 176
5.22.2. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS .................................................................................................... 178
5.22.3. TRATAMENTO ............................................................................................................................ 179
5.22.4. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ................................................................................................ 180
5.22.5. NOTIFICAÇÃO ............................................................................................................................ 181

5.23. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA / LEISHMANIOSE VISCERAL ......................... 182


5.23.1. DESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 182
5.23.2. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS .................................................................................................... 183
5.23.3. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ............................................................................................... 185
5.23.4. TRATAMENTO ............................................................................................................................ 185
5.23.5. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ................................................................................................ 186
5.23.6. LEISHMANIOSE VISCERAL ....................................................................................................... 186
5.23.7. MODO DE TRANSMISSÃO ........................................................................................................ 187
5.23.8. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS .................................................................................................... 188
5.23.9. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ............................................................................................... 189
5.23.10. TRATAMENTO ........................................................................................................................ 189
5.23.11. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ............................................................................................ 190

5.24. MENINGITES .................................................................................................................................. 191

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GUIA DE VIGILÂNDIA EPIDEMIOLÓGICA 10

5.24.1. DESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 191


5.24.2. MENINGITES BACTERIANAS .................................................................................................... 191
5.25.3. MODO DE TRANSMISSÃO ........................................................................................................ 192
5.25.4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS .................................................................................................... 192
5.25.5. COMPLICAÇÕES ........................................................................................................................ 193
5.25.6. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ............................................................................................... 194
5.25.7. TRATAMENTO ............................................................................................................................ 194

5.26. RAIVA ............................................................................................................................................. 199


5.26.2. DESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 199
5.26.3. MODO DE TRANSMISSÃO ........................................................................................................ 200
5.26.4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS .................................................................................................... 201
5.26.5. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ............................................................................................... 201
5.26.6. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ................................................................................................ 202
5.26.7. NOTIFICAÇÃO ............................................................................................................................ 202
5.26.8. INSTRUMENTOS DISPONÍVEIS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DA RAIVA HUMANA .. 204
5.26.9. MANIFESTAÇÕES LOCAIS........................................................................................................ 204
5.26.10. MANIFESTAÇÕES GERAIS.................................................................................................... 205
5.26.11. EVENTOS ADVERSOS ........................................................................................................... 206
6. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO: FEBRE PELO ZICA VÍRUS ................................. 211

6.1. AGENTE ETIOLÓGICO ..................................................................................................................... 211


6.1.1. ECOEPIDEMIOLOGIA ................................................................................................................ 211
6.1.2. MODOS DE TRANSMISSÃO ...................................................................................................... 211
6.1.3. APRESENTAÇÃO CLÍNICA ........................................................................................................ 211
6.1.4. TRATAMENTO ............................................................................................................................ 212
7. MONITORAMENTO DOS CASOS DE DENGUE, FEBRE DE CHIKUNGUNYA E
DOENÇA AGUDA PELO VÍRUS ZIKA ATÉ A SEMANA EPIDEMIOLÓGICA 43 DE 2018
213

7.1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 213


8. FEBRE CHICUNGUNHA – MANEJO CLÍNICO ..................................................... 214

8.1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 214


8.1.1. ESPECTRO CLÍNICO ................................................................................................................. 214
8.1.2. MANIFESTAÇÕES ATÍPICAS E GRAVES ................................................................................. 219
8.1.3. MANEJO CLÍNICO ...................................................................................................................... 220

8.2. AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DO PACIENTE NA FASE AGUDA ................................................ 221


8.2.1. ANAMNESE................................................................................................................................. 221
8.2.2. EXAME FÍSICO ........................................................................................................................... 222
8.2.3. CONDUTA ................................................................................................................................... 222
8.2.4. AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DO PACIENTE NA FASE SUBAGUDA E NA FASE CRÔNICA
224
9. PLANO DE CONTIGÊNCIA NACIONAL PARA A FEBRE DE CHIKUNGUNHA .. 226

9.1. AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE ............................................................................................. 226

9.2. SUSCEPTIBILIDADE, EXPOSIÇÃO E TRANSMISSÃO .................................................................. 226

9.3. FATORES AMBIENTAIS ................................................................................................................... 226

9.4. ESTRATÉGIA DO PLANO DE CONTINGÊNCIA DA FEBRE DE CHIKUNGUNYA ........................ 227

10
GUIA DE VIGILÂNDIA EPIDEMIOLÓGICA 11

9.4.1. NÍVEL 0 - CASOS IMPORTADOS .............................................................................................. 227


9.4.2. NÍVEL 1 - CASOS AUTÓCTONES ESPORÁDICOS .................................................................. 227
9.4.3. NÍVEL 2 - EPIDEMIA DE FEBRE DE CHIKUNGUNYA .............................................................. 228
9.4.4. NÍVEL 3 – EPIDEMIA SIMULTÂNEA DE DENGUE E FEBRE DE CHIKUNGUNYA. ................ 228
10. IMUNIZAÇÃO ......................................................................................................... 229

10.1. CALENDÁRIO NACIONAL DE VACINAÇÃO ............................................................................... 229


10.1.1. CRIANÇA..................................................................................................................................... 229
10.1.2. ADOLESCENTE .......................................................................................................................... 231
10.1.3. ADULTO ...................................................................................................................................... 231
10.1.4. IDOSOS (60 ANOS OU MAIS) .................................................................................................... 232
10.1.5. GESTANTE ................................................................................................................................. 232

10.2. CAMPANHAS ................................................................................................................................. 232

10.3. VACINA PARA GRUPOS ESPECIAIS .......................................................................................... 232

10.4. REDE DE FRIO ............................................................................................................................... 233

10.5. AQUISIÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS .......................................................................................... 233

10.6. SI-PNI .............................................................................................................................................. 233


10.6.1. OBJETIVOS DO SISTEMA ......................................................................................................... 233

10.7. EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO .................................................................................. 234

10.8. CONCEITOS GERAIS .................................................................................................................... 234


10.8.1. DOIS TIPOS DE EVENTOS ADVERSOS MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL: ......................... 235
10.8.2. SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE EVENTOS ADVERSOS PÓS-
VACINAÇÃO (VEAPV)............................................................................................................................... 235
10.8.3. VACINA CONTRA TUBERCULOSE – BCG ............................................................................... 237
10.8.4. VACINA CONTRA A HEPATITE B – HB .................................................................................... 238
10.8.5. VACINA CONTRA DIFTERIA, TÉTANO E PERTUSSIS COMBINADA COM A VACINA CONTRA
HAEMOPHILUS INFLUENZAE TIPO B – TETRAVALENTE .................................................................... 240
10.8.6. VACINA ORAL CONTRA A POLIOMIELITE – VOP ................................................................... 247
10.8.7. VACINA ORAL DE ROTAVÍRUS HUMANO – VORH ................................................................. 248
10.8.8. VACINA CONTRA A FEBRE AMARELA – FA ............................................................................ 250
10.8.9. VACINA TRÍPLICE VIRAL E DUPLA VIRAL – SCR E SR ......................................................... 252
10.8.10. VACINAS CONTRA TÉTANO E DIFTERIA – DT E DT .......................................................... 255
10.8.11. VACINA CONTRA A INFLUENZA – INF ................................................................................. 257
10.8.12. VACINA CONTRA PNEUMOCOCO 23-VALENTE – PN23 .................................................... 259
10.8.13. VACINA CONTRA A RAIVA HUMANA ................................................................................... 261
10.8.14. VACINA INATIVADA CONTRA A POLIOMIELITE .................................................................. 264
10.8.15. VACINA CONTRA A VARICELA ............................................................................................. 264
10.8.16. VACINA CONJUGADA CONTRA O PNEUMOCOCO 7-VALENTE ....................................... 265
10.8.17. VACINA CONJUGADA CONTRA O HAEMOPHILUS INFLUENZAE DE TIPO B .................. 265
10.8.18. VACINA TRÍPLICE BACTERIANA ACELULAR ...................................................................... 265
10.8.19. VACINA CONJUGADA CONTRA O MENINGOCOCO C ....................................................... 266
10.8.20. IMUNOGLOBULINAS HUMANAS ........................................................................................... 266
10.8.21. VACINAS DE USO RESTRITO (CONTRA MENINGOCOCOS DOS SOROGRUPOS A E C,
MENINGOCOCOS DOS SOROGRUPOS B E C E FEBRE TIFÓIDE) ..................................................... 266
10.8.22. VACINA CONTRA MENINGOCOCO DOS SOROGRUPOS B E C ........................................ 267
10.8.23. VACINA CONTRA A FEBRE TIFOIDE .................................................................................... 268
10.8.24. SOROS HETERÓLOGOS ....................................................................................................... 269
10.8.25. DOENÇA DO SORO ................................................................................................................ 271

11
GUIA DE VIGILÂNDIA EPIDEMIOLÓGICA 12

11. VACINAÇÃO E ATENÇÃO BÁSICA ..................................................................... 273

12. SUPRIMENTO DE IMUNOBIOLÓGICOS .............................................................. 274

13. BASES IMUNOLÓGICAS DA VACINAÇÃO ......................................................... 275

13.1. IMUNIDADE INESPECÍFICA (NATURAL OU INATA) .................................................................. 275


13.1.1. SEUS PRINCIPAIS COMPONENTES SÃO: .............................................................................. 275

13.2. IMUNIDADE ESPECÍFICA (ADQUIRIDA OU ADAPTATIVA) ...................................................... 276

13.3. RESPOSTAS PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA ................................................................................... 276

13.4. IMUNIDADE ATIVA E PASSIVA .................................................................................................... 277


13.4.1. IMUNIDADE ATIVA ..................................................................................................................... 277
13.4.2. IMUNIDADE PASSIVA ................................................................................................................ 277

13.5. FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPOSTA IMUNE ............................................................... 277


13.5.1. FATORES RELACIONADOS AO VACINADO ............................................................................ 277
13.5.2. FATORES RELACIONADOS À VACINA .................................................................................... 278
14. ASPECTOS TÉCNICOS E ADMINISTRATIVOS DA ATIVIDADE DE VACINAÇÃO
280

14.1. EQUIPE DE VACINAÇÃO E FUNÇÕES BÁSICAS ...................................................................... 280

14.2. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA SALA DE VACINAÇÃO .......................................... 281


14.2.1. ESPECIFICIDADES DA SALA DE VACINAÇÃO ........................................................................ 281

14.3. ACOLHIMENTO E TRIAGEM ........................................................................................................ 281


14.3.1. ACOLHIMENTO .......................................................................................................................... 281
14.3.2. TRIAGEM .................................................................................................................................... 282

14.4. ADMINISTRAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS ............................................................................. 282


14.4.1. NOTAS ........................................................................................................................................ 282

14.5. ENCERRAMENTO DO TRABALHO DIÁRIO ................................................................................ 283

14.6. RESÍDUOS RESULTANTES DAS ATIVIDADES DE VACINAÇÃO ............................................. 283


14.6.1. NOTAS ........................................................................................................................................ 284
14.6.2. CUIDADOS COM OS RESÍDUOS DA SALA DE VACINAÇÃO ................................................. 284
15. CONSERVAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS ....................................................... 285

15.1. REDE DE FRIO ............................................................................................................................... 285


15.1.1. INSTRUMENTOS PARA MONITORAMENTO E CONTROLE DA TEMPERATURA ................ 285

15.2. EQUIPAMENTOS DE REFRIGERAÇÃO E INSUMOS APLICÁVEIS À CADEIA DE FRIO ........ 285


15.2.1. CÂMARAS REFRIGERADAS ..................................................................................................... 286
15.2.2. ORGANIZAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS NA CÂMARA REFRIGERADA ............................ 286
15.2.3. ORGANIZAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS NO REFRIGERADOR ......................................... 286
15.2.4. FREEZER .................................................................................................................................... 287
15.2.5. CAIXAS TÉRMICAS .................................................................................................................... 287
16. PROCEDIMENTOS SEGUNDO AS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS
IMUNOBIOLÓGICOS ...................................................................................................... 289

12
GUIA DE VIGILÂNDIA EPIDEMIOLÓGICA 13

16.1. VIA ORAL ....................................................................................................................................... 289

16.2. VIA PARENTERAL ......................................................................................................................... 289


16.2.1. NOTA ........................................................................................................................................... 289

16.3. VIA INTRADÉRMICA (ID) .............................................................................................................. 289

16.4. VIA SUBCUTÂNEA (SC) ................................................................................................................ 290

16.5. VIA INTRAMUSCULAR (IM) .......................................................................................................... 290


16.5.1. NOTAS ........................................................................................................................................ 290

16.6. VIA ENDOVENOSA (EV) ............................................................................................................... 291


17. SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM IMUNIZAÇÕES ................................................ 292

17.1. OS PRINCIPAIS SUBSISTEMAS SÃO OS SEGUINTES ............................................................. 292


17.1.1. SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES (SI-PNI) - É
COMPOSTO POR MÓDULOS, DENTRE OS QUAIS SE DESTACAM, NO MENU “CADASTRO”, OS
SEGUINTES: ............................................................................................................................................. 292
18. PROCEDIMENTOS PARA A ADMINISTRAÇÃO DE VACINAS ........................... 294

18.1. AS VACINAS QUE INTEGRAM A ROTINA DE VACINAÇÃO DO PNI SÃO AS SEGUINTES ... 294
18.1.1. OS IMUNOBIOLÓGICOS UTILIZADOS A PARTIR DE INDICAÇÃO MÉDICA EM SITUAÇÕES
ESPECIAIS E PARA GRUPOS ESPECÍFICOS, DISPONIBILIZADOS NO CENTRO DE REFERÊNCIA
PARA IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAIS (CRIE), SÃO OS SEGUINTES: ............................................... 294

18.2. CONTRAINDICAÇÕES, SITUAÇÕES ESPECIAIS, ADIAMENTO, VACINAÇÃO SIMULTÂNEA E


FALSAS CONTRAINDICAÇÕES ................................................................................................................. 295
18.2.1. CONTRAINDICAÇÕES COMUNS A TODO IMUNOBIOLÓGICO .............................................. 295
18.2.2. SITUAÇÕES ESPECIAIS ............................................................................................................ 295
18.2.3. FALSAS CONTRAINDICAÇÕES ................................................................................................ 296
19. VACINAS ................................................................................................................ 298

19.1. VACINA BCG .................................................................................................................................. 298


19.1.1. COMPOSIÇÃO ............................................................................................................................ 298
19.1.2. INDICAÇÃO ................................................................................................................................. 298
19.1.3. CONTRAINDICAÇÃO ................................................................................................................. 298
19.1.4. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ................................................................................................... 298
19.1.5. VIA DE ADMINISTRAÇÃO .......................................................................................................... 299

19.2. VACINA HEPATITE B (RECOMBINANTE) ................................................................................... 300


19.2.1. COMPOSIÇÃO ............................................................................................................................ 300
19.2.2. INDICAÇÃO ................................................................................................................................. 300
19.2.3. CONTRAINDICAÇÃO ................................................................................................................. 301
19.2.4. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ................................................................................................... 301
19.2.5. CONSERVAÇÃO ......................................................................................................................... 302

19.3. VACINA ADSORVIDA DIFTERIA, TÉTANO, PERTUSSIS, HEPATITE B (RECOMBINANTE) E


HAEMOPHILUS INFLUENZAE B (CONJUGADA) (PENTA) ...................................................................... 302
19.3.1. COMPOSIÇÃO ............................................................................................................................ 302
19.3.2. INDICAÇÃO ................................................................................................................................. 303
19.3.3. CONTRAINDICAÇÃO ................................................................................................................. 303
19.3.4. CONSERVAÇÃO ......................................................................................................................... 303

13
GUIA DE VIGILÂNDIA EPIDEMIOLÓGICA 14

19.4. VACINA ADSORVIDA DIFTERIA, TÉTANO E PERTUSSIS (DTP) .............................................. 303


19.4.1. INDICAÇÃO ................................................................................................................................. 303
19.4.2. COMPOSIÇÃO ............................................................................................................................ 303
19.4.3. CONTRAINDICAÇÃO ................................................................................................................. 304
19.4.4. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ................................................................................................... 304

19.5. VACINA POLIOMIELITE 1, 2 E 3 (INATIVADA) (VIP) .................................................................. 305


19.5.1. COMPOSIÇÃO ............................................................................................................................ 305
19.5.2. INDICAÇÃO ................................................................................................................................. 305
19.5.3. CONTRAINDICAÇÃO ................................................................................................................. 305
19.5.4. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ................................................................................................... 305
19.5.5. VIA DE ADMINISTRAÇÃO .......................................................................................................... 305
19.5.6. CONSERVAÇÃO ......................................................................................................................... 306

19.6. VACINA POLIOMIELITE 1, 2, 3 (ATENUADA) (VOP) .................................................................. 306


19.6.1. INDICAÇÃO ................................................................................................................................. 306
19.6.2. CONTRAINDICAÇÃO ................................................................................................................. 306
19.6.3. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ................................................................................................... 306
19.6.4. VIA DE ADMINISTRAÇÃO .......................................................................................................... 307
19.6.5. CONSERVAÇÃO ......................................................................................................................... 307

19.7. VACINA PNEUMOCÓCICA CONJUGADA 10 VALENTE (PNEUMO 10) .................................... 307


19.7.1. COMPOSIÇÃO ............................................................................................................................ 307
19.7.2. INDICAÇÃO ................................................................................................................................. 307
19.7.3. CONTRAINDICAÇÃO ................................................................................................................. 308
19.7.4. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ................................................................................................... 308
19.7.5. VIA DE ADMINISTRAÇÃO .......................................................................................................... 308
19.7.6. CONSERVAÇÃO ......................................................................................................................... 308

19.8. VACINA ROTAVÍRUS HUMANO G1P1[8] (ATENUADA) (VORH) ............................................... 308


19.8.1. COMPOSIÇÃO ............................................................................................................................ 308
19.8.2. INDICAÇÃO ................................................................................................................................. 308
19.8.3. CONTRAINDICAÇÃO ................................................................................................................. 308
19.8.4. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ................................................................................................... 309
19.8.5. VIA DE ADMINISTRAÇÃO .......................................................................................................... 309
19.8.6. CONSERVAÇÃO ......................................................................................................................... 309

19.9. VACINA MENINGOCÓCICA C (CONJUGADA) (MENINGO C) ................................................... 309


19.9.1. COMPOSIÇÃO ............................................................................................................................ 309
19.9.2. INDICAÇÃO ................................................................................................................................. 309
19.9.3. CONTRAINDICAÇÕES ............................................................................................................... 310
19.9.4. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ................................................................................................... 310
19.9.5. CONSERVAÇÃO ......................................................................................................................... 310

19.10. VACINA FEBRE AMARELA (ATENUADA) (FA) .......................................................................... 310


19.10.1. COMPOSIÇÃO ........................................................................................................................ 310
19.10.2. INDICAÇÃO ............................................................................................................................. 310
19.10.3. CONTRAINDICAÇÃO .............................................................................................................. 311
19.10.4. PRECAUÇÕES ........................................................................................................................ 311
19.10.5. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ............................................................................................... 311
19.10.6. VIA DE ADMINISTRAÇÃO ...................................................................................................... 311
19.10.7. CONSERVAÇÃO ..................................................................................................................... 311

19.11. VACINA SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA (TRÍPLICE VIRAL) ............................................... 312


19.11.1. COMPOSIÇÃO ........................................................................................................................ 312
19.11.2. INDICAÇÃO ............................................................................................................................. 312

14
GUIA DE VIGILÂNDIA EPIDEMIOLÓGICA 15

19.11.3. CONTRAINDICAÇÃO .............................................................................................................. 312


19.11.4. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ............................................................................................... 312
19.11.5. CONSERVAÇÃO ..................................................................................................................... 313

19.12. VACINA HEPATITE A .................................................................................................................... 313


19.12.1. COMPOSIÇÃO ........................................................................................................................ 313
19.12.2. INDICAÇÃO ............................................................................................................................. 313
19.12.3. CONTRAINDICAÇÃO .............................................................................................................. 313
19.12.4. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ............................................................................................... 313
19.12.5. CONSERVAÇÃO ..................................................................................................................... 313

19.13. VACINA SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA E VARICELA (ATENUADA) (TETRA VIRAL) ..... 313
19.13.1. COMPOSIÇÃO ........................................................................................................................ 314
19.13.2. INDICAÇÃO ............................................................................................................................. 314
19.13.3. CONTRAINDICAÇÃO .............................................................................................................. 314
19.13.4. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ............................................................................................... 314
19.13.5. VIA DE ADMINISTRAÇÃO ...................................................................................................... 314
19.13.6. CONSERVAÇÃO ..................................................................................................................... 314

19.14. VACINA ADSORVIDA DIFTERIA E TÉTANO ADULTO – DT (DUPLA ADULTO) ...................... 315
19.14.1. COMPOSIÇÃO ........................................................................................................................ 315
19.14.2. INDICAÇÃO ............................................................................................................................. 315
19.14.3. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ............................................................................................... 315
19.14.4. VIA DE ADMINISTRAÇÃO ...................................................................................................... 315
19.14.5. CONSERVAÇÃO ..................................................................................................................... 316

19.15. VACINA PAPILOMAVÍRUS HUMANO 6, 11, 16 E 18 (RECOMBINANTE) (HPV) ....................... 316


19.15.1. COMPOSIÇÃO ........................................................................................................................ 316
19.15.2. INDICAÇÃO ............................................................................................................................. 316
19.15.3. CONTRAINDICAÇÃO .............................................................................................................. 316
19.15.4. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ............................................................................................... 316
19.15.5. VIA DE ADMINISTRAÇÃO ...................................................................................................... 317
19.15.6. CONSERVAÇÃO ..................................................................................................................... 317

19.16. VACINA INFLUENZA (FRACIONADA, INATIVADA) .................................................................... 317


19.16.1. COMPOSIÇÃO ........................................................................................................................ 317
19.16.2. INDICAÇÃO ............................................................................................................................. 317
19.16.3. CONTRAINDICAÇÃO .............................................................................................................. 317
19.16.4. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ............................................................................................... 318
19.16.5. CONSERVAÇÃO ..................................................................................................................... 318

19.17. VACINA RAIVA (INATIVADA) ....................................................................................................... 318


19.17.1. COMPOSIÇÃO ........................................................................................................................ 318
19.17.2. INDICAÇÃO ............................................................................................................................. 318
19.17.3. CONTRAINDICAÇÃO .............................................................................................................. 319
19.17.4. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ............................................................................................... 319
19.17.5. PROFILAXIA DE PRÉ-EXPOSIÇÃO ....................................................................................... 319
19.17.6. PROFILAXIA DE PÓS-EXPOSIÇÃO ....................................................................................... 320
19.17.7. RECOMENDAÇÕES BÁSICAS EM CASO DE AGRESSÃO OU CONTATO COM ANIMAL
SUSPEITO DE RAIVA ............................................................................................................................... 321
19.17.8. VIA DE ADMINISTRAÇÃO ...................................................................................................... 321

19.18. VACINA PNEUMOCÓCICA 23-VALENTE (POLISSACARÍDICA) (PN23) ................................... 321


19.18.1. COMPOSIÇÃO ........................................................................................................................ 321
19.18.2. INDICAÇÃO ............................................................................................................................. 322
19.18.3. CONTRAINDICAÇÃO .............................................................................................................. 322

15
GUIA DE VIGILÂNDIA EPIDEMIOLÓGICA 16

19.18.4. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ............................................................................................... 322

19.19. VACINA VARICELA (VZ) ............................................................................................................... 322


19.19.1. COMPOSIÇÃO ........................................................................................................................ 322
19.19.2. INDICAÇÃO ............................................................................................................................. 322
19.19.3. CONTRAINDICAÇÃO .............................................................................................................. 322
19.19.4. ESQUEMA, DOSE E VOLUME ............................................................................................... 322
19.19.5. VIA DE ADMINISTRAÇÃO ...................................................................................................... 323
19.19.6. CONSERVAÇÃO ..................................................................................................................... 323

16
GUIA DE VIGILÂNDIA EPIDEMIOLÓGICA 17

0. GUIA DE VIGILÂNDIA EPIDEMIOLÓGICA

1. SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA


EPIDEMIOLÓGICA
O Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou o SNVE, definindo, em seu texto legal (Lei n° 8.080/90), a vigilância epidemiológica
como “um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou agravos”. Além de ampliar o conceito, as ações de vigilância epidemiológica passaram a ser
operacionalizadas num contexto de profunda reorganização do sistema de saúde brasileiro, caracterizada pela descentralização
de responsabilidades, pela universalidade, integralidade e equidade na prestação de serviços.

De outra parte, as profundas mudanças no perfil epidemiológico das populações, no qual se observa o declínio das taxas de
mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias e o crescente aumento das mortes por causas externas e doenças crônicas
degenerativas, têm implicado na incorporação de doenças e agravos não transmissíveis ao escopo de atividades da vigilância
epidemiológica.

1.1. PROPÓSITOS E FUNÇÕES

A vigilância epidemiológica tem como propósito fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde, que têm
a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos, tornando disponíveis, para esse fim,
informações atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças e agravos, bem como dos fatores que a condicionam, numa área
geográfica ou população definida. Subsidiariamente, a vigilância epidemiológica constitui-se em importante instrumento para o
planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normatização de atividades
técnicas correlatas.

A operacionalização da vigilância epidemiológica compreende um ciclo de funções específicas e intercomplementares,


desenvolvidas de modo contínuo, permitindo conhecer, a cada momento, o comportamento da doença ou agravo selecionado
como alvo das ações, para que as medidas de intervenção pertinentes possam ser desencadeadas com oportunidade e eficácia.
São funções da vigilância epidemiológica:

• coleta de dados;

• processamento de dados coletados;

• análise e interpretação dos dados processados;

• recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas;

• promoção das ações de prevenção e controle indicadas;

• avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;

• divulgação de informações pertinentes.

As competências de cada um dos níveis do sistema de saúde (municipal, estadual e federal) abarcam todo o espectro das funções
de vigilância epidemiológica, porém com graus de especificidade variáveis. As ações executivas são inerentes ao nível municipal
e seu exercício exige conhecimento analítico da situação de saúde local. Por sua vez, cabe aos níveis nacional e estadual
conduzirem ações de caráter estratégico, de coordenação em seu âmbito de ação e de longo alcance, além da atuação de forma
complementar ou suplementar aos demais níveis.

A eficiência do SNVE depende do desenvolvimento harmônico das funções realizadas nos diferentes níveis. Quanto mais
capacitada e eficiente a instância local, mais oportunamente poderão ser executadas as medidas de controle. Os dados e
informações aí produzidos serão, também, mais consistentes, possibilitando melhor compreensão do quadro sanitário estadual e
nacional e, consequentemente, o planejamento adequado da ação governamental. Nesse contexto, as intervenções oriundas do

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nível estadual e, com maior razão, do federal tenderão a tornar-se seletivas, voltadas para questões emergenciais ou que, pela
sua transcendência, requerem avaliação complexa e abrangente, com participação de especialistas e centros de referência,
inclusive internacionais.

Com o desenvolvimento do SUS, os sistemas municipais de vigilância epidemiológica vêm sendo dotados de autonomia técnico-
gerencial e ampliando o enfoque, para além dos problemas definidos como de prioridade nacional, que inclui os problemas de
saúde mais importantes de suas respectivas áreas de abrangência.

1.2. COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES

O cumprimento das funções de vigilância epidemiológica depende da disponibilidade de dados que sirvam para subsidiar o
processo de produção de INFORMAÇÃO PARA AÇÃO. A qualidade da informação depende, sobretudo, da adequada coleta de
dados gerados no local onde ocorre o evento sanitário (dado coletado). É também nesse nível que os dados devem primariamente
ser tratados e estruturados, para se constituírem em um poderoso instrumento – a INFORMAÇÃO – capaz de subsidiar um
processo dinâmico de planejamento, avaliação, manutenção e aprimoramento das ações.

A coleta de dados ocorre em todos os níveis de atuação do sistema de saúde. O valor da informação (dado analisado) dependem
da precisão com que o dado é gerado. Portanto, os responsáveis pela coleta devem ser preparados para aferir a qualidade do
dado obtido. Tratando-se, por exemplo, da notificação de doenças transmissíveis, é fundamental a capacitação para o diagnóstico
de casos e a realização de investigações epidemiológicas correspondentes.

Outro aspecto relevante refere-se à representatividade dos dados em relação à magnitude do problema existente. Como princípio
organizacional, o sistema de vigilância deve abranger o maior número possível de fontes geradoras, cuidando-se de que seja
assegurada a regularidade e oportunidade da transmissão dos dados. Geralmente, entretanto, não é possível, nem necessário,
conhecer a totalidade dos casos. A partir de fontes selecionadas e confiáveis, pode-se acompanhar as tendências da doença ou
agravo, com o auxílio de estimativas de subenumeração de casos.

O fluxo, a periodicidade e os tipos de dados coletados devem corresponder a necessidades de utilização previamente
estabelecidas, com base em indicadores adequados às características próprias de cada doença ou agravo sob vigilância. A
prioridade de conhecimento do dado sempre será concedida à instância responsável pela execução das medidas de prevenção e
controle. Quando for necessário o envolvimento de outro nível do sistema, o fluxo deverá ser suficientemente rápido para que
não ocorra atraso na adoção de medidas de prevenção e controle.

1.2.1. TIPOS DE DADOS

Os dados e informações que alimentam o Sistema de Vigilância Epidemiológica são os seguintes:

A) Dados demográficos, ambientais e socioeconômicos

Os dados demográficos permitem quantificar grupos populacionais, com vistas à definição de denominadores para o cálculo de
taxas. O número de habitantes, de nascimentos e de óbitos devem ser discriminados segundo características de sua distribuição
por sexo, idade, situação do domicílio, escolaridade, ocupação, condições de saneamento, entre outras.

A disponibilidade de indicadores demográficos e socioeconômicos é primordial para a caracterização da dinâmica populacional e


das condições gerais de vida, as quais se vinculam os fatores condicionantes da doença ou agravo sob vigilância. Dados sobre
aspectos climáticos e ecológicos, também, podem ser necessários para a compreensão do fenômeno analisado.

B) Dados de morbidade

São os mais utilizados em vigilância epidemiológica, por permitirem a detecção imediata ou precoce de problemas sanitários.
Correspondem à distribuição de casos segundo a condição de portadores de infecções ou de patologias específicas, como também
de sequelas. Tratam-se, em geral, de dados oriundos da notificação de casos e surtos, da produção de serviços ambulatoriais e
hospitalares, de investigações epidemiológicas, da busca ativa de casos, de estudos amostrais e de inquéritos, entre outras fontes.

Seu uso apresenta dificuldades relacionadas à representatividade e abrangência dos sistemas de informações disponíveis, à
possibilidade de duplicação de registros e a deficiências de métodos e critérios de diagnóstico utilizados. Merecem, por isso,
cuidados especiais na coleta e análise.

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SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 19

O SNVE deve estimular, cada vez mais, a utilização dos sistemas e bases de dados disponíveis, vinculados à prestação de serviços,
para evitar a sobreposição de sistemas de informação e a consequente sobrecarga aos níveis de assistência direta à população.
As deficiências qualitativas próprias desses sistemas tendem a ser superadas à medida que se intensificam a crítica e o uso dos
dados produzidos.

C) Dados de mortalidade

São de fundamental importância como indicadores da gravidade do fenômeno vigiado, sendo ainda, no caso particular de doenças
de maior letalidade, mais válidos do que os dados de morbidade, por se referirem a fatos vitais bem marcantes e razoavelmente
registrados. Sua obtenção provém de declarações de óbitos, padronizadas e processadas nacionalmente. Essa base de dados
apresenta variáveis graus de cobertura entre as regiões do país, algumas delas com subenumeração elevada de óbitos. Além
disso, há proporção significativa de registros sem causa definida, o que impõe cautela na análise dos dados de mortalidade.

Atrasos na disponibilidade desses dados dificultam sua utilização na vigilância epidemiológica. A disseminação eletrônica de dados
tem contribuído muito para facilitar o acesso a essas informações. Os sistemas locais de saúde devem ser estimulados a utilizar
de imediato as informações das declarações de óbito.

1.3. NOTIFICAÇÃO DE EMERGÊNCIAS DE SAÚDE PÚBLICA,


SURTOS E EPIDEMIAS

A detecção precoce de emergências de saúde pública, surtos e epidemias ocorre quando o sistema de vigilância epidemiológica
local está bem estruturado, com acompanhamento constante da situação geral de saúde e da ocorrência de casos de cada doença
e agravo sujeito à notificação. Essa prática possibilita a constatação de qualquer situação de risco ou indício de elevação do
número de casos de uma patologia, ou a introdução de outras doenças não incidentes no local e, consequentemente, o diagnóstico
de uma situação epidêmica inicial, para a adoção imediata das medidas de controle. Em geral, esses fatos devem ser notificados
aos níveis superiores do sistema para que sejam alertadas as áreas vizinhas e/ou para solicitar colaboração, quando necessária.

1.3.1. EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA DE INTERESSE INTERNACIONAL (RSI/2005)

Evento extraordinário, que é determinado, como estabelecido neste regulamento:

• por constituir um risco de saúde pública para outro estado membro, por meio da propagação internacional de doenças;

• por potencialmente requerer uma resposta internacional coordenada.

Evento – manifestação de uma doença ou uma ocorrência que cria um potencial para causar doença.

1.3.2. FONTES DE DADOS

A informação para a vigilância epidemiológica destina-se à tomada de decisões – informação para ação. Esse princípio deve reger
as relações entre os responsáveis pela vigilância e as diversas fontes que podem ser utilizadas para o fornecimento de dados.

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SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 20

1.3.3. NOTIFICAÇÃO

Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais
de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. Historicamente, a notificação
compulsória tem sido a principal fonte da vigilância epidemiológica, a partir da qual, na maioria das vezes, se desencadeia o
processo informação-decisão-ação.

Os dados coletados sobre as doenças de notificação compulsória são incluídos no Sistema Nacional de Agravos Notificáveis
(Sinan). Estados e municípios podem adicionar à lista outras patologias de interesse regional ou local, justificada a sua necessidade
e definidos os mecanismos operacionais correspondentes. Entende-se que só devem ser coletados dados para efetiva utilização
no aprimoramento das ações de saúde, sem sobrecarregar os serviços com o preenchimento desnecessário de formulários.

Dada a natureza específica de cada doença ou agravo à saúde, a notificação deve seguir um processo dinâmico, variável em
função das mudanças no perfil epidemiológico, dos resultados obtidos com as ações de controle e da disponibilidade de novos
conhecimentos científicos e tecnológicos. As normas de notificação devem adequar-se, no tempo e no espaço, às características
de distribuição das doenças consideradas, ao conteúdo de informação requerido, aos critérios de definição de casos, à
periodicidade da transmissão dos dados, às modalidades de notificação indicadas e à representatividade das fontes de notificação.

Os parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista de notificação compulsória devem obedecer aos critérios a seguir.

Magnitude – aplicável a doenças de elevada frequência, que afetam grandes contingentes populacionais e se traduzem por altas
taxas de incidência, prevalência, mortalidade e anos potenciais de vida perdidos.

Potencial de disseminação – representado pelo elevado poder de transmissão da doença, através de vetores ou outras fontes
de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva.

Transcendência – expressa-se por características subsidiárias que conferem relevância especial à doença ou agravo,
destacando-se: severidade, medida por taxas de letalidade, de hospitalização e de sequelas; relevância social, avaliada,
subjetivamente, pelo valor imputado pela sociedade à ocorrência da doença, e que se manifesta pela sensação de medo, de
repulsa ou de indignação; e relevância econômica, avaliada por prejuízos decorrentes de restrições comerciais, redução da força
de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos assistenciais e previdenciários, entre outros.

Vulnerabilidade – medida pela disponibilidade concreta de instrumentos específicos de prevenção e controle da doença,
propiciando a atuação efetiva dos serviços de saúde sobre indivíduos e coletividades.

Compromissos internacionais – relativos ao cumprimento de metas continentais ou mundiais de controle, de eliminação ou


de erradicação de doenças, previstas em acordos firmados pelo governo brasileiro com organismos internacionais. O atual
Regulamento Sanitário Internacional (RSI-2005) estabelece que sejam notificados todos os eventos considerados de Emergência
de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Ocorrência de emergências de saúde pública, epidemias e surtos – são
situações que impõe notificação imediata de todos os eventos de saúde que impliquem risco de disseminação de doenças, com
o objetivo de delimitar a área de ocorrência, elucidar o diagnóstico e deflagrar medidas de controle aplicáveis. Mecanismos
próprios de notificação devem ser instituídos, com base na apresentação clínica e epidemiológica do evento.

No processo de seleção das doenças notificáveis, esses critérios devem ser considerados em conjunto, embora o atendimento a
apenas alguns deles possa ser suficiente para incluir determinada doença ou evento. Por outro lado, nem sempre podem ser
aplicados de modo linear, sem considerar a factibilidade de implementação das medidas decorrentes da notificação, as quais
dependem de condições operacionais objetivas de funcionamento da rede de prestação de serviços de saúde.

O caráter compulsório da notificação implica responsabilidades formais para todo cidadão e uma obrigação inerente ao exercício
da medicina, bem como de outras profissões na área de saúde.

Mesmo assim, sabe-se que a notificação nem sempre é realizada, o que ocorre por desconhecimento de sua importância e,
também, por descrédito nas ações que dela devem resultar. A experiência tem mostrado que o funcionamento de um sistema de
notificação é diretamente proporcional à capacidade de se demonstrar o uso adequado das informações recebidas, de forma a
conquistar a confiança dos notificantes.

O sistema de notificação deve estar permanentemente voltado para a sensibilização dos profissionais e das comunidades, visando
melhorar a quantidade e a qualidade dos dados coletados, mediante o fortalecimento e a ampliação da rede. Todas as unidades
de saúde (públicas, privadas e filantrópicas) devem fazer parte do sistema, como, também, todos os profissionais de saúde e

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mesmo a população em geral. Não obstante, essa cobertura universal idealizada não prescinde do uso inteligente da informação,
que pode basear-se em dados muito restritos, para a tomada de decisões oportunas e eficazes.

1.3.3.1. ASPECTOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS NA NOTIFICAÇÃO

• Notificar a simples suspeita da doença ou evento. Não se deve aguardar a confirmação do caso para se efetuar a notificação,
pois isso pode significar perda da oportunidade de intervir eficazmente.

• A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico-sanitário em caso de risco para a
comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos cidadãos.

• O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de casos, configurando-se o que se
denomina notificação negativa, que funciona como um indicador de eficiência do sistema de informações. Além da
notificação compulsória, o Sistema de Vigilância Epidemiológica pode definir doenças e agravos como de notificação simples.
O Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan) é o principal instrumento de coleta dos dados de notificação
compulsória.

1.3.4. INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Os achados de investigações epidemiológicas de casos e de emergências de saúde pública, surtos ou epidemias complementam
as informações da notificação, no que se referem a fontes de infecção e mecanismos de transmissão, dentre outras variáveis.
Também podem possibilitar a descoberta de novos casos que não foram notificados.

1.3.5. FONTES ESPECIAIS DE DADOS

1.3.5.1. ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Além das fontes regulares de coleta de dados e informações para analisar, do ponto de vista epidemiológico, a ocorrência de
eventos sanitários, pode ser necessário, em determinado momento ou período, recorrer diretamente à população ou aos serviços,
para obter dados adicionais ou mais representativos. Esses dados podem ser coletados por inquérito, investigação ou
levantamento epidemiológico.

1.3.5.2. INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO

O inquérito epidemiológico é um estudo seccional, geralmente realizado em amostras da população, levado a efeito quando as
informações existentes são inadequadas ou insuficientes, em virtude de diversos fatores, dentre os quais se podem destacar:
notificação imprópria ou deficiente; mudança no comportamento epidemiológico de uma determinada doença; dificuldade na
avaliação de coberturas vacinais ou eficácia de vacinas; necessidade de se avaliar eficácia das medidas de controle de um
programa; descoberta de agravos inusitados.

1.3.5.3. LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO

É um estudo realizado com base nos dados existentes nos registros dos serviços de saúde ou de outras instituições. Não é um
estudo amostral e destina-se a coletar dados para complementar informações já existentes. A recuperação de séries históricas,
para análises de tendências, e a busca ativa de casos, para aferir a eficiência do sistema de notificação, são exemplos de
levantamentos epidemiológicos.

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1.3.5.4. DIAGNÓSTICO DE CASOS

A credibilidade do sistema de notificação depende, em grande parte, da capacidade dos serviços locais de saúde – que são
responsáveis pelo atendimento dos casos – diagnosticarem corretamente as doenças e agravos. Para isso, os profissionais deverão
estar tecnicamente capacitados e dispor de recursos complementares para a confirmação da suspeita clínica. Diagnóstico e
tratamento, feitos correta e oportunamente, asseguram a confiança da população em relação aos serviços, contribuindo para a
eficiência do sistema de vigilância.

1.4. INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE CASOS, EMERGÊNCIAS


DE SAÚDE PÚBLICA, SURTOS E EPIDEMIAS

A investigação epidemiológica é um método de trabalho utilizado para esclarecer a ocorrência de doenças, emergências de saúde
pública, surtos e epidemias, a partir de casos isolados ou relacionados entre si. Consiste em um estudo de campo realizado a
partir de casos notificados (clinicamente declarados ou suspeitos) e seus contatos. Destina-se a avaliar as implicações da
ocorrência para a saúde coletiva, tendo como objetivos: confirmar o diagnóstico, determinar as características epidemiológicas
da doença ou evento, identificar as causas do fenômeno e orientar as medidas de prevenção e controle. É utilizada na ocorrência
de casos isolados e também em emergências, surtos e epidemias.

A expressão “investigação epidemiológica” aqui utilizada tem o sentido restrito de importante diagnóstico da vigilância
epidemiológica, diferente da conotação ampla como sinônimo da pesquisa científica em epidemiologia. Para diferenciar, na
vigilância epidemiológica, costuma-se denominá-la “investigação epidemiológica de campo”.

1.4.1. INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE CASOS E EPIDEMIAS

A ocorrência de casos novos de uma doença (transmissível ou não) ou agravo (inusitado ou não), passível de prevenção e controle
pelos serviços de saúde, indica que a população está sob risco e pode representar ameaças à saúde que precisam ser detectadas
e controladas ainda em seus estágios iniciais. Uma das possíveis explicações para que tal situação se concretize encontra-se no
controle inadequado de fatores de risco, por falhas na assistência à saúde e/ou das medidas de proteção, tornando imperativa a
necessidade de seu esclarecimento para que sejam adotadas as medidas de prevenção e controle pertinentes. Nessas
circunstâncias, a investigação epidemiológica de casos e epidemias constitui-se em uma atividade obrigatória de todo sistema
local de vigilância epidemiológica.

A investigação epidemiológica tem que ser iniciada imediatamente após a notificação de caso isolado ou agregado de
doença/agravo, seja ele suspeito, clinicamente declarado, ou mesmo contato, para o qual as autoridades sanitárias considerem
necessário dispor de informações complementares.

Investigação epidemiológica é um trabalho de campo, realizado a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou
suspeitos) e seus contatos, que tem como principais objetivos: identificar fonte de infecção e modo de transmissão; identificar
grupos expostos a maior risco e fatores de risco; confirmar o diagnóstico; e determinar as principais características
epidemiológicas. O seu propósito final é orientar medidas de controle para impedir a ocorrência de novos casos.

A necessidade de uma resposta rápida, para que as medidas de controle possam ser instituídas, muitas vezes determina que
alguns procedimentos utilizados não apresentem o rigor necessário para o estabelecimento de uma relação causal. Portanto,
embora a investigação epidemiológica de campo apresente diversas semelhanças com a pesquisa epidemiológica, distingue-se
desta principalmente por duas diferenças importantes:

• as investigações epidemiológicas de campo iniciam-se, com frequência, sem hipótese clara. Geralmente, requerem o uso
de estudos descritivos para a formulação de hipóteses que, posteriormente, deverão ser testadas por meio de estudos
analíticos, na maioria das vezes, estudos de caso-controle;

• quando ocorrem problemas agudos, que implicam em medidas imediatas de proteção à saúde da comunidade, a
investigação de campo deve restringir a coleta dos dados e agilizar sua análise, com vistas ao desencadeamento imediato
das ações de controle.

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