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RELATO DE CASO
João Pessoa
2023
UNIPÊ | CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA
CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA
VETERINÁRIA
RELATO DE CASO
João Pessoa
2023
Ficha Catalográfica
FOLHA DE APROVAÇÃO
Aprovada em:
Banca Examinadora
Dr. Eduardo
Guerra
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Imagem após a ovariectomia do ovário direito que apresentava o tumor da célula da
granulosa………………………………………………………………………………………...18
Figura 2...................................................................................................................................00
Figura 3....................................................................................................................................00
LISTA DE ABREVIATURAS
O tumor das células da granulosa (TCG) é uma patologia benigna que pode vim a acometer
éguas de todas as idades, mas costuma ter predileção por fêmeas em idade mais avançada, sendo
geralmente encontrada de forma unilateral nos ovários, pertence à categoria dos tumores sexuais
estromais, determinando a produção ou ausência de hormônios. O presente trabalho tem como
objetivo apresentar o caso, enfatizando a recuperação hormonal pós ovariectomia unilateral da
égua, uma quarto de milha que foi adquirida para fins de reprodução, tendo um histórico de
estro regular vindo do antigo tutor, mas ao chegar no haras não foi constatado o estro, sendo
posteriormente diagnosticada com tumor da célula da granulosa. Após ser submetida a cirurgia
de retirada do tumor, foi observado que no pós-operatório o ovário contralateral retornou a sua
funcionalidade hígida, tendo sua atividade reprodutiva restaurada, atualmente, a égua conta com
2 gestações de sucesso.
Keywords:Granular;Tumor;Estrus;Unilateral;ovariectomy;Equine.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................12
2. REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................................13
2.1. Etiopatogenia................................................................................................................13
2.3. Diagnóstico..................................................................................................................17
2.4. Tratamento....................................................................................................................18
3. RELATO DE CASO......................................................................................................23
4. DISCUSSÃO..................................................................................................................31
5. CONCLUSÃO...............................................................................................................35
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................36
1. INTRODUÇÃO
Desde o começo da interação pacífica entre os humanos e os equinos, foi observado uma
potencial, deixando de ser apenas uma fonte de alimento e ganhando utilidade devido a sua
força de tração, podendo ser muito útil para longas viagens por terra. Nos dias de hoje, seu papel
na sociedade, está bem mais variável, indo de animal doméstico utilizado para serviços,
desportista, como também animais terapêuticos e com todo essa importância que o animal vem
conquistando vai se tornando indispensável um estudo mais detalhado da sua qualidade de seus
genes, sendo a árvore genealógica de extrema importância na hora de adquirir um, e,
dependendo da sua finalidade, tornasse ainda mais importante a pesquisas de patologias na
linhagem do mesmo, visto que alguns distúrbios patológicos de carater genético podem afetar
diretamente na qualidade de suas funções.
Infelizmente, pode acontecer do tutor adquirir um animal com uma bela qualidade
genética, e posteriormente o mesmo ser acometido por uma enfermidade que interfira
diretamente no seu desempenho final, é o caso de uma égua matriz que não consegue êxito na
sua função de reprodução, por ter desenvolvido uma patologia como o tumor das células da
granulosa, uma doença que vem se tornando mais comum e pode acometer qualquer uma,
independente de raça e idade do animal, e é sobre tal patologia que o presente trabalho irá
relatar.
O tumor de células da granulosa é o tumor estromal do cordão sexual mais comum.
Consiste em acúmulos irregulares de células da granulosa separadas por um estroma de suporte
de células fusiformes, conferindo uma semelhança distinta com tentativas desorganizadas de
formação de folículos (MEUTEN,2017).
Quando a égua é acometida pelo tumor, ela começa a apresentar sinais clínicos
característicos, como comportamento de garanhão e anestro persistente, este último acontece
pela atrofia do ovário contralateral ao afetado pelo TCG, elevando o nível de testosterona na
fêmea.
Para se ter o diagnóstico exato, é preciso que exames específicos sejam feitos, como as
taxas hormonais da paciente, ultrassonografia transretal e exame histopatológico. A cirurgia de
ovariectomia unilateral é recomendada como tratamento para que o ciclo reprodutivo da fêmea
seja retomado.
Uma égua, 7 anos, da raça quarto de milha, deu entrada em uma clínica veterinária na
cidade de João Pessoa- PB, apresentando anestro contínuo e comportamento de garanhão, ao
realizar os exames físicos, como auscultação cardíaca e respiratória e palpação abdominal, não
foi constatada nenhuma alteração, mas após os exames de sangue, foram encontradas alterações
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hormonais na paciente, quando realizada a ultrassonografia, foi identificado que o ovário direito
estava, não só aumentado, mas também com uma intensa concentração de células tumorais,
tendo
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como principal hipótese de diagnóstico o tumor das células da granulosa.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Etiopatogenia
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2.2 Sinais clínicos
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2.3Diagnóstico
2.4Tratamento
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3. RELATO DE CASO
ANAMNESE
EXAME FÍSICO
Ao exame físico, não foram encontradas alterações nos parâmetros clínicos da égua,
porém, ao realizar a palpação transretal, foi percebido um aumento de volume anormal do ovário
direito, o direito permanecia normal.
Com o auxílio do exame de imagem realizado, foi confirmado que ovário direito
apresentava uma estrutura semelhante a um folículo anovulatório, que tinha aspecto trabeculado,
impossibilitando de ser mensurado pois possuía um tamanho acentuado (> 64 mm), já o ovário
esquerdo e útero não apresentavam nenhum tipo de alteração.
TRTAMENTO CIRÚRGICO
Ao constatar a suspeita de tumor das células da granulosa, a égua foi indicada para a
cirurgia de ovriectomia unilateral, tendo então por objetivo a retirada total do ovário direito, para
isso, foi necessário que a égua tenha sido preparada, o que inclui jejum total de 12 horas,
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medicação pré-anestésica e tricotomia total do abdômem.
Já na sala de cirurgia, a paciente foi colocada em posição de decúbito dorsal em cima da
mesa cirúrgixa, sendo então iniciada o processo de antissepsia local, sendo feita com iodo e álcool
pelo próprio cirurgião, logo após foi iniciado o procedimento cirúrgico tendo início com a incisão
em linha alba e exploração abdominal. Logo após localizar e expor o ovário direito, foi feita
ligadura em blocos em pedículo ovariano.
Ao ser retirado, o ovário direito apresentava-se liso exteriormente, com 6,3 de
comprimento, 4,3 de largura e 2,7 de profundidade, possuindo uma consistência macia e
coloração parda, ao corte, foi visto o conteúdo cístico, ao exame histológico, foi detectado
proliferação neoplásica de células epiteliais formando ninhos e cordões permeadas por um fino
estroma fibrovascular.
Figura 1 – Imagem após a ovariectomia do ovário direito que apresentava o tumor da célula da
granulosa.
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APÓS OVARIECTOMIA UNILATERAL
Logo após a cirurgia, a égua foi encaminhada para a baia situada na clínica, onde foi feito
o pós-operatório sem nenhuma intercorrência, sendo a limpeza da ferida cirúrgica feita
diariamente, 2 vezes ao dia, depois da recuperação, foi observado que a paciente voltou a
apresentar um comportamento mais dócil, juntamente com o deseparecimento das atitudes de
garanhão.
Após alguns meses, foi constatado a presença do estro, indicando que o ovário
contralateral voltou a sua atividade de forma regular, fazendo assim a égua retornar a sua
funcionalidade original, que era a de reprodução.
Após 2 anos do ocorrido, a égua encontra-se com 2 gestações de sucesso, provando que
mesmo com a inatividade incial provocada pelo tumor das células da granulosa, o ovário esquerdo
pôde ser responsável pela liberação da quantidade de homônios necessários para que uma
gestação possa seguir adiante, sem intercorrências no meio dos 11 meses.
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4. DISCUSSÃO
Antes de chegar ao haras em que foi identificado o diagnóstico, a égua já tinha um antigo
tutor, porém a mesma não apresentava irregularidades no ciclo estral, porém meses após adquirir a
égua, foi notado a presença do anestro, comportamento de garanhão e demonstração de
agressividade, e ao exame ultrassonográfico foi constatado o aumento do ovário direito, o que
impedia a liberação hormonal para o início do estro, e isto não afetava somente o ovário direito,
como também o contralateral, que tinha a tendência de atrofiar a medida que o tempo passava.
O TCG é um tumor benigno comum em éguas e vacas, costuma acometer os animais entre 5-
10 anos, podendo variar de acordo com o caso, para se ter a certeza do diagnóstico, é preciso que haja
a biópsia, ou seja, o exame histopatológico, que só é possível com a retirada cirúrgica do possível
cisto, pois antes da confirmação a suspeita inicial é de um possível desequilíbrio hormonal.
Outras espécies como cães e gatos também podem apresentar TCG em algum momento da
vida, e de acordo com Santos, 2003, o tumor é muitas das vezes benígno, menos na espécie felina,
que é considerado malígno, porém com mestátase rara, mas que dependendo do grau pode atingir
outras partes como ligamento largo, útero, peritônio e vísceras abdominais. porém de forma menos
comum, podendo ser considerada rara em comparação com a rotina clínica das éguas e vacas.
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5. CONCLUSÃO
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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