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E&P-ENGP

Código: PE-1EP-00144-0
CORPORATIVO

INSPEÇÃO EM SERVIÇO DE TUBULAÇÕES


Status: Ativo

Órgão aprovador: E&P-ENGP/OPM Data de Aprovação: 08/12/2011


Assinatura: Cristina Lucia Duarte
Órgão gestor: E&P-ENGP/OPM/EMI
Pinho
Tipo de Cópia Impressa:
Não Controlada
Cadastro do padrão

1. OBJETIVO

Estabelecer os requisitos mínimos e as práticas recomendadas para a inspeção em


serviço, bem como o controle das condições físicas de tubulações de processo,
transferência e utilidades, incluindo suas conexões e acessórios.

2. APLICAÇÃO E ABRANGÊNCIA

2.1. As orientações contidas neste documento deverão ser observadas para


inspeção em serviço de todos os sistemas de tubulação das instalações em
materiais metálicos do tipo aços-carbono, aços-liga, aços-inoxidáveis e material não
metálico.

2.2. Estas diretrizes se aplicam às Unidades de Operações e Serviços do E&P.

2.3. Não é escopo deste procedimento oleodutos, gasodutos, linhas de produção e


de injeção.

3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA E COMPLEMENTARES

3.1. Documentos de Referência

( ) EP-0V4-00003 - Estrutura e Conteúdo dos Padrões da Petrobras;

( ) PG-1E1-00001 - Sistema de Padronização da Área de E&P;

( ) PG-1EP-00016 - Política e Diretrizes para a Função Manutenção e Inspeção


do E&P;

( ) PG-0V3-00054 - Norma de Classificação da Informação do Sistema Petrobras;

( ) PP-1E1-00209 - Manual de Segurança (MS).

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3.2. Documentos complementares

( ) PG-1EP-00181 - Glossário de Manutenção e Inspeção do E&P.

( ) PG-1EP-00189 - Diretrizes Corporativas do E&P para a Gestão de


Recomendações de Inspeção.

( ) PP-1EP-00260 - Padrão de Planejamento da Inspeção de Equipamentos no


E&P.

( ) PE-1EP-00018 - Avaliação de Vida Residual de Equipamentos e Sistemas de


Tubulações.

( ) PE-1EP-00145 - Manutenção, Inspeção e Calibração de PSV.

PETROBRAS N-13 - Requisitos Técnicos para Serviços de Pintura.

PETROBRAS N-115 - Fabricação e Montagem de Tubulações Metálicas.

PETROBRAS N-1521 - Identificação de Equipamentos Industriais.

PETROBRAS N-1522 - Identificação de Tubulações Industriais.

PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não-Destrutivo - Ultra-Som.

PETROBRAS N-1595 - Ensaio Não-Destrutivo - Radiografia.

PETROBRAS N-1758 - Suporte, Apoio e restrição para Tubulação.

PETROBRAS N-2371 - Inspeção em Serviço - Medição de Espessura a Quente.

PETROBRAS N-2555 - Inspeção em Serviço de Tubulações.

PETROBRAS N-2801 - Inspeção de Sistemas de Proteção Catódica de Dutos


Terrestres.

PETROBRAS N-2820 - Ensaio Não-Destrutivo - Radiografia Computadorizada para


Detecção de Corrosão.

PETROBRAS N-2821 - Ensaio Não-Destrutivo - Radiografia Computadorizada em


Juntas Soldadas.

Portaria nº 349 do INMETRO - Regulamento Técnico da Qualidade para Serviços


Próprios de Inspeção de Equipamentos - SPIE;

Portaria nº 351 do INMETRO - Requisitos de Avaliação da Conformidade para


Serviços Próprios de Inspeção de Equipamentos - SPIE;

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ABNT NBR 15357: 2006 - Ensaios Não Destrutivos - Ultrassom em Solda –
Procedimento.

ABNT NBR NM ISO 9712: 2007 - Ensaio Não Destrutivo - Qualificação e


Certificação de Pessoal.

ABNT NBR 15824 Ensaios não destrutivos - Ultrassom - Medição de espessura.

ISO 14692-4 - Petroleum and Natural Gas Industries - Glass-Reinforced Plastics


(GRP) Piping - Part 4: Fabrication, Installation and Operation.

API 570 - Piping Inspection Code - In-service Inspection, Rating, Repair, and
Alteration of Piping Systems.

API RP 574 - Inspection Practices for Piping System Components.

ASME B31.G - Manual for Determining the Remaining Strength of Corroded


Pipelines.

ISO 3183: 2007 - Petroleum and Natural Gas Industries-Steel Pipe for Pipeline
Transportation Systems.

ABNT NBR NM ISO 9712: 2007 - Ensaio Não Destrutivo - Qualificação e


Certificação de Pessoal.

ISO IEC 17024:2003 - Conformity Assessment - General Requirements for Bodies


Operating Certification of Persons.

API STD 620: 2008 ADD. 2010 - Design and Construction of Large, Welded,
Low-pressure Storage Tanks.

API STD 650: 2007 EFFECTIVE DATE: 2010 - Welded Tanks for Oil Storage.

API STD 1104:2010 - Welding of Pipelines and Related Facilities.

ASME Boiler and Pressure Vessel Code - Section V:2010 – Nondestructive


Examination.

AWS D1.1/D1.1M:2010- Structural Welding Code – Steel.

CEN EN 473:2008 - Qualification and Certification of Nondestructive Testing


Personnel - General Principles.

DNV-OS-F101:2007 amended 2008 - Submarine Pipeline Systems.

DNV-OS-C401:2009 - Fabrication and Testing of Offshore Structures.

4. DEFINIÇÕES

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Alteração de projeto - Qualquer intervenção que resulte em alterações no projeto
original do componente, incluindo parâmetros operacionais da tubulação. Uma
substituição de um trecho ou componente pelo seu exato equivalente não é
considerada alteração.

Amplitude - O máximo valor absoluto alcançado pela grandeza física da vibração


(deslocamento, velocidade ou aceleração).

Classe de tubulação - Classe de um tipo similar de tubulação.

Conexões de pequeno diâmetro (CPD) - São consideradas conexões de pequeno


diâmetro, todas as conexões que apresentem diâmetro nominal igual ou inferior a
1-1/2” (NPS 1-1/2”), tais como suspiros, drenos e tomadas para instrumentação de
equipamentos e tubulações de maior diâmetro.

Lista de linhas - Documento que contém a listagem de todas as tubulações da


unidade de processo, com seus dados técnicos (identificação, diâmetro, origem (de)
e destino (para), fluido, pressão e temperatura de operação e projeto, pressão de
teste hidrostático, pintura, tipo de isolamento e espessura).

Inspeção de tubulação - Conjunto de ações de monitoração e acompanhamento


das condições físicas de tubulações, incluindo inspeção em parada e em operação,
utilizando técnicas, procedimentos e métodos que visem à garantia de operação
segura e confiável do sistema dentro de prazos definidos.

Inspetor de tubulação - Profissional com formação na área de inspeção de


equipamentos, capacitado para avaliar o estado de deterioração e evolução de
danos em tubulações, solicitar reparos e substituições, bem como determinar vida
útil remanescente de sistemas de tubulação.

Defeito - Algum tipo de imperfeição na estrutura que conflita com um determinado


critério de aceitação.

Fase - Indica a diferença de tempo entre dois eventos, obtida dividindo-se esta
diferença pelo período e multiplicando-se por 360 ou 2π conforme se queira
expressá-la em graus ou radianos, respectivamente

Freqüência - Número de ciclos que uma vibração completa na unidade de tempo,


obtida pelo inverso do período e normalmente expressa em Hz (ciclos por
segundo).

Intensidade de deterioração - Grau de comprometimento de um determinado


componente ou sistema em relação a um critério de integridade preestabelecido
para esse componente ou sistema.

Isométrico de inspeção - Desenho de tubulação, em perspectiva isométrica e sem


escala, contendo as seguintes informações: orientação geográfica, sentido de fluxo,
número da linha, identificação dos pontos de medição, pontos de origem e destino

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(interligações), drenos, respiros ou vents e outros acessórios. O isométrico de
inspeção pode ser o mesmo elaborado pelo projeto para a montagem.

Linha - Parte integrante de um sistema de tubulações e que interliga geralmente


dois equipamentos, um equipamento e uma linha ou duas linhas diferentes entre si.

NPS - Abreviação para "Nominal Pipe Size", que designa o diâmetro nominal de um
tubo de condução.

Período - Tempo gasto para completar um ciclo do movimento oscilatório.

Ponto de controle de espessura ou ponto de medição - Local em que é medida


a espessura de uma tubulação e através do qual se determina a taxa de corrosão e
vida remanescente onde, juntamente com outros pontos, se estima a corrosividade
do sistema ou tubulação.

Ponto de Medição de Vibração - Local pré-definido na tubulação ou no suporte


acoplado (soldado à tubulação) mais próximo, tomando-se sempre que possível as
direções referenciais do tubo definidas no isométrico de inspeção.

Potencial de risco - Risco qualitativo associado à tubulação em função das


conseqüências de uma eventual falha da mesma sob o ponto de vista de
segurança, continuidade operacional e proteção ao meio ambiente. São definidos 4
níveis de potencial de risco, conforme Tabela 2.

Probabilidade de falha - Fator atribuído a probabilidade de que ocorra uma ou


mais falhas na tubulação ou sistema em função do nível de deterioração existente.
São definidos 3 níveis de probabilidade de falha baseados em históricos anteriores
e condições operacionais, conforme Tabela 3.

Reclassificação (Rerating ) - Mudança na temperatura de projeto ou na máxima


pressão de trabalho admissível de um sistema de tubulação. Reclassificar o sistema
de tubulações para uma condição menos severa que o projeto original é um modo
de melhorar a resistência à corrosão.

Recomendação de inspeção - Documento emitido pela inspeção solicitando


serviços ou indicando a necessidade de providências, decorrentes de inspeção
(reparos, modificações, serviços adicionais de apoio, etc.) e dirigido aos órgãos
encarregados de sua execução.

Relatório de inspeção - Documento destinado ao registro permanente de


informações coletadas durante a inspeção, e que deve propiciar rastreabilidade do
sistema ao longo de toda sua vida útil, indicando sua medição de espessura,
inspeção visual externa e/ou interna e resultados dos demais ensaios definidos
nesse Padrão.

Reparo - Qualquer intervenção que vise estabelecer a operacionalidade após falha


ou corrigir desvios com relação ao projeto original. No caso dessa intervenção
resultar em mudanças na temperatura ou na pressão de projeto, os requisitos de
reclassificação devem ser satisfeitos.
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Sistema de tubulação - Conjunto de tubulações usadas para conduzir fluidos
interligados entre si e/ou a equipamentos estáticos ou dinâmicos e sujeitos às
mesmas condições de processo, ou seja, mesmo fluido de processo, mesmo
material da tubulação e, conseqüentemente, mesma taxa de corrosão (sistema
iso-corrosivo). Sistemas de tubulação também incluem os elementos de suportação,
tais como suportes de mola e apoios, mas não incluem a suportação estrutural, tais
como fundações e pipe-rack .

Taxa de corrosão - Grandeza física que indica a perda de espessura da tubulação


ocorrida em determinado período de tempo nos pontos de controle. É comumente
expressa em mm/ano.

Tubulação - Conjunto de tubos e acessórios (válvulas, flanges, curvas, conexões,


etc) destinados ao transporte de fluidos entre diversos equipamentos de processo,
transferência, estocagem e utilidades.

Tubulação de processo - Tubulação de hidrocarbonetos que interliga sistemas de


tubulação ou equipamentos no espaço físico definido pelas unidades de processo.

Tubulações de transferência - Tubulação que interliga sistemas de tubulação ou


equipamentos no espaço físico fora das unidades de processo.

Tubulações de utilidades - Tubulação que transporta fluidos auxiliares,


necessários ao processo e armazenamento, e que interliga sistemas de tubulação
ou equipamentos.

Tubulações de pequeno diâmetro (TPD) - São consideradas tubulações de


pequeno diâmetro todos os ramais em operação ou não que apresentem diâmetro
nominal igual ou inferior a 1-1/2” (NPS 1-1/2”), tais como: ramais secundários,
conexões de injeção de produtos químicos, linhas de amostragem, conexões
ligadas diretamente a bombas (drenos, suspiros, linhas de óleo de lavagem, etc).

Vida remanescente (VR) - Período de tempo necessário para que a espessura em


um ponto ou em um trecho de tubulação atinja a espessura mínima admissível após
a última medição, utilizando a taxa de corrosão calculada.

Zonas mortas - Componentes ou regiões de tubulação que normalmente não


apresentam fluxo significativo. São enquadradas como zonas mortas: conexões
com flange cego, sistemas de desvio (by-passes ) de tubulações de válvulas de
controle com pouco uso, vents e drenos de equipamentos (inclusive tubulações),
conexões para instrumentação e serviços auxiliares, conexões de entrada de
válvulas de segurança, etc.

Para outras definições de expressões e siglas relacionadas com os Processos deste


padrão, consultar o
( ) PG-1EP-00181 - Glossário de Manutenção e Inspeção do E&P.

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5. AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE

5.1. Compete ao E&P – ENGP

 Divulgar para as Unidades do E&P o procedimento;


 Manter o procedimento atualizado;
 Promover ações para a melhoria do procedimento.

5.2. Compete às Unidades do E&P

 Promover os treinamentos referentes a este procedimento;


 Realizar as inspeções nas tubulações seguindo as orientações deste
procedimento;
 Solicitar atualização deste procedimento sempre que necessário.

5.3. Compete aos Profissionais Habilitados e Técnicos de Inspeção das


Unidades do E&P

 O Técnico de Inspeção de Equipamentos do SPIE é o responsável pela


execução das inspeções, escopo deste padrão;
 O Profissional Habilitado do SPIE é o responsável pelos prazos e escopo das
inspeções;
 O Técnico de Inspeção de Equipamentos e o Profissional Habilitado são
responsáveis por emitir relatório de inspeção.

6. DESCRIÇÃO

6.1. Periodicidade da inspeção

A periodicidade da inspeção dos sistemas de tubulações deve ser determinada


conforme a tabela 4. Os períodos lá determinados podem ser alterados, a critério
do Profissional Habilitado em função de históricos de ocorrências, da aplicação de
Inspeção Baseada em Risco, da utilização de revestimento interno ou de materiais
que não sofrem deterioração (corrosão), ou ainda da utilização de técnicas de
inspeção que garantam a operação segura do sistema dentro de intervalos maiores.

6.2. Classes de Inspeção

Foram definidas 4 classes de inspeção em função da probabilidade de falha e


potencial de risco, conforme definido na Tabela 1.

Todo sistema de tubulação deve ser classificado de acordo com o seu potencial de
risco e sua probabilidade de falha, conforme definido nas Tabelas 2 e 3,
respectivamente.

A separação dos vários sistemas de tubulação em classes levou em consideração


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os seguintes aspectos: inflamabilidade, toxidez, corrosividade, localização,
temperatura, pressão, vibração, histórico, etc.

Tabela 1: Classe de inspeção.


POTENCIAL DE RISCO PROBABILIDADE DE FALHA (definida na Tabela 3)
(definido na Tabela 2) ALTO MÉDIO BAIXO
ALTO I I II
MÉDIO I II III
BAIXO II III III
NULO IV IV IV

Tabela 2: Potencial de risco dos sistemas (em relação ao tipo de fluido).

POTENCIAL
REQUISITOS
DE RISCO

Serviços com alto potencial de risco sob o ponto de vista de segurança,


continuidade operacional e meio ambiente, no caso de ocorrer vazamento.
Exemplos de sistemas que geralmente são de alto risco, mas não limitados
a estes, estão listados a seguir:
• Produtos inflamáveis que são auto-refrigerantes e podem causar fratura
frágil em caso de vazamentos ou produtos voláteis que podem causar
nuvens de H.C. (ex.: propeno);
ALTO
• Produtos que apresentam H2S (com teor maior que 3% em peso) em
fluxos gasosos;
• Hidrocarbonetos com temperatura maior que 250ºC;
• Produtos que apresentem pressão parcial de H2 superior a 7 bar (= 0,7
2
MPa = 7,14 kgf/cm );
• Produtos tóxicos ou letais (ex.: HF - ácido fluorídrico).
Serviços com médio potencial de risco sob o ponto de vista de segurança,
continuidade operacional e meio ambiente, no caso de ocorrer vazamento.
Exemplos de sistemas que geralmente são de médio risco, mas não
limitados a estes, estão listados a seguir:
MÉDIO • Hidrocarbonetos com temperatura menor que 250ºC, localizados dentro
ou entre unidades de processo;
• Para água e vapor d’água que operem em pressões iguais ou superiores
2
a 50 kgf/cm (Nota 2);
• Produtos químicos (soda cáustica, DEA e ácido sulfúrico);
Serviços com baixo potencial de risco sob o ponto de vista de segurança,
continuidade operacional e meio ambiente no caso de ocorrer vazamento.
Exemplos de sistemas que geralmente são de baixo risco, mas não
BAIXO limitados a estes, estão listados a seguir:
• Hidrocarbonetos em linhas de transferência, com exceção das linhas
classificadas acima;
• Demais sistemas.
Serviços que não apresentam potencial de risco sob o ponto de vista de
segurança, continuidade operacional e meio ambiente no caso de ocorrer
vazamento. Exemplos de sistemas que geralmente são de risco nulo, mas
não limitados a estes, estão listados a seguir:
NULO • Sistemas de águas em geral (por exemplo: de incêndio, de mancal,
industrial, resfriamento, desmineralizada e potável);

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• Vapor de baixa e média pressão;
• Condensado de baixa e média pressão;
• Ar de serviço e instrumentação.

NOTAS referentes à Tabela 2:


1. Embora baseada originalmente do API 570, sob o ponto de vista de
corrosão nos sistemas, os potenciais de risco definidos na Tabela 2
poderão ser redefinidos de acordo com o órgão de Inspeção de
Equipamentos, desde que existam dados históricos documentados que
justifiquem tal mudança;
2. Linhas de vapor de alta pressão, com potencial de risco médio maior
2
que 50 Kgf/cm , poderão ser reclassificadas pelo órgão de Inspeção,
dependendo do mecanismo de dano predominante;
3. Os sistemas de utilidades cujo mecanismo de dano predominante seja
corrosão e que impliquem em riscos à segurança ou continuidade
operacional em caso de falha poderão ser reclassificados a critério do
órgão de Inspeção.

Tabela 3: Probabilidade de falha dos sistemas.


PROBABILIDADE
REQUISITOS
DE FALHA
• Sistemas que apresentem taxas de corrosão: TC >= 0,20 mm/ano
(Notas 1 e 2);
ALTO
• Sistemas com alta intensidade de deterioração;
• Sistemas com elevado nível de vibração.
• Sistemas que apresentem taxa de corrosão: 0,10 <= TC < 0,20 mm/ano
MÉDIO (Notas 1 e 2);
• Sistemas com média intensidade de deterioração.
• Sistemas que apresentem taxa de corrosão: TC < 0,10 mm/ano
BAIXO (Notas 1 e 2);
• Sistemas com baixa intensidade de deterioração.

NOTAS referentes à Tabela 3:


1. Para o cálculo da taxa de corrosão, desconsiderar pontos isolados e
não representativos da condição física do Sistema;
2. Os pontos atípicos que apresentam taxas de corrosão mais críticas
que a taxa representativa do sistema (zonas mortas, jusante de placas
de orifícios, pontos de injeção, etc.), devem ser identificadas e
inspecionadas por método conveniente a critério do órgão de
inspeção.

6.3. Periodicidade de Inspeção

As periodicidades máximas para inspeção do Sistema estão definidas no ( )


PP-1EP-00260 - Padrão de Planejamento da Inspeção de Equipamentos no E&P e
foram estabelecidas utilizando-se as Classes de Inspeção definidas na tabela 1.

6.4 Preparativos para inspeção

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6.4.1 Os seguintes itens deverão ser verificados antes do início da inspeção:

- Verificar os relatórios de Inspeção anteriores, inclusive as recomendações;


- Registros operacionais de ocorrências anormais com o sistema;
- Resultados disponíveis de monitoração da corrosão e/ou incrustação;
- Resultados disponíveis de monitoração da vibração;
- Tomar conhecimento das condições operacionais da tubulação - pressão de
operação, taxa de corrosão, entre outros;
- Alterações de Projeto;
- Mudanças de parâmetros operacionais;
- Normas de Projeto e Fabricação;
- Lista de Linhas;
- Verificar os fluxogramas de engenharia e munir-se dos isométricos das
tubulações que serão inspecionadas;
- Informar ao responsável pela área, os serviços a serem executados.

6.4.2 Verificar o ferramental necessário à execução da inspeção.

6.4.3 Verificar o funcionamento e a calibração dos instrumentos a serem utilizados


durante a inspeção.

6.5 Requisitos de segurança

Devem ser considerados os seguintes requisitos de segurança:

- Verificar as condições de segurança para realização da inspeção junto ao


Técnico de Segurança da Unidade, atentando principalmente para a condição de
o
inspeção em linhas pressurizadas e linhas quentes (T>90 C);
- Verificar se os acessos, andaimes e iluminação são adequados e seguros;
- Verificar se foi emitida, quando aplicável, a permissão de trabalho nos casos de
inspeções que requerem ensaios não destrutivos como medição de espessura,
partículas magnéticas, líquidos penetrantes, radiografias, etc;
- Verificar, com as equipe de operação, as condições da planta;
- Utilizar sempre os EPI's adequados para cada situação de risco.

6.6 Roteiro de inspeção

As descontinuidades (falha e/ou deterioração significativos) detectadas durante a


inspeção devem ter suas causas e efeitos identificados, analisados e registrados no
relatório de inspeção.

6.6.1 Inspeção Visual Externa

6.6.1.1 Nas tubulações aéreas, sem isolamento térmico, verificar:

a) Avaliar deformações e trincas, especialmente em regiões de restrição, suportes


rígidos e ligações com equipamentos bem como em tubulações com histórico
de vibração e serviço com H2S. Avaliar desgaste por atrito em tubulações longas

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apoiadas diretamente nos suportes e conexões roscadas;

b) Avaliar regiões com possibilidade de acúmulo de contaminantes tais como:


regiões dos suportes, frestas, etc;

c) Em relação à pintura, observar a existência de defeitos de película, tais como:


empolamento, descascamento, arranhões, fendilhamento, impregnação de
impurezas e desgaste da tinta de acabamento e/ou de fundo.

Observações:

a) Tubulações que se enquadrem em pelo menos uma das seguintes condições


são potencialmente mais suscetíveis à corrosão externa:

- Tubulações situadas próximo a torres de resfriamento, vents e purgadores de


vapor;
- Tubulações situadas próximo de sistemas com possibilidade de vazamento ou
derramamento de misturas ou vapores ácidos;
- Tubulações situadas em trincheiras.

b) A decisão quanto à necessidade de reparos de pintura deverá ser feita


levando-se em conta os seguintes fatores:

- Perda de espessura da tubulação por corrosão externa;


- Início de corrosão externa;
- Identificação da linha por necessidade operacional;
- Aspectos estéticos em regiões de grande circulação de pessoas.

c) Em materiais não metálicos deve ser verificado:

- Ocorrência de vazamentos, deformações e trincas, especialmente em regiões de


restrição, tais como, suportes rígidos ou ligações com equipamentos, e em
tubulações com histórico de vibração;
- Presença de desgaste por atrito em tubulações apoiadas diretamente nos
suportes. Havendo desgaste localizado, deve-se avaliar a possibilidade de inserir
entre as partes em contato outro material com menor coeficiente de atrito, tal
como borracha ou teflon, ou inserir uma cela no ponto de apoio;
- Defeitos de película de tinta, tais como: empolamento, empoamento,
descascamento, arranhões, fendilhamento e impregnação de impurezas. A
pintura em linhas de material não metálico tem a finalidade de identificação
(NR-26) e proteção da tubulação de raios UV, assim danos menores na pintura
devem ser desconsiderados.

6.6.1.2 Nas tubulações aéreas, com isolamento térmico, verificar:

a) Isolamento térmico:

- Verificar as condições físicas do isolamento térmico quanto a amassamentos,


quebra das placas de isolante, falta ou danos da folha de alumínio corrugado,
amassamento da chapa de proteção do isolamento feito com manta cerâmica,

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sujeira e condições das caixas de medição de espessura;
- Observar se está havendo encharcamento por água nas placas de isolamento ou
manta. Em caso positivo, localizar o local de entrada da água e se for necessário
solicitar remoção de parte do isolamento para melhor inspeção.

b) Pintura:

Sistemas isolados que operem a temperaturas menores que 120ºC ou que


trabalhem em regime intermitente têm aplicação de tinta de fundo. Inspecionar a
pintura conforme descrito para tubulações aéreas sem isolamento térmico item
6.6.1.1;

c) Corrosão sob isolamento:

c.1.) Certas tubulações são potencialmente mais suscetíveis a corrosão sob


isolamento térmico que outras, estando essa possibilidade associada aos
seguintes fatores:
Tubulações enquadradas no item 6.6.1.1;

- Tubulações de aço carbono que operam entre -4ºC e 120ºC e, particularmente,


as que operam em condições que permitam constantemente a condensação e
reevaporação de misturas agressivas;
- Trechos de tubulações próximos a tomadas de instrumentos e conexões não
isoladas,operando em temperaturas diferentes da temperatura de operação do
ramal principal;
- Tubulações de aço inoxidável austenítico que operem em temperaturas entre
65ºC e 200ºC e isoladas com material sem controle de cloretos (suscetíveis a
corrosão sob tensão). Neste caso, as regiões das soldas e acessórios com
elevada tensão residual de fabricação (tais como: válvulas, “TES”, redução,
curvas, etc.) devem ser inspecionadas com LP, por amostragem;
- Tubulações com operação intermitente.

c.2.) Os locais de tubulações mais suscetíveis à corrosão sob isolamento são


listados a seguir:

- Todas as aberturas do isolamento (para vents, drenos, suportes de mola,


válvulas, conexões, steam-tracing , etc);
- Regiões de término do isolamento, como flanges e outros componentes de
tubulação;
- Isolamento térmico com danos;
- Regiões de término do isolamento em tubos verticais;
- Componentes de tubulações de materiais dissimilares em contato;
- Janelas para medição de espessura, onde o isolamento é removível. Neste caso
solicitar a instalação de caixa de medição.

d) Conexões:

d.1.) As roscas inspecionadas devem estar em conformidade com a Norma ASME


B1.20.1 (antiga ASME B.2.1);

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d.2.) Verificar a ocorrência de vazamentos, desalinhamentos, trincas, apertos
inadequados e corrosão localizada (frestas, por exemplo);

d.3.) Os locais mais suscetíveis para a ocorrência de trincas por fadiga em


conexões são os listados a seguir. A Inspeção de Equipamentos deve acionar
os órgãos competentes para sanar as causas que provocam a vibração:

- Equipamentos dinâmicos;
- Tubulações ligadas aos equipamentos dinâmicos;
- Tubulações com fluxo bifásico;
- Válvulas de controle;
- Sistemas que, por instabilidade operacional, possam sofrer grandes solicitações,
tais como: cavitação em bombas, martelamento hidráulico, abertura de válvulas
de segurança ou obstrução de filtros de bombas.

6.6.1.3. Válvulas e demais acessórios de tubulação:

a) Verificar a ocorrência de vazamentos, desalinhamentos, trincas, empenamentos


de hastes e rompimento de volantes;

b) A(s) válvula(s) de segurança ou alívio devem ser inspecionadas externamente


conforme padrão ( ) PE-1EP-00145 - Manutenção, Inspeção e Calibração de
PSV;

c) Verificar flanges ou acessórios flangeados instados em tubulações verticais,


pois o flange fica na posição horizontal e permite o acumulo de sujeira e água
podendo provocar corrosão nos estojos. Este problema pode ocorrer em
tubulações que operam abaixo de 80 °C.

6.6.1.5. Nos suportes de tubulação [rígidos (berços, patins, guias, pedestais), não
rígidos (molas), semi-rígidos (pendurais)], verificar:

a) A pintura, observando a existência de defeitos de película, como: empolamento,


empoamento, descascamento, arranhões, fendilhamento e impregnação e
impurezas;

b) A corrosão, deformações e fratura; em tirantes, molas, braçadeiras, estojos,


porcas e soldas de fixação do suporte;

c) Se os suportes de mola e pendurais estão devidamente ajustados, conforme


suas especificações de projeto;

d) Para as tubulações de material não metálico, as válvulas medias e grandes


devem ser suportadas separadamente da tubulação, válvulas grandes
necessitam de duplo suporte (suporte em ambos os lados).

6.6.1.6 Conexões:

a) As roscas inspecionadas devem estar em conformidade com a Norma ASME


B1.20.1 (antiga ASME B.2.1);
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b) Verificar a ocorrência de vazamentos, desalinhamentos, trincas, apertos
inadequados e corrosão localizada (frestas, por exemplo); para conexão de
materiais não metálicos atenção especial para a existência é estado físico das
arruelas.

c) Sempre que possível, no caso da corrosão externa, verificar a profundidade


máxima dos alvéolos ou pites, avaliando a espessura remanescente.

d) As conexões de pequeno diâmetro CPD são pontos críticos dos sistemas de


tubulação, devendo ser priorizado para os CPD a avaliação de espessura por
radiografia; videoscopia ou martelamento. CPD em material não metálico devem
ser avaliados apenas por inspeção visual detalhada da região.

e) As conexões roscadas em tubulações de hidrocarbonetos, sempre que possível


devem ser eliminadas através de substituição por conexão de encaixe e solda
ou através da selagem com solda, tomando o cuidado para que todos os filetes
de rosca sejam cobertos pelo deposito de solda.

f) Os locais mais suscetíveis para a ocorrência de trincas por fadiga em conexões


são os listados a seguir. A Inspeção de Equipamentos deve acionar os órgãos
competentes para sanar as causas que provocam a vibração:

- Equipamentos dinâmicos;
- Tubulações ligadas aos equipamentos dinâmicos;
- Tubulações com fluxo bifásico;
- Válvulas de controle;
- Tubulações com CPD que possuem massa em sua extremidade, tais como
flanges ou válvula (efeito pêndulo),
- Sistemas que, por instabilidade operacional, possam sofrer grandes solicitações,
tais como: cavitação em bombas, martelamento hidráulico, abertura de válvulas
de segurança ou obstrução de filtros de bombas.

6.6.1.8. Tubulações enterradas sem proteção catódica:

Inspeção da interface ar-solo, avaliando a corrosão e danos ao revestimento


anticorrosivo (pintura, fita adesiva, concreto, etc).
Caso se constate corrosão significativa, efetuar escavações para avaliação do
estado dos trechos enterrados. Escavar regiões rastreáveis em comprimentos de
aproximadamente 2 metros a cada 30 metros de tubulação. A escolha de regiões
para escavação deverá ser feita considerando: regiões baixas com possibilidade de
acúmulo de águas pluviais;

6.6.2. Líquido Penetrante (LP)

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a) A inspeção deve ser realizada conforme Norma PETROBRAS N-1596;

b) A inspeção de linhas de aço inoxidável deve ser executada externamente, em


tubulações com histórico de falhas por CST por halogênios (cloreto, flúor, etc);

c) A inspeção de conexão de pequeno diâmetro (CPD) sujeitas a vibrações,


conforme recomendado nas Tabelas 4, 5 e 6.

6.6.3. Medição de Espessura (ME)

6.6.3.1. A medição de espessura (US-ME) tem por finalidade o acompanhamento


da taxa de corrosão em tubulações metálicas, determinação da vida remanescente
e subsidiar a avaliação da Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA).
Havendo necessidade de verificar a presença de falhas ou corrosão localizada, esta
deverá ser realizada através de ensaios complementares. A medição de espessura
(ou radiografia) deve ser realizada nos componentes recomendados nas tabelas 4,
5 e 6.

6.6.3.2. A quantidade de pontos para medição de espessura e sugestão de


localização dos mesmos encontra-se sugerida no padrão ( ) PE-1EP-00018 -
Avaliação de Vida Residual de Equipamentos e Sistemas de Tubulações. Ficará a
critério da inspeção o aumento da amostragem da medição, em função do histórico
da linha ou sistema.

6.6.3.3. Para a avaliação da vida remanescente da tubulação, recomenda-se que


seja usado o sistema SAM ou outro sistema informatizado.

6.6.4. Radiografia

Recomenda-se o ensaio radiográfico nas conexões de pequeno diâmetro com a


finalidade de identificar baixa espessura ou corrosão localizada numa amostragem
estabelecida através do histórico e da taxa de corrosão da tubulação principal. O
percentual mínimo recomendado de conexões a serem radiografadas pode ser
calculado pela fórmula:

Em que:
%CR = % conexões a radiografar
tc = taxa de corrosão - (mm/ano);
C = campanha prevista - (anos);
tn = espessura nominal - (mm);
tmin = espessura mínima - (mm).
Quando o valor de “% conexões a radiografar” for maior do que 100 % a vida
remanescente do sistema está comprometida para a campanha prevista.

NOTA: A inspeção visual e por martelamento poderão ser executadas em

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substituição as inspeções radiográficas em conexões que podem ser
liberadas em operação. O PH definirá seu uso ou não, dependendo do
histórico da linha e das condições operacionais.

6.6.5. Martelamento

a) O teste por martelamento deve ser executado através de martelo de bola


metálico de 250g e somente com a tubulação despressurizada;

b) A extensão do teste deve ser definida pelo órgão de inspeção;

c) A substituição do teste por outro ensaio equivalente poderá ser executada após
avaliação da Inspeção da Unidade de Negócios.

NOTA: O teste de martelamento é opcional, o PH definirá seu uso ou não,


dependendo do histórico da linha e das condições operacionais.

6.6.6. Inspeção quanto à vibração

A inspeção quanto à vibração é dividida em:

a) Inspeção visual e auditiva

Exame preliminar para identificar regiões com vibração. O inspetor devera avaliar as
linhas quanto a deslocamentos ou ruídos excessivos. O ruído excessivo na
tubulação ocorre devido ao choque do escoamento multifásico com a linha ou o
choque da tubulação com suportes ou dispositivos de fixação.

Os locais com deslocamentos e ruídos excessivos devem ser classificados em


permanentes ou intermitentes, ter seus suportes avaliados conforme item abaixo, e
serem registrados para inspeções complementares: medição de vibração, inspeção
por END.

b) Avaliação de suportes e dispositivos de fixação

Verifique suportes e dispositivos de fixação de tubulações com vibração excessiva.


Verifique onde ocorrem as maiores amplitudes de vibração, localize os suportes
mais próximos e verifique suas condições:

- Confira se os suportes foram instalados conforme projeto;


- Identifique a existência de suportes e dispositivos de fixação frouxos ou
rompidos;
- Verifique se as estruturas dos suportes estão se movimentando (rigidez
insuficiente);
- Trechos de tubulação que suportam pesadas massas (tais como válvulas ou
outros equipamentos de grande porte) devem estar devidamente apoiados.

c) Inspeções complementares

A vibração classificada visualmente como excessiva deve ser quantificada através


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de medições de vibração, avaliada por profissional competente e se necessário
reduzida para limites aceitáveis. Tubulações que operaram em limites não
aceitáveis devem ter suas soldas avaliadas por END que possibilite identificar
trincas de fadiga (a critério do PH).

6.6.7. Testes de pressão

Os testes de pressão deverão ser conduzidos de acordo com as exigências da


norma PETROBRAS N-115 e do ( ) PP-1EP-00260 - Padrão de Planejamento da
Inspeção de Equipamentos no E&P.

Após reparos, a decisão pela execução de teste de pressão deverá atender aos
códigos de projeto aplicáveis.

Nos casos onde se constate inviabilidade técnica para execução do teste de


pressão, este poderá ser substituído por exames não destrutivos adequados. A
definição pela substituição do teste de pressão cabe exclusivamente ao Profissional
Habilitado responsável pela sua execução, que deverá manter registrado o motivo
de liberação do sistema sem o teste.

Em reparos temporários executados com o sistema de tubulação em operação, a


qualidade de execução do reparo deve ser assegurada por exames não destrutivos.

6.7. Tipo e Extensão dos Ensaios

a) O tipo e a extensão de ensaios devem atender aos critérios definidos nas


tabelas 4, 5 e 6;

b) O percentual de cumprimento é uma prática recomendada para as inspeções.

c) Os números entre parênteses correspondem a notas gerais referentes às


tabelas 4, 5 e 6.

Tabela 4: Tipo e extensão de ensaios de sistemas de tubulações ligadas a


equipamentos rotativos até o 1° bloqueio.
CLASSE DE LOCAIS
MATERIAL
INSPEÇÃO (Tabela 1) TUBOS E CONEXÕES SOLDAS
• Visual 100%
Aço carbono • Martelamento (9) • Visual
• ME ou Radiografia(2)
• Visual 100%
I • Martelamento (9)
Aço liga • Visual
• ME ou Radiografia (2)
• TP 100% (4)
• Visual 100% • Visual
Aço inox austenítico
• LP 100% (5) • LP 100% (5)
• Visual 100%
Aço carbono • Martelamento (9) • Visual

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• ME ou Radiografia (2)
• Visual 100%
II • Martelamento (9)
Aço liga • Visual
• ME ou Radiografia (2)
• TP (4)
• Visual 100% • Visual
Aço inox austenítico
• LP 100% (5) • LP 100% (5)
• Visual 100%
Aço carbono • Visual
• Martelamento (9)
• Visual 100%
III Aço liga • Martelamento (9) • Visual
• TP (4)
• Visual 100% • Visual
Aço inox austenítico
• LP 100% (5) • LP 100% (5)
IV Qualquer • Inspeção quando tubulação • Inspeção quando tubu
falhar ou por oportunidade falhar ou por oportunid

Tabela 5: Tipo e extensão de ensaios de sistemas de tubulações ligadas a


equipamentos estáticos até o 1° bloqueio, incluindo instrumentação
associada.
CLASSE DE LOCAIS
MATERIAL
INSPEÇÃO (Tabela 1) TUBOS E CONEXÕES SOLDAS
• Visual 100%
Aço carbono • Martelamento (9) • Visual
• ME ou Radiografia (1)
• Visual 100%
I • Martelamento (9)
Aço liga • Visual
• ME ou Radiografia (1)
• TP (4)
• Visual • Visual
Aço inox austenítico
• LP 100% (5) • LP 100% (5)
• Visual 100%
Aço carbono • Martelamento (9) • Visual
• ME ou Radiografia (1)
• Visual 100%
II • Martelamento (9)
Aço liga • Visual
• ME ou Radiografia (1)
• TP (4)
• Visual 100% • Visual
Aço inox austenítico
• LP 100% (5) • LP 100% (5)
• Visual 100%
Aço carbono • Martelamento (9) • Visual
• ME ou Radiografia (1)
• Visual 100%
III • Martelamento (9)
Aço liga • Visual
• ME ou Radiografia (1)
• TP (4)
• Visual 100% • Visual 100%
Aço inox austenítico

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• LP 100% (5) • LP 100% (5)
IV Qualquer • Inspeção quando tubulação • Inspeção quando tubu
falhar ou por oportunidade falhar ou por oportunid

Tabela 6: Tipo e extensão de ensaios para sistemas de tubulações não


incluídas nas tabelas 4 e 5, incluindo drenos, vents e tomadas de linhas de
grande diâmetro (maior que 1 ½”).
CLASSE DE LOCAIS
MATERIAL
INSPEÇÃO (Tabela 1) TUBOS E CONEXÕES SOLDAS
• Visual 100%
Aço carbono • Martelamento (9) • Visual
• ME ou Radiografia (10)
• Visual 100%
I • Martelamento (9)
Aço liga • Visual
• ME ou Radiografia (10)
• TP (4)
• Visual • Visual
Aço inox austenítico
• LP 100% (5) • LP 100% (5)
• Visual 100%
Aço carbono • Martelamento (9) • Visual
• ME ou Radiografia (10)
• Visual 100%
II • Martelamento (9)
Aço liga • Visual
• ME ou Radiografia (10)
• TP (4)
• Visual 100% • Visual
Aço inox austenítico
• LP 100% (5) • LP 100% (5)
• Visual 100%
Aço carbono • Martelamento (9) • Visual
• ME ou Radiografia (10)
• Visual 100%
III • Martelamento (9)
Aço liga • Visual
• ME ou Radiografia (10)
• TP (4)
• Visual 100% • Visual 100%
Aço inox austenítico
• LP 100% (5) • LP 100% (5)
IV Qualquer • Inspeção quando tubulação • Inspeção quando tubu
falhar ou por oportunidade falhar ou por oportunid

NOTA:

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1. Para tubulações isoladas a frio, priorizar o ensaio radiográfico quando em
inspeção ou campanha. O PH vai definir o percentual da inspeção
radiográfica com base no do histórico de falhas e atendendo o item 6.6.4
deste padrão.

NOTAS referentes às tabelas 4, 5 e 6:


1. Niples junto ao equipamento estático;
2. Niples junto ao equipamento rotativo, o PH vai definir o percentual da
inspeção radiográfica com base no do histórico de falhas e atendendo o
item 6.6.4 deste padrão.
3. Ligações roscadas não são recomendadas, principalmente para situações
onde ocorrem elevados níveis de vibração (sujeitos a danos por fadiga) e/ou
corrosão interna. A Inspeção de Equipamentos deve avaliar as situações de
elevado potencial de risco, visando definir ações que aumentem a
confiabilidade dos respectivos sistemas de tubulação, tais como: aumento
de schedule , eliminação de roscas por solda de encaixe, aumento de
diâmetro, etc;
4. Na inspeção inicial ou quando houver troca;
5. Quando houver histórico de CST por Halogênio (Flúor, Cloreto, etc);
6. Conforme ANSI B.2.1;
7. 50% para linhas de instrumentação e 20% para linhas ligadas a
equipamentos estáticos;
8. 20% para linhas de instrumentação e 10% para linhas ligadas a
equipamentos estáticos;
9. Percentual a critério da Inspeção de Equipamentos, podendo ser substituído
por outro ensaio aplicável;
10. Para o 1º niple dos drenos e vents de linhas de grande diâmetro, o PH vai
definir o percentual da inspeção radiográfica com base no do histórico de
falhas e atendendo o item 6.6.4 deste padrão.
11. Somente para drenos e vents.

6.8. Critérios de Aceitação

6.8.1. Espessura Mínima

Para a determinação da espessura mínima requerida por uma tubulação os


seguintes passos devem ser seguidos:

PASSO 1: Calcular a espessura mínima de projeto utilizando a fórmula de Barlow


(tubulações com t > d/6 ou P/SE > 0,385 requerem equações diferentes, contidas
na norma B 31.3):

onde:
t: é a espessura mínima de projeto para suportar a pressão
P: é a pressão interna
D: é o diâmetro externo
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S: é a tensão admissível na temperatura de projeto (obtida na norma B 31.3)
E: é a eficiência de junta

PASSO 2: Determinar a mínima espessura estrutural, obtidas de tabelas de


fabricantes ou cálculos de engenharia, baseados na flexão e na flambagem de
tubos. A tabela7, obtida do API 570, representa as mínimas espessuras estruturais
para tubulações em aço carbono e aços de baixa liga:

Tabela 7: Valores de espessura mínima estrutural.


NPS DIÂMETRO EXTERNO
ESPESSURA MÍNIMA (mm)
(polegadas) (polegadas)
1/2 0,840 1,8
3/4 1,050 1,8
1 1,315 1,8
1 1/2 1,900 1,8

PASSO 3: Escolher o maior valor entre as espessuras determinadas no passo 1 e


no passo 2. Essa será a mínima espessura requerida tmín.

A determinação da espessura mínima para a condição de pressão externa (ou


vácuo) deve ser feita conforme o descrito nos parágrafos UG-28 do código ASME
VIII Divisão 1. O processo é iterativo e deve ser realizado pelo profissional
habilitado (PH).

A determinação da espessura mínima de válvulas e conexões flangeadas é feita de


maneira semelhante à descrita anteriormente. Baseado em diversos cálculos de
projeto, o API 570 estima que a espessura mínima de válvula e conexões
flangeadas está na ordem de 1,5 vezes maior que a espessura mínima de tubos
retos, podendo ser calculada pela seguinte fórmula:

Entretanto, sua espessura nunca pode ser inferior ao valor determinado na tabela 7,
a não ser que avaliações de adequação ao uso (Fitness for Service ) sejam
realizadas pelo profissional habilitado (PH).
Esses cálculos não se aplicam a conexões soldadas. Os cálculos para tubos retos
podem ser aplicados para conexões soldadas, usando as correções de forma
apropriadas, se necessário (ver o Apêndice D da B 31.3).

6.8.2. Demais Ensaios

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a) Utilizar critérios da norma de projeto;

b) Trincas podem ser aceitáveis se um cálculo de adequação ao uso for realizado,


a critério do PH.

6.8.3. Ciclo de Controle

Não aplicável.

7. REGISTROS

Tempo de
Identificação Armazenamento Grau de sigilo Proteção Recuperação
Retenção
Os
ele
dev
apa
Acesso ao me
sistema por chave Sistema de ríg
Relatórios de
SAP ERP Corporativo e senha e armazenamento Permanente com
Inspeção
Sistema protegido do SAP ERP ser
por backup. de
eo
em
ser
inc

8. ANEXOS

Não aplicável.

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SUMÁRIO DE REVISÕES
REV. Data DESCRIÇÃO E/OU ITENS ATINGIDOS
0 08/12/2011 Emissão Original

DOCUMENTOS COMPLEMENTARES ADICIONAIS:

LISTA DE DISTRIBUIÇÃO

ELETRÔNICA

E&P-CPM/CMP-SAE, E&P-CPM/CMP-SAE/OMS/EMI, E&P-CPM/CMP-SS, E&P-CPM/CMP-SS/OMS/EMI,


E&P-ENGP/OPM/EMI, E&P-NNE/CPT/CIP-AM, E&P-NNE/CPT/CIP-BAES, E&P-NNE/CPT/CIP-RNCE,
E&P-NNE/CPT/CIP-SEAL, E&P-NNE/CPT/ECP/ESMI, UO-BA/ATP-BM, UO-BA/ATP-BM/OP-MNT, UO-BA/ATP-N,
UO-BA/ATP-N/CM, UO-BA/ATP-N/MI, UO-BA/ATP-S, UO-BA/ATP-S/CM, UO-BA/ATP-S/MI, UO-BA/ATPF,
UO-BA/ATPF/CM, UO-BA/ATPF/MI, UO-BA/ENGP, UO-BA/ENGP/EMI, UO-BC/ATP-AB, UO-BC/ATP-AB/CMI,
UO-BC/ATP-C, UO-BC/ATP-C/CMI, UO-BC/ATP-MRL, UO-BC/ATP-MRL/CMI, UO-BC/ATP-N-NE,
UO-BC/ATP-N-NE/CMI, UO-BC/ATP-PS, UO-BC/OPM, UO-BC/OPM/EMI, UO-BC/OPM/EMI/CSPIE,
UO-BC/PCM/PPROG-I, UO-BC/PCM/PPROG-II, UO-BS/AMTG, UO-BS/AMTG/MI, UO-BS/ATP-C,
UO-BS/ATP-C/ISUP, UO-BS/ATP-N, UO-BS/ATP-N/ISUP, UO-BS/ENGP, UO-BS/ENGP/EMI,
UO-BS/ENGP/PMF, UO-ES/APMG-ES, UO-ES/APMG-ES/ISUP, UO-ES/APMG-ES/MI, UO-ES/ATP-GLF/ISUP,
UO-ES/ATP-JUB-CHT, UO-ES/ATP-JUB-CHT/ISUP, UO-ES/ATP-NC, UO-ES/ATP-NC/ISUP, UO-ES/ATP-NC/MI,
UO-ES/ENGP, UO-ES/ENGP/EMI, UO-RIO/ATP-ABL, UO-RIO/ATP-ABL/CMI, UO-RIO/ATP-BRC,
UO-RIO/ATP-BRC/CMI, UO-RIO/ATP-MLL, UO-RIO/ATP-MLL/CMI, UO-RIO/ATP-MLS, UO-RIO/ATP-MLS/CMI,
UO-RIO/ATP-RO, UO-RIO/ATP-RO/CMI, UO-RIO/ENGP, UO-RIO/OPM, UO-RIO/OPM/EMI,
UO-RIO/OPM/EMI/CSPIE, UO-RIO/PCM/PPROG-I, UO-RIO/PCM/PPROG-II, UO-RNCE/ATP-ARG,
UO-RNCE/ATP-ARG/CM, UO-RNCE/ATP-ARG/MI, UO-RNCE/ATP-M, UO-RNCE/ATP-M/CM,
UO-RNCE/ATP-M/MI, UO-RNCE/ATP-MO, UO-RNCE/ATP-MO/CM, UO-RNCE/ATP-MO/MI, UO-RNCE/ENGP,
UO-RNCE/ENGP/EMI, UO-RNCE/UTPF, UO-RNCE/UTPF/DPCM, UO-RNCE/UTPF/MIPF, UO-SEAL/ATP-AL,
UO-SEAL/ATP-AL/CM, UO-SEAL/ATP-AL/MI, UO-SEAL/ATP-SM, UO-SEAL/ATP-SM/CM, UO-SEAL/ATP-SM/MI,
UO-SEAL/ATP-ST, UO-SEAL/ATP-ST/CM, UO-SEAL/ATP-ST/MI, UO-SEAL/ENGP, UO-SEAL/ENGP/EMI,
UO-SEAL/UTPF/MIPF

Deve-se dar prioridade à consulta a padrões através do SINPEP, evitando a sua impressão

IMPRESSA

DESTINATÁRIOS

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