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TRABALHO
EM
FUNÇÕES
PÚBLICAS
Informações:
VERSÃO DATA
1.ª Agosto de 2014
2.ª Dezembro de 2016
3.ª Maio de 2017
4.ª Novembro de 2017
5.ª Janeiro de 2019
6.ª Junho de 2020
7.ª Julho de 2022
8.ª Dezembro de 2022
9.ª Julho de 2023
Lei n.º 35/2014, de 20 de junho
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certificação da situação de doença, ao serviço em - Alterado pelo artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 53/2023, de 5 de julho.
que o trabalhador exerce funções ou a organismo ___________________________________
ao qual seja cometida a competência de recolha
centralizada de tais documentos, sendo de imedi- Artigo 19.º
ato facultado ao trabalhador cópia do referido do- Doença ocorrida no estrangeiro
cumento ou documento comprovativo desse envio.
___________________________________ 1 — O trabalhador que adoeça no estrangeiro
- Alterado pelo artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 53/2023, de 5 de julho.
deve, por si ou por interposta pessoa, comunicar o
___________________________________ facto ao serviço no prazo de sete dias úteis.
2 — Salvo a ocorrência de motivos que o im-
Artigo 18.º possibilitem ou dificultem em termos que afastem
Meios de prova a sua exigibilidade, os documentos comprovativos
de doença ocorrida no estrangeiro devem ser visa-
1 — A declaração de doença deve ser devida- dos pela autoridade competente da missão diplo-
mente assinada pelo médico, autenticada pelas mática ou consular da área onde o interessado se
entidades com competência para a sua emissão encontra doente e entregues ou enviados ao res-
nos casos previstos no n.º 2 do artigo anterior e petivo serviço no prazo de 20 dias úteis, a contar
conter: nos termos do artigo 72.º do Código do Procedi-
mento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei
a) A identificação do médico;
n.º 442/91, de 15 de novembro, na redação atual.
b) O número da cédula profissional do médico;
3 — Se a comunicação e o documento compro-
c) A identificação do acordo com um subsistema vativo de doença foram enviados através do cor-
de saúde ao abrigo do qual é comprovada a do- reio, sob registo, releva a data da respetiva expe-
ença; dição para efeitos do cumprimento dos prazos re-
feridos nos números anteriores, se a data da sua
d) O número do bilhete de identidade ou o nú-
entrada nos serviços for posterior ao limite daque-
mero do cartão do cidadão do trabalhador;
les prazos.
e) A identificação do subsistema de saúde e o
4 — A falta da comunicação referida no n.º 1 ou
número de beneficiário do trabalhador;
da entrega dos documentos comprovativos da do-
f) A menção da impossibilidade de comparência ença nos termos dos números anteriores implica, se
ao serviço; não for devidamente fundamentada, a injustificação
das faltas dadas até à data da receção da comuni-
g) A duração previsível da doença; cação ou da entrada dos documentos.
h) Indicação de ter havido ou não internamento;
Artigo 20.º
i) A menção expressa de que a doença não im-
plica a permanência na residência ou no local em Verificação domiciliária da doença
que se encontra doente, quando for o caso.
1 — Salvo nos casos de internamento, de ates-
2 — Quando tiver havido internamento e este tado médico passado nos termos do n.º 2 do artigo
cessar, o trabalhador deve apresentar-se ao ser- 17.º e de doença ocorrida no estrangeiro, pode o
viço com o respetivo documento de alta ou, no dirigente competente, se assim o entender, solici-
caso de ainda não estar apto a regressar, proceder tar a verificação domiciliária da doença.
à comunicação e apresentar documento compro-
2 — Quando a doença não implicar a perma-
vativo da doença nos termos do disposto no artigo
nência no domicílio, o respetivo documento com-
anterior, contando-se os prazos nele previstos a
provativo deve conter referência a esse facto.
partir do dia em que teve alta.
3 — Nos casos previstos no número anterior, o
3 — Cada declaração de doença é válida pelo
trabalhador deve fazer acompanhar o documento
período que o médico indicar como duração previ-
comprovativo da doença da indicação dos dias e
sível da doença, o qual não pode exceder 30 dias.
das horas a que pode ser efetuada a verificação
4 — Se a situação de doença se mantiver para domiciliária, num mínimo de três dias por semana
além do período previsto pelo médico, deve ser en- e de dois períodos de verificação diária, de duas
tregue nova declaração, sendo aplicável o disposto horas e meia cada um, compreendidos entre as 9
nos n.ºs 1 e 6 do artigo anterior. e as 19 horas.
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a) Submeter-se aos exames clínicos que aquela 3 — No caso previsto no n.º 1 do artigo 27.º,
considerar indispensáveis, que são, a sua solicita- as faltas dadas pelo trabalhador que venha a ser
ção, marcados pela mesma, e integralmente su- considerado apto para regressar ao serviço, desde
portados pela ADSE; a data do pedido da submissão à junta médica, são
equiparadas a serviço efetivo.
b) Apresentar-se à junta médica com os ele-
mentos por ela requeridos.
Artigo 30.º
3 — O não cumprimento do disposto no número
Interrupção das faltas por doença
anterior implica a injustificação das faltas dadas
desde o termo do período de faltas anteriormente 1 — O trabalhador que se encontre na situação
concedido, a menos que não seja imputável ao tra- de faltas por doença concedidas pela junta médica
balhador a obtenção dos exames fora do prazo. ou a aguardar a primeira apresentação à junta mé-
dica só pode regressar ao serviço antes do termo
4 — Sempre que seja necessário, a junta mé-
do período previsto mediante atestado médico que
dica pode requerer a colaboração de médicos es-
o considere apto a retomar a atividade, sem pre-
pecialistas e de outros peritos ou recorrer aos ser-
juízo de posterior apresentação à junta médica.
viços especializados dos estabelecimentos oficiais,
sendo os encargos suportados nos termos previs- 2 — Para efeitos do número anterior, a inter-
tos na alínea a) do n.º 2. venção da junta médica considera-se de manifesta
urgência.
Artigo 28.º
Obrigatoriedade de submissão à junta médica
1 — O trabalhador que, nos termos dos artigos
anteriores, deva ser submetido a junta médica
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1 — Sem prejuízo da revisão que deva ter lugar 3 — Por despacho fundamentado da entidade
nos termos legalmente previstos, mantêm-se as competente para a abertura do procedimento con-
carreiras que ainda não tenham sido objeto de ex- cursal, pode ser determinada a aplicação, com as
tinção, de revisão ou de decisão de subsistência, necessárias adaptações, do disposto nos n.ºs 1 a
designadamente as de regime especial e as de cor- 3 do artigo 40.º da Portaria n.º 83-A/2009, de 22
pos especiais, bem como a integração dos respeti- de janeiro, alterada e republicada pela Portaria n.º
vos trabalhadores, sendo que: 145-A/2011, de 6 de abril, no que se refere à cons-
tituição de reserva de recrutamento pelo prazo de
a) Só após tal revisão tem lugar, relativamente 18 meses.
a tais trabalhadores, a execução das transições
através da lista nominativa referida no artigo 109.º 4 — O disposto no n.º 1 é aplicável, com as
da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro, na reda- necessárias adaptações, aos níveis remuneratórios
ção atual, exceto no respeitante à modalidade de das comissões de serviço.
constituição da sua relação jurídica de emprego
5 — O regime fixado no presente artigo tem na-
público e às situações de mobilidade geral do ou
tureza imperativa, prevalecendo sobre quaisquer
no órgão ou serviço;
outras normas legais ou convencionais, especiais
b) Até ao início de vigência da revisão: ou excecionais, em contrário, não podendo ser
afastado ou modificado pelas mesmas.
i) As carreiras em causa regem-se pelas dispo- ___________________________________
sições normativas aplicáveis em 31 de dezembro
- Alterado pelo artigo 3.º da Lei n.º 25/2017, de 30 de maio.
de 2008, com as alterações decorrentes dos arti-
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gos 156.º a 158.º, 166.º e 167.º da LTFP e 113.º
da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro, na reda-
Artigo 42.º
ção atual;
Norma revogatória
ii) Aos procedimentos concursais para as car-
reiras em causa é aplicável o disposto na alínea d) 1 — São revogados:
do n.º 1 do artigo 37.º da LTFP, bem como no n.º
11 do artigo 28.º da Portaria n.º 83-A/2009, de 22 a) A Lei n.º 23/98, de 26 de maio, alterada pela
de janeiro, alterada e republicada pela Portaria n.º Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro;
145-A/2011, de 6 de abril; b) Os artigos 16.º a 18.º da Lei n.º 23/2004,
iii) O n.º 3 do artigo 110.º da Lei n.º 12- de 22 de junho, alterada pelo Decreto-Lei n.º
A/2008, de 27 de fevereiro, na redação atual, não 200/2006, de 25 de outubro, e pela Lei n.º
lhes é aplicável, apenas o sendo relativamente aos 53/2006, de 7 de dezembro, e revogada pela Lei
concursos pendentes na data do início da referida n.º 59/2008, de 11 de setembro, com exceção dos
vigência. artigos que ora se revogam;
2 — A revisão das carreiras a que se refere o c) A Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro, al-
número anterior deve assegurar: terada pelas Leis n.ºs 64-A/2008, de 31 de dezem-
bro, 3-B/2010, de 28 de abril, 34/2010, de 2 de
a) A observância das regras relativas à organi- setembro, 55-A/2010, de 31 de dezembro, 64-
zação das carreiras previstas na LTFP e no seu ar- B/2011, de 30 de dezembro, 66/2012, de 31 de
tigo 149.º, designadamente quanto aos conteúdos dezembro, e 66-B/2012, de 31 de dezembro, e
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pelo Decreto-Lei n.º 47/2013, de 5 de abril, com c) A Portaria n.º 62/2009, de 22 de janeiro.
exceção das normas transitórias abrangidas pelos
3 — Todas as referências aos diplomas ora re-
artigos 88.º a 115.º;
vogados entendem-se feitas para as correspon-
d) A Lei n.º 58/2008, de 9 de setembro, alterada dentes normas da presente lei.
pelo Decreto-Lei n.º 47/2013, de 5 de abril;
Artigo 43.º
e) A Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro, alterada
pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril, pelo Decreto- Disposição transitória
Lei n.º 124/2010, de 17 de novembro, e pelas Leis
n.ºs 64-B/2011, de 30 de dezembro, 66/2012, de 31 1 — A legislação referente ao pessoal com fun-
de dezembro, e 63/2013, de 29 de agosto; ções policiais da Polícia de Segurança Pública, a
que se refere o n.º 2 do artigo 2.º da LTFP, deve
f) O Decreto-Lei n.º 259/98, de 18 de agosto, ser aprovada até 31 de dezembro de 2014.
alterado pelo Decreto-Lei n.º 169/2006, de 17 de
agosto, e pelas Leis n.ºs 64-A/2008, de 31 de de- 2 — Até à data de entrada em vigor da lei es-
zembro, 66/2012, de 31 de dezembro, e 68/2013, pecial prevista no número anterior, o pessoal com
de 29 de agosto; funções policiais da Polícia de Segurança Pública
continua a reger-se pela lei aplicável antes da en-
g) O Decreto-Lei n.º 100/99, de 31 de março, trada em vigor da LTFP.
alterado pela Lei n.º 117/99, de 11 de agosto, pe-
los Decretos-Leis n.ºs 503/99, de 20 de novembro, Artigo 44.º
70-A/2000, de 5 de maio, 157/2001, de 11 de
maio, 169/2006, de 17 de agosto, e 181/2007, de Entrada em vigor
9 de maio, pelas Leis n.ºs 59/2008, de 11 de se- 1 — A presente lei entra em vigor no primeiro dia
tembro, e 64-A/2008, de 31 de dezembro, pelo do segundo mês seguinte ao da sua publicação.
Decreto-Lei n.º 29-A/2011, de 1 de março, pelas
Leis n.ºs 66/2012, de 31 de dezembro, e 66- 2 — O disposto na presente lei não prejudica a
B/2012, de 31 de dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º vigência das normas da Lei do Orçamento do Es-
36/2013, de 11 de março; tado em vigor.
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Apontamentos:
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1 — A presente lei regula o vínculo de trabalho 2 — A presente lei não é aplicável aos mili-
em funções públicas. tares das Forças Armadas, aos militares da Guarda
Nacional Republicana, ao pessoal com funções po-
2 — A presente lei é aplicável à administração liciais da Polícia de Segurança Pública, ao pessoal
direta e indireta do Estado e, com as necessárias da carreira de investigação criminal, da carreira de
adaptações, designadamente no que respeita às segurança e ao pessoal com funções de inspeção
competências em matéria administrativa dos cor- judiciária e de recolha de prova da Polícia Judiciária
respondentes órgãos de governo próprio, aos ser- e ao pessoal da carreira de investigação e fiscali-
viços da administração regional e da administração zação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, cu-
autárquica. jos regimes constam de lei especial, sem prejuízo
do disposto nas alíneas a) e e) do n.º 1 do artigo
3 — A presente lei é também aplicável, com as
8.º e do respeito pelos seguintes princípios aplicá-
adaptações impostas pela observância das corres-
veis ao vínculo de emprego público:
pondentes competências, aos órgãos e serviços de
apoio do Presidente da República, dos tribunais e a) Continuidade do exercício de funções públi-
do Ministério Público e respetivos órgãos de gestão cas, previsto no artigo 11.º;
e outros órgãos independentes.
b) Garantias de imparcialidade, previsto nos ar-
4 — Sem prejuízo de regimes especiais e com tigos 19.º a 24.º;
as adaptações impostas pela observância das cor-
respondentes competências, a presente lei é ainda c) c) Planeamento e gestão de recursos huma-
aplicável aos órgãos e serviços de apoio à Assem- nos, previsto nos artigos 28.º a 31.º, salvo no que
bleia da República. respeita ao plano anual de recrutamento;
5 — A aplicação da presente lei aos serviços pe- d) Procedimento concursal, previsto no artigo
riféricos externos do Ministério dos Negócios Es- 33.º;
trangeiros, relativamente aos trabalhadores recru- e) Organização das carreiras, previsto no n.º 1
tados para neles exercerem funções, incluindo os do artigo 79.º, nos artigos 80.º, 84.º e 85.º e no
trabalhadores das residências oficiais do Estado, n.º 1 do artigo 87.º;
não prejudica a vigência:
f) Princípios gerais em matéria de remunera-
a) Das normas e princípios de direito internaci- ções, previstos nos artigos 145.º a 147.º, nos n.ºs
onal que disponham em contrário; 1 e 2 do artigo 149.º, no n.º 1 do artigo 150.º, e
b) Das normas imperativas de ordem pública nos artigos 154.º, 159.º e 169.º a 175.º
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local;
- Alterado pelo artigo 4.º da Lei n.º 25/2017, de 30 de maio.
c) Dos instrumentos e normativos especiais - Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º 70/2017, de 14 de agosto.
previstos em diploma próprio. ___________________________________
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aos quais é aplicável o Decreto-Lei n.º 503/99, de 4 — O vínculo de emprego público pode ser
20 de novembro. constituído por tempo indeterminado ou a termo
resolutivo.
6 — Para efeitos de fiscalização do cumpri-
mento da legislação relativa à segurança e saúde
Artigo 7.º
no trabalho, é aplicável o regime das contraorde-
nações laborais previsto no Código do Trabalho e Contrato de trabalho em funções públicas
legislação complementar, com as adaptações
constantes do título IV da parte I da presente lei. O vínculo de emprego público constitui-se, em
___________________________________ regra, por contrato de trabalho em funções públi-
cas.
- Alterado pelo artigo 4.º da Lei n.º 25/2017, de 30 de maio.
- Alterado pelo artigo 3.º da Lei n.º 73/2017, de 16 de agosto.
- Alterado pelo artigo 2.º da Lei n.º 79/2019, de 2 de setembro. Artigo 8.º
- Alterado pelo artigo 406.º da Lei n.º 2/2020, de 31 de março.
- Alterado pelo artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 53/2023, de 5 de julho. Vínculo de nomeação
___________________________________
1 — O vínculo de emprego público constitui-se
por nomeação nos casos de exercício de funções
Artigo 5.º
no âmbito das seguintes atribuições, competências
Legislação complementar e atividades:
Constam de diploma próprio: a) Missões genéricas e específicas das Forças
Armadas em quadros permanentes;
a) O sistema integrado de gestão e avaliação
do desempenho na Administração Pública; b) Representação externa do Estado;
b) O regime de acidentes de trabalho e doenças c) Informações de segurança;
profissionais dos trabalhadores que exercem fun-
d) Investigação criminal;
ções públicas;
e) Segurança pública, quer em meio livre quer
c) O regime de formação profissional dos traba-
em meio institucional;
lhadores que exercem funções públicas;
f) Inspeção.
d) Os estatutos do pessoal dirigente da Admi-
nistração Pública. 2 — As funções referidas no número anterior
desenvolvem-se no âmbito de carreiras especiais.
TÍTULO II
3 — Quando as funções referidas nas alíneas b)
Modalidades de vínculo e prestação de tra- a f) do n.º 1 devam ser exercidas a título transitó-
balho para o exercício de funções públicas rio, aplica-se, com as necessárias adaptações, o
regime da presente lei para o contrato de trabalho
Artigo 6.º em funções públicas a termo resolutivo.
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1 — Qualquer projeto ou proposta de lei, projeto O empregador público deve comunicar ao ser-
de decreto-lei ou projeto ou proposta de decreto re- viço de segurança e de saúde no trabalho e aos
gional relativo às matérias previstas no artigo ante- trabalhadores com funções específicas no domínio
rior só pode ser discutido e votado pela Assembleia da segurança e da saúde no trabalho o início de
da República, pelo Governo da República, pelas as- exercício de funções de todos os trabalhadores
sembleias legislativas das regiões autónomas e pe- com vínculo de emprego público, incluindo os tra-
los governos regionais, depois de as comissões de balhadores em situação de mobilidade ou de ce-
trabalhadores e associações sindicais se terem po- dência de interesse público, e das pessoas que não
dido pronunciar sobre eles. sejam titulares de uma relação jurídica de em-
prego público, nomeadamente estagiários, bolsei-
2 — Para efeitos do disposto no número ante- ros e prestadores de serviços.
rior, é aplicável o disposto nos artigos 472.º a ___________________________________
- Aditado pelos artigos 3.º e 4.º da Lei n.º 79/2019, de 2 de setembro.
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f) Justificação da inexistência de conflito com as 4 — Para efeitos das proibições constantes dos
funções públicas, quando aplicável; n.ºs 1 e 2, é equiparado ao trabalhador:
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serviço carece para o desenvolvimento das respe- permanente ou transitória da atividade, tal como
tivas atividades, caracterizados em função: consta do mapa de pessoal.
a) Da atribuição, competência ou atividade que 3 — O recrutamento é feito por procedimento
o seu ocupante se destina a cumprir ou a executar; concursal restrito aos trabalhadores detentores de
um vínculo de emprego público por tempo indeter-
b) Do cargo ou da carreira e categoria que lhes
minado.
correspondam;
4 — O órgão ou serviço pode ainda recrutar tra-
c) Dentro de cada carreira e, ou, categoria,
balhadores com vínculo de emprego público a
quando imprescindível, da área de formação aca-
termo ou sem vínculo de emprego público, medi-
démica ou profissional de que o seu ocupante deva
ante procedimento concursal a que possam con-
ser titular;
correr os trabalhadores com e sem vínculo de em-
d) Do perfil de competências transversais da prego público, aberto ao abrigo e nos limites cons-
respetiva carreira ou categoria, regulamentado por tantes do mapa anual global aprovado pelo despa-
portaria do membro do Governo responsável pela cho a que se refere o n.º 6.
área da Administração Pública e complementado
5 — Durante a fase de preparação do Orça-
com as competências associadas à especificidade
mento do Estado e para efeitos de aprovação do
do posto de trabalho.
plano anual de recrutamentos previsto no n.º 3 do
3 — Nos órgãos e serviços desconcentrados, o artigo 28.º, as secretarias-gerais ou os órgãos ou
mapa de pessoal é desdobrado em tantos mapas serviços responsáveis pela gestão sectorial de re-
quantas as unidades orgânicas desconcentradas. cursos humanos elaboram e remetem aos mem-
bros do Governo responsáveis pelas áreas das fi-
4 — O mapa de pessoal é aprovado pela enti- nanças e da Administração Pública uma proposta
dade competente para a aprovação da proposta de setorial de recrutamentos, com base nas necessi-
orçamento, sendo afixado no órgão ou serviço e dades identificadas, fundamentada e validada pelo
inserido em página eletrónica. membro do Governo responsável pela respetiva
5 — As alterações aos mapas de pessoal que área, consideradas:
impliquem um aumento de postos de trabalho ca- a) A demonstração de existência de disponibili-
recem de autorização prévia do membro do Go- dades orçamentais;
verno de que dependa o órgão ou o serviço, de
cabimento orçamental e do reconhecimento da sua b) A identificação das prioridades definidas na
sustentabilidade futura pelo membro do Governo área governamental, com demonstração das polí-
responsável pela área das finanças. ticas públicas a prosseguir;
6 — O disposto no número anterior não é apli- c) A identificação das áreas com maior carência
cável à alteração do mapa de pessoal que decorra de recursos humanos, por carreira e categoria.
do direito de ocupação de posto de trabalho no ór-
6 — Após a aprovação e entrada em vigor do
gão ou serviço pelo trabalhador que, nos termos
Orçamento do Estado, os membros do Governo
legais, a este deva regressar.
responsáveis pelas áreas das finanças e da Admi-
7 — A alteração dos mapas de pessoal que im- nistração Pública aprovam, durante o primeiro tri-
plique redução de postos de trabalho fundamenta- mestre do respetivo ano orçamental, por despacho
se em reorganização do órgão ou serviço nos ter- publicado no Diário da República, o mapa anual
mos legalmente previstos, devendo cessar, em pri- global consolidado de recrutamentos autorizados,
meiro lugar, os vínculos de emprego público a contendo os postos de trabalho discriminados por:
termo.
a) Departamento governamental;
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concursais para além dos limites fixados no mapa 5 — Quando não seja utilizada a totalidade das
anual global a que se refere o número anterior. verbas orçamentais destinadas a suportar o tipo de
encargos referido na alínea b) e c) do n.º 1, a parte
8 — O recrutamento de trabalhadores com vín-
remanescente acresce às destinadas a suportar o
culo de emprego público a termo ou sem vínculo
tipo de encargos referido na alínea d) do mesmo
de emprego público pode ainda ocorrer noutras si-
número.
tuações especialmente previstas na lei, em razão
de aptidão científica, técnica ou artística, devida- 6 — No decurso da execução orçamental, os
mente fundamentada, precedido de autorização montantes orçamentados a que se referem as alí-
dos membros do Governo referidos no número an- neas b), c) e d) do número anterior não podem ser
terior. utilizados para suprir eventuais insuficiências orça-
mentais no âmbito das restantes despesas com
9 — O despacho autorizador a que se referem
pessoal.
os números anteriores é expressamente mencio-
nado no procedimento de recrutamento. 7 — Em caso de desocupação permanente de
postos de trabalho previstos no mapa de pessoal e
10 — O preenchimento dos postos de trabalho
anteriormente ocupados, podem as corresponden-
pode ainda ocorrer por consolidação de mobilidade
tes verbas orçamentais acrescer ao montante pre-
ou de cedência de interesse público, nos termos
visto para os encargos com o recrutamento de tra-
previstos na presente lei.
balhadores.
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- Alterado pelo artigo 4.º da Lei n.º 25/2017, de 30 de maio. Artigo 32.º
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Celebração de contratos de prestação de
Artigo 31.º serviço
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
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anuais, que devam suportar os referidos contratos, carreiras de complexidade funcional classificadas
estejam inscritos na respetiva rubrica do orça- de grau 1 ou 2.
mento do órgão ou do serviço.
Artigo 34.º
4 — A verificação, através de relatório de audi-
toria efetuada pela IGF em articulação com a Dire- Exigência de nível habilitacional
ção-Geral da Administração e do Emprego Público
(DGAEP), da vigência de contratos de prestação de 1 — Sem prejuízo do disposto nos números se-
serviço para execução de trabalho subordinado guintes, pode apenas ser candidato ao procedi-
equivale ao reconhecimento pelo órgão ou serviço mento quem seja titular do nível habilitacional e,
da necessidade de ocupação de um posto de tra- quando aplicável, da área de formação, correspon-
balho com recurso à constituição de um vínculo de dentes ao grau de complexidade funcional da car-
emprego público por tempo indeterminado ou a reira e categoria caracterizadoras do posto de tra-
termo, conforme caracterização resultante da- balho para cuja ocupação o procedimento é publi-
quela auditoria, determinando: citado.
______________________________________________________________________________
sejam sujeitos de outros vínculos de emprego pú- público por tempo indeterminado, cujos candida-
blico a termo e indivíduos sem vínculo de emprego tos sejam exclusivamente trabalhadores com vín-
público previamente constituído. culo de emprego público por tempo indeterminado
previamente constituído.
2 — Sem prejuízo do disposto em lei especial,
podem ainda candidatar-se a procedimento desti- 6 — O empregador público pode limitar-se a uti-
nado ao recrutamento para categorias superiores lizar o método de seleção avaliação curricular nos
de carreiras pluricategoriais trabalhadores integra- procedimentos concursais para constituição de
dos na mesma carreira, em diferente categoria, do vínculos de emprego público a termo.
órgão ou serviço em causa, que se encontrem a
cumprir ou a executar idêntica atribuição, compe- Artigo 37.º
tência ou atividade.
Tramitação do procedimento concursal
Artigo 36.º 1 — O procedimento concursal é simplificado e
urgente, obedecendo aos seguintes princípios:
Métodos de seleção
a) A composição do júri do procedimento inte-
1 — Sem prejuízo do disposto nos números se-
gra trabalhadores do empregador público, de outro
guintes, são métodos de seleção obrigatórios os
órgão ou serviço e, quando a área de formação
seguintes:
exigida revele a sua conveniência, de entidades
a) Provas de conhecimentos, destinadas a ava- privadas;
liar as competências técnicas necessárias ao exer-
b) Não há atos ou listas preparatórias da orde-
cício da função;
nação final dos candidatos;
b) Avaliação psicológica, destinada a avaliar as
c) A ordenação final dos candidatos é unitária,
restantes competências exigíveis ao exercício da
ainda que lhes tenham sido aplicados métodos de
função.
seleção diferentes;
2 — No recrutamento de candidatos que estejam
d) O recrutamento efetua-se pela ordem de-
a cumprir ou a executar a atribuição, competência ou
crescente da ordenação final dos candidatos colo-
atividade caracterizadoras do posto de trabalho em
cados em situação de requalificação e, esgotados
causa, bem como no recrutamento de candidatos em
estes, dos restantes candidatos.
situação de requalificação que, imediatamente antes,
tenham desempenhado aquela atribuição, compe- e) A tramitação do procedimento concursal e a
tência ou atividade, os métodos de seleção são os aplicação dos métodos de seleção é realizada refe-
seguintes: rencialmente por meios eletrónicos.
a) Avaliação curricular, incidente especialmente 2 — A tramitação do procedimento concursal,
sobre as funções desempenhadas na categoria e incluindo a do procedimento destinado à constitui-
no cumprimento ou execução da atribuição, com- ção de reservas de recrutamento para satisfação
petência ou atividade em causa e o nível de de- de necessidades futuras do empregador público e
sempenho nelas alcançado; a do procedimento de recrutamento centralizado
para satisfação de necessidades de um conjunto
b) Entrevista de avaliação das competências
de empregadores públicos, é regulamentada por
exigíveis ao exercício da função.
portaria do membro do Governo responsável pela
3 — Os métodos referidos no número anterior po- área da Administração Pública.
dem ser afastados pelos candidatos através de de-
3 — Quando a tramitação fixada nos termos do
claração escrita, aplicando-se-lhes, nesse caso, os
número anterior se revelar desadequada, pode a
métodos previstos para os restantes candidatos.
tramitação do procedimento concursal para car-
4 — Podem ainda ser adotados, facultativa- reira especial ser regulamentada por portaria do
mente, outros métodos de seleção, designada- membro do Governo responsável pela área da Ad-
mente o estágio profissional ou outros métodos le- ministração Pública e do membro do Governo que
galmente previstos. exerça poderes de direção, superintendência ou
tutela sobre o órgão ou serviço em cujo mapa de
5 — Sem prejuízo do disposto em lei especial,
pessoal se contenha a previsão da carreira.
o empregador público pode limitar-se a utilizar os ___________________________________
métodos de seleção referidos na alínea a) do n.º 1
e na alínea a) do n.º 2, nos procedimentos concur- - Alterado pelo artigo 330.º da Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro.
___________________________________
sais para constituição de vínculo de emprego
______________________________________________________________________________
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
______________________________________________________________________________
técnico superior recrutados através de outra mo- 4 — O n.º 2 não é aplicável às carreiras de grau
dalidade de procedimento concursal, assim como de complexidade 3 em que se exija a titularidade
por outros trabalhadores e dirigentes, nos termos de grau de doutor ou a obtenção do referido grau
a definir na portaria a que se refere o número se- académico seja valorizado no desenvolvimento das
guinte. mesmas.
___________________________________
4 — O CAT é regulamentado por portaria do
membro do Governo responsável pela área da Ad- - Aditado pelo art.º 3.º do Decreto-Lei n.º 51/2022, de 26 de julho.
___________________________________
ministração Pública, competindo à Direção-Geral
da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Pú-
blicas (INA), em articulação com os empregadores CAPÍTULO II
públicos, assegurar a sua execução. Forma, período experimental e invalidades
___________________________________
- Aditado pelo art.º 330.º da Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro. SECÇÃO I
___________________________________
Forma
Artigo 39.º-B
Artigo 40.º
Obtenção de grau de doutor
Forma do contrato de trabalho em funções
1 — O trabalhador com vínculo de emprego pú- públicas
blico, integrado na carreira geral de técnico supe-
rior, que tenha ou venha a obter o grau de doutor 1 — O contrato está sujeito à forma escrita e
é posicionado: dele deve constar a assinatura das partes.
a) Na 4.ª posição remuneratória, nível 23 da 2 — Do contrato devem ainda constar, pelo me-
tabela remuneratória única ou; nos, as seguintes indicações:
______________________________________________________________________________
29
LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
______________________________________________________________________________
3 — No ato de aceitação, o trabalhador presta 3 — Nos casos previstos no n.º 3 do artigo an-
o seguinte compromisso de honra: terior, a contagem do tempo de serviço decorrente
de nomeação definitiva retroage à data da publici-
«Afirmo solenemente que cumprirei as funções tação do respetivo ato.
que me são confiadas com respeito pelos deveres
que decorrem da Constituição e da lei.»
SECÇÃO II
4 — O termo de aceitação é assinado pelo órgão
Período experimental
competente para a nomeação.
5 — A competência prevista no número anterior Artigo 45.º
pode, a solicitação do órgão ou serviço, ainda que
Regras gerais
por iniciativa do trabalhador, ser exercida no es-
trangeiro pela autoridade diplomática ou consular. 1 — O período experimental corresponde ao
tempo inicial de execução das funções do trabalha-
6 — A entidade competente para a assinatura
dor, nas modalidades de contrato de trabalho em
do termo de aceitação não pode, sob pena de res-
funções públicas e de nomeação, e destina-se a
ponsabilidade civil, financeira e disciplinar, recu-
comprovar se o trabalhador possui as competên-
sar-se a fazê-lo.
cias exigidas pelo posto de trabalho que vai ocu-
7 — Sem prejuízo do disposto em lei especial, par.
a falta de aceitação do nomeado determina a ca-
2 — O período experimental tem duas modali-
ducidade automática do ato de nomeação, o qual
dades:
não pode ser repetido no procedimento em que foi
praticado. a) Período experimental do vínculo, que corres-
ponde ao tempo inicial de execução do vínculo de
Artigo 43.º emprego público;
Prazo para aceitação b) Período experimental de função, que corres-
ponde ao tempo inicial de desempenho de nova
1 — Sem prejuízo do disposto em lei especial,
função em diferente posto de trabalho, por traba-
o prazo para aceitação da nomeação é de 20 dias,
lhador que já seja titular de um vínculo de em-
a contar, de forma contínua, da data da publicita-
prego público por tempo indeterminado.
ção do ato de nomeação.
3 — Concluído sem sucesso o período experi-
2 — Em casos devidamente justificados, desig-
mental do vínculo, este cessa os seus efeitos au-
nadamente de doença e férias, o prazo previsto no
tomaticamente, sem direito a qualquer indemniza-
número anterior pode ser prorrogado, por períodos
ção ou compensação.
______________________________________________________________________________
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
______________________________________________________________________________
2 — Em tudo o que não seja regulado na pre- g) Para o exercício de funções em estruturas
sente lei, aplica-se subsidiariamente ao vínculo de temporárias das entidades empregadoras públicas;
emprego público a termo resolutivo o regime do h) Para fazer face ao aumento excecional e
Código do Trabalho, no que não seja incompatível temporário da atividade do órgão ou serviço;
com o disposto na presente lei.
i) Para o desenvolvimento de projetos não in-
3 — O regime do contrato de trabalho em fun- seridos nas atividades normais dos órgãos ou ser-
ções públicas a termo resolutivo não pode ser afas- viços;
tado por instrumento de regulamentação coletiva
de trabalho. j) Quando a formação, ou a obtenção de grau
académico ou título profissional, dos trabalhado-
4 — O disposto no presente capítulo e o regime res no âmbito das entidades empregadoras públi-
do Código do Trabalho em matéria de contrato de cas envolva a prestação de trabalho subordinado;
trabalho a termo resolutivo aplicam-se, com as ne-
cessárias adaptações, à nomeação exercida a tí- k) Quando se trate de órgãos ou serviços em
tulo transitório. regime de instalação.
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
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k) Adotar códigos de boa conduta para a pre- 2 — Os trabalhadores têm o direito de frequen-
venção e combate ao assédio no trabalho e instau- tar ações de formação e aperfeiçoamento para o
rar procedimento disciplinar sempre que tiver seu desenvolvimento profissional, incluindo as
______________________________________________________________________________
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
______________________________________________________________________________
necessárias à renovação dos títulos profissionais qualquer deles, na perspetiva do respeito pela
obrigatórios para o desempenho das funções inte- igualdade dos cidadãos.
gradas no conteúdo funcional das respetivas car-
6 — O dever de informação consiste em prestar
reiras.
ao cidadão, nos termos legais, a informação que
3 — Consideram-se incluídos no disposto do nú- seja solicitada, com ressalva daquela que, naque-
mero anterior: les termos, não deva ser divulgada.
a) O reembolso das despesas com formação 7 — O dever de zelo consiste em conhecer e
obrigatória sempre que esta não seja diretamente aplicar as normas legais e regulamentares e as or-
assegurada pelo empregador público; dens e instruções dos superiores hierárquicos, bem
como exercer as funções de acordo com os objeti-
b) Os encargos com a obtenção do título habili-
vos que tenham sido fixados e utilizando as com-
tante, quando posterior à constituição da relação
petências que tenham sido consideradas adequa-
jurídica de emprego público e suceda por causa ou
das.
no interesse da mesma.
___________________________________ 8 — O dever de obediência consiste em acatar
- Alterado pelo artigo 2.º da Lei n.º 82/2019, de 2 de setembro. e cumprir as ordens dos legítimos superiores hie-
___________________________________ rárquicos, dadas em objeto de serviço e com a
forma legal.
Artigo 73.º 9 — O dever de lealdade consiste em desempe-
Deveres do trabalhador nhar as funções com subordinação aos objetivos
do órgão ou serviço.
1 — O trabalhador está sujeito aos deveres pre-
vistos na presente lei, noutros diplomas legais e 10 — O dever de correção consiste em tratar
regulamentos e no instrumento de regulamenta- com respeito os utentes dos órgãos ou serviços e
ção coletiva de trabalho que lhe seja aplicável. os restantes trabalhadores e superiores hierárqui-
cos.
2 — São deveres gerais dos trabalhadores:
11 — Os deveres de assiduidade e de pontuali-
a) O dever de prossecução do interesse público; dade consistem em comparecer ao serviço regular
b) O dever de isenção; e continuamente e nas horas que estejam desig-
nadas.
c) O dever de imparcialidade;
12 — O trabalhador tem o dever de frequentar
d) O dever de informação; ações de formação e aperfeiçoamento profissional
e) O dever de zelo; na atividade em que exerce funções, das quais
apenas pode ser dispensado por motivo atendível.
f) O dever de obediência;
13 — Na situação de requalificação, o trabalha-
g) O dever de lealdade; dor deve observar os deveres especiais inerentes
a essa situação.
h) O dever de correção;
i) O dever de assiduidade; SECÇÃO II
j) O dever de pontualidade. Poderes do empregador público
3 — O dever de prossecução do interesse pú-
blico consiste na sua defesa, no respeito pela Artigo 74.º
Constituição, pelas leis e pelos direitos e interesses Poder de direção
legalmente protegidos dos cidadãos.
Compete ao empregador público, dentro dos li-
4 — O dever de isenção consiste em não retirar mites decorrentes do vínculo de emprego público
vantagens, diretas ou indiretas, pecuniárias ou ou- e das normas que o regem, fixar os termos em que
tras, para si ou para terceiro, das funções que deve ser prestado o trabalho.
exerce.
5 — O dever de imparcialidade consiste em de-
sempenhar as funções com equidistância relativa-
mente aos interesses com que seja confrontado,
sem discriminar positiva ou negativamente
______________________________________________________________________________
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
______________________________________________________________________________
apenas um ou alguns órgãos ou serviços carecem quando a integração nestas dependa, em regra, da
para o desenvolvimento das respetivas atividades. titularidade de níveis habilitacionais diferentes.
4 — Apenas podem ser criadas carreiras espe-
Artigo 87.º
ciais quando, cumulativamente:
Posições remuneratórias
a) Os respetivos conteúdos funcionais não pos-
sam ser absorvidos pelos conteúdos funcionais das 1 — A cada categoria das carreiras corresponde
carreiras gerais; um número variável de posições remuneratórias.
b) Os respetivos trabalhadores se devam sujei- 2 — À categoria da carreira unicategorial cor-
tar a deveres funcionais mais exigentes que os responde um número mínimo de oito posições re-
previstos para os das carreiras gerais; muneratórias.
c) Os respetivos trabalhadores tenham que ter 3 — Nas carreiras pluricategoriais, o número de
aprovação em curso de formação específico de du- posições remuneratórias de cada categoria obe-
ração não inferior a seis meses ou deter certo grau dece às seguintes regras:
académico ou título profissional para integrar a
carreira. a) À categoria inferior corresponde um número
mínimo de oito posições remuneratórias;
5 — O requisito previsto na alínea c) do número
anterior pode ser preenchido durante o período ex- b) A cada uma das categorias sucessivamente
perimental. superiores corresponde um número proporcional-
mente decrescente de posições remuneratórias,
por forma a que:
Artigo 85.º
i) No caso de carreira desdobrada em duas ca-
Carreiras unicategoriais e pluricategoriais
tegorias, seja de quatro o número mínimo das po-
1 — As carreiras gerais ou especiais são unica- sições remuneratórias da categoria superior;
tegoriais ou pluricategoriais, consoante lhes cor-
ii) No caso de carreira desdobrada em três ca-
respondam uma ou mais categorias.
tegorias, seja de cinco e de duas o número mínimo
2 — Apenas podem ser criadas carreiras pluri- das posições remuneratórias das categorias suces-
categoriais quando a cada uma das categorias da sivamente superiores;
carreira corresponda um conteúdo funcional dis-
iii) No caso de carreira desdobrada em quatro
tinto do das restantes.
categorias, seja de seis, quatro e duas o número
3 — O conteúdo funcional das categorias supe- mínimo das posições remuneratórias das catego-
riores integra o das inferiores. rias sucessivamente superiores.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
______________________________________________________________________________
a) A categoria superior ou inferior da mesma até 60 km, inclusive, do local de residência e desde
carreira; ou que se verifique uma das seguintes situações:
b) A carreira de grau de complexidade funcional a) O novo posto de trabalho se situe no conce-
igual, superior ou inferior ao da carreira em que se lho da residência do trabalhador ou em concelho
encontra integrado ou ao da categoria de que é ti- confinante;
tular.
b) O novo posto de trabalho se situe em conce-
4 — A mobilidade intercarreiras ou categorias lho integrado na área metropolitana de Lisboa ou
depende da titularidade de habilitação adequada na área metropolitana do Porto ou em concelho
do trabalhador e não pode modificar substancial- confinante, quando a residência do trabalhador se
mente a sua posição. situe numa daquelas áreas.
2 — Os trabalhadores abrangidos pelo número
Artigo 94.º
anterior podem, no prazo de 10 dias, a contar da
Forma de operar a mobilidade comunicação da decisão de mobilidade, requerer a
dispensa da mesma, com fundamento em prejuízo
1 — A mobilidade, em qualquer das suas mo- sério para a sua vida pessoal, nomeadamente
dalidades, pode operar: através da comprovação da inexistência de rede de
a) Por acordo entre os órgãos ou serviços de serviços de transporte público coletivo entre a re-
origem e de destino, mediante a aceitação do tra- sidência e o local de trabalho, ou da duração ex-
balhador; cessiva da deslocação.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
43
LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
______________________________________________________________________________
mobilidade tenha ou não carecido da aceitação do parecer prévio favorável dos membros do Governo
trabalhador. responsáveis pelas áreas das finanças e da Admi-
nistração Pública.
2 — A mobilidade na categoria e em diferente
atividade, dentro do mesmo órgão ou serviço, con- 11 — (Revogado).
solida-se definitivamente por acordo entre o diri- ___________________________________
gente máximo do serviço e o trabalhador. - Revogado pelo artigo 270.º da Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro.
- Revogado pelo artigo 12.º da Lei n.º 25/2017, de 30 de maio.
3 — A mobilidade na categoria, que se opere ___________________________________
entre dois órgãos ou serviços, pode consolidar-se
definitivamente, por decisão do dirigente máximo
Artigo 99.º-A
do órgão ou serviço de destino, desde que reuni-
das, cumulativamente, as seguintes condições: Consolidação da mobilidade intercarreiras
ou intercategorias
a) Com o acordo do órgão ou serviço de origem
do trabalhador, quando exigido para a constituição 1 — A mobilidade intercarreiras ou intercatego-
da situação de mobilidade; rias dentro do mesmo órgão ou serviço ou entre
dois órgãos ou serviços, pode consolidar-se defini-
b) Quando a mobilidade tenha tido, pelo me-
tivamente mediante parecer prévio do membro do
nos, a duração de seis meses ou a duração do pe-
Governo responsável pela área da Administração
ríodo experimental exigido para a categoria, caso
Pública desde que reunidas, cumulativamente, as
este seja superior;
seguintes condições:
c) Com o acordo do trabalhador, quando este
a) Exista acordo do órgão ou do serviço de ori-
tenha sido exigido para a constituição da situação
gem, quando exigido para a constituição da situa-
de mobilidade ou quando esta envolva alteração
ção de mobilidade;
da atividade de origem;
b) Exista acordo do trabalhador;
d) Quando seja ocupado posto de trabalho pre-
visto previamente no mapa de pessoal. c) Exista posto de trabalho disponível;
4 — A consolidação da mobilidade prevista no d) Quando a mobilidade tenha tido a duração
presente artigo não é precedida nem sucedida de do período experimental estabelecido para a car-
qualquer período experimental. reira de destino.
5 — Na consolidação da mobilidade na catego- 2 — Devem ainda ser observados todos os re-
ria é mantido o posicionamento remuneratório de- quisitos especiais, designadamente formação espe-
tido na situação jurídico-funcional de origem. cífica, conhecimentos ou experiência, legalmente
exigidos para o recrutamento.
6 — (Revogado.)
3 — Quando esteja em causa a mobilidade in-
7 — Nas situações excecionais de mobilidade, a
tercarreiras ou intercategorias no mesmo órgão ou
consolidação só pode fazer-se mediante acordo
serviço, a consolidação depende de proposta do
entre o empregador público e o trabalhador.
respetivo dirigente máximo e de parecer favorável
8 — Verificada a situação prevista no número do membro do Governo competente na respetiva
anterior, cessa o direito à atribuição de ajudas de área.
custo.
4 — A consolidação da mobilidade entre dois
9 — O disposto no presente artigo é aplicável, órgãos ou serviços depende de proposta do diri-
com as necessárias adaptações, às situações de gente máximo do órgão ou serviço de destino e de
cedência de interesse público, sempre que esteja parecer favorável do membro do Governo compe-
em causa um trabalhador detentor de um vínculo tente na respetiva área.
de emprego público por tempo indeterminado pre-
5 — O disposto no presente artigo aplica-se,
viamente estabelecido e desde que a consolidação
com as necessárias adaptações, aos trabalhadores
se opere na mesma carreira e categoria e que a
das autarquias locais em situação de mobilidade, a
entidade cessionária corresponda um empregador
qual se pode consolidar definitivamente mediante
público.
proposta do dirigente máximo do serviço e decisão
10 — Para além dos requisitos do n.º 3, a con- do responsável pelo órgão executivo.
solidação da cedência de interesse público, carece
2 — É revogado o n.º 11 do artigo 99.º da LTFP,
de despacho de concordância do membro do Go-
aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de
verno competente na respetiva área, bem como de
______________________________________________________________________________
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
______________________________________________________________________________
junho, alterada pelas Leis n.ºs 84/2015, de 7 de 2 — Sem prejuízo do regime aplicável aos ser-
agosto, e 18/2016, de 20 de junho. viços com período de funcionamento especial, o
___________________________________ período normal de funcionamento não pode iniciar-
- Alterado pelo art.º 270.º da Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro. se antes das oito horas, nem terminar depois das
___________________________________ 20 horas, sendo obrigatoriamente afixado de modo
visível aos trabalhadores.
Artigo 100.º 3 — Considera-se período de atendimento o in-
Avaliação do desempenho e tempo de ser- tervalo de tempo diário durante o qual os órgãos
viço em situação de mobilidade ou serviços estão abertos para atender o público,
podendo este período ser igual ou inferior ao perí-
A classificação obtida na avaliação do desem- odo de funcionamento.
penho e o tempo de exercício de funções em re-
gime de mobilidade são tidos em conta na antigui- 4 — O período de atendimento deve, tendenci-
dade do trabalhador, por referência ou à sua situ- almente, ter a duração mínima de sete horas diá-
ação jurídico-funcional de origem, ou à do vínculo rias e abranger os períodos da manhã e da tarde,
de emprego público por tempo indeterminado, que devendo ser obrigatoriamente afixadas, de modo
na sequência da situação de mobilidade, venha a visível ao público, nos locais de atendimento, as
constituir. horas do seu início e do seu termo.
5 — Na definição e fixação do período de aten-
CAPÍTULO IV dimento deve atender-se aos interesses dos uten-
Tempo de trabalho tes dos serviços e respeitar-se os direitos dos tra-
balhadores dos serviços.
SECÇÃO I 6 — Os serviços podem estabelecer um período
Disposições gerais excecional de atendimento, sempre que o inte-
resse do público fundamentadamente o justifique,
designadamente nos dias de feiras e mercados lo-
Artigo 101.º
calmente relevantes, ouvindo-se as organizações
Aplicação do Código do Trabalho representativas dos trabalhadores.
É aplicável aos trabalhadores com vínculo de 7 — Fora dos períodos de atendimento, os ser-
emprego público o regime do Código do Trabalho viços colocam ao dispor dos utentes meios tecno-
em matéria de organização e tempo de trabalho, lógicos adequados à comunicação, que permitam
com as necessárias adaptações e sem prejuízo do efetuar o respetivo registo para posterior resposta.
disposto nos artigos seguintes.
8 — Compete ao dirigente máximo dos serviços
fixar os períodos de funcionamento e atendimento,
Artigo 102.º assegurando a sua compatibilidade com os regi-
Tempo de trabalho mes de prestação de trabalho, por forma a garantir
o regular cumprimento das missões que lhe estão
1 — Considera-se tempo de trabalho qualquer cometidas.
período durante o qual o trabalhador está a de-
sempenhar a atividade ou permanece adstrito à re- 9 — Por diploma próprio podem ser estabeleci-
alização da prestação. dos regimes de funcionamento especial.
___________________________________
2 — Para além das situações previstas no nú-
- Alterado pela Lei n.º 18/2016, de 30 de junho.
mero anterior e no Código do Trabalho, são consi- ___________________________________
deradas tempo de trabalho as interrupções na
prestação de trabalho durante o período de pre-
Artigo 104.º
sença obrigatória autorizadas pelo empregador
público em casos excecionais e devidamente fun- Registo dos tempos de trabalho
damentados.
1 — O empregador público deve manter um re-
gisto que permita apurar o número de horas de
Artigo 103.º
trabalho prestadas pelo trabalhador, por dia e por
Períodos de funcionamento e de atendimento semana, com indicação da hora de início e de
termo do trabalho, bem como dos intervalos efe-
1 — Considera-se período de funcionamento o
tuados.
período diário durante o qual os órgãos e serviços
exercem a sua atividade.
______________________________________________________________________________
45
LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
______________________________________________________________________________
2 — Nos órgãos ou serviços com mais de 50 2 — São aplicáveis aos trabalhadores nomea-
trabalhadores, o registo previsto no número ante- dos os regimes de adaptabilidade individual e de
rior é efetuado por sistemas automáticos ou me- banco de horas individual previstos no Código do
cânicos. Trabalho, com as necessárias adaptações.
3 — Em casos excecionais, devidamente funda-
Artigo 107.º
mentados, o dirigente máximo do órgão de direção
do serviço pode dispensar o registo por sistemas Aplicação aos trabalhadores nomeados
automáticos ou mecânicos.
1 — A aplicação dos regimes de adaptabilidade
individual e de banco de horas individual aos tra-
Artigo 105.º
balhadores nomeados é feita por proposta do em-
Limites máximos dos períodos normais de pregador e com a aceitação do trabalhador, sem
trabalho prejuízo do disposto no número seguinte.
1 — O período normal de trabalho é de: 2 — A aplicação dos regimes previstos no nú-
mero anterior a todos os trabalhadores nomeados
a) Sete horas por dia, exceto no caso de horá-
do órgão ou serviço segue os termos previstos no
rios flexíveis e no caso de regimes especiais de du-
Código do Trabalho.
ração de trabalho;
b) 35 horas por semana, sem prejuízo da exis- SECÇÃO III
tência de regimes de duração semanal inferior pre-
Horário de trabalho
vistos em diploma especial e no caso de regimes
especiais de duração de trabalho.
SUBSECÇÃO I
2 — O trabalho a tempo completo corresponde
ao período normal de trabalho semanal e constitui Disposições gerais
o regime regra de trabalho dos trabalhadores inte-
grados nas carreiras gerais, correspondendo-lhe Artigo 108.º
as remunerações base mensais legalmente previs- Definição de horário de trabalho e períodos
tas. de funcionamento e de atendimento
3 — A redução dos limites máximos dos perío- 1 — Entende-se por horário de trabalho a deter-
dos normais de trabalho pode ser estabelecida por minação das horas do início e do termo do período
instrumento de regulamentação coletiva de traba- normal de trabalho diário ou dos respetivos limites,
lho, não podendo daí resultar para os trabalhado- bem como dos intervalos de descanso.
res a redução do nível remuneratório ou qualquer
alteração desfavorável das condições de trabalho. 2 — O empregador público deve respeitar os
___________________________________ períodos de funcionamento e de atendimento na
- Alterado pela Lei n.º 18/2016, de 30 de junho.
organização dos horários de trabalho dos trabalha-
___________________________________ dores ao seu serviço.
______________________________________________________________________________
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
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Período da manhã — das 9 horas e 30 minutos progenitor, desde que viva em comunhão de mesa
às 12 horas e 30 minutos, de segunda-feira a e habitação com o menor;
sexta-feira, e até às 12 horas, aos sábados;
e) Trabalhador estudante;
Período da tarde — das 14 horas às 17 horas e
f) No interesse do trabalhador, sempre que ou-
30 minutos, de segunda-feira a sexta-feira.
tras circunstâncias relevantes, devidamente fun-
3 — A adoção do horário rígido não prejudica a damentadas, o justifiquem;
possibilidade de fixação, para os trabalhadores
g) No interesse do serviço, quando devida-
com deficiência, pelo respetivo dirigente máximo e
mente fundamentado.
a pedido do interessado, de mais do que um inter-
valo de descanso e com duração diferente da pre- 4 — O tempo máximo de trabalho seguido, em
vista no regime geral, mas sem exceder no total jornada contínua, não pode ter uma duração supe-
os limites neste estabelecidos. rior a cinco horas.
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- Alterado pela Lei n.º 18/2016, de 30 de junho. Artigo 114.º-A
___________________________________
Meia jornada
Artigo 113.º 1 — A meia jornada consiste na prestação de
trabalho num período reduzido em metade do pe-
Horário desfasado
ríodo normal de trabalho a tempo completo a que
Horário desfasado é aquele que, embora man- se refere o artigo 105.º, sem prejuízo da contagem
tendo inalterado o período normal de trabalho diá- integral do tempo de serviço para efeito de anti-
rio, permite estabelecer, serviço a serviço ou para guidade.
determinado grupo ou grupos de pessoal, e sem
2 — A prestação de trabalho na modalidade de
possibilidade de opção, horas fixas diferentes de
meia jornada não pode ter duração inferior a um
entrada e de saída.
ano, tendo a mesma de ser requerida por escrito
pelo trabalhador.
Artigo 114.º
3 — A opção pela modalidade de meia jornada
Jornada contínua
implica a fixação do pagamento de remuneração
1 — A jornada contínua consiste na prestação correspondente a 60 % do montante total auferido
ininterrupta de trabalho, salvo um período de des- em regime de prestação de trabalho em horário
canso nunca superior a trinta minutos, que, para to- completo.
dos os efeitos, se considera tempo de trabalho.
4 — Podem beneficiar da modalidade de meia
2 — A jornada contínua deve ocupar, predomi- jornada os trabalhadores que reúnam um dos se-
nantemente, um dos períodos do dia e determinar guintes requisitos:
uma redução do período normal de trabalho diário
a) Tenham 55 anos ou mais à data em que for
nunca superior a uma hora.
requerida a modalidade de meia jornada e tenham
3 — A jornada contínua pode ser adotada nos netos com idade inferior a 12 anos;
casos de horários específicos previstos na presente
b) Tenham filhos menores de 12 anos ou, inde-
lei e em casos excecionais, devidamente funda-
pendentemente da idade, com deficiência ou do-
mentados, designadamente nos seguintes:
ença crónica.
a) Trabalhador progenitor com filhos até à
5 — A autorização para a adoção da modalidade
idade de 12 anos ou, independentemente da idade,
de horário de trabalho em regime de meia jornada
com deficiência ou doença crónica;
cabe ao superior hierárquico do trabalhador em
b) Trabalhador adotante, nas mesmas condi- funções públicas.
ções dos trabalhadores progenitores;
6 — Em caso de indeferimento do pedido de au-
c) Trabalhador que, substituindo-se aos proge- torização a que se refere o número anterior, deve o
nitores, tenha a seu cargo neto com idade inferior superior hierárquico fundamentar claramente e
a 12 anos; sempre por escrito as razões que sustentam a re-
cusa da concessão do horário de trabalho na moda-
d) Trabalhador adotante, tutor ou pessoa a lidade de meia jornada.
quem foi deferida a confiança judicial ou adminis- ___________________________________
trativa do menor, bem como o cônjuge ou a pessoa
- Aditado pela Lei n.º 84/2015, de 7 de agosto.
em união de facto com qualquer daqueles ou com
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a) Os turnos são rotativos, estando o respetivo 3 — A isenção de horário não dispensa a obser-
pessoal sujeito à sua variação regular; vância do dever geral de assiduidade, nem o cum-
primento da duração semanal de trabalho legal-
b) Nos serviços de funcionamento permanente mente estabelecida.
não podem ser prestados mais de seis dias conse-
cutivos de trabalho; Artigo 118.º
c) As interrupções a observar em cada turno Modalidades e efeitos da isenção de horário
devem obedecer ao princípio de que não podem de trabalho
ser prestadas mais de cinco horas de trabalho con-
secutivo; 1 — A isenção de horário pode compreender as
seguintes modalidades:
d) As interrupções destinadas a repouso ou re-
feição, quando não superiores a 30 minutos, con- a) Não sujeição aos limites máximos dos perío-
sideram-se incluídas no período de trabalho; dos normais de trabalho;
f) A mudança de turno só pode ocorrer após o c) Observância dos períodos normais de traba-
dia de descanso. lho acordados.
2 — A isenção de horário dos trabalhadores re-
Artigo 116.º feridos no n.º 1 do artigo anterior implica, em
Regimes de turnos qualquer circunstância, a não sujeição aos limites
máximos dos períodos normais de trabalho, nos
1 — O regime de turnos é: termos dos estatutos do empregador público.
a) Permanente, quando o trabalho for prestado 3 — Nos casos previstos no n.º 2 do artigo an-
em todos os dias da semana; terior, a escolha da modalidade de isenção de ho-
rário obedece ao disposto na lei ou em instrumento
b) Semanal prolongado, quando for prestado
de regulamentação coletiva de trabalho.
em todos os cinco dias úteis e no sábado ou do-
mingo; 4 — Na falta de lei, instrumento de regulamen-
tação coletiva de trabalho ou estipulação das par-
c) Semanal, quando for prestado apenas de se-
tes, o regime de isenção de horário segue o dis-
gunda-feira a sexta-feira.
posto na alínea b) do n.º 1, não podendo o
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fiscalização pela IGF ou por outro serviço de inspe- características da atividade, nomeadamente no
ção legalmente competente. caso dos serviços de limpeza.
2 — O registo de trabalho suplementar deve 4 — O disposto no n.º 1 não é aplicável a ativi-
conter os elementos e ser efetuado de acordo com dades caracterizadas pela necessidade de assegu-
o modelo aprovado por portaria do membro do Go- rar a continuidade do serviço, nomeadamente as
verno responsável pela área da Administração Pú- atividades a seguir indicadas, desde que através
blica. de instrumento de regulamentação coletiva de tra-
balho sejam garantidos ao trabalhador os corres-
CAPÍTULO V pondentes descansos compensatórios:
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efetuados no dia de descanso dos restantes traba- características da atividade, nomeadamente servi-
lhadores; ços de limpeza;
c) De trabalhador diretamente afeto a ativida- c) Às atividades caracterizadas pela necessi-
des de vigilância, transporte e tratamento de sis- dade de assegurar a continuidade do serviço, no-
temas eletrónicos de segurança; meadamente as atividades indicadas no número
seguinte, desde que através de instrumento de re-
d) De trabalhador que exerça atividade em ex-
gulamentação coletiva de trabalho ou de acordo
posições e feiras;
individual sejam garantidos ao trabalhador os cor-
e) De pessoal dos serviços de inspeção de ati- respondentes descansos compensatórios.
vidades que não encerrem ao sábado e, ou, ao do-
4 — Para efeitos do disposto na alínea c) do nú-
mingo;
mero anterior, são consideradas as seguintes ati-
f) Nos demais casos previstos em legislação es- vidades:
pecial.
a) Vigilância, transporte e tratamento de siste-
5 — Quando a natureza do órgão ou serviço ou mas eletrónicos de segurança;
razões de interesse público o exijam, pode o dia de
b) Receção, tratamento e cuidados dispensados
descanso complementar ser gozado, segundo op-
em estabelecimentos e serviços prestadores de
ção do trabalhador, do seguinte modo:
cuidados de saúde, instituições residenciais, esta-
a) Dividido em dois períodos imediatamente an- belecimentos prisionais e centros educativos;
teriores ou posteriores ao dia de descanso semanal
c) Ambulâncias, bombeiros e proteção civil;
obrigatório;
d) Recolha de lixo e incineração;
b) Meio dia imediatamente anterior ou posterior
ao dia de descanso semanal obrigatório, sendo o e) Atividades em que o processo de trabalho
tempo restante deduzido na duração do período não possa ser interrompido por motivos técnicos;
normal de trabalho dos restantes dias úteis, sem
f) Investigação e desenvolvimento.
prejuízo da duração do período normal de trabalho
semanal. 5 — O disposto na alínea c) do n.º 3 é extensivo
aos casos de acréscimo previsível de atividade no
6 — Sempre que seja possível, o empregador
turismo.
público deve proporcionar aos trabalhadores que
pertençam ao mesmo agregado familiar o des-
canso semanal nos mesmos dias. SECÇÃO II
Férias
Artigo 125.º
Duração do descanso semanal obrigatório Artigo 126.º
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Antes do início das férias, o trabalhador deve h) As dadas por candidatos a eleições para car-
indicar, se possível, ao respetivo empregador pú- gos públicos, durante o período legal da respetiva
blico, a forma como pode ser eventualmente con- campanha eleitoral, nos termos da correspondente
tactado. lei eleitoral;
i) As motivadas pela necessidade de tratamento
SECÇÃO III ambulatório, realização de consultas médicas e exa-
Faltas mes complementares de diagnóstico, que não pos-
sam efetuar-se fora do período normal de trabalho
SUBSECÇÃO I e só pelo tempo estritamente necessário;
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2 — As faltas previstas no número anterior re- 3 — Os serviços de segurança social, caso não
levam, segundo opção do interessado, no período possam cumprir o disposto no número anterior,
de férias do próprio ano ou do ano seguinte. devem, dentro do mesmo prazo, comunicar essa
impossibilidade ao empregador público.
3 — As faltas por conta do período de férias de-
vem ser comunicadas com a antecedência mínima
Artigo 137.º
de 24 horas ou, se não for possível, no próprio dia,
e estão sujeitas a autorização, que pode ser recu- Verificação da situação de doença por mé-
sada se forem suscetíveis de causar prejuízo para dico designado pelo empregador público
o normal funcionamento do órgão ou serviço.
1 — O empregador público pode designar um
4 — Nos casos em que as faltas determinem médico para efetuar a verificação da situação de
perda de remuneração, as ausências podem ser doença do trabalhado, nos seguintes casos:
substituídas, se o trabalhador assim o preferir, por
a) Não se tendo realizado o exame no prazo
dias de férias, na proporção de um dia de férias
previsto na alínea c) do n.º 2 do artigo anterior por
por cada dia de falta, desde que seja salvaguar-
motivo não imputável ao trabalhador ou, sendo
dado o gozo efetivo de 20 dias de férias ou da cor-
caso disso, no prazo previsto no n.º 2 do artigo
respondente proporção, se se tratar do ano de ad-
140.º;
missão, mediante comunicação expressa do traba-
lhador ao empregador público. b) Tendo recebido a comunicação prevista no
n.º 3 do artigo anterior ou, na falta desta, se não
SUBSECÇÃO II tiver obtido indicação do médico por parte dos ser-
viços da segurança social nas 24 horas após a
Faltas por doença e justificação da doença
apresentação do seu requerimento.
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base mensal, que deve ser pago no mês de no- 3 — No caso referido no número anterior,
vembro de cada ano. quando a primeira posição remuneratória da cate-
goria correspondente à função que o trabalhador
2 — O valor do subsídio de Natal é proporcional
vai exercer for superior ao nível remuneratório da
ao tempo de serviço prestado no ano civil, nas se-
primeira posição daquela de que é titular, a remu-
guintes situações:
neração do trabalhador é acrescida para o nível re-
a) No ano de admissão do trabalhador; muneratório superior mais próximo daquele que
corresponde ao seu posicionamento na categoria
b) No ano da cessação do contrato; de que é titular.
c) Em caso de suspensão do contrato, salvo se 4 — Não se verificando a hipótese prevista no
por doença do trabalhador. número anterior, pode o trabalhador ser remune-
rado nos termos do n.º 1.
Artigo 152.º
5 — Exceto em caso de acordo em sentido dife-
Remuneração do período de férias rente entre os órgãos ou serviços, o trabalhador
1 — A remuneração do período de férias corres- em mobilidade interna é remunerado pelo órgão
ponde à remuneração que o trabalhador receberia ou serviço de destino.
se estivesse em serviço efetivo, com exceção do
subsídio de refeição. Artigo 154.º
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3 — O disposto no número anterior tem como 5 — A decisão é tornada pública por afixação no
limite a posição remuneratória máxima para a qual órgão ou serviço e divulgação em página eletró-
tenham alterado o seu posicionamento os traba- nica.
lhadores que, no âmbito do mesmo universo, se
encontrem ordenados superiormente. SECÇÃO IV
4 — As alterações do posicionamento remunera- Suplementos remuneratórios
tório previstas no presente artigo são fundamenta-
das e tornadas públicas, com o teor integral da res- Artigo 159.º
petiva fundamentação e do parecer do Conselho Co-
ordenador da Avaliação ou do órgão com competên- Condições de atribuição dos suplementos re-
cia equiparada, por publicação na 2.ª série do Diário muneratórios
da República, por afixação no órgão ou serviço e por 1 — São suplementos remuneratórios os acrés-
divulgação em página eletrónica, sendo ainda aplicá- cimos remuneratórios devidos pelo exercício de fun-
vel o disposto no n.º 8 do artigo anterior. ções em postos de trabalho que apresentam condi-
ções mais exigentes relativamente a outros postos
Artigo 158.º de trabalho caracterizados por idêntico cargo ou por
Alteração do posicionamento remuneratório idênticas carreira e categoria.
por opção gestionária 2 — Os suplementos remuneratórios estão re-
1 — O dirigente máximo do serviço, de acordo ferenciados ao exercício de funções nos postos de
com as verbas orçamentais previstas, estabelece trabalho referidos na primeira parte do número an-
as verbas destinadas a suportar os encargos de- terior, sendo apenas devidos a quem os ocupe.
correntes de alterações do posicionamento remu- 3 — São devidos suplementos remuneratórios
neratório na categoria dos trabalhadores do órgão quando trabalhadores, em postos de trabalho de-
ou serviço. terminados nos termos do n.º 1, sofram, no exer-
2 — A decisão referida no número anterior fixa, cício das suas funções, condições de trabalho mais
fundamentadamente, o montante máximo, com as exigentes:
desagregações necessárias, dos encargos que o a) De forma anormal e transitória, designada-
órgão ou serviço se propõe suportar, bem como o mente as decorrentes de prestação de trabalho su-
universo das carreiras e categorias onde as altera- plementar, noturno, em dias de descanso semanal,
ções do posicionamento remuneratório na catego- complementar e feriados e fora do local normal de
ria podem ter lugar. trabalho; ou
3 — O universo referido no número anterior b) De forma permanente, designadamente as
pode ainda ser desagregado, quando assim o en- decorrentes de prestação de trabalho arriscado,
tenda o dirigente máximo, em função: penoso ou insalubre, por turnos, em zonas perifé-
a) Da atribuição, competência ou atividade que ricas, com isenção de horário e de secretariado de
os trabalhadores integrados em determinada car- direção.
reira ou titulares de determinada categoria devam 4 — Os suplementos remuneratórios são apenas
cumprir ou executar; devidos enquanto perdurem as condições de traba-
b) Da área de formação académica ou profis- lho que determinaram a sua atribuição e haja exer-
sional dos trabalhadores integrados em determi- cício de funções efetivo ou como tal considerado em
nada carreira ou titulares de determinada catego- lei.
ria, quando tal área de formação tenha sido utili- 5 — Os suplementos remuneratórios devem ser
zada na caracterização dos postos de trabalho con- fixados em montantes pecuniários e só excecional-
tidos nos mapas de pessoal. mente podem ser fixados em percentagem da re-
4 — Para efeitos do disposto nos números an- muneração base mensal.
teriores, as alterações podem não ter lugar em to- 6 — Os suplementos remuneratórios são cria-
das as carreiras, ou em todas as categorias de uma dos por lei, podendo ser regulamentados por ins-
mesma carreira ou ainda relativamente a todos os trumento de regulamentação coletiva de trabalho.
trabalhadores integrados em determinada carreira
ou titulares de determinada categoria.
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b) Às indemnizações devidas pelo trabalhador trabalhador não impedem a punição por infrações
ao empregador público, quando se acharem liqui- cometidas no exercício da função.
dadas por decisão judicial transitada em julgado
5 — Em caso de cessação do vínculo de em-
ou por auto de conciliação;
prego público, o procedimento disciplinar ou a exe-
c) Às multas ou a reposição de qualquer quantia cução de qualquer das sanções previstas nas alí-
em que o trabalhador tenha sido condenado no neas b) a d) do n.º 1 do artigo 180.º suspende-se
âmbito de procedimento disciplinar e não tenha por um período máximo de 18 meses, podendo
procedido ao respetivo pagamento voluntário; prosseguir caso o trabalhador constitua novo vín-
culo de emprego público para as mesmas funções
d) Aos preços de refeições no local de trabalho,
a que o procedimento disciplinar diz respeito e
de utilização de telefones, de fornecimento de gé-
desde que do seu início, ressalvado o tempo de
neros, de combustíveis ou de materiais, quando
suspensão, não decorram mais de 18 meses até à
solicitados pelo trabalhador, bem como a outras
notificação ao trabalhador da decisão final.
despesas efetuadas pelo empregador público por ___________________________________
conta do trabalhador e consentidas por este;
- Alterado pelo Decreto-Lei n.º 6/2019, de 14 de janeiro.
e) A outros descontos ou deduções previstos na ___________________________________
lei.
Artigo 177.º
3 — Com exceção da alínea a) do número an-
terior, os descontos referidos no número anterior Exclusão da responsabilidade disciplinar
não podem exceder, no seu conjunto, um sexto da
remuneração. 1 — É excluída a responsabilidade disciplinar do
trabalhador que atue no cumprimento de ordens
ou instruções emanadas de legítimo superior hie-
Artigo 175.º
rárquico e em matéria de serviço, quando previa-
Insuscetibilidade de cessão dos créditos la- mente delas tenha reclamado ou exigido a sua
borais transmissão ou confirmação por escrito.
O trabalhador não pode ceder, a título gratuito 2 — Considerando ilegal a ordem ou instrução
ou oneroso, os seus créditos a remunerações na recebidas, o trabalhador faz expressamente men-
medida em que estes sejam impenhoráveis. ção desse facto ao reclamar ou ao pedir a sua
transmissão ou confirmação por escrito.
CAPÍTULO VII
3 — Quando a decisão da reclamação ou a
Exercício do poder disciplinar transmissão ou confirmação da ordem ou instrução
por escrito não tenham lugar dentro do tempo em
SECÇÃO I que, sem prejuízo, o cumprimento destas possa
ser demorado, o trabalhador comunica, também
Disposições gerais por escrito, ao seu imediato superior hierárquico,
os termos exatos da ordem ou instrução recebidas
Artigo 176.º e da reclamação ou do pedido formulados, bem
Sujeição ao poder disciplinar como a não satisfação destes, executando segui-
damente a ordem ou instrução.
1 — Todos os trabalhadores são disciplinar-
mente responsáveis perante os seus superiores hi- 4 — Quando a ordem ou instrução sejam dadas
erárquicos. com menção de cumprimento imediato e sem pre-
juízo do disposto nos n.ºs 1 e 2, a comunicação
2 — Os titulares dos órgãos dirigentes dos ser- referida na parte final do número anterior é efetu-
viços da administração direta e indireta do Estado ada após a execução da ordem ou instrução.
são disciplinarmente responsáveis perante o mem-
bro do Governo que exerça a respetiva superinten- 5 — Cessa o dever de obediência sempre que o
dência ou tutela. cumprimento das ordens ou instruções implique a
prática de qualquer crime.
3 — Os trabalhadores ficam sujeitos ao poder
disciplinar desde a constituição do vínculo de em-
prego público, em qualquer das suas modalidades.
4 — A cessação do vínculo de emprego público
ou a alteração da situação jurídico-funcional do
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acumuladas que sejam apreciadas num único pro- ou à aposentação, nos termos e condições previs-
cesso ou pelas infrações apreciadas em processos tos na lei, mas não o impossibilitam de voltar a
apensados. exercer funções em órgão ou serviço que não exi-
jam as particulares condições de dignidade e con-
4 — As sanções disciplinares são registadas no
fiança que aquelas de que foi despedido ou demi-
processo individual do trabalhador.
tido exigiam.
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- Declaração de Retificação n.º 37-A/2014, de 19 de agosto. m) Usem ou permitam que outrem use ou se
___________________________________ sirva de quaisquer bens pertencentes aos órgãos
ou serviços, cuja posse ou utilização lhes esteja
Artigo 186.º confiada, para fim diferente daquele a que se des-
Suspensão tinam;
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a) A intenção de, pela conduta seguida, produ- 4 — A suspensão caduca quando o trabalhador
zir resultados prejudiciais ao órgão ou serviço ou venha a ser, no seu decurso, condenado nova-
ao interesse geral, independentemente de estes se mente em processo disciplinar.
terem verificado;
Artigo 193.º
b) A produção efetiva de resultados prejudiciais
ao órgão ou serviço ou ao interesse geral, nos ca- Prescrição das sanções disciplinares
sos em que o trabalhador pudesse prever essa As sanções disciplinares prescrevem nos prazos
consequência como efeito necessário da sua con- seguintes, contados da data em que a decisão se
duta; tornou inimpugnável:
c) A premeditação; a) Um mês, nos casos de sanção disciplinar de
repreensão escrita;
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b) Três meses, nos casos de sanção disciplinar ainda que não seja competente para aplicar a san-
de multa; ção.
c) Seis meses, nos casos de sanção disciplinar 2 — Compete ao membro do Governo respetivo
de suspensão; a instauração de procedimento disciplinar contra
os dirigentes máximos dos órgãos ou serviços.
d) Um ano, nos casos de sanções disciplinares
de despedimento disciplinar ou de demissão e de 3 — A competência disciplinar dos superiores
cessação da comissão de serviço. hierárquicos envolve a dos seus inferiores hierár-
quicos dentro do órgão ou serviço.
SECÇÃO III
Artigo 197.º
Procedimentos disciplinares
Competência para aplicação das sanções dis-
SUBSECÇÃO I ciplinares
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à defesa é autuada, dela se extraindo certidão, que novas diligências que se tornem indispensáveis para
passa a ser considerada como participação para o completo esclarecimento da verdade.
efeitos de novo procedimento.
DIVISÃO III
6 — Com a resposta, pode o trabalhador apre-
sentar o rol das testemunhas e juntar documentos, Fase da decisão
requerendo também quaisquer diligências.
7 — A falta de resposta dentro do prazo mar- Artigo 219.º
cado vale como efetiva audiência do trabalhador, Relatório final do instrutor
para todos os efeitos legais.
1 — Finda a fase de defesa do trabalhador, o ins-
Artigo 217.º trutor elabora, no prazo de cinco dias, um relatório
final completo e conciso donde constem a existência
Confiança do processo material das faltas, a sua qualificação e gravidade,
importâncias que porventura haja a repor e seu
O processo pode ser confiado ao advogado do
destino, bem como a sanção disciplinar que entenda
trabalhador, nos termos e sob a cominação previs-
justa ou a proposta para que os autos se arquivem
tos no Código de Processo Civil, aplicáveis com as
por ser insubsistente a acusação, designadamente
necessárias adaptações.
por inimputabilidade do trabalhador.
Artigo 218.º 2 — A entidade competente para a decisão
pode, quando a complexidade do processo o exija,
Produção da prova oferecida pelo trabalhador
prorrogar o prazo fixado no número anterior, até
1 — As diligências requeridas pelo trabalhador ao limite total de 20 dias.
podem ser recusadas em despacho do instrutor,
3 — O processo, depois de relatado, é remetido,
devidamente fundamentado, quando manifesta-
no prazo de 24 horas, à entidade que o tenha man-
mente impertinentes e desnecessárias.
dado instaurar, a qual, quando não seja compe-
2 — Não podem ser ouvidas mais de três teste- tente para decidir, o envia no prazo de dois dias a
munhas por cada facto, podendo as que não resi- quem deva proferir a decisão.
dam no lugar onde corre o processo, quando o tra-
4 — Quando seja proposta a aplicação das san-
balhador não se comprometa a apresentá-las, ser
ções disciplinares de despedimento disciplinar, de-
ouvidas por solicitação a qualquer autoridade ad-
missão ou cessação da comissão de serviço, a en-
ministrativa.
tidade competente para a decisão apresenta o pro-
3 — O instrutor pode recusar a inquirição das cesso, por cópia integral, à comissão de trabalha-
testemunhas quando considere suficientemente dores e, quando o trabalhador seja representante
provados os factos alegados pelo trabalhador. sindical, à associação sindical respetiva, que po-
dem, no prazo de cinco dias, juntar o seu parecer
4 — A autoridade a quem seja solicitada a in- fundamentado.
quirição, nos termos da parte final do n.º 2, pode
designar instrutor ad hoc para o ato requerido. 5 — A remessa da decisão, nos termos do nú-
mero anterior, não tem lugar quando o trabalhador
5 — As diligências para a inquirição de teste- a ela se tenha oposto por escrito durante a fase de
munhas são notificadas ao trabalhador. instrução.
6 — Aplica-se à inquirição referida na parte final
do n.º 2, com as necessárias adaptações, o dis- Artigo 220.º
posto nos artigos 111.º e seguintes do Código de
Decisão
Processo Penal.
1 — Junto o parecer referido no n.º 4 do artigo
7 — O advogado do trabalhador pode estar pre-
anterior, ou decorrido o prazo para o efeito, sendo
sente e intervir na inquirição das testemunhas.
o caso, a entidade competente analisa o processo,
8 — O instrutor inquire as testemunhas e reúne concordando ou não com as conclusões do relató-
os demais elementos de prova oferecidos pelo tra- rio final, podendo ordenar novas diligências, a re-
balhador, no prazo de 20 dias, o qual pode ser pror- alizar no prazo que para tal estabeleça.
rogado, por despacho, até 40 dias, quando o exijam
2 — Antes da decisão, a entidade competente
as diligências referidas na parte final do n.º 2.
pode solicitar ou determinar a emissão, no prazo
9 — Finda a produção da prova oferecida pelo tra- de 10 dias, de parecer por parte do superior
balhador, podem ainda ordenar-se, em despacho,
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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
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hierárquico do trabalhador ou de unidades orgâni- dias, quando se trate de sanção disciplinar que im-
cas do órgão ou serviço a que o mesmo pertença. plique suspensão ou cessação de funções por parte
do infrator, desde que da execução da decisão dis-
3 — O despacho que ordene a realização de no-
ciplinar resultem para o serviço inconvenientes
vas diligências ou que solicite a emissão de parecer
mais graves do que os decorrentes da permanên-
é proferido no prazo máximo de 30 dias, a contar
cia do trabalhador punido no exercício das suas
da data da receção do processo.
funções.
4 — A decisão do procedimento é sempre fun-
3 — Na data em que se faça a notificação ao
damentada quando não concordante com a pro-
trabalhador é igualmente notificado o instrutor e o
posta formulada no relatório final do instrutor,
participante, quando este o tenha requerido.
sendo proferida no prazo máximo de 30 dias, a
contar das seguintes datas: 4 — Quando o processo tenha sido apresentado
às estruturas de representação dos trabalhadores,
a) Da receção do processo, quando a entidade
a decisão é igualmente comunicada à comissão de
competente para punir concorde com as conclu-
trabalhadores e à associação sindical.
sões do relatório final;
b) Do termo do prazo que marque, quando or- Artigo 223.º
dene novas diligências;
Início de produção de efeitos das sanções
c) Do termo do prazo fixado para emissão de disciplinares
parecer.
As sanções disciplinares produzem efeitos no
5 — Na decisão não podem ser invocados factos dia seguinte ao da notificação do trabalhador ou,
não constantes da acusação nem referidos na res- não podendo este ser notificado, 15 dias após a
posta do trabalhador, exceto quando excluam, di- publicação de aviso na 2.ª série do Diário da Re-
rimam ou atenuem a sua responsabilidade discipli- pública.
nar.
DIVISÃO IV
6 — O incumprimento dos prazos referidos nos
n.ºs 3 e 4 determina a caducidade do direito de Impugnações
aplicar a sanção.
Artigo 224.º
Artigo 221.º
Meios impugnatórios
Pluralidade de trabalhadores acusados
Os atos proferidos em processo disciplinar po-
1 — Quando vários trabalhadores sejam acusa- dem ser impugnados hierárquica ou tutelarmente,
dos do mesmo facto ou de factos entre si conexos, nos termos do Código do Procedimento Adminis-
a entidade que tenha competência para sancionar trativo, ou jurisdicionalmente.
o trabalhador de cargo ou de carreira ou categoria
de complexidade funcional superior decide relati- Artigo 225.º
vamente a todos os trabalhadores.
Recurso hierárquico ou tutelar
2 — Quando os trabalhadores sejam titulares
do mesmo cargo ou de carreira ou categoria de 1 — O trabalhador e o participante podem in-
complexidade funcional idêntica, a decisão cabe à terpor recurso hierárquico ou tutelar dos despa-
entidade que tenha competência para sancionar o chos e das decisões que não sejam de mero expe-
trabalhador com antiguidade superior no exercício diente, proferidos pelo instrutor ou pelos superio-
de funções públicas. res hierárquicos daquele.
2 — O recurso interpõe-se diretamente para o
Artigo 222.º respetivo membro do Governo, no prazo de 15
Notificação da decisão dias, a contar da notificação do despacho ou da
decisão, ou de 20 dias, a contar da publicação do
1 — A decisão é notificada ao trabalhador, ob- aviso a que se refere o n.º 2 do artigo 214.º
servando-se, com as necessárias adaptações, o re-
gime disposto para a notificação da acusação. 3 — Quando o despacho ou a decisão não te-
nham sido notificados ou quando não tenha sido
2 — A entidade que tenha decidido o procedi- publicado aviso, o prazo conta-se a partir do co-
mento pode autorizar que a notificação do traba- nhecimento do despacho ou da decisão.
lhador seja protelada pelo prazo máximo de 30
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serviços ou unidades orgânicas sindicados se pode máximo do órgão ou serviço instaura, obrigatória
apresentar ao sindicante, no prazo designado, ou e imediatamente, processo de averiguações.
a ele apresentar queixa por escrito e pelo correio.
2 — O disposto no número anterior não é apli-
3 — A queixa por escrito contém os elementos cável ao titular de cargos dirigente ou equiparado.
completos de identificação do queixoso.
3 — O processo de averiguações destina-se a
4 — No prazo de 48 horas após a receção da apurar se o desempenho que justificou aquelas
queixa, o sindicante notifica o queixoso, mar- avaliações constitui infração disciplinar imputável
cando-lhe dia, hora e local para prestar declara- ao trabalhador avaliado por violação culposa de
ções. deveres funcionais, designadamente do dever de
zelo.
5 — A publicação dos anúncios pela imprensa é
obrigatória para os periódicos a que sejam remeti- 4 — É causa de exclusão da culpabilidade da
dos, aplicando-se, em caso de recusa, a sanção violação dos deveres funcionais a não frequência
disciplinar correspondente ao crime de desobedi- de formação, ou a frequência de formação inade-
ência qualificada, sendo a despesa a que dê causa quada, aquando da primeira avaliação negativa do
documentada pelo sindicante, para efeitos de pa- trabalhador.
gamento.
5 — O procedimento de averiguações prescreve
decorridos três meses, contados da data em que
Artigo 231.º
foi instaurado quando, nesse prazo, não tenha tido
Relatório e trâmites ulteriores lugar a receção do relatório final pela entidade
competente.
1 — Concluída a instrução, o inquiridor ou sin-
dicante elabora, no prazo de 10 dias, o seu relató- 6 — Quando, no processo de averiguações, se-
rio, que remete imediatamente à entidade que jam detetados indícios de violação de outros deve-
mandou instaurar o procedimento. res funcionais por parte de quaisquer intervenien-
tes nos processos de avaliação do desempenho, o
2 — O prazo fixado no número anterior pode instrutor participa-os ao dirigente máximo do ór-
ser prorrogado pela entidade que mandou instau- gão ou serviço, para efeitos de eventual instaura-
rar o procedimento até ao limite máximo, impror- ção do correspondente procedimento de inquérito
rogável, de 30 dias, quando a complexidade do ou disciplinar.
processo o justifique.
3 — Verificando-se a existência de infrações Artigo 233.º
disciplinares, a entidade que instaurou os procedi-
Tramitação
mentos instaura os procedimentos disciplinares a
que haja lugar. 1 — O dirigente máximo do órgão ou serviço
nomeia o averiguante de entre dirigentes que
4 — O processo de inquérito ou de sindicância
nunca tenham avaliado o trabalhador ou, na falta
pode constituir, por decisão da entidade referida
destes, solicita a outro dirigente máximo de outro
no n.º 2, a fase de instrução do processo discipli-
órgão ou serviço que o nomeie.
nar, deduzindo o instrutor, no prazo de 48 horas,
a acusação do trabalhador ou dos trabalhadores, 2 — O averiguante reúne todos os documentos
seguindo-se os demais termos previstos na pre- respeitantes às avaliações e à formação frequen-
sente lei. tada e ouve, obrigatoriamente, o trabalhador e to-
dos os avaliadores que tenham tido intervenção
5 — Nos processos de inquérito, os trabalhado-
nas avaliações negativas.
res visados podem, a todo o tempo, constituir ad-
vogado. 3 — Quando algum avaliador não possa ser ou-
vido, o averiguante justifica circunstanciadamente
DIVISÃO II esse facto no relatório final, referindo e documen-
tando, designadamente, todas as diligências feitas
Processo disciplinar especial de averiguações para o conseguir.
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4 — O regime previsto no número anterior é medida em que não pressuponham a efetiva pres-
aplicável aos casos em que um empregador pú- tação do trabalho.
blico passe a ser responsável pelo estabelecimento
2 — O tempo de redução ou suspensão conta-
ou unidade económica com trabalhadores com re-
se para efeitos de antiguidade.
lação de trabalho sujeita ao Código do Trabalho,
designadamente em situações de reversão de con- 3 — A redução ou suspensão não interrompe o
cessão de serviço público. decurso do prazo para efeitos de caducidade, nem
obsta a que qualquer das partes faça cessar o con-
SECÇÃO II trato nos termos gerais.
Reafetação de trabalhadores em caso de re-
SUBSECÇÃO II
organização e racionalização de efetivos
Suspensão do vínculo de emprego público por
SUBSECÇÃO I facto respeitante ao trabalhador
Procedimento de reorganização ou racionalização
Artigo 278.º
e reafetação dos trabalhadores
Factos determinantes
DIVISÃO I
1 — Determina a suspensão do vínculo de em-
Disposições gerais prego público o impedimento temporário por facto
não imputável ao trabalhador que se prolongue por
Artigos 245.º a 275.º mais de um mês, nomeadamente doença.
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coletiva de trabalho, o trabalhador tem direito a 4 — Nas licenças de duração inferior a um ano,
licenças sem remuneração de longa duração, para nas previstas para acompanhamento do cônjuge
frequência de cursos de formação ministrados sob colocado no estrangeiro, bem como para o exercí-
responsabilidade de uma instituição de ensino ou cio de funções em organismos internacionais e
de formação profissional ou no âmbito de pro- noutras licenças fundadas em circunstâncias de in-
grama específico aprovado por autoridade compe- teresse público, o trabalhador tem direito à ocupa-
tente e executado sob o seu controlo pedagógico ção de um posto de trabalho no órgão ou serviço
ou frequência de cursos ministrados em estabele- quando terminar a licença.
cimento de ensino.
5 — Nas restantes licenças, o trabalhador que
3 — O empregador público pode recusar a con- pretenda regressar ao serviço e cujo posto de tra-
cessão da licença prevista no número anterior nas balho se encontre ocupado, deve aguardar a pre-
seguintes situações: visão, no mapa de pessoal, de um posto de traba-
lho não ocupado, podendo candidatar-se a proce-
a) Quando ao trabalhador tenha sido proporci-
dimento concursal para outro órgão ou serviço
onada formação profissional adequada ou licença
para o qual reúna os requisitos exigidos.
para o mesmo fim, nos últimos 24 meses;
6 — Ao regresso antecipado do trabalhador em
b) Quando a antiguidade do trabalhador no ór-
gozo de licença sem remuneração é aplicável o dis-
gão ou serviço seja inferior a três anos;
posto no número anterior.
c) Quando o trabalhador não tenha requerido a
licença com uma antecedência mínima de 90 dias Artigo 282.º
em relação à data do seu início;
Licença sem remuneração para acompanha-
d) Para além das situações referidas nas alíneas mento do cônjuge colocado no estrangeiro
anteriores, tratando-se de trabalhadores titulares
1 — O trabalhador tem direito a licença sem re-
de cargos dirigentes que chefiem equipas multidis-
muneração para acompanhamento do respetivo
ciplinares ou integrados em carreiras ou categorias
cônjuge, quando este, tenha ou não a qualidade de
de grau 3 de complexidade funcional, quando não
trabalhador em funções públicas, for colocado no
seja possível a substituição dos mesmos durante o
estrangeiro por período de tempo superior a 90
período da licença, sem prejuízo sério para o funci-
dias ou indeterminado, em missões de defesa ou
onamento do órgão ou serviço.
representação de interesses do País ou em organi-
4 — Para efeitos do disposto no n.º 2, consi- zações internacionais de que Portugal seja mem-
dera-se de longa duração a licença superior a 60 bro.
dias.
2 — A licença é concedida pelo dirigente com-
petente, a requerimento do interessado, devida-
Artigo 281.º
mente fundamentado.
Efeitos
3 — À licença prevista na presente subsecção
1 — A concessão da licença determina a sus- aplica-se o disposto nos n.ºs 3 e 4 do artigo 281.º,
pensão do vínculo, com os efeitos previstos nos se tiver sido concedida por período inferior a dois
n.ºs 1 e 3 do artigo 277.º anos, e o disposto no n.º 5 do mesmo artigo, se
tiver sido concedida por período igual ou superior
2 — O período de tempo da licença não conta àquele.
para efeitos de antiguidade, sem prejuízo do dis-
posto no número seguinte. 4 — A licença tem a mesma duração que a da
colocação do cônjuge no estrangeiro, podendo ini-
3 — Nas licenças previstas para acompanha- ciar-se em data posterior à do início das funções
mento do cônjuge colocado no estrangeiro, bem do cônjuge no estrangeiro, desde que o interes-
como para o exercício de funções em organismos sado alegue conveniência nesse sentido ou anteci-
internacionais e noutras licenças fundadas em cir- par-se o regresso a pedido do trabalhador.
cunstâncias de interesse público, o trabalhador
tem direito à contagem do tempo para efeitos de 5 — Finda a colocação do cônjuge no estran-
antiguidade e pode continuar a efetuar descontos geiro, o trabalhador pode requerer ao dirigente
para a ADSE ou outro subsistema de saúde de que máximo do respetivo serviço o regresso à ativi-
beneficie, com base na remuneração auferida à dade, no prazo de 90 dias, a contar da data do
data do início da licença. termo da situação de colocação daquele no estran-
geiro.
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da comissão de serviço, com um mínimo corres- mais de dois anos de antiguidade no órgão ou ser-
pondente a três remunerações base mensais. viço.
4 — O tempo decorrido desde a data de produ- 2 — Sendo o contrato a termo, o trabalhador
ção de efeitos da sanção até ao trânsito em julgado que se pretenda desvincular antes do decurso do
da decisão jurisdicional é considerado exercício de prazo acordado deve avisar o empregador público
funções públicas, para efeitos do disposto nos nú- com a antecedência mínima de 30 dias, se o con-
meros anteriores. trato tiver duração igual ou superior a seis meses,
ou de 15 dias, se for de duração inferior.
5 — Efetuada a opção referida no n.º 1, o tri-
bunal deve condenar o órgão ou serviço em con- 3 — No caso de contrato a termo incerto, para
formidade. o cálculo do prazo de aviso prévio a que se refere
o número anterior atende-se ao tempo de duração
Artigo 302.º efetiva do contrato.
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PARTE III
Artigo 309.º
Direito coletivo
Indemnização devida ao trabalhador
1 — A extinção do vínculo com fundamento nos TÍTULO I
factos previstos no n.º 2 do artigo 307.º confere
ao trabalhador o direito a uma indemnização, a de- Estruturas de representação coletiva dos
terminar entre 30 e 60 dias de remuneração base trabalhadores
auferida pelo trabalhador por cada ano completo
de antiguidade no exercício de funções públicas, CAPÍTULO I
mas nunca podendo ser inferior a três meses de Disposições gerais
remuneração base.
2 — No caso de fração de ano de antiguidade, Artigo 314.º
o valor da indemnização é calculado proporcional- Representação coletiva dos trabalhadores
mente. em funções públicas
3 — No caso de contrato a termo, a indemniza- 1 — Os trabalhadores em funções públicas têm
ção prevista nos números anteriores não pode ser
o direito de criar estruturas de representação co-
inferior à quantia correspondente às remunerações letiva para defesa dos seus direitos e interesses,
vincendas.
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suas alterações, juntando os estatutos aprovados oito dias, a contar da publicação, cópias certificadas
ou alterados, bem como cópias certificadas da ata das atas da comissão eleitoral e das mesas de voto,
da reunião em que foi constituída a comissão e do dos documentos de registo dos votantes, dos esta-
documento de registo dos votantes. tutos aprovados ou alterados e do requerimento de
registo, bem como a apreciação fundamentada so-
5 — As comissões de trabalhadores que partici-
bre a legalidade da constituição da comissão de tra-
param na eleição da comissão coordenadora de-
balhadores e dos estatutos ou das suas alterações,
vem, no prazo de 15 dias, requerer junto do minis-
ao magistrado do Ministério Público da área da sede
tério responsável pela área da Administração Pú-
do respetivo órgão ou serviço.
blica o registo da eleição dos membros da comissão
coordenadora, juntando cópias certificadas das lis- 2 — Caso os estatutos contenham disposições
tas concorrentes, bem como da ata da reunião e do contrárias à lei, o ministério responsável pela área
documento de registo dos votantes. da Administração Pública, no prazo referido no nú-
mero anterior, notifica os interessados para que
6 — O ministério responsável pela área da Ad-
estes as alterem no prazo de 180 dias.
ministração Pública regista, no prazo de 10 dias:
3 — Caso não haja alteração no prazo referido
a) A constituição da comissão de trabalhadores
no número anterior, o ministério responsável pela
e da comissão coordenadora, bem como a aprova-
área da Administração Pública procede de acordo
ção dos respetivos estatutos ou das suas altera-
com o disposto no n.º 1.
ções;
4 — O disposto nos números anteriores é apli-
b) A eleição dos membros da comissão de tra-
cável, com as necessárias adaptações, à constitui-
balhadores, das subcomissões de trabalhadores e
ção e aprovação dos estatutos da comissão coor-
da comissão coordenadora e publica a respetiva
denadora.
composição.
Artigo 334.º
Artigo 332.º
Fusão de serviços
Publicação
Em caso de extinção de um serviço e da sua
1 — O ministério responsável pela área da Ad-
incorporação num outro, sempre que neste não
ministração Pública procede, em articulação com o
exista comissão de trabalhadores, a existente no
ministério responsável pela área laboral, à publi-
serviço incorporado continua em funções por um
cação no Boletim do Trabalho e Emprego:
período de dois meses a contar da fusão ou até que
a) Dos estatutos da comissão de trabalhadores nova estrutura entretanto eleita inicie as respeti-
e da comissão coordenadora, ou das suas altera- vas funções.
ções;
Artigo 335.º
b) Da composição da comissão de trabalhado-
res, das subcomissões de trabalhadores e da co- Extinção judicial
missão coordenadora.
Quando não tenha sido requerido o registo da
2 — A comissão de trabalhadores, a subcomis- eleição dos membros da comissão de trabalhado-
são ou a comissão coordenadora só pode iniciar as res, ou da comissão coordenadora, num período de
suas atividades depois da publicação dos estatutos seis anos a contar do último registo, o ministério
e da respetiva composição, nos termos do número responsável pela área da Administração Pública
anterior. deve comunicar o facto ao magistrado do Ministé-
___________________________________ rio Público no tribunal competente, o qual pro-
- Alterado pelo Decreto-Lei.º 84-F/2022, de 16 de dezembro. move, no prazo de 15 dias, a contar da receção
___________________________________ dessa comunicação, a declaração judicial de extin-
ção da respetiva comissão.
Artigo 333.º
Artigo 336.º
Controlo de legalidade da constituição e dos
estatutos das comissões Cancelamento do registo
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2 — Até 15 de janeiro de cada ano civil, deve a a) Município em que exercem funções 25 a 49
associação sindical comunicar aos órgãos ou servi- trabalhadores sindicalizados, um membro;
ços onde os mesmos exercem funções, a identifi- b) Município em que exercem funções 50 a 99
cação dos delegados sindicais beneficiários do cré- trabalhadores sindicalizados, dois membros;
dito de horas.
c) Município em que exercem funções 100 a 199
Artigo 345.º trabalhadores sindicalizados, três membros;
Crédito de horas dos membros da direção de d) Município em que exercem funções 200 a
associação sindical 499 trabalhadores sindicalizados, quatro mem-
bros;
1 — Sem prejuízo do disposto em instrumento
de regulamentação coletiva de trabalho, o número e) Município em que exercem funções 500 a
máximo de membros da direção da associação sin- 999 trabalhadores sindicalizados, seis membros;
dical que beneficiam do crédito de horas é deter- f) Município em que exercem funções 1000 a
minado da seguinte forma: 1999 trabalhadores sindicalizados, sete membros;
a) Associações sindicais com um número igual g) Município em que exercem funções 2000 a
ou inferior a 200 associados, um membro; 4999 trabalhadores sindicalizados, oito membros;
b) Associações sindicais com mais de 200 asso- h) Município em que exercem funções 5000 a
ciados, um membro por cada 200 associados ou 9999 trabalhadores sindicalizados, 10 membros;
fração, até ao limite máximo de 50 membros.
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do que tiver ocorrido, designadamente os pontos adequadas ao seu integral e exato cumprimento,
em que não se tenha obtido acordo. no prazo máximo de 180 dias, devendo, nas ma-
térias que careçam de autorização legislativa, sub-
7 — As negociações sectoriais iniciam-se em
meter as respetivas propostas de lei à Assembleia
qualquer altura do ano e têm a duração que for
da República, no prazo máximo de 45 dias.
acordada entre as partes, aplicando-se-lhes os
princípios constantes dos números anteriores. 2 — Finda a negociação suplementar sem ob-
tenção de acordo, o Governo toma a decisão que
8 — Ao pessoal com funções de representação
entender adequada.
externa do Estado, bem como ao que desempenhe
funções de natureza altamente confidencial, é apli-
CAPÍTULO III
cado, em cada caso, o procedimento negocial ade-
quado à natureza das respetivas funções, sem pre- Instrumentos de regulamentação coletiva de
juízo dos direitos reconhecidos na presente lei. trabalho
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2 — O ministério responsável pela área da Ad- celebração ou de revisão de acordo coletivo de tra-
ministração Pública procede, em articulação com o balho.
ministério responsável pela área laboral, à publi-
3 — A proposta deve revestir forma escrita, ser
cação, nos termos do n.º 1, dos atos relativos aos
devidamente fundamentada e conter os seguintes
instrumentos de regulamentação coletiva de tra-
elementos:
balho, incluindo avisos sobre a data da cessação
da vigência de acordos coletivos de trabalho. a) Designação das entidades que a subscrevem
em nome próprio e em representação de outras;
3 — Os instrumentos de regulamentação cole-
tiva de trabalho que sejam objeto de três revisões b) Indicação do acordo coletivo de trabalho que
são integralmente republicados. se pretende rever, sendo caso disso, e respetiva
___________________________________ data de publicação.
- Alterado pelo Decreto-Lei.º 84-F/2022, de 16 de dezembro.
___________________________________ Artigo 360.º
Resposta
Artigo 357.º
1 — A entidade destinatária da proposta deve
Aplicação de instrumento de regulamenta-
responder, de forma escrita e fundamentada, nos
ção coletiva de trabalho
30 dias seguintes à receção daquela, salvo prazo
1 — No cumprimento do acordo coletivo de tra- mais longo convencionado pelas partes ou indicado
balho devem as partes, tal como os respetivos fili- pelo proponente.
ados, agir de boa-fé.
2 — A resposta deve exprimir uma posição re-
2 — Durante a execução do acordo coletivo de lativa a todas as cláusulas da proposta, aceitando,
trabalho atende-se às circunstâncias em que as recusando ou contrapropondo.
partes fundamentaram a decisão de contratar.
3 — A falta de resposta ou de contraproposta,
3 — A parte outorgante do acordo coletivo de no prazo fixado no n.º 1 e nos termos do número
trabalho, bem como os respetivos filiados que fal- anterior, legitima a entidade proponente a reque-
tem culposamente ao cumprimento das obrigações rer a conciliação.
dele emergentes, são responsáveis pelo prejuízo
causado, nos termos gerais. Artigo 361.º
Prioridade em matéria negocial
Artigo 358.º
1 — As partes devem, sempre que possível,
Publicidade
atribuir prioridade às matérias dos suplementos
O empregador público deve afixar no órgão ou remuneratórios, dos prémios de desempenho e da
serviço, em local apropriado, a indicação dos ins- duração e organização do tempo de trabalho,
trumentos de regulamentação coletiva de trabalho tendo em vista o ajuste do acréscimo global de en-
aplicáveis. cargos daí resultante, bem como à matéria da se-
gurança, higiene e saúde no trabalho.
SECÇÃO II
2 — A inviabilidade do acordo inicial sobre as
Acordo coletivo de trabalho matérias referidas no número anterior não justifica
a rutura de negociação.
SUBSECÇÃO I
Artigo 362.º
Processo negocial para a celebração do acordo
coletivo Negociações diretas
1 — Na sequência da resposta, devem ter início
Artigo 359.º as negociações diretas.
Proposta 2 — Durante a negociação, os representantes
1 — A celebração de um acordo coletivo de tra- das partes devem prestar as informações relevan-
balho é precedida de um processo de negociação. tes e fazer as necessárias consultas aos trabalha-
dores e aos empregadores públicos interessados,
2 — O processo de negociação inicia-se com a nos termos da presente lei.
apresentação à outra parte de uma proposta de
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escrito ao empregador o acordo coletivo que pre- no mínimo, durante 12 meses, a contar da data da
tende ver-lhe aplicado. transferência, salvo se, entretanto, outro instru-
mento de regulamentação coletiva de trabalho
6 — Na falta da indicação prevista no número
convencional passar a aplicar-se às mesmas enti-
anterior, é aplicável o instrumento de regulamen-
dades.
tação coletiva de trabalho que abranja o maior nú-
mero de trabalhadores no âmbito do empregador
SUBSECÇÃO V
público.
Âmbito temporal de aplicação
Artigo 371.º
Artigo 373.º
Determinação temporal da filiação
Vigência
1 — Os acordos coletivos abrangem os traba-
lhadores que estejam filiados nas associações sig- 1 — O acordo coletivo de trabalho vigora pelo
natárias no momento do início do processo nego- prazo que dele constar, não podendo este ser in-
cial, bem como os que nelas se filiem durante o ferior a um ano.
período de vigência dos mesmos acordos.
2 — Decorrido o prazo de vigência aplica-se o
2 — Em caso de desfiliação dos trabalhadores seguinte regime:
ou das respetivas associações dos sujeitos outor-
gantes, o acordo coletivo de trabalho aplica-se até a) O acordo coletivo de trabalho renova-se nos
ao final do prazo que dele expressamente constar termos nele previstos;
ou, sendo o acordo objeto de alteração, até à en- b) No caso de não regular a matéria prevista na
trada em vigor desta. alínea anterior, o acordo coletivo de trabalho re-
3 — No caso de o acordo coletivo de trabalho nova-se sucessivamente por períodos de um ano.
não ter prazo de vigência, os trabalhadores ou as 3 — O acordo coletivo de trabalho pode ter di-
respetivas associações que se tenham desfiliado ferentes períodos de vigência para cada matéria ou
dos sujeitos outorgantes são abrangidos durante o grupo homogéneo de cláusulas.
prazo mínimo de um ano.
4 — A opção do trabalhador não sindicalizado Artigo 374.º
pela sujeição a um acordo coletivo, exercida nos Denúncia
termos do artigo anterior, é irrevogável até ao final
do período estabelecido nos n.ºs 2 e 3, consoante 1 — O acordo coletivo de trabalho pode ser de-
o caso. nunciado, por qualquer dos outorgantes, mediante
comunicação escrita dirigida à outra parte, desde
Artigo 372.º que acompanhada de uma proposta negocial.
______________________________________________________________________________
107
LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
108
LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
______________________________________________________________________________
4 — No caso de não ter sido escolhido o terceiro 5 — No caso de não ter sido feita a nomeação
árbitro, a DGAEP procede ao respetivo sorteio, de do árbitro por uma das partes, a DGAEP procede,
entre os árbitros constantes da lista de árbitros no prazo de cinco dias úteis, ao sorteio do árbitro
presidentes, no prazo de cinco dias úteis. em falta, de entre os constantes da lista de árbitros
dos representantes dos trabalhadores ou dos em-
5 — A DGAEP deve ser informada pelas partes pregadores públicos, consoante os casos, podendo
do início e do termo do respetivo procedimento. a parte faltosa oferecer outro, em sua substituição,
6 — Os árbitros podem ser assistidos por peri- nas 48 horas seguintes, procedendo, neste caso,
tos e têm o direito a obter das partes, da DGAEP e os árbitros nomeados à escolha do terceiro árbitro,
dos demais órgãos e serviços a informação neces- nos termos do número anterior.
sária de que estes disponham. 6 — No caso de não ter sido feita a escolha do
7 — Os árbitros enviam o texto da decisão às terceiro árbitro, a DGAEP procede ao respetivo sor-
partes e à DGAEP, para efeitos de depósito e publi- teio, de entre os árbitros constantes da lista de ár-
cação, no prazo de 15 dias, a contar da decisão. bitros presidentes, no prazo de cinco dias úteis.
______________________________________________________________________________
109
LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
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número de três, por cada uma das seguintes enti- b) Os honorários, despesas de deslocação e es-
dades: tada dos peritos.
a) Conselho Superior da Magistratura; 3 — Os honorários dos árbitros e peritos são
fixados por portaria do membro do Governo res-
b) Conselho Superior dos Tribunais Administra-
ponsável pela área da Administração Pública, pre-
tivos e Fiscais;
cedida de audição das confederações sindicais com
c) Conselho Superior do Ministério Público. assento na Comissão Permanente de Concertação
Social.
4 — Cada lista vigora durante um período de
três anos. 4 — Os árbitros presidentes aposentados ou ju-
bilados podem cumular a pensão com a remunera-
5 — As listas de árbitros são comunicadas à ção que competir às funções de árbitro presidente,
DGAEP, que garante a sua permanente atualização. com um limite correspondente a uma terça parte
6 — O sorteio de árbitros compete à DGAEP, da pensão auferida.
devendo observar-se as regras do Decreto-Lei n.º 5 — O disposto nos números anteriores e as re-
259/2009, de 25 de setembro, com as necessárias gras sobre o local da arbitragem aplicam-se, com as
adaptações. devidas adaptações, aos processos de conciliação,
mediação e arbitragem voluntária, sempre que o
Artigo 385.º conciliador, o mediador ou o árbitro presidente sejam
Local da arbitragem e apoio escolhidos de entre a lista de árbitros presidentes.
___________________________________
1 — A arbitragem realiza-se em local previa- - Alterado pelo artigo 4.º da Lei n.º 25/2017, de 30 de maio.
mente indicado pelo presidente do Conselho Eco- ___________________________________
nómico e Social, em despacho emitido no início de
cada ano civil. TÍTULO III
2 — Só é permitida a utilização de instalações Conflitos coletivos de trabalho
de quaisquer das partes no caso de estas e os ár-
bitros estarem de acordo.
CAPÍTULO I
3 — Na falta do despacho ou do acordo a que
Conciliação, mediação e arbitragem
se referem os números anteriores, as arbitragens
realizam-se nas instalações da DGAEP.
Artigo 387.º
4 — Compete ao ministério responsável pela
Modos de resolução dos conflitos coletivos
área da Administração Pública a disponibilização
de instalações para a realização da arbitragem, 1 — Os conflitos coletivos de trabalho, designa-
sempre que se verifique indisponibilidade das ins- damente os que resultam da celebração ou revisão
talações indicadas pelo presidente do Conselho de um acordo coletivo de trabalho, podem ser re-
Económico e Social. solvidos por conciliação, mediação e arbitragem.
5 — O tribunal arbitral pode requerer à DGAEP, 2 — Na pendência de um conflito coletivo de
aos demais órgãos e serviços e às partes a infor- trabalho as partes devem agir de boa-fé.
mação necessária de que disponham.
6 — A DGAEP assegura o apoio administrativo Artigo 388.º
ao funcionamento do tribunal arbitral. Admissibilidade e regime da conciliação
______________________________________________________________________________
110
LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
______________________________________________________________________________
1 — As partes são convocadas pelo árbitro con- 3 — Se a mediação for requerida apenas por
ciliador para o início do procedimento de concilia- uma das partes, o mediador deve solicitar à outra
ção, nos 15 dias seguintes à apresentação do pe- parte que se pronuncie sobre o respetivo objeto.
dido.
4 — Se as partes discordarem sobre o objeto da
2 — O procedimento de conciliação tem lugar mediação, o mediador decide tendo em considera-
nas instalações da DGAEP. ção a viabilidade de acordo das partes.
3 — O árbitro deve convidar a participar na con- 5 — O mediador pode realizar todos os contac-
ciliação que tenha por objeto a revisão de um tos, com cada uma das partes em separado, que
acordo coletivo de trabalho as partes no processo considere convenientes e viáveis no sentido da ob-
de negociação que não requeiram a conciliação. tenção de um acordo.
4 — As partes referidas no número anterior de- 6 — As partes são obrigadas a comparecer nas
vem responder ao convite no prazo de cinco dias reuniões convocadas pelo mediador.
úteis.
7 — Para a elaboração da proposta, o mediador
5 — As partes são obrigadas a comparecer nas pode solicitar às partes e a qualquer órgão ou ser-
reuniões de conciliação. viço os dados e informações de que estes dispo-
nham e que aquele considere necessários.
Artigo 390.º 8 — O mediador deve remeter a sua proposta
Transformação da conciliação em mediação às partes, por carta registada, no prazo de 30 dias,
a contar da sua nomeação.
A conciliação pode ser transformada em medi-
ação, nos termos dos artigos seguintes. 9 — A proposta do mediador considera-se recu-
sada se não houver comunicação escrita de ambas
Artigo 391.º as partes a aceitá-la no prazo de 10 dias, a contar
da sua receção.
Admissibilidade da mediação
10 — Decorrido o prazo fixado no número an-
1 — As partes podem, a todo o tempo, acordar terior, o mediador comunica, em simultâneo, a
em submeter a mediação os conflitos coletivos, a cada uma das partes, no prazo de cinco dias, a
efetuar pelos serviços públicos de mediação ou ou- aceitação ou recusa das partes.
tros sistemas de mediação laboral.
11 — O mediador está obrigado a guardar sigilo
2 — Na falta do acordo previsto no n.º 1, uma de todas as informações colhidas no decurso do
das partes pode requerer, junto da DGAEP, um procedimento que não sejam conhecidas da outra
mês após o início da conciliação, a intervenção de parte.
uma das personalidades constantes da lista de ár-
bitros presidentes, constante da lista de árbitros a Artigo 393.º
que se refere o n.º 3 do artigo 384.º, para desem-
penhar as funções de mediador. Arbitragem
3 — Do requerimento de mediação deve constar Os conflitos coletivos podem ser dirimidos por
a indicação do respetivo objeto. arbitragem, nos termos previstos nos artigos 381.º
a 386.º
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111
LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
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______________________________________________________________________________
público, tendo direito, nomeadamente, à remune- a decisão arbitral aplicável a todos os trabalhado-
ração. res independentemente da natureza do respetivo
vínculo.
Artigo 398.º
2 — Nos casos em que o empregador esteja
Definição de serviços a assegurar durante a fora do âmbito de aplicação da presente lei, a de-
greve finição dos serviços mínimos é feita nos termos do
Código do Trabalho e respetiva legislação comple-
1 — Os serviços previstos nos n.ºs 1 e 3 do ar- mentar, sendo a decisão arbitral aplicável a todos
tigo anterior e os meios necessários para os asse- os trabalhadores independentemente da natureza
gurar devem ser definidos por instrumento de re- do respetivo vínculo.
gulamentação coletiva de trabalho ou por acordo
com os representantes dos trabalhadores.
SECÇÃO II
2 — Na ausência de previsão em instrumento
Arbitragem dos serviços mínimos
de regulamentação coletiva de trabalho ou de
acordo sobre a definição dos serviços mínimos pre-
SUBSECÇÃO I
vistos no n.º 1 do artigo anterior, o membro do
Governo responsável pela área da Administração Designação de árbitros
Pública convoca os representantes dos trabalhado-
res e os representantes das entidades empregado- Artigo 400.º
ras públicas interessadas, tendo em vista a nego-
ciação de um acordo quanto aos serviços mínimos Constituição do colégio arbitral
e quanto aos meios necessários para os assegurar. 1 — No quarto dia posterior ao aviso prévio de
3 — Na falta de um acordo até ao termo do ter- greve, o membro do Governo responsável pela
ceiro dia posterior ao aviso prévio de greve, a de- área da Administração Pública declara constituído
finição dos serviços e dos meios referidos no nú- o colégio arbitral, notificando as partes e os árbi-
mero anterior compete a um colégio arbitral, com- tros.
posto por três árbitros constantes das listas de ár- 2 — Para a constituição do colégio arbitral pre-
bitros previstas no artigo 384.º visto no número anterior, cada uma das listas de ár-
4 — O empregador público deve comunicar à bitros dos trabalhadores, dos empregadores públicos
DGAEP, nas 24 horas subsequentes à receção do e presidentes é ordenada alfabeticamente.
pré-aviso de greve, a necessidade de negociação 3 — O sorteio do árbitro efetivo e do suplente
do acordo previsto no n.º 2. deve ser feito através de tantas bolas numeradas
5 — A decisão do colégio arbitral produz efeitos quantos os árbitros que não estejam legalmente
imediatamente após a sua notificação aos repre- impedidos no caso concreto, correspondendo a
sentantes referidos no n.º 2 e deve ser afixada nas cada número o nome de um árbitro.
instalações do órgão ou serviço, nos locais habitu- 4 — As bolas a que se refere o número anterior
almente destinados à informação dos trabalhado- são todas sorteadas, correspondendo a primeira ao
res. árbitro efetivo e as restantes aos árbitros suplen-
6 — Os representantes dos trabalhadores de- tes.
vem designar os trabalhadores que ficam adstritos 5 — A DGAEP notifica os representantes da
à prestação dos serviços referidos no artigo ante- parte trabalhadora e dos empregadores públicos
rior, até 24 horas antes do início do período de do dia e hora do sorteio, com a antecedência mí-
greve, e, se não o fizerem, deve o empregador pú- nima de 24 horas.
blico proceder a essa designação.
6 — Se um ou ambos os representantes não
7 — A definição dos serviços mínimos deve res- estiverem presentes, a DGAEP designa trabalha-
peitar os princípios da necessidade, da adequação dores dessa direção-geral, em igual número, para
e da proporcionalidade. estarem presentes no sorteio.
______________________________________________________________________________
tribunal arbitral, aos suplentes e às partes que não decisão tenha sido proferida há menos de três
tenham estado representadas no sorteio. anos, o tribunal arbitral pode, em iguais circuns-
tâncias, decidir de imediato nesse sentido, dispen-
9 — O membro do Governo responsável pela
sando a audição das partes e outras diligências ins-
área da Administração Pública pode ainda determi-
trutórias.
nar que a decisão sobre serviços mínimos seja to-
mada pelo colégio arbitral que tenha pendente a
Artigo 403.º
apreciação de outra greve cujos período e âmbito
geográfico e sectorial sejam total ou parcialmente Redução da arbitragem
coincidentes, havendo parecer favorável do colégio
em causa. 1 — No caso de acordo parcial, incidindo este
sobre a definição dos serviços mínimos, a arbitra-
gem prossegue em relação aos meios necessários
SUBSECÇÃO II
para os assegurar.
Do funcionamento da arbitragem
2 — No caso de as partes chegarem a acordo
sobre todo o objeto da arbitragem, esta considera-
Artigo 401.º
se extinta.
Impedimento e suspeição
Artigo 404.º
1 — Qualquer das partes pode apresentar re-
querimento de impedimento do árbitro designado
Decisão
e este pode apresentar pedido de escusa imedia-
tamente após a comunicação prevista no artigo an- 1 — A notificação da decisão é efetuada até 48
terior. horas antes do início do período da greve.
2 — Perante o requerimento de impedimento ou 2 — A decisão final do tribunal arbitral é funda-
pedido de escusa, e não havendo oposição das mentada e reduzida a escrito, dela constando
partes, procede-se de imediato à substituição do ainda:
árbitro visado pelo respetivo suplente.
a) A identificação das partes;
3 — Havendo oposição das partes, compete ao
presidente do Conselho Económico e Social decidir b) O objeto da arbitragem;
o requerimento de impedimento ou pedido de es- c) A identificação dos árbitros;
cusa.
d) O lugar da arbitragem e o local e data em
Artigo 402.º que a decisão foi proferida;
1 — A arbitragem tem início imediatamente f) A indicação dos árbitros que não puderem as-
após a notificação dos árbitros sorteados, podendo sinar.
desenvolver-se em qualquer dia do calendário. 3 — A decisão deve conter um número de assi-
2 — O tribunal arbitral notifica as partes para naturas, pelo menos, igual ao da maioria dos árbi-
que apresentem, por escrito e no prazo indicado, tros e inclui os votos de vencido, devidamente
o seu entendimento sobre a definição dos serviços identificados.
mínimos e os meios necessários para os assegurar, 4 — A decisão arbitral equivale a sentença da
podendo estas juntar os documentos que conside- primeira instância, para todos os efeitos legais.
rem pertinentes.
5 — Qualquer das partes pode requerer ao tri-
3 — O tribunal arbitral pode convocar as partes bunal arbitral o esclarecimento de alguma obscu-
para as ouvir sobre a definição dos serviços míni- ridade ou ambiguidade da decisão ou dos seus fun-
mos e os meios necessários para os assegurar. damentos, nos termos previstos no Código de Pro-
4 — O tribunal arbitral pode ser assistido por cesso Civil, nas 12 horas seguintes à sua notifica-
peritos. ção.
5 — Após três decisões no mesmo sentido, em 6 — As decisões arbitrais são objeto de publi-
casos em que as partes sejam as mesmas e cujos cação na página eletrónica da DGAEP.
elementos relevantes para a decisão sobre os ser-
viços mínimos a prestar e os meios necessários
para os assegurar sejam idênticos, e caso a última
______________________________________________________________________________
114
LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
______________________________________________________________________________
ANEXO
(a que se refere o n.º 2 do artigo 88.º)
Grau de Número de
complexi- posições re-
Carreira Categorias Conteúdo funcional
dade funci- munerató-
onal rias
Assistente técnico. . . Coordenador técnico. . . . Funções de chefia técnica e administrativa em uma subuni- 2 4
dade orgânica ou equipa de suporte, por cujos resulta-
dos é responsável.
Realização das atividades de programação e organização
do trabalho do pessoal que coordena, segundo orienta-
ções e diretivas superiores. Execução de trabalhos de
natureza técnica e administrativa de maior complexi-
dade.
Funções exercidas com relativo grau de autonomia e res-
ponsabilidade.
Assistente operacional Encarregado geral opera- Funções de chefia do pessoal da carreira de assistente ope- 1 2
cional. . . . . . . . . . . . . . racional. Coordenação geral de todas as tarefas realiza-
das pelo pessoal afeto aos setores de atividade sob sua
supervisão.
Encarregado operacional. Funções de coordenação dos assistentes operacionais afe- 5
tos ao seu setor de atividade, por cujos resultados é res-
ponsável.
Realização das tarefas de programação, organização e con-
trolo dos trabalhos a executar pelo pessoal sob sua co-
ordenação.
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115
LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
116
Lei n.º 84/2015, de 7 de agosto
_____________________________________________________________________
Artigo 1.º
Objeto
A presente lei altera a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada em anexo
à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, introduzindo a meia jornada como modalidade de horário
de trabalho.
Artigo 2.º
Alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
O artigo 110.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada em anexo à Lei
n.º 35/2014, de 20 de junho, alterada pela Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro, passa a
ter a seguinte redação:
Artigo 3.º
Aditamento à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
É aditado à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada em anexo à Lei n.º
35/2014, de 20 de junho, alterada pela Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro, o artigo 114.º-
A, com a seguinte redação:
Artigo 4.º
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor 30 dias após a sua publicação.
Aprovada em 26 de junho de 2015.
A Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção A. Esteves.
Promulgada em 30 de julho de 2015.
Publique-se.
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
Referendada em 31 de julho de 2015.
O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.
_____________________________________________________________________
117
Lei n.º 84/2015, de 7 de agosto
_____________________________________________________________________
Apontamentos:
_____________________________________________________________________
118
Lei n.º 18/2016, de 20 de junho
_____________________________________________________________________
Artigo 1.º
Objeto
A presente lei define as 35 horas de trabalho como limite máximo semanal dos períodos
normais de trabalho, alterando a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas.
Artigo 2.º
Alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
Os artigos 103.º, 105.º, 111.º e 112.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas,
aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, alterada pela Lei n.º 84/2015, de 7 de
agosto, passam a ter a seguinte redação:
Artigo 3.º
Norma transitória
1 — Em 2016 as despesas com pessoal dos órgãos e serviços abrangidos pela Lei Geral
do Trabalho em Funções Públicas não podem exceder os montantes relativos à execução de
2015, acrescidos das alterações remuneratórias previstas no artigo 2.º da Lei n.º 159-A/2015,
de 30 de dezembro, considerando para este efeito o valor global do agrupamento 01, relativo
às despesas com pessoal.
2 — Sem prejuízo da adoção das medidas de gestão que se mostrem adequadas, o
disposto no número anterior pode ser afastado quando razões excecionais fundadamente o
justifiquem, mediante autorização do membro do Governo responsável pela área das finanças,
sob proposta do membro do Governo responsável pela respetiva área.
3 — Com vista a assegurar a continuidade e qualidade dos serviços prestados, nos ór-
gãos ou serviços onde comprovadamente tal se justifique, as soluções adequadas são negoci-
adas entre o respetivo ministério e os sindicatos do sector.
4 — O disposto no presente artigo é ainda aplicável nas situações a que se refere o n.º
6 do artigo 1.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas.
Artigo 4.º
Garantia de direitos
Da redução do tempo de trabalho prevista na presente lei não pode resultar para os
trabalhadores a redução do nível remuneratório ou qualquer alteração desfavorável das con-
dições de trabalho.
_____________________________________________________________________
119
Lei n.º 18/2016, de 20 de junho
_____________________________________________________________________
Artigo 5.º
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor a 1 de julho de 2016.
Aprovada em 2 de junho de 2016.
O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.
Promulgada em 7 de junho de 2016.
Publique-se.
O Presidente da República, MARCELO REBELO DE SOUSA.
Referendada em 9 de junho de 2016.
O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa.
_____________________________________________________________________
120
Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro
_____________________________________________________________________
Artigo 270.º
Alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
1 — É aditado à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP), aprovada em anexo
à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, e alterada pelas Leis n.ºs 84/2015, de 7 de agosto, e
18/2016, de 20 de junho, o artigo 99.º-A, com a seguinte redação:
Artigo 276.º
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor a 1 de janeiro de 2017.
_____________________________________________________________________
121
Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro
_____________________________________________________________________
Apontamentos:
_____________________________________________________________________
122
Lei n.º 25/2017, de 30 de maio
______________________________________________________________________________
Aprova o regime da valorização profissional dos trabalhadores com vínculo de emprego público,
procede à segunda alteração à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, e à quarta alteração à Lei
Geral do Trabalho em Funções Públicas, e revoga a Lei n.º 80/2013, de 28 de novembro.
A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:
______________________________________________________________________________
123
Lei n.º 25/2017, de 30 de maio
______________________________________________________________________________
a) Pelo regresso à atividade através da integra- a) São integrados no órgão ou serviço em que
ção em posto de trabalho nos termos previstos no desempenham funções em situação de mobilidade,
artigo 27.º do Regime da Valorização Profissional em posto de trabalho previsto ou a prever auto-
(RVP), aprovado em anexo à presente lei; maticamente no mapa de pessoal, aplicando-se
com as necessárias adaptações o disposto nos n.ºs
b) Pela cessação do vínculo por mútuo acordo,
2, 4 e 5 do artigo 22.º do RVP;
nos termos regulados no artigo 30.º do RVP, con-
siderando-se a última remuneração base mensal b) São integrados na respetiva secretaria-geral,
auferida antes da colocação em situação de requa- nos termos do artigo 27.º do RVP, os trabalhado-
lificação; res que se encontrem a exercer funções em gabi-
netes ministeriais, em situação de cedência de in-
c) Pela aplicação do regime excecional previsto
teresse público, em comissão de serviço em cargo
no artigo 7.º da presente lei;
dirigente ou em órgão ou serviço que não possa
d) Pela passagem à situação de licença sem re- constituir vínculos de emprego público por tempo
muneração. indeterminado, mantendo as situações de exercí-
cio transitório de funções até ao seu termo.
2 — A opção por uma das situações previstas
no número anterior é comunicada através de re- 2 — No caso de conclusão do período experi-
querimento dirigido pelo trabalhador à Direção- mental sem sucesso, na sequência de procedi-
Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Fun- mento concursal ou de mobilidade intercarreiras,
ções Públicas (INA), enquanto entidade gestora, os trabalhadores são integrados na secretaria-ge-
preferencialmente por via eletrónica, sem prejuízo ral nos termos da alínea b) do número anterior.
do disposto no artigo 104.º do Código do Procedi-
3 — Para efeitos da alínea b) do n.º 1, consi-
mento Administrativo.
dera-se ministério do serviço de origem aquele em
3 — Na ausência de requerimento no prazo pre- que se integrar o serviço que sucedeu nas atribui-
visto no n.º 1, o trabalhador passa à situação de ções do serviço extinto.
licença sem remuneração.
Artigo 9.º
4 — Para efeitos da alínea a) do n.º 1, consi-
dera-se ministério do serviço de origem aquele em Trabalhadores em requalificação em situa-
que se integrar o serviço que sucedeu nas atribui- ção de licença sem remuneração
ções do serviço extinto.
1 — Os atuais trabalhadores em requalificação,
em situação de licença sem remuneração, man-
Artigo 7.º
têm-se na situação de licença, efetuando-se o re-
Regime excecional gresso nos termos previstos no n.º 1 do artigo 31.º
do RVP.
1 — Os atuais trabalhadores em requalificação,
em situação de não exercício de funções à data da 2 — Aos trabalhadores em requalificação, em
entrada em vigor da presente lei e que detenham situação de licença sem remuneração que, nos ter-
nessa data idade igual ou superior a 55 anos, po- mos gerais, determine o regresso direto e imediato
dem manter a situação adquirida em virtude da ao serviço, designadamente as licenças previstas
aplicação do regime da requalificação até à idade nos artigos 282.º e 283.º da LTFP, é aplicável o
legal de reforma ou aposentação. disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo anterior.
______________________________________________________________________________
124
Lei n.º 25/2017, de 30 de maio
______________________________________________________________________________
a) Pelo regresso da situação de licença e ocu- c) O artigo 13.º, o n.º 6 do artigo 15.º e o n.º
pação de posto de trabalho existente ou a prever 4 do artigo 37.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de ju-
no mapa de pessoal do serviço de origem ou do nho;
serviço que sucedeu nas atribuições em caso de
d) A alínea j) do artigo 3.º, o n.º 6 do artigo
serviço extinto;
99.º, os artigos 245.º a 275.º que integram a sec-
b) Pela cessação do vínculo por mútuo acordo, ção II do capítulo VIII do título IV da parte II, re-
nos termos regulados no artigo 30.º do RVP, con- lativa ao regime da reafetação de trabalhadores
siderando-se a última remuneração base mensal em caso de reorganização e racionalização de efe-
auferida antes da colocação em situação de mobi- tivos, o n.º 2 do artigo 289.º e os artigos 311.º a
lidade especial; 313.º, relativos à causa específica de extinção do
vínculo de emprego público dos trabalhadores em
c) Pela aplicação do regime excecional previsto
requalificação, da LTFP, aprovada em anexo à Lei
no artigo 7.º da presente lei, caso reúna as respe-
n.º 35/2014, de 20 de junho.
tivas condições, auferindo como remuneração o
valor da subvenção detida à data da entrada em
Artigo 13.º
vigor da presente lei;
Produção de efeitos
d) Pela passagem à situação de licença sem re-
muneração. 1 — A revogação do artigo 13.º da Lei n.º
35/2014, de 20 de junho, alterada pela Lei n.º 82-
2 — A opção por uma das situações previstas
B/2014, de 31 de dezembro, produz efeitos no
no número anterior é comunicada através de re-
termo do prazo previsto no n.º 1 do artigo 10.º da
querimento dirigido pelo trabalhador ao INA, en-
presente lei.
quanto entidade gestora, preferencialmente por
via eletrónica, sem prejuízo do disposto no artigo 2 — A revogação a que se refere a alínea d) do
104.º do Código do Procedimento Administrativo. artigo anterior produz efeitos no termo do prazo
previsto no n.º 1 do artigo 6.º da presente lei.
3 — Na ausência de requerimento no prazo pre-
visto no n.º 1, o trabalhador passa à situação de
licença sem remuneração. Artigo 14.º
Artigo 12.º
Norma revogatória
São revogados:
a) A Lei n.º 80/2013, de 28 de novembro, alte-
rada pela Lei n.º 12/2016, de 28 de abril;
b) A alínea e) do n.º 3 do artigo 4.º da Lei n.º
11/2014, de 6 de março, alterada pela Lei n.º
71/2014, de 1 de setembro;
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125
Lei n.º 25/2017, de 30 de maio
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postos de trabalho necessários para assegurar a racionalização de efetivos aplica-se um dos seguin-
prossecução e o exercício das atribuições e com- tes métodos:
petências e para a realização dos objetivos esta-
a) Avaliação do desempenho, quando os traba-
belecidos para o serviço, ouvindo o dirigente má-
lhadores da mesma carreira ou categoria tenham
ximo do serviço extinto por fusão ou do serviço re-
sido objeto de avaliação do desempenho, nos três
estruturado com transferência de atribuições.
períodos avaliativos imediatamente anteriores ao
4 — Os postos de trabalho dos mapas a que se ano em que ocorre o procedimento;
referem os números anteriores devem ser carac-
b) Avaliação de competências profissionais,
terizados e aprovados de acordo com o disposto
quando não se verifique o disposto na alínea ante-
nos n.ºs 2 a 4 do artigo 29.º da LTFP.
rior.
5 — O mapa de pessoal a que se refere o n.º 2,
2 — A fase de seleção é aberta por despacho do
uma vez aprovado, passa a constituir o mapa de
dirigente responsável pelo processo de reorganiza-
pessoal do órgão ou serviço.
ção, o qual fixa os universos de trabalhadores a
6 — Para efeitos do disposto no n.º 3, incluem- serem abrangidos de acordo com o mapa compa-
se nos efetivos existentes no órgão ou serviço os rativo, identifica o método de seleção em cada
trabalhadores que aí exerçam funções em período caso aplicável, e os prazos para a sua condução e
experimental, regime de comissão de serviço ou conclusão.
ao abrigo de instrumento de mobilidade, mas não
3 — O despacho a que se refere o número an-
aqueles que estejam a exercer funções noutro ór-
terior é publicitado em locais próprios do órgão ou
gão ou serviço ou se encontrem em situação de
serviço onde os trabalhadores exerçam funções,
licença sem remuneração.
designadamente no respetivo sítio institucional na
7 — As comissões de serviço do pessoal diri- Internet.
gente seguem o regime previsto no respetivo es-
4 — Fixados os resultados finais da aplicação
tatuto.
dos métodos de seleção, são elaboradas listas no-
8 — Quando o número de postos de trabalho minativas, por ordem decrescente de resultados.
necessários para assegurar a prossecução e o
5 — A identificação e ordenação dos trabalha-
exercício das atribuições e competências e para a
dores são realizadas em função do âmbito fixado
realização dos objetivos estabelecidos para o ser-
nos termos do n.º 2.
viço seja inferior ao número de efetivos existentes
no órgão ou serviço, há lugar à aplicação do dis- 6 — O resultado final de cada trabalhador e o
posto nos artigos 11.º e seguintes, sem prejuízo seu posicionamento na respetiva lista são publici-
do disposto no número seguinte. tado nos locais identificados no n.º 3 e notificados
por escrito ao interessado, preferencialmente para
9 — No procedimento em caso de racionaliza-
o endereço de correio eletrónico que aquele tenha
ção de efetivos, a aprovação dos mapas referidos
indicado, sem prejuízo do disposto no artigo 112.º
nos n.ºs 2 e 3 equivale ao ato de reconhecimento
do Código do Procedimento Administrativo.
de que o número, carreiras ou áreas de atividade
dos trabalhadores que estão afetos ao serviço se
encontra desajustado face às suas necessidades Artigo 12.º
permanentes ou à prossecução dos objetivos esta- Aplicação do método de avaliação do desem-
belecidos para o serviço. penho
10 — O início do procedimento de reafetação de A aplicação do método de avaliação do desem-
trabalhadores para a valorização profissional é co- penho é feita nos seguintes termos:
municado à entidade gestora, para efeitos de
acompanhamento e de diligências de colocação a) Recorrendo à média das três últimas classi-
dos trabalhadores, bem como de preparação da ficações obtidas na menção quantitativa;
formação profissional a aplicar. b) Em caso de empate, recorrendo, sucessiva-
mente, à última avaliação obtida no parâmetro de
Artigo 11.º «Resultados», ao tempo de serviço relevante na
Métodos de seleção carreira e no exercício de funções públicas.
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Lei n.º 25/2017, de 30 de maio
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Lei n.º 25/2017, de 30 de maio
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5 — O posto de trabalho previsto nos termos do Decreto-Lei n.º 74/70, de 2 de março, alterado pe-
n.º 1 extingue-se com a saída definitiva do traba- los Decretos-Leis n.º 793/76, de 5 de novembro,
lhador por ocupação de diferente posto de trabalho 275-A/93, de 9 de agosto, e 503/99, de 20 de no-
ou por extinção do vínculo de emprego público. vembro, e pelas Leis n.º 67-A/2007, de 31 de de-
zembro, e 80/2013, de 28 de novembro, quando
Artigo 28.º se trate de trabalhadores oriundos de serviços da
administração direta e indireta do Estado.
Suspensão da situação de valorização profis-
sional
Artigo 31.º
A situação de valorização profissional do traba-
Regresso de situação de licença sem remu-
lhador suspende-se nas seguintes situações:
neração
a) No decurso do período experimental a que se
1 — Sem prejuízo do disposto no número se-
refere o n.º 3 do artigo 22.º;
guinte, o regresso de situação de licença sem re-
b) Na situação de licença sem remuneração, muneração dos trabalhadores em situação de va-
quando obtida na pendência da situação de valori- lorização profissional efetua-se por requerimento à
zação profissional; entidade gestora, preferencialmente por via ele-
trónica, sem prejuízo do disposto do artigo 104.º
c) Na situação de cedência nos termos do artigo do Código do Procedimento Administrativo, ficando
26.º a aguardar a integração em posto de trabalho não
ocupado ou a colocação através de procedimento
Artigo 29.º concursal nos termos gerais, sem remuneração,
Cessação da situação de valorização profis- mas beneficiando da respetiva prioridade.
sional 2 — No caso de regresso de situação de licença
A situação de valorização profissional do traba- sem remuneração que, nos termos gerais, deter-
lhador cessa por: mine o regresso direto e imediato ao serviço, de-
signadamente as licenças previstas nos artigos
a) Reinício de funções em qualquer órgão ou 282.º e 283.º da LTFP, o trabalhador é integrado
serviço por tempo indeterminado; na secretaria-geral ou no serviço que tenha a seu
b) Aposentação ou reforma; cargo a gestão dos recursos humanos do ministé-
rio do seu serviço de origem, nos termos do n.º 1
c) Extinção do vínculo por qualquer outra causa. do artigo 27.º
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Lei n.º 25/2017, de 30 de maio
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135
Lei n.º 25/2017, de 30 de maio
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Apontamentos:
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136
Lei n.º 70/2017, de 14 de agosto
_____________________________________________________________________
Artigo 1.º
Alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
O artigo 2.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada em anexo à Lei n.º
35/2014, de 20 de junho, e alterada pelas Leis n.ºs 84/2015, de 7 de agosto, 18/2016, de 20
de junho, 42/2016, de 28 de dezembro, e 25/2017, de 30 de maio, passa a ter a seguinte
redação:
Artigo 2.º
Norma transitória
Até à entrada em vigor da legislação especial prevista no artigo 2.º da Lei Geral do
Trabalho em Funções Públicas, aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, na
redação dada pela presente lei, o pessoal da carreira de investigação criminal, da carreira de
segurança e o pessoal com funções de inspeção judiciária e de recolha de prova da Polícia
Judiciária e o pessoal da carreira de investigação e fiscalização do Serviço de Estrangeiros e
Fronteiras continuam a reger-se pelas disposições normativas e regulamentares que lhes se-
jam aplicáveis à data da entrada em vigor da presente lei.
_____________________________________________________________________
137
Lei n.º 70/2017, de 14 de agosto
_____________________________________________________________________
Apontamentos:
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138
Lei n.º 73/2017, de 16 de agosto
_____________________________________________________________________
Artigo 1.º
Objeto
A presente lei reforça o quadro legislativo para a prevenção da prática de assédio no
setor privado e na Administração Pública, procedendo à décima segunda alteração ao Código
do Trabalho, aprovado em anexo à Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, à sexta alteração à Lei
Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho,
e à quinta alteração ao Código de Processo do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 480/99,
de 9 de novembro.
Artigo 2.º
Alteração ao Código do Trabalho
Os artigos 29.º, 127.º, 283.º, 331.º, 349.º, 394.º e 563.º do Código do Trabalho, apro-
vado em anexo à Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, alterado pelas Leis n.ºs 105/2009, de 14
de setembro, 53/2011, de 14 de outubro, 23/2012, de 25 de junho, 47/2012, de 29 de agosto,
69/2013, de 30 de agosto, 27/2014, de 8 de maio, 55/2014, de 25 de agosto, 28/2015, de 14
de abril, 120/2015, de 1 de setembro, 8/2016, de 1 de abril, e 28/2016, de 23 de agosto,
passam a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 3.º
Alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
Os artigos 4.º e 71.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada em anexo
à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, alterada pelas Leis n.ºs 84/2015, de 7 de agosto, 18/2016,
de 20 de junho, 42/2016, de 28 de dezembro, 25/2017, de 30 de maio, e 70/2017, de 14 de
agosto, passam a ter a seguinte redação:
Artigo 4.º
Informação e divulgação
1 — A Autoridade para as Condições do Trabalho e a Inspeção-Geral de Finanças dispo-
nibilizam endereços eletrónicos próprios para receção de queixas de assédio em contexto la-
boral, no setor privado e no setor público, respetivamente, e informação nos respetivos sítios
_____________________________________________________________________
139
Lei n.º 73/2017, de 16 de agosto
_____________________________________________________________________
Artigo 5.º
Alteração ao Código de Processo do Trabalho
O artigo 66.º do Código de Processo do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 480/99,
de 9 de novembro, alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 323/2001, de 17 de dezembro, 38/2003,
de 8 de março, e 295/2009, de 13 de outubro, e pelas Leis n.ºs 63/2013, de 27 de agosto, e
55/2017, de 17 de julho, passa a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 6.º
Regulamentação
O Governo define, em sede de regulamentação própria, os termos de aplicação da pre-
sente lei, na parte referente aos acidentes de trabalho e doenças profissionais, no prazo de
um mês a contar da data da sua publicação.
Artigo 7.º
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor no primeiro dia do segundo mês seguinte ao da sua publi-
cação.
_____________________________________________________________________
140
Lei n.º 49/2018, de 14 de agosto
_____________________________________________________________________
(Extrato)
Artigo 1.º
Objeto
1 — A presente lei cria o regime jurídico do maior acompanhado, eliminando os institutos
da interdição e da inabilitação e procedendo à alteração dos seguintes diplomas:
a) Código Civil, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 47 344, de 25 de novembro de 1966,
alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 67/75, de 19 de fevereiro, 201/75, de 15 de abril, 261/75,
de 27 de maio, 561/76, de 17 de julho, 605/76, de 24 de julho, 293/77, de 20 de julho,
496/77, de 25 de novembro, 200-C/80, de 24 de junho, 236/80, de 18 de julho, 328/81, de 4
de dezembro, 262/83, de 16 de junho, 225/84, de 6 de julho, e 190/85, de 24 de junho, pela
Lei n.º 46/85, de 20 de setembro, pelos Decretos-Leis n.ºs 381-B/85, de 28 de setembro, e
379/86, de 11 de novembro, pela Lei n.º 24/89, de 1 de agosto, pelos Decretos-Leis n.ºs 321-
B/90, de 15 de outubro, 257/91, de 18 de julho, 423/91, de 30 de outubro, 185/93, de 22 de
maio, 227/94, de 8 de setembro, 267/94, de 25 de outubro, e 163/95, de 13 de julho, pela
Lei n.º 84/95, de 31 de agosto, pelos Decretos-Leis n.ºs 329-A/95, de 12 de dezembro, 14/96,
de 6 de março, 68/96, de 31 de maio, 35/97, de 31 de janeiro, e 120/98, de 8 de maio, pelas
Leis n.ºs 21/98, de 12 de maio, e 47/98, de 10 de agosto, pelo Decreto-Lei n.º 343/98, de 6
de novembro, pelas Leis n.ºs 59/99, de 30 de junho, e 16/2001, de 22 de junho, pelos Decre-
tos-Leis n.ºs 272/2001, de 13 de outubro, 273/2001, de 13 de outubro, 323/2001, de 17 de
dezembro, e 38/2003, de 8 de março, pela Lei n.º 31/2003, de 22 de agosto, pelos Decretos-
Leis n.ºs 199/2003, de 10 de setembro, e 59/2004, de 19 de março, pela Lei n.º 6/2006, de
27 de fevereiro, pelo Decreto-Lei n.º 263-A/2007, de 23 de julho, pela Lei n.º 40/2007, de 24
de agosto, pelos Decretos-Leis n.ºs 324/2007, de 28 de setembro, e 116/2008, de 4 de julho,
pelas Leis n.ºs 61/2008, de 31 de outubro, e 14/2009, de 1 de abril, pelo Decreto-Lei n.º
100/2009, de 11 de maio, e pelas Leis n.ºs 29/2009, de 29 de junho, 103/2009, de 11 de
setembro, 9/2010, de 31 de maio, 23/2010, de 30 de agosto, 24/2012, de 9 de julho, 31/2012
e 32/2012, de 14 de agosto, 23/2013, de 5 de março, 79/2014, de 19 de dezembro, 82/2014,
de 30 de dezembro, 111/2015, de 27 de agosto, 122/2015, de 1 de setembro, 137/2015, de
7 de setembro, 143/2015, de 8 de setembro, e 150/2015, de 10 de setembro, 5/2017, de 2
de março, 8/2017, de 3 de março, 24/2017, de 24 de maio, 43/2017, de 14 de junho, e
48/2018, de 14 de agosto;
b) Código de Processo Civil, aprovado pela Lei n.º 41/2013, de 26 de junho;
c) Lei n.º 66-A/2007, de 11 de dezembro, que define as competências, modo de orga-
nização e funcionamento do Conselho das Comunidades Portuguesas;
d) Código de Registo Civil, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 131/95, de 6 de junho;
e) Lei n.º 7/2001, de 11 de maio, que adota medidas de proteção das uniões de facto;
f) Lei n.º 32/2006, de 26 de julho, Procriação Medicamente Assistida;
g) Lei n.º 25/2012, de 16 de julho, que regula as diretivas antecipadas de vontade,
designadamente sob a forma de testamento vital e a nomeação de procurador de cuidados de
saúde e cria o registo nacional de testamento vital;
h) Código de Processo Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 78/87, de 17 de fevereiro;
i) Código das Sociedades Comerciais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 262/86, de 2 de
setembro;
_____________________________________________________________________
141
Lei n.º 49/2018, de 14 de agosto
_____________________________________________________________________
Artigo 2.º
Alteração ao Código Civil
Os artigos 32.º, 85.º, 131.º, 138.º a 156.º, 320.º, 488.º, 705.º, 706.º, 1003.º, 1174.º,
1175.º, 1176.º, 1601.º, 1604.º, 1621.º, 1633.º, 1639.º, 1643.º, 1650.º, 1708.º, 1769.º,
1785.º, 1821.º, 1850.º, 1857.º, 1860.º, 1861.º, 1913.º, 1914.º, 1933.º, 1970.º, 2082.º,
2189.º, 2192.º, 2195.º e 2298.º do Código Civil, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 47 344, de 25
de novembro de 1966, passam a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 3.º
Alteração ao Código de Processo Civil
Os artigos 16.º, 19.º, 20.º, 27.º, 164.º, 453.º, 495. °, 891.º a 904.º, 948.º a 950.º,
1001.º, 1014.º e 1016.º do Código de Processo Civil, aprovado pela Lei n.º 41/2013, de 26 de
junho, passam a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 4.º
Alteração à Lei n.º 66-A/2007, de 11 de dezembro
O artigo 5.º da Lei n.º 66-A/2007, de 11 de dezembro, que define as competências,
modo de organização e funcionamento do Conselho das Comunidades Portuguesas, alterada
pela Lei n.º 29/2015, de 16 de abril, passa a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 5.º
Alteração ao Código de Registo Civil
Os artigos 1.º, 69.º, 70.º e 174.º do Código de Registo Civil, aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 131/95, de 6 de junho, passam a ter a seguinte redação:
[...]
_____________________________________________________________________
142
Lei n.º 49/2018, de 14 de agosto
_____________________________________________________________________
Artigo 6.º
Alteração à Lei n.º 7/2001, de 11 de maio
O artigo 2.º da Lei n.º 7/2001, de 11 de maio, que adota medidas de proteção das
uniões de facto, alterada pelas Leis n.ºs 23/2010, de 30 de agosto, e 2/2016, de 29 de feve-
reiro, passa a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 7.º
Alteração à Lei da Procriação Medicamente Assistida
O artigo 6.º da Lei n.º 32/2006, de 26 de julho, Procriação Medicamente Assistida, al-
terada pelas Leis n.ºs 59/2007, de 4 de setembro, 17/2016, de 20 de junho, 25/2016, de 22
de agosto, e 58/2017, de 25 de julho, passa a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 8.º
Alteração à Lei n.º 25/2012, de 16 de julho
Os artigos 4.º e 14.º da Lei n.º 25/2012, de 16 de julho, que regula as diretivas anteci-
padas de vontade, designadamente sob a forma de testamento vital, e a nomeação de procu-
rador de cuidados de saúde e cria o Registo Nacional do Testamento Vital (RENTEV), passam
a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 9.º
Alteração ao Código de Processo Penal
O artigo 131.º do Código de Processo Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 78/87, de
17 de fevereiro, passa a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 10.º
Alteração ao Código das Sociedades Comerciais
Os artigos 186.º e 414.º-A do Código das Sociedades Comerciais, aprovado pelo De-
creto-Lei n.º 262/86, de 2 de setembro, passam a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 11.º
Alteração ao Código Comercial
Os artigos 246.º e 349.º do Código Comercial, aprovado pela Carta de Lei de 28 de
junho de 1888, passam a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 12.º
Alteração ao Decreto-Lei n.º 272/2001, de 13 de outubro
Os artigos 2.º, 3.º e 4.º do Decreto-Lei n.º 272/2001, de 13 de outubro, que opera a
transferência de competência decisória em determinados processos de jurisdição voluntária
dos tribunais judiciais para o Ministério Público e as conservatórias do registo civil, alterado
_____________________________________________________________________
143
Lei n.º 49/2018, de 14 de agosto
_____________________________________________________________________
pelo Decreto-Lei n.º 324/2007, de 28 de setembro, pela Lei n.º 61/2008, de 31 de outubro, e
pela Lei n.º 122/2013, de 26 de agosto, passam a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 13.º
Alteração do Regulamento das Custas Processuais
O artigo 4.º do Regulamento das Custas Processuais, aprovado e publicado em anexo
ao Decreto-Lei n.º 34/2008, de 26 de fevereiro, passa a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 14.º
Alteração à Lei de Saúde Mental
Os artigos 5.º, 13.º e 46.º da Lei de Saúde Mental, aprovada pela Lei n.º 36/98, de 24
de julho, alterada pela Lei n.º 101/99, de 26 de julho, passam a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 15.º
Alteração ao Regime Legal de Concessão e Emissão de Passaportes
O artigo 26.º do Regime Legal de Concessão e Emissão de Passaportes, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 83/2000, de 11 de maio, passa a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 16.º
Alteração à Lei de Investigação Clínica
O artigo 8.º da Lei da Investigação Clínica, aprovada pela Lei n.º 21/2014, de 16 de
abril, passa a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 17.º
Alteração ao Regime Jurídico dos Jogos e Apostas Online
O artigo 6.º do Regime Jurídico dos Jogos e Apostas Online, aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 66/2015, de 29 de abril, passa a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 18.º
Alteração ao regime jurídico da exploração e prática das apostas desportivas à cota
de base territorial
O artigo 4.º do regime jurídico da exploração e prática das apostas desportivas à cota
de base territorial, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 67/2015, de 29 de abril, passa a ter a se-
guinte redação:
_____________________________________________________________________
144
Lei n.º 49/2018, de 14 de agosto
_____________________________________________________________________
[...]
Artigo 19.º
Alteração à Lei do Jogo
O artigo 36.º da Lei do Jogo, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 422/89, de 2 de dezembro,
passa a ter a seguinte redação:
[...]
Artigo 20.º
Alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
O artigo 215.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada em anexo à Lei
n.º 35/2014, de 20 de junho, passa a ter a seguinte redação:
Artigo 21.º
Comunicação aos serviços da segurança social
O tribunal comunica aos competentes serviços da segurança social as decisões, provi-
sórias ou definitivas, que relevem para pagamento de prestações sociais.
Artigo 22.º
Alterações à sistemática do Código Civil e do Código de Processo Civil
1 — A Secção V do Capítulo I do Subtítulo I do Título II do Livro I do Código Civil passa
a ser intitulada «Menores e maiores acompanhados».
2 — A Subsecção III da Secção referida no número anterior passa a compreender os
artigos 138.º a 156.º e a ser intitulada «Maiores acompanhados».
3 — A Subsecção IV da Secção referida no n.º 1 é suprimida.
4 — O Título III do Livro V do Código de Processo Civil passa a ser intitulado «Do acom-
panhamento de maiores».
Artigo 23.º
Remissões
Todas as referências legais a incapacidades por interdição ou por inabilitação, que não
tenham sido expressamente alteradas pela presente lei, são havidas como remissões para o
regime do maior acompanhado, com as necessárias adaptações.
Artigo 24.º
Norma revogatória
São revogados:
a) O n.º 3 do artigo 1769.º e o n.º 3 do artigo 2192.º, ambos do Código Civil;
b) O n.º 3 do artigo 20.º, o artigo 905.º, e a alínea d) do artigo 948.º, todos do Código
de Processo Civil;
c) A alínea a) do n.º 2 do artigo 5.º da Lei n.º 66-A/2007, de 11 de dezembro.
Artigo 25.º
Entrada em vigor e produção de efeitos
1 — A presente lei entra em vigor 180 dias após a sua publicação.
_____________________________________________________________________
145
Lei n.º 49/2018, de 14 de agosto
_____________________________________________________________________
2 — A redação dada pela presente lei ao n.º 2 do artigo 893.º do Código de Processo
Civil produz efeitos a partir da data de disponibilização ao público do referido portal, a qual é
declarada por despacho do membro do Governo responsável pela área da justiça.
Artigo 26.º
Aplicação no tempo
1 — A presente lei tem aplicação imediata aos processos de interdição e de inabilitação
pendentes aquando da sua entrada em vigor.
2 — O juiz utiliza os poderes de gestão processual e de adequação formal para proceder
às adaptações necessárias nos processos pendentes.
3 — Aos atos dos requeridos aplica-se a lei vigente no momento da sua prática.
4 — Às interdições decretadas antes da entrada em vigor da presente lei aplica-se o
regime do maior acompanhado, sendo atribuídos ao acompanhante poderes gerais de repre-
sentação.
5 — O juiz pode autorizar a prática de atos pessoais, direta e livremente, mediante
requerimento justificado.
6 — Às inabilitações decretadas antes da entrada em vigor da presente lei aplica-se o
regime do maior acompanhado, cabendo ao acompanhante autorizar os atos antes submetidos
à aprovação do curador.
7 — Os tutores e curadores nomeados antes da entrada em vigor da presente lei passam
a acompanhantes, aplicando-se-lhes o regime adotado por esta lei.
8 — Os acompanhamentos resultantes dos n.ºs 4 a 6 são revistos a pedido do próprio,
do acompanhante ou do Ministério Público, à luz do regime atual.
_____________________________________________________________________
146
Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro
_____________________________________________________________________
Artigo 330.º
Alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
1 — O artigo 37.º da LTFP passa a ter a seguinte redação:
«Artigo 37.º
[...]
1—..........................................................
Artigo 351.º
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor a 1 de janeiro de 2019.
_____________________________________________________________________
147
Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro
_____________________________________________________________________
Apontamentos:
_____________________________________________________________________
148
Decreto-Lei n.º 6/2019, de 14 de janeiro
_____________________________________________________________________
Com a revogação, operada pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, da norma constante do
artigo 12.º do Estatuto Disciplinar dos Trabalhadores que Exercem Funções Públicas, aprovado
pela Lei n.º 58/2008, de 9 de setembro, a Administração Pública ficou impossibilitada de aplicar
sanção disciplinar a um trabalhador vinculado por um contrato de trabalho em funções públicas
a termo resolutivo, a partir do momento em que sobrevenha a extinção desse vínculo.
A situação assume relevância especial no âmbito da contratação para necessidades tran-
sitórias de trabalhadores, em que a um contrato que caduca se pode suceder um novo contrato
sem que seja possível a aplicação da sanção disciplinar pela infração praticada na vigência do
vínculo de emprego público anterior. É, pois, absolutamente necessária a previsão de que as
sanções disciplinares resultantes de infrações praticadas antes da extinção do vínculo sejam
executadas se e quando o trabalhador constituir um novo vínculo de emprego público.
A Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas carece igualmente de alteração no sentido
de procurar acolher a recomendação da Assembleia da República, dirigida ao Governo através
da Resolução da Assembleia da República n.º 217/2016, de 10 de novembro, nos termos da
qual se pretende que seja equiparado o regime do setor público ao regime do setor privado,
em que é permitido, a quem pretender, continuar a trabalhar após completar os 70 anos de
idade.
A necessidade de transmissão de conhecimentos por parte de trabalhadores com a referida
idade, caso seja sua opção manter-se na vida profissional ativa, poderá traduzir-se num valor
acrescentado ao regular funcionamento dos serviços, fomentando igualmente um ambiente pro-
fissional de qualidade e harmonioso, promovendo a transferência da experiência profissional e
conhecimento entre trabalhadores de diferentes gerações, com o objetivo de fomentar a partilha
de boas práticas e de saber-fazer.
Neste sentido, foi inscrita no artigo 328.º da Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro, uma
autorização legislativa ao Governo para alterar a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas,
aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, na sua redação atual, com o seguinte
sentido e extensão: i) por um lado, alterar as normas relativas ao exercício do poder disciplinar
pelo empregador público, constantes dos artigos 76.º e 176.º, salvaguardando a não caducidade
dos processos disciplinares nos casos em que, após a cessação do vínculo de emprego público,
se verifique novo vínculo de emprego público para as mesmas funções a que o processo disci-
plinar diz respeito; ii) por outro lado, regular o processo de recrutamento, o provimento e as
condições de exercício de funções públicas por aposentados ou reformados, em casos excecio-
nais.
Este último aspeto, por sua vez, implica a necessidade de efetuar uma alteração cirúrgica
ao Estatuto da Aposentação, no sentido de permitir a cumulação entre a remuneração auferida
pelo exercício de funções públicas e o valor remanescente da pensão, quando esta seja mais
elevada. Trata-se de consagrar uma solução idêntica à que foi prevista no artigo 30.º da Lei do
Orçamento do Estado para 2018, quanto aos agentes de cooperação, eliminando assim um de-
sincentivo atualmente decorrente da lei quanto ao exercício de funções públicas por reformados
ou aposentados.
Foram observados os procedimentos de negociação coletiva decorrentes da Lei Geral do
Trabalho em Funções Públicas, aprovada pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, na sua redação
atual.
Assim:
No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 328.º da Lei n.º 114/2017, de 29
de dezembro, e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o
Governo decreta o seguinte:
_____________________________________________________________________
149
Decreto-Lei n.º 6/2019, de 14 de janeiro
_____________________________________________________________________
Artigo 1.º
Objeto
O presente decreto-lei procede à alteração:
a) À Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP), aprovada em anexo à Lei n.º
35/2014, de 20 de junho, na sua redação atual;
b) Ao Estatuto da Aposentação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 498/72, de 9 de dezem-
bro, na sua redação atual;
c) À Lei n.º 11/2014, de 6 de março, na sua redação atual, que estabelece mecanismos
de convergência do regime de proteção social da função pública com o regime geral da segu-
rança social.
Artigo 2.º
Alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
Os artigos 76.º, 176.º, 291.º e 292.º da LTFP passam a ter a seguinte redação:
Artigo 3.º
Aditamento à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
É aditado à LTFP o artigo 294.º-A com a seguinte redação:
Artigo 4.º
Alteração ao Estatuto da Aposentação
O artigo 79.º do Estatuto da Aposentação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 498/72, de 9
de dezembro, na sua redação atual, passa a ter a seguinte redação:
«Artigo 79.º
Cumulação de pensão e remuneração
1 — No período que durar o exercício das funções públicas autorizadas, os aposentados,
reformados, reservistas fora de efetividade e equiparados auferem a remuneração que está
definida para as funções ou cargo que desempenham ou para o trabalho prestado, mantendo
o direito à respetiva pensão, quando esta seja superior, e no montante correspondente à di-
ferença entre aquela e esta.
2 — As condições de cumulação de remunerações referidas no número anterior são
reconhecidas no despacho de autorização previsto no n.º 1 do artigo anterior
3 — (Anterior n.º 2.)
4 — O início e o termo do exercício de funções públicas são obrigatoriamente comuni-
cados à Caixa Geral de Aposentações, I. P. (CGA, I. P.), pelos serviços, entidades ou empresas
a que se refere o n.º 1 do artigo anterior no prazo máximo de 10 dias a contar dos mesmos,
indicando igualmente o valor da remuneração a auferir, para que a CGA, I. P., possa suspender
a pensão ou efetuar o pagamento do montante correspondente à diferença entre a remunera-
ção e a pensão.
5 — São ainda obrigatoriamente comunicadas as alterações de remuneração no âmbito
do exercício das funções públicas.
_____________________________________________________________________
150
Decreto-Lei n.º 6/2019, de 14 de janeiro
_____________________________________________________________________
Artigo 5.º
Alteração à Lei n.º 11/2014, de 6 de março
O artigo 5.º da Lei n.º 11/2014, de 6 de março, passa a ter a seguinte redação:
«Artigo 5.º
[...]
1 — [...].
2 — No prazo de 10 dias, a contar da data de início de funções, os beneficiários a que
se refere o número anterior devem comunicar ao serviço processador da pensão aquele início
de funções e a remuneração a auferir.
3 — São ainda obrigatoriamente comunicadas as alterações de remuneração no âmbito
do exercício das funções públicas.
4 — Quando se verifiquem situações de exercício de funções nos termos do n.º 1, o
serviço processador da pensão suspende a pensão ou efetua o pagamento da pensão no mon-
tante correspondente à diferença entre a remuneração e a pensão.
5 — (Anterior n.º 4.)
6 — As entidades referidas no n.º 1, que paguem pensões, subvenções ou outras pres-
tações pecuniárias da mesma natureza, de base ou complementares, são obrigadas a comu-
nicar ao serviço processador de pensões, até ao dia 20 de cada mês, os montantes abonados
nesse mês por beneficiário.
7 — O incumprimento pontual do dever de comunicação previsto nos números anteriores
constitui o dirigente máximo da entidade pública pessoal e solidariamente responsável, junta-
mente com o beneficiário, pelo reembolso ao serviço processador da pensão, das importâncias
que este venha a abonar indevidamente em consequência daquela omissão.
8 — (Anterior n.º 7.)
9 — (Anterior n.º 8.)»
Artigo 6.º
Norma transitória
1 — Os trabalhadores em funções públicas que, na data da entrada em vigor do presente
decreto-lei, se encontrem a menos de seis meses de completar 70 anos de idade, podem
apresentar o requerimento previsto no n.º 1 do artigo 294.º-A da LTFP, na redação introduzida
pelo presente decreto-lei, até à data em que atinjam essa idade.
2 — Os reformados ou aposentados que, na data da entrada em vigor do presente de-
creto-lei, já tenham completado 70 anos de idade, podem apresentar o requerimento previsto
no n.º 1 do artigo 294.º-A da LTFP, na redação introduzida pelo presente decreto-lei, até 30
de junho de 2019.
_____________________________________________________________________
151
Decreto-Lei n.º 6/2019, de 14 de janeiro
_____________________________________________________________________
Artigo 7.º
Entrada em vigor e produção de efeitos
1 — O presente decreto-lei entra em vigor no primeiro dia do mês seguinte ao da sua
publicação.
2 — As alterações introduzidas aos artigos 76.º e 176.º da Lei Geral do Trabalho em
Funções Públicas só são aplicáveis aos processos instaurados após a entrada em vigor do
presente decreto-lei.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 20 de dezembro de 2018. — António Luís
Santos da Costa — Mário José Gomes de Freitas Centeno — José António Fonseca Vieira da
Silva.
_____________________________________________________________________
152
Lei n.º 79/2019, de 2 de setembro
_____________________________________________________________________
Artigo 1.º
Objeto
A presente lei estabelece as formas de aplicação do regime da promoção da segurança
e saúde no trabalho previsto no Código do Trabalho e legislação complementar, incluindo a
respetiva responsabilidade contraordenacional, aos órgãos e serviços da Administração Pú-
blica, alterando a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP), aprovada em anexo à
Lei n.º 35/2014, de 20 de junho.
Artigo 2.º
Alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
O artigo 4.º da LTFP, aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, passa a
ter a seguinte redação:
Artigo 3.º
Aditamento à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
São aditados à LTFP, aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, os artigos
16.º-A a 16.º-G, com a seguinte redação:
Artigo 4.º
Alteração sistemática
É aditado o título IV à parte I da LTFP, com a epígrafe «Segurança e saúde no trabalho»,
que inclui os artigos 16.º-A a 16.º-G.
Artigo 5.º
Implementação de serviços de promoção da segurança e saúde no trabalho
Os empregadores públicos procedem à implementação de serviços de promoção de se-
gurança e saúde no trabalho, nos termos da presente lei e da Lei n.º 102/2009, de 10 de
setembro, até ao final de 2020.
Artigo 6.º
Norma revogatória
É revogado o n.º 3 do artigo 120.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro.
_____________________________________________________________________
153
Lei n.º 79/2019, de 2 de setembro
_____________________________________________________________________
Artigo 7.º
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor no primeiro dia do mês seguinte ao da sua publicação.
_____________________________________________________________________
154
Lei n.º 82/2019, de 2 de setembro
_____________________________________________________________________
Artigo 1.º
Objeto
A presente lei estabelece a obrigatoriedade dos empregadores públicos custearem as
despesas com formação profissional obrigatória e de renovação dos títulos profissionais, exi-
gidos por lei para o desempenho da atividade profissional dos trabalhadores, alterando a Lei
Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP), aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20
de junho.
Artigo 2.º
Alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
Os artigos 71.º e 72.º da LTFP, aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho,
passam a ter a seguinte redação:
Artigo 3.º
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor com o Orçamento do Estado subsequente à sua publicação.
_____________________________________________________________________
155
Lei n.º 82/2019, de 2 de setembro
_____________________________________________________________________
Apontamentos:
_____________________________________________________________________
156
Lei n.º 2/2020, de 31 de março
_____________________________________________________________________
Artigo 406.º
Alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
1 — O artigo 4.º da LTFP, aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, na
sua redação atual, passa a ter a seguinte redação:
Artigo 430.º
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
_____________________________________________________________________
157
Lei n.º 2/2020, de 31 de março
_____________________________________________________________________
Apontamentos:
_____________________________________________________________________
158
Decreto-Lei n.º 51/2022, de 26 de julho
_____________________________________________________________________
Artigo 1.º
Objeto
1 — O presente decreto-lei procede à determinação da posição remuneratória mínima
para o candidato à carreira geral de técnico superior com o grau de doutor, à fixação de regras
de reposicionamento para os trabalhadores que tenham concluído ou venham a concluir o
doutoramento, e à alteração dos níveis remuneratórios da carreira geral de técnico superior e
da categoria de assistente técnico da carreira geral de assistente técnico.
2 — Para os efeitos previstos no número anterior, o presente decreto-lei procede à alteração
da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP), aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014,
de 20 de junho, na sua redação atual.
_____________________________________________________________________
159
Decreto-Lei n.º 51/2022, de 26 de julho
_____________________________________________________________________
Artigo 2.º
Alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
O artigo 38.º da LTFP passa a ter a seguinte redação:
Artigo 3.º
Aditamento à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
É aditado à LTFP o artigo 39.º-B, com a seguinte redação:
Artigo 4.º
Alteração de níveis remuneratórios da carreira geral de técnico superior
Às 1.ª e 2.ª posições remuneratórias da carreira de técnico superior correspondem,
respetivamente, os níveis 12 e 16 da tabela remuneratória única.
Artigo 5.º
Alteração de níveis remuneratórios da categoria de assistente técnico da carreira
geral de assistente técnico
À 1.ª posição remuneratória da categoria de assistente técnico da carreira de assistente
técnico corresponde o nível 6 da tabela remuneratória única.
Artigo 6.º
Norma transitória
Com o reposicionamento resultante das alterações previstas nos artigos 4.º e 5.º do pre-
sente decreto-lei o trabalhador mantém os pontos e correspondentes menções qualitativas de
avaliação do desempenho para efeitos de futura alteração de posicionamento remuneratório.
Artigo 7.º
Produção de efeitos
O presente decreto-lei produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2022.
Publique-se.
_____________________________________________________________________
160
Decreto-Lei n.º 84-F/2022, de 16 de dezembro
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
161
Decreto-Lei n.º 84-F/2022, de 16 de dezembro
_____________________________________________________________________
Da mesma forma foi dado início à instituição de mecanismos corretores da justa dife-
renciação remuneratória relativamente a carreiras de graus de complexidade diferentes, com
o reforço na entrada na carreira e categoria de assistente técnico, e à valorização da carreira
geral de técnico superior, aumentando-se o valor pecuniário de ingresso na carreira de técnico
superior, de forma a tornar mais atrativa a opção pelo vínculo de emprego público.
É, pois, no desenvolvimento daquelas medidas, e no quadro do compromisso assumido
para o reforço dos salários, conferindo-lhes previsibilidade, e de revisão da TRU, num processo
faseado ao longo da legislatura, que se procede à valorização remuneratória da carreira de
técnico superior, alargando às demais posições da estrutura daquela carreira o impulso dado
pelo Decreto-Lei n.º 51/2022, de 26 de julho, às posições de ingresso.
Procede-se igualmente à valorização de posições remuneratórias das categorias de as-
sistente técnico e coordenador técnico da carreira de assistente técnico, garantindo a estabili-
zação da diferenciação remuneratória na base face a carreira de grau de complexidade inferior.
Assegura-se ainda a valorização da categoria de assistente operacional da carreira de
assistente operacional através da distinção da antiguidade dos trabalhadores nela integrados.
Também a esta carreira se devolve a perspetiva de desenvolvimento que a compressão
da BRAP, causada pelo aumento da RMMG, acarretava com a diminuição das posições remu-
neratórias das categorias já consumidas pela BRAP.
A amplitude das valorizações promovidas nas carreiras de regime geral, bem como as su-
cessivas alterações que, nomeadamente por via da BRAP, já haviam operado nos diferentes níveis
da TRU correspondentes às posições remuneratórias das categorias das carreiras gerais de técnico
superior, de assistente técnico e de assistente operacional, justificam a clarificação das estruturas
de carreira constantes do Decreto Regulamentar n.º 14/2008, de 31 de julho, reunindo num
mesmo diploma todas as alterações, o que é feito através do presente decreto-lei.
As valorizações remuneratórias a operar nas categorias de assistente técnico têm idên-
tica tradução nas categorias de carreiras especiais revistas, de grau de complexidade 2, tam-
bém elas comprimidas pela BRAP, pelo que se garante o paralelismo das soluções na categoria
de guarda da Guarda Nacional Republicana; na categoria de agente de polícia da Polícia de
Segurança Pública; na carreira de segurança da Polícia Judiciária; na carreira especial de fis-
calização; na carreira especial de técnico de emergência pré-hospitalar; bem como dos milita-
res dos quadros permanentes, em regime de contrato e voluntariado, e dos militares em ins-
trução básica dos três ramos das Forças Armadas, e ainda da carreira especial de tripulantes
de embarcações salva-vidas. Resulta ainda a alteração da estrutura remuneratória da catego-
ria de guarda da carreira de guarda prisional por equiparação à Polícia de Segurança Pública.
Paralelamente a estas alterações que resultam na valorização das carreiras, são promo-
vidas alterações à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP), aprovada pela Lei n.º
35/2014, de 20 de junho, que visam, em matéria de direito coletivo, uma maior agilização e
celeridade à publicitação dos atos que devam ser objeto de publicação no Diário da República,
promovendo a transferência dessa publicitação para o Boletim do Trabalho e Emprego (BTE),
à semelhança, aliás com a publicitação que é realizada no regime laboral comum relativamente
a publicitação dos instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho.
É ainda introduzida uma alteração à LTFP no sentido de acomodar solução que permita,
para efeitos de alteração do posicionamento remuneratório do trabalhador, a acumulação dos
pontos remanescentes obtidos em sede de avaliação do desempenho, no sentido de os fazer
relevar para efeitos de futura alteração.
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas, a Associação Na-
cional de Municípios Portugueses e a Associação Nacional de Freguesias.
Foi promovida a audição das Associações de Militares das Forças Armadas e das Associ-
ações Profissionais dos Militares da Guarda Nacional Republicana.
Foram observados os procedimentos de negociação coletiva previstos na Lei n.º
14/2002, de 19 de fevereiro, na sua redação atual.
Foram observados os procedimentos de negociação coletiva decorrentes da Lei Geral do
Trabalho em Funções Públicas, aprovada pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, na sua redação
atual.
Assim:
No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 180.º da Lei n.º 12/2022, de 27
de junho, e nos termos da alínea a) do n.º 3 do artigo 347.º, da alínea f) do n.º 1 do artigo
350.º e do n.º 1 do artigo 354.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada pela
_____________________________________________________________________
162
Decreto-Lei n.º 84-F/2022, de 16 de dezembro
_____________________________________________________________________
Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, na sua redação atual, e das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo
198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
_____________________________________________________________________
163
Decreto-Lei n.º 84-F/2022, de 16 de dezembro
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
164
Decreto-Lei n.º 84-F/2022, de 16 de dezembro
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
165
Decreto-Lei n.º 84-F/2022, de 16 de dezembro
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
167
Decreto-Lei n.º 84-F/2022, de 16 de dezembro
___________________________________________________________________________
Apontamentos:
___________________________________________________________________________
168
Decreto-Lei n.º 53/2023, de 5 de julho
___________________________________________________________________________
A Agenda do Trabalho Digno, aprovada pela Lei n.º 13/2023, de 3 de abril, é uma reforma central
das relações laborais. Através de um conjunto de medidas ao serviço dos trabalhadores e das empresas,
com o objetivo de melhorar as condições de trabalho e a conciliação entre a vida pessoal, familiar e
profissional, assenta em quatro eixos principais: i) combater a precariedade; ii) valorizar os jovens no
mercado de trabalho; iii) promover melhor conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar, e iv)
dinamizar a negociação coletiva e a participação dos trabalhadores.
Impõe-se agora regulamentar este regime na sua dimensão de apoio social, procedendo-se a
alterações fundamentais à legislação laboral através do presente decreto-lei.
Neste contexto, é reforçada a proteção social dos jovens trabalhadores-estudantes e dos jovens
estudantes que trabalhem durante os períodos de férias escolares, permitindo acumular remunerações
anuais até € 10 640 (14 vezes a retribuição mínima mensal garantida) com o abono de família, bolsa
de estudo e pensões de sobrevivência.
No âmbito da proteção na parentalidade, é reforçada a partilha e o acompanhamento dos filhos
através do aumento do subsídio parental inicial e do subsídio parental alargado para 90 % e 40 % da
remuneração, respetivamente, quando exista uma partilha efetiva das responsabilidades parentais.
Bem assim, é implementada a flexibilização das licenças parentais, permitindo o gozo em regime
de tempo parcial após os primeiros 120 dias, promovendo a conciliação e o regresso ao trabalho, en-
quanto permite alargar o acompanhamento dos filhos durante o primeiro ano de vida. As alterações
promovidas garantem a aplicação destes direitos aos trabalhadores que adotem ou sejam famílias de
acolhimento.
Adicionalmente, é reforçada a proteção social no âmbito das eventualidades de doença, materni-
dade, paternidade e adoção e morte do regime geral de segurança social, bem como dos trabalhadores
que exercem funções públicas integrados no regime de proteção social convergente.
Finalmente, estende-se a permissão da justificação da doença por autodeclaração aos trabalha-
dores em funções públicas integrados no regime de proteção social convergente, e adaptam-se as regras
do subsídio de doença a este novo regime simplificado quanto aos demais trabalhadores.
As medidas em causa produzem efeitos desde o dia 1 de maio de 2023, data da entrada em vigor
da Agenda do Trabalho Digno.
É ainda assegurada a aplicação aos trabalhadores em funções públicas das matérias relativas às
condições de trabalho transparentes e previsíveis na União Europeia e à conciliação entre a vida profis-
sional e a vida familiar dos progenitores e cuidadores, transpondo-se a Diretiva (UE) 2019/1158 do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de junho de 2019.
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas, a Associação Nacional de
Municípios Portugueses e a Associação Nacional de Freguesias.
Foram observados os procedimentos de negociação coletiva decorrentes da Lei Geral do Trabalho
em Funções Públicas, aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, na sua redação atual.
Assim:
No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 36.º da Lei n.º 13/2023, de 3 de abril, e
nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
Artigo 1.º
Objeto
O presente decreto-lei procede:
a) À nona alteração ao Decreto-Lei n.º 322/90, de 18 de outubro, na sua redação atual, que
define e regulamenta a proteção na eventualidade da morte dos beneficiários do regime geral de segu-
rança social;
b) À sexta alteração ao Decreto-Lei n.º 28/2004, de 4 de fevereiro, na sua redação atual, que
define o regime jurídico de proteção social na eventualidade doença no âmbito do sistema previdencial;
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Decreto-Lei n.º 53/2023, de 5 de julho
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c) À quinta alteração ao Decreto-Lei n.º 89/2009, de 9 de abril, na sua redação atual, que regu-
lamenta a proteção na parentalidade, no âmbito da eventualidade maternidade, paternidade e adoção,
dos trabalhadores que exercem funções públicas integrados no regime de proteção social convergente;
d) À sétima alteração ao Decreto-Lei n.º 91/2009, de 9 de abril, na sua redação atual, que define
e regulamenta a proteção na parentalidade no âmbito da eventualidade maternidade, paternidade e
adoção do sistema previdencial e do subsistema de solidariedade;
e) À terceira alteração à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, alterada pela Lei n.º 82-B/2014, de 31
de dezembro, e pela Lei n.º 25/2017, de 30 de maio;
f) À alteração da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP), aprovada em anexo à Lei n.º
35/2014, de 20 de junho, na sua redação atual.
Artigo 2.º
Alteração ao Decreto-Lei n.º 322/90, de 18 de outubro
O artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 322/90, de 18 de outubro, na sua redação atual, passa a ter a
seguinte redação:
(Não se transcreve por não se inserir no âmbito da presente publicação)
Artigo 3.º
Alteração ao Decreto-Lei n.º 28/2004, de 4 de fevereiro
O artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 28/2004, de 4 de fevereiro, na sua redação atual, passa a ter a
seguinte redação:
(Não se transcreve por não se inserir no âmbito da presente publicação)
Artigo 4.º
Alteração ao Decreto-Lei n.º 89/2009, de 9 de abril
Os artigos 6.º, 11.º, 12.º, 14.º, 15.º, 16.º, 23.º, 24.º, 25.º, 28.º e 36.º do Decreto-Lei n.º
89/2009, de 9 de abril, na sua redação atual, passam a ter a seguinte redação:
(Não se transcreve por não se inserir no âmbito da presente publicação)
Artigo 5.º
Alteração ao Decreto-Lei n.º 91/2009, de 9 de abril
Os artigos 7.º, 12.º, 13.º, 15.º, 16.º, 17.º, 30.º, 32.º, 33.º, 34.º, 38.º, 41.º e 42.º do Decreto-
Lei n.º 91/2009, de 9 de abril, na sua redação atual, passam a ter a seguinte redação:
(Não se transcreve por não se inserir no âmbito da presente publicação)
Artigo 6.º
Alteração à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho
Os artigos 17.º e 18.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, na sua redação atual, passa a ter a
seguinte redação:
(As alterações encontram-se inseridas no local próprio do diploma)
Artigo 7.º
Alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
Os artigos 4.º, 16.º-A, 128.º e 138.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada em
anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, na sua redação atual, passam a ter a seguinte redação:
(As alterações encontram-se inseridas no local próprio do diploma)
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Decreto-Lei n.º 53/2023, de 5 de julho
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Artigo 8.º
Norma revogatória
É revogado o n.º 3 do artigo 128.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada em
anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, na sua redação atual.
(As alterações encontram-se inseridas no local próprio do diploma)
Artigo 9.º
Republicação
É republicado, em anexo ao presente decreto-lei e do qual faz parte integrante, o Decreto-Lei n.º
89/2009, de 9 de abril, com a redação introduzida pelo presente decreto-lei.
Artigo 10.º
Produção de efeitos
1 — O presente decreto-lei produz efeitos desde 1 de maio de 2023 e aplica-se às situações
jurídicas prestacionais em curso, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
2 — Nas situações jurídicas prestacionais em curso, quando haja lugar a alteração dos períodos
a gozar, para efeitos da aplicação do presente decreto-lei, devem os interessados declarar, no prazo de
30 dias após a sua entrada em vigor, os períodos a gozar.
3 — Para efeitos do disposto no número anterior, consideram-se os períodos de concessão dos
subsídios parental inicial, parental inicial exclusivo do pai e parental alargado atribuídos até à data da
entrada em vigor do presente decreto-lei.
Artigo 11.º
Entrada em vigor
O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 4 de maio de 2023. — António Luís Santos da Costa
— Mariana Guimarães Vieira da Silva — Fernando Medina Maciel Almeida Correia — Ana Manuel Jerónimo
Lopes Correia Mendes Godinho.
Promulgado em 23 de junho de 2023.
Publique-se.
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Apontamentos:
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ÍNDICE
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ÍNDICE
trabalhador ____________________________________ 70
A Alteração do acordo antes da decisão sobre
o depósito ____________________________________ 106
Aceitação da nomeação ____________________________ 30 Alteração do posicionamento remuneratório ___________ 59
Acordo coletivo de trabalho ________________________ 104 Alteração do posicionamento remuneratório na
Acordo de adesão ________________________________ 108 categoria de assistente operacional da carreira
Acordo de cessação do vínculo de emprego público ______ 86 geral de assistente operacional por antiguidade ______ 165
Acordo de pré-reforma _____________________________ 83 Alteração do posicionamento remuneratório
Acordo decorrente da negociação ___________________ 103 por opção gestionária ____________________________ 60
Acordos de limitação da liberdade de trabalho __________ 38 Alterações remuneratórias dos três ramos das
Acumulação com funções ou atividades privadas ________ 21 Forças Armadas ________________________________ 165
Acumulação com outras funções públicas ______________ 21 Âmbito de aplicação________________________________ 15
Adaptabilidade ___________________________________ 46 Âmbito de aplicação da decisão arbitral _______________ 113
Adesão a acordos coletivos de trabalho e a Âmbito de aplicação subjetivo dos acordos coletivos
decisões arbitrais ______________________________ 108 de trabalho _____________________________________ 5
Aditamento à Lei Geral do Trabalho em Âmbito pessoal de aplicação ________________________ 106
Funções Públicas ______________________________ 123 Âmbito temporal de aplicação_______________________ 107
Admissibilidade da arbitragem ______________________ 108 Anúncios e editais _________________________________ 76
Admissibilidade da mediação _______________________ 111 Apensação de processos ____________________________ 70
Admissibilidade e regime da conciliação ______________ 110 Aplicação a trabalhadores em entidades
Adoção das modalidades de horário __________________ 47 públicas empresariais ___________________________ 134
Afetação _______________________________________ 130 Aplicação aos trabalhadores nomeados ________________ 46
Alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Aplicação de instrumento de regulamentação coletiva de
Públicas______________________________________ 123 trabalho ______________________________________ 104
Alteração à Lei n.º 35/2014 ________________________ 123 Aplicação do Código do Trabalho _____________________ 45
Alteração da estrutura remuneratória da Aplicação do método de avaliação de
carreira de segurança da Polícia Judiciária __________ 166 competências profissionais _______________________ 129
Alteração da estrutura remuneratória da Aplicação do método de avaliação do desempenho _____ 128
carreira especial de fiscalização __________________ 166 Aplicação no tempo _________________________________ 4
Alteração da estrutura remuneratória da Aplicação no tempo da Lei n.º 49/2018 _______________ 146
carreira especial de técnico de emergência Apoio técnico ____________________________________ 105
pré-hospitalar _________________________________ 166 Aprovação ________________________________________ 3
Alteração da estrutura remuneratória da carreira Arbitragem __________________________________ 108, 111
especial de tripulante de embarcações Arbitragem dos serviços mínimos ____________________ 113
salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos _____ 166 Arbitragem necessária _____________________________ 109
Alteração da estrutura remuneratória da categoria Arbitragem voluntária _____________________________ 109
de agente da carreira de agente do pessoal Articulação de acordos coletivos ______________________ 18
com funções policiais da Polícia de Segurança Associações sindicais _______________________________ 96
Pública ______________________________________ 166 Atividade sindical __________________________________ 97
Alteração da estrutura remuneratória do posto Atividade sindical no órgão ou serviço _________________ 97
de guarda da categoria de guarda da Guarda Atividade, local de trabalho e carreiras _________________ 39
Nacional Republicana ___________________________ 165 Atos Eleitorais____________________________________ 100
Alteração da situação jurídico-funcional do Atribuição de funções e desenvolvimento da carreira _____ 39
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ÍNDICE
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174
ÍNDICE
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ÍNDICE
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ÍNDICE
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ÍNDICE
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178
ÍNDICE
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ÍNDICE
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ÍNDICE
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