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Resultados relacionados à tarifa de ultrapassagem não foram apresentados de maneira clara, nem a escolha da demanda
contratada na tarifa verde.
1 Introdução e Objetivos 2
2 Materiais e Métodos 3
4 Conclusões 3
5 Referências Bibliográficas 3
1 Introdução e Objetivos
2 Materiais e Métodos
Identificado o subgrupo específico no qual está classificada, o próximo passo foi então
estudar o modelo tarifário aplicado para então calcular o gasto médio anual da empresa.
Sabe-se que, para a estrutura tarifária convencional, que fora utilizada no cenário atual
da indústria, são aplicadas tarifas de demanda de potência (kW) e/ou consumo de energia
(kWh) independente da época do ano ou período do dia, e o valor do VPF, valor parcial da
fatura de energia elétrica (R$), pode ser calculado pela seguinte equação:
1
V P F = (CF .T C + DF .T D).( 1 − ICM S
)
onde:
Com a equação vista acima, foi possível calcular os valores parciais de cada mês e
somá-los para obter o gasto anual médio da empresa aplicado a esta tarifa.
Ainda, para terminar a análise primária do cenário, era necessário calcular também a
despesa que a empresa teve sendo tarifada por ultrapassar a demanda contratada, através da
seguinte relação:
Sendo,
DM - Demanda medida;
DC - Demanda contratada;
Dessa maneira, o valor que pretendemos achar com intuito comparativo para este
modelo tarifário é subtração do valor achado pela primeira equação subtraído do encontrado
pela segunda.
Por definição, a estrutura horo-sazonal leva em conta fatores como consumo dentro e
fora dos horários de ponta e também épocas do ano, divididas entre período úmido e seco. O
objetivo principal desse modelo é incentivar o consumo de energia é mais barato,
promovendo maior eficiência energética.
Para a modalidade azul, são estipulados dois valores distintos para demanda de
potência, e 4 para consumo de energia. Para potência (R$/kW), existe um valor de tarifa para
horário de ponta (P) e um para horário fora de ponta (P), e com relação ao consumo de
energia (R$/kWh) os valores são as combinações de horário de ponta com possibilidade de
período seco ou úmido.
onde,
Com essas relações e com os custos por ultrapassagem de demanda solicitada, que são
os mesmos para as estruturas estudadas, foi possível montar uma planilha com os resultados
finais de custo para a indústria estudada, e os resultados foram contemplados pela seção 3
deste documento.
3 Apresentação e Análise dos Resultados
Inicialmente, sabendo que a indústria está alocada no subgrupo “As”, sabe-se então que a
demanda para este grupo é tarifada em R$ 34,00/kW, enquanto o consumo é tarifado em R$
160,86/kW.
A partir desses valores e dos números mostrados na Tabela 1, foi possível calcular o
gasto mensal da indústria, baseando-se na demanda contratada de 90kW, ou seja, caso a
demanda necessária seja inferior à contratada, o valor pago é referente a 90kW. Caso o
consumo ultrapasse a demanda contratada em até 5%, o valor cobrado será o proporcional, e
para um consumo maior que 94,5kW (5% acima da demanda contratada), o valor cobrado é a
soma da demanda contratada com a tarifa referente à ultrapassagem V P F U ltrapassagem . Os
Observando a Tabela 1, nota-se que, nos meses de Fevereiro, Março, Abril e Julho, a
demanda consumida foi inferior à contratada. Nos meses de Junho, Setembro e Novembro, a
indústria ultrapassou a demanda contratada em mais de 5% e, portanto, teve que pagar a tarifa
de ultrapassagem. Nos demais meses, a demanda total esteve dentro da tolerância permitida
em relação à demanda contratada e foi pago apenas o proporcional.
A primeira tentativa de diminuição dos gastos com energia baseou-se em alterar a
demanda contratada para um valor ótimo, com objetivo de diminuir o acréscimo devido a
ultrapassagem. Assim, após a análise com vários valores, a demanda contratada que resulta no
menor custo final de energia é de 93kW. Com este valor, não ocorre ultrapassagem em mais
de 5% da tarifa contratada em nenhum mês, em contrapartida, todos os meses, exceto Junho,
Setembro, Novembro e Dezembro, o valor pago é o da demanda contratada, já que esta é
maior que a total do mês. Em suma, o gasto total anual fica em R$219.119,05, gerando uma
economia de R$ 874,88 neste período.
A segunda forma cabível para tarifação desta indústria é a mudança para a Tarifa
Horo-Sazonal Verde. Desta forma, os valores para o consumo variam de acordo com o
horário e com período do ano, porém, os valores referentes às épocas do ano não foram
informados e, portanto, foram desconsiderados na análise. Assim, apenas os horários
influenciam no valor final, sendo R$ 771,32/MWh em horário de ponta e R$ 144,39/MWh
fora de ponta. O cálculo da demanda não se altera em relação à tarifa convencional e, neste
caso, custa R$ 8,78/kW. A tabela a seguir detalha os gastos nesse tipo de tarifação.
Qual a demanda contratada? Foi a mesma usada no caso anterior?
Por fim, a Tarifa Horo-Sazonal Azul foi analisada como possível alternativa para
tarifação desta indústria. Com variação por horário e época do ano tanto no consumo quanto
na demanda (novamente, a variação sazonal foi desprezada), os valores referentes a este tipo
são de R$ 8,78/kW para demanda fora de ponta, 32,17/kW para demanda em horário de
ponta, R$ 237,31/MWh para o consumo em horário de ponta e R$ 144,39/MWh para o
consumo em horário fora de ponta.
Para este tipo de tarifação, é necessário contratar não só uma demanda, mas sim um valor
para horário de ponta (foi mantida a demanda contratada para as outras análises: 90kW) e um
valor de demanda para horário fora de ponta (56kW foi um valor ótimo encontrado
heurísticamente). O gasto final implementando este tipo de tarifação é detalhado na tabela
abaixo:
Valor
Valor Consumo Valor Consumo Valor Demanda
Mês Demanda Fora Valor Total
de Ponta Fora de Ponta de Ponta
de Ponta
A partir desses dados, nota-se que a variação no valor da demanda é desvantajosa para
este exemplo da indústria, porém o valor do consumo em horário de ponta é
consideravelmente menor (menos de um terço) que o da Tarifa Horo-Sazonal Verde,
resultando em uma economia de 48,6% entre esses dois tipos de tarifação.
4 Conclusões
Em suma, a melhor forma de tarifação para esta indústria é a Tarifa Convencional, porém
com uma modificação na demanda contratada. Com a demanda contratada de 93kW, menos
acréscimos foram embutidos no valor final em relação aos 90kW contratados inicialmente.
Pode-se concluir também que as tarifas Horo-Sazonais não são efetivas para redução dos
gastos em casos como este: o consumo da indústria é consideravelmente alto, principalmente
em horários de ponta, resultando em gastos muito elevados na análise final. Assim, este tipo
de tarifação deve ser indicado para consumidores que possuem uma rotina mais maleável
referente ao gasto energético com objetivo de reduzir custos, mas se mostra extremamente
desvantajoso financeiramente para consumidores que dependem da energia em horários de
ponta.
5 Referências Bibliográficas
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, Resolução Normativa 414/2010