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Tem outras cidades as vezes optam a usar estacas para prédios novos, mas
aqui em bauru e muitas outras cidades, tem sido pratica, para prédios altos usar o
tubulão, como vocês viram na aula passada o tubulão pode ser feito manualmente ou
mecanicamente, abertura do poço pode ser manualmente ou mecanicamente, só que
quando chega la em baixo, tem que se fazer um alargamento da base, tem que
aumentar o diâmetro, né, fazer um alargamento desse tubulão, então ele tem uma
base alargada, muito maior que o corpo principal dele, e para fazer esse alargamento,
não existe ainda um equipamento eficaz, tem equipamento que da para aumentar um
pouquinho essa largura do diâmetro la em baixo, mas não fica perfeito, então sempre
acaba tendo que descer um poceiro para acabar de acertar esse alargamento la
embaixo, o diâmetro do fuste tem que ser no mínimo 70 centímetros, a norma
especifica no mínimo 80cm, mas permite em casos especiais de se fazer até 70
centímetros, não menos que isso, para fazer menos de 80 cm, temos de ter uma
justificativa muito forte escrita pelo engenheiro responsável pela execução desse
serviço la no canteiro de obra, tem que haver uma justificativa feita por escrito essa
justificativa fica la no canteiro de obras fica no quartinho la de serviço do canteiro de
obras, caso haja alguma fiscalização do ministério do trabalho e emprego por meio da
divisão regional o fiscal vai perguntar, e perceber, tirando a trena e verifica que tem
menos de 80cm ele vai perguntar se tem essa documentação, se tem essa justificativa
por escrito ali no canteiro de obras, ai alguém vai ficar, ó ta aqui a sua justificativa,
tem uma copia para o senhor levar no caso o senhor queira, as vezes o fiscal nem
leva, mas as vezes ele pode levar para poder anexar no processo, anexar na
documentação relativa aquela obra, até para poder justificar que ele chegou e esteve
la na obra para fiscalizar, verificou o diâmetro do fuste, constatou que o diâmetro está
com menos de 80cm e ai então ele pega esse documento que esta a disposição dele la
no canteiro de obras que justifica as razoes que pode ser feito com 70cm, menos de
70 JAMÉ, menos de 70 não pode, se vai descer um poceiro ou alguém la para
vistoriar, para alargar a base tal, tem que ser no mínimo 80cm podendo chegar até 70
desde que haja essa justificativa, certo? com 80 não precisa ter essa justificativa ta
claro gente? então o diâmetro, se vai descer poceiro se vai ser feito o poceiro em
algum momento vai descer alguém la para fazer a inspeção, tem que ser no mínimo
80cm com essa ressalva de poder chegar até 70cm desde haja justificativa,
justificativa que haja segurança que não tem problema. bom… ai la embaixo tem o
alargamento, a parede inclinada, o alargamento não pode ser muito horizontalizado
porque senão ha um risco de desmoronamento, então temos um angulo Alfa que por
norma também tem que ser no mínimo 60º com a horizontal , essa parede inclinada
la no fundo, tem que ser no mínimo 60º com a horizontal (Podendo ser maior que 60º
Explicação com a Ge). Bom. Ai a gente desenvolveu as formulas para calcular então
os parâmetros, as medidas, desse tubulão, ou sejá o diâmetro do fuste, o diâmetro da
base a altura da base alargada e altura do rodapé dessa base alargada, são esses
quatro elementos elementos, essas quatro medidas que a gente tem que calcular para
poder então o tubulão estar perfeitamente dimensionado e a partir dai poder calcular
até o volume de concreto que a gente vai gastar para esse tubulão, então vamos ver
um exercício. Um tubulão numa situação simples, depois iremos ver uma situação
mais complicada. todos estão com o material impresso da aula de hoje? Ai já tem
todas as informações do exercício que a gente vai fazer. É… quando nós fizemos
aquele calculo na semana retrasada, em que eu passei para vocês 6 metros….
lembram? 6 metros para calcular a tensão admissível para o solo 6 metros… né? então
nós fizemos um tratamento estatístico vendo qual é o desvio padrão, media, e ao final
nós chegamos a uma tensão admissível de quanto? 577 KPa, É, eu queria até
aproveitar esse valor para o hoje porque esse tubulão aqui, seria aquele la de
pederneiras a 21 metros de profundidade, então… poderia usar… ai eu pus 5,71 né?
no recurso prévio, então vamos deixar 5,71 na classe calculamos com 5,77, é que
aqui eu acho que fiz com duas, eu fiz um recalculo, eu acho que foi isso e eu cheguei
no 5,71 tensão admissível quilograma força por centímetro quadrado, que equivale a
571 KPa, mesma coisa a inclinação da base do tubulão, o angulo Alfa é igual a 60º
graus, não pode ser menos que 60, poderíamos adotar 70, poderíamos adotar 80,
nunca pode ser menos de 60.
O tubulão será escavado manualmente, isso quer dizer que então vai descer
poceiro ai e tem que ser no mínimo 80cm de diâmetro o fuste, salvo uma justificativa
que poderia cair para 70cm, bom, calcular diâmetro do fuste, o diâmetro da base,
altura da base, eu não pus aqui, mas vamos por também altura do rodapé que é 0
(zero) e calcular o volume também se vocês quiserem já podemos ir direto para as
formulas, as formulas já foram desenvolvidas na aula passada, explicadas, como
chega em cada uma delas né? seguindo a ordem exatamente como está pedindo aqui
então diâmetro do fuste vai ser:
A carga atuante vezes 1,4 e 4, dividido por pi vezes 0,85 dividido por 1,60 (por causa
que o tubulão é feito sem revestimento) vezes o FCK do concreto.
- Este "1,4" é a majoração da carga, devido a norma utilizamos um valor da Carga “P”
de 40% ou 1,4;
- Este “4" e “Pi" é da fórmula da área da circunferência;
- O 0,85 e 1,60 são coeficientes de segurança de minoração da resistência e
característica do concreto.
Com todas as considerações que nós fizemos aula passada nós chegamos nessa
formula para calcular o diâmetro do fuste. Então, usando os valores que são dados no
problema, substituímos os valores, a carga “P" estaremos colocando em Kgf, e o FCK
do concreto que utilizamos foi de 200, ficando assim coerente com os outros valores,
a carga que estava em tonelada foi passada para kilogramas força e o FCK também
entrará em kilogramas força. vai sobrar, o Centímetro quadrado no denominador,
passo para o numerador dentro da raiz, quando sai da raiz fica somente centímetro
que será a unidade do Df (diâmetro do fuste)
((4*1,4*342000)/(Pi*0.53125*200))ˆ(1/2)
Ai teremos de tomar uma decisão agora, esse é o resultado da conta e agora teremos
de tomar a decisão sobre qual o valor que devemos realmente adotar, como esta
falando normalmente, não posso adotar menos do que 80cm, salvo se eu fizer uma
justificativa, deixar a justificativa la no canteiro e com 75.75cm seria seguro, mas não
vamos adotar um valor tão quebrado assim, pois perde o sentido né? imagina falar
para o poceiro “ó, você tem que abrir o poço com um diâmetro de 75.75cm,
dificilmente ele chegara a essa precisão de centésimo de milímetro” para facilitar você
poderia falar um valor redondo como 76cm, porém vamos supor que não iremos
deixar nenhuma justificativa até mesmo porque esse valor que retiramos da formula
(75.75cm) está muito próximo do valor 80cm da norma, então estaremos adotando
Df (diâmetro do fuste) = 80cm.
Substituindo os valores
((4*342000)/(pi*5.71))ˆ(1/2)
O resultado é 276.15cm = Db
Volume do tubulão será o volume do fuste (Vf) + volume do rodapé (Vrp) + volume
do tronco de cone (Vtc)
Essa é a figura do tubulão, tem o fuste sendo ele o corpo principal, cilíndrico, depois
tem a base alargada, que dela você tem o rodapé que é também um cilindro achatado
de altura (h0), e tem o tronco de cone.
Então vamos por partes, volume do fuste que é o volume de um cilindro é a área da
base vezes a altura Hf (altura do fuste)
Volume do rodapé
Que figura geométrica é o rodapé da base alargada? isso um cilindro achatado, então
para isso, usamos a mesma formula porém mudamos o diâmetro para "Db"
((Pi * Dbˆ2)/4) * h0
Substituindo os valores
Substituindo os valores:
(1/3)*(1.70-0.57)*(((Pi*2.7ˆ2)/4)+((Pi*0.80ˆ2)/4)+(((Pi*2.7ˆ2)/4)*((Pi*0.80ˆ2)/
4))ˆ(1/2))
Com isso podemos voltar na formula "Volume do tubulão será o volume do fuste (Vf)
+ volume do rodapé (Vrp) + volume do tronco de cone (Vtc)”
Esse valor obtido é o valor do volume de concreto que será utilizado para a construção
desse tubulão. Pessoal, quando a gente vai fazer a compra do concreto, temos sempre
que comprar um pouquinho mais, porque sempre temos aquela perdazinha, a hora
que a gente joga esse concreto la dentro do tubulão com essa dimensão imensa ai
uma porção do concreto pode dar uma embicada e entrar um pouco no terreno, pode-
se perder nos equipamentos, derramamentos por descuido, então costumamos pedir
5% a mais de concreto do valor que nós obtivemos nos cálculos, existem pessoas/
empresas que trabalham com uma margem menor, por exemplo 3%, porém pode
começar a ser perigoso faltar material na obra e fazer com que ela fique parada até a
chegada do mesmo.
Como o valor obtido foi de 16.21, fazemos isso vezes 1.05 e obteremos o valor
de 17.05mˆ3 de concreto. Quantos Mˆ3 vai nesses caminhões betoneira? Aluno
responde aproximadamente 8mˆ3 e fazemos os cálculos que iremos precisar
aproximadamente de 2 caminhões betoneira para completarmos um tubulão.
Nós não construímos bem uma elipse, construímos o que é chamada como falsa
elipse, ela teria a mesma área se a base fosse circular, porém para “caber" no terreno,
ela acaba sendo um pouco achatada para preservar a área de contato com o solo
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O tubulão, se a gente fosse fazer como a gente fez anteriormente, o que iria
acontecer com esse pilar que esta praticamente na divisa, aqui só tem dois
centímetros de folga porque é a forma, nem a forma estaremos construindo no
terreno vizinho, então, tem essa pequena folga de 2cm que ficará após a retirada da
forma do pilar, bom, se a gente fosse fazer o tubulão na sequencia aqui, o tubulão já
iria entrar no terreno vizinho, pela linha de divisa estar muito próxima, como não
pode, temos de fazer um bloco de transição, esse bloco tem a finalidade de transferir
a ação, essa carga, do pilar para o eixo do tubulão, através da excentricidade entre o
eixo do pilar e o eixo do tubulão, então esse bloco faz essa transição de carga para o
tubulão, é obvio que fica aqui, um braço de alavanca, que causa um momento, uma
tendência que faz essa estrutura faz o movimento (horário/anti-horário), devido essa
tendência de giro, há uma tendência de levantar o tubulão, ou seja, uma aliviação no
tubulão, por causa da excentricidade e da carga.
Quando nós formos dimensionar o tubulão “2" nós vamos ter que considerar essa
tendência de “alivio"
Vamos começar então com o tubulão de divisa.
Lembrando que não podemos fazer com que haja uma excentricidade muito
grande pois quanto maior for essa excentricidade, mais robusto terá de ser o meu
bloco de transição para aguentar com a carga, encarecendo muito a obra, então a
gente procura fazer esse tubulão o mais próximo da divisa, para dar a menor
excentricidade possível e com isso não ter de fazer o bloco de transição muito robusto
Passo a passo
Tanto a carga do pilar, que esta localizada no eixo do pilar e a ação chega no
eixo do tubulão, indicado la no desenho pela letra “e” minúscula. Então a gente tem o
valor dessa excentricidade “e” basta a gente olhar la no desenho com os dados que
foram fornecidos no projeto a gente chega no valor da excentricidade “e” do projeto.
Excentricidade “e” é um valor que esta entre o eixo do pilar e o eixo do tubulão,
aqui no tubulão visto em planta, o que eu conheço? Eu conheço a largura aqui (2r’s)
se eu pegar aqui o eixo do tubulão, o eixo, para ca eu terei (r) porque a largura toda é
2r’s então metade é “r” e aqui esta exatamente o eixo do tubulão, na verdade o eixo
do tubulão chega assim, perpendicularmente a esse desenho, então o eixo do tubulão
ta aqui, e o eixo do pilar ta um pouquinho pra ca, para ter o valor de “e” o que eu
faço? eu vejo que daqui do centro até aqui eu tenho a metade da largura toda (2r’s),
metade de 2r’s que é “r” que o raio desse semi-circulo aqui e também aqui em cima
no semi-circulo aqui metade da circunferência. Então é “r” mais esse espaçamento de
20 para chegar na linha de divisa, então r+20 eu chego na linha de divisa, quando eu
chego na linha de divisa eu tiro esses 2cm que é a distancia do pilar até a linha de
divisa e tiro ainda metade da largura do pilar depois eu chego no eixo certinho então.
Eixo do tubulão até o eixo do pilar, o tubulão, pega o meio aqui ó, chega no eixo do
tubulão esse pedaço aqui vale “r” mais 20cm para chegar na divisa ai cheguei na
divisa, cheguei na divisa, tira esses 2cm de espaçamento da divisa e tira ainda
metade da largura do pilar com isso eu cheguei no eixo do pilar, então vai ser “r” + 20
pra chegar na divisa, tira 2 para chegar na face do pilar e tira metade da largura do
pilar, esse pilar P1 tem que dimensões? Ta escrito ai nos dados do exercício, 40x100,
então tira a metade de 40, a outra dimensão esta ao longo da parede, não é a que
tiramos pela metade. A menor dimensão acompanha a espessura da parede e a maior
espessura fica embutida no próprio comprimento da parede.
Pessoal, agora vamos calcular a reação R1, quantas forças vocês acham que
estão chegando naquele corte, 4? 4 forças, é a carga transmitida do pilar 1, é a carga
transmitida do pilar 2, a reação do solo no tubulão 1, a reação do solo no tubulão 2,
claro que a reação é em toda a área de contato com o solo, mas eu calculo uma
reação resultante, então R1 ta no eixo aqui, e R2 ta no eixo aqui, no caso de R2, ta
no mesmo eixo de P2 porque aqui não existe excentricidade, somente no R1 que
existe excentricidade, então a gente vê quatro forças, pra eu calcular R1 olhando
essas quatro forças o que eu faço? eu aplico somatória de momento aqui no ponto 2,
que assim, o R2 não entra na equação de momento, se eu aplicar a somatória de
momento nesse ponto o R2 não terá braço de alavanca em relação a esse ponto
então R2 não causa momento em relação a esse ponto, P2 também não terá braço de
alavanca em relação a esse ponto, quem vai causar momento em relação a esse ponto
2 são essas duas forças, cada uma com seu braço de alavanca, o braço de alavanca
da força P1 é a distancia “d” e do R1 vai ser “d - e” como eu tenho “d” e já calculei a
excentricidade portanto eu já tenho o braço de alavanca de R1, então conheço o
braço de alavanca de R1, conheço o braço de alavanca de P1 e conheço P1, então
fazendo a somatória de momento aqui, já que R2 nesse momento não nos interessa.
R1 = 327.6 Tf
Então tensão admissível é Carga por área, que no nosso caso aqui é R1 dividido
pela nossa área, que área? a área dessa falsa elipse.
Para calcular a tensão admissível, nós temos 6 métodos que vimos nas aulas
anteriores, né? semana passada e retrasada.
não vamos tentar aqui os 6 métodos porque não faz sentido fazer cada um deles para
chegar no mesmo resultado, então eu indiquei para esse projeto, dois daqueles seis
métodos, o de Albiero e de Decourt.
Então para chegarmos nessa tensão admissível, com a qual depois vamos
encontrar a área daquela falsa elipse eu vou aplicar os dois métodos.
Esses dois métodos dependem do SPT que esta dado no projeto na cota de 20
metros e depende da tensão efetiva, a tensão efetiva depende da tensão total e da
tensão neutra, como a gente não ta considerando água aqui, a tensão neutra vai ser
zero, isso significa que tensão efetiva é igual tensão total, é aquele somatório de
gama I x Hi, camada por camada, eu considerei aqui, duas camadas distintas, uma
até 8 metros e outra o restantes até chegar nos 20, conforme ta ai no projeto. Temos
duas massas especificas de solo, a de até 8 metros é uma massa especifica (Rho),
enquanto dos 8 metros até os 20 metros é outra massa especifica (Rho), então vamos
usar essas duas massas especificas para determinar a tensão efetiva.
Albiero—cintra
Substituindo:
Para a continuação do exercício, nós iremos tirar a media aritmética dos dois
valores, assim, descobriremos a nossa tensão admissível do solo. transformamos os
dois valores para a mesma unidade, então, ((763.35 KPa + 888.4 KPa)/2) = 826 KPa
é a nossa tensão admissível do solo.
OBS: como eu fiz o exercício utilizando os valores do Wolfram, pode ser que
de uma desviada do exercício que o professor passou em aula, os valores irão
dar muito próximos.
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