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Transcrição do áudio do Agnelli do dia 15/09 gravação - 192 (1 hora e 21 minutos)

Tem outras cidades as vezes optam a usar estacas para prédios novos, mas
aqui em bauru e muitas outras cidades, tem sido pratica, para prédios altos usar o
tubulão, como vocês viram na aula passada o tubulão pode ser feito manualmente ou
mecanicamente, abertura do poço pode ser manualmente ou mecanicamente, só que
quando chega la em baixo, tem que se fazer um alargamento da base, tem que
aumentar o diâmetro, né, fazer um alargamento desse tubulão, então ele tem uma
base alargada, muito maior que o corpo principal dele, e para fazer esse alargamento,
não existe ainda um equipamento eficaz, tem equipamento que da para aumentar um
pouquinho essa largura do diâmetro la em baixo, mas não fica perfeito, então sempre
acaba tendo que descer um poceiro para acabar de acertar esse alargamento la
embaixo, o diâmetro do fuste tem que ser no mínimo 70 centímetros, a norma
especifica no mínimo 80cm, mas permite em casos especiais de se fazer até 70
centímetros, não menos que isso, para fazer menos de 80 cm, temos de ter uma
justificativa muito forte escrita pelo engenheiro responsável pela execução desse
serviço la no canteiro de obra, tem que haver uma justificativa feita por escrito essa
justificativa fica la no canteiro de obras fica no quartinho la de serviço do canteiro de
obras, caso haja alguma fiscalização do ministério do trabalho e emprego por meio da
divisão regional o fiscal vai perguntar, e perceber, tirando a trena e verifica que tem
menos de 80cm ele vai perguntar se tem essa documentação, se tem essa justificativa
por escrito ali no canteiro de obras, ai alguém vai ficar, ó ta aqui a sua justificativa,
tem uma copia para o senhor levar no caso o senhor queira, as vezes o fiscal nem
leva, mas as vezes ele pode levar para poder anexar no processo, anexar na
documentação relativa aquela obra, até para poder justificar que ele chegou e esteve
la na obra para fiscalizar, verificou o diâmetro do fuste, constatou que o diâmetro está
com menos de 80cm e ai então ele pega esse documento que esta a disposição dele la
no canteiro de obras que justifica as razoes que pode ser feito com 70cm, menos de
70 JAMÉ, menos de 70 não pode, se vai descer um poceiro ou alguém la para
vistoriar, para alargar a base tal, tem que ser no mínimo 80cm podendo chegar até 70
desde que haja essa justificativa, certo? com 80 não precisa ter essa justificativa ta
claro gente? então o diâmetro, se vai descer poceiro se vai ser feito o poceiro em
algum momento vai descer alguém la para fazer a inspeção, tem que ser no mínimo
80cm com essa ressalva de poder chegar até 70cm desde haja justificativa,
justificativa que haja segurança que não tem problema. bom… ai la embaixo tem o
alargamento, a parede inclinada, o alargamento não pode ser muito horizontalizado
porque senão ha um risco de desmoronamento, então temos um angulo Alfa que por
norma também tem que ser no mínimo 60º com a horizontal , essa parede inclinada
la no fundo, tem que ser no mínimo 60º com a horizontal (Podendo ser maior que 60º
Explicação com a Ge). Bom. Ai a gente desenvolveu as formulas para calcular então
os parâmetros, as medidas, desse tubulão, ou sejá o diâmetro do fuste, o diâmetro da
base a altura da base alargada e altura do rodapé dessa base alargada, são esses
quatro elementos elementos, essas quatro medidas que a gente tem que calcular para
poder então o tubulão estar perfeitamente dimensionado e a partir dai poder calcular
até o volume de concreto que a gente vai gastar para esse tubulão, então vamos ver
um exercício. Um tubulão numa situação simples, depois iremos ver uma situação
mais complicada. todos estão com o material impresso da aula de hoje? Ai já tem
todas as informações do exercício que a gente vai fazer. É… quando nós fizemos
aquele calculo na semana retrasada, em que eu passei para vocês 6 metros….
lembram? 6 metros para calcular a tensão admissível para o solo 6 metros… né? então
nós fizemos um tratamento estatístico vendo qual é o desvio padrão, media, e ao final
nós chegamos a uma tensão admissível de quanto? 577 KPa, É, eu queria até
aproveitar esse valor para o hoje porque esse tubulão aqui, seria aquele la de
pederneiras a 21 metros de profundidade, então… poderia usar… ai eu pus 5,71 né?
no recurso prévio, então vamos deixar 5,71 na classe calculamos com 5,77, é que
aqui eu acho que fiz com duas, eu fiz um recalculo, eu acho que foi isso e eu cheguei
no 5,71 tensão admissível quilograma força por centímetro quadrado, que equivale a
571 KPa, mesma coisa a inclinação da base do tubulão, o angulo Alfa é igual a 60º
graus, não pode ser menos que 60, poderíamos adotar 70, poderíamos adotar 80,
nunca pode ser menos de 60.

(Pergunta da Lohane, e se for o angulo = a 90º)


Re: Ai ficaria um bloco para-prismático la em baixo, poderia até fazer um bloco la em
baixo porque se você fizer 90º fica um bloco, você não estará alargando a base, a
base vai ficar igual o restante do fuste, não está tendo alargamento de base, o
objetivo é alargar a base, alargando a base, a tensão atuante seja menor do que a
tensão admissível, então devemos utilizar um angulo maior que 60º e menor do que
90º

O tubulão será escavado manualmente, isso quer dizer que então vai descer
poceiro ai e tem que ser no mínimo 80cm de diâmetro o fuste, salvo uma justificativa
que poderia cair para 70cm, bom, calcular diâmetro do fuste, o diâmetro da base,
altura da base, eu não pus aqui, mas vamos por também altura do rodapé que é 0
(zero) e calcular o volume também se vocês quiserem já podemos ir direto para as
formulas, as formulas já foram desenvolvidas na aula passada, explicadas, como
chega em cada uma delas né? seguindo a ordem exatamente como está pedindo aqui
então diâmetro do fuste vai ser:

A carga atuante vezes 1,4 e 4, dividido por pi vezes 0,85 dividido por 1,60 (por causa
que o tubulão é feito sem revestimento) vezes o FCK do concreto.

- Este "1,4" é a majoração da carga, devido a norma utilizamos um valor da Carga “P”
de 40% ou 1,4;
- Este “4" e “Pi" é da fórmula da área da circunferência;
- O 0,85 e 1,60 são coeficientes de segurança de minoração da resistência e
característica do concreto.

Com todas as considerações que nós fizemos aula passada nós chegamos nessa
formula para calcular o diâmetro do fuste. Então, usando os valores que são dados no
problema, substituímos os valores, a carga “P" estaremos colocando em Kgf, e o FCK
do concreto que utilizamos foi de 200, ficando assim coerente com os outros valores,
a carga que estava em tonelada foi passada para kilogramas força e o FCK também
entrará em kilogramas força. vai sobrar, o Centímetro quadrado no denominador,
passo para o numerador dentro da raiz, quando sai da raiz fica somente centímetro
que será a unidade do Df (diâmetro do fuste)

((4*1,4*342000)/(Pi*0.53125*200))ˆ(1/2)

Fazendo as contas, iremos achar o valor de DF = 75.75cm

Ai teremos de tomar uma decisão agora, esse é o resultado da conta e agora teremos
de tomar a decisão sobre qual o valor que devemos realmente adotar, como esta
falando normalmente, não posso adotar menos do que 80cm, salvo se eu fizer uma
justificativa, deixar a justificativa la no canteiro e com 75.75cm seria seguro, mas não
vamos adotar um valor tão quebrado assim, pois perde o sentido né? imagina falar
para o poceiro “ó, você tem que abrir o poço com um diâmetro de 75.75cm,
dificilmente ele chegara a essa precisão de centésimo de milímetro” para facilitar você
poderia falar um valor redondo como 76cm, porém vamos supor que não iremos
deixar nenhuma justificativa até mesmo porque esse valor que retiramos da formula
(75.75cm) está muito próximo do valor 80cm da norma, então estaremos adotando
Df (diâmetro do fuste) = 80cm.

Com o diâmetro do fuste calculado, vamos para Db (diâmetro da base)

Db também desenvolvi para vocês na aula passada, dei toda a conceituação e


chegamos a uma formula para o Db

Não estarão entrando na formula os fatores de segurança pois eles já estão


embutidos dentro da tensão admissível utilizada na mesma.

Substituindo os valores

((4*342000)/(pi*5.71))ˆ(1/2)

Os valores da carga “P” e "tensão admissível” são transformados para a mesma


unidade, Kgf.

O resultado é 276.15cm = Db

Próximo passo, calcular a altura da base alargada, uma formula a qual eu


também já tinha desenvolvido
OBS: a formula que esta aqui aparenta não ser a mesma que ele passou em aula,
porém só muda a ordem dos fatores, juntamente a isso, as suas nomenclaturas, por
exemplo B = Db, F = Df.

Substituindo os valores tem-se ((276 - 80)/2)*Tg(60)

O resultado sendo 169.74cm, o professor arredondou para 170cm = h

Lohane perguntou se não iriamos arredondar Db (276cm) para 280cm, o


professor disse que poderíamos, porém acabamos não fazendo.

Calculamos então a altura h0 que equivale a (altura da base/3)

resultando em (170/3) = 56.6cm ou 57cm = h0

Agora vamos para o calculo do volume.

Volume do tubulão será o volume do fuste (Vf) + volume do rodapé (Vrp) + volume
do tronco de cone (Vtc)

Essa é a figura do tubulão, tem o fuste sendo ele o corpo principal, cilíndrico, depois
tem a base alargada, que dela você tem o rodapé que é também um cilindro achatado
de altura (h0), e tem o tronco de cone.

Então vamos por partes, volume do fuste que é o volume de um cilindro é a área da
base vezes a altura Hf (altura do fuste)

então substituindo os valores temos:

— Diâmetro do fuste nós adotamos 80cm (0,8)


— Altura do fuste (pegamos a cota do desenho que está presente no recurso prévio,
21m é a cota de apoio desse tubulão, porém, desses 21m temos de tirar a altura da
base alargada 21-1.70 = 19.3m )

Jogando na formula fica:


((Pi * 0.8ˆ2)/4) * 19.3 = 9.70mˆ3 = Vf

Volume do rodapé

Que figura geométrica é o rodapé da base alargada? isso um cilindro achatado, então
para isso, usamos a mesma formula porém mudamos o diâmetro para "Db"

((Pi * Dbˆ2)/4) * h0

Substituindo os valores

((Pi * 2.76ˆ2)/4) * 0.57 = 3.41mˆ3 = Vrp

Agora calcular o volume do tronco de cone:

(1/3)* (h-h0) * (AB+ab + (AB*ab)ˆ(1/2))

Substituindo os valores:

(1/3)*(1.70-0.57)*(((Pi*2.7ˆ2)/4)+((Pi*0.80ˆ2)/4)+(((Pi*2.7ˆ2)/4)*((Pi*0.80ˆ2)/
4))ˆ(1/2))

OBS: O professor comenta de uma maneira de tentar simplificar essa grande


expressão acima, porém cita que isso acaba sendo desnecessário por causa que a
calculadora vai fazer o trabalho com os números a mais sem nenhum problema, então
decidi deixar da maneira explicita mesmo.

Resultando em 3.10mˆ3 = Vtc

Com isso podemos voltar na formula "Volume do tubulão será o volume do fuste (Vf)
+ volume do rodapé (Vrp) + volume do tronco de cone (Vtc)”

Substituindo os valores 9.70 + 3.41 + 3.10 = 16.21mˆ3 = Vtubulão

Esse valor obtido é o valor do volume de concreto que será utilizado para a construção
desse tubulão. Pessoal, quando a gente vai fazer a compra do concreto, temos sempre
que comprar um pouquinho mais, porque sempre temos aquela perdazinha, a hora
que a gente joga esse concreto la dentro do tubulão com essa dimensão imensa ai
uma porção do concreto pode dar uma embicada e entrar um pouco no terreno, pode-
se perder nos equipamentos, derramamentos por descuido, então costumamos pedir
5% a mais de concreto do valor que nós obtivemos nos cálculos, existem pessoas/
empresas que trabalham com uma margem menor, por exemplo 3%, porém pode
começar a ser perigoso faltar material na obra e fazer com que ela fique parada até a
chegada do mesmo.
Como o valor obtido foi de 16.21, fazemos isso vezes 1.05 e obteremos o valor
de 17.05mˆ3 de concreto. Quantos Mˆ3 vai nesses caminhões betoneira? Aluno
responde aproximadamente 8mˆ3 e fazemos os cálculos que iremos precisar
aproximadamente de 2 caminhões betoneira para completarmos um tubulão.

Agora iremos fazer um tubulão um pouco mais complicadinho.

Lohane faz uma pergunta relacionando se não poderíamos utilizar um concreto


mais resistente no lugar do outro, o barulho atrapalha porém o professor fala que as
vezes pode compensar não somente no tamanho do tubulão como até mesmo no
preço, pelo concreto com FCK mais alto ser mais barato.

Nós vamos trabalhar com um projeto de tubulão de divisa de terreno, que é


uma situação que acontece com uma certa frequência, não é o mais ocorrente, porém
é algo que pode facilmente ocorrer. Muitas vezes nós temos construção de edifícios
altos, torres, e vocês sabem que o edifício ou torre, tem sua projeção horizontal em
planta e essa área não pode ocupar mais de uma certa porcentagem do terreno assim
como a área total construída também tem uns certos limites, tudo explicado em
códigos de obra, como recuo, taxa de ocupação, etc… no entanto tem muitos prédios
que tem subsolo, onde aproveitamos para fazer garagens ou salas comerciais,
geralmente garagens, quando a gente vamos fazer só a garagem a legislação permite
que possamos utilizar o terreno inteiro, 100% do terreno para a construção de
garagem, isso quer dizer que vamos fazer a escavação total em todo o perímetro na
vertical, e com isso vem toda aquela preocupação de proteger o talude vertical, fazer
primeiro aquele estaqueamento de 60 em 60 centímetros em todo o perímetro para
depois começar a fazer a escavação, bom, mas isso já falamos, como faremos um
aproveitamento de 100%, uma hora teremos pilares em divisa com o terreno, esses
pilares estão trazendo parte da carga do prédio e essa carga será transmitida para a
fundação, então… terá tubulão feito na divisa, se tem pilar na divisa, terá tubulão na
divisa também. ai vocês imaginam a seguinte situação, o tubulão feito praticamente
na divisa, pouquíssimos centímetros somente de diferença da divisa porém como a
grande sacada do tubulão é o alongamento da base para ter um maior contato com o
terreno e distribuição das forças, o problema que o tubulão traz é o fato de que
quando ele é alargado la em baixo, uma parte do mesmo ira tentar invadir o terreno
vizinho e isso não pode, a regra não permite, então nesse caso, o que a gente faz?
iria entrar no terreno vizinho, então imagina o seguinte nós pegamos essa área que é
uma circunferência e da uma chapada fazendo com que seja formada uma elipse
(uma circunferência achatada), então a base do tubulão nesse caso passa a ser uma
elipse que é contida no terreno em construção e não interfere no terreno vizinho, eu
já preparei então, para vocês, um projeto de tubulão de divisa.

Nós não construímos bem uma elipse, construímos o que é chamada como falsa
elipse, ela teria a mesma área se a base fosse circular, porém para “caber" no terreno,
ela acaba sendo um pouco achatada para preservar a área de contato com o solo

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Transcrição do áudio do Agnelli do dia 15/09 gravação - 193 (54 minutos)

O tubulão, se a gente fosse fazer como a gente fez anteriormente, o que iria
acontecer com esse pilar que esta praticamente na divisa, aqui só tem dois
centímetros de folga porque é a forma, nem a forma estaremos construindo no
terreno vizinho, então, tem essa pequena folga de 2cm que ficará após a retirada da
forma do pilar, bom, se a gente fosse fazer o tubulão na sequencia aqui, o tubulão já
iria entrar no terreno vizinho, pela linha de divisa estar muito próxima, como não
pode, temos de fazer um bloco de transição, esse bloco tem a finalidade de transferir
a ação, essa carga, do pilar para o eixo do tubulão, através da excentricidade entre o
eixo do pilar e o eixo do tubulão, então esse bloco faz essa transição de carga para o
tubulão, é obvio que fica aqui, um braço de alavanca, que causa um momento, uma
tendência que faz essa estrutura faz o movimento (horário/anti-horário), devido essa
tendência de giro, há uma tendência de levantar o tubulão, ou seja, uma aliviação no
tubulão, por causa da excentricidade e da carga.
Quando nós formos dimensionar o tubulão “2" nós vamos ter que considerar essa
tendência de “alivio"
Vamos começar então com o tubulão de divisa.

Lembrando que não podemos fazer com que haja uma excentricidade muito
grande pois quanto maior for essa excentricidade, mais robusto terá de ser o meu
bloco de transição para aguentar com a carga, encarecendo muito a obra, então a
gente procura fazer esse tubulão o mais próximo da divisa, para dar a menor
excentricidade possível e com isso não ter de fazer o bloco de transição muito robusto

Vamos fazer então o dimensionamento de cada um dos tubulões num passo a


passo bem facinho de tal modo que cada elemento calculado já é usado no passo
seguinte, para que não seja necessário criação de sistemas de N equações e
incógnitas e tudo mais.

Dimensionamento do tubulão de divisa

Passo a passo

1º — Calculo da excentricidade “e”

É a distancia entre o eixo do pilar e o eixo do tubulão.

Tanto a carga do pilar, que esta localizada no eixo do pilar e a ação chega no
eixo do tubulão, indicado la no desenho pela letra “e” minúscula. Então a gente tem o
valor dessa excentricidade “e” basta a gente olhar la no desenho com os dados que
foram fornecidos no projeto a gente chega no valor da excentricidade “e” do projeto.

Excentricidade “e” é um valor que esta entre o eixo do pilar e o eixo do tubulão,
aqui no tubulão visto em planta, o que eu conheço? Eu conheço a largura aqui (2r’s)
se eu pegar aqui o eixo do tubulão, o eixo, para ca eu terei (r) porque a largura toda é
2r’s então metade é “r” e aqui esta exatamente o eixo do tubulão, na verdade o eixo
do tubulão chega assim, perpendicularmente a esse desenho, então o eixo do tubulão
ta aqui, e o eixo do pilar ta um pouquinho pra ca, para ter o valor de “e” o que eu
faço? eu vejo que daqui do centro até aqui eu tenho a metade da largura toda (2r’s),
metade de 2r’s que é “r” que o raio desse semi-circulo aqui e também aqui em cima
no semi-circulo aqui metade da circunferência. Então é “r” mais esse espaçamento de
20 para chegar na linha de divisa, então r+20 eu chego na linha de divisa, quando eu
chego na linha de divisa eu tiro esses 2cm que é a distancia do pilar até a linha de
divisa e tiro ainda metade da largura do pilar depois eu chego no eixo certinho então.
Eixo do tubulão até o eixo do pilar, o tubulão, pega o meio aqui ó, chega no eixo do
tubulão esse pedaço aqui vale “r” mais 20cm para chegar na divisa ai cheguei na
divisa, cheguei na divisa, tira esses 2cm de espaçamento da divisa e tira ainda
metade da largura do pilar com isso eu cheguei no eixo do pilar, então vai ser “r” + 20
pra chegar na divisa, tira 2 para chegar na face do pilar e tira metade da largura do
pilar, esse pilar P1 tem que dimensões? Ta escrito ai nos dados do exercício, 40x100,
então tira a metade de 40, a outra dimensão esta ao longo da parede, não é a que
tiramos pela metade. A menor dimensão acompanha a espessura da parede e a maior
espessura fica embutida no próprio comprimento da parede.

Então e = (155/2) - 2 = 75.5cm

Pessoal, agora vamos calcular a reação R1, quantas forças vocês acham que
estão chegando naquele corte, 4? 4 forças, é a carga transmitida do pilar 1, é a carga
transmitida do pilar 2, a reação do solo no tubulão 1, a reação do solo no tubulão 2,
claro que a reação é em toda a área de contato com o solo, mas eu calculo uma
reação resultante, então R1 ta no eixo aqui, e R2 ta no eixo aqui, no caso de R2, ta
no mesmo eixo de P2 porque aqui não existe excentricidade, somente no R1 que
existe excentricidade, então a gente vê quatro forças, pra eu calcular R1 olhando
essas quatro forças o que eu faço? eu aplico somatória de momento aqui no ponto 2,
que assim, o R2 não entra na equação de momento, se eu aplicar a somatória de
momento nesse ponto o R2 não terá braço de alavanca em relação a esse ponto
então R2 não causa momento em relação a esse ponto, P2 também não terá braço de
alavanca em relação a esse ponto, quem vai causar momento em relação a esse ponto
2 são essas duas forças, cada uma com seu braço de alavanca, o braço de alavanca
da força P1 é a distancia “d” e do R1 vai ser “d - e” como eu tenho “d” e já calculei a
excentricidade portanto eu já tenho o braço de alavanca de R1, então conheço o
braço de alavanca de R1, conheço o braço de alavanca de P1 e conheço P1, então
fazendo a somatória de momento aqui, já que R2 nesse momento não nos interessa.

Calculamos então R1, aplicando somatória de momento no ponto 2 “P2”, como


tudo esta parado, nada esta andando em x, nada esta andando em y, nada esta
andando em z, nada esta girando em torno de nenhum desses 3 eixos, tudo parado,
se esta tudo parado, podemos dizer que a somatória de momento é 0, porque
nenhum ponto esta girando, isso implica então, em que, R1 que é o que esta sendo
procurado vezes o braço de alavanca de R1 em relação ao ponto dois “P2” que é (d-
e) será igual o momento força que tende a girar em sentido contrario ao do R1, que é
o momento P1 vezes o braço de P1, São dois momentos, um no sentido horário e
outro no sentido anti-horário, então já igualei um com o outro na condição de
equilíbrio, montar aquela equação significa colocar o momento devido a R1 e ainda o
momento devido a P1 e igualar a 0, ao olhar aqui eu vejo que R1 pretende girar o
seu braço de alavanca no sentido horário, já o P1 pretende girar o braço de alavanca
no outro sentido no anti horário.

Substituindo os valores, nos iremos achar R1

(R1 * (d-e)) = (P1 * d)

(R1 * (520-75.5)) = (280 * 520)

“d” e “e” foram colocados em cm e a força P1 foi colocada em tonelada força,


logo o resultado ira sair em tonelada força

R1 = 327.6 Tf

2º Passo — Cálculo da tensão admissível do solo

Porque eu quero calcular a tensão admissível do solo?, se eu conhecer a tensão


admissível aqui do solo, e já tendo conhecido R1, que acabamos de calcular, carga e
tensão estão relacionados com o que?
Resp: Área, isso área, perfeito, tensão é carga por área, se eu tenho a tensão e eu
tenho a carga, eu consigo encontrar a área, a carga eu já tenho que é R1, a tensão
admissível eu irei calcular agora, então, calculando a tensão admissível com a nossa
carga, eu irei determinar a área dessa base aqui, que é a área dessa figura, certo?

Então tensão admissível é Carga por área, que no nosso caso aqui é R1 dividido
pela nossa área, que área? a área dessa falsa elipse.

Para calcular a tensão admissível, nós temos 6 métodos que vimos nas aulas
anteriores, né? semana passada e retrasada.
não vamos tentar aqui os 6 métodos porque não faz sentido fazer cada um deles para
chegar no mesmo resultado, então eu indiquei para esse projeto, dois daqueles seis
métodos, o de Albiero e de Decourt.

Então para chegarmos nessa tensão admissível, com a qual depois vamos
encontrar a área daquela falsa elipse eu vou aplicar os dois métodos.
Esses dois métodos dependem do SPT que esta dado no projeto na cota de 20
metros e depende da tensão efetiva, a tensão efetiva depende da tensão total e da
tensão neutra, como a gente não ta considerando água aqui, a tensão neutra vai ser
zero, isso significa que tensão efetiva é igual tensão total, é aquele somatório de
gama I x Hi, camada por camada, eu considerei aqui, duas camadas distintas, uma
até 8 metros e outra o restantes até chegar nos 20, conforme ta ai no projeto. Temos
duas massas especificas de solo, a de até 8 metros é uma massa especifica (Rho),
enquanto dos 8 metros até os 20 metros é outra massa especifica (Rho), então vamos
usar essas duas massas especificas para determinar a tensão efetiva.

Albiero—cintra

Então no Albiero—Cintra, (tensão admissível = (N/5) + tensão efetiva) onde N


é fornecido no projeto e equivale a 22 na cota de 20 metros, então, tensão efetiva vai
ser, tensão total menos a pressão neutra, como pressão neutra é zero, a tensão
efetiva é = a tensão total, tensão total é (gama I x hi camada por camada), como são
apenas duas camadas, então, (gama1 x h1) + (gama2 x h2)

—(1,68g/cmˆ3 => 1,68 gf/cmˆ3 => 1,68 Tf/mˆ3 = valor gama1)


— (1,70g/cmˆ3 => 1,70 gf/cmˆ3 => 1,70 Tf/mˆ3 = valor gama2)

A tensão efetiva será (1,68 Tf/mˆ3 * 8 metros) + (1,70 Tf/mˆ3 * 12 metros)

resultando em 33,84 Tf/mˆ2 = tensão efetiva

Tensão admissível = (N/5) + tensão efetiva

• Onde os valores terão que estar em Kgf/cmˆ2

Tensão admissível é (22/5) + 3,384 -> 7.784 Kgf/cmˆ2


Decourt

A formula do Decourt para calcular a tensão admissível é (25 * N + tensão


efetiva), onde os valores que entram na formula são em KPa
A nossa tensão efetiva é de 3.384kgf/cmˆ2, para transformar em KPa
precisamos multiplicar por 100, chegando em 338.4 KPa.

Substituindo:

(25 * 22) + 338.4 = 888.4 KPa

Para a continuação do exercício, nós iremos tirar a media aritmética dos dois
valores, assim, descobriremos a nossa tensão admissível do solo. transformamos os
dois valores para a mesma unidade, então, ((763.35 KPa + 888.4 KPa)/2) = 826 KPa
é a nossa tensão admissível do solo.

Porque que nós calculamos a tensão admissível do solo mesmo?


Resposta: para achar a área da base do nosso tubulão, vamos usar o R1 que já foi
calculado no passo anterior, vamos usar agora a tensão admissível do solo, aqui em
baixo na cota 20 metros e com isso na relação tensão igual carga por área, saímos
com a área da base de nosso tubulão, portanto, a área da base do tubulão vai ser
igual a carga R1 (327.6 Tf) dividida pela tensão admissível (826KPa ou 8.423 Kg/
cmˆ2 = 84.23Tf/mˆ2)

OBS: como eu fiz o exercício utilizando os valores do Wolfram, pode ser que
de uma desviada do exercício que o professor passou em aula, os valores irão
dar muito próximos.

3º Passo - calculo da área da elipse falsa ou base do tubulão

(327.6 / 84.23) = Área => 3.88 mˆ2

4º Passo, vamos para casa

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