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Como se percebe nestes trabalhos, as Tradições Aratu e Sapucaí foram criadas a

partir de fenômenos parecidos, de tal forma que se propôs a fusão das duas Tradições,

segundo Schmitz et al. (1982). André Prous em sua obra Arqueologia brasileira por

considerar estas tradições praticamente idênticas apenas com variações de cunho regional

propôs chamar este conjunto de Aratu-Sapucaí, considerando Sapucaí a variante de Minas

Gerais (1992: 345).

Pode-se afirmar que as principais características estabelecidas para a cerâmica dos

sítios Aratu-Sapucaí são as que não se enquadram ao que foi definido para a Tradição

Tupiguarani (notadamente reconhecida por suas formas complexas de vasilhames que

apresentam exuberante decoração, e pela localização dos sítios próximos a rios navegáveis).

Como complemento, o material cerâmico foi associado aos grupos falantes de língua Jê.

Entendidos dentro de sua conjuntura, estes primeiros trabalhos foram fundamentais

para a arqueologia brasileira. A metodologia do Pronapa e adeptos foi de uma importância

crucial para o fomento e alargamento de pesquisas arqueológicas no Brasil, a construir um

conhecimento prévio dos diferentes testemunhos do território, além de fornecer subsídios

para reconstituição de formas de vasilhames e análise quantitativa dos mesmos

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