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OCA: Origens, Cultura e Ambiente

SUBPROJETO: Do Passado ao Presente: a análise da cultura material e


documental do Forte Santo Antônio de Gurupá.

Bolsista: Gabriele de Amorim Botelho


Orientadora: Helena Pinto Lima
N° do processo: 148369/2016-2
Data de ingresso: 12/09/2016

Belém – Pa
Junho de 2017

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Sumário:

1- Introdução ................................................................................................... 3
2- Problemática ............................................................................................... 6

3- Referencial Teórico ...................................................................................... 7


4- Objetivos.................................................................................................... 10

4.1- Objetivos Gerais ........................................................................................ 10


4.2- Objetivos Específicos........................................................................... 11
5- Trabalhos de Campo ................................................................................. 11
5.1- Trabalho de Campo 2014.......................................................................... 11
5.2- Trabalho de Campo 2016 .................................................................... 13
6- Metodologia ............................................................................................... 17
6.1- Leituras .................................................................................................... 17
6.2- Analise de Materiais Arqueológicos ......................................................... 18
6.3- Análise Documental ................................................................................. 19
7- Resultados Final ..................................................................................... 19
7.1- Analise de Materiais Arqueológicos .......................................................... 20
7.2- Analise Documental .................................................................................. 27
7.3 - Interpretação ............................................................................................ 39
7.4 – Considerações finais ............................................................................... 40
9- Referências Bibliográficas ........................................................................ 42
9.1- Referências Documentais ......................................................................... 44
9.2- Referências Iconográficas ......................................................................... 44
Anexo 1:
Atividades Acadêmicas desenvolvidas pelo bolsista ................................ 45
Anexo 2
Cronologia Documental ................................................................................. 48
Anexo 3
Desenho de Perfis de Borda.......................................................................... 94
Anexo 4
Foto de Material ............................................................................................ 106

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Introdução:
A pesquisa aqui apresentada tem como objeto de estudo o forte Santo
Antônio de Gurupá. Mais especificamente a relação do europeu com o indígena
da região através da cultura material e documentações. O objetivo principal será
emergir a história do indígena de Gurupá e torná-lo protagonista no processo de
colonização da região. Essa pesquisa trabalha com a hipótese de que o Forte de
Gurupá caracteriza um momento da história quando culturas distintas (europeias
e indígenas) interagiram de maneira muito intensa. Mesmo que de maneira
assimétrica, tais contatos contribuíram para a formação de um grupo onde
podemos ver características de ambos, ainda que de formas desiguais.

Este subprojeto se vinculou ao Projeto OCA (Origens Cultura e Ambiente).


As pesquisas que se desenvolvem na região têm buscado a interação de áreas
afins da arqueologia, coordenado pela Dra. Helena Lima. O objetivo do OCA é
analisar e compreender os processos socioambientais da área de confluência do
rio Xingu com o Amazonas, desde uma perspectiva diacrônica (LIMA, 2014).

Imagem 1: Mapa localizando Gurupá (Fonte: Google Earth 2014).

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Imagem 2: Foto da parte frontal do Forte Santo Antônio de Gurupá (PENA,
2015).

Imagem 3: Prospecto da vila de Gurupá (SHWEBEL, 1756).

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Localizado na confluência do rio Xingu com o delta do rio Amazonas
(Imagem 1), o município de Gurupá se encontra entre duas importantes áreas
culturais do período pré-colonial tardio na Amazônia: Santarém e Marajó (LIMA;
2015; p. 8). É uma região rica em materiais arqueológicos e documentais
referentes ao período colonial. Esse acervo destaca uma região de intenso fluxo
europeu e diversos contados entre as culturas indígenas autóctones. Esse
convívio entre culturas distintas se revelou constante em diversos períodos da
história da cidade, se materializando em pesquisas arqueológicas e históricas
sobre a região.
A cultura material encontrada no forte Santo Antônio de Gurupá é uma
evidência da grande diversidade cultural dos povos que já se estabeleceram
naquela região antes e depois do contato. Inicialmente em 1616 o forte foi
construído por holandeses, que mais tarde em 1623 foram expulsos pelos
portugueses. Estes últimos o adaptaram para seu próprio uso em defesa de um
território que era de grande utilidade estratégica militar. O grande potencial
arqueológico histórico é apontado por diversas pesquisas anteriores sobre a
cidade de Gurupá e nas localidades do forte mostrando as várias intervenções
que esses povos fizeram na região no passado.
“Na documentação histórica que relata as primeiras ocupações
europeias no município encontramos informações de que o
Forte de Gurupá (originalmente denominado de Mariocai, Forte
de Tucujus) foi construído por holandeses, quando a região
ainda não era totalmente dominada pelos portugueses e as
companhias de comércio europeias mantinham relações de
troca com os indígenas da região. Constatamos a presença de
cerâmica indígena em superfície, junto à orla da cidade e
próximo ao Forte. Estes achados ocorreram na Avenida São
Benedito, em frente à casa da senhora Madalena de Souza, que
também informou já ter encontrado material cerâmico indígena
próximo à Igreja Matriz de Gurupá” (SHAAN, 2010; p. 119).

Este potencial histórico e arqueológico da região tem sido abordado por


pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) através do projeto
OCA. Desde a sua criação em 2013 o projeto vem com o objetivo de resgatar e
preservar a área arqueológica de Gurupá e diversas localidades que fazem parte
da história da região. Assim, têm sido realizados levantamentos, mapeamentos
e escavações em sítios arqueológicos da região, juntamente com trabalhos de
educação patrimonial e recolhimento de relatos orais.

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Portanto, esta pesquisa pretende se debruçar de forma sistemática sobre
a interação de povos distintos que um dia passaram por Gurupá, assim como
tentar responder diversas questões relacionadas aos mesmos através de sua
cultura material e análise documental, assim a etnografia será um dos recursos
a serem utilizados para a realização dessa pesquisa.

Problemática:

Uma das grandes lacunas que identificamos na história colonial são as


excessivas abordagens sobre europeus na Amazônia. Observamos pesquisas
realizadas no passado que abordam uma temática totalmente eurocêntrica, pois
trata somente de assuntos relativos aos estrangeiros que passaram ou se
estabeleceram na região amazônica1, e se esquecem de tratar dos indígenas
que antes mesmo da chegada do colonizador já havia feito sua história em suas
terras isso acontece principalmente devido à falta de documentações oficiais em
abundancia sobre os indígenas da região.

O mesmo acontece com Gurupá, observamos uma cidade fundada a partir


de uma fortificação e onde a cultura material encontrada no local mostra forte
presença ativa dos indígenas. Atualmente com uma abordagem interdisciplinar
podemos tentar fazer a história do indígena que habitou em Gurupá emergir.

Nesse projeto se propõe responder como o movimento de estrangeiros e a


convivência afetou a cultura dos povos indígenas e dos europeus que se
estabeleciam naquele momento na região de Gurupá, através dos seus materiais
de uso cotidiano localizados na reserva técnica de arqueologia do Museu
Paraense Emilio Goeldi (MPEG). Nesse sentido, esta pesquisa tem como
problemática refletir como se dava a relação do indígena com o europeu na
região? E quais etnias indígenas podemos contatar a presença em Gurupá no
passado? Essas são apenas algumas das questões levantadas durante a

1Essas Informações podem ser encontradas em:


FERREIRA, Alexandre Rodrigues. Viagem Filosófica ao Rio Negro;
BARREDO, Bernardo Pereira de. Anaes Histórico do Estado do Maranhão. 4o ed, Rio de Janeiro:
Alumar, 1998;
BAENA, Antônio Ladislau Monteiro. Ensaio Corográfico sobre a Província do Pará. Belém: Typ.
de Santos & Menor, 1839.

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pesquisa, referente as relações humanas e a história do Forte Santo Antônio de
Gurupá.

Referencial Teórico:

Para essa pesquisa foi utilizado a etno-história, que é uma metodologia que
está sendo adotada recentemente pelos historiadores (CAVALCANTE, 2011;
CUNHA, 2012), inicialmente era exercida principalmente pelos antropólogos,
porém com o tempo e com o início dos diálogos sobre territórios indígenas
historiadores, arqueólogos e geógrafos se apropriaram dessa técnica para a
elaboração de trabalhos científicos.

A partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, a qual


garantiu vários direitos aos povos indígenas, especialmente o
direito aos seus territórios tradicionais, gerando assim grande
demanda e valorização das pesquisas diacrônicas sobre os
povos indígenas no país. Isso conduz, inevitavelmente, a
reflexões sobre a relevância social das pesquisas, bem como a
uma necessária ética que deve estar sempre presente nas
preocupações do pesquisador (CAVALCANTE, 2011).
Sua origem se dá para contribuir com a escrita da história de povos
“ágrafos” por outros povos, assim a etno-história estava próximo de ser uma
ciência que “escrevia a história de povos sem história” (CAVALCANTE, 2011),
no momento que se percebeu que os povos ditos “agrafos” na verdade tinham
seus meios de escrever sua história, a exemplo da cerâmica e pinturas rupestres,
esses meios também se tornaram alvo de estudo da etno-história. As definições
sobre está temática foram se ampliando, fazendo com que o estudo da história
indígena se tornasse em âmbito interdisciplinar facilitando e dando margem para
diversas outras questões que poderiam surgir em uma pesquisa pautada nesse
tema.

Para muitos a história do pais se iniciou a partir de um momento


denominado “descobrimento”, momento esse que em diversos livros didáticos é
apresentado como uma espécie de evolução dos indígenas que estavam na
Amazônia nesse período (NEVES, 1995). Por intermédio dessas fontes didáticas
“A imagem das sociedades indígenas comum ao público geral é estática:
indivíduos vivendo em pequenas aldeias na floresta, representando um passado
remoto” (NEVES, 1995, p. 171), com base nesses ideais a arqueologia se torna
uma ferramenta indispensável para a construção de uma história mais
7
concretizada dessas populações indígenas, pois hodiernamente ainda podemos
observar falhas nas informações apresentadas em salas de aula, de forma que
o mesmo é excluído em algumas ocasiões da história nacional, quando na
verdade esse sujeito está até hoje presente em nosso cotidiano.

Atualmente um dos maiores marcos da etno-história, é observado que os


próprios indígenas estão se inserindo no meio acadêmico2 e escrevendo a
história de seus antepassados, aprendendo e legitimando a técnica para usos
científicos e até certo ponto pessoais, assim como afirma Thiago Cavalcante.

Nos últimos anos, ainda que seja tímida, tem crescido a


participação de indígenas em cursos superiores, participação
essa que não se limita aos cursos de graduação, ocorrendo
também em cursos de pós-graduação stricto sensu
(CAVALCANTE, 2011).
Assim também como é notado a implementações de leis que apoiam a inserção
de conteúdos relacionados a história indígena no currículo escolar, esses são passos
essenciais para que ocorra a desconstrução da imagem europeizada do indígena na
história do pais. Podemos observar que no passado as pesquisas elaboradas
sobre a colonização da Amazônia é algo totalmente engessado e desenvolvido
em temáticas europeias, percebemos que o europeu se tornou o foco da história
de uma região que antes mesmo de sua chegada pertencia aos seus nativos que
já haviam deixado sua marca e contribuição para a história de diversas
localidades.

A História do Brasil, a canônica, começa invariavelmente pelo


“descobrimento”. São os “descobridores” que a inauguram e
conferem aos gentios uma entrada — de serviço — no grande
curso da História (CUNHA, 2012).
Com a chegada de estrangeiros o cativo se envolveu com diversas
atividades que começaram a ser registradas, mas com o olhar de uma cultura
que tinha como objetivo “civiliza-los”, caracterizando esse registro como material
tendencioso que hodiernamente deve ser problematizado. Atualmente é
verificado que o alvo dessas pesquisas vem se modificando apresentando o

2
MACHADO, Almires. Exá raú mboguatá guassú mohekauka yvy marãe‟y: De Sonhos ao Oguatá
Guassú em Busca da (s) Terra (s) Isenta (s) de Mal. 2015. 209 f. Tese (Doutorado em História)
– Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, 2015.
FERNANDES, Rosani. “Na educação continua do mesmo jeito”: retomando os fios da história
Tembé Tenetehara de Santa Maria do Pará. 2017. 266 f. Tese (Doutorado em Antropologia) –
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, 2017.

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indígena como autor de sua própria história e desmistificando características que
o foram atribuídas de forma enganosa que em certos pontos mancham a sua
imagem.

Os índios, quando ganhavam alguma visibilidade, recebiam


lugar secundário, quando muito eram julgados úteis como mão-
de-obra braçal. Embora houvesse elementos o suficiente para
que esses autores percebessem a ampla participação indígena
na formação da sociedade local, esse fato foi veementemente
negado, pois se assumido fosse eliminaria o argumento de
superioridade baseado em uma suposta origem europeia dos
não índios (CAVALCANTE, 2009).
A partir do momento que temos em mente a imagem que se tem enraizada
do indígena, o que se tem feito para se se modificar esse pensamento e que há
uma nova forma de se olhar a história do Brasil que engloba as temáticas
indígenas, enxergamos que a arqueologia na Amazônia é um fator que contribui
para a escrita dessa nova história, pois os materiais arqueológicos caracterizam
um meio que contribui com a etno-história e que pode ser utilizado para tentar
conhecer um pouco do cotidiano do indígena.

Hoje, espera-se da arqueologia que ela possa oferecer os


elementos concretos dessa utopia. Para a decepção dos
visitantes, no Xingu não há pedras, nem templos, mas marcas
elusivas do passado, traçadas em solo coberto por vegetação
(FAUSTO, 2005).
Dada a ausência de documentos escritos anteriores à conquista (são
povos de tradição oral), a arqueologia pode ser uma importante ferramenta para
a construção dessas histórias indígenas de longa duração. A arqueologia é um
trabalho interdisciplinar onde além materiais arqueológicos ela vem procurando
se inserir em campos de pesquisa que no passado não era adotado e que
atualmente vem contribuindo com o desenvolvimento de diversas pesquisas.

Percebemos que o foco dos estudos arqueológicos não se pauta somente


em objetivos provenientes do passado, mas percebemos que ocorre a
necessidade de dialogar com a contemporaneidade (LIMA, et al, 2013). É notório
que em grande parte das regiões onde se encontra sítios arqueológicos, há a
ressignificações tantos dos objetos arqueológicos como de nomes que no
passado tinha um significado diferente da atualidade, a exemplo de Gurupá onde
percebemos o nome Mariocai presente em vários pontos da cidade como: nomes

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de escola, estabelecimentos comerciais e praças, isso é observado em diversos
pontos do mundo segundo a pesquisadora Marcia Bezerra.

Um dos aspectos não muito explorados, e que configura


quase uma interdição, é o uso contemporâneo dos bens
arqueológicos. Refiro-me, aqui, aos artefatos e aos sítios
apropriados como materialização destacadas da categoria
“patrimônio”, mas enganchadas nas paisagens cotidianas
dessas comunidades (BEZERRA, 2013, p. 108).
Partimos da perspectiva teórica proposta pelo history from below a partir
dos povos indígenas (THOMPSON, 2001). Cujas histórias foram em diversos
momentos desconsideradas da “história oficial” do país. Isto se deu em um
momento que estes povos eram denominados bárbaros, hostis e um atraso no
desenvolvimento no Brasil. Atualmente essa situação tem mudado, os indígenas
estão cada vez mais se inserindo na discussão política do país e suas histórias
têm preenchendo lacunas deixadas no passado. Assim, vemos a história
brasileira ganhar um formato diferente, um formato menos elitista, com a
contribuição da nova história os documentos e os materiais arqueológicos
começaram a entrar em harmonia e nos ajudar a construir a história do Brasil
com base no indígena (CARNEIRO DA CUNHA, 1992). Além disso estaremos
alinhados a perspectiva da nova história indígena.

Observamos em Gurupá traços que condizem com o modelo de


colonização que foi empregado em diversas colônias pelo mundo, porém nessa
cidade é verificado algo a mais, uma importância que se é registrada através das
documentações históricas e dos materiais arqueológicos recolhidos no Forte
Santo Antônio de Gurupá em diversas etapas de campo, é necessário que se
faça um estudo aprofundado com base nesses dois meios de pesquisa e que se
contextualize as informações, dessa forma se poderá observa de forma mais
lucida a contribuição que no passado foi exercida pela cidade e seus moradores
e suas influências no presente.

Objetivos:

Objetivo Geral:

O objetivo é analisar a cultura material e os acervos documentais relacionados


à região do forte de Santo Antônio de Gurupá para compreender o contexto

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histórico de contato cultural entre povos europeus e indígenas durante o período
colonial no baixo Amazonas.

Objetivos Específicos:

 A continuação dos levantamentos e da análise documental do Forte


Santo Antônio de Gurupá;
 Analisar os materiais arqueológicos a serem coletados no Forte
Santo Antônio de Gurupá em julho de 2016;
 Comparar os resultados de ambas as análises para discursão;
 Promover uma interpretação e contextualização dos resultados;

Trabalhos de Campo:
Trabalho de Campo 2014:
Em 2012 foi atestado um preocupante caso de eminência de perda em
bens materiais históricos do forte Santo Antônio de Gurupá, a partir do momento
que foi identificado uma erosão em sua rocha base que comprometia todo o
complexo e a sua sustentação. Da mesma forma, também foram identificadas
áreas com potencial para futuros estudos arqueológicos históricos e pré-
coloniais que estavam correndo risco de desaparecer (SHEPARD, 2012). Assim,
rapidamente foi mandado um relatório a o IPHAN para que os trabalhos de
recuperação das regiões comprometidas e reforço na base do forte fossem
iniciados com urgência.

O monitoramento realizado em 2014 nos permitiu observar um pouco da


transformação que o tempo proporcionou ao forte e suas consequências que
hoje em dia se destacam nitidamente e que pode gerar uma possível degradação
ao local estudado. Esse trabalho foi acionado para a recuperação de materiais
arqueológicos que estavam aflorando da encosta do forte e por esta ocorrendo
para a contenção da rocha base.

A mancha de terra preta da encosta do forte parece ser uma deposição


secundária, um aterro antigo, rolada da superfície vertente abaixo. Por esse
motivo, e por se tratar de um aterro, o local se apresentava bastante remexido.
Como consta no relatório entregue ao IPHAN “Não foi possível definir o

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verdadeiro contexto de cada objeto encontrado, pois tudo sugere ter se originado
a partir de um esboroamento através da rocha” (MARQUES, et. al. 2014; p. 11).

Para que se pudesse proceder ao registro e coleta dos materiais da


encosta, a terra preta foi escavada em degraus. Durante o processo todo o
sedimento foi peneirado em malha de 4mm. Após a construção desses degraus
os mesmos foram quebrados dentro da peneira para que pudesse ser verificado
a presença de materiais dentro da terra preta que os compunha e os materiais
retirados desse processo foram armazenados em sacolas plásticas e
etiquetados para que as poucas informações que pudessem ser retiradas desse
processo não se perdessem.

Em novembro de 2014 se teve a oportunidade de apresentar o trabalho


para alguns moradores e vereadores da região, que se mostraram interessados
pelas modificações que seriam efetuadas no forte. A equipe do projeto recebeu
a todos de bom grado e apresentou os dados para subsidiar futuras idealizações
de salvaguarda do local.

Imagem 4: Erosão causada pela Maré na rocha base do Forte de Gurupá


(SHERPARD, 2013).

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Imagem 5: Equipe desenvolvendo trabalho na encosta do Forte Santo Antônio
de Gurupá (MARQUES, 2014).

Trabalho de Campo 2016:

Através de etapas anteriores de campo foi evidenciado uma estrutura que


se assemelha a um antigo muro, uma possível restos da antiga estrutura do forte,
que se localiza na direção da passagem de veículos e pessoas que entram e
saem da localidade. A escavação aqui citada apresentara a etapa de campo que
foi realizado a partir de possíveis estruturas que foram atestadas por um trabalho
geofísico realizado no local em 2015.

Atualmente a delegacia da cidade de Gurupá se localiza dentro das


estruturas do forte. Assim o objetivo dessa nova etapa de campo realizada em
julho de 2016 foi evidenciar as estruturas atestadas pela geofísica e com o auxílio
dos métodos de escavação tentar encontrar intervenções antrópicas antigas ou
recentes dentro do espaço do Forte Santo Antônio de Gurupá.

Para o início das atividades de campo em 2016, foram abertas duas


unidades de escavação medindo 1x1 m (escavações: 1 e 2) na parte exterior do
que seria a possível muralha antiga do forte e uma sondagem medindo 50cm x
50 cm na parte interior, a intenção era abrir mais uma unidade na parte interior
da muralha, porém o solo se encontrava em nível muito grande de compactação
que estava impedindo com que a escavação seguisse normalmente seu

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percurso, então foi necessário que se abrisse uma sondagem que chegou até
1,10 cm, para que ela conseguisse ser realizada com sucesso foi necessário o
uso de boca de lobo, o restante do processo ocorreu de forma normal. Utilizando-
se para peneirar a peneira de 2mm e os materiais encontrados foram etiquetados
e catalogados em fichas desenvolvidas especialmente para esta etapa de
campo.

Os materiais retirados dessas unidades foram variados, na escavação 1


e 2 nos primeiros níveis até a camada dois foram bastante recorrente materiais
contemporâneos como plástico e metais (ex.: garrafas e latas), esses materiais
também foram recolhidos com o intuito de apresentar a ação atual do homem na
região, para os demais níveis que se seguiram começaram a se evidenciar
materiais mais antigos, como louças, vidros, cerâmicas nativas e europeias
(grês), foi necessário que ao final dessas duas unidades se abrisse
aproximadamente 30 cm para dentro do que se pensava ser a antiga muralha,
assim podemos percebe o alinhamento do antigo muro e dentro desses 30 cm
materiais arqueológicos (louça e vidro). Para a sondagem que foi aberta na parte
interior da muralha foi recolhido solo para análise e os materiais que foram
retirados foram de cunho atual.

Foi aberta uma 3° unidade na parte de dentro da estrutura atual da


fortificação, próxima à entrada da delegacia, o intuito dessa unidade foi tentar
encontrar algum vestígio antrópico que poderia ter sido deixado ali por antigos
grupos que participaram da história da região antes e depois da construção do
forte. Inicialmente nos primeiros 10 cm da escavação o solo se encontrava em
uma tonalidade acinzentada e com baixa compactação, sua granulação chegava
perto de se comparar com areia, os materiais recorrentes dessa camada inicial
correspondem a plástico, metal recente e matéria orgânica, essa camada
possivelmente é decorrente de uma das reformas recentes da delegacia, assim
essa areia é proveniente de material de construção.

Após essa camada o solo começou a escurecer chegando a tonalidade


na tabela munsell 10 yr 2/2 yellowish brown, essa unidade atingiu a profundidade
de 1 metro no quadrante nordeste e noroeste e 30 cm no quadrante sudeste e
sudoeste, em diversos momentos foi registrado a ocorrência de pedregulhos até
por fim chegar a última camada que se mostrou bastante compactada e com
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pedras alinhadas, possivelmente o contra-piso original da fortificação (anexo 2).
Após a primeira camada que demonstrou materiais recentes, as demais
apresentaram objetos como louça, cerâmica, vidro e metal.

A 4° unidade, localizada nos fundos da delegacia, se apresentou quase


em toda sua totalidade estéril, com exceção de seus primeiros níveis que
obtivemos materiais recentes, essa unidade chegou em seu quadrante nordeste
e sudeste a 80 cm de profundidade e nos quadrantes sudeste e sudoeste a 60
cm de profundidade. Uma das características mais marcantes dessa unidade foi
a sua tonalidade amarelada, sua alta compactação, solo bastante úmido e
manchas vermelhas ferruginosas no solo.

Pela região já ter sofrido com bastante impacto e diversas intervenções


por motivos de reforma ou até mesmo retiradas de solo para deposição em
outras regiões, o método adotado foram os níveis artificiais com níveis de 10 em
10 centímetros, em todas as unidades o solo foi peneirado em peneira de 2mm
e os materiais catalogados, etiquetados e armazenados em sacos plásticos.
Além das atividades de escavação o grupo de arqueologia do MPEG (Museu
Paraense Emilio Goeldi) desenvolveu diálogos com os moradores antigos dos
arredores do forte, para poder ter o conhecimento mais amplo da história do forte
pelo seu intermédio.

A região apresenta forte necessidade de ações de salvaguarda e


revitalização. Não apenas das edificações e dos materiais pré-coloniais e
históricos deste contexto, mas também do conhecimento gerado pelas
pesquisas sobre o local. De fato, vemos que o próprio forte tem grande influência
na construção da identidade da população que hoje reside na região de Gurupá.

As atividades devem continuar em Gurupá, pois ainda há muito o que se


obter de informação tanto sobre o Forte quanto sobre a cidade, tendo em vista
que a cidade está localizada em um grande sito arqueológico multicomponencial.
Essas atividades já foram iniciadas em diversas etapas de trabalho realizadas
pelo projeto OCA, mas é necessário que essas atividades continuem.

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Imagem 6: Possível Muro do Antigo Forte Santo Antônio de Gurupá

Imagem 7: Equipe do projeto Oca desenvolvendo escavações no Forte de


Gurupá em julho de 2016 (PENA, 2016).

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Metodologia:

O desenvolvimento do trabalho aqui apresentado se iniciou com uma análise


dos materiais retirados da escavação do forte em novembro de 2014, das peças
provenientes das demais coletas de superfície realizadas no local em outros
momentos e na escavação realizada em julho de 2016 no Forte Santo Antônio
de Gurupá. Também contamos com o levantamento e análise de documentos
históricos referentes a região do forte de Gurupá para poder se inserir no
discurso da pesquisa juntamente com a análise dos materiais

Leituras:

A historiografia da Amazônia tem apontado para a importância do Forte de


Gurupá para a defesa da Capital Belém (CAPISTRANO, 2000; Apud, REZENDE;
2006; pág. 57). Como o Forte de Gurupá auxiliava o Forte do Castelo em Belém
para a defesa do território, as maiores quantidades de agentes de guerra eram
destinadas para Gurupá para auxiliar e reforçar o que era chamado pelos mesmo
como “frente de guerra” (VIANA, 2013; pág. 100).

Nesta mesma direção Denise Shaan (2010) aponta o grande quantitativo de


áreas que possuem potencial para desenvolvimento de pesquisas arqueológicas
em Gurupá e em regiões próximas, essas áreas possuem afloramentos
superficiais de materiais arqueológicos como, por exemplo, cerâmicas indígenas
e com histórico que confirmam a presença de população pré-colonial.

Através da pesquisa realizada por Marques, que englobou Forte do Castelo


e a igreja da Sé, podemos perceber uma semelhança entre Sitio Arqueológico
Forte de Gurupá e o Forte do Castelo, pois ambos possuem sobreposições de
ocupações anteriores a chegada do europeu. Isso ocorria devido a tentativa dos
colonizadores de fazer os grupos indígenas reconhecerem a ambientes
colonialistas de culto e política como seu, tendo como intermédio sua
localização. Assim também foram utilizadas documentações que apresentassem
o contato que o europeu e indígena tiveram ao longo de todos esses anos que
perdurou o processo de colonização (AZEVEDO, 1901; pág. 31).

Em relação aos povos indígenas da Amazônia, os indícios documentais


da época não são totalmente confiáveis devido sua tendenciosidade, a partir do

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momento que juntamos com os materiais arqueológicos podemos observar um
pouco da história indígena se destacando nos resultados iniciais da pesquisa.

Além disso, está pesquisa estabelecerá diálogo com os trabalhos


realizados na região do forte Santo Antônio de Gurupá pela equipe de
arqueologia do MPEG através do projeto OCA em parceria com o Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), vem desenvolvendo não
somente trabalhos arqueológicos e de análises documentais, mas também de
educação patrimonial para que as pessoas que moram em Gurupá venham a
colaborar com o trabalho afim de evitar futuras depredações e para que também
os mais novos saibam da importância que o forte teve para a formação de sua
cidade e proteção das diversas outras que existem ou existiram ao longo do rio
Amazonas e Xingu.

Essa pesquisa se torna importante no âmbito que a mesma está


comprometida em abordar a temática indígena da região de Gurupá, e mostrar
que além de ser uma região que no passado era importante para a defesa do
território (dessa forma aumentando o interesse de diversos povos europeus que
cobiçavam a Amazônia), também foi antes mesmo da chegada dos estrangeiros,
uma região de intenso fluxo de etnias indígenas. Pautado nessas questões é
proposta por intermédio dessa pesquisa dar aos moradores de Gurupá além da
história do forte, a memória dos povos indígenas que contribuíram para a
formação de sua cidade.

Analise do Material Arqueológico:

Inicialmente esses materiais cerâmicos e de demais tipologias (louça, vidro,


metal) passaram pelo processo de higienização adequada tendo maior cuidado
com aqueles que possuíam decoração e que apresentasse algum risco de
remoção, esses materiais que ao decorrer do processo foram se evidenciando
foram separados dos demais para que fosse feito uma lavagem mais adequada,
dessa forma teríamos um item limpo e as características da peça puderam ser
conservadas.

Houve a quantificação dos objetos e agrupamento por escavação, mais tarde


esse processo realizado colaborou para remontagem de algumas peças, após a
realização dessa etapa ocorreu a foto para armazenamento digital, o termino
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desse último processo permitiu que esse grupo pudesse ser guardado para que
houvesse espaço para os demais que também passariam pelo mesmo processo,
porém com mais cautela.

Após essa etapa os materiais foram numerados e fotografados para


armazenamento de dados. A partir desse primeiro momento foram criadas
tipologias de forma que os materiais foram agrupados a partir de suas
semelhanças, esse procedimento colaborou com a remontagem de alguns
fragmentos e na elaboração de gráficos de quantitativos.

Analise documental:

Durante esse período de realização da pesquisa se pode também fazer a


análise de documentos que pudessem contar um pouco da história do Forte
Santo Antônio de Gurupá, foi criada uma tabela a qual se pode colocar o século,
data, autor e nome da obra, tipo de documento (iconográfico ou escrito) e um
breve resumo do documento. Esses documentos contam um pouco da história
conhecida ainda por poucos de Gurupá e contribuem para que os materiais que
estão sem níveis estratigráficos sejam melhor interpretados durante a análise.

Como diversas culturas passaram pela região de Gurupá, ter um suporte


documental também contribui para que se possa ter a chance de distingui-las
através de sua cultura material e por intermédio da documentação oficial olhar
pelo olhar do colonizador suas primeiras impressões dos povos indígenas, suas
primeiras medidas para coloca-los no “padrão” europeu e a reação do indígena
a essas medidas.

Resultados Finais:

No total foram analisados 1080 fragmentos de cultura material


provenientes das escavações realizadas no Forte Santo Antônio de Gurupá em
julho de 2016. Destes, uma quantidade expressiva de materiais foi identificada
como materiais construtivos (796), esse quantitativo apresenta as diversas
modificações estruturais ao qual o Forte foi submetido no passado. Os demais
materiais foram classificados em categorias que caracterizam seu uso (Material
de Uso Cotidiano, Materiais Cerâmicos, não identificados, Material Recente e
Outros). É importante ressaltar a grande presença de materiais recentes

19
principalmente o plástico que mostra que esse ainda é um sitio em construção e
que está bastante presente no cotidiano dos cidadãos de Gurupá.

Além desses materiais arqueológicos também foram analisados 120


documentos que contribuíram para o entendimento sobre o contado indígena e
europeu na região. Para isto foram utilizados tanto os documentos oficiais, a
exemplo dos registros de casas (BAENA; 2004) e não oficiais como diários e
cartas, além de iconografias.

Objetivamos analisar a cultura material presente no forte com o intuito de


distinguir, através do material arqueológico e analises documentais, os
elementos indígenas das possíveis interferências europeias. Apesar do forte
inicialmente ter levado o nome que se relaciona com uma das etnias indígenas
que habitavam a região no momento da chegada dos Holandeses (Forte
Mariocay), documentos mostram que a presença indígena possui grande
significação na região de Gurupá também por meio de outros grupos indígenas
diversificados que estavam presentes na região.

Isto nos faz levantar hipóteses de como esses grupos indígenas


chegaram na região, se foram remanejados de seu local de origem pelos
europeus para servirem de mão-de-obra, se de fato essas outras culturas já
conviviam localmente entre si e se os missionários tiveram algum papel
importante no remanejamento dos indígenas para algum aldeamento em
Gurupá. Assim o intuito dos resultados a seguir é mostrar as ações antrópicas
pelo qual o forte passou e tentar apresentar o início de uma vasta história do
indígena que se localizava em Gurupá.

Analise Material de Arqueológicos:

Os materiais analisados nessa pesquisa são provenientes de um trabalho


de campo realizado no Forte Santo Antônio de Gurupá em julho de 2016,
diferente do material trabalhado no projeto anterior podemos perceber que são
em sua maioria peças de âmbito construtivo que foram retiradas de níveis
controlados. No total foram analisados 1080 materiais que obtiveram o peso total
de 18,069 g.

20
A partir dessas peças foi possível se obter categorias relacionadas a seu
uso, como Material de Uso Cotidiano, Pré-Colonial, Material Construtivo, não
identificados, Material Recente e Outros (gráfico 1). Essa distribuição por
categorias simplificou o trabalho no âmbito de que forma cada material seria
manuseado em sua análise.

Quantidade Geral Por Categoria

outros

M. Recente

M. não identificado

M. Cerâmicos

Material de U. Cotediano

Material Construtivo

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

Gráfico 1: Quantidade Geral Por Categoria (BOTELHO, 2017).

Ao observamos o gráfico de disposições de material é possível constatar


uma quantidade superior de materiais construtivos com relação a quantidade dos
outros objetos que são apresentados nas demais categorias. A partir disso,
podemos fazer um breve cruzamento de informações entre documentos e
analise dos materiais, em diversos momentos da história de Gurupá podemos
perceber o Forte Santo Antônio de Gurupá passando por degradações e
transformações, isso foi constatado por meio dos documentos relativos a história
da região, e o grande índice de material construtivos nos permite ter uma forma
física de confrontar com as documentações estudadas para essa pesquisa.

Foi encontrado uma quantidade significativa materiais cerâmicos que


demonstram as possíveis tecnologias pré-coloniais provenientes de coleta de
superfície na praia que se localiza na frente do Forte Santo Antônio de Gurupá
seu total constatou 132 peças cerâmicas, essa coleta foi realizada pelas crianças
que moram nas proximidades das edificações do Forte. Os materiais de uso
cotidiano (Vidro, Louça, Grês e Metal) também tiveram uma presença
significativa, no entanto, no momento ainda não se pode constatar se esses
materiais cerâmicos e de uso cotidiano coexistiram no mesmo período, mas se

21
essa hipótese for comprovada, essa será uma das provas das relações entre
indígena e europeu na cidade de Gurupá, onde as relações exercidas pelo
cotidiano no Forte fizeram com que essas duas culturas distintas tivessem um
extenso convívio.

Registrou-se da mesma forma materiais recentes como o plástico e


alguns vidros de garrafas atuais, essa categoria é de extrema importância, pois
por meio dela podemos nos atentar para um sitio arqueológico que ainda está
em formação e que tem uma constante relação com a população da cidade de
Gurupá.

Com base nas informações gerais apresentadas anteriormente


começaremos a apresentar os resultados por unidades, tendo em vista que cada
escavação teve seu propósito e suas características especificas que
contribuíram com estudo de forma geral.

As primeiras unidades (N100E100; N101E100; N102E100; N105E100)


foram iniciadas em uma localidade que possuía uma estrutura em evidência
onde em 2015 a geofísica atestou anomalias, essa estrutura dizia respeito a um
possível muro antigo, assim os materiais que foram retirados dessa escavação

Podem nos mostrar que de certa forma essa estrutura tem relação com o
passado do Forte Santo Antônio de Gurupá.

22
Quantidade Por Nível - N100E1000 Peso (g) Por Nível - N100E100

Plástico 1 Plástico 5
Louças 1 Louças 10
1

1
Vidro 2 Vidro 10
Material Construtivo 10 Material Construtivo 75
Arenito 1 Arenito 1.160
Cerâmica Histórica 13 Cerâmica Histórica 350
Cerâmica 2 Cerâmica 15
2

2
Metal 3 Metal 115
Vidro 3 Vidro 25
Material Construtivo 192 Material Construtivo 2.815
Material Construtivo 23 Material Construtivo 260
3

3
Louças 2 Louças 15
4

4
Material Construtivo 11 Material Construtivo 125
Cerâmica Histórica 1 Cerâmica Histórica 370
5

5
Material Construtivo 9 Material Construtivo 350
Material Construtivo 15 Material Construtivo 450
6

6
Litico 1 Litico 5
Vidro 1 Vidro 25
7

7
Material Construtivo 17 Material Construtivo 475
0 50 100 150 200 250 0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Gráficos 2 e 3: Quantidade Por Nível e Peso (g) por nível da unidade N100E1000
(BOTELHO, 2017).

Quantidade Por Nível - N101E100 Peso (g) Por Nível - N101E100

Plástico 7 Plástico 20
Argamassa 1 Argamassa 40
Metal 1 Metal 5
1
1

Vidro 3 Vidro 10
Material Construtivo 5 Material Construtivo 25
Material Construtivo 58 Material Construtivo 63
2
2

Tabatinga 1 Tabatinga 25
Louças 1 Louças 10
3
3

Material Construtivo 53 Material Construtivo 2.215


Material Construtivo 52 Material Construtivo 2.125
7 6 4
7 6 4

Material Construtivo 5 Material Construtivo 15


Material Construtivo 10 Material Construtivo 20
0 20 40 60 80 0 500 1000 1500 2000 2500

Gráficos 4 e 5: Quantidade Por Nível e Peso (g) por nível da unidade N101E100
(BOTELHO, 2017).

Os gráficos apresentados a cima (Gráfico 2, 3, 4, e 5) caracterizam as


escavações N100E100 e N101E100, essas unidades foram abertas na parte
externa do que seria a possível antiga muralha do Forte Santo Antônio de
Gurupá, os materiais encontrados nessas unidades em sua maioria tanto em
questão de quantidade como em peso (g) são de âmbito construtivo, porém
houve a ocorrência de demais outras categorias de materiais como uso cotidiano
(Louça, Vidro e Metal) material cerâmico e recente (Plástico), todos esses grupos
além de constatar a presença da antiga muralha, também afirma a

23
multicomponencialidade do sitio, pois apresenta materiais que se remetem a
períodos atuais, assim mostrando um sitio que ainda está em formação.

Na unidade N102E100 (Gráficos 6 e 7) foi englobava a dimensão da


muralha foi aberto uma sondagem de 30x30 cm, e foi notado que quanto mais
perto se estava da estrutura mais materiais de uso cotidiano foi aflorando na
unidade, assim como também materiais construtivos. Com esses dados é
possível pensar em uma intensa relação da população com o Forte, relação essa
que perdura até os dias atuais, tendo em vista que hoje em dia a delegacia da
cidade funciona dentro da área do sitio, apresentando um fluxo cotidiano de
pessoas.
Quantidade Por Nível - N102E100

Rocha 1
Azulejo 3
1

Vidro 1
Material Construtivo 36
Material Construtivo 13
2

Cerâmica 1
3

Material Construtivo 23
Outros 4
4

Material Construtivo 23
Cerâmica 4
6 5

Cerâmica 3
Tabatinga 3
Louças 1
7

Material Construtivo 20
Material Construtivo 26
8

Material não Identificado 1


11 9

Cerâmica 11
Cerâmica 1
0 5 10 15 20 25 30 35 40

Gráfico 6: Quantidade Por Nível N102E100 (BOTELHO, 2017).

Peso (g) Por Nível - N102E100

Rocha
Azulejo
1

Vidro
Material Construtivo
Material Construtivo
2

Cerâmica
3

Material Construtivo
Outros
4

Material Construtivo
Cerâmica
6 5

Cerâmica
Tabatinga
Louças
7

Material Construtivo
Material Construtivo
8

Material não Identificado


11 9

Cerâmica
Cerâmica
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

Gráfico 7: Peso (g) por nível da unidade N102E100 (BOTELHO, 2017).

24
A escavação N105E100 (Gráficos 8 e 9), se localiza na parte interna da
antiga muralha, a mesma se caracterizou como uma unidade bastante
dificultosa, por apresentar uma alta compactação do solo, fazendo com que
fosse abordada somente a abertura de uma sondagem de 50x50 cm, sua
quantidade de material foi inferior aos das demais outras unidades, assim como
também não houve um fluxo constante de ocorrência de materiais arqueológicos,
porém igualmente as demais foi registrado afloramento de material construtivo
mesmo que em pequena quantidade.

1
Quantidade Por Nível - N105E100 Peso (g) Por Nível - N105E100

Metal 1 Metal 10
1

Material Construtivo 1 Material Construtivo 55


3
3

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 0 10 20 30 40 50 60

Gráficos 8 e 9: Quantidade Por Nível e Peso (g) por nível da unidade N105E100
(BOTELHO, 2017).

As demais escavações (N115E89; N135E66), há ocorrência de materiais


arqueológicos, sendo a unidade N115E89 (Gráficos 10 e 11) uma escavação
que registrou com o aparecimento de materiais de uso cotidiano por nível, assim
como materiais construtivos. A unidade N115E89, se destaca também por
apresentar em 1 metro de profundidade uma estrutura que se assemelha a um
possível contra piso antigo do Forte, tendo em vista a disposição de materiais
pode-se entender que essa estrutura provavelmente fazia parte da estrutura do
Forte Santo Antônio de Gurupá, apontando mais um indicio do passado da
edificação.

25
Quantidade Por Nível - N115E89 Peso (g) Por Nível - N115E89

Vidro 1 Vidro 10
Metal 1 Metal 15

2
2

Cerâmica 3 Cerâmica 25
Metal Recente 1 Metal Recente 10
Louças 7 Louças 25

3
3

Material Construtivo 114 Material Construtivo 1.135


Cerâmica 30 Cerâmica 170

8 7 6 5 4
8 7 6 5 4

Cerâmica 4 Cerâmica 40
Cerâmica 4 Cerâmica 15
Cerâmica 5 Cerâmica 25
Cerâmica 5 Cerâmica 15
Rocha 1 Rocha 1.645
Cerâmica 35

10
Cerâmica 10
10

Material Construtivo 2 Material Construtivo 1.305


0 20 40 60 80 100 120 0 500 1.000 1.500 2.000

Gráficos 10 e 11: Quantidade Por Nível e Peso (g) por nível da unidade N115E89
(BOTELHO, 2017).

Diferente da N115E89, a unidade N135E66 (Gráficos 12 e 13) não


destaca aparecimento constante de materiais, porém apresenta um contraponto
com as demais escavações destacando-se por sua dificuldade de abertura e um
solo extremamente argiloso e compactado.

Quantidade Por Nível - N135E66 Peso (g) Por Nível - N135E66


2

Vidro 1 Vidro 15
2

Material Construtivo 50 Material Construtivo 190

0 10 20 30 40 50 60 0 50 100 150 200

Gráficos 12 e 13: Quantidade Por Nível e Peso (g) por nível da unidade N135E66
(BOTELHO, 2017).

Levando-se em consideração os aspectos mencionados podemos


observar os dados das análises materiais começando a se direcionar para os
sentidos propostos pela pesquisa, e principalmente atestando que a cultura
material e acervo documental da história de Gurupá estão começando a interagir
entre si, pelo fato de que ambos estão se completando, no momento os
resultados parciais têm muito a nos dizer, mas ainda há o que se confirma com
o tempo.

26
Análise Documental:

O Forte Santo Antônio de Gurupá foi de extrema importância para a


colonização e fixação portuguesa na região norte do Brasil, sabemos que
historicamente o principal meio de locomoção até o século XX eram as
embarcações, o rio sempre foi bastante utilizado até mesmo antes do período
colonial por povos nativos da região amazônica. O europeu também possui uma
vasta trajetória no que se diz respeito a fabricação e manuseio de embarcações
de grande porte, ao abordarmos esse conhecimento é notado que o mesmo se
amplia no momento que ocorre o contato entre indígenas e europeu e a troca
desses saberes tecnológicos.

Percebe-se que até hoje há essa marca nas comunidades ribeirinhas e


também em moradores das grandes cidades como Belém/PA. Assim devido
Gurupá estar situada na confluência do rio Xingu com o delta Amazônico, quem
possuísse seu controle também teria o conhecimento de quem, porque e o que
entrava e saia de ambos os rios, é importante destacar que através das análises
documentais é possível perceber um constante fluxo de pessoas entrando e
saindo da região onde Gurupá está situada, assim é possível se fundar a
importância do controle da região.

A falta de índios amigos- fornecedores de tabaco, algodão,


urucum e drogas- desestimula novos empreendimentos
comerciais, dificultando ainda mais pela construção do Forte do
Gurupá, estabelecido em local estratégico: no começo do delta
amazônico, excelente posto de observação avançado e preciso
complemento do Forte do presépio, na margem direita do rio.
Fica assim firmada a presença de Portugal até o Cabo Norte, e
livre de inimigos estrangeiros todo o baixo Amazonas.
(CAPISTRANO; 2000; Apud; REZENDE; 2006; pág. 57).
Devido aos privilégios estratégico militar e naturais que a região oferecia,
por muito tempo foi alvo de disputas entre diversos povos europeus que
desejavam também controlar a área. Antes mesmo da chegada dos civis
europeus o clero já havia chegado na região tendo contato imediato com as
comunidades indígenas que residiam nas localidades, no caso de Gurupá
observamos Franciscanos e Jesuítas exercendo seus trabalhos na região, sendo
os Jesuítas em aproximadamente 1693 foram expulsos por desacatar a ordens
militares (Guzmán; 2008).

27
Através dessa pesquisa se pode obter até o momento o quantitativo de
230 documentos (Gráfico 14) lidos e armazenados para a elaboração do banco
de dados que será disponibilizado a cidade de Gurupá no término da bolsa,
esses podem ser apenas alguns documentos encontrados no âmbito da
pesquisa, outros ainda podem existir e futuramente ser anexado a cronologia
documental criada, abaixo pode-se observar esse quantitativo distribuído pelos
séculos ao qual os mesmos foram confeccionados.

Quantidade de documentos identificados


por século

118

44 48
20

século XVII século XVIII século XIX Século XX


Gráfico 14: Quantidade de documentos identificados por século (BOTELHO; 2017).

O gráfico aponta para um dado bastante interessante para o estudo,


percebe-se que nos séculos iniciais de manuseio do Forte (XVII e XVIII) existe
grande movimento documental na região, esse número se eleva no século XVIII,
isso acontece devido a grande distribuição de cartas sesmarias para a região de
Gurupá, percebesse através deste documento de doação de terras o grande
interesse que vários possuíam pelas terras de Gurupá. Após esse momento de
distribuição territorial percebesse o decaimento de número de documentos a
região que um dia foi de extrema importância estratégica e economica acaba
perdendo sua utilidade.

28
Classificação geral dos documentos por tipologia

Viajantes 4
Saúde 2
Revoltas 1
Religioso 40
Registro do estado 3
Reforma 4
Óbito 5
Militar 136
Midia 1
Iventário 1
Iconografia 8
Educação 1
Doenças 3
Demografico 3
Civil 10
Cientifico 7
Abolição 1
0 20 40 60 80 100 120 140 160

Gráfico 15: Classificação geral dos documentos por tipologia (BOTELHO,


2017).

A partir desse quantitativo pode ser notado que no decorrer dos séculos
de existência do Forte Santo Antônio de Gurupá foram determinadas categorias
documentais que se criadas que se destacam historicamente na trajetória dessa
região (Gráfico 15). Os gráficos apontam para dados consistentes para
compreendermos a história do Forte Santo Antônio de Gurupá, assim como
entender o que estava acontecendo ao seu redor.

Notamos que no século XVII possuímos em maior quantidade


documentos relativos aos trabalhos exercidos pelas ordens missionárias e pelos
militares. Assim quando se observa os documentos relativos ao século XVIII é
possível visualizar as mesmas categorias se destacando, sendo os documentos
militares em maior número, logo bem como os grupos citados novos elementos
documentais manifestam-se, sendo uma dessas categorias os documentos civis.

29
Geralmente os documentos encontrados do século XVIII, que
correspondem a cidade de Gurupá, ainda reconhecida nessas obras como uma
vila, vão tratar de distribuição de sesmarias3 na região para fazendeiros ou até
mesmo para militares que estavam em fim de carreira e cumpriram com seus
deveres na proteção da região.

CLASSIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS POR TIPO E SÉCULO


140
Midia
Viajantes
120 Inventário
Educação

100 Doenças
Abolição
Iconografia
80
Civil
Saúde
60 Revoltas
Religioso

40 Registro do Estado
Reforma
Óbito
20
Militar
Demográfico
0 Cientifico
XVII XVIII XIX XX

Gráfico 16: Classificação de documentos por tipo e século (BOTELHO, 2017).

Até o século XX notaremos constantemente a presença de documentos


militares e religiosos sobre Gurupá, no entendo ao compararmos o total de
número de documentos que possuímos nessas duas categorias por século é
possível apurar que esse número se reduz consideravelmente, sendo o século
XX até o momento o único sem registro documentais militares (Gráfico 16).

Em alguns momentos nas documentações levantadas sobre Gurupá é


citado uma suposta etnia indígena que estava naquela região no momento da
chegada dos Holandeses, em grande parte desses textos os mesmos são
citados como Mariocais ou Mariocas, inicialmente o Forte foi denominado como
Forte Mariocay devido a relação com esse grupo indígena, porém são poucos

3 Sistema de distribuição de terras hereditárias promovido no Brasil pela coroa Portuguesa a


seus beneficiários, com o objetivo de promover a ocupação do território e o cultivo das terras
(Entre o Séc. XVI ao início do XVIII).

30
os relatos que se tem sobre essa suposta etnia, mais recentemente foi
mencionado em uma bibliografia que Mariocai seria a língua falada por esse
grupo em especifico, porém isso é algo a ser estudado mais à frente.

Local onde os holandeses construíram, em 1610, o Forte


Mariocai ou Mariocay. Seu nome advém da língua falada por
índios residentes entre a foz do rio Peri e a do rio Acaraí, à
margem esquerda do rio Xingu, afluente do rio Amazonas
(MUNIZ, 2004).
A informação citada anteriormente é algo a ser verificado, pois o Gurupá
se localiza a Margem direita do rio Xingu, isso apresentariam não somente uma
região que possuía um grande quantitativo de indígenas, mas também uma
localidade que ao seu redor habitavam etnias indígenas distintas que poderiam
ou não conviver juntas antes e depois da chegada do europeu.

O Forte Santo Antônio de Gurupá em diversas ocasiões passou por


períodos de reforma, e isso ocorre por em diversos momentos a região ter sido
abandonada ou sem mantimentos que dessem o suporte para reparos na
estrutura. Os Documentos a seguir interagem com os quantitativos de Materiais
construtivos encontrados na escavação do forte Santo Antônio de Gurupá em
julho de 2016, apresentando a realidade da estrutura durante os séculos que se
manteve até o século XX que foi o último relato em documentos oficiais
encontrado sobre suas reformas.

31
Documentos do Forte Santo Antônio de Gurupá referentes ao estado que se encontra a
fortificação
Nome da Data Resumo Análise
Obra
A"gente de 1691 A coroa aprova a reforma do  Militar;
guerra" na forte de Gurupá (será ampliada  Retirado do Arquivo
Amazônia e após o termino da construção Histórico Ultramarino;
colonial. será aumentada a sua  Fala sobre reformas
Composição guarnição) e pede que os que acontecerão no
e moradores da dita fortaleza leve Forte Santo Antônio de
mobilização suas mulheres assim a ideia do Gurupá e do aumento
de tropas povoamento para repelir da guarnição.
pagas na intrusos irá dar certo. (Annas da
capitania do Biblioteca do archivo público do
Grão-Pará pará, Tomo I (1902), primeira
(primeira série, pp. 101-102).
metade do
século
XVIII). Pág
102

A"gente de 1747 Carta do governador Francisco  Militar;


guerra" na Pedro de Mendonça Gurjão para  Retirado do Arquivo
Amazônia o rei; Fala do mal estado da Histórico Ultramarino;
colonial. estrutura do Forte de Gurupá e  Fala da má condição da
Composição outros demais próximos. Fortificação em
e (Avulsos Pará, caixa 29, Doc. meiados do Século
mobilização 2804 XVII.
de tropas
pagas na
capitania do
Grão-Pará
(primeira
metade do
século
XVIII). Pág
22

Arquivo 1754 Queixa feita pelo tenente de  Militar


Histórico Gurupá sobre o missionário Frei  Retirado do Arquivo
Ultramarino José da Trindade, pois o mesmo Histórico Ultramarino.
o insultou quando solicitou 4  Retrata tanto a relação
indios da aldeia de Guarimugu entre indigena e
para trabalhar nas obras de europeu, como também
reparação dos Quartéis e de missionários e militares
uma muralha. na região, o mesmo
destaca também a
necessidade de reparos
na estrutura do Forte de
Gurupá.

32
Contribuição 1760 O Governador Manuel Bernado  Militar
à História de Melo e Castro deliberou  Retirado da Obra:
das reconstruir a fortaleza e neste “Contribuição à história
Paróquias propósito enviou a Gurupá o das paróquias da
da Major de Engenharia Gaspar Amazônia”.
Amazônia. João Geraldo Gronfelts que ali  O Documento trata da
aportou em 27 de janeiro do ano Ordem dada pelo
seguinte. Referindo-se à Governador Manuel
fortaleza disse ele depois do Bernado para reformar
governador: " Achei a arruinada o Forte de Gurupá, e
de tal sorte que as paredes para esse serviço e
estão todas para cair e assim destacado o
me parece que quando se Engenheiro João
fizesse detrás destas paredes Geraldo Gronfelts.
terra plena não hão de sofrer o
peso desta terra e mais as
peças com os reparos".

Planta da 1762 Planta da Fortaleza de Gurupá  Militar


Fortaleza de (Groenfelt)  Retirado do Arquivo
Gurupá Histórico do Exercito.
(Groenfelt) Desenho que possivelmente
não se concretizou feito por
João Geraldo Groenfelt.
Contribuição 1774 Planta da Fortaleza da Vila de  Militar;
à História Gurupá (Antônio José Pinto) 26  Retirado da Obra:
das de Novembro de 1774, “Contribuição à história
Paróquias construida em 1623 pelo das paróquias da
da capitão-mór Bento Maciel, com Amazônia”.
Amazônia. o nome de fortaleza de Santo  A Planta destaca
Antõnio de Gurupá, no Sitio principalmente as
chamado Mariocai. partes da fortaleza que
se encontra em Ruinas.

Contribuição 1785 Dom Frei Caetano Brandão se  Religioso;


à História Refere a Gurupá: " Aportamos  Retirado da Obra:
das na Fortaleza de Santo Antônio “Contribuição à história
Paróquias de Gurupá. Logo ao amanhece das paróquias da
da nos veio conduzir para terra o Amazônia”.
Amazônia. comandante; ali junto de um  O Documento registra
belo arco se me fez uma não somente o estado
pequena fala; depois disto que se encontra a
debaixo do Palio me encaminhei fortificação, mas
a igreja acompanhado de todas também
as pessoas de bem daquela vila, aproximadamente o
e da tropa auxiliar. Preguei ao número de pessoas que
povo e crismei alguns meninos... estão habitando na
O número das pessoas brancas cidade.
não excede a 300, tem de mais

33
alguns índios; é terra pobre,
talvez por falta de espírito dos
moradores; pois se
trabalhassem, podiam ter
abundância de arroz; a igreja é
muito boa... a fortaleza teve
bons princinpios, mas está
incompleta e desarmada de
tudo; só se vem paredes...

Contribuição 1920 7 de Dezembro - Manuel  Viajante;


à História Buarque dedica a Gurupá as  Retirado da Obra:
das linhas seguintes: " Vimos já em “Contribuição à história
Paróquias ruínas, antes de terminar a das paróquias da
da construção o paço municipal, Amazônia”.
Amazônia. projetado pelo Dr. Flávio Batista,  Um viajante que passa
quando se achava à frente dos por Gurupá, acaba por
destinos desse rico-infeliz descrever o estado que
municipio. E disse: Aqui estas se encontra a
uma nova torre de Babel, que se Fortificação.
pretendia edifica, mas não se
conseguiu. Na dos hebreus
ficaram as obras paralisadas ,
por haver o Senhor castigado os
construtores com a confusão
das linguas; e nesta dos
gurupaenses baralhou-se a
política, com a negociação de
empréstimos fantástico, e as
paredes do monumento
projetado, em vez de subirem,
cairam em ruínas. São coisas
que sucedem, as vezes, mas
não se explicam".

Os documentos citados anteriormente apresentam momentos de


abandono e de reforma do Forte Santo Antônio de Gurupá, a planta elaborada
pelo Eng.o Groenfelt em 1762 (Imagem 8) é algo que possivelmente não foi
colocado em prática (VIANA, 1904) e que provavelmente não se concretizou.
Observamos através da estrutura atual do Forte (Imagem 9) muitas
semelhanças com a proposta de Groenfelt, no entanto através de medidas
tomadas no forte atualmente, se constata muitas diferenças de proporções, entre
outras características que não estão de acordo com o projeto, mesmo assim o

34
trabalho do engenheiro e de muitos outros que passaram na região mostra a
preocupação em se tentar revitalizar a estrutura da fortificação de forma que
fosse mais resistente e seguro para futuros confrontos.

Imagem 8: Planta da Reforma do Forte Santo Antônio de Gurupá (Fonte: GRONFELT;


1762).

35
Imagem 9: Mapa da área do sítio, com indicação da área de ocorrência de terra preta
arqueológica, que foi pesquisada nesta etapa (Fonte: MARQUES; 2014).

A partir dos documentos analisados, também pode ser identificado


nomes de possíveis etnias indígenas que passaram por Gurupá, Entre elas
estão: Engaiba, Mapuas, Periquas, Ariquras, Jacoanis, Managages, Guarimucus
Aruanes4, Taconhapés e Ingabaybas5. Podemos observar o intenso contato
entre grupos indígenas na região de Gurupá, não somente entre si, mas também
com os europeus que estavam lá nesse momento, essas interações contribuíram
para a formação social e cultural dos residentes da atual cidade de Gurupá.

Documentos do Forte Santo Antônio de Gurupá que Destacam a Presença Indígena


na Região

4
Arquivo Histórico Ultramarino: AHU_CU_013, Cx. 37, D. 3468; AHU_CU_013, Cx. 37, D. 3468;

5
FERNANDES; Q. N; Contribuição à História das Paróquias da Amazônia; Escola
Industrial Dom Bosco; 1946.

36
Nome da Obra Ano Resumo Análise
Arquivo 1647 TRESLADO de  Militar;
Histórico protesto do capitão-
Ultramarino mor do Gurupá, João  Retirado do Arquivo
Pereira de Cáceres, Histórico ultramarino;
relativo à chegada de
navios estrangeiros  Com o intuito de
àquele porto, e as estabelecer as etnias
alianças praticadas
entre os indigenas que possuíam
comandantes relação com os holandeses
holandeses e o
gentio das nações inimigos de Portugal.
engaiba, mapuas,
periquas, ariquras,
jacoanis, managages,
aruanes e outras
suas confederadas.
AHU_CU_013, Cx. 1,
D. 69

Contribuição à 1667 O Capitão-mór de  Militar;


História das Gurupá Fuão Botelho
Paróquias da tratou cruelmente os  Retirado do diário do
Amazônia. índios Taconhapés. Capitão-mór Fuão Botelho,
Estes convidados
para o serviço na com o objetivo de mostrar a
Santa Casa de solução que os indígenas
Misericórdia em
Belém, fugiram para tiveram após serem
nunca mais maltratados;
reaparecer.
 O indígena está sendo
retratado como um ser que
sofre constantemente
repressão.
Contribuição à 1679 O Padre Aluizio  Religioso;
História das Conrado Pfeil foi
Paróquias da nomeado para  Padre Aluizio Conrado Pfeil,
Amazônia. missionário do rio e relato com o objetivo de
residência do Xingú.
Na estadia que lá fez mostrar os afazeres deste
aos 7 de Outubro de religioso na região do Xingu
1679, confessou
todos os soldados da incluindo Gurupá;
fortaleza de Gurupá
com seu capitão-mór

37
Vaz Corrêa. Chegado  Este documento já retrata o
que foi à aldeia do
indigena em suas terras
Xingú. Confessou a
Gaspar Ferreira, onde o missionário tem
afamado sertanejo, e
foi pouco a pouco
dispondo as coisas
de sua aldeia de
sorte que em 1680
batizou muitas
pessoas, e como seu
ardente zêlo se não
continha dentro dos
limites tão estreitos,
passou logo para os
Coanizes, no lado
esquerdo do rio
Xingú, e de lá deu
consigo entre os
Ingabaybas.

Arquivo 1754 OFÍCIO do  Militar;


Histórico [governador e
Ultramarino capitão-general do  Carta do tenente de Gurupá
Estado do Maranhão com o objetivo de que a
e Pará], Francisco
Xavier de Mendonça corte tome providências
Furtado para o Bispo sobre o Frei José da
do Pará, [D.
(fragmento). Miguel Trindade que desobedeceu
de Bulhões e Sousa], uma solicitação ao não
sobre a queixa
apresentada pelo disponibilizar mão de obra
tenente da Fortaleza indígena.
do Gurupá contra o
missionário frei José  O indígena é relatado nesse
da Trindade, trecho do documento como
acusando-o de o
insultar quando lhe uma mão-de-obra muito
solicitou quatro índios requisitada para trabalhos
da Aldeia de
Guarimucu para as pesados, principalmente
obras de reparação militares.
dos Quartéis e de
uma muralha.
AHU_CU_013, Cx.
37, D. 3468.

38
Contribuição à 1833 37 casas palhoças e  Religioso
História das sete telhadas formam  Escrito por Antônio Baena
Paróquias da duas ruas, uma com objetivo de descrever o
Amazônia. denominada de estado da cidade de
Santo Antônio, e a Gurupá.
outra de São José, e  Mostra o índio exercendo
duas pequenas função militar
praças, a do
pelourinho, e a da
aldeia contígua da
parte do sul, cuja
primitiva
denominação foi de
Mariocai, e cujo os
indios, desde sua
fundação eram
aplicados ao serviço
de guarnição da
fortaleza, e depois
sujeitos à
administração dos
Capuchos da
província da piedade
(de São José).
Formam a totalidade
dos moradores: 828
Brancos, 248
Escravos, 117
Mestiços, 183 Índios,
80 Mamelucos.
(Baena, Ensaio
Corográfico, Pará,
304s).

Esses 13 documentos apresentados fazem parte dos 230 que foram lidos
e interpretados (Anexo 2). Embora todos tragam informações importantes, esses
arquivos nos apresentam especificamente as diferentes formas de interação
entre indígenas com europeus e os momentos de modificações estruturais pelos
quais a Fortificação passou. Eles mostram a postura eurocentrista e colonizatória
retratando como o indígena tinha sua função demarcada dentro daquela
sociedade. Note-se que este é sempre apresentado como mão de obra, por
vezes agressivos e arredios, ou vítima de agressões.

39
O Forte e suas redondezas já passaram por várias modificações assim
como algumas documentações apresentam, porém ainda continua
representando a essência histórica da população que habita a pequena cidade
de Gurupá. O forte Santo Antônio de Gurupá significa para essa população a
lembrança de um passado onde sua cidade era essencial para um complexo de
fortificações ao longo do rio Amazonas onde a sua manutenção era necessária
para que houvesse uma defesa bem-sucedida.

Interpretação e discussão:

Essa pesquisa se utilizou de dois recursos para o seu desenvolvimento,


os materiais arqueológicos e os documentos historiográficos da região de
Gurupá. Ao observamos os materiais arqueológicos percebemos forte
influências europeias na cultura material indígena pois em alguns fragmentos é
fácil de se notar um forte hibridismo entre a cultura ceramista europeia e
indígena, contrastando com o resultado da análise das documentações onde em
diversos momentos é possível ver o indígena trabalhando a serviço da corte
exercendo diversas tarefas como cuidar da guarda do Forte Santo Antônio de
Gurupá ou participando de celebração religiosa. Como sugere Guzmán (2008),
mesmo assumindo novas funções sociais, as tradições e costumes indígenas
foram também incorporados aos hábitos e costumes europeus vivendo na
colônia.

Podemos perceber que os grupos culturais presentes na região de


Gurupá no período colonial sofreram influências entre si através da convivência,
e essas influências se manifestam na cultura material de ambos os povos
presentes, nem sempre demonstrados nas documentações históricas, que se
enfocam nas formas de convívio, nem sempre pacíficas.

Os materiais arqueológicos concentrados no Forte Santo Antônio de


Gurupá são bastante diversificados (Anexo 4) , essas diversidades provem tanto
dos povos indígenas que inicialmente habitaram a região de Gurupá antes da
chegada do europeu, assim também como fruto da presença europeia na região.
Uma das hipóteses levantadas na pesquisa é que um dos principais
responsáveis por essa disseminação de culturas no período colonial são os
missionários devido os seus métodos de aldeamento, pois talvez após ter

40
andado por várias regiões ao redor do rio Xingu ou Amazonas (GUZMÁN; 2008),
os missionários que eram responsáveis pela educação europeizada dos
indígenas resolveram se fixar em um determinado local, no caso dos
franciscanos da piedade (residentes em Gurupá) o local que foi escolhido
poderia ter sido a região de Gurupá. Assim, Gurupá conjuga aspectos
importantes da colonização por meio dos religiosos assim como militar, sendo
esta uma área estratégica geograficamente para a defesa do território.

Considerações:

A pesquisa nos ajudou a entender um pouco do convívio entre indígenas


e europeus da região de Gurupá tanto através de sua cultura material quando se
utilizando da leitura e analise de documentações historiográficas. É possível
perceber que o indígena não é o modelo de cativo que antigamente a história
apresentava. Notamos que vários povos indígenas não aceitaram a imposição
da cultura europeia, utilizando-se de estratégias para continuar a exercer sua
cultura longe dos olhos do europeu (GUZMÁN, 2008).

Houve grandes avanços no que diz respeito a análise de documentações


e o aperfeiçoamento da metodologia de analise material, o que contribuirá para
a continuidade da pesquisa. Sua continuação se dará nos levantamentos e
análises documentais, e trabalhará com o material arqueológico proveniente da
etapa de campo a ser realizada em julho/2017 no forte. Os materiais a serem
analisados são cerâmicas, líticos, louças, vidros, grês e diversos outros materiais
que se evidenciarem na região.

41
Referência Bibliográfica:

• AZEVEDO; J. L. Os jesuítas no Grão-Pará: suas missões e a colonização,


Lisboa, Tavares Cardoso & Irmão, 1901, p. 31

• BAENA; A. Ensaio Corográfico sobre A Província do Pará. Pará:


Typographia de Santos Menor, 1839. Depositado na Fundação Cultural
do Pará “Tancredo Neves”/CENTUR. Biblioteca Pública do Estado do
Pará “Arthur Vianna”, sessão de obras raras.

• BEZERRA; M.”Os sentidos contemporâneos das coisas do passado:


reflexões a partir da Amazônia”. In: Rev. De Arqueologia Públic, n. 7, julho
de 2013. Campinas.

42
• CAVALCANTE, Thiago Leandro Vieira. Etno-história e História indígena:
questões sobre conceitos, métodos e relevância da pesquisa, São Paulo,
v. 30, n. 1, p. 349-371, jan. /jun. 2011.

• CAVALCANTE, Thiago Leandro Vieira. História e etnoarqueologia da


ocupação e uso do espaço entre os kaiowá de mato grosso do sul. São
Paulo: Congresso Internacional de História, 2009.

• CAPISTRANO A. D. 2000; Apud; REZENDE; T. V. F; 2006; A Conquista


e Ocupação da Amazônia Brasileira no Período Colonial: As Definições
das Fronteiras; USP

• CUNHA, Manuela Carneiro da. História dos índios no Brasil. São Paulo:
Cia das Letras, 1992.9.1
• CUNHA, Manuela Carneiro da. Índios no Brasil: história, direito e
cidadania. São Paulo: Claro Enigma, 2012.
• FAUSTO, Carlos. Entre o passado e o presente: Mil anos de história
indígena no Alto Xingu, Revista de Estudos e Pesquisas, FUNAI, Brasília,
v.2, n.2, p. 9-51, dez. 2005.

• GUZMÁN; D. A; A Colonização Nas Amazônias: Guerras, Comércio e


Escravidão no Século XVII e XVIII; Brasil; Revista de Estudos
Amazônicos; Vol. III no 2; 2008.

• LE GOFF; J. A Nova História; Martins Fontes; 2005.

• LIMA; H; Ocupação Humana no Delta Amazônico antiguidade e


diversidade na costa paraense/PA Belém; 2015.

• LIMA; H; FERNANDES; G. Cerâmicas Arqueológicas da Foz do Rio


Xingu: Uma Primeira Caracterização; IPHAN; 2016; Cerâmicas
arqueológicas da Amazônia: rumo a uma nova síntese; p. 210 – 223.

• LIMA; H. P; MORAES; B. M. “Arqueologia e Comunidades Tradicionais na


Amazônia”. In: Ver. Ciência e Cultura, p. 39-42. 2013.

• MARQUES; F. T; Investigação Arqueológica Na Feliz Lusitânia;


Relatório Final; Museu Paraense Emílio Goeldi; Belém 2003.

43
• MARQUES; F. L. T; CUNHA; E. M. F; BOTELHO; G. A. Relatório de
Viagem Referente à Atividade de Acompanhamento Arqueológico na Área
do Forte SANTO Antônio de Gurupá; 2014.

• MUNIZ, Palma. Relatório sobre a Fortaleza de Gurupá. Manaus: Edições


Governo do Estado do Amazonas, Secretaria de Estado de Cultura, 2004.
– (Coleção “Documentos da AMAZÔNIA”).

• NEVES, E.G.” Os índios antes de Cabral: arqueologia e história indígena


no Brasil”. In: A temática indígena na escola. Silva. A. (Org.) Brasília:
Ministério da Educação e Cultura 1995.

• SCHAAN, D. P. e MARTINS, C. P. (2010). Muito Além dos Campos


Arqueologia e História na Amazônia Marajoara. Belém, Pará: G. K.
Noronha.

• SHEPARD; G. Relatório Emergencial Sobre Ameaças ao Patrimônio


Histórico e Arqueológico na Região de Gurupá, PA; 2012.

• VIANA; W. A. A “gente de guerra” na Amazônia Colonial. Composição e


Mobilização de Tropas Pagas na Capitania do Grão-Pará. (Primeira
Metade do Século XVIII); 2013; UFPA.

• VIANA; M. Abordando o passado: uma introdução a arqueologia; Paka


Tatu; 2014.

Referências Documentais:

• Arquivo Histórico Ultramarino; (AHU_ACL_CU_013, Cx. 37, D. 3468).

• Arquivo Histórico Ultramarino; (AHU_ACL_CU_013, Cx. 54, D. 4912).

• Arquivo Histórico Ultramarino; (AHU_ACL_CU_013, Cx. 108, D. 8530).

• ALMEIDA; F. J. L; Diario da viagem do Dr. Francisco José de Lacerda e


Almeida pelas capitanias do Pará; 1780.

• CARM; A. P. O; Notas Históricas Sobre as Missões Camelitanas no


Extremo Norte do Brasil; 1840.

44
• BAENA, Antonio Ladisláo Monteiro. Compêndio das Eras dA Provincia do
Pará. Coleção Amazônia. Série José Veríssimo. Belém: Universidade
Federal do Pará, 1969.

• BAENA; A. Ensaio Corográfico sobre A Província do Pará. Pará:


Typographia de Santos Menor, 1839. Depositado na Fundação Cultural
do Pará “Tancredo Neves”/CENTUR. Biblioteca Pública do Estado do
Pará “Arthur Vianna”, sessão de obras raras.

• FERNANDES; Q. N; Contribuição à História das Paróquias da Amazônia;


Escola Industrial Dom Bosco; 1946.

• TAVARES; C. C. S; A escrita jesuítica da história das missões no Estado


do Maranhão e Grão-Pará (século XVII); UERJ.

Referências Iconográficas:

• Prospecto da Frente de Gurupá 1756 (Fonte: SHWEBEL).

• Planta da Fortaleza de Gurupá 1762 (Fonte: Groenfelt).

• Projeto da Igreja St. Antônio de Gurupá 1791 (Fonte: Landi).

• Mapa 1841 (Fonte: Vilas Boas).

• Planta da Fortaleza de Gurupá 1863 (Fonte: Desconhecida).

• Gravura da frente de Gurupá 1867 (Fonte: Paul Marcoy).

• Planta da Fortaleza de Gurupá 1905 (Fonte: José Pessanha).

• Fortaleza de Gurupá antes da segunda reforma 1929 (Fonte:


Desconhecida).

Anexo 1: Atividades Acadêmicas desenvolvidas pelo bolsista:

 Evento Como Comunicação


 V Semana Internacional dos discentes da USP-MAE;
 I Encontro de Pesquisas em Patrimônio Cultural DPHAC;
 Oficina: Construindo uma proposta para o Forte de Gurupá.
 Evento do dia do Indio na Escola Madre Celeste CN.

45
 Eventos como Ouvintes:
 Os falares Indígenas nas Américas
 Escavações:
 Sitio-Escola engenho do Murutucu;
 Sitio- Escola Caxiuanã (MPEG);
 Sitio-Escola Gurupá (MPEG);

Certificado 1: Escavação no Engenho do Murutucu em maio de 2016.

46
Certificado 2: Ouvinte no evento “Os falares Indígenas nas Américas”.

Cerâmica 3: apresentação de trabalho no I Encontro de Pesquisa Em Patrimônio


Cultural.

47
Certificado 4: Apresentação na V Semana de Arqueologia dos Discentes Usp-
MAE.

48
Anexo 2: Cronologia Documental

Sécul Referência
Data Tipologia Resumo ou Excerto
o da Fonte
Contribuiçã
o à História
século das
1616 Militar Os Holandeses controem uma fortaleza no lugar Mariocay (Gurupá)
XVII Paróquias
da
Amazônia.

Contribuiçã
o à História
século das A expedição comandada pelo capitão-mór Bento Maciel Parente se
1623 Militar
XVII Paróquias apodera a viva força dêste local, então fortificado pelos holandeses
da
Amazônia.

Contribuiçã
o à História
século das O Forte é atacado por uma frota comandada pelo Capitão inglês Roger
1629 Militar
XVII Paróquias North, destroçado por Pedro Texeira.
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
século das Chegam a fortaleza os frades Domingos de Brieba e André de Toledo e
1633 Religioso
XVII Paróquias seis soldados da expedição do Capitão Juan Calacios
da
Amazônia.

REQUERIMENTO do governador do presídio do Cabo de Santo


Agostinho, Bento Maciel Parente, para o rei [D. Filipe III], pedindo por
remuneração dos seus serviços nos estados do Brasil e Maranhão, a
Arquivo
mercê de poder administrar mil casais de índios da província dos
século Histórico
1635 Militar guarajaras, para trabalharem nos engenhos do estado do Maranhão,
XVII Ultramarin
bem como a administração de outros dois mil casais de índios da
o
província do Pacajés, Reguape e Gurupá na capitania do Pará. Anexo:
1 alvará, 1 instrumento e pública forma, 1 provisão (cópia), 2 certidões
e 1 parecer (minuta). AHU_CU_013, Cx. 1, D. 37.

49
A escrita
jesuítica da Dentro do mesmo espírito, Pedro Teixeira organizou uma expedição
história das para percorrer o vale do Amazonas. Contava com quarenta e sete
missões canoas, muitas de grande porte, mil e duzentos índios de remo e peleja
no Estado e mais de sessenta soldados portugueses. A viagem iniciou em
século do Gurupá, no Grão-Pará em 1637, atingiu Quito em 1638, retornando a
1637 Militar
XVII Maranhão Belém em 1639. Na volta, a expedição foi acompanhada por dois
e Grão- jesuítas da Assistência de Espanha, Cristoval Acuña e André Artieda,
Pará que foram incumbidos de levantar a planta do rio (João Lúcio de
(século AZEVEDO, Os jesuítas no Grão-Pará: suas missões e a colonização,
XVII). Pág. Lisboa, Tavares Cardoso & Irmão, 1901, p. 31)
4

Contribuiçã
o à História
século das Demografic Tendo crescido um povoado nas imediações do forte a fortaleza é
1639
XVII Paróquias o elavada à categoria de vila.
da
Amazônia.
Compendio
século
1639 das Eras Religioso Carmelitas levantam um convento na cidade de Gurupá.
XVII
(Baena).
Compendio
século das Eras Padres Carmelitas levantam um pqueno convento nas terras sedidas
1645 Religioso
XVII (Baena). por Bento Maciel.
Pág. 66
Contribuiçã
o à História
século das O holandês Robert Dudley publicou o seu mapa do Amazonas, onde
1646 Cientifico
XVII Paróquias aparece a fortaleza com o nome de Corpapidem.
da
Amazônia.

TRESLADO de protesto do capitão-mor do Gurupá, João Pereira de


Arquivo
Cáceres, relativo à chegada de navios estrangeiros àquele porto, e as
século Histórico
1647 Militar alianças praticadas entre os comandantes holandeses e o gentio das
XVII Ultramarin
nações engaiba, mapuas, periquas, ariquras, jacoanis, managages,
o
aruanes e outras suas confederadas. AHU_CU_013, Cx. 1, D. 69

50
Arquivo
INFORMAÇÃO do procurador da capitania-mor do Grão-Pará, Manuel
século Histórico
1653 Saúde Guedes Aranha, sobre o cirurgião inglês, Duarte Umão, que serviu na
XVII Ultramarin
fortaleza do Gurupá. AHU_CU_013, Cx. 1, D. 83.
o

CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. João IV, sobre o


Arquivo
que escreve o ouvidor do Pará, António Coelho Gasco, acerca dos
século Histórico
1654 Militar motivos que ocasionaram a prisão do capitão do forte do Gurupá,
XVII Ultramarin
Domingos Caldeira, e do capitão Inácio do Rego Barreto. Anexo: 1
o
carta e 1 requerimento. AHU_CU_013, Cx. 1, D. 87.

Arquivo CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. João IV, sobre as


século Histórico queixas que o capitão da fortaleza do Gurupá, Domingos Caldeira,
1654 Militar
XVII Ultramarin preso na fortaleza do Pará, escreve contra o capitão-mor do Pará,
o Inácio do Rego Barreto. Anexo: 1 carta. AHU_CU_013, Cx. 1, D. 88.

CARTA do capitão-mor do Grão-Pará, Aires de Sousa Chichorro, para


o rei [D. João IV], dando conta do estado em que encontrou a capitania
Arquivo quando tomou posse do cargo e do rendimento da dízima; informaque
século Histórico envia presos, para o Reino, o capitão das duas Companhias do
1655 Militar
XVII Ultramarin presídio, Domingos Machado, o capitão da fortaleza de Gurupá,
o Domingos Caldeira e o seu alferes, Henrique Bravo, presos pelos
crimes de rebelião, motim e desobediência ao capitão-mor. Anexo: 1
auto de culpas (treslado). AHU_CU_013, Cx. 2, D. 90.

Contribuiçã
o à História Padre Antônio Viera enviou a Gurupá o padre Salvador do Vale com o
século das padre Paulo Luiz, que construiu a residência de Nossa senhora do
1655 Religioso
XVII Paróquias Destêrro, e a aldeia do Tapará, ficando a de São Pedro junto a fortaleza
da de Gurupá
Amazônia.

51
Contribuiçã
o à História
século das Os padres jesuitas construiram uma residência na capitania de Gurupá,
1660 Religioso
XVII Paróquias na aldeia de Tapará.
da
Amazônia.

CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. Afonso VI, sobre a


Arquivo pretensão de Manuel da Fonte Velho, de Baltasar de Seixas Coutinho,
século Histórico de Nuno da Costa, de Antão Lopes e de Sebastião da Silva Carvalho a
1661 Militar
XVII Ultramarin uma Companhia de Infantaria do Pará, que vagou por promoção de
o Paulo Moniz Garro ao posto de capitão do Gurupá. AHU_CU_013, Cx.
2, D. 111.

A escrita
jesuítica da Eclodiu uma revolta, cujo estopim foi a divulgação do conteúdo de
história das cartas de Vieira ao Bispo do Japão, com severas críticas à população
missões do Estado do Maranhão. As cartas teriam sido interceptadas por
no Estado espanhóis e caído nas mãos de um membro da ordem do Carmo que
século do tomou a liberdade de torná-las públicas e as expediu para São Luís,
1661 Revoltas
XVII Maranhão gerando grande confusão na cidade. Os colonos, apoiados por clérigos
e Grão- de outras ordens religiosas e por seculares, invadiram o colégio dos
Pará jesuítas e os prenderam. Muitos missionários resistiram à revolta,
(século principalmente no Pará. Saíram de suas missões e se reuniram em
XVII). Pág. Gurupá junto ao padre João Felipe Bettendorf que organizou a defesa.
7

Contribuiçã
o à História
O comandante Paulo Garro da Fortaleza de Gurupá, dá asilo aos
século das
1662 Militar jesuítas perseguidos por causa da luta entre o senado da Câmara de S.
XVII Paróquias
Luiz e os inacianos, motivado pela libertação dos indios.
da
Amazônia.

Compendio
século das Eras Padres Carmelitas mandam demolir o convento, pois após a peste
1662 Religioso
XVII (Baena). ficaram sem recursos para mante-lo.
Pág 137

Compendio
Padres carmelitas mandam demolir o pequeno convento que se
século das Eras
1662 Religioso localizava na vila, por decorrencia da peste que os deixaram com falta
XVII (Baena).
de recursos e alimentação.
Pág. 139

52
Contribuiçã
o à História
século das
1663 Religioso Termina as missões jesuítas na Capitania de Gurupá.
XVII Paróquias
da
Amazônia.

CARTA do capitão da fortaleza do Gurupá, Estevão de Aguiar da Costa


para o rei [D. Afonso VI], sobre as dificuldades criadas pelo governador
Arquivo e capitão-general do Estado do Maranhão, Rui Vaz de Sequeira, na sua
século Histórico tomada de posse no governo daquela capitania, ao atribuir ao alferes
1665 Militar
XVII Ultramarin Henrique Bravo de Morais, expulso por ordem do rei do Estado do
o Maranhão, aquele lugar na fortaleza do Gurupá e informando acerca do
estado de pobreza em que se encontra a sua capitania. Anexo: 2
certidões e 1 parecer. AHU_CU_013, Cx. 2, D. 125.

Contribuiçã
o à História
O Capitão-mór de Gurupá Fuão Botelho tratou cruelmente os índios
século das
1667 Militar Taconhapés. Estes convidados para o serviço na Santa Casa de
XVII Paróquias
Misericórdia em Belém, fugiram para nunca mais reaparecer.
da
Amazônia.

O padre Gaspar Mish visitou Gurupá, onde o padre Bettendorf mandou


que se retirasse um sino pertencente aos padres e que o capitão-mór
Contribuiçã
Antônio Pacheco tinha levado para a igreja desta fortaleza, tirando-o da
o à História
aldeia de Tapará, que ia em decadência. Este sino levou consigo ao
século das
1667 Religioso Xingu, onde o Padre Pero Luiz havia de residir. Acabada sua visita, na
XVII Paróquias
qual me acompanhava para ver as aldeias do rio das Amazonas, que
da
também por falta de missionário havia de correr por sua conta. Ajuntei
Amazônia.
os índios da aldeia do Xingú e lhes mostrei o missionário que daí a
pouco haviam de ter.

53
CARTA do capitão-mor da capitania do Pará, Paulo Martins Garro, para
Arquivo o príncipe regente [D. Pedro], dando parecer sobre a petição dos
século Histórico padres da Companhia de Jesuse afirmando que se deveria renovar as
1671 Militar
XVII Ultramarin mercês de três aldeias concedidas no tempo de D. João IV,
o respectivamente no Pará, Maranhão e Gurupá. Anexo: 1 parecer.
AHU_CU_013, Cx. 2, D. 144.

Arquivo CONSULTA do Conselho Ultramarino para o príncipe regente D. Pedro,


século Histórico sobre a nomeação de um novo titular para o exercício do cargo de
1671 Militar
XVII Ultramarin capitão-mor da capitania do Gurupá. Anexo: 2 bilhetes, 1 lista e 1 aviso.
o AHU_CU_013, Cx. 2, D. 146.

Ensaio
Corográfic
o da
século Carmelitas mandan demolir convento em Gurupá/ Bettendorf registra as
1674 Provincia Religioso
XVII Caracteristicas do Convento em sua obra - Crônica.
do Pará
(Baena)
Pág 306

Arquivo
CONSULTA do Conselho Ultramarino para o príncipe regente D. Pedro,
século Histórico
1675 Militar sobre a nomeação de pessoas para a capitania do Gurupá. Anexo: 1
XVII Ultramarin
bilhete. AHU_CU_013, Cx. 2, D. 162.
o

Arquivo OFÍCIO de Jorge Furtado de Castro do [Rio], para o [secretário do


século Histórico Conselho Ultramarino], Manuel Barreto de Sampaio, sobre a pretensão
1678 Militar
XVII Ultramarin de Francisco Gonçalves Barbosa em ser nomeado para o governo do
o Gurupá, no Estado do Maranhão. AHU_CU_013, Cx. 2, D. 170.

54
O Padre Aluizio Conrado Pfeil foi nomeado para missionário do rio e
residência do Xingú. Na estadia que lá fez aos 7 de Outubro de 1679,
Contribuiçã
confessou todos os soldados da fortaleza de Gurupá com seu capitão-
o à História
mór Vaz Corrêa. Chegado que foi à aldeia do Xingú. Confessou a
século das
1679 Religioso Gaspar Ferreira, afamado sertanejo, e foi pouco a pouco dispondo as
XVII Paróquias
coisas de sua aldeia de sorte que em 1680 batizou muitas pessoas, e
da
como seu ardente zêlo se não continha dentro dos limites tão estreitos,
Amazônia.
passou logo para os Coanizes, no lado esquerdo do rio Xingú, e de lá
deu consigo entre os Ingabaybas.

CARTA do [ouvidor e auditor-geral do Grão-Pará], Tomé de Almeida e


Arquivo
Oliveira, para o príncipe regente [D. Pedro], sobre o auto que mandou
século Histórico
1681 Militar fazer a propósito da tomada de uma canoa, com sete índios, pelo
XVII Ultramarin
capitão da fortaleza do Gurupá, Manuel Vaz Correia. Anexo: 1 carta.
o
Obs.: m. est. AHU_CU_013, Cx. 3, D. 196.

CARTA do governador [e capitão-general do Estado do Maranhão,


Arquivo Grão-Pará e Rio Negro], Francisco de Sá e Meneses, para o rei [D.
século Histórico Pedro II], sobre as medidas a tomar para se aprisionar os franceses
1685 Militar
XVII Ultramarin que praticam o resgate de escravos, incluindo gentios, no norte da
o capitania [Gurupá], contra a vontade da coroa portuguesa.
AHU_CU_013, Cx. 3, D. 245.

A"gente de
guerra" na
Amazônia
colonial.
Composiçã
oe
mobilizaçã
o de tropas Gomes de Andrade destaca a importância do Forte de Gurupá para o
século Registro do
1687 pagas na Grão-Pará e Maranhão na Junta dos Três estados ao rei de 1687
XVII estado
capitania (avulsos do maranhão, caixa:7 doc: 784).
do Grão-
Pará
(primeira
metade do
século
XVIII). Pág
101

55
A"gente de
guerra" na
Amazônia
colonial.
Composiçã
oe
mobilizaçã A coroa aprova a reforma do forte de Gurupá (será ampliada e após o
o de tropas termino da construção será aumentada a sua guarnição) e pede que os
século
1691 pagas na Reforma moradores da dita fortaleza leve suas mulheres assim a ideia do
XVII
capitania povoamento para repelir intrusos irá dar certo. (Annas da Biblioteca do
do Grão- archivo público do pará, Tomo I (1902), primeira série, pp. 101-102).
Pará
(primeira
metade do
século
XVIII). Pág
102

CARTA do governador [e capitão-general do Estado do Maranhão,


Grão-Pará e Rio Negro], António de Albuquerque Coelho de Carvalho,
Arquivo
para o rei [D. Pedro II], sobre o capitão da fortaleza do Gurupá, Manuel
século Histórico
1692 Militar Guedes Aranha, se encarregar de edificar o hospício para que os
XVII Ultramarin
religiosos missionários da província da Piedade ou carmelitas
o
descalços se empreguem nas Missões. Anexo: 1 parecer. Obs.: m. est.
AHU_CU_013, Cx. 3, D. 302.

CARTA do governador [e capitão-general do Estado do Maranhão,


Arquivo Grão-Pará e Rio Negro], António de Albuquerque Coelho de Carvalho,
século Histórico para o rei [D. Pedro II], sobre o povoamento e construção da fortaleza
1692 Militar
XVII Ultramarin do Gurupá e a necessidade de pedreiros para aquela obra. Obs.: m.
o est. AHU_CU_013, Cx. 3, D. 303.

Contribuiçã Manuel Guedes, capitão-mór, destruiu a obra missionária do Padre


o à História João Maria Gorsony da Companhia de Jesus, mandando que os índios
século das unidos em Gurupá deixassem a freguesia. No mesmo ano foi erigida
1692 Militar
XVII Paróquias canônicamente a Matriz de Santo Antônio de Gurupá, segundo
da paróquia no Estado do Pará. Os Frades Capuchos da Piedade
Amazônia. tomaram conta em Gurupá, Tapera e Muturú.

56
CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. Pedro II, sobre o
Arquivo
requerimento do capitão-mor do Gurupá, Manuel Guedes Aranha,
século Histórico
1693 Militar acerca da necessidade de se povoar aquela fortaleza com soldados
XVII Ultramarin
casados no Maranhão e Pará. AHU_CU_013, Cx. 4, D. 311.
o

CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. Pedro II, sobre


Arquivo
informações acerca do governo da cidade de Belém do Pará, do
século Histórico
1693 Militar Gurupá, e seus sertões, a jurisdição dos padres da Companhia de
XVII Ultramarin
Jesus sobre os índios e o Regimento para os capitães e ouvidores do
o
rio Amazonas. Anexo: 3 informações. AHU_CU_013, Cx. 4, D. 314.

Nesta época respondeu Bettendorf a Manuel Guedes Aranha que os


Padres Missionários da companhia tinham sua residência no xingú e de
la vinham visitar Gurupá e suas aldeias, sem ele poder obriga-los a
serem cura dos brancos, sendo suas missiões instituidas para os índios
que para os mais não faltariam religiosos de outra religião que lá
poderiam levantar seus conventinhos do mesmo modo como tinham
Contribuiçã antes os reverendos Padres do carmo. com esta resposta escreveu a
o à História Sua Majestade, pedindo os religiosos do carmo, dos quais sempre foi
século das muito devoto, mas mandou-lhe fizesse hospicio, e os sustentasse
1694 Religioso
XVII Paróquias como até agora fez com muita honra e louvor. E se tudo o refirido basta
da para dizer que ele foi causa destas mudanças e repartições, não tem
Amazônia. que contradizer, mas como não basta, conforme lhe parece, melhor
sera atribuir tudo à Divina Providência, que vendo parecer tantas almas
por falta de missionários que lhes pudessem acudir, por não haver
bastante na companhia inspirou a El- Rei Nosso Senhor e seus
ministros os buscassem de todas as religiões e os repartissem por suas
missões, para acudirem ao que a cada religião coubessem pela
repartisção.

57
CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. Pedro II, sobre o
Arquivo
estado em que se encontra a obra do hospício dos religiosos da
século Histórico
1695 Militar Piedade e acerca de Domingos Aranha de Vasconcelos substituir seu
XVII Ultramarin
tio, Manuel Guedes Aranha, no posto de capitão-mor do Gurupá.
o
Anexo: 1 carta. AHU_CU_013, Cx. 4, D. 332.

Atacado de bexigas (escreveu Padre Bettendorf)morreu afogado no


próprio sangue e sem confissão, José de Souza, um dos que no ano de
1662 me prenderam no Gurupá, e foram apontados depois por
Contribuiçã
levantarem as mãos contra o ouvidor geral do estado Diogo de Souza
o à História
Menezes, faleceu também Guilherme Reodrigues Bravo, provedor-mór
século das
1695 Óbito do mesmo estado o qual foi enterrado em nossa igreja , tendo muito
XVII Paróquias
pouco merecido, pois ele foi quem mais se opôs , quando se tratou na
da
junta, se nos não havia de conceder os chãos que pedia o padre reitor
Amazônia.
, Manuel Nunes para alagar a nossa cerca, não qus o padre superior
senão mostrar como, conforme a doutrina de Cristo N. Senhor, fizemos
bem aos que nos fizeram mal.

Arquivo
PARECER do Conselho Ultramarino para o rei D. Pedro II, sobre a
século Histórico
1703 Militar nomeação de Luís Vieira da Costa para o posto de capitão-mor da
XVIII Ultramarin
Praça do Gurupá. AHU_CU_013, Cx. 5, D. 394.
o

Arquivo
PARECER (minuta) do Conselho Ultramarino para o rei D. João V,
século Histórico
1709 Militar sobre a nomeação de pessoas para o posto de capitão da fortaleza do
XVIII Ultramarin
Gurupá da capitania do Pará. AHU_CU_013, Cx. 5, D. 432.
o

Arquivo
CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. João V, sobre a
século Histórico
1709 Militar nomeação de pessoas para o posto de capitão da fortaleza do Gurupá,
XVIII Ultramarin
pelo período de três anos. AHU_CU_013, Cx. 5, D. 438.
o

58
Arquivo CARTA do [governador e capitão-general do Estado do Maranhão]
século Histórico Cristóvão da Costa Freire, para o rei [D. João V], sobre a construção
1710 Militar
XVIII Ultramarin do hospital no Gurupá, e a sua entrega aos religiosos da Província de
o Nossa Senhora da Piedade. AHU_CU_013, Cx. 5, D. 462.

Arquivo
CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. João V, sobre a
século Histórico
1714 Militar nomeação de pessoas para ocuparem o posto de capitão da fortaleza
XVIII Ultramarin
do Gurupá, pelo tempo de três anos. AHU_CU_013, Cx. 6, D. 501.
o

Arquivo REQUERIMENTO de Fernão Lobo de Sousa, para o rei [D. João V],
século Histórico solicitando a concessão de patente no posto que ocupa como capitão-
1714 Militar
XVIII Ultramarin mor da praça do Gurupá. Anexo: 1 bilhete. AHU_CU_013, Cx. 6, D.
o 508.

Arquivo PARECER (minuta) do [secretário do Conselho Ultramarino] André


século Histórico Lopes de Lavre, para o rei [D. João V], sobre a nomeação de pessoas
1718 Militar
XVIII Ultramarin para o cargo de capitão da fortaleza do Gurupá, pelo prazo de três
o anos. Anexo: lista. AHU_CU_013, Cx. 6, D. 534.

CONSULTA da Junta dos Três Estados para o rei [D. João V], sobre as
Arquivo
informações solicitadas ao ouvidor-geral da capitania do Pará, [José
século Histórico
1724 Militar Borges Valério], quanto aos rendimentos anuais do posto de capitão-
XVIII Ultramarin
mor do Gurupá, no qual foi provido Luís de Meireles Bettencourt.
o
AHU_CU_013, Cx. 8, D. 731.

A"gente de
guerra" na
Amazônia
colonial. Alexandre de Sousa Freire faz o levantamento de quantos soldados
Composiçã tem a disposição da capitania do Grão-Pará e suas atividades, entre
século oe elas estão: Expedição de tropas das guerra de resgate; Descobrimento
1727 Militar
XVIII mobilizaçã de Sitíos inundados de barbáros (novas terras); Guarnições de
o de tropas fortalezas (proteção)/ como são as que pertence a cidade do Pará (
pagas na como exemplo a guarnição do fortin de Gurupá).
capitania
do Grão-
Pará

59
(primeira
metade do
século
XVIII). Pág
41

REQUERIMENTO da viúva do capitão-mor do Gurupá, Fernão Lobo de


Arquivo
Sousa, Joana Maria de Sousa, para o rei [D. João V], solicitando
século Histórico
1729 Militar confirmação de carta de data e sesmaria de terras situadas nas
XVIII Ultramarin
proximidades do rio Guamã. Anexo: bilhete e carta de data e sesmaria.
o
AHU_CU_013, Cx. 11, D. 1006.

Arquivo REQUERIMENTO de José Borges de Carvalho para o rei [D. João V],
século Histórico solicitando o seu provimento no posto de capitão-mor do Gurupá, na
1731 Militar
XVIII Ultramarin capitania do Pará. Anexo: requerimentos. AHU_CU_013, Cx. 13, D.
o 1189.

Arquivo REQUERIMENTO de Joana Maria de Sousa para o rei [D. João V],
século Histórico solicitando que se nomeie ministro para tirar a residência ao serviços
1732 Militar
XVIII Ultramarin prestados por seu falecido marido, o capitão-mor do Gurupá Fernando
o Lobo de Sousa. AHU_CU_013, Cx. 13, D. 1234.

REQUERIMENTO de José Bernardes Pessoa para o rei [D. João V],


Arquivo
solicitando que se mande tirar a residência aos serviços que prestou
século Histórico
1732 Militar enquanto capitão-mor da fortaleza do Gurupá, distrito da capitania do
XVIII Ultramarin
Pará. AHU_CU_013, Cx. 13, D. 1247.
o

Arquivo CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. João V, sobre a


século Histórico nomeação de pessoas para exercer o posto de capitão-mor do
1732 Militar
XVIII Ultramarin Gurupá, na capitania do Pará, por tempo de três anos. Anexo: bilhete.
o AHU_CU_013, Cx. 13, D. 1250.

Arquivo CARTA do ouvidor-geral da capitania do Pará, Luís Barbosa de Lima,


século Histórico para o rei [D. João V], sobre a residência que mandou tirar ao ex-
1733 Militar
XVIII Ultramarin capitão-mor do Gurupá, Fernando Lobo de Sousa, pelo tempo em que
o exerceu o dito cargo. AHU_CU_013, Cx. 15, D. 1391.

60
Arquivo ORDEM do ouvidor-geral [da capitania do Pará], Luís Barbosa de Lima,
século Histórico para o rei [D. João V], sobre a residência que mandou tirar a José
1733 Militar
XVIII Ultramarin Bernardes Pessoa pelo tempo que ocupou no posto de capitão-mor da
o fortaleza de Gurupá. AHU_CU_013, Cx. 15, D. 1411.

Arquivo CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. João V, sobre a


século Histórico nomeação de pessoas para ocuparem o posto de capitão-mor da
1734 Militar
XVIII Ultramarin fortaleza do Gurupá, vago por morte de Diogo Rodrigues Pereira.
o Anexo: requerimento e parecer. AHU_CU_013, Cx. 16, D. 1482.

Arquivo
CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. João V, sobre a
século Histórico
1734 Militar nomeação de pessoas para ocuparem o posto de capitão-mor da
XVIII Ultramarin
fortaleza do Gurupá. Anexo: bilhete. AHU_CU_013, Cx. 16, D. 1505.
o

Arquivo REQUERIMENTO de João Batista Furtado para o rei [D. João V],
século Histórico solicitando ajuda de custo para sua deslocacão, a fim de assumir as
1735 Militar
XVIII Ultramarin funções de capitão-mor de Gurupá, para que foi nomeado.
o AHU_CU_013, Cx. 17, D. 1635.

Arquivo CARTA do [ouvidor-geral da capitania do Pará], Manuel Antunes da


século Histórico Fonseca, para o rei [D. João V], sobre a residência que se tomou a
1735 Militar
XVIII Ultramarin Calisto da Cunha Valadares, que serviu no posto de capitão-mor da
o fortaleza do Gurupá. AHU_CU_013, Cx. 18, D. 1642.

CARTA do provedor da Fazenda Real da capitania do Pará, Matias da


Arquivo
Costa e Sousa, para o rei [D. João V], sobre as desordens provocadas
século Histórico
1736 Militar pelo capitão-mor António Duarte [de Barros]no exercício interino do
XVIII Ultramarin
governo da capitania do Pará e participando a morte do capitão-mor do
o
Gurupá, João Baptista Furtado. AHU_CU_013, Cx. 19, D. 1745.

61
Arquivo CARTA dos oficiais da Câmara da cidade de Belém do Pará para o rei
século Histórico [D. João V], sobre os subornos perpetrados pelo ex-capitão-mor do
1736 Militar
XVIII Ultramarin Gurupá, Calisto da Cunha, e outros, contra o governo da capitania,
o solicitando a intervenção da Côroa. AHU_CU_013, Cx. 19, D. 1769.

CARTA (capítulo/cópia) do capitão-mor e governador interino da


Arquivo
capitania do Pará, António Duarte [de Barros], para o rei [D. João V],
século Histórico
1736 Militar em que justifica a prisão que ordenou contra o ajudante do Gurupá,
XVIII Ultramarin
João Pereira, por trazer o gentio de Calisto da Cunha contra as leis
o
portuguesas. AHU_CU_013, Cx. 19, D. 1781.

CARTA do ouvidor-geral da capitania do Pará, Manuel Antunes da


Arquivo
Fonseca, para o rei [D. João V], sobre os presos pronunciados pela
século Histórico
1736 Militar morte do capitão-mor [do Gurupá] Calisto da Cunha Valadares.
XVIII Ultramarin
AHU_CU_013, Cx. 19, D. 1793.
o

CARTA do provedor da Fazenda Real da capitania do Pará, Matias da


Costa e Sousa, para o rei [D. João V], em que se queixa dos
Arquivo
procedimentos do capitão-mor [e governador interino] da capitania do
século Histórico
1736 Militar Pará, António Duarte [de Barros], ao exigir de Baltasar do Rego
XVIII Ultramarin
Barbosa, testamenteiro do falecido capitão-mor do Gurupá, Calisto da
o
Cunha Valadares, o rapaz e a rapariga índios, que aquele lhe havia
prometido. Anexo: ofícios (cópias). AHU_CU_013, Cx. 19, D. 1794.

REQUERIMENTO do alferes de cavalos da Companhia do coronel


Arquivo
José Bernardo de Távora, do Regimento de Cavalaria da guarnição da
século Histórico
1737 Militar Corte, Gaspar Ferreira Lima para o rei [D. João V], solicitando o seu
XVIII Ultramarin
provimento numa das três capitanias-mores que se acham vagas Pará,
o
Maranhão ou Gurupá. AHU_CU_013, Cx. 19, D. 1818.

62
Arquivo CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. João V, sobre a
século Histórico nomeação de pessoas para o cargo de capitão-mor do Gurupá por um
1737 Militar
XVIII Ultramarin período de três anos. Anexo: bilhete, requerimentos e parecer.
o AHU_CU_013, Cx. 20, D. 1836.

Arquivo REQUERIMENTO do capitão-mor da capitania do Gurupá, Custódio


século Histórico António da Gama, para o rei [D. João V], solicitando provisão para que
1737 Militar
XVIII Ultramarin lhe seja pago o seu soldo a partir do dia do seu embarque.
o AHU_CU_013, Cx. 20, D. 1859.

Arquivo CARTA do ouvidor-geral da capitania do Pará, Manuel Antunes da


século Histórico Fonseca, para o rei [D. João V], sobre o aluguer de algumas casas do
1737 Militar
XVIII Ultramarin capitão-mor da Fortaleza do Gurupá, José Miguel Aires ao convento da
o Ordem de Nossa Senhora do Carmo. AHU_CU_013, Cx. 20, D. 1865.

Arquivo CARTA dos oficiais do Senado da Câmara da cidade de Belém do Pará


século Histórico para o rei [D. João V], sobre a colheita de cacau nos rios Tuaberapucú
1739 Militar
XVIII Ultramarin e Curiahû, da costa Macapá pertencentes às ilhas do Gurupá e a
o proibição de aí se plantar mais cacau. AHU_CU_013, Cx. 22, D. 2080.

Arquivo CARTA do ouvidor-geral da capitania do Pará, Manuel Antunes da


século Histórico Fonseca, para o rei [D. João V], sobre o aluguer de algumas casas do
1739 Militar
XVIII Ultramarin capitão-mor da Fortaleza do Gurupá, José Miguel Aires ao convento da
o Ordem de Nossa Senhora do Carmo. AHU_CU_013, Cx. 20, D. 1865.

Arquivo CARTA do ouvidor-geral da capitania do Pará, Salvador de Sousa


século Histórico Rebelo, para o rei [D. João V], sobre a residência a tirar ao capitão-mor
1739 Militar
XVIII Ultramarin da Fortaleza do Gurupá e da ilha Grande de Joanes, José Miguel
o Aires. AHU_CU_013, Cx. 22, D. 2110.

63
Arquivo REQUERIMENTO de Pascoal de Carvalho e Albuquerque para o rei [D.
século Histórico João V], solicitando confirmação de carta de data e sesmaria no sítio
1739 Militar
XVIII Ultramarin chamado Tapará, no distrito do Gurupá. Anexo: bilhete e carta de data
o e sesmaria. AHU_CU_013, Cx. 23, D. 2134.

A"gente de
guerra" na
Amazônia
colonial.
Composiçã
oe
mobilizaçã Ordens para o Capitão da Fortaleza do Rio negro de recrutamento de
o de tropas soldados para todos aqueles homens com condições física ou que
século
1739 pagas na Militar fosse de Gurupá e não tivesse autorização de esta ali, para exercer
XVIII
capitania função, caso houvesse reação negativa o recruta seria levado preso e
do Grão- destribuido para algum posto (APEP codex 25 doc. 250).
Pará
(primeira
metade do
século
XVIII). Pág
72

REQUERIMENTO do contratador dos Dízimos [da capitania do Pará],


Arquivo
Diogo Manem e Companhia, para o rei [D. João V], solicitando provisão
século Histórico
1740 Militar para poder pôr na capitania do Gurupá um administrador para lhe
XVIII Ultramarin
arrecadar e vender os géneros dos dízimos. Anexo: treslado e certidão.
o
AHU_CU_013, Cx. 23, D. 2150.

REQUERIMENTO do contratador dos Dízimos [da capitania do Pará],


Arquivo
Diogo Manem e Companhia, para o rei [D. João V], solicitando provisão
século Histórico
1740 Militar para poder pôr na capitania do Gurupá um administrador para lhe
XVIII Ultramarin
arrecadar e vender os géneros dos dízimos. Anexo: treslado e certidão.
o
AHU_CU_013, Cx. 23, D. 2150.

CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. João V, sobre a


Arquivo
representação que fez o ouvidorgeral da capitania do Pará, Salvador de
século Histórico
1740 Militar Sousa Rebelo, a respeito da residência que tirou ao capitãomor da
XVIII Ultramarin
Fortaleza do Gurupá e da ilha Grande de Joanes, José Miguel Aires.
o
AHU_CU_013, Cx. 23, D. 2169.

64
Arquivo TERMO (cópia) da Câmara da cidade de Belém do Pará sobre o
século Histórico parecer dado referente à exploração dos rios proibidos das Ilhas [do
1740 Militar
XVIII Ultramarin Gurupá]. AHU_CU_013, Cx. 23, D. 2196.
o

CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. João V, sobre a


Arquivo
nomeação de pessoas para ocuparem o posto de capitão-mor da
século Histórico
1741 Militar Fortaleza do Gurupá, pelo tempo de três anos, devido ao falecimento
XVIII Ultramarin
do capitão em exercício António da Gama. Anexo: bilhete.
o
AHU_CU_013, Cx. 24, D. 2226.

REQUERIMENTO do capitão-mor da Fortaleza do Gurupá, José de


Arquivo
Sousa de Meneses e Melo, para o rei [D. João V], solicitando o
século Histórico
1741 Militar pagamento do seu soldo desde o dia do seu embarque. AHU_CU_013,
XVIII Ultramarin
Cx. 24, D. 2236.
o

Arquivo CARTA do capitão-mor da Fortaleza do Gurupá, José de Sousa


século Histórico Meneses e Melo, para o cardeal da Mota, [D. João de Mota e Silva]
1741 Militar
XVIII Ultramarin participando a sua partida para aquela fortaleza a fim de assumir o seu
o comando. AHU_CU_013, Cx. 24, D. 2255.

REQUERIMENTO do assistente no Grão-Pará e capitão da guarnição


Arquivo
da praça do Gurupá, André Miguel Aires para o rei [D. João V],
século Histórico
1742 Militar solicitando licença para se deslocar ao Reino. Anexo: bilhete.
XVIII Ultramarin
AHU_CU_013, Cx. 24, D. 2293.
o

REQUERIMENTO de Francisco Xavier Butero para o rei [D. João V],


Arquivo
solicitando confirmação da sua carta patente para ocupar o posto de
século Histórico
1743 Militar capitão da Guarnição do Gurupá. Anexo: carta patente. AHU_CU_013,
XVIII Ultramarin
Cx. 25, D. 2375.
o

65
REQUERIMENTO do capitão-mor da Fortaleza de Santo António do
Arquivo
Gurupá, José de Sousa de Meneses e Melo, para o rei [D. João V],
século Histórico
1743 Militar solicitando que o valor do seu soldo seja duplicado. Anexo:
XVIII Ultramarin
requerimentos e sentenças de justificação. AHU_CU_013, Cx. 25, D.
o
2398.

Arquivo REQUERIMENTO de João Pereira de Araújo para o rei [D. João V],
século Histórico solicitando seu provimento no posto de capitão-mor da Fortaleza do
1743 Militar
XVIII Ultramarin Gurupá no Rio Negro, ou na de Pauxis que se encontram vagas.
o AHU_CU_013, Cx. 26, D. 2419.

REQUERIMENTO do pároco da igreja de Santo António da capitania-


Arquivo mor do Gurupá, no bispado do Pará, padre Manuel Moreira Cousso,
século Histórico para o rei [D. João V], solicitando provisão de mantimentos da
1743 Militar
XVIII Ultramarin respectiva côngrua e seis índios forros para remeiros da canoa que o
o transportará na realização do serviço de Deus. AHU_CU_013, Cx. 26,
D. 2430.

Arquivo CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. João V, sobre a


século Histórico nomeação de pessoas para ocuparem o posto de capitão-mor do
1743 Militar
XVIII Ultramarin Gurupá, pelo tempo três anos. Obs.: m. est. AHU_CU_013, Cx. 26, D.
o 2465.

CARTA do governador e capitão-general do Estado do Maranhão e


Arquivo
Pará, João de Abreu Castelo Branco, para o rei D. João V, em resposta
século Histórico
1743 Militar à provisão de 6 de Maio de 1743, sobre o pedido de confirmação de
XVIII Ultramarin
patente do posto de capitão da Guarnição da Fortaleza do Gurupá por
o
Francisco Xavier Botero. AHU_CU_013, Cx. 26, D. 2480

Contribuiçã De La Condamine visita a fortaleza e a vila de Gurupá. Teve durante 3


o à História dias as honras de hóspede oficial. Comandava a praça de guerra o
século das capitão de Souza Menezes, que recebera de Belém, ordens
1743 Militar
XVIII Paróquias expressivas para a acolhida ao cientista francês Salvara a artilharia.
da Solenidade tambe´m no hospicio dos frades Capuchos da Piedade de
Amazônia. São José.

66
Arquivo REQUERIMENTO de João Baptista de Oliveira para o rei [D. João V],
século Histórico solicitando cem mil réis de ajuda de custo para servir como capitão-mor
1744 Militar
XVIII Ultramarin da Fortaleza do Gurupá, em que foi nomeado. AHU_CU_013, Cx. 27,
o D. 2517.

Arquivo REQUERIMENTO de Inácio Cação de Sousa para o rei [D. João V],
século Histórico solicitando os seus papéis de serviços, apresentados quando foi
1744 Militar
XVIII Ultramarin opositor ao lugar de capitão-mor do Gurupá. AHU_CU_013, Cx. 27, D.
o 2525.

REQUERIMENTO do capitão-mor nomeado da Fortaleza do Gurupá,


Arquivo
João Baptista de Oliveira, para o rei [D. João V], solicitando os papéis
século Histórico
1744 Militar de serviços do sargento Pascoal Ferreira, que serve na praça do Rio de
XVIII Ultramarin
Janeiro. AHU_CU_013, Cx. 27, D. 2535.
o

CARTA do governador e capitão-general do Estado do Maranhão e


Arquivo Pará, João de Abreu Castelo Branco, para o rei D. João V, em
século Histórico resposta à provisão de 6 de Junho de 1744, sobre o requerimento do
1744 Militar
XVIII Ultramarin capitão-mor da capitania do Caeté e Gurupá, Félix Joaquim Souto
o Maior que pedia para continuar no dito posto, enquanto o donatário
daquela capitania assim o pretender. AHU_CU_013, Cx. 27, D. 2572.

REQUERIMENTO de Francisco Xavier Botero para o rei [D. João V],


Arquivo
solicitando confirmação de carta de data e sesmaria situada nas
século Histórico
1745 Militar margens do igarapé Gurupá-Mirim, distrito da capitania do Gurupá.
XVIII Ultramarin
Anexo: bilhete e carta de data e sesmaria. AHU_CU_013, Cx. 28, D.
o
2610.

67
REQUERIMENTO do ex-capitão-mor da Fortaleza do Gurupá, José de
Sousa de Meneses e Melo, para o rei [D. João V], solicitando o
Arquivo
pagamento da despesa que fez com o académico francês, sr. de La
século Histórico
1745 Cientifico Condaminé e seu acompanhante que desceram o rio Amazonas,
XVIII Ultramarin
vindos do Reino do Perú. Anexo: requerimento, abaixo-assinado, aviso
o
e ofício (cópias). AHU_CU_013, Cx. 28, D. 2618.

OFÍCIO do [capitão-mor do Gurupá], José de Sousa de Meneses e


Arquivo
Melo, para o cardeal da Mota, [D. João de Mota e Silva] comunicando
século Histórico
1745 Religioso a sua chegada à cidade do Pará, onde fica a aguardar o dia da partida
XVIII Ultramarin
para a fortaleza para onde foi nomeado. AHU_CU_013, Cx. 28, D.
o
2630.

CERTIDÃO do governador e capitão-general do Estado do Maranhão e


Arquivo
Pará, João de Abreu Castelo Branco, confirmando ter nomeado
século Histórico
1745 Militar Francisco Xavier Botero para o posto de capitão de Infantaria da
XVIII Ultramarin
guarnição da Fortaleza de Santo António do Gurupá. Anexo: auto.
o
AHU_CU_013, Cx. 28, D. 2633.

Arquivo REQUERIMENTO do capitão de Inafantaria da Ordenança do lugar de


século Histórico Barcarena, Manuel Inácio de Carvalho para o rei [D. João V],
1745 Militar
XVIII Ultramarin solicitando seu provimento no posto de capitão-mor da Fortaleza do
o Gurupá. Anexo: informação. AHU_CU_013, Cx. 28, D. 2648.

CARTA do governador e capitão-general do Estado do Maranhão e


Arquivo
Pará, João de Abreu Castelo Branco, para o rei D. João V, em resposta
século Histórico
1746 Militar à provisão de 10 de Junho de 1745, sobre o pagamento dos soldos do
XVIII Ultramarin
capitão-mor da Fortaleza do Gurupá, João BaPtista de Oliveira. Anexo:
o
requerimentos. AHU_CU_013, Cx. 28, D. 2672.

68
REQUERIMENTO do procurador-geral da província da Piedade e das
Arquivo
Missões, fr. José de Borba, para o rei [D. João V], solicitando que se
século Histórico
1746 Religioso lhe dêem as "taras" necessárias para a condução dos géneros
XVIII Ultramarin
destinados ao convento de Nossa [...] São Francisco do Gurupá.
o
AHU_CU_013, Cx. 29, D. 2700.

REQUERIMENTO de Inácio dos Reis de Aragão, morador no distrito do


Arquivo
Gurupá, para o rei [D. João V], solicitandoconfirmação de carta de data
século Histórico
1746 Civil e sesmaria que principiava na boca do igarapé Aturiatuba, correndo
XVIII Ultramarin
pelo rio Malhari, e fazendo esquina com os marcos da sesmaria de
o
Manuel Amaral Pereira. Obs.: m. est. AHU_CU_013, Cx. 29, D. 2728.

REQUERIMENTO do provincial procurador-geral da província da


Arquivo Piedade, [fr. José de Borba], para o rei [D. João V], solicitando que
século Histórico mande dar uma [côngrua] ordinária de vários géneros aos religiosos do
1747 Religioso
XVIII Ultramarin convento da Fortaleza do Gurupá e ao seu hospício. AHU_CU_013,
o Cx. 29, D. 2763.

CARTA do [tesoureiro do Conselho Ultramarino], António Caetano [da


Arquivo
Silva] para o rei [D. João V], justificando o facto de não ter pago as
século Histórico Registro do
1747 ordinárias de vários géneros ao hospício da província da Piedade,
XVIII Ultramarin estado
situado fora da cidade de Belém do Pará, e a um convento na fortaleza
o
de Gurupá. AHU_CU_013, Cx. 29, D. 2767.

A"gente de
guerra" na
Amazônia
colonial.
Composiçã Carta do governador Francisco Pedro de Mendonça Gurjão para o rei;
século
1747 oe Reforma Fala do mal estado da estrutura do Forte de Gurupá e outros demais
XVIII
mobilizaçã próximos. (Avulsos Pará, caixa 29, Doc. 2804
o de tropas
pagas na
capitania
do Grão-

69
Pará
(primeira
metade do
século
XVIII). Pág
22

REQUERIMENTO de António Correia Saldanha, morador na vila de


Arquivo
Santo António do Gurupá, para o rei [D. João V], solicitando
século Histórico
1748 Civil confirmação da carta de data e sesmaria. AHU_CU_013, Cx. 30, D.
XVIII Ultramarin
2873.
o

Arquivo REQUERIMENTO do capitão-mor do Gurupá, José de Sousa de


século Histórico Meneses e Melo, para o rei [D. João V], solicitando que algum ministro
1748 Militar
XVIII Ultramarin lhe tire residência, pelo tempo que serviu no posto. AHU_CU_013, Cx.
o 30, D. 2889.

REQUERIMENTO de Manuel Nunes da Costa Gentil, fidalgo da Casa


Arquivo Real, para o rei [D. João V], solicitando ser provido no posto de capitão
século Histórico da Fortaleza do Gurupá, pelo tempo de três anos, em atenção aos
1748 Militar
XVIII Ultramarin serviços por ele prestados. Anexo: lembretes. AHU-CU-013, Cx. 30, D.
o 2894.

CARTA do [provedor da Fazenda Real da capitania do Pará], Lourenço


de Anvéres Pacheco, para o rei [D. João V], sobre os inconvenientes e
Arquivo
prejuízos para a Fazenda Real causados pelas expedições realizadas
século Histórico
1749 Militar às ilhas do Gurupá, para proceder à colheita de cacau que se destinava
XVIII Ultramarin
ao pagagamento do fardamento dos soldados. AHU_CU_013, Cx. 31,
o
D. 2918.

Contribuiçã
século o à História
1749 Militar A expedição militar ao Amazonas fez estação em Gurupá
XVIII das
Paróquias

70
da
Amazônia.

Arquivo
CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. João V, sobre a
século Histórico
1749 Militar nomeação de pessoas para o posto de capitão-mor do Gurupá, pelo
XVIII Ultramarin
tempo de três anos. Anexo: bilhete. AHU_CU_013, Cx. 31, D. 2940.
o

REQUERIMENTO de Estevão Cardoso de Meneses, morador no


Arquivo distrito do Gurupá, para o rei [D. João V], solicitando confirmação de
século Histórico carta de data e sesmaria na ilha de Sarapoé no Estado do Maranhão.
1750 Civil
XVIII Ultramarin Anexo: Bilhete e carta de data e sesmaria. AHU_CU_013, Cx. 31, D.
o 2945.

Arquivo REQUERIMENTO de Pedro da Silva, morador no Gurupá, para o rei [D.


século Histórico João V], solicitando confirmação de carta de data e sesmaria próxima
1750 Civil
XVIII Ultramarin ao rio Xingu, na boca do igarapé Vocalî. Anexo: Bilhete e carta de data
o e sesmaria. AHU_CU_013, Cx. 31, D. 2963.

REQUERIMENTO do capitão-mor da Fortaleza do Gurupá, João


Arquivo Baptista de Oliveira, para o [secretário de estado da Marinha e
século Histórico Ultramar, António Guedes Pereira], solicitando ordens para que se tire
1750 Militar
XVIII Ultramarin residência dos serviços por ele prestados naquele posto.
o AHU_CU_013, Cx. 31, D. 2964.

REQUERIMENTO de Manuel de Azevedo de Aragão para o rei [D.


Arquivo
João V], solicitando o envio de vários documentos relativos à sua
século Histórico
1750 Militar nomeação para o posto de capitão-mor do Gurupá. Anexo: Parecer
XVIII Ultramarin
(minuta). AHU_CU_013, Cx. 31, D. 2965.
o

71
CARTA (2ª via) do governador e capitão-general do Estado do
Maranhão e Pará, Francisco Pedro de Mendonça Gorjão, para o rei D.
João V, em resposta à provisão de 9 de Maio de 1741, sobre o
Arquivo
requerimento do sargento-mor João de Almeida da Mata, solicitando o
século Histórico
1750 Militar pagamento do soldo relativo ao tempo em que exerceu o posto de
XVIII Ultramarin
capitão-mor da capitania do Pará, conforme o sucedido com o capitão
o
da Fortaleza do Gurupá, Custódio António da Gama. Anexo: ofícios
(cópias). AHU_CU_013, Cx. 31, D. 2984.

OFÍCIO do [governador e capitão-general do Estado do Maranhão e


Pará], Francisco Pedro de Mendonça Gorjão para Pedro de Matos e
Silva, sobre a chegada do académico francês, Godin des Odonaes à
Arquivo Fortaleza do Gurupá, apresentando como pretexto o desejo de passar
século Histórico para Caiena e dali embarcar para Paris, tendo ainda solicitado licença
1750 Militar
XVIII Ultramarin para explorar a Serra do Parú em busca de alguns exemplares da
o árvore de “quina quina”, e ainda autorização para ir buscar sua mulher
à cidade espanhola de Quito. Anexo: carta (cópia). AHU_CU_013, Cx.
32, D. 2998.

CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. José, sobre a carta


do provedor da Fazenda Real da capitania do Pará, Lourenço de
Arquivo Anvéres Pacheco, relativa à colheita do cacau, por conta da dita
século Histórico Fazenda, em certas Ilhas do Gurupá, destinado à obtenção de
1751 Militar
XVIII Ultramarin recursos financeiros apurados para o fardamento dos Soldados.
o Anexo: parecer, cartas, certidão, ofício (cópia) e relação.
AHU_CU_013, Cx. 32, D. 3031.

Contribuiçã
o à História
século das Os frades Capuchos da Piedade de São José tem 3 hospicios no
1751 Religioso
XVIII Paróquias bispado do Pará na cidade a casa de São José, no Cayá, e em Gurupá.
da
Amazônia.

72
REQUERIMENTO de Manuel Coelho para o rei [D. José], solicitando
Arquivo
confirmação de carta de data e sesmaria situada numa das margens do
século Histórico
1752 Civil rio Xingu, próximas ao distrito do Gurupá. Anexo: bilhete e carta de
XVIII Ultramarin
data sesmaria. AHU_CU_013, Cx. 33, D. 3108.
o

Arquivo REQUERIMENTO de João dos Santos do Amaral, morador na Boavista


século Histórico districto do Gurupá, para o rei [D. José], solicitando confirmação de
1752 Civil
XVIII Ultramarin carta de data e sesmaria localizada junto à foz do rio Xingu. Anexo:
o bilhete e carta de data de sesmaria. AHU_CU_013, Cx. 33, D. 3109.

Arquivo REQUERIMENTO de Miguel de Cerqueira Chaves para o rei [D. José],


século Histórico solicitando sua nomeação para o posto de capitão-mor das Fortalezas
1752 Militar
XVIII Ultramarin do Pauxis ou do Gurupá. Anexo: auto de serviços. AHU_CU_013, Cx.
o 33, D. 3120.

ALVARÁ (minuta) de [D. José] para o governador e capitão general do


Estado do Maranhão e Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado,
ordenando que, conforme consulta do Conselho Ultramarino de 23 de
Outubro de 1752, se proceda à criação de dois Regimentos de
Infantaria, um na Cidade do Pará e outro para a Fortaleza do Macapá,
Arquivo
compostos por dez Companhias de cinquenta Praças cada,
século Histórico
1752 Militar designando-se os respectivos oficiais superiores e menores, um
XVIII Ultramarin
Capelão, mantendo o mesmo cirurgião já em funções em outros
o
Regimentos da mesma Cidade, e devendo adoptar-se as mesmas
ordens para os Regimentos de Granadeiros, Engenheiros e Artilheiros,
e em todas as fortalezas e postos adjacentes a Belém do Pará,
destacando Parú, Gurupá, Pauxis, Tapajós, Rio Negro e Rio Branco.
Anexo: alvará (minuta). AHU_CU_013, Cx. 33, D. 3148.

73
Contribuiçã
Edição do Mapa "Viceprovinciae Societatis", e su, Maragnonii, no ano
o à História
de 1753, estando no mesmo enquadrada a fortaleza de Gurupá, assim
século das
1753 Cientifico como de Arapijó (hoje Carrazedo), as cinco aldeias do Rio Xingu - Boa
XVIII Paróquias
Vista, Maturú, hoje porto de Móz, Itacuruça, hoje Veiros, Piraverí, hoje
da
Pombal, Arioari, hoje Souzel-Velho.
Amazônia.

REQUERIMENTO de Manuel de Azevedo de Aragão e Sarmento para


Arquivo
o rei [D. José], solicitando que se mande tirar a residência pelos
século Histórico
1754 Militar serviços prestados no posto de capitão-mor da Fortaleza de Santo
XVIII Ultramarin
António do Gurupá no distrito do Pará. AHU_CU_013, Cx. 36, D. 3393.
o

REQUERIMENTO de José David Ferreira, morador no distrito do


Arquivo
Gurupá, para o rei [D. José], solicitando confirmação de carta de data e
século Histórico
1754 Civil sesmaria situada nas proximidades do igarapé Mallarî. Anexo: bilhete e
XVIII Ultramarin
carta de data e sesmaria. AHU_CU_013, Cx. 36, D. 3402.
o

OFÍCIO do [governador e capitão-general do Estado do Maranhão e


Pará], Francisco Xavier de Mendonça Furtado para o Bispo do Pará, [D.
Arquivo
(fragmento). Miguel de Bulhões e Sousa], sobre a queixa apresentada
século Histórico
1754 Militar pelo tenente da Fortaleza do Gurupá contra o missionário frei José da
XVIII Ultramarin
Trindade, acusando-o de o insultar quando lhe solicitou quatro índios
o
da Aldeia de Guarimucu para as obras de reparação dos Quartéis e de
uma muralha. AHU_CU_013, Cx. 37, D. 3468.

Arquivo REQUERIMENTO (certidão) do capitão-mor do Gurupá, Manuel de


século Histórico Azevedo de Aragão e Sarmento, para o rei [D. José], solicitando nova
1755 Militar
XVIII Ultramarin ordem para que se mande tirar a respectiva residência. AHU_CU_013,
o Cx. 37, D. 3497

Prospecto
século da frente
1756 Iconografia Iconografia
XVIII de Gurupá
(Shwebel)

74
REQUERIMENTO de José Miguel Aires para o rei [D. José], solicitando
o hábito da ordem de Cristo e respectiva tença, como recompensa
Arquivo
pelos serviços prestados como capitão-mor das Fortalezas do Gurupá e
século Histórico
1757 Militar Ilha Grande de Joanes, e cabo de uma das Tropas de Resgates no Rio
XVIII Ultramarin
Negro. Anexo: aviso, informação de serviços e auto. AHU_CU_013, Cx.
o
42, D. 3880.

Arquivo REQUERIMENTO de António Félix Martins Oliveira para o rei [D. José],
século Histórico solicitando carta de confirmação de data e sesmaria próxima do igarapé
1759 Civil
XVIII Ultramarin chamado Gurupá. Anexo: carta de data e sesmaria. AHU_CU_013, Cx.
o 44, D. 3991.

Gurupá - A sua guarnição compunha-se de uma companhia de


soldados pagos com um capitão-mór comandante, um capitão de
infantaria e oficiais subalternos. Junto à fortaleza para o lado do Xingú,
que cai sobre o Amazonas, está o convento dos reverendos Padres
Piedosos que El Rei o Snr. Dom Pedro mandou fundar no ano de 1692.
Contribuiçã
(Este Convento, coma retirada dos missionários e as reformas
o à História
inexequíveis do Marquês de Pombal, arruinou-se totalmente . Segundo
século das
1759 Militar Baena, as ruínas dêste estabelecimento ainda eram vistas em 1786).
XVIII Paróquias
Ficava perto da aldeia de Arapijó, hoje o lugar de Carrazedo, e pouco
da
mais adiante uma aldeia que é de sua doutrina. No lugar deste
Amazônia.
convento houve antes um convento dos reverendos padres carmelitas
calçados que o deixaram com a ocasião da vinda dos reverendos
piedosos, e neste convento dos reverendos carmelitas se prenderam os
primeiros padres da companhia no ano de 1661, na moção popular do
Pará.

75
OFÍCIO do Bispo do Pará, D. fr. João [de São José Queirós], para o
[secretário de Estado da Marinha e Ultramar], Francisco Xavier de
Mendonça Furtado, sobre a ordem para proceder ao envio do antigo
Arquivo
presidente do hospício do Gurupá, fr. João de Marvão e do seu
século Histórico
1760 Militar assistente fr. Angelo de Selmes, retidos no Pará por doença do
XVIII Ultramarin
primeiro, para o Reino, informando que apenas o fr. Angelo de Selmes
o
regressa, devido ao falecimento do fr. João de Marvão. AHU_CU_013,
Cx. 46, D. 4254.

OFÍCIO do governador e capitão-general do Estado do Pará e


Maranhão, Manuel Bernardo de Melo e Castro, para o [secretário de
estado da Marinha e Ultramar], Francisco Xavier de Mendonça Furtado,
Arquivo sobre a concessão da côngrua ordinária aos religiosos da Província de
século Histórico Santo António; e a desobediência do padre expresidente do hospício do
1760 Religioso
XVIII Ultramarin Gurupá da Província da Piedade, fr. João de Arronches, participando
o ter este religioso falecido no ano de 1759 e que o padre excomissário-
geral, fr. Angelo de Selmes partiu para o Reino, a bordo do navio
"Nossa Senhora da Madre de Deus". AHU_CU_013, Cx. 47, D. 4334.

O Governador Manuel Bernado de Melo e Castro deliberou reconstruir


Contribuiçã a fortaleza e neste propósito enviou a Gurupá o Major de Engenharia
o à História Gaspar João Geraldo Gronfelts que ali aportou em 27 de janeiro do ano
século das seguinte. Referindo-se à fortaleza disse ele depois do governador: "
1760 Reforma
XVIII Paróquias Achei a arruinada de tal sorte que as paredes estão todas para cair e
da assim me parece que quando se fizesse detrás destas paredes terra
Amazônia. plena não hão de sofrer o peso desta terra e mais as peças com os
reparos".

76
OFÍCIO do [governador e capitão-general do Estado do Pará e
Maranhão], Manuel Bernardo de Melo e Castro, para o [secretário de
Arquivo estado da Marinha e Ultramar], Francisco Xavier de Mendonça Furtado,
século Histórico sobre os inconvenientes surgidos para os índios das povoações com o
1761 Militar
XVIII Ultramarin pagamento, aos comandantes da Fortaleza do Gurupá, das canoas
o utilizadas na extracção das drogas do sertão. AHU_CU_013, Cx. 51, D.
4654.

OFÍCIO do [governador e capitão-general do Estado do Pará e


Maranhão], Manuel Bernardo de Melo e Castro, para o [secretário de
Arquivo
estado da Marinha e Ultramar], Francisco Xavier de Mendonça Furtado,
século Histórico
1761 Civil sobre providências a tomar para que Manuel António de Sousa,
XVIII Ultramarin
destacado na Fortaleza do Gurupá, pudesse voltar ao Reino, a pedido
o
de sua mulher, Felícia Madalena da Silva. AHU_CU_013, Cx. 50, D.
4619.

CARTA do [governador e capitão-general do Estado do Grão-Pará e


Arquivo Maranhão], Manuel Bernardo de Melo de Castro, para o rei [D. José I],
século Histórico sobre a instituição do Colégio dos Nobres na cidade de Belém do Pará,
1761 Militar
XVIII Ultramarin na casa onde estava o seminário dos jesuítas, e na vila do Gurupá, na
o casa que pertencera ao religisos da Província da Piedade. Anexo:
ofícios e relação. AHU_CU_013, Cx. 52, D. 4722.

OFÍCIO do [governador e capitão-general do Estado do Grão-Pará e


Arquivo Maranhão], Manuel Bernardo de Melo de Castro, para o [secretário de
século Histórico estado da Marinha e Ultramar], Francisco Xavier de Mendonça Furtado,
1761 Militar
XVIII Ultramarin sobre as despesas havidas com a construção de casas na Fortaleza do
o Gurupá para alojamento dos comandantes e Armazém.
AHU_CU_013, Cx. 52, D. 4726.

77
CARTA do provedor da Fazenda Real da capitania do Pará, José Feijó
Arquivo de Melo e Albuquerque, para o rei [D. José I], sobre a despesa que se
século Histórico fez com as casas dos comandantes da Fortaleza de Santo António do
1761 Militar
XVIII Ultramarin Gurupá, junto às quais existe um armazém. AHU_CU_013, Cx. 52, D.
o 4732.

Contribuiçã
refere o governador que as familias contempladas na disposição da
o à História
carta régia de 11 de Junho de 1761 não tem querido aproveitar-se do
século das
1761 Religioso colégio de educação no hospicio dos expulsos missionários da piedade
XVIII Paróquias
de Gurupá; e que assim ermo está já mostrando que o tempo começa a
da
obter os seus efeitos naturais sobre a estbilidade deste edificio.
Amazônia.

Planta da
século Fortaleza
1762 Iconografia Iconografia
XVIII de Gurupá
(Groenfelt)

CONSULTA do Conselho Ultramarino para o rei D. José l, sobre a


Arquivo conta apresentada pelo provedor da Fazenda Real da capitania do
século Histórico Pará, José Feijó de Melo e Albuquerque, a respeito da despesa feita
1762 Militar
XVIII Ultramarin com a construção das casas do comandante da Fortaleza de Santo
o António do Gurupá, onde existe um armazém para se guardar o que for
propriedade régia. Anexo: certidão. AHU_CU_013, Cx. 52, D. 4770.

Arquivo REQUERIMENTO de Eusébio de Azevedo de Aragão Sarmento, irmão


século Histórico do capitãomor do Gurupá, Manuel de Azevedo de Aragão Sarmento,
1763 Militar
XVIII Ultramarin para o rei [D. José I], solicitando licença para regressar ao Reino.
o AHU_CU_013, Cx. 54, D. 4945.

78
1763, Abril, 7, Santo António do Gurupá: OFÍCIO do Bispo do Pará,
D. fr. João [de São José Queirós], para o [secretário de Estado da
Arquivo
Marinha e Ultramar], Francisco Xavier de Mendonça Furtado,
século Histórico
1763 Religioso congratulando-se com a notícia do triunfo das armas portuguesas na
XVIII Ultramarin
guerra, e da sua visita do Pinhel e Porto de Móz, tomando contacto
o
com as nações dos Xingús e Tapajós. AHU_CU_013, Cx. 54, D. 4912.

Contribuiçã
o à História
Em 5 de Março de 1763 esteve na freguesia de Gurupá em visita
século das
1763 Religioso pastoral Dom Frei João de São José e Queiroz, beneditino, IV bispo do
XVIII Paróquias
Pará
da
Amazônia.

OFÍCIO do Bispo do Pará, D. fr. João [de São José Queirós], para o
Arquivo
[secretário de Estado da Marinha e Ultramar], Francisco Xavier de
século Histórico
1763 Religioso Mendonça Furtado, congratulando se com A notícia do triunfo das
XVIII Ultramarin
armas portuguesas na guerra, e da sua visita do Pinhel e Porto de Móz,
o
tomando contacto com as nações dos Xingús e Tapajós.

Arquivo DESPACHO do Conselho Ultramarino sobre os pagamentos das


século Histórico Folhas de Assentamento da família do cirurgião do Pará, António de
1765 Civil
XVIII Ultramarin Matos, e as côngruas ordinárias devidas aos religiosos da Província de
o Piedade no Convento do Gurupá. AHU_CU_013, Cx. 58, D. 5190.

REQUERIMENTO do mestre de campo de um dos Terços de Infantaria


Auxiliar da vila de São José de Macapá, André Miguel Aires, para o rei
Arquivo
[D. José I], solicitando a mercê do Hábito da ordem de Cristo e sua
século Histórico
1773 Militar respectiva tença para um dos seus filhos, como recompensa pelos
XVIII Ultramarin
serviços prestados na guarnição das Fortalezas do Gurupá e Tapajós.
o
Anexo: informação de serviços e auto. AHU_CU_013, Cx. 70, D. 5957.

79
Contribuiçã
o à História Planta da Fortaleza da Vila de Gurupá (Antônio José Pinto) 26 de
século das Novembro de 1774, construida em 1623 pelo capitão-mór Bento Maciel,
1774 Cientifico
XVIII Paróquias com o nome de fortaleza de Santo Antõnio de Gurupá, no Sitio
da chamado Mariocai.
Amazônia.

OFÍCIO do [governador e capitão general do Estado do Pará e Rio


Negro], José de Nápoles Telo de Meneses, para o [secretário de estado
Arquivo da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, remetendo as
século Histórico cartas [geográficas] dos distritos espanhóis com sua respectiva
1780 Militar
XVIII Ultramarin direcção; e, ainda, a correspondência que recebeu de João Pereira
o Caldas, que se encontra na Fortaleza do Gurupá. AHU_CU_013, Cx.
86, D. 7037.

Diario da
viagem do
Dr.
Francisco "Por este Rio Trombetas se retirarão os Hollandezes, que se tinhão
José de estabelecido em Gurupá para a Colônia do Surinam; e os índios que
século
1780 Lacerda e Militar habitão nas cabeceiras d'estes rios usão de armas de fogo, de vestidos
XVIII
Almeida de pano, adquirido tudo do commercio dos mesmos Hollandezes." (o
pelas acontecimento não condiz com a data do diário)
capitanias
do Pará.
Pág. 5

Diario da
viagem do
Dr.
Copia do Diário que fez o Dr. Francisco José de LaCerda e Almeida,
Francisco
sendo mandado por Sua Magestade Fidélissima para as demarcações
José de
século de Seus Reaes Domínios na America Portugueza, servindo rfella de
1780 Lacerda e Cientifico
XVIII Astrônomo/ "Chegamos a Villa do Gurupá no dia 11, tendo ouvido
Almeida
Missa no dia 10 "defronte do Rio das Arèas. Chegamos a Gurupá , que
pelas
consta de 400 almas, e de um pequeno Forte de figura irregular."
capitanias
do Pará.
Pág. 3

Alexandre
século Bento Maciel disponibiliza ao Padre Carmelita André da Natividade
1784 Rodrigues Militar
XVIII duas léguas de terra em 7 de Julho de 1639
Ferreira

80
Dom Frei Caetano Brandão se Refere a Gurupá: " Aportamos na
Fortaleza de Santo Antônio de Gurupá. Logo ao amanhece nos veio
conduzir para terra o comandante; ali junto de um belo arco se me fez
Contribuiçã
uma pequena fala; depois disto debaixo do Palio me encaminhei a
o à História
igreja acompanhado de todas as pessoas de bem daquela vila, e da
século das
1785 Religioso tropa auxiliar. Preguei ao povo e crismei alguns meninos... O número
XVIII Paróquias
das pessoas brancas não excede a 300, tem de mais alguns índios; é
da
terra pobre, talvez por falta de espírito dos moradores; pois se
Amazônia.
trabalhassem, podiam ter abundância de arroz; a igreja é muito boa... a
fortaleza teve bons princinpios, mas está incompleta e desarmada de
tudo; só se vem paredes...

Projeto da
Igreja St.
1713 - século
Antônio de Iconografia
1791 XVIII
Gurupá
(Landi)
Contribuiçã
o à História
século das O mapa de Homann contém Gurupá e o rio Xingú com o nome de
1796 Cientifico
XVIII Paróquias Paranatinga.
da
Amazônia.

OFÍCIO dos oficiais da Câmara [da vila de Santa Cruz do Cametá] para
Arquivo
o [secretário de estado da Marinha e Ultramar], D. Rodrigo de Sousa
século Histórico
1796 Militar Coutinho remetendo os traslados das ordens régias existentes nos
XVIII Ultramarin
arquivos das Câmaras das vilas da Vigia, Cametá, Macapá, Mazagão,
o
Bragança e Gurupá. AHU_CU_013, Cx. 108, D. 8514.

OFÍCIO dos oficiais da Câmara do Gurupá para o [secretário de estado


Arquivo
da Marinha e Ultramar, D. Rodrigo de Sousa Coutinho], sobre o registo
século Histórico Registro do
1797 das ordens régias recebidas naquela vila, existentes nos arquivos da
XVIII Ultramarin estado
Câmara. Anexo: cartas régias e provisão (cópias). AHU_CU_013, Cx.
o
108, D. 8530.

81
OFÍCIO do [governador e capitão-general do Estado do Pará e Rio
Negro] D. Francisco [Maurício] de Sousa e Coutinho, para o [secretário
de estado da Marinha e Ultramar] visconde de Anadia [D. João
Arquivo
Rodrigues de Sá e Melo], sobre a viagem de reconhecimento realizada
século Histórico
1801 Militar pelo sargento de Pedestres, Manuel José Alcântara, através do rio
XIX Ultramarin
Amazonas até à Ilha Grande de Joanes, passando pela Fortaleza do
o
Gurupá, pelas vilas de Santarém e de Monte Alegre, tendo depois,
regressado à cidade de Belém do Pará. Anexo: carta (cópia).
AHU_CU_013, Cx. 121, D. 9279.

REQUERIMENTO de Feliciano José de Aragão, para o príncipe


regente [D. João], solicitando a confirmação da carta patente no posto
Arquivo
de tenente da 3ª Companhia do Corpo de Tropa Ligeira de Milícias da
século Histórico
1801 Militar vila de Gurupá. Anexo: carta patente. Obs.: a carta patente em anexo
XIX Ultramarin
pertence a Venceslau da Boémia e Sampaio. AHU_CU_013, Cx. 120,
o
D. 9247.

REQUERIMENTO de Bernardino Fernandes de Sena, para o príncipe


Arquivo
regente [D. João], solicitando a confirmação da carta patente no posto
século Histórico
1801 Militar de tenente da 5ª Companhia do Corpo de Tropa Ligeira de Milícias da
XIX Ultramarin
vila de Gurupá. Anexo: carta patente. AHU_CU_013, Cx. 120, D. 9221.
o

Arquivo REQUERIMENTO de José Raimundo Barreto, para o príncipe regente


século Histórico [D. João], solicitando a confirmação da carta patente no posto de
1801 Militar
XIX Ultramarin alferes da 8ª Companhia do Corpo de Tropa Ligeira de Milícias da vila
o de Gurupá. Anexo: carta patente. AHU_CU_013, Cx. 120, D. 9210.

REQUERIMENTO de Policarpo António da Silva, para o príncipe


Arquivo regente [D. João], solicitando a confirmação da carta patente no posto
século Histórico de mestre de campo do Corpo de Tropa Ligeira de Milícias do distrito
1801 Militar
XIX Ultramarin da vila de Gurupá. Anexo: carta patente. AHU_CU_013, Cx. 119, D.
o 9178.

82
Arquivo REQUERIMENTO de Romualdo de Sousa Pais, para o príncipe
século Histórico regente [D. João], solicitando a confirmação da carta patente no posto
1801 Militar
XIX Ultramarin de capitão da 8ª Companhia do Corpo de Tropa Ligeira de Milícias da
o vila de Gurupá. Anexo: carta patente. AHU_CU_013, Cx. 119, D. 9175.

REQUERIMENTO de João Baptista Ferreira Lopes, para o príncipe


Arquivo
regente [D. João], solicitando a confirmação da carta patente no posto
século Histórico
1801 Militar de capitão da 5ª Companhia do Corpo de Tropa Ligeira de Milícias da
XIX Ultramarin
vila do Gurupá. Anexo: carta patente. AHU_CU_013, Cx. 119, D. 9149.
o

CARTA do [governador e capitão-general do Estado do Pará e Rio


Negro] D. Francisco [Maurício] de Sousa Coutinho, para o príncipe
Arquivo regente [D. João, sobre o requerimento de Manuel Correia de Loureiro,
século Histórico [solicitando a confirmação da carta patente do posto de tenente da 8ª
1802 Militar
XIX Ultramarin Companhia do Corpo da Tropa Ligeira de Milícias da vila de Gurupá].
o Anexo: ofício, requerimento e carta patente. AHU_CU_013, Cx. 123, D.
9462.

REQUERIMENTO de Agostinho Brandão de Castro, para o príncipe


Arquivo
regente [D. João], solicitando a confirmação de carta patente no posto
século Histórico
1802 Militar de tenente da 9ª Companhia de Tropa Ligeira de Milícias da vila do
XIX Ultramarin
Gurupá, por desistência do anterior ocupante. Anexo: carta patente.
o
AHU_CU_013, Cx. 122, D. 9417.

REQUERIMENTO de Manuel Joaquim Barbosa Pereira, para o príncipe


regente [D. João], solicitando a confirmação da carta patente no posto
Arquivo
de tenente da 1ª Companhia do Corpo da Tropa Ligeira de Milícias da
século Histórico
1803 Militar vila de Gurupá na capitania do Pará, vago por falecimento de Manuel
XIX Ultramarin
José Bemposta. Anexo: carta patente. AHU_CU_013, Cx. 128, D.
o
9821.

83
REQUERIMENTO de Luís José de Santarém, para o príncipe regente
Arquivo [D. João], solicitando a confirmação da carta patente no posto de
século Histórico tenente da 6ª Companhia do Corpo da Tropa Ligeira de Milícias da vila
1803 Militar
XIX Ultramarin do Gurupá da capitania do Pará, vago por promoção de Inácio Leal de
o Morais a capitão da 7ª Companhia do mesmo Corpo. Anexo:
requerimento e carta patente. AHU_CU_013, Cx. 127, D. 9781.

REQUERIMENTO de José Fróes de Brito, para o príncipe regente [D.


Arquivo
João], solicitando a confirmação da carta patente no posto de tenente
século Histórico
1803 Militar da 10ª Companhia do Corpo da Tropa Ligeira de Milícias da vila do
XIX Ultramarin
Gurupá na capitania do Pará, vago por desistência. Anexo: carta
o
patente. AHU_CU_013, Cx. 127, D. 9777.

CARTA do [governador e capitão-general do Estado do Pará e Rio


Negro] 8º conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], para o
príncipe regente [D. João], sobre o requerimento de Pedro Fróis de
Arquivo Brito, solicitando a confirmação da carta patente no posto de capitão da
século Histórico 3ª Companhia do 4ºdo Regimento de Milícias da vila de [São José do]
1804 Militar
XIX Ultramarin Macapá, [vago por promoção de Manuel António Xavier Botero a
o tenente coronel do Corpo de Tropa Ligeira de Milícias da vila do
Gurupá]. Anexo: requerimento e carta patente. AHU_CU_013, Cx. 130,
D. 9972.

CARTA do [governador e capitão-general do Estado do Pará e Rio


Negro] 8º conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], para o
príncipe regente [D. João], sobre o requerimento de António Rebelo
Arquivo
Mendes, solicitando a confirmação da carta patente no posto de alferes
século Histórico
1804 Militar da 10ª Companhia do Corpo de Tropa Ligeira de Milícias da vila do
XIX Ultramarin
Gurupá, [vago por não ter sido provido desde o tempo da sua criação].
o
Anexo: lembrete, carta, requerimento e carta patente. AHU_CU_013,
Cx. 129, D. 9957.

84
CARTA do [governador e capitão-general do Estado do Pará e Rio
Arquivo Negro] 8º conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], para o
século Histórico príncipe regente [D. João], sobre a baixa de serviços prestados
1805 Militar
XIX Ultramarin concedida ao alferes da 5ª Companhia do Corpo de Tropa Ligeira de
o Milícias da vila do Gurupá, Manuel Maria de Aragão. Anexo:
requerimento e carta patente. AHU_CU_013, Cx. 134, D. 10196.

CARTA do procurador geral da Província Carmelita do Pará e


Maranhão, frei Joaquim José de Santa Ana Lima, para o príncipe
Arquivo
regente [D. João] sobre o requerimento do religioso Carmelita Calçado
século Histórico
1805 saúde e missionário residente na vila do Gurupá, frei Liberato de Nossa
XIX Ultramarin
Senhora do Carmo, solicitando licença de viagem para o Reino, para
o
tratar dos remédios necessários à conservação da sua saúde. Anexo:
lembrete. AHU_CU_013, Cx. 134, D. 10208.

CARTA do [governador e capitão-general do Estado do Pará e Rio


Negro] José Narciso de Magalhães de Menezes, para o príncipe
Arquivo regente [D. João], sobre o requerimento de José de Sousa, solicitando
século Histórico a confirmação da carta de patente no posto de alferes da 7ª Companhia
1807 Militar
XIX Ultramarin do Corpo de Tropa Ligeira de Milícias da vila de Gurupá, vago por
o promoção de António Manuel Pimentel a tenente da mesma
Companhia. Anexo: lembrete, requerimento e carta patente.
AHU_CU_013, Cx. 139, D. 10576.

CARTA PATENTE (2ª via) do governador e capitão-general da


província do Pará, conde de Vila Flor, [António José de Sousa Manuel
Arquivo de Meneses Severim e Noronha], nomeando Domingos de Almeida e
século Histórico Silva, para o posto de alferes da 10ª Companhia do Corpo de Tropa
1819 Militar
XIX Ultramarin Ligeira de Milícias da vila do Gurupá, no província do Pará, vago por
o demissão de Joaquim Rodrigues Colares. AHU_CU_013, Cx. 149, D.
11480.

85
Von Martius se refere a Gurupá: " Durante a noite de 8 para 9 de
Setembro, só haviamos ancorado a algumas hora de Gurupá,e, nos
Contribuiçã
ultimos dias, tinhamos contornado mais uma ponte de terra, quando
o à História
numa pequena elevação deste lugar, avistamos a margem meridional
século das
1819 Viajantes do Rio Santo Antônio de Gurupá (Coropá). E denomida Fortaleza nos
XIX Paróquias
relatórios oficiais, mas não tem, além de uma escada de barro em
da
frente ao rio, fortificação alguma, nem artilharia, e, como guarnição,
Amazônia.
apenas poucos soldados, que se ausentam a maior parte do ano
acompanhando expedições pelo Rio Xingú".

Contribuiçã
o à História
século das
1819 Doenças Epidemia de Varíola dizimou a população de Gurupá
XIX Paróquias
da
Amazônia.

CARTA PATENTE da Junta Provisória do Governo da província do


Arquivo
Pará, nomeando Luís da Rocha, para o posto de alferes da 2ª
século Histórico
1820 Militar Companhia do Corpo de Tropa Ligeira de Milícias da vila de Gurupá,
XIX Ultramarin
por demissão de Salvador Francisco Pita. AHU_CU_013, Cx. 150, D.
o
11585.

Contribuiçã
o à História
século das a grande mortandade causada pela varíola reduziu o número dos
1820 Doenças
XIX Paróquias habitantes de Gurupá a 160.
da
Amazônia.

CARTA PATENTE (2ª via) da Junta Provisória do Governo Civil da


Arquivo província do Pará nomeando Manuel Pereira de Sousa no posto de
século Histórico alferes da 3ª Companhia do Corpo de Tropa Ligeira de Milícias da vila
1822 Militar
XIX Ultramarin de Gurupá, vago por demissão de Manuel José de Araújo.
o AHU_CU_013, Cx. 152, D. 11711.

86
OFÍCIO do governador de armas da província do Pará, brigadeiro José
Maria de Moura, para o ministro e secretário de estado dos Negócios
da Guerra, Cândido José Xavier, sobre a representação do coronel-
comandante da Tropa Ligeira de Gurupá, Geraldo José de Abreu, e do
Arquivo
tenente-coronel comandante dos Ligeiros Milicianos de Cametá, José
século Histórico
1822 Militar Duarte Rodrigues, a respeito da inclusão dos índios do Corpo de Milícia
XIX Ultramarin
Ligeira em Corpos Militares concedendo-lhes chefes e oficiais de
o
Companhias da província do Pará e queixando-se dos ataques que lhe
são dirigidos pela Junta provisória do Governo Civil da província do
Pará. Anexo: cartas, ofícios, ordens, circulares e editais (cópias). Obs.:
doc. em anexo impresso. AHU_CU_013, Cx. 155, D. 11906.

Contribuiçã
o à História
Edição do Mapa Ipério do Brasil, províncias unidas. Neste mapa era
século das
1822 Cientifico enquadrada a Vila de Gurupá assim como o Rio Xingú, mas sem
XIX Paróquias
marcação da vilas.
da
Amazônia.

REQUERIMENTO de Joaquim Pereira do Nascimento para o rei [D.


Arquivo
João VI], solicitando confirmação da carta patente no posto de tenente
século Histórico
1823 Militar da 1ª Companhia do Corpo de Tropas Ligeiras de Milícias da vila do
XIX Ultramarin
Gurupá, vago por falecimento de Luís Manuel Gonçalves. Anexo: carta
o
patente. AHU-Rio Negro, n.v.815. AHU_CU_013, Cx. 161, D. 12260.

REQUERIMENTO de Manuel João Correia para o rei [D. João VI],


Arquivo solicitando confirmação de carta patente no posto de alferes da 8ª
século Histórico Companhia do Corpo de Tropas Ligeiras de Milícias da vila do Gurupá,
1823 Militar
XIX Ultramarin vago por falecimento de João Evangelista Rebelo. Anexo: carta
o patente. AHU-Rio Negro, n.v.815. AHU_CU_013, Cx. 161, D. 12249.

87
REQUERIMENTO de António José de Matos para o rei [D. João VI],
Arquivo
solicitando confirmação de carta patente no posto de alferes da 2ª
século Histórico
1823 Militar Companhia do Corpo de Tropas Ligeiras de Milícias da vila de Gurupá,
XIX Ultramarin
vago por demissão de Salvador Francisco Pitas. Anexo: carta patente.
o
AHU-Rio Negro, n.v.815. AHU_CU_013, Cx. 161, D. 12248.

REQUERIMENTO de António de Freitas Guimarães para o rei [D. João


Arquivo
VI], solicitando confirmação da carta patente de tenente da 7ª
século Histórico
1823 Militar Companhia do Corpo de Tropas Ligeiras de Milícias da vila do Gurupá,
XIX Ultramarin
vago por demissão de António Manuel Pimentel. Anexo: carta patente.
o
AHU_CU_013, Cx. 159, D. 12126.

Arquivo REQUERIMENTO do alferes da 2ª Companhia do Corpo de Tropa


século Histórico Ligeira de Militares da vila de Gurupá, António José de Matos, para o
1824 Militar
XIX Ultramarin rei [D. João VI], solicitando segunda via da carta patente naquele posto.
o Anexo: lembrete. AHU_CU_013, Cx. 163, D. 12429.

37 casas palhoças e sete telhadas formam duas ruas, uma denominada


de Santo Antônio, e a outra de São José, e duas pequenas praças, a
Contribuiçã
do pelourinho, e a da aldeia contígua da parte do sul, cuja primitiva
o à História
denominação foi de Mariocai, e cujo os indios, desde sua fundação
século das Demografic
1833 eram aplicados ao serviço de guarnição da fortaleza, e depois sujeitos
XIX Paróquias o
à administração dos Capuchos da província da piedade ( de São José).
da
Formam a totalidade dos moradores: 828 Brancos, 248 Escravos, 117
Amazônia.
Mestiços, 183 Índios, 80 Mamelucos. (Baena, Ensaio Corográfico, Pará,
304s).

Contribuiçã
o à História
século das
1833 Educação Gurupá Fica sem professor
XIX Paróquias
da
Amazônia.
Notas
século Históricas
1840 Óbito Morre o Ex-vigário de Gurupá, no convento do pará.
XIX Sobre as
Missões

88
Camelitana
s no
Extremo
Norte do
Brasil

Mapa
século
1841 (Vilas iconografia Mapa onde Aparece Gurupá e Arapijó já com o nome de Carrazedo
XIX
Boas)

Contribuiçã
o à História
Contém a Vila de Gurupá 162 fogos em 68 casas, porque elas tem
século das Demografic
1842 divisão para isso; neste fogos se incluem 482 moradores brancos e
XIX Paróquias o
mestiços de ambos os sexos e 233 escravos, vindo a ser o total 715.
da
Amazônia.

A Matriz de Gurupá. Esta igreja inaugurada com o orago de Santo


Antônio; foi construida de taipa de pilão; tem teto de telha sem forrô. O
seu frontespício nada deve arquitetura, assim tudo o mais; tem a direita
e à esquerda da Capela mór um altar; são toleráveis as imagens que
neles se acham; tem côro sobre o vestíbulo; o do lado do evangelhos
um púlpito. Tudo obrado sem estilo. O seu estado material por dentro e
Contribuiçã por fora exige reparação, e o mesmo pede em ornamentos ou vestes
o à História para o uso ordinário. Não te torre; em dois paus curtos se suspendem
século das duas sinetas; Este templo carece muito de que lhe melhorem o seu
1842 Iventário
XIX Paróquias atual estado. Força Militar de Gurupá: Um batalhão de guardas policiais
da compostos de 6 companhias, cada uma com o capitão, Tenente,
Amazônia. Alferes e de um Estado- Maior que compreende além do Major
comandante, um Alferes ajudante um dito Quartel-Mestre, um
Cirurgião-mór, o Alferes Porta Bandeira, um dito Secretário, um
sargento-Ajudante, um dito Vago-Mestre, e o Tambor-Mór. A froça
numérica é de 574 homens. Neste número estão 436 soldados
desprovidos de armas e de fardamento. Este batalhão abraça também
a Vila de Poto de Móz. Nele não tem havido deserções.

Contribuiçã
1841- século o à História
Religioso Foi Vigário de Gurupá o Reverendo Padre Felipe de Santiago Pinto.
1846 XIX das
Paróquias

89
da
Amazônia.

2 de Março - Castelnau escreve sobre Gurupá: " La Petite Vila Gurupá


que nous venons de citer est três miserabible; ses mauvaises maisons
Contribuiçã
forment deux rues paralelles à la riviére et qui sont obstrueés par de
o à História
hautes herbes. Il y a une petite eglise fort ancienne et une redoute
século das
1847 Viajantes armée de quelques mauvais canons, dont laquelle nous trouvames un
XIX Paróquias
commandant militair qui a le rang major. Un des soldads avait été eu en
da
Europe et aux Indes. Nous ne pumes mêmes pas nous procure ici des
Amazônia.
bananes et nous etions sans cesse suivis par des habitantes du pays
qui nous demandaient á manger.

Richard Spruce escreve sobre Gurupá: Early in the morning (20 de


Contribuiçã
Outubro) we passed Gurupá, a village on the right bank where there is a
o à História
streng fort, generally attributed to the Dutch during the brief period they
século das
1849 Viajantes had possesion of the Amazon... Our course lay then through narrow
XIX Paróquias
channels, among island at the month od the Xingú, where the current
da
was not so strong as in the main Amazon, alltough they were beset with
Amazônia.
shifting sandbanks, which made the passege not devid of danger

Contribuiçã
o à História
século das
1862 Religioso Vigário de Gurupá foi o Padre Romualdo José da Fonseca Gama.
XIX Paróquias
da
Amazônia.
Planta da
século
1863 Fortaleza Iconografia
XIX
de Gurupá
Contribuiçã
século o à História
1864 Religioso se conclui as obras da igrejade Gurupá.
XIX das
Paróquias

90
da
Amazônia.
Gravura da
frente de
século
1867 Gurupá Iconografia
XIX
(Paul
Marcoy)
Contribuiçã
o à História
século das A nova Epidemia de Variola no Norte do Brasil. E em Gurupá morrem
1873 Doenças
XIX Paróquias 52 pessoas.
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
século das Herbert a Smith visitou Gurupá, O rio Xingú e o seu afluente o rio
1874 Viajantes
XIX Paróquias Jaraucú.
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
século das Isabel, a filha de Dom Pedro declarou a liberdade de todos os cidadãos
1888 Abolição
XIX Paróquias do Brasil. Esta lei transformou a vida da vila e município de Gurupá.
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
século das
1896 Religioso Vigário de Gurupá foi o Padre Ricardo Felipe da Rocha.
XIX Paróquias
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
século das
1898 Religioso Vigário de Gurupá foi o Padre Pedro de abreu Pereira.
XIX Paróquias
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
Século das
1904 Religioso Vigário de Gurupá foi o Padre Caetano Giordano.
XX Paróquias
da
Amazônia.
Planta da
Fortaleza
Século de
1905 Iconografia
XX Gurupá(Jo

Pessanha)
Contribuiçã
1908- Século o à História O Vigário nesta época foi o Padre Enéas Lima um grande orado.
Religioso
1914 XX das Fundou em 1908 um centro apostolado.
Paróquias

91
da
Amazônia.

Contribuiçã
o à História
Século das Publicou-se em Gurupá um jornal: Correio de Gurupá. Orgão dos
1909 Midia
XX Paróquias interesses gerais. Red. Chefe: Antenor Madeira.
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
Século das Morreu em Carrazedo, lugar perto de Gurupá o Reverendo Vigário de
1913 Óbito
XX Paróquias Gurupá, Padre Mendes, muito zeloso sacerdote e missionário do Xingú.
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
Século das Encarregado com o serviço paroquial de Gurupá foi o reverendo Padre
1917 Religioso
XX Paróquias José Maria Lago.
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
Século das O Conêgo Irenês Rebouças se encarregou com o serviço paroquial de
1919 Religioso
XX Paróquias Gurupá.
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
Século das Um sacerdote, muito conhecido na Amazôni, o Padre Emílio Martins foi
1920 Religioso
XX Paróquias Vigário de Gurupá.
da
Amazônia.

92
7 de Dezembro - Manuel Buarque dedica a Gurupá as linhas seguintes:
" Vimos já em ruínas, antes de terminar a construção o paço municipal,
Contribuiçã projetado pelo Dr. Flávio Batista, quando se achava à frente dos
o à História destinos desse rico-infeliz municipio. E disse: Aqui estas uma nova
Século das torre de Babel, que se pretendia edifica, mas não se conseguiu. Na dos
1920 Reforma
XX Paróquias hebreus ficaram as obras paralisadas , por haver o Senhor castigado os
da construtores com a confusão das linguas; e nesta dos gurupaenses
Amazônia. baralhou-se a política, com a negociação de empréstimos fantástico, e
as paredes do monumento projetado, em vez de subirem, cairam em
ruínas. São coisas que sucedem, as vezes, mas não se explicam".

Contribuiçã
o à História
Século das No Mês de Dezembro desobrigou-se Dom Eduardo Hernerholdt em
1928 Religioso
XX Paróquias Gurupá.
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
Século das
1929 Religioso O serviço paroquial de Gurupá fez Frei Eustáquio.
XX Paróquias
da
Amazônia.
Fortaleza
de Gurupá
Século
1929 antes da Iconografia
XX
segunda
reforma
Contribuiçã
o à História
Século das O padre Manuel Magalhães foi encarregado com a paróquia de
1930 Religioso
XX Paróquias Gurupá. Remodelou-se a fortaleza, de Santo Antônio de Gurupá.
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
Século das O Padre Marcos Schawalder da congregação dos missionários do
1931 Religioso
XX Paróquias preciosíssimo sangue se desobrigou em Gurupá.
da
Amazônia.
Contribuiçã
Século o à História
1932 Religioso Padre Clemente Geiger C. PP. S. fez serviço paroquial de Gurupá.
XX das
Paróquias

93
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
1933- Século das
Religioso Efetuaram-se nesse tempo 640 batizados e 98 casamentos em Gurupá
1934 XX Paróquias
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
Século das
1937 Religioso Padre Carlos Borromeu C. PP. S. fez a sua desobriga em Gurupá.
XX Paróquias
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
Século das Morreu em Belém o zelador da matriz de Gurupá: Cleto Barreto da
1938 Óbito
XX Paróquias Fonseca. Gurupá deve muito a este zelador incansável.
da
Amazônia.
Contribuiçã
o à História
Século das 5 de Março - morreu em Nápoles (Itália) o bispo prelado Dom Amando
1939 Óbito
XX Paróquias Bahkmann de Santarém, grande amigo de Gurup.
da
Amazônia.

Contribuiçã
18 de Março - Gurupá. Terra da minha primavera sarcedotal. Terra
o à História
querida, mas hoje infelizmente abandonada. Não sei, se também tu,
Século das
1941 Religioso Gurupá, estás condenada àmorte. A igreja de Santo Antônio se levanta
XX Paróquias
sobre as ruínas. A construção de um palácio minicipal acha-se no
da
estado da agonia.
Amazônia.

94
Anexo 3: Desenho dos perfis das Bordas
(Desenho: G. Botelho; Prancha: T. Viana 2017)

95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
Anexo 4: Foto Materiais.

FOTO CONJUNTO DESCRIÇÃO N° da Imagem QTD

Litico Material para desparo Imagem 18 4


de arma de fogo, sua
origem é europeia

Louça Com decoração azul Imagem 19 4


pintada a mão, seu
estilo decorativo nos
remete a louças
portuguesas

107
Grês Proveniente do forte Imagem 20 8
de Gurupá o Grês
eram garrafas que
tinham como
utilização armazenar
bebidas alcolicas.

Cerâmica Apresenta marca de Imagem 21 68


histórica torno, tecnologia que
se é utilizada nas
cerâmicas europeias.

Material Tijoleiras Imagem 22 5


Construtivo

108
Contas de Contas de Colar Imagem 23 23
Colar apresentado em um
catalogo de vendas
venesiano

Cerâmicas Possuem tecnologia Imagem 24 8


Mescladas indigena e decorações
semelhantes a louças.

109

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