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Laboratório de Físico-Química I
(Agosto 2023)
1. INTRODUÇÃO (2,0 pontos)
O gás natural é um combustível fóssil, não renovável, encontrado em reservatórios subterrâneos tanto em terra
quanto em mar. É definido como sendo a parcela do petróleo que se encontra na fase gasosa ou em solução nas
condições de reservatório e que permanece no estado gasoso nas condições atmosféricas Sua composição é dada por
uma mistura variada de hidrocarbonetos leves, em principal o metano (CH4), etano (C2H6), propano (C3H8) e
butano (C4H10), podendo ser encontrado na forma associada, em poços petrolíferos e, principalmente, na forma não
associada, em reservatórios de gás, onde a exploração se torna mais favorável. [1]
Frente a esse cenário, em específico será compreendido a utilização do gás butano a partir do isqueiro, sendo uma
espécie de combustível descartável. Além disso, é um dos produtos de refino do petróleo o Gás Liquefeito de
Petróleo, conhecido como GLP. Entende-se como liquefeito, porque ele é comprimido em altas pressões e parte dele
passa para o estado líquido. Para Santos, o comportamento dos gases reais aproxima-se, em certas condições, do
comportamento dos gases ideais, em equivalência com a lei dos gases ideais, onde se verifica a relação entre
pressão, volume e temperatura, descrita abaixo: [2]
Constitui-se a descrição de um sistema que sofre uma transformação isotérmica, onde o produto entre a pressão e o
volume de um resultado constante. Percebe-se um experimento que visa investigar a solubilidade de gases em água
utilizando a técnica do recipiente invertido. A técnica é aplicável a substâncias gasosas ou facilmente volatilizáveis
por aquecimento que não são solúveis em água. O experimento baseia-se em conceitos de solubilidade, propriedades
dos gases, pressão parcial e medição de massas utilizando uma balança de laboratório. [2]
Nessa perspectiva também, a prática descreve um experimento projetado para determinar o volume de
hidrocarboneto presente no líquido do isqueiro descartável e investigar sua relação com a mudança de massa do
isqueiro. Utilizando o princípio da técnica de recipiente invertido e aplicando conceitos de pressão, temperatura,
volume molar padrão e relação entre massa e volume, o experimento visa obter insights sobre a composição do
hidrocarboneto de isqueiro. [2]
3 Isqueiros BIC
Balança Analítica
Termômetro
Papel toalha
Recipiente plástico
Água da torneira
Foi colocada a palma de uma mão sobre o topo de uma proveta cheia, invertida e colocada no recipiente
com água. Foi removida da mão. No entanto, não devem existir bolhas (ou apenas uma bolha pequena) no
topo da proveta.
Colocou-se o isqueiro na balança analítica e com um pequeno pedaço de papel sobre ela, foi pesado o
isqueiro utilizando 3 casas decimais, anotando sua massa . Segurou-se o isqueiro com o pedaço de papel
para evitar o excesso de manuseio no isqueiro.
Foi pego o isqueiro sem o pedaço de papel e segurado-sob a boca da proveta, apertando o botão do isqueiro
de forma que o combustível fosse escapado do isqueiro mais seja coletado pela proveta. Continuou-se até
que o gás preenchesse 2,5 cm da proveta. Você precisará parar dentro do limite graduado da proveta.
Retirou-se o isqueiro foi colocado sobre uma toalha ou papel seco.
Segurou-se a proveta verticalmente de forma que o nível de água dentro e fora fossem iguais, marcando o
nível. Foi removido da proveta. Determinou-se o volume do hidrocarboneto liberado.
Foi enxugado e agitado o isqueiro para retirar o máximo de água possível sem que causasse o escape do
gás. Colocou-se o isqueiro de volta na balança. Com um pequeno pedaço de papel ,foi pesado novamente o
isqueiro.
Foi repitido os procedimentos 1.1 a 1.5 até que obtesse 4 conjuntos de dados confiáveis. Foi desconsiderada
sua primeira tentativa de coletar o gás. Variou-se o volume durante cada conjunto de dados; Faixa de 50 a
100 mL de gás em sua proveta (seu primeiro conjunto de dados provavelmente não seria consistente com os
outros conjuntos de dados).
Foi anotada a temperatura do seu banho de água e a pressão barométrica. Sabendo-se a temperatura da
água, foi consultada a tabela para a conversão de temperatura e determinada a pressão parcial, devido ao
vapor de água. A pressão barométrica na hora do experimento seria igual a pressão parcial do
hidrocarboneto mais a pressão parcial do vapor de água (se o nível de água dentro e fora da proveta fosse o
mesmo cada vez que o volume fosse anotado).
4. RESULTADO E DISCUSSÃO (4,0 pontos)
De forma inicial, ao realizar os procedimentos necessários foi possível verificar as variações de volume conforme a
ação do gás butano ao acionar o isqueiro. O experimento demonstrou a aplicação prática de conceitos fundamentais
da química dos gases. A observação das leis de Boyle-Mariotte e de Dalton reforçou a validade dessas teorias em
condições não padronizadas. Além disso, a equação do gás ideal foi utilizada para calcular o volume molar padrão,
uma constante que permite relacionar as propriedades dos gases.
Durante o experimento, observou-se que o nível da água no recipiente invertido subiu após a liberação do gás
butano. Esse aumento no nível da água indica que o gás butano não é solúvel em água e foi retido na parte superior
do recipiente invertido. Utilizando os conceitos de pressão parcial, pode-se concluir que a pressão parcial do gás
butano no espaço acima da água é maior do que sua pressão parcial na água. Essa diferença de pressão resulta na
migração do gás butano da fase gasosa para a fase líquida, onde não é solúvel. A medição da massa do recipiente
invertido antes e após o experimento também permitiu a estimativa da quantidade de gás butano retida.
Nesse aspecto, é discutido que não ocorre a igualdade no experimento, pois é perceptível as variações de volume ao
inverter as provetas e sob temperatura constante. Com isso, tanto com as provetas de 50 ml quanto 100 ml foram
suficientes as suas triplicatas para entender que a pressão aumenta, conforme o desprendimento do gás butano, em
ação sobre a água da torneira. E com os cálculos realizados com a lei de gases ideais e com a Ley de Boyle, ambas
em anexo, comprovou as variações volumétricas, temperatura constante de 23°C e variação na sua pressão.
Observação: Ocorreram erros no que se refere ao isqueiro de cor preta na liberação do gás butano, não variando sua
massa.
Os resultados do experimento demonstraram que o volume de hidrocarboneto presente no isqueiro foi calculado
usando a equação do gás ideal, mas também a lei de Boyle. A relação entre a mudança de massa do isqueiro e o
volume calculado do gás foi analisada e revelou que conforme o hidrocarboneto do isqueiro é liberado na forma de
gás, ocorre uma diminuição na massa total do isqueiro. Esse fenômeno está em conformidade com a Lei de
Conservação de Massa, que estabelece que a massa total de um sistema fechado permaneça constante, desde que não
haja entrada ou saída de massa. A diminuição da massa do isqueiro está diretamente relacionada ao volume
calculado do gás coletado. Como o hidrocarboneto é liberado como gás, ele ocupa um volume maior em comparação
com o estado líquido dentro do isqueiro. Portanto, à medida que o hidrocarboneto é vaporizado e coletado no
recipiente invertido, a diminuição da massa do isqueiro é acompanhada por um aumento correspondente no volume
do gás coletado.
Infere-se, portanto, que foram notáveis as variações de volume conforme a utilização do gás butano em equilíbrio
com a agua. No entanto, para fins experimentais conclui-se que os objetivos foram alcançados, demonstrando
principalmente que não ocorreu igualdade nos procedimentos ao realizar as triplicatas e possivelmente a eficiência
do gás butano, comprovando a lei dos gases ideiais.
Além disso, com base nos resultados e na aplicação de conceitos de pressão parcial e propriedades dos gases, foi
possível concluir que o gás butano não é solúvel em água e é retido na parte superior do recipiente invertido devido à
diferença de pressões parciais.
O experimento destacou a relação intrincada entre pressão, volume e quantidade de substância em condições não
padronizadas. A aplicação da equação do gás ideal e das leis dos gases proporcionou percepções valiososas sobre o
comportamento dos gases, suas pressões parciais em misturas e a influência de diferentes volumes. A compreensão
desses conceitos é essencial para a interpretação e aplicação de experimentos químicos envolvendo gases.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (0,5 ponto)
BRAGA, B.; HESPANHOL, I.; CONEJO, J. G. L., et al. Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2 ed., 2005.[1]
SANTOS, E. M. Dos; FAGÁ, M. T. W.; BARUFI, C. B.; POULALLION, P. L. Gás natural: a construção de uma
nova civilização. Estudos Avançados, São Paulo; v. 21, n. 59, p. 67-90, 2007.[2]
ANEXOS
3)
Vf=96ml
Massa inicial=21,124g
Massa final 21,114g
Proveta de 50 ml
X= 21,1715
Proveta de 100 ml
X=21,145+21,128+21,124/3
X=21,1323
1.50=0,35.V2
V2=142,8ml