AVALIAÇÃO DAS MEDIDAS DE REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS DE
ROCHA NAS MARMORARIAS DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR
(RMS) – UMA VISÃO PRELIMINAR
Cláudio Sérgio Oliveira de Rosato¹; Débora Correia Rios¹; Herbet Conceição²
1. GPA – Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral/IGEO/Universidade Federal da Bahia, crosato@ufba.br; 2. Núcleo de Geologia Básica, Universidade Federal de Sergipe
As rochas ornamentais e de revestimento, também designadas pedras naturais,
rochas dimensionais e materiais de cantaria, definem na atualidade uma das mais promissoras áreas do setor mineral. Este crescimento resulta da diversificação dos produtos, das novas utilizações das rochas ornamentais e de revestimentos, e das novas tecnologias que aprimoram a exploração e otimização da produção. Durante o beneficiamento secundário das pedras naturais nas marmorarias, cerca de 25% a 30% do volume processado, são transformados em pó, os quais ficam depositados nos pátios das empresas. No Brasil, a quantidade estimada da geração conjunta do resíduo de corte de mármore e granito é de 240.000 toneladas/ano. Estes números alarmantes têm motivado o desenvolver de pesquisas, objetivando ferramentas que permitam um melhor aproveitamento destes resíduos na construção civil, sejam na produção de argamassas, tijolos cerâmicos, peças cerâmicas e ou concretos. Tais estudos visam detectar as potencialidades destes rejeitos e viabilizar sua seleção preliminar, que hoje é encarado apenas como atividade complementar, que pode contribuir para diversificação dos produtos, diminuição dos custos finais, além de resultar em novas matérias-primas para uma série de setores industriais. A reciclagem dos rejeitos gerados pelas indústrias para uso como matérias-primas alternativas não é nova, e tem sido efetuada com sucesso em vários países. No setor de marmorarias da Região Metropolitana de Salvador (RMS), sob o prisma ambiental e competitivo, tem sido observado e relacionado, especialmente, em relação às características tecnológicas e produtivas, já que é crescente a produção de rochas processadas visando o mercado interno. O maior impasse é o aperfeiçoamento tecnológico ainda muito abaixo do nível ideal para uma competição internacional. Quanto aos impactos ambientais decorrentes desta atividade industrial, estima-se que boa parte da produção dessas empresas gere um quantitativo de resíduos suficientes, que se não bem tratados poderão causar impactos ambientais de relevância. Atualmente muitas dessas empresas descartam seus resíduos em áreas consideradas prioritárias para a preservação ambiental na RMS. Em uma avaliação preliminar constata-se que algumas destas empresas transferem seus resíduos a outras, as quais já possuem um sistema de reutilização em peças de mosaicos, projetos decorativos, e mesmo jardinagem e paisagismo. O objetivo agora é incentivar as demais e sugerir medidas públicas que facultem o reaproveitamento de resíduos em um maior número de marmorarias, sensibilizando o setor para a melhoria da produção, redução de impactos ambientais nocivos e facilitando assim, o desenvolvimento sustentável deste setor. Esta é a contribuição GPA 249/2009.
Sustentabilidade na Indústria de Cerâmica Vermelha – viabilidade do uso de resíduos da queima (cinzas) na indústria da cerâmica vermelha: estudo de caso na Mata Norte de Pernambuco: sustentabilidade e cerâmica vermelha