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Volei Sentado:

A importancia do voleibol sentado:

Os PNEEs ao longo do tempo vêm praticando diversos tipos de atividades físicas

que em muito dos casos acabam virando um esporte ao qual eles começam a se

dedicar cada vez mais. Dentre tantos os esportes o voleibol passou a ser escolhido

por alguns para se dedicar. O voleibol não é um esporte simples de se praticar, pelo

contrário é considerado por muitos, um dos mais difíceis e complexos de se praticar

e até mesmo de se ensinar. De acordo com Bizzocchi (p. 55, 2004) isto acaba

ocorrendo porque “o voleibol é um esporte de complexo aprendizado e sua maior

dificuldade reside no fato de envolver habilidades não naturais ou construídas.

Como todo esporte, é baseado em gestos específicos, também chamados de

fundamentos”. As pessoas estão acostumadas desde pequenas a chutar, lançar etc;

e se para elas já é complicado imagine para os PNEEs que têm se superar as suas

limitações.

As fontes de informações utilizadas para a pesquisa, mostram apenas como o

esporte traz benefícios para a vida dos PNEEs, como integrá-los junto com a

sociedade fazendo com que eles visem seu bem estar físico e mental. Entre as

informações coletadas para o trabalho existe uma lacuna na literatura, até o

presente momento, estudos mais profundos sobre a importância e até mesmo a

prática do voleibol sentado para os PNEEs. Vale a pena levar em consideração que a atividade

física para os deficientes físicos possibilita ganhos físicos, motores, psicológicos e sociais, como

aperfeiçoamento das capacidades motoras, diminuição de riscos para doenças

cardiovasculares, melhora na autoestima e autoimagem, estímulo à socialização, trabalho em

equipe e cooperação.

Voleibol Sentado.

O primeiro clube esportivo para deficientes foi inaugurado na Holanda no final de


1953. Athletics e Sitzball, originários da Alemanha, foram os primeiros esportes.

Logo em seguida foi percebido que o Sitzball, que é jogado sentado no chão, era

muito passivo e eram necessários esportes mais movimentados.

Em 1956, o Comitê Alemão de Esportes apresentou um novo jogo chamado

Voleibol Sentado, uma combinação do Sitzball e do voleibol. Desde então o voleibol

sentado tornou-se um dos esportes mais praticados em competições não só de

deficientes na Holanda, mas também por competidores de voleibol não deficientes,

mas com lesões no tornozelo e joelho.

Ocorreram competições internacionais desde 1967, mas apenas após 1978 a

International Sports Organisation for the Disabled (ISOD) aceitou o voleibol sentado

no seu programa. Na Paraolimpíada de Toronto, em 1976, o voleibol sentado teve

jogos de exibição. Quatro anos depois, este importante esporte coletivo foi incluído

no programa de competições dos Jogos Paraolímpicos de Arnhem, Holanda, com a

participação de sete seleções.

O primeiro torneio internacional – sob o comando da ISOD – foi realizado em 1979

em Harlem (Holanda). Em 1980, este esporte foi aceito como um esporte

paraolímpico com a participação de sete equipes. O desenvolvimento internacional

pode ser considerado “barulhento”. Clínicas estão sendo organizadas por todo o

mundo, campeonatos mundiais, europeus e ligas regionais são organizadas

anualmente.

Desde 1993, ocorrem campeonatos mundiais da modalidade tanto no masculino

como no feminino. Até os Jogos Paraolímpicos de Sydney-2000, o voleibol

paraolímpico era dividido entre a categoria sentada e em pé. A partir de Atenas, só

haverá disputas com atletas sentados, por decisão do Comitê Paraolímpico

Internacional-IPC. Esta será a primeira vez em que as mulheres participam da

competição. No vôlei Sentado, o Brasil nunca participou de uma Paraolimpíada.


Este se tornou um dos mais importantes esportes em equipe na Paraolimpíadas.

Este é um esporte rápido, excitante e procurado por muitos, que pode mostrar as

habilidades atléticas dos atletas deficientes.

O voleibol sentado tem o potencial de crescer como um esporte onde os

deficientes e não-deficientes podem participar com um alto nível técnico.

No Brasil o esporte estreou anos depois, em 2002.

Voleibol sentado no Brasil:

Em 2003 foi fundada a Confederação Brasileira de Voleibol Para Deficientes, porém,

até essa data, o país ainda não possuía medalhas nesse esporte. Atualmente a

modalidade é praticada em mais de 50 países em todo o mundo. No voleibol sentado

existem, algumas características peculiares. Ou seja, podem competir jogadores

sentados que possuem algum tipo de deficiência motora, como exemplo atletas

amputados, com incapacidade mínima, podendo ser, por exemplo, pessoas com

amputação dos dedos das mãos e de um dos pés. Além dessas pessoas que

possuem membros superiores encurtados, paralisia de membros superiores, luxação

da coxa, alteração na articulação de membros inferiores ou superiores e severo déficit

de circulação nos membros inferiores também são inclusos nesta categoria.

Regras do voleibol sentado:

a área de jogo é o espaço da quadra, que mede mede 10 x 6 metros, e a zona livre, que
deve ter no mínimo 3 metros de largura em todos os lados;
a altura da rede é de 1,15 para a modalidade masculina e 1,05 para a feminina;
há duas equipes com 12 jogadores cada, sendo que 6 ficam na reserva e 6 em quadra;
os jogadores podem ter as funções: ataque, defesa ou líbero (que fica no fundo da quadra,
sendo um especialista em defesa);
o jogo engloba 5 sets de 25 pontos corridos cada e vence o time que ganhar 3 sets;
se houver empate dos sets (2x2), o último set, chamado de tie-break, será determinante.
Diferente dos outros sets, os pontos vão até 15.
os jogadores não podem bater na bola sem estar em contato com o solo;
cada equipe pode somente tocar três vezes na bola antes de passar ao time adversário;
os pontos são feitos quando a bola toca o chão da quadra do time adversário;
diferente do vôlei tradicional, no vôlei sentado o saque pode ser bloqueado pelos jogadores
da linha de frente.

Linhas e zonas da quadra de vôlei sentado


Muito similar ao voleibol tradicional, nessa modalidade há linhas e zonas. Todas as linhas da
quadra devem ser de cor clara e com 5 cm de largura.

Linhas de delimitação: 4 linhas que delimitam a quadra de jogo (duas linhas laterais e
duas linhas de fundo).
Linha central: divide a quadra em dois espaços de 5 e 6 metros.
Linha de ataque: estão a 2 metros do centro do campo e marca a zona da frente.
Zona de frente: próxima da rede, ela é limitada pela linha central e a linha de ataque.
Zona de saque: local onde é realizado o saque. Possui 6 metros de largura e se estende até
o fim da zona livre.

Classificação do vôlei sentado


Dependendo da gravidade da deficiência e das limitações, os jogadores do voleibol sentado são
classificados em dois grupos:

Deficiência severa (VS1): apresentam deficiências relacionadas à locomoção mais


acentuadas, por exemplo, pernas ou braços amputados.
Deficiência leve (VS2): apresentam deficiências quase imperceptíveis, por exemplo,
pequenas amputações dos membros.

Além dessas duas classificações mais gerais, existe a classificação funcional dividida em:
amputados e les autres (os outros, em francês). Os les autres são aqueles que possuem algum
tipo de deficiência motora.

Já para os amputados, há uma classificação que especifica melhor a deficiência:

AK (above knee): amputação realizada acima ou através da articulação do joelho.


BK (below knee): amputação realizada abaixo do joelho, através ou acima da articulação
tálus-calcanear, no tornozelo.
AE (above elbow): amputação realizada acima ou através da articulação do cotovelo.
BE (below elbow): amputação realizada abaixo do cotovelo, sendo através ou acima da
articulação do pulso.

Logo, por meio dessa classificação, eles são divididos em 9 tipos:

Classe A1: duplo AK


Classe A2: AK simples
Classe A3: duplo BK
Classe A4: BK simples
Classe A5: duplo AE
Classe A6: AE simples
Classe A7: duplo BE
Classe A8: BE simples
Classe A9: amputações combinadas dos membros inferiores e superiores

Conclui-se, com esta breve revisão teórica, que o voleibol

sentado tem diferenças do voleibol convencional, porém já se tornou um esporte

paralímpico e profissional como o voleibol tradicional. Os atletas que praticam esta

modalidade mostram para a sociedade que para ser um jogador profissional não

precisa sem uma pessoa fisicamente perfeita, e sim querer aproveitar as

oportunidades e ter dedicação.

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