Como Atletismo, Natação, Ciclismo, Remo, e alguns específicos para deficientes visuais como o Goalball e Futebol de 5.
Existem diversas pessoas que necessitam de correções ópticas,
como o uso de óculos ou lentes de contato, mas isso não significa que essa pessoa possa ser considerada elegível para competir esportivamente como um Deficientes Visual. Outro exemplo é uma pessoa que perde um dos globos oculares. Ela talvez seja considerada deficiente visual legalmente (à critérios de governo ou cotas) mas não necessariamente no esporte, pois caso esporte paralímpico considera a "melhor visão do melhor olho", e não a "pior visão do pior olho".
Dentro do desporto para deficientes visuais há três classes,
descritas abaixo:
B1 – Cego total: de nenhuma percepção luminosa em ambos os
olhos, e pode até a percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção. Nos testes apresenta uma marca abaixo de logMAR 2,6 B2 – Jogadores já têm a percepção de vultos. inicia da capacidade em reconhecer a forma de uma mão. Nos testes apresenta a marca de 20/625 ((logMAR 1,5) a 20/800 (logMAR 2,6) e/ou campo visual menor que 10º de diâmetro B3 – Os jogadores já conseguem definir imagens. Nos testes apresentam a marca de 20/200 (logMAR 1,0) a 20/500 (logMAR 1,4) e/ou campo visual menor que 40º de diâmetro (entre 10º e 40º)
Modalidades paralímpicas com presença de deficientes visuais:
Atletismo – o paratleta pode ser auxiliado por um atleta-guia e cordão de
ligação, de acordo com o grau de deficiência que possui; Ciclismo – a bicicleta adaptada, que se chama Tandem, possui dois assentos: o atleta com a deficiência visual pedala no banco de trás enquanto o ciclista da frente, que possui a visão perfeita, pilota; Futebol de 5 – A versão do nosso esporte mais popular é disputada em uma quadra de tamanho semelhante à de futsal, porém com barreiras laterais para que a bola não saia. A bola possui guizos internos e um guia “chamador” orienta o time de trás do gol. O goleiro é único jogador sem deficiência visual e os jogadores de linha usam vendas para igualar a competição entre os diferentes graus de deficiência. Além disto, o ambiente deve ser silencioso e sem eco e a torcida só pode se manifestar quando ocorre um gol, para o atleta ouvir o guizo;
Goalball – diferente das modalidades adaptadas, o goalball é um esporte
desenvolvido especificamente para os atletas com deficiência visual. É jogado em quadra de tamanho semelhante à de vôlei, porém com piso tátil. Seu objetivo é balançar a rede do adversário com arremessos rasteiros na direção do gol, que tem 9 m de largura e 1,30 m de altura. A exemplo do futebol de 5, a bola possui guizos e a arena precisa estar silenciosa durante o tempo de jogo; Hipismo – nos Jogos Paralímpicos, a disputa é restrita à modalidade adestramento e atletas cegos contam com sinalizações sonoras para a sua orientação; Judô – disputado com praticamente as mesmas regras do judô tradicional. A principal diferença é que os atletas já começam a luta com contato no quimono do adversário e o combate é interrompido sempre que este contato se perde; Natação – os atletas são avisados das viradas e chegadas pelo tapper, um bastão com ponta de espuma, quando estão próximos das bordas da piscina; Remo – na versão paralímpica, não há ainda uma categoria exclusiva para atletas com deficiência visual, mas até dois podem integrar a equipe de quatro remadores na categoria PR3, junto a atletas com função residual nas pernas. Neste caso, além das bandeiras e sinais luminosos, o juiz de saída também dá um comando de voz aos atletas; Triatlo – assim como nas provas de corrida do atletismo, os atletas cegos são acompanhados por um atleta-guia. Modalidades não paralímpicas que possuem versões adaptadas:
Beisebol (Beep Baseball) – As bolas são maiores e com guizo e as bases
possuem um totem de espuma que emite bipes, indicando a direção para qual os jogadores devem correr após rebater a bola; Boliche – um localizador sonoro é colocado no fim da pista para orientar os atletas, que ainda podem contar com pinos coloridos para facilitar a identificação e com um parceiro que lhes indique os pinos a serem derrubados; Canoagem – semelhante ao remo, a largada é adaptada a comandos sonoros ao invés de visuais; Crossfit – diversos exercícios podem ser realizados sem adaptações, exigindo somente orientação e supervisão do profissional responsável para que os movimentos sejam executados corretamente; Golfe – é praticado com a ajuda de instrutores que passam orientações sobre a distância e direção da tacada a ser realizada, assim como a presença de acidentes de terreno; Musculação/Levantamento de Peso – como no crossfit, os exercícios podem muitas vezes serem realizados sem adaptações, necessitando apenas a orientação de um profissional para a execução correta dos movimentos; Paraquedismo – deficientes visuais podem experimentar saltos duplos, ou seja, acompanhados de um instrutor; Surfe – pranchas adaptadas costumam ser longboards com extremidades macias e quilhas emborrachadas para evitar contusões e possuem guizos nas pontas e pontos com relevo para garantir a orientação sonora e tátil. O surfista pode ainda ser ajudado por um instrutor que o auxilie com os melhores momentos de entrada e saída do mar e de pegar a onda; Tênis de Mesa – é jogado com uma raquete de lateral plana, capaz de deslizar pela mesa, e com uma rede alta para permitir que bolas rasteiras passem por baixo. Além disto, a bola possui guizos e as extremidades da mesa são levemente elevadas para evitar que as bolas vão para longe;