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Natação Paralímpica

Professor Responsável
Prof. Fabiano Quirino “Paredão”
Licenciado e Bacharel pela UNIRP - São José do Rio Preto - SP; Especialista em Fisiologia do Exercício pela UFSCar - São Carlos - SP; Especialista em Aspectos
Psicológicos da Motricidade Humana - UNESP - Rio Claro - SP;
Especialista em Natação e Atividades Aquáticas pela UGF - Campinas - SP;
Aluno Especial da Disciplina Aspectos Metodológicos e Científicos do Treinamento Desportivo - UNIFESP - Santos - SP;
Técnico Nível III - Curso de Formação de Técnicos da APB - Academia Paralímpica Brasileira;
Técnico de Natação de Natação Infantil a Terceira Idade na Academia Medley Sports de 1998 a 2001- Novo Horizonte - SP;
Idealizador do projeto Natação Adaptada “Mostrando a Eficiência do Deficiente” no ano de 2000 que se transformou em APNH (Associação Paradesportiva de Novo
Horizonte) fundada em 2006;
Técnico de Natação de Natação Infantil a Terceira Idade na Academia Clube Santa Isabel de 2002 a 2015 - Novo Horizonte -SP;
Técnico de Natação Paralímpica da APNH (Associação Paradesportiva de Novo Horizonte -SP) de 2006 a 2016 – Novo Horizonte - SP;
Técnico da Seleção Paulista de Natação nas Paralímpiadas Escolares de 2010 a 2015;
Técnico de Classes Baixas do Brasil nas Paralímpiadas Rio 2016 - Rio de Janeiro RJ;
Técnico de Classes Baixas do Brasil no Pan Pacific 2018 - Cairns, Queensland - Austrália: 12 Medalhas;
Idealizador e técnico responsável pelo 1o Camping de Classes Baixas do Brasil realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro em 2018;
Técnico responsável pelos Camping’s Escolares realizados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro nos anos de 2018,2019 e 2020;
Responsável pelo monitoramento de Jovens da Modalidade Natação do Comitê Paralímpico Brasileiro nos anos de 2018,2019 e 2020;
Técnico de Classes Baixas do Brasil nos Jogos Parapan-americanos 2019 - Lima - Peru: Medalhas;
Técnico de Classes Baixas do Brasil no Campeonato Mundial 2019 - Londres - Inglaterra: 6 Medalhas;
Palestrante no 11o Congresso Brasileiro de Natação Infantil 2019;
Professor da Disciplina Natação Paralímpica da UCS - Universidade Municipal de São Caetano Sul 2019;
Técnico de Classes Baixas do Brasil nas Paralimpíadas Tokio 2020;
Técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro de Fevereiro de 2016 a Novembro de 2021;
Professor do modulo de Natação Paralímpica do Programa de Desenvolvimento Paralímpico do Governo do Estado de São Paulo 2021/2022;
Coordenador da Seleção Paulista de Natação Paralímpica, Paralimpíadas Escolares 2022;
Experiência com prescrição de exercícios resistidos para populações com deficiências físicas.
Roteiro

AULA TEÓRICO-PRÁTICA
• Histórico da modalidade
• Deficiências Elegíveis
• Sistema de classificação
• Especificidades e regras
• Equipamentos e Materiais para a Prática
• Desenvolvendo Práticas e Habilidades
• Como ensinar Natação Paralímpica
História
INTERNACIONAL
A Natação é uma das modalidades presentes do Esporte Paralímpico, sendo praticada,
internacionalmente, por atletas de cerca de 100 países.
1976 - Jogos Paralímpicos de Roma - A natação foi um dos oito esportes que fizeram parte do
programa esportivo da primeira edição dos Jogos Paralímpicos.
Década de 1970 - Fundação da Associação Internacional de Treinamento de Natação para
Paralisados, atuando efetivamente como um Comitê Técnico Esportivo.
1976 - Jogos Paralímpicos de Toronto, primeira participação de atletas amputados e com deficiência
visual. A partir disso, houve um aumento no número de eventos de medalhas em disputa.
1984 - Neste ano os Jogos foram divididos entre Stoke Mandeville, Grã-Bretanha, e Nova York, EUA.
Atletas de cadeira de rodas competiram em Stoke Mandeville e todos os outros grupos de
deficiência competiram nos Estados Unidos.
2000 - Paraolimpíada de Sydney, foi incluído os atletas com deficiência intelectual.
2012 - Londres, teve o maior número de participantes, contando com 604 nadadores.
2016 - Já nos Jogos do Rio 2016, 593 atletas de 79 países competiram em 152 provas. Os Jogos
Paraolímpicos do Rio 2016 teve a maioria dos países (79) e eventos de medalha (152) disputados
até o momento.
História
NACIONAL
1972 - A primeira representação brasileira na modalidade em Jogos Paralímpicos foi em Heidelberg
1984 - Stoke Mandeville (1984) – o Brasil fatura uma medalha de ouro, cinco de prata e uma de
bronze.
O Brasil também esteve presente no quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos de Seul/1988,
Barcelona/1992 e Atlanta/1996,
2000 - Sydney - que o país deu um salto em suas conquistas, alcançando melhores posições
2004 - Atenas – o Brasil conquistou sete medalhas de ouro (sendo seis de Clodoaldo Silva), três de
prata e uma de bronze.
2008 - Pequim - Daniel Dias foi o responsável por conquistar, sozinho, nove medalhas, sendo
quatro de ouro.
2012 - Em Londres, o atleta chegou à conquista de seis ouros.
Deficiências Elegíveis
DEFICIÊNCIA FÍSICA DEFICIÊNCIA VISUAL DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
• Déficit de Força Muscular; • B1 - Cegueira Total;
• Uma limitação no
• Déficit de Amplitude de • B2 - Baixa Visão; funcionamento intelectual
Movimento Passivo; e comportamento
• B3 - Baixa Visão.
• Diferença entre o adaptativo como expressa
comprimento das pernas; em habilidades
adaptativas conceituais,
• Deficiência de Membros; sociais e práticas, que se
• Baixa Estatura; origina antes dos 18 anos.

• Ataxia;
• Atetose;
• Hipertonia.
Classificação Esportiva
Os nomes das classes esportivas na natação consistem em um prefixo “S”, “SB”
ou “SM” e um número. Os prefixos representam os traços e o número indica as
classes esportivas.

Quanto menor o número da classe, mais severa é a limitação do atleta para a


prática da natação.

Os prefixos representam:

• S: eventos de nado livre, borboleta e nado costas;


• SB: nado peito;
• SM: medley individual (O prefixo “SM” é dado para atletas competindo em
eventos medley individuais).
Classificação Esportiva

CLASSE NA PARA-NATAÇÃO ELEGIBILIDADE


Deficiência Física
S1 a S10
Força muscular prejudicada; Atetose; Amplitude de movimento passiva
SB1 a SB0 prejudicada; Hipertonia; Deficiência de membros; Ataxia; Diferença de
comprimento de perna; Baixa estatura.
SM1 a SM10

A classe esportiva SM é calculada a partir da classe esportiva S e SB.

Os atletas com amputações não podem usar prótese quando entram na piscina.
Classificação Esportiva: Exemplos Deficiência Física
Classificação Esportiva

CLASSE NA PARA-NATAÇÃO ELEGIBILIDADE


Deficiência Visual
S11 = B1 Cegueira total - Acuidade visual menor que 2.6 LogMAR
Cegueira Parcial (baixa visão) - Acuidade visual entre 1.5 a 2.6
S12 = B2 LogMAR, e/ou campo visual entre 0 a 10°.
Cegueira Parcial (baixa visão) - Acuidade visual entre de 1.0 a 1.4
S13 = B3
LogMAR, e/ou campo visual definido entre 10° e 40°.

Os atletas da classe esportiva S/SB11 devem usar óculos escuros.

Para garantir a segurança, todos os nadadores SB11 devem usar um batedor (tapper), já os
nadadores nas classes esportivas SB12 e SB13 podem escolher se desejam ou não usar o tapper.
Classificação Esportiva: Exemplo Deficiência Visual
Classificação Esportiva

CLASSE NA PARA-NATAÇÃO ELEGIBILIDADE


Deficiência Intelectual

Apresentam um déficit intelectual, o que normalmente faz


com que os atletas tenham dificuldades com relação ao
SB14 reconhecimento de padrões, sequenciamento e memória, ou
tenham um tempo de reação mais lento, que impactam no
desempenho esportivo em geral.
Classificação Esportiva: Exemplo Deficiência Intelectual
Especificidades e Regras

Bloco de Partida
25 metros de largura
8 a 10 raias

3 metros de
profundidade

25°C a 26°C 2,5 metros


de largura
50 metros de comprimento
Especificidades e Regras
• Regras - As regras são as mesmas da Federação Internacional de Natação, com
adaptações, em especial às partidas, viradas e chegadas. Dependendo da deficiência,
os atletas podem largar já dentro da piscina, sentados ou no bloco de partida ou ao
lado do bloco.

• Quem participa - as provas são divididas nas categorias masculina e feminina,


considerando ainda a classificação esportiva de cada nadador

• Provas - as provas disputadas podem ser individuais ou em equipe de revezamento.


• Protestos - são permitidos se as regras e os regulamentos da competição não forem
observados e outros motivos que possam colocar em perigo a competição e/ou os
concorrentes.

• Árbitros - Os árbitros atuam como fiscais de prova e verificam se os estilos são


respeitados, se as viradas são executadas de forma correta e contam o número de
voltas realizadas. Qualquer irregularidade desclassifica o nadador.
Especificidades e Regras: Provas
As distâncias para as disputas das Eventos individuais
provas variam de 50 a 1.500 metros. METRAGEM ESTILO CLASSE
A World Para Swimming define os 100m Nado livre S1 - 13
eventos para cada competição, de 200m Nado livre S1 - 14
acordo com a lista de provas
400m Nado livre S1 - 14
masculinas e femininas.
50m Nado livre S1 - 5, S14
100m Nado livre S6 - 14
50m Costas S1 - 5
100m Costas SB1 - 3
100m Borboleta S2 - 7
75m Ind. Borboleta S8 - 14
100m Ind. Medley SM1 - 4
150m Ind. Medley SM5 - 13
200m Ind. Medley SM1 - 4
50m Costas SB9, SB11- 14
Especificidades e Regras: Provas
Revezamento METRAGEM ESTILO PONTOS CLASSE
4 x 50m Nado Livre 20 S1-10
4 x 100m Nado Livre 34 S1-10
4 x 100m Nado Livre S14
4 x 50m Medley 20
4 x 100m Medley 34
4 x 100m Medley S14
4 x 100m Nado Livre 49 S11-13
4 x 100m Medley 49 S11-13 Misto
4 x 50m Medley 20 S1-10 Misto
4 x 50m Medley 20 S1-10 Misto
4 x 100m Nado Livre S14 Misto
4 x 100m Nado Livre 49 S11-13 Misto
4 x 100m Medley 49 S11-13
Equipamentos e Materiais para Prática
Roupa - Traje apropriado para o esporte e não devem ser alterados e/ou
modificados para ajudar ou realçar o desempenho dos atletas. Alguns atletas podem
solicitar o auxílio da equipe de apoio para ajudar na sua entrada e saída da água.

Óculos -
Touca -

Tapper -
O atleta das classes S11 e S12 tem o apoio de um
Provas para atletas com treinador/tapper que da suporte indicando à
deficiência visual aproximação do atleta na borda através de um toque
nas costas ou cabeça com um tapper
Saídas com apoio Suporte de diferentes formas a atletas de classe baixa
Desenvolvendo Práticas e Habilidades
O desenvolvimento de práticas e habilidades podem ser seguidos através de
modelos de orientação.
As propostas a seguir são delineadas com base na Política de Desenvolvimento
de Atletas de Longo Prazo. A partir desse modelo é possível maximizar todas as
oportunidades de prática dos nadadores.

IMPORTANTE: No caso os alunos/atletas que tenham a deficiência de causa adquirida, é importante


considerar a idade em que esta pessoa adquiriu a deficiência, pois deverá passar por todas as etapas
de desenvolvimento considerando sua atual condição física (BALYI, WAY e HIGGS, 2013).
Descobrir,
Jogos e
ETAPA 1 aprender e
brincar
6 meses a 5 anos
brincadeiras

Aprender os
Fundamentos do principais
ETAPA 2 Esporte
5 a 11 anos
fundamentos
do esporte

Desenvolver
Desenvolvimento
ETAPA 3 de Habilidades
11 a 16 anos habilidades
da natação

Aprendendo a Oferecimento
ETAPA 4 treinar
14 a 16 anos
de desafios

Treinamento e Acima dos Treinamento


ETAPA 5 Competição 16 anos específico

Desenvolvimento
Treinando para a A partir da de aprendizagem
ETAPA 6 vida etapa 3 social e
emocional
VAMOS PARA A PRÁTICA!
Como Ensinar Natação Paralímpica?
Etapa 1: Descobrir, aprender e brincar (6 meses a 5 anos).

• Materiais: Bolas, bambolê, cantigas, corda e outros materiais de jogos e


brincadeiras para atividades lúdicas;

• Objetivo: Gerar manifestações positivas que privilegiam a criatividade,


espontaneidade, prazer e a motivação das crianças despertando o interesse pelas
atividades ao meio aquático;

• Sugestão de atividade
o Cantigas com movimento corporal;
o Brincadeiras lúdicas;
o Na água: provocar reações de adaptação, desenvolvendo de forma progressiva a
capacidade de flutuação e de virar na água (da posição ventral para a dorsal);
o Na água: respirar fora da água e expirar na água;
o Atividades de salto e corrida.
Como Ensinar Natação Paralímpica?
Etapa 2: Fundamentos do esporte (5 a 11 anos).

• Materiais: Prancha de natação, boias, espaguete, colchonete e outros equipamentos


exigidos para a prática de outros esportes;

• Objetivo: Descobrir e desenvolver os principais fundamentos que norteiam o esporte e o


desenvolvimento motor usado na natação;

• Sugestão de atividade
o Fora da piscina: cambalhotas no colchonete;
o Fora da piscina: saltar no chão (sentado ou em pé, de acordo com o tipo de deficiência)
a partir de uma plataforma segura (30cm);
o Fora da piscina: simular o movimento de cada estilo de nado centrado na respiração;
o Na piscina: iniciar aprendizado de cada estilo;
• Recriar:
Pensar possíveis adaptações das atividades considerando cada tipo de deficiência.
Como Ensinar Natação Paralímpica?
Etapa 3: Desenvolvimento de habilidades (11 a 16 anos).

• Materiais:
• Objetivo: Desenvolver habilidades da natação: controle do corpo dentro da água, imergir,
controle da respiração, nadar debaixo de água com os olhos abertos e sem óculos ou
máscara, mergulhar e saltar.

• Sugestão de atividade
o Girar dentro da água;
o Nado de todos os estilos sem apoio de boias ou pranchas;
o Exercícios de aprimoramento da respiração durante o nado;
• Recriar:
Pensar possíveis adaptações das atividades considerando cada tipo de deficiência.
Como Ensinar Natação Paralímpica?
Etapa 4: Aprendendo a treinar (14 a 16 anos).

Etapa de iniciação no alto rendimento:

o Etapa de treinamento;
o Identificar se o aluno/atleta pode ter uma das 10 deficiências elegíveis para o esporte
paralímpico e começar a refinar as habilidades mais avançadas exigidas na natação;

o Iniciar um programa de periodização, treinamentos específicos de velocidade e força


específicos para natação;

o Direcionar o atleta/indivíduo para uma competição a fim de passar passar por uma
banca de classificadores e confirmar ou não sua elegibilidade para a modalidade e, a
partir disso, começar a competir.
Como Ensinar Natação Paralímpica?
Etapa 5: Treinamento e Competição (a partir dos 16 anos).

o O atleta domina as habilidades mais avançadas exigidas pela modalidade;


o Participa de competições nacionais e/ou internacionais;
o Tem equipamentos e suporte técnico e físico especializados;
o Tem suporte financeiro;
o Possui apoio de uma equipe de profissionais multidisciplinares (médico,
nutricionista, fisioterapeuta, etc.);

o Planejamento com base em um programa de periodização, focado no alcance


dos resultados das competições alvo.
Como Ensinar Natação Paralímpica?
Etapa 6: Treinando para a vida (a partir da Etapa 3).

Prática da natação como estilo de vida, para a manutenção da saúde e outros


motivos sem estar focado no alto rendimento.
Referências Bibliográficas
• INTERNATIONAL PARALYMPIC COMMITTEE (IPC). Swimming: rules. Disponível em:
https://www.paralympic.org/swimming/rules. Acesso em: 12 fev. 2021.
• INTERNATIONAL PARALYMPIC COMMITTEE (IPC). Swimming: about. Disponível em:
https://www.paralympic.org/swimming/about. Acesso em: 12 fev. 2021.
• INTERNATIONAL PARALYMPIC COMMITTEE (IPC). Swimming: classification. Disponível em:
https://www.paralympic.org/swimming/classification. Acesso em: 13 fev. 2021.
• INTERNATIONAL PARALYMPIC COMMITTEE (IPC). Swimming: rules. Disponível em:
https://www.paralympic.org/swimming/rules. Acesso em: 15 fev. 2021.
• COMITÊ PARALIMPICO BRASILEIRO (CPB). Modalidades: natação. Disponível em:
https://www.cpb.org.br/modalidades/47/natacao. Acesso em: 15 fev. 2021.
• BALYI, I.; WAY, R.; HIGGS, C. Long-term athlete development. Human Kinetics, 2013.
• JÚNIOR, R.; SANTIAGO, Vivian. Ludicidade, diversão e motivação como mediadores da
aprendizagem infantil em natação: propostas para iniciação em atividades aquáticas com
crianças de 3 a 6 anos. 2008.
• MARIANA, C.; OLIVEIRA, R. S.; PUSSIELDI, G. A. ASPECTOS METODOLÓGICOS DA
APRENDIZAGEM DE NATAÇÃO PARA ADULTOS EM ACADEMIAS, CLUBES E ESCOLAS DE
NATAÇAO EM ITAUNA/MG. Revista on-line ENAF SCIENCE. 2015
GOVERNADOR
Rodrigo Garcia

SECRETÁRIO DE ESTADO DE ESPORTES


Thiago Milhim

SECRETÁRIA DE ESTADO DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA


Aracelia Costa

COORDENAÇÃO TÉCNICA
PPR Live Digital

RESPONSÁVEL PELO CONTEÚDO


Prof. Ms. Mariane Ferreira

PROFESSOR
Professor Fabiano Quirino “Paredão”

/paralimpico.sp
SITE: www.paralimpico.com.br

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