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OS BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARALÍMPICA PARA SEUS

PRATICANTES

Ana Cristina Ferreira Zanforlin¹’²


Diego Augusto Gomes Amaral¹
Luana Beatriz Cândido da Silva¹
Ludmila dos Santos Gioli Januário¹
Renato Ramos¹

Resumo

A natação paralímpica é uma modalidade que vem ganhando notoriedade nos


últimos tempos, por ser um esporte capaz de trabalhar de maneira satisfatória
na reabilitação de pessoas com deficiência (PcD). Através da revisão literária de
6 artigos tivemos como objetivo analisar a importância da atividade física na
reabilitação de PcD, por meio do esporte adaptado, estimulando o seu bem estar
físico, psicológico e social. O esporte é capaz de promover a maior
independência nas atividades do dia a dia, o fortalecimento muscular, além de
propiciar a socialização e inclusão de seus praticantes. Ou seja, o incentivo e
divulgação desta modalidade são interessantes para que mais indivíduos
tenham acesso e compreendam os seus benefícios.

Palavras-chave: Pessoas com deficiências. Natação paralímpica. Benefícios.

1 INTRODUÇÃO

A prática de atividade física é importante para aumentar a qualidade de vida,


evitando doenças e melhorando a disposição para a realização de atividades
diárias. No caso de sujeitos com deficiência física, visual e intelectual a prática
de atividade física auxilia na sua reabilitação, estimulando o seu bem-estar físico,

_______________________________________________________________
¹ Acadêmicos em Educação Física Bacharelado pela Universidade Salgado de Oliveira MG.
² Graduada em Pedagogia pela UEMG. Pós -Graduação em Educação Infantil e Alfabetização pelo
CEPEMG.
2

psicológico e social, além de promover a maior independência em atividades do


dia a dia e assegurar maior participação na vida social, autoconfiança e
autoestima.

O esporte adaptado é compreendido como uma prática que favorece as pessoas


com deficiência o alcance de novos horizontes e perspectivas de vida por meio
de vivências motoras, psicológicas e sociais diversificadas. Com o objetivo de
auxiliar práticas terapêuticas de reabilitação, o esporte adaptado logo cresceu e
ganhou muitos adeptos, proporcionando mais do que terapia, como também,
passou a oferecer a seus praticantes a oportunidade de competir e se
profissionalizar através do esporte de alto rendimento.

A natação paralímpica está presente nas competições desde 1960, em Roma,


nas primeiras Paralimpíadas. Nas primeiras edições dos Jogos, somente os
atletas com lesões medulares podiam competir. Contudo, com o passar dos
anos, começou a atender atletas com deficiência física, visual e intelectual,
fazendo com que essa modalidade crescesse e ficasse mais reconhecida.

A crescente participação e bons resultados nos Jogos Paralímpicos, fez com que
a natação ganhasse visibilidade e novos adeptos à modalidade, o que seria um
esporte de reabilitação passou a ser de alto-rendimento. De acordo com o
Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB, 2020) hoje é a segunda modalidade que
mais trouxe medalhas para o esporte paralímpico brasileiro, atrás apenas do
atletismo. Adaptações são feitas para que possam se desenvolver ainda mais,
sendo elas individuais, de acordo com a necessidade do atleta.

Com o intuito de aumentar a renda destinada ao esporte, foi sancionada, em


2001, a Lei Agnelo/ Piva. Essa lei representou um marco para o esporte nacional,
pois proporcionou um avanço na captação de recursos destinados ao
desenvolvimento desportivo brasileiro (BRASIL, 2016). Dessa forma, beneficiaria
o Comitê Olímpico e Paralímpico com 2% das arrecadações bruta das loterias
federais, sendo que dentro destes 2%, 85% são para o Comitê Olímpico do Brasil
(COB) e 15% para o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Desse modo, do valor
arrecadado, deverão ser destinados 10% para o desporto escolar e 5% no
desporto universitário.
3

Acredita-se que a natação para pessoas com deficiência é benéfica para o seu
desenvolvimento mental e físico. Além de ajudar na sua recuperação física e
convívio interpessoal, melhora a sua autoestima, tornando-as mais ativas e
resgatando sua independência. Na piscina fazem novas amizades e alguns até
entram para o meio de competição de alto nível.

O objetivo do presente estudo, realizado a partir de uma revisão literária, é


identificar quais são os benefícios da natação paralímpica para seus praticantes.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Pessoas com deficiência

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência em seu Art. 4º diz que
“toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as
demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação”. Porém, não
é isso que acontece na prática.

Muitos indivíduos que apresentam alguma deficiência, seja a Deficiência


Hereditária - resultante de doenças transmitidas por genes, e pode se manifestar
desde o nascimento ou surgir posteriormente- seja a Deficiência Congênita -
existe no indivíduo ao nascer e, mais comumente, antes de nascer, isto é,
durante a fase intrauterina- ou a Deficiência Adquirida - ocorre depois do
nascimento, em virtude de infecções, traumatismos, intoxicações (BRASIL,
2006) - têm dificuldades para ingressar no mercado de trabalho ou ter um
convívio social saudável. São estigmatizados pela sociedade e acabam caindo
em depressão, evitam contato com outras pessoas, deixando de mostrar seus
potenciais e até mesmo suas limitações.

No último Censo Demográfico, 45,6 milhões de pessoas declararam ter pelo


menos um tipo de deficiência, seja do tipo visual, auditiva, motora ou
mental/intelectual. Apesar de representarem 23,9% da população brasileira em
2010, estas pessoas não vivem em uma sociedade adaptada (IBGE, 2017). Uma
4

quantidade significativa de sujeitos que apresentam algum tipo de limitação e por


negligência acabam sendo esquecidos pelo restante da população, são
marginalizados.

Independentemente do seu grau, as pessoas com deficiência podem


desenvolver algum tipo de atividade, basta ter as adaptações apropriadas.
Ingressar no mercado de trabalho, praticar atividades físicas, ter o convívio social
ativo, são necessários para que o indivíduo se sinta útil e pertencente à
sociedade. De acordo com Greguol (2017,p.13)

Enquanto, para pessoas sem deficiência, a falta de tempo e de dinheiro


são fatores de destaque, para aquelas com deficiência os principais
obstáculos encontrados dizem respeito a construções e ambientes
naturais inacessíveis, dificuldades psicológicas e emocionais, falta de
equipamentos apropriados para a prática, falta de informação e
formação profissional, problemas com transporte e percepção negativa
sobre a atitude das demais pessoas durante a prática em ambientes
inclusivos.

2.2 Natação Paralímpica

Na natação paralímpica competem atletas com diversos tipos de deficiência


(física e visual) em provas como dos 50m aos 400m no Nado Livre, dos 50m aos
100m nas provas dos nados Peito, Costas e Borboleta. O Nado Medley é
disputado em provas de 150m e 200m. As provas são divididas na categoria
masculino e feminino, seguindo as regras do Comitê Paraolímpico Internacional
(IPC Swimming).

O atleta é submetido à equipe de classificação, que procederá a análise de


resíduos musculares por meio de testes de força muscular; mobilidade articular
e testes motores (realizados dentro da água) para saber qual o grau da sua
deficiência e quanto maior for a deficiência do atleta menor será o número da
classe e as classes começam com a letra s de swimming e para o nado peito e
medley a classificação é diferente sendo o peito (sb) e medley (sm)

As classificações adotadas são:

- S1 a S10 / SB1 a SB9 / SM1 a SM10 – nadadores com limitações físico-


motoras.
5

- S11, SB11, SM11 S12, SB12, SM12 S13, SB13, SM13 – nadadores com
deficiência visual (a classificação neste caso é a mesma do judô e futebol de
cinco).

- S14, SB14, SM14 – nadadores com deficiência mental.

As adaptações são feitas nas largadas, viradas e chegadas. Os nadadores cegos


recebem um aviso do tapper, por meio de um bastão com ponta de espuma
quando estão se aproximando das bordas. A largada também pode ser feita na
água, no caso de atletas de classes mais baixas, que não conseguem sair do
bloco. As baterias são separadas de acordo com o grau e o tipo de deficiência.
No Brasil, a modalidade é administrada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.

2.3 Benefícios da Natação Paralímpica para seus praticantes

A natação é um dos esportes mais apropriados para indivíduos com


algum tipo de deficiência física, devido aos benefícios e às facilidades
proporcionados pela execução de movimentos com o corpo imerso na
água. A natação desenvolve coordenação, condicionamento aeróbio,
reduz a espasticidade, e resulta em menos fadiga que outras
atividades. Além disso, traz grandes contribuições para o processo de
reabilitação e pode reduzir o grau de fraqueza e de complicações. Para
pessoas com deficiência, a natação tem valor terapêutico, recreativo e
também social. (TSUTSUMI, et al, 2004)

Ser uma pessoa com deficiência não quer dizer que ela possua uma doença.
Mas há limitações que precisam ser superadas e isso pode levar ao desânimo
do indivíduo de praticar atividade física, ter uma vida mais ativa, o que pode
acarretar no surgimento outras patologias, como hipertensão, diabetes,
obesidade, dentre outras.

Segundo Medeiros et al. (2018) a natação proporciona melhorias nas funções


orgânicas, tais como redução considerável dos níveis de colesterol, triglicerídeo,
glicose e ansiedade; além disso, é capaz de aumentar a saúde geral e mental,
força de membros superiores e flexibilidade. Ou seja, a natação adaptada
promove vários benefícios, físico e cognitivo.
6

3 MÉTODO

O presente estudo é realizado nos moldes de uma revisão de literatura,


caracterizada por reunir resultados de levantamentos e análises já publicadas
sobre o tema, tendo como objetivo a contextualização teórica do trabalho dentro
da grande área de pesquisa (MORESI, 2003).

Como critérios para seleção da amostra, considerou-se: a) publicações em


periódicos nacionais e internacionais, escritos em língua portuguesa, entre o
período 2002 e 2019, sendo os artigos retirados de periódicos qualificados de
A2 a B3 segundo o QUALIS; b) artigos indexados com as palavras-chave
“natação”, “paralímpica” e “benefícios” nas bases de dados Scielo e Lilacs c)
periódicos disponíveis no Brasil, nas bibliotecas da Universidade Salgado de
Oliveira.

Na busca inicial foram considerados o título e o resumo dos artigos para seleção
ampla de possíveis trabalhos de interesse. Após o levantamento das fontes,
realizou-se a leitura exploratória do material encontrado visando avaliá-lo,
considerando-o de interesse ou não à pesquisa.

Finalmente, foram delimitados os textos a serem interpretados em um total de


01 livro, 10 sites oficiais nacionais e 6 artigos todos encontrados na base de
dados Scielo.

06 trabalhos de campo compõem os resultados deste estudo.

A partir desse momento, os artigos foram analisados por meio de um instrumento


que viabilizasse a organização das ideias dos diversos estudos para responder
à pergunta do presente trabalho. O instrumento tem como objetivo integrar os
artigos lidos em suas diferenças e semelhanças “conceituais” permitindo uma
aproximação à concepção geral acerca dos benefícios da natação paralímpica
para seus praticantes, conforme tratada nas pesquisas analisadas (ANEXOS A
e B).

Esta seção foi confeccionada com base em um texto padrão fornecido na


disciplina Seminários de Pesquisa (ANEXO C).
7

4 RESULTADOS

Inicialmente, foram encontrados e consultados um total de 11 artigos para


construção desta revisão de literatura. Utilizou-se durante a análise de dados 6
artigos de campo (apêndice A) que serão apresentados no quadro a seguir.

Quadro 1 – Resumo dos Artigos de Campo analisados


Item Estudo Objetivo Amostra Delineamento Resultados / Conclusão

Av. clinic.: aplicação de Garantir a segurança;


Variáveis import. p/
55 paratletas do quest, história clínica, exame
VITAL, a saúde prev. e o
sexo M. físico. Estilo de vida saudável;
1 Roberto, et desempenho dos
Exames laboratoriais, raio x
al (2002) atletas
11 do sexo F. simples de tórax e controle Orientar na prevên. das
paralímpico.
de doping. doenças e lesões esportivas.

16 pacientes
Foram avaliados pela Escala
Efeitos da natação portadores de LM;
Conceição, Fim, antes e após Nat. 2x por GE ganhos nas
sobre hab.
2 Oliveira e sem. transferências, ocorre motor
funcionais de 1GE;
Silva (2005) total e escorre total.
pacientes com LM.
Durante 4 meses.
1 GC.
4 dirigentes do
Processos de Agrupar os comp. em
CPB;
Marques et classificação dos categorias ou classes, de
3 Entrevistas semiestruturada.
al (2012) atletas acordo com o grau de
4 atletas com
paralímpicos. comprometimento.
deficiência.
9 atletas
paralímpicos
Carac. e
portugueses,
tendências da Importância das mídias para
Marques, et adultos.
4 abordagem as possibi. de desenv. do
al (2015) Entrevistas semiestruturada
midiática ao mov. esporte paralímpico.
8M
paralímpico
1F
Avaliar AE. e
recrea. c/ meio de 17 crianças c/ PC;
Feitosa, et al Melhora na QV e no perfil
5 inclusão e QV Natação e futebol de 7
(2017) biopsicossocial.
crianças c/ 06 e 18 anos.
deficiência.
12 semanas
Efeitos da natação 2 mulheres, um 300 m – crawl e costas. Melhora na QV.
Medeiros, et
6 superv. em caso e outro Ajustes + parâmetros
al (2018)
cadeirantes PP. controle. Aval. 48h pré e pós bioquímicos.
intervenção.

QV: qualidade de vida; LM: lesão medular; GE: grupo experimental; GC: grupo
controle; CPB: Comitê Paralímpico Brasileiro; AE: atividade esportiva ; PC:
paralisia cerebral; PP: portador de poliomielite
8

Informações complementares a este quadro, sobre os trabalhos anteriores


analisados, são apresentados no Apêndice A.

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A partir da análise e revisão de 6 artigos de campo estudados, constatamos


que a prática de atividade física, no caso dos nossos estudos, especificamente
a natação, é benéfica para os sujeitos com deficiência física, visual e cognitiva.

Embora a nossa pesquisa tenha sido aprofundada, tivemos dificuldades em


localizar mais artigos que falam diretamente sobre os benefícios da natação
paralímpica. Mas mediante os artigos encontrados, percebemos claramente o
benefício que a natação traz para PcD, seja ela qual for.

Participaram das pesquisas 118 pessoas. Desse total, foram 85 do sexo


masculino, 16 do sexo feminino e 17 indivíduos, que em dois artigos não tiveram
o sexo identificado.

Gráfico 1 – Distribuição por sexo

17

16

85

Masculino Feminino Não identificado

Os resultados obtidos mostram que os benefícios da natação independem do


sexo. Desse modo, ambos apresentaram melhora da QV, funções orgânicas e
na reabilitação.
9

Nos estudos 1, 2, 5 e 6 os sujeitos foram avaliados a partir da prática da natação.


O estudo 3 avaliou os benefícios da natação a partir de entrevistas com
dirigentes técnicos e atletas, e no estudo 4 houve a entrevista analisando a
importância da divulgação midiática do esporte paralímpico para a aderência de
novos atletas e da percepção desta modalidade como um importante aliado na
recuperação física, social e psicológica do sujeito com deficiência. Como mostra
o gráfico 2.

Gráfico 2 – Métodos utilizados para estudo

4
4
3

2
2
1

Prática de natação Entrevista

A amostra variou dentro das pesquisas. Homens e mulheres de diferentes faixas


etárias e com deficiências diversas (Paralisia cerebral, Portador de Poliomielite,
lesão medular, dentre outros). Mesmo assim, isto não alterou no resultado e na
relevância que a prática da natação tem na vida das pessoas com deficiência.

Gráfico 3 – Benefícios da natação paralímpica

1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
Vital , 2002 Conceição, Marques, Marques, 2015 Feitosa, 2017 Medeiros, 2018
Oliveira e Silva, Gutierrez e
2005 Almeida, 2012

QV Inclusão Hab. Funcionais Visibilidade


10

De acordo com os resultados obtidos, encontramos indícios de que a natação


paralímpica apresenta melhora em diversos fatores. De acordo com os artigos
1,5 e 6 temos uma melhora significativa na QV. Os artigos 2 e 5 obtiveram um
aumento nas Habilidades Funcionais. Os artigos 3 e 4 perceberam a
importância da inclusão social das PcD pois influencia diretamente na QV desses
sujeitos. E os autores do artigo 4 também concluíram que a divulgação midiática
dá oportunidade às pessoas com deficiência a descoberta, o desenvolvimento e
o aprimoramento de suas potencialidades auxiliando a superar, diariamente, as
barreiras construídas pela sociedade.

6 CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluímos que os benefícios da prática da natação paralímpica são diversos,


independente da sua idade e sexo, como a melhora na QV e no perfil
biopsicossocial (aspectos biológicos, psicológicos e sociais), melhora nos
problemas relacionados ao déficit de atenção, ansiedade e hiperatividade. Há
ainda redução significativa de doenças cardiovasculares, dentre elas a
diminuição dos níveis de colesterol, triglicerídeos e glicose. A atividade de
natação também é efetiva na melhora da condição física, trazendo benefícios
motores sobre as habilidades funcionais dos praticantes ganhando capacidade
aeróbica e redução de doenças respiratórias e o aumento da flexibilidade.

Além disso o esporte adaptado sendo mais divulgado e visto pela população no
geral, possibilita que a modalidade ganhe novos adeptos, tanto para a
reabilitação quanto para a inserção no alto rendimento, diminuindo assim os
preconceitos que os cercam, a visão de piedade, incapacidade e inutilidade,
sendo transposta pelo olhar da potencialidade, independência e autonomia.
Baseado nisso não temos dúvidas de que a natação é ferramenta fundamental
para as pessoas com deficiência, uma vez que sua prática passa de uma
modalidade apenas esportiva para uma atividade terapêutica, visando barreiras
físicas, sociais e culturais.
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86922002000300003&script=sci_arttext"& HYPERLINK
"http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-
86922002000300003&script=sci_arttext"script=sci_arttext> Acesso em: 2 de
abr.2020.
APÊNDICE A

Buscando analisar o modo amplo do comportamento de variáveis importantes


para a saúde preventiva e o desempenho de atletas paraolímpicos VITAL,
Roberto e seus colaboradores (2002), utilizaram como amostra 55 paratletas do
sexo masculino e 11 do sexo feminino com a faixa etária entre 20 e 29 anos,
sendo apenas 1 paratleta com 17 anos e o mais velho com 41 anos de idade.
Para obter os resultados para o teste foi aplicado questionários, história
clínica/anamnese (ficha médica); Exame físico (ficha médica); Exames de
laboratório; Raio-X simples de tórax; e Eletrocardiograma de repouso e de
esforço. De acordo com os problemas detectados alguns outros exames mais
sofisticados podem ser solicitados, como por exemplo, tomografia, ressonância
nuclear magnética, ecodopler. Os autores dessa pesquisa encararam esta
avaliação como uma oportunidade única para garantir a segurança e para educar
o paratleta sobre como manter um estilo de vida saudável e orientar na
prevenção das doenças e lesões esportivas que poderiam prejudicá-los durante
os treinamentos e competições.

Conceição, Silva, e Oliveira (2005) realizou um estudo de campo com objetivo


de conhecer os efeitos da natação sobre habilidades funcionais de pacientes
com lesão medular. Foram selecionados 16 pacientes, divididos em dois grupos:
experimental e controle. Os grupos foram avaliados por meio da Medida de
Independência Funcional (Escala FIM) antes e após o procedimento que
consistiu em sessões de natação realizadas duas vezes por semana, durante
quatro meses. Ambos apresentaram mudanças nos cuidados com o corpo,
transferências, escore motor total e escore total. A atividade de natação foi
efetiva na melhora da condição física, trazendo benefícios motores sobre as
habilidades funcionais dos participantes do grupo experimental.

Marques, Gutierrez e Almeida, (2012), tiveram como objetivo analisar os


processos de classificação dos atletas paralímpicos. A metodologia utilizada foi
entrevista semiestruturadas com os atletas e dirigentes. Como sujeitos da
investigação foram escolhidos quatro dirigentes do Comitê Paralímpico Brasileiro
(CPB), sendo dois envolvidos em questões técnicas e dois em um âmbito
administrativo, quatro atletas (com deficiência física ou visual, praticantes de
diversas modalidades: natação, goalball, rugby e basquete em cadeira de rodas).
Os resultados apresentados mostram que as diferentes formas de deficiência
colocam, para os organizadores de competições paralímpicas, o problema de
encontrar um sistema que garanta o princípio de igualdade de condições na
disputa, garantindo resultados justos ao final das competições. Nesse caso,
conclui-se que é necessário agrupar os competidores em categorias ou classes,
de acordo com o grau de comprometimento apresentado.

Marques, et al (2015) em seu artigo “A abordagem midiática sobre o desporto


paralímpico: perspectivas de atletas portugueses” teve como objetivo identificar
as características e tendências da abordagem midiática ao movimento
paralímpico, com base na percepção de nove atletas paralímpicos portugueses,
oito homens e uma mulher, com deficiência visual ou física, todos com
experiência internacional nas modalidades desportivas de bocha, natação ou
atletismo. A partir de entrevistas estruturadas, a análise de resultados pelo
método do Discurso do Sujeito Coletivo e a discussão dos dados com base em
categorias sociológicas de Pierre Bourdieu, em particular a teoria dos campos,
tem-se como principais resultados: 01) a divulgação paralímpica ainda é
reduzida, tanto em Portugal como em outros países, porém encontra-se em
crescimento; 02) os atletas, na sua maioria, preferem a divulgação dos seus
feitos desportivos em detrimento do discurso sensacionalista sobre a superação
de dificuldades da condição de deficiência; 03) o desporto paralímpico é
desprestigiado em relação ao olímpico. Como principais conclusões encontra-se
o descontentamento dos atletas com a reduzida cobertura midiática feita em
comparação com a cobertura da olímpica, com o estigma supercrip ( a mídia
explora a compaixão dos espectadores pelos atletas paralímpicos, tratando-os
como vítimas) e com a supremacia do futebol, tornando-se evidente a
manifestação de uma vontade de ocuparem um espaço de maior relevo no
campo desportivo com uma visibilidade maior do seu esporte.

Feitosa, et al (2017) em seu estudo teve como objetivo avaliar se a participação


em atividades esportivas e recreativas promove a inclusão e a qualidade de vida
(QV) de crianças/adolescentes com deficiência. Avaliou e descreveu o efeito do
esporte adaptado (EA) na QV e o perfil biopsicossocial de crianças/adolescentes
com paralisia cerebral (PC). Foram incluídas 17 crianças de ambos os sexos,
com idade entre 6 e 18 anos. As modalidades de EA ofertadas foram natação e
futebol de 7, e as crianças e os adolescentes dessa amostra puderam escolher
participar de uma ou das duas modalidades, determinando o número de veze s
na semana que fariam a atividade, de acordo com seu interesse, condições de
acesso e tempo disponível. O EA apresentou efeito positivo na QV e no perfil
biopsicossocial das crianças e dos adolescentes com PC dessa amostra,
especialmente considerando: função global e de extremidades superiores,
capacidade para transferências e mobilidade, e benefícios nos problemas
relacionados às dificuldades na atenção.

Medeiros, et al (2018) realizou um estudo de campo com o objetivo de investigar


os efeitos de um programa de natação supervisionado sobre parâmetros
bioquímicos, qualidade de vida e capacidade física funcional em cadeirante
portador de poliomielite. Foram analisadas duas mulheres, uma (caso)
submetida a um programa de natação supervisionado e outra (controle) que não
fez qualquer tipo de atividade física ou fisioterapia durante o estudo. Durante 12
semanas foi realizado um treino de 300 metros em uma piscina semiolímpica
(25m), os nados trabalhados foram o crawl e o costas. As avaliações foram feitas
48 oito horas pré e pós-intervenção. Os resultados apresentados neste estudo
de caso sugerem novas perspectivas para o uso da natação como importante
atividade física para cadeirantes portadores de poliomielite que buscam a
melhoria da qualidade de vida e possivelmente ajustes positivos em parâmetros
bioquímicos preditores do estado de sua saúde.
ANEXO A

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA - Cam pus: Belo Horizonte


Curso: Educação Física - Disciplina: Sem inários de Pesquisa
Profa.: Paola Quintão

Título do Projeto de Pesquisa: _________________________________________


________________________________

Turm a: 6M1 - Grupo: ______ - ____________________________


______________________________________________

FICHAMENTO DE ARTIGO DE CAMPO

Título Relevância

(1 a 10)

Autores Ano da

Publicação

Palavras-chave Qualificação do
Periódico

Objetivo

Seções Primárias

Método

Am ostra Etapas

Protocolo(s) Análise Estatística

Referencial Teórico e Discussão dos resultados (trechos m ais relevantes)

Conclusão

Referência deste artigo Fonte dos dados


ANEXO B

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA - Cam pus: Belo Horizonte


Curso: Educação Física - Disciplina: Sem inários de Pesquisa
Profa.: Paola Quintão

Título do Projeto de Pesquisa: _________________________________________


_________________________________

Turm a: 6M1 - Grupo: ______ - ____________________________


______________________________________________

FICHAMENTO DE ARTIGO DE REVISÃO

Título Relevância

(1 a 10)

Autores Ano da

Publicação

Palavras-chave Qualificação do
Periódico

Objetivo

Seções Primárias

Método

Natureza do estudo Am ostra

Referencial Teórico e Discussão dos resultados (trechos m ais relevantes)

Conclusão

Referência deste artigo Fonte dos dados


ANEXO C

3 MÉTODO

O presente estudo é realizado nos moldes de uma revisão _________________,


caracterizada por ____(conceito)_________________________ (AUTOR, ano).

Como critérios para seleção da amostra, considerou-se: a) publicações em


periódicos nacionais e internacionais, escritos em língua portuguesa, entre o
período _____ e ______, qualificados entre _____ e _____ segundo o QUALIS;
b) artigos indexados com as palavras-chave _____________, _____________ e
____________ nas bases de dados _________________, ________________
e _______________; c) periódicos disponíveis no Brasil, nas bibliotecas da
Universidade Salgado de Oliveira e da Universidade Federal de Minas Gerais.

Na busca inicial foram considerados o título e o resumo dos artigos para seleção
ampla de possíveis trabalhos de interesse. Após o levantamento bibliográfico,
realizou-se a leitura exploratória do material encontrado visando avaliá-lo,
considerando-o de interesse ou não à pesquisa.

Finalmente, foram delimitados os textos a serem interpretados em um total de


____ livros, (...) e ___ artigos. Destes, ____ foram encontrados na Base de
Dados _________, ____ na Base de dados _____________ e ____ na Base
_________.

_____ trabalhos de campo compõem os Resultados deste estudo.

A partir desse momento, os artigos foram analisados por meio de um instrumento


que viabilizasse a organização das ideias dos diversos estudos para responder
à pergunta do presente trabalho. O instrumento tem como objetivo integrar os
artigos lidos em suas diferenças e semelhanças “conceituais” permitindo uma
aproximação à concepção geral acerca do(a) coloque aqui o seu problema de
pesquisa, conforme tratada nas pesquisas analisadas (ANEXOS A e B).

Esta seção foi confeccionada com base em um texto padrão fornecido na


disciplina Seminários de Pesquisa (ANEXO C).

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