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ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA COMO FORMA

DE INCLUSÃO SOCIAL PARA PORTADORES DE


SÍNDROME DE DOWN

Leandro Pinto Lobato,


Manuella Cabral Ximenes¹
Alzenira Rocha de Oliveira Jordão²

RESUMO
O Síndrome de Down é uma condição genética que afeta o desenvolvimento físico e intelectual
das pessoas. A prática de atividade física adaptada para portadores de síndrome de Down é
fundamental para melhorar a qualidade de vida e a inclusão social dessas pessoas. O presente
estudo tem como objetivo investigar os efeitos da atividade física adaptada como forma de
inclusão social de pessoas com síndrome de Down. Foram feitas revisões bibliográficas e
análises de estudos anteriores sobre o tema, a fim de fornecer uma visão abrangente sobre a
importância da atividade física adaptada na melhoria da qualidade de vida e inclusão social
desses indivíduos.

Palavras-chave: "Atividade Física Adaptada”, "Síndrome de Down", "Inclusão Social",


"Autoestima" e "Qualidade de Vida".

1. INTRODUÇÃO

Muito se tem debatido recentemente sobre as práticas de inclusão por meio da atividade física
adaptada. Atualmente, tem ocorrido uma mudança de pensamento, em que a sociedade tem se
concentrado na questão da inclusão. A nova abordagem afirma que a Educação Física tem como
objetivo encorajar e promover a atividade física autodeterminada para todas as pessoas ao longo
da vida.
Atualmente, reconhece-se uma atividade física adaptada como uma forma importante de
promover a saúde, ou bem-estar e a qualidade de vida de indivíduos com deficiência. Essa
prática é utilizada em diversos contextos, como programas de reabilitação, educação física
escolar, esportes adaptados e atividades de lazer.
A atividade física adaptada é uma abordagem que busca melhorar a qualidade de vida de
pessoas com deficiência, incapacidades e outras limitações físicas. Essa abordagem envolve a
adaptação de exercícios e atividades físicas para atender às necessidades individuais de cada
pessoa (JESUS e SOUSA, 2015).
Uma atividade física adaptada é essencial para promover a inclusão e a participação de pessoas
com deficiência e condições médicas na sociedade. Por meio dela, é possível quebrar barreiras,
sejam elas físicas ou psicológicas.
A síndrome de Down é uma condição genética que pode causar algumas limitações cognitivas
e físicas. No entanto, isso não significa que essas pessoas não possam se beneficiar da atividade
física.
Nome dos acadêmicos: Leandro Pinto Lobato, Manuella Cabral Ximenes.
Nome do Professor tutor externo: Alzenira Rocha de Oliveira Jordão
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso –Educação Física- Turma - (BEF0868) –
Prática do Módulo II
As atividades físicas para indivíduos com síndrome de Down devem ter como objetivo o
desenvolvimento de habilidades motoras, coordenação, equilíbrio, força muscular e resistência
cardiovascular. Alguns exemplos de atividades físicas adaptadas incluem exercícios de
equilíbrio, caminhadas, natação, dança e jogos esportivos adaptados.
A intenção da atividade física adaptada para pessoas com síndrome de Down é promover o
desenvolvimento físico, psicológico e social dos indivíduos, estimulando sua inclusão e
melhoria na qualidade de vida.
O objetivo deste estudo é discutir a importância da atividade física adaptada para pessoas com
síndrome de Down e apresentar algumas modalidades que podem ser recomendadas para essa
população. Além disso, serão destacados os benefícios da atividade física adaptada, como a
melhoria da saúde física e mental, o desenvolvimento motor e a inclusão social.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 SÍNDROME DE DOWN

A Síndrome de Down é uma condição genética que afeta cerca de 1 em cada 700 nascidos vivos
no mundo. Essas pessoas apresentam algumas características físicas, como olhos alterados,
nariz achatado, língua protrusa e baixa estatura, além de apresentar um atraso no
desenvolvimento intelectual e motor. No entanto, é importante destacar que cada pessoa com
Síndrome de Down é única e apresenta suas particularidades.
As atividades físicas adaptadas podem incluir exercícios aeróbicos, de força e flexibilidade,
além de atividades lúdicas e esportivas. Portadores da Síndrome de Down apresentam algumas
particularidades em relação à sua composição corporal, características do desenvolvimento
motor, alterações no sistema cardiorrespiratório, entre outros fatores que podem afetar a prática
de atividades físicas e esportivas. Por isso, é necessário que a atividade física adaptada para
essas pessoas seja inspirada e orientada por profissionais especializados, que considerem suas
limitações e potencialidades.
A atividade física adaptada para portadores da síndrome de Down é fundamental para melhorar
a qualidade de vida e a inclusão social dessas pessoas.
Além das características físicas, a Síndrome de Down também está associado a atrasos no
desenvolvimento intelectual e motor. O atraso no desenvolvimento cognitivo pode variar de
nível a moderado, afetando habilidades como linguagem, aprendizado, memória e habilidades
sociais (MCCORMACK, BROWN, et al., 2020).
No contexto da atividade física, é crucial considerar as características dos indivíduos com
Síndrome de Down para garantir uma prática efetiva e segura. Diversas pesquisas sofreram os
benefícios da atividade física adaptada para esses indivíduos. A prática regular de exercícios
físicos pode melhorar a capacidade cardiorrespiratória, a força muscular, a flexibilidade, a
coordenação motora e a qualidade de vida em geral.
Segundo Werneck (1993) apud, (MOREIRA e FILENI, 2020) os indivíduos portadores de
Síndrome de Down devem ser estimulados e muito no seu primeiro ano de vida, pois caso
contrário, correm risco de ficar com o seu desenvolvimento bastante prejudicado.

2.2 HISTÓRIA E EVOLUÇÃO


A história da atividade física adaptada remonta à antiguidade, quando os gregos já utilizavam
a atividade física como forma de promover a saúde e o bem-estar. No entanto, a adaptação da
atividade física para pessoas com deficiência é um fenômeno relativamente recente.
No final do século XIX e início do século XX, surgiram as primeiras organizações que visavam
promover a prática de atividade física para pessoas com deficiência. Em 1913, a primeira escola
para crianças com deficiência física foi fundada na Inglaterra, e em 1917, a primeira escola para
crianças com deficiência mental foi criada nos Estados Unidos (BAGNARA, 2010).
Durante a Primeira Guerra Mundial, muitos soldados ficaram feridos e incapacitados para a
prática da atividade física convencional. Isso levou à criação de programas de reabilitação
baseados em atividades físicas adaptadas, como a natação e o levantamento de pesos.
Após a Segunda Guerra Mundial, houve um aumento na demanda por programas de reabilitação
para veteranos de guerra e outras pessoas com deficiências. Nesse período, surgiram várias
organizações e instituições que se dedicavam a promover a atividade física adaptada.
Na década de 1960, a atividade física adaptada começou a ser reconhecida como uma disciplina
acadêmica, com o surgimento dos primeiros programas de graduação em educação física
adaptada.
Ludwig Guttmann é considerado o precursor da atividade física adaptada no mundo. Ele foi um
médico alemão que, durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou no Hospital Stoke
Mandeville, na Inglaterra, tratando de soldados que ficaram paraplégicos após sofrerem lesões
medulares em combate. Guttmann percebeu que a atividade física poderia ser uma forma de
reabilitação para esses pacientes e desenvolveu um programa de exercícios que se tornou
conhecido como "esporte paraolímpico". Ele organizou os primeiros Jogos Paraolímpicos em
1948, em Stoke Mandeville, evento que se tornou um marco na história da atividade física
adaptada e que inspirou a criação de outras competições paraolímpicas ao redor do mundo.
A história da atividade física adaptada no Brasil remonta à década de 1940, quando o professor
João Batista Freire iniciou seu trabalho de adaptação de exercícios físicos para pessoas com
deficiência física, visual e intelectual. Freire criou a Escola Nacional de Educação Física e
Desportos para Deficientes, que foi a primeira instituição no país dedicado exclusivamente à
formação de profissionais para trabalhar com atividade física adaptada.
Na década de 1960, com uma demanda crescente por serviços de saúde e reabilitação para
pessoas com deficiência, talvez surjam as primeiras instituições e programas de atividade física
adaptados no Brasil. Um dos marcos dessa época foi a criação do Centro de Reabilitação Infantil
Sarah Kubitschek, em Brasília, que se tornou uma referência nacional na promoção da atividade
física adaptada. O esporte adaptado começou a ganhar mais espaço no Brasil, principalmente
com a realização dos Jogos Parapan-Americanos em São Paulo, em 1963. Esses jogos foram
organizados por Ari Ritzel, que foi um dos pioneiros na área de atividade física adaptado no
país.
A partir dos anos 1970, uma atividade física adaptada começou a ser criada ao sistema
educacional brasileiro. Em 1975, foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, que estabeleceu o direito à educação para todas as pessoas, inclusive aquelas com
deficiência.
Na década de 1980, conheceu as primeiras instituições especializadas em atividade física
adaptada, como a Associação Brasileira de Desporto para Deficientes e o Centro de Pesquisa
em Desporto Adaptado da Universidade Estadual de Campinas. Além disso, a partir da
Constituição de 1988, as pessoas com deficiência passaram a ser reconhecidas como cidadãs
com direitos garantidos pelo Estado.
Na década de 1990, uma atividade física adaptada começou a ser utilizada como uma forma de
inclusão social, permitindo que pessoas com deficiência pudessem participar de atividades
esportivas e culturais em igualdade de condições com as demais pessoas. E a partir daí houve
um aumento significativo na oferta de programas e atividades físicas adaptadas em todo o país.
Também tivemos novas modalidades esportivas adaptadas, como o goalball, vôlei sentado,
basquete em cadeira de rodas, entre outras (COSTA E SILVA, MARQUES, et al., 2013).
A partir do início dos anos 2000, houve uma maior valorização da atividade física adaptada
como uma forma de inclusão social e melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência.
Foram criados novos projetos e programas de atividades físicas e esportivas adaptadas, além de
maior incentivo à formação de profissionais capacitados para trabalhar com esse público.
Atualmente, a atividade física adaptada no Brasil está em constante evolução, com uma maior
variedade de modalidades esportivas adaptadas e maior acessibilidade a espaços e
equipamentos adaptados. Além disso, há uma maior conscientização sobre a importância da
prática da atividade física para a promoção da saúde e qualidade de vida de todas as pessoas,
incluindo as com deficiência.
No Brasil é uma prática reconhecida e regulamentada por leis e políticas públicas, como a Lei
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (2015) e o Programa Nacional de Promoção
do Acesso ao Mundo do Trabalho (2008). Além disso, existem diversas instituições,
associações e programas que promovem uma atividade física adaptada em todo o país, confiante
para a inclusão social e o bem-estar das pessoas com deficiência.
O professor João Batista Freire é considerado o pai da atividade física adaptada no Brasil. Ele
iniciou seu trabalho de adaptação de exercícios físicos para pessoas com deficiência física,
visual e intelectual na década de 1940 e fundou a Escola Nacional de Educação Física e
Desportos para Deficientes, que foi a primeira instituição no país dedicada exclusivamente à
formação de profissionais para trabalhar com atividade física adaptada. Freire é reconhecido
como um dos principais responsáveis por difundir e desenvolver a atividade física adaptada no
Brasil.
Anteriormente, a atividade física adaptada era vista como uma abordagem terapêutica para
ajudar as pessoas com deficiência a melhorar o seu condicionamento físico e aumentar a sua
mobilidade.
No entanto, nos dias de hoje, a atividade física adaptada é vista como um meio de melhorar a
qualidade de vida das pessoas com deficiência ou condições médicas.

2.3 ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA


A prática da atividade física adaptada pode ajudar a melhorar a saúde cardiovascular,
respiratória, muscular e óssea, além de contribuir para o controle de peso e diminuir o risco de
doenças crônicas. Além disso, uma atividade física adaptada pode ajudar a melhorar a
coordenação motora, equilíbrio, flexibilidade e força muscular, que muitas vezes são desafios
para pessoas com síndrome de Down.
A atividade física adaptada é um processo pedagógico que tem como objetivo
desenvolver, de forma integral, as potencialidades físicas, cognitivas, emocionais e
sociais das pessoas com deficiência, visando à promoção da saúde, da qualidade de
vida e da inclusão social. Essa prática envolve a adaptação de exercícios físicos e
esportes convencionais, bem como a criação de atividades específicas, levando em
conta as limitações e as potencialidades de cada indivíduo, e considerando as
peculiaridades das diversas deficiências. É um trabalho interdisciplinar que requer a
participação de profissionais da área da educação física, da medicina, da fisioterapia,
da psicologia, entre outros, e que deve ser desenvolvido de forma sistemática e
progressiva, respeitando o ritmo e as necessidades de cada pessoa (FREIRE, 1992).

A adaptação da atividade física para pessoas com deficiência é fundamental para garantir uma
participação plena e efetiva. Isso pode incluir modificações nas regras do jogo, no ambiente,
nos equipamentos e nos objetivos da atividade física.
Entre os objetivos específicos da atividade física adaptada para portadores de Síndrome de
Down estão: melhorar o condicionamento físico, aumentar a força muscular, melhorar a
coordenação motora, desenvolver a autoestima e a confiança, promover a inclusão social,
contribuir para o desenvolvimento cognitivo, melhorar a capacidade cardiorrespiratória, além
de prevenir doenças associadas à inatividade física.
Além disso, uma atividade física adaptada também pode contribuir para uma mudança de
atitudes e comportamentos da sociedade em relação às pessoas com deficiência. Por meio da
prática em ambientes inclusivos, é possível promover a conscientização sobre as habilidades e
potencialidades dessas pessoas, além de combater estereótipos e preconceitos (COSTA, 2004).
Dessa forma, cabe aos professores de Educação Física que trabalham com as pessoas com
deficiência ou não, terem conhecimentos básicos relativos ao seu aluno, bem como competência
para organizar os ambientes que permitem a execução das tarefas, conforme o aluno for se
adaptando às aulas, o nível vai aumentando. O professor tem que respeitar a individualidade
dos alunos sabendo explorar seus potenciais (FREITAS, 2009 apud JESUS e SOUSA, 2015).
A educação física adaptada é uma área da Educação Física que tem como objeto de estudo a
motricidade humana para as pessoas com necessidades educativas especiais, adequando
metodologias de ensino para o atendimento às características de cada portador de deficiência,
respeitando suas diferenças individuais conforme relata (REYES, 2011 apud JESUS e SOUSA,
2015).

2.4 BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA PARA PORTADORES DE


SÍNDROME DE DOWN
A prática de atividade física adaptada diversos benefícios para as pessoas com Síndrome de Down, tais
como:

• Melhora da saúde física e mental;


• Desenvolvimento motor;
• Melhoria da autoestima;
• Inclusão social;
• Desenvolvimento de habilidades sociais.
Além dos benefícios físicos, uma atividade física adaptada também pode ter efeitos positivos
na autoestima, autoconfiança e autoimagem dos indivíduos com síndrome de Down. Isso pode
levar a uma melhora na socialização e no relacionamento com outras pessoas, além de
proporcionar uma sensação de pertencimento e inclusão em grupos sociais
É importante destacar que a prática de atividades físicas adaptadas deve ser feita com a
supervisão de um profissional qualificado e com experiência em atividade física adaptada para
pessoas com síndrome de Down. Dessa forma, é possível garantir que as atividades sejam
seguras e eficazes para cada indivíduo.
Em resumo, a atividade física adaptada é uma abordagem importante para melhorar a qualidade
de vida de pessoas com deficiência, incorporando mais pessoas ao mundo esportivo e
oferecendo benefícios para saúde física e mental.
Portanto, uma atividade física adaptada é uma forma de inclusão importante para pessoas com
síndrome de Down e outras deficiências, promovendo benefícios não só para a saúde física,
mas também para a autoestima, a socialização e a qualidade de vida dessas pessoas.

3. MATERIAIS E MÉTODOS
Realizou-se uma revisão sistemática da literatura com o objetivo de identificar estudos
relevantes sobre atividade física adaptada e sua relação com inclusão social em pessoas com
síndrome de Down. Foram consultadas bases de dados científicas, como PubMed e Scielo,
foram utilizados os seguintes termos de busca: "atividade física adaptada", "síndrome de
Down”, "inclusão social", "autoestima" e "qualidade de vida". Os critérios de inclusão foram
estudos publicados nos últimos 15 anos, em português, que abordassem os benefícios da
atividade física adaptada para inclusão social de pessoas com síndrome de Down.
Após a revisão inicial dos títulos e resumos, foram selecionados os estudos que atenderam aos
critérios de inclusão. Além disso, foram realizadas buscas adicionais nos referenciados dos
artigos selecionados para identificar estudos relevantes que pudessem ter sido omitidos na
pesquisa inicial. A seleção dos estudos foi feita de forma independente por dois pesquisadores,
com divergências resolvidas por consenso.
Os dados coletados foram organizados e analisados de forma qualitativa. Utilizou-se uma
abordagem de síntese narrativa para resumir e descrever os principais achados dos estudos
incluídos. Foram identificados temas comuns e tendências relacionadas aos benefícios da
atividade física adaptada na inclusão social de pessoas com síndrome de Down. Os resultados
dos estudos foram agrupados e analisados de forma a fornecer uma síntese dos principais
achados relacionados aos efeitos da atividade física adaptada na inclusão social de pessoas com
síndrome de Down. Esses resultados foram discutidos em relação à importância da atividade
física adaptada como uma forma de promover benefícios físicos, emocionais e sociais para esses
indivíduos.
Como este estudo baseou-se em revisão bibliográfica e análise de estudos previamente
publicados, não foi necessário obter aprovação ética adicional. No entanto, todos os estudos
examinados foram realizados de acordo com as diretrizes éticas e obtiveram consentimento
informado dos participantes ou de seus responsáveis legais.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A prática da atividade física adaptada para portadores de síndrome de Down tem se mostrado
uma importante estratégia de inclusão social, proporcionando diversos benefícios físicos,
psicológicos e sociais a essa população. Ao analisar as referências consultadas, percebe-se que
a atividade física adaptada é um meio eficaz de promover o desenvolvimento motor e cognitivo
desses indivíduos, além de contribuir para o seu bem-estar geral e qualidade de vida.
Estudos, como o de Reis et al. (2014), destacam que a atividade física regular pode melhorar a
coordenação motora e o equilíbrio em portadores de síndrome de Down, contribuindo para a
autonomia e independência nas atividades diárias. Além disso, a prática de exercícios físicos
pode ajudar a prevenir problemas de saúde associados à síndrome, como a obesidade e doenças
cardíacas, promovendo uma vida mais saudável.
Em relação aos benefícios psicológicos, a atividade física adaptada pode favorecer a autoestima
e a autoconfiança desses indivíduos, proporcionando um ambiente seguro e acolhedor para que
possam explorar suas habilidades e potencialidades. De acordo com Jesus e Sousa (2015), a
participação em atividades físicas pode promover a interação social, fortalecer laços afetivos e
estimular o desenvolvimento de habilidades sociais em portadores de síndrome de Down.
A inclusão social é outro aspecto relevante que pode ser alcançado por meio da atividade física
adaptada. Como mencionado por McCormack et al. (2020), a participação em atividades físicas
inclusivas permite que os portadores de síndrome de Down se integrem com outros indivíduos,
superando barreiras e preconceitos sociais. Essa interação favorece a construção de relações de
amizade e o desenvolvimento de valores como respeito, empatia e cooperação.
O artigo de Bagnara (2010) discute a implementação do esporte adaptado para pessoas com
deficiência física, destacando a importância de estratégias de inclusão e adaptação de regras e
equipamentos esportivos.
Em síntese, este estudo evidenciou a ligação entre a teoria e a prática da atividade física
adaptada para pessoas com síndrome de Down, mostrando resultados positivos em diversas
áreas. Os achados reforçam a importância da inclusão dessas pessoas em programas de
atividade física adaptada, com abordagem individualizada, visando promover seu
desenvolvimento global e melhorar sua qualidade de vida.

5. CONCLUSÃO
Fica evidente a importância fundamental da atividade física adaptada na inclusão social e na
melhoria da qualidade de vida das pessoas com Síndrome de Down. Ao longo deste estudo, foi
possível constatar que a prática regular de exercícios físicos adequados às necessidades
individuais desses indivíduos traz inúmeros benefícios, abrangendo aspectos físicos,
psicológicos e sociais.
A atividade física adaptada desafia preconceitos e barreiras, permitindo que as pessoas com
Síndrome de Down se desenvolvam de forma plena, alcancem seu potencial máximo e se
integrem à sociedade de maneira mais efetiva. Essa prática contribui para o fortalecimento da
autoestima, estimulando a independência e a confiança em si mesmos. Além dos benefícios
físicos, como o desenvolvimento motor e a melhoria da saúde cardiovascular, a atividade física
adaptada também promove a interação social, o trabalho em equipe e a construção de laços
afetivos com outras pessoas, o que é essencial para a inclusão social.
Nesse sentido, é crucial que as instituições de ensino, os profissionais da área de saúde e da
educação física, além da sociedade em geral, reconheçam a importância de oferecer
oportunidades de atividade física adaptada para pessoas com Síndrome de Down. O acesso a
programas inclusivos e o suporte adequado são fundamentais para garantir que essas pessoas
tenham igualdade de oportunidades e possam desfrutar de uma vida plena e participativa.
A história da atividade física adaptada nos mostra a evolução e os avanços significativos na
promoção da inclusão e no reconhecimento dos direitos das pessoas com deficiência. No
entanto, ainda há desafios a serem superados, como a ampliação do acesso a espaços e
equipamentos adaptados, a capacitação contínua de profissionais e a conscientização sobre a
importância da inclusão.
Em suma, o estudo sobre a atividade física adaptada para pessoas com Síndrome de Down nos
alerta sobre a importância de promover a igualdade de oportunidades, a valorização da
diversidade humana e o respeito às particularidades de cada indivíduo. Através dessa prática
inclusiva, abriremos portas para um futuro mais harmonioso e capacitador, onde todos possam
participar ativamente da construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva e plena.

REFERÊNCIAS

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