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Ronan Duarte De Rose – Rua Joao Paes – 41 Santa Augusta, Criciúma/ SC.
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RESUMO - O handebol em cadeira de rodas (HCR) contempla a participação de atletas
com os mais variados tipos de deficiência. Tal como em outras modalidades acaba por
oferecer riscos de lesões em seus praticantes. Este trabalho teve como objetivo, avaliar
as principais alterações cinético funcionais e a qualidade de vida de paratletas da equipe
Judecri/ SATC do município de Criciúma/SC antes e depois da intervenção
fisioterapeutica. A população da pesquisa constou de paratletas com idade entre 20 e 44
anos, com amostra censitária, totalizando 12 atletas. Os instrumentos utilizados para a
realização da pesquisa foram: questionário sobre qualidade de vida SF-36, questionário
sócio-econômico, escala de auto estima de Rosemberg, uso da escala funcional UCLA,
goniometria e dinamometria do complexo do ombro. Os resultados mostraram que após
intervenção fisioterapeutica houve um ganho na maioria dos itens analisados nas
avaliações através dos instrumentos de pesquisa, mostrando a importância do trabalho
desse profissional junto ao esporte adaptado.
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INTRODUÇÃO
se tem algum dano significativo (1). A CIF ainda nos traz um novo olhar sobre as
deficiências, não mais uma visão de invalidez do individuo, mas sim uma ênfase na sua
Com relação ao esporte, ele passou a ser adaptado para pessoas com
deficiência logo após a II Guerra Mundial onde os soldados feridos na guerra, voltavam
aos seus países, para serem reintegrados na sociedade, fazendo com que houvesse uma
esporte adaptado para esses soldados lesionados nas guerras, um importante mecanismo
Nacional Desporto para Excepcional, que era composta por paratletas com qualquer tipo
(5).
congênitas. Dentre às causas traumáticas podemos citar a Lesão Medular, lesões por
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arma de fogo ou arma branca, mergulho em águas rasas, e a amputação de membros
realiza uma avaliação da movimentação residual dos mesmos para além das limitações
físicas de seus atletas, mas sim dificuldades tais como: locais adequados para realização
dos jogos, meio de transporte, adquirir equipamentos além de todo contexto social. (7).
atividade esportiva tem sobre indivíduos com deficiência física. Estudos psicológicos
demonstram que as participações nos esportes melhoram sua qualidade de vida, levando
a maior integração dentro da sua comunidade, além de grandes benefícios para alguns
chegando até a reabilitação, para que o atleta restitua rapidamente sua plena capacidade
interdisciplinar com esses paratletas, esse estudo teve como objetivo geral avaliar as
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Judecri/ SATC do Município de Criciúma/SC antes e depois da intervenção
fisioterapeutica.
MATERIAIS E MÉTODOS
Extremo Sul Catarinense, foram agendados horários com os paratletas e nestes horários
assinado.
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questionário sócio econômico, e para realização das avaliações funcionais do ombro, foi
uma psicóloga.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
participantes) residem na zona rural. No tocante que se refere à renda mensal 90,9% (10
participantes) possuem uma renda mensal com variação entre 3 a 4 salários mínimos
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Tabela 2 – Variáveis de Caracterização da Amostra
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Flexão MSD Pré-
145,8333±19,40400 134,1667±7,63982 155,8333±27,59064
Intervenção
0,000*
Flexão MSD Pós-
155,0000±21,42641 142,5000±10,29927 165,8227±29,34380
Intervenção
Flexão MSE Pré-
147,0000±17,48246 137,1667±7,92656 155,6667±22,07915
Intervenção
0,000*
Flexão MSE Pós-
155,8333±20,43096 143,7500±11,57653 165,8333±25,50558
Intervenção
Extensão MSD Pré-
74,0833±11,40541 68,3333±6,45945 80,3249±14,59037
Intervenção
0,072
Extensão MSD Pós-
65,8333±13,28590 59,1667±6,78401 73,3333±17,51082
Intervenção
Extensão MSE Pré-
71,4167±10,24658 66,0000±6,38690 77,0833±12,49242
Intervenção
0,614
Extensão MSE Pós-
64,1667±9,25235 58,7606±5,27645 69,1667±11,64314
Intervenção
Abdução MSD Pré-
106,0000±22,60732 93,3333±14,37609 117,5000±27,94925
Intervenção
0,175
Abdução MSD Pós-
130,0000±26,88359 116,2500±14,74727 145,4061±35,37642
Intervenção
Abdução MSE Pré-
115,8333±21,30230 104,1667±14,84901 127,0727±25,23608
Intervenção
0,220
Abdução MSE Pós-
135,4167±23,68912 122,0833±13,37403 147,9061±28,36341
Intervenção
Adução MSD Pré-
46,6667±15,71527 37,9167±9,80034 55,4167±19,30615 0,042*
Intervenção
Adução MSD Pós-
43,4167±11,32542 37,5000±6,89512 49,7500±14,24595
Intervenção
Adução MSE Pré-
40,5833±12,00347 34,5000±6,56376 47,5000±15,27371
Intervenção
0,887
Adução MSE Pós-
37,5000±4,52267 35,0000±2,57464 40,0000±5,77350
Intervenção
Rotação Interna
MSD Pré- 80,8333±10,18763 74,5939±6,20056 86,2500±12,87266
Intervenção
1,000
Rotação Interna
MSD Pós- 90,0000±6,74200 86,2500±3,34279 93,3333±8,29069
Intervenção
Rotação Interna
MSE Pré- 75,8333±11,44817 69,5833±4,98102 81,6667±15,37208
Intervenção
0,027*
Rotação Interna
MSE Pós- 79,5833±16,98373 70,0000±6,51449 88,3333±20,83030
Intervenção
Rotação Externa
MSD Pré- 49,1667±22,54625 37,0833±13,05022 61,2500±28,40242
Intervenção 0,054
Rotação Externa
MSD Pós- 45,0000±17,18879 34,5833±9,56638 54,1561±22,30523
Intervenção
Rotação Externa
MSE Pré- 57,5000±18,27815 47,9167±10,54392 67,9167±23,24033
Intervenção
0,364
Rotação Externa
MSE Pós- 50,8333±9,49482 46,2500±3,96481 56,2500±13,53864
Intervenção
Método Estatístico Empregado: Teste t para amostras emparelhadas. Considerado como
estatisticamente significativo (p<0,05). Legenda: MSD: Membro Superior Direito; MSE: Membro
Superior Esquerdo
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Figura 1 – Goniometria Pré e Pós-Intervenção de Flexão de MSD e MSE
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Observa-se que após a intervenção houve um aumento da amplitude de
movimento onde a média de flexão para ambos os membros ficou em torno de 155 o.
na avaliação desses movimentos. Pode-se perceber por esse estudo que houve aumento
significativo na amplitude de alguns movimentos, assim como Dos Santos (10) que em
outros ganhos como força e equilíbrio, também alcançou ganhos na ADM nos paratletas
do estudo.
pós-intervenção.
Silva (10) que diz que a pratica de esporte traz benefícios físicos, entre eles ganho de
força muscular.
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Tabela 4 – Dinamometria Escapular
manteve-se os mesmos valores. Na tabela 7, observa-se que os atletas que estavam com
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O fato de a média manter-se igual, explica-se pelo fato de os paratletas já na
segunda avaliação, segundo os mesmos, em parte devido a pratica do esporte. O que vai
de encontro aos estudos de DA SILVA (11), que concluiu que além dos benefícios
físicos, o esporte traz benefícios psicossociais, tais como, aumento da autoestima, alivio
teste tanto antes quanto depois os atletas ficaram classificados como razoável.
Tabela 7 - UCLA
atleta que estava classificado como bom passou para excelente, 57,1% (4 atletas)
inicialmente classificados como razoável passaram para bom e 66,7% (2 atletas) que
SF 36 dos atletas, observa-se que o domínio 3 que refere-se a houve um aumento não
68,3333±14,61838.
domínios: Capacidade Funcional; Limitação por Aspectos Físicos; Dor; Estado Geral de
Neste estudo tivemos um aumento da dor, devido aos fortes ritmos de treino, o
de vida dos paratletas de forma negativa, já que, segundo Da Silva (11) a qualidade de
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vida vai além da visão sobre as incapacidades do individuo, pois engloba também a
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
Diante dos resultados obtidos e analises dos objetivos, podemos concluir que
houve um ganho na maioria das avaliações realizadas, mesmo com o pouco tempo de
paratletas que na sua maioria já convivem com algum tipo de dor, e ainda acrescentam-
rodas, arremesso, passe, bloqueio, condução) podem aumentar as dores e ate mesmo se
só do esporte para andantes, mas também dentro do esporte adaptado, seja ele de
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REFERENCIAS
1.DI NUBILA, Heloisa Brunow Ventura et al. O papel das Classificações da OMS-CID
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3.BORELLA, Douglas Roberto et al. Incidência de Lesões Esportivas em Atletas com
4.ITANI, Daniela Eiko; ARAÚJO, Paulo Ferreira de; ALMEIDA, José Júlio Gavião de.
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10.DOS SANTOS, Josenei Braga et al. Monitoramento da postura de atletas
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