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REGIMENTO DA

COMISSÃO DE
FARMÁCIA E
TERAPÊUTICA
REG.CFT.001
V.2

CAJAZEIRAS-2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO BANDEIRA DE MELLO

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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Os medicamentos constituem uma das tecnologias em saúde que estão em constante


inovação, trazendo a necessidade de ações concretas que qualifiquem o processo de seleção, bem
como o uso seguro e racional dessas tecnologias dentro da instituição. A criação da Comissão de
Farmácia e Terapêutica (CFT) nos hospitais se dá como uma importante ferramenta de atuação
neste contexto.
De acordo com o Ministério da Saúde (2011), a CFT pode ser definida como uma
instância colegiada, de natureza técnico-científica, permanente, de caráter consultivo e
deliberativo, que tem por finalidade assessorar o gestor e a equipe de saúde em assuntos referentes
a medicamentos, visando garantir o uso seguro e racional.
Para tanto, realiza como atividades principais a seleção de medicamentos da
instituição (com base em critérios pré-estabelecidos), elaboração do formulário ou guia
farmacoterapêutico, validação de protocolos terapêuticos, apoio à assistência farmacêutica, ações
educativas permanentes, dentre outras, sendo assim um importante instrumento para que o gestor
possa tomar melhores decisões acerca dos medicamentos e demais insumos farmacêuticos
utilizados na instituição.

CAPÍTULO I
DA NATUREZA E FINALIDADE

Art. 1º A CFT é uma instância colegiada, de natureza consultiva, deliberativa e


educativa, de caráter permanente, cujas ações devem estar voltadas para a seleção e promoção do
uso racional e seguro de medicamentos.

Art. 2º A CFT tem a finalidade de assessorar a governança do hospital e auxiliar na


consolidação de todas as políticas e práticas de utilização de medicamentos e outros insumos
farmacêuticos, por meio da seleção e padronização de medicamentos, do estabelecimento de
critérios para seu uso e avaliação dos itens selecionados.

Art. 3º A CFT estará imediatamente subordinada à Superintendência do Hospital.

CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
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Art. 4º São objetivos da CFT:


I. Desenvolver Políticas relacionadas a avaliação, seleção e ao uso dos medicamentos;
II. Apoiar o processo de aquisição de medicamentos e insumos farmacêuticos;
III. Auxiliar na elaboração de programas de capacitação relacionados à utilização de
medicamentos no âmbito institucional;
IV. Promover o uso seguro e racional de medicamentos, baseando-se em critérios
preconizados pela OMS/OPAS/ANVISA.

CAPÍTULO III
DA COMPOSIÇÃO

Art. 5° A CFT terá composição multiprofissional, sendo composta pelos


representantes das áreas abaixo:
I. 01 (um) representante da Gerência de Atenção à Saúde;
II. 01 (um) representante da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH);
III. 01 (um) representante da Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente;
IV. 01 (um) representante da Gerência Administrativa;
V. 01 (um) representante da Divisão de Enfermagem;
VI. representantes dos serviços médicos ou Divisão Médica conforme especialidades
e serviços existentes)
VII. 01 (um) representante da Unidade de Abastecimento Farmacêutico (UAF) e 01
(um) representante da Farmácia de Dispensação;
VIII. 01 (um) representante da Gerência de Ensino e Pesquisa;
IX. 01 (um) representante do corpo docente e discente;
X. Membros convidados.

Art. 6° Para cada membro titular, será indicado um suplente que o represente em
suas ausências e impedimentos (afastamentos legais, férias, licenças ou ausências justificadas), não
perdendo a continuidade dos trabalhos a serem realizados.
§ 1º A indicação dos membros efetivos (titulares e suplentes) para a Comissão é feita
pela Gerência de Atenção à Saúde, com anuência das demais gerências, sendo homologada pelo
Superintendente do Hospital.
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§ 2º Nos impedimentos dos titulares, os suplentes participarão das reuniões, com


direito a voto.
§ 3º Para indicação dos membros deverão ser considerados aspectos como,
competência técnica, habilidades e perfil.
§ 4º O mandato dos membros será de 02 anos, com direito à recondução, contados
a partir da data de publicação da Portaria.
§ 5º Dentre os membros efetivos serão escolhidos o Presidente, Vice-Presidente e
Secretário, por consenso ou votação dos membros, sendo nomeados em portaria pelo
Superintendente.
§ 6º Sempre que o assunto discutido for de complexidade em que se faça necessário
maior conhecimento técnico ou conhecimento em áreas específicas, poderá ser solicitada a
colaboração de outros profissionais internos ou externos à instituição, visando à melhor consecução
das atividades. Estes poderão, eventualmente, participar das reuniões como membros consultivos,
com direito à voz.
§ 7º Os membros consultivos não integram a composição da CFT como membros
efetivos.
§ 8º A finalização do mandato dos membros efetivos poderá ocorrer por interesse do
membro ou da instituição.
§ 9º O membro que acumular 03 faltas não justificadas consecutivas, no período de
06 meses, será desligado da Comissão e deverá ser substituído em até 30 dias, em conformidade
com o parágrafo 1º do Art. 6º.
§ 10º A designação dos membros da Comissão será precedida, sem prejuízo de outras
formalidades, do preenchimento do Termo de Compromisso e Confidencialidade e da Declaração
de Potenciais Conflitos de Interesse.
§ 11º Os membros da CFT não poderão receber brindes, prêmios ou outras vantagens
pessoais, proporcionados pela indústria farmacêutica e/ou por distribuidoras de medicamentos.

CAPÍTULO IV
DA INSTITUIÇÃO

Art. 7º A Comissão de Farmácia e Terapêutica está instituída formalmente por meio


da Portaria-SEI nº 31, de 19 de março de 2019, publicada no Boletim de Serviço nº 74 de 20 de
março de 2019.
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Art. 8º A Portaria de composição deverá relacionar o nome completo e SIAPE dos


membros da Comissão e a identificação do Presidente, Vice-presidente e Secretário eleitos pela
comissão.

Art. 9º A Portaria de composição deverá ser republicada anualmente para atualização


da relação de seus integrantes.

CAPÍTULO V
DAS COMPETÊNCIAS

Art. 10. São competências da CFT:


I. Assessorar a governança do hospital em assuntos relacionados ao uso racional de
medicamentos;
II. Selecionar e padronizar medicamentos de acordo com a realidade da instituição e
com base nos critérios estabelecidos;
III. Manter atualizada a lista de medicamentos padronizados;
IV. Elaborar o Guia Farmacoterapêutico;
V. Revisar o Guia Farmacoterapêutico, pelo menos, a cada 02 anos, mantendo
atualizadas as versões impressas e eletrônicas;
VI. Divulgar as atualizações da seleção para os demais setores do HUF e para
SPTS/Ebserh;
VII. Estabelecer critérios para inclusão e exclusão de medicamentos e demais
insumos farmacêuticos na relação de produtos presentes no guia farmacoterapêutico;
VIII. Definir os critérios para inclusão de medicamentos e demais insumos
farmacêuticos na categoria “padronizado de uso restrito”, considerando custos, riscos para a
segurança do paciente, demanda de prescrição por especialista, etc.;
IX. Avaliar a incorporação de novos medicamentos e insumos farmacêuticos na lista
padronizada do HUF, considerando justificativas apresentadas pelo solicitante;
X. Avaliar e deliberar, em relação aos aspectos farmacoterapêuticos, sobre os
protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas, elaborados pelos serviços, câmaras técnicas ou
outras comissões;
XI. Participar das atividades de garantia de qualidade relacionadas a aquisição,
distribuição e uso de medicamentos;
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XII. Normatizar os critérios e a sistemática de utilização de medicamentos e demais


insumos farmacêuticos não incluídos na relação de produtos padronizados no hospital ou
padronizados de uso restrito;
XIII. Disciplinar as visitas da indústria farmacêutica no hospital (representantes,
publicações promocionais, distribuição de amostras grátis e doações de medicamentos), conforme
políticas internas e externas;
XIV. Assessorar as diversas áreas da instituição quanto às questões relacionadas a
medicamentos e demais insumos farmacêuticos, incluindo as áreas administrativa e jurídica nas
demandas que envolvam o uso de medicamentos;
XV. Participar das investigações de eventos adversos graves relacionados ao uso de
medicamentos ou outros insumos farmacêuticos;
XVI. Considerar os dados do setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente,
acerca das notificações sobre o risco identificado no uso dos medicamentos, como um dos subsídios
para as atividades da Comissão;
XVII. Promover estudos de utilização de medicamentos e farmacoeconomia, a fim de
analisar o perfil farmacoepidemiológico, bem como o impacto econômico dos medicamentos na
instituição;
XVIII. Desenvolver e apoiar ações de promoção do uso racional de medicamentos e
demais insumos farmacêuticos;
XIX. Colaborar e participar das atividades de educação permanente da equipe de
saúde;
XX. Participar das atividades de auditorias ou monitoramento sobre a utilização de
medicamentos de uso restrito;
XXI. Elaborar e divulgar instrumentos educativos;
XXII. Construir e monitorar indicadores do uso de medicamentos selecionados.

CAPÍTULO VI
DAS ATRIBUIÇÕES

Art. 11. São atribuições do Presidente:


I. Solicitar convocação e presidir as reuniões ordinárias e extraordinárias;
II. Conduzir, coordenar e supervisionar as atividades da Comissão;
III. Representar a CFT em suas relações internas e externas;
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IV. Encaminhar ao Superintendente do hospital e ao SPTS/Ebserh relatórios


periódicos das ações desenvolvidas pela CFT;
V. Emitir pronunciamento da CFT quanto às questões relativas a medicamentos;
VI. Discutir e encaminhar tarefas para os demais membros da Comissão;
VII. Tomar parte nas discussões e votações e, quando for o caso, exercer direito do
voto de desempate;
VIII. Cumprir e fazer cumprir as determinações deste Regimento.

Art. 12. São atribuições do Vice-Presidente:


I. Representar e desenvolver as atividades do Presidente na ausência deste;
II. Colaborar com o Presidente no cumprimento dos objetivos da CFT e no exercício
de suas funções.

Art. 13. São atribuições do Secretário Executivo:


I. Registrar em ata as resoluções da Comissão;
II. Manter arquivo da documentação relacionada à CFT;
III. Encaminhar as solicitações recebidas aos membros da CFT para análise prévia às
reuniões;
IV. Protocolar documento em nome da Comissão;
V. Encaminhar o cronograma de reuniões aos membros da Comissão;
VI. Ler a ata da reunião anterior e submetê-la à apreciação da Comissão;
VII. Providenciar, por determinação do Presidente, a convocação das sessões
ordinárias ou extraordinárias;
VIII. Manter registro de dados (contatos) dos integrantes da CFT.

Art. 14. São atribuições dos membros efetivos (titulares e suplentes):


I. Zelar pelo pleno desenvolvimento das atribuições da CFT;
II. Cumprir as atividades que lhe forem designadas pelo Presidente, nos prazos
estabelecidos;
III. Comparecer às reuniões, proferir voto ou pareceres;
IV. Apresentar proposições sobre as questões atinentes à Comissão;
V. Requerer votação de matéria em regime de urgência;
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VI. Analisar os materiais bibliográficos enviados pelo solicitante da padronização de


medicamentos e encaminhados pelo secretário executivo da CFT;
VII. Emitir parecer técnico das solicitações de inclusão/exclusão de medicamentos da
padronização, a ser apreciado em reunião;
VIII. Assessorar o Presidente na emissão de documentos em nome da CFT;
IX. Colaborar com a CFT no exercício de suas funções.

Art. 15. São atribuições dos membros consultivos:


I. Opinar de acordo com sua especialidade, oferecendo informações com respaldo
técnico, no intuito de colaborar com os pareceres técnicos e tomadas de decisão;
II. Colaborar com a CFT no exercício de suas funções, conforme prazos pré-
estabelecidos;

CAPÍTULO VII
DO FUNCIONAMENTO E DA ORGANIZAÇÃO

Art. 16. A Comissão reunir-se-á ordinariamente 01(uma) vez ao mês, e,


extraordinariamente, sempre que necessário, devendo todas as reuniões serem registradas em
forma de ata.
§ 1º - As convocações para as reuniões ordinárias serão enviadas pelo Secretário da
CFT, conforme definição de calendário previamente aprovado dentre seus membros.
§ 2º - A pauta da reunião será encaminhada com antecedência mínima de 24 (vinte
e quatro) horas.
§ 3° - As reuniões extraordinárias serão convocadas com até 48 horas de
antecedência, por solicitação do presidente ou por, pelo menos, a metade mais um de seus
membros.
§ 4° - A agenda e material suplementar (incluindo as atas das reuniões anteriores)
serão preparados pelo secretário (a) e submetido aos membros da Comissão em tempo hábil para
avaliação destes antes de cada reunião.

Art. 17. A Comissão poderá convidar para as reuniões os profissionais (do hospital ou
não) que possam contribuir de forma especializada ou com seus conhecimentos, habilidades e
julgamentos, nunca havendo conflito de interesses.
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Art. 18. As reuniões serão iniciadas com a presença mínima de metade mais um, do
total de seus membros.
Parágrafo único - Não havendo quórum, deverá ser registrada em ata a suspensão da
reunião, o motivo e a assinatura dos presentes e feita nova convocação.

Art. 19. De preferência, as questões serão decididas por consenso. Na impossibilidade


de consenso, depois de esgotada a argumentação técnica, baseadas em evidências científicas, as
recomendações e pareceres da CFT serão definidas pela maioria simples do total dos seus membros
presentes, na ocasião das reuniões ordinárias e extraordinárias.

Art. 20. A votação será nominal, sendo que cada membro titular terá direito a um
voto, transferível a seu suplente, quando de sua ausência.
§ 1° Quando da existência de conflitos de interesse declarados, o membro não poderá
emitir parecer ou participar da votação sobre o medicamento ou insumo farmacêutico relacionado
ao conflito.
§ 2° Em caso de empate em votação, a decisão será dada pelo voto do Presidente.
§ 3° Membros consultivos não terão direito a voto.

Art. 21. As recomendações e pareceres da CFT serão submetidas à apreciação do


Superintendente e GAS, antes da divulgação e implementação no Hospital.
§ 1° O membro da CFT, representante da Governança, deve ter o poder de opinar e
deliberar, em nome da alta gestão. Caso não seja o GAS, este será informado dos pareceres da CFT,
conforme artigo supracitado.
§ 2° O Superintendente e/ou GAS terão o prazo de 15 dias para emitir qualquer
opinião contrária ao parecer, devendo apresentar justificativa por escrito à referida Comissão.

Art. 22. O membro que não se julgar suficientemente esclarecido quanto à matéria
em exame, poderá pedir vistas ao processo, propor diligências ou adiamento da votação.
Parágrafo único - O prazo de vista será até à próxima reunião ordinária ou aquele
deliberado em reunião pela CFT para atendimento das necessidades de cada caso.

Art. 23. Os membros da CFT deverão ter independência na tomada de decisões no


exercício das suas funções.
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Art. 24. Deve ser mantida interface com outras comissões ou núcleos existentes, em
assuntos relacionados ao uso de medicamentos.

Art. 25. As ações da Comissão deverão ser comunicadas aos diversos profissionais
envolvidos no cuidado aos pacientes.

Art. 26. A Comissão deve ser organizada e operacionalizada de maneira que assegure
a objetividade e credibilidade nas suas recomendações.

Art. 27. Ao formular políticas de uso de medicamentos para o hospital, a Comissão


deve estar atenta ao conteúdo e mudanças em diretrizes e políticas de organizações e corporações
profissionais, agências governamentais e outros quando necessário.

Art. 28. Os assuntos tratados pela Comissão deverão ser guardados em sigilo ético
por todos os membros.

Art. 29. A CFT deverá estabelecer formulários-padrão para solicitação de alteração na


padronização de medicamentos, pareceres técnicos, bem como fluxo de trabalho.

Art. 30. A CFT deverá divulgar indicadores para avaliação do processo de seleção de
medicamento no seu hospital, anualmente ou mediante demanda institucional.

Art. 31. A CFT, observada a legislação vigente, estabelecerá normas complementares


relativas ao seu funcionamento e à ordem dos trabalhos.
Parágrafo único: Recomenda-se que os documentos sejam amplamente divulgados
na instituição, de fácil acesso e com fluxograma estabelecido e difundido para todos os envolvidos
no processo.

CAPÍTULO VIII
DA PADRONIZAÇÃO, INCLUSÃO E EXCLUSÃO DE MEDICAMENTOS

Art. 32. Além das particularidades do hospital, a CFT considerará a Relação Nacional
de Medicamentos Essenciais (RENAME), bem como os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas
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do Ministério da Saúde, evidências científicas e Diretrizes das Sociedades Médicas Brasileiras e


Internacionais, como referências para a seleção de medicamentos e demais insumos farmacêuticos.

Art. 33. A seleção de medicamentos para a padronização será baseada nos critérios
de eficácia, segurança, qualidade e custo obtidos através de revisões sistemáticas para avaliar
evidência clínica;
§ 1° A seleção de antimicrobianos deverá ser realizada em conjunto com a
Comissão/Serviço de Controle de Infecção Hospitalar.
§ 2° A seleção de medicamentos não deve contemplar medicamentos em fase de
estudo, mesmo em unidades hospitalares em que se desenvolva pesquisa farmacológica.
§ 3° A padronização oriunda da seleção de medicamentos passará por revisão,
minimamente a cada 02 (dois) anos ou quando necessário for.
Art. 34º A CFT deverá estabelecer procedimento e fluxo para o processo de
inclusão/substituição e exclusão de medicamentos da lista de padronização, bem como critérios
detalhados e prazos.
§ 1° A solicitação de inclusão/substituição e exclusão de medicamentos na
padronização deverá ser feita através de formulário próprio e encaminhada à CFT.
§ 2º O solicitante deverá anexar documentos da literatura que justifique a inclusão
na padronização.
§ 3° Para a inclusão deverão ser observados, minimamente, dentre os critérios, os
seguintes pontos:
I. Registro na ANVISA, quando aplicável;
II. Valor terapêutico comprovado, com suficientes informações clínicas em condições
controladas, sobre a atividade terapêutica e perfil de segurança;
III. Composição perfeitamente conhecida, excluindo-se, sempre que possível, as
associações fixas; exceto quando os ensaios clínicos justifiquem o uso concomitante e o efeito
terapêutico da associação for maior do que a soma dos efeitos dos produtos individuais;
IV. Denominação pelo princípio ativo, preferencialmente, conforme Denominação
Comum Brasileira (DCB), ou, na falta desta, conforme Denominação Comum Internacional (DCI);
V. Informações suficientes sobre as características farmacocinéticas,
farmacodinâmicas e farmacotécnicas;
VI. Estabilidade em condições de estocagem, uso e facilidade de armazenamento;
VII. Preferência de medicamentos clinicamente apropriados para o tratamento de
mais de uma enfermidade;
VIII. Estar disponível no mercado nacional;
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IX. Formas farmacêuticas, apresentações e dosagem que facilitem a comodidade e


favoreçam a segurança para a administração aos pacientes a que se destinam, o cálculo da dose a
ser administrada e o fracionamento ou a multiplicação das doses;
X. Priorizar as apresentações que contemplem maiores possibilidades de
aproveitamento dos medicamentos;
XI. Considerar o Art. 26 deste regimento.
§ 4° A solicitação de inclusão aprovada pela comissão só será encaminhada ao
colegiado executivo com o respectivo protocolo terapêutico de uso.
§ 5° A exclusão de medicamentos da lista de padronização deverá seguir critérios
técnicos e ocorrer sempre que houver:
I. Desvantagens farmacológicas e/ou econômicas comparativamente a outros
produtos disponíveis no mercado;
II. Não apresentar demanda justificável durante os últimos doze meses;
III. Medicamentos que tiveram sua comercialização proibida por órgão competente
(nacional ou internacional) ou que os riscos da utilização excedam os benefícios;
IV. Eliminar da padronização medicamentos que, em pesquisa interna de
farmacovigilância, tenha apresentado índice preocupante de ocorrência de reações adversas em
pacientes;
V. Fármacos com comprovada toxicidade e/ou ineficácia.
§ 4° A solicitação de ampliação de uso de medicamentos poderá ocorrer em função
da criação de novos protocolos ou nos casos de benefício comprovado, em detrimento de outros
fármacos já utilizados em procedimentos específicos, ou seja, para novas indicações terapêuticas.
Além disso, a ampliação de uso pode associar-se a alterações de concentração/apresentação.

CAPÍTULO IX
DA SOLICITAÇÃO DE COMPRA DE MEDICAMENTO NÃO PADRONIZADO

Art. 35. Caso exista a necessidade de aquisição de medicamento, que não conste na
relação de medicamentos padronizados do HUF, deverá ser realizada solicitação mediante
justificativa, em formulário próprio, conforme fluxo preestabelecido.
§ 1° As solicitações de compra de medicamentos não-padronizados deverão ser
exclusivamente para atendimento a situações individuais não planejáveis, ou seja, onde não seja
caracterizado falta de planejamento da instituição.
§ 2° A solicitação deverá ser avaliada pela CFT, com envolvimento da CCIH caso se
trate de antimicrobiano.
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CAPÍTULO X
DOS INDICADORES DE QUALIDADE

Art. 36. Com o objetivo de monitorar o funcionamento da CFT, deve-se elaborar


indicadores de desempenho da Comissão (estrutura, processo e resultado);
§ 1º Anualmente, a CFT deverá elaborar um relatório das atividades executadas, com
os resultados dos indicadores, e encaminhar para a Superintendência ou Gerência de Atenção à
Saúde do Hospital, até o fim do 3º mês do ano subsequente.
§ 2º Os indicadores anuais a serem coletados pela CFT, minimamente, serão:
porcentagem de reuniões realizadas: nº de reuniões realizadas no período x 100 / nº reuniões
programadas no período; % itens incluídos: nº de itens incluídos no período x 100 / nº de itens
padronizados; % de itens excluídos: nº de itens excluídos no período x 100 / nº de itens
padronizados.

CAPÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 37. Toda e qualquer política interna relativa ao uso de medicamentos, inclusive
os casos omissos serão deliberados pela referida Comissão.

Art. 38. Este Regimento poderá ser modificado por proposição da Superintendência
do hospital ou dos membros da CFT, mediante aprovação por maioria de votos em reunião
convocada para este fim.

Art. 39. Os casos omissos e as dúvidas surgidas na aplicação do presente regimento


serão dirimidas pelo Presidente da CFT e, em grau de recurso, pela Gerência de Atenção à Saúde do
hospital e Superintendente.

Art. 40. O presente regimento entrará em vigor na data de sua publicação.


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VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO


1 30/09/2019 Elaboração do Regimento

Adequação do Regimento a Norma Zero e inclusão do § 2º e 4° do


2 12/08/2020
artigo 31

Elaboração
Fagner Carvalho Leite Data: 12/08/2020
Nayara Costa Cavalcante
Análise
Membros da CFT:
Edineide Nunes da Silva
Sonally Yasnara Sarmento Medeiros Abrantes
Wemerson Neves Matias
Hermes Melo Teixeira Batista
Tereza Raquel Fernandes Torres Goncalves
David De Carvalho Siebra
Data: 13/08/2020
Cicero Emanoel Alves Leite
Maria Cecilia De Pontes Jordao Gayoso
Itavielly Layany França Feitosa
Thaise De Abreu Brasileiro Sarmento
Lidiana Fábia Lucena Silva Brito
Alane Rolim Moreira
Lucas Nobre De Almeida
Kévia Katiucia Santos Bezerra
Validação
Ocilma Barros De Quental – Enfermeiro/Setor de Vigilância em Data: 23/02/2021
Saúde e Segurança do Paciente
Aprovação Data: 01/03/2021
Conselho Executivo Conforme Processo SEI Nº 23771.001029/2021-16

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