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USO DE FITOTERÁPICOS NA DEPRESSÃO

Aluna: Wênia Botelho Garcia Silva de Souza


Professora: Carina Cristina pena

1. INTRODUÇÃO

Hoje em dia, as plantas medicinais são utilizadas por grande parte da


população, como um recurso medicinal alternativo para o tratamento de diversas
doenças. A fitoterapia é a ciência responsável pelo estudo das plantas, no qual trata
dos métodos de tratamento caracterizado pela utilização de plantas medicinais em
suas várias preparações, formando uma modalidade de terapia integrativa e
complementar diante das necessidades de saúde. (Oliveira et al., 2018).
Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para que os
fitoterápicos sejam considerados medicamentos, eles devem possuir uma
substância ou grupo terapêutico que possa ser encontrado em uma planta ou parte
dela. Cada fitoterápico deve ter seu efeito comprovado por estudos farmacológicos e
toxicológicos. (BRASIL, 2010).
A depressão é uma patologia psiquiátrica que atinge atualmente cerca de 300
milhões de pessoas em todo o mundo, sendo classificada pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) como o “maior contribuinte de incapacidade para a atividade
produtiva”. A doença depressiva afeta indivíduos de qualquer gênero ou idade e se
caracteriza por provocar perdas de motivação, interesse e prazer para realizar as
mais diversas atividades diárias, perda de energia e humor deprimido, pensamentos
negativos e persistentes (DIAS, 2019).
Os tratamentos terapêuticos disponíveis nos dias atuais para a depressão foram
desenvolvidos para atuar, sobretudo, na modulação da neurotransmissão, no
entanto, estes fármacos possuem efeitos adversos significativos, ocasionam
síndrome de abstinência e não conseguem fazer com que se atinja a remissão
completa da doença (CESKOVA; SILHAN, 2018)
O Brasil possui grande potencial para o desenvolvimento de fitoterapias,
pois detém a maior diversidade vegetal e social do mundo. O uso de plantas
medicinais foi vinculado aos saberes tradicionais populares e à projeção tecnológica,
a fim de validar cientificamente tais conhecimentos. A utilização dessas plantas
significa produzir e reproduzir campos e práticas de saberes oriundos de diferentes
culturas e da organização social e produtiva em comunidades tradicionais
(Fonteneleet al., 2013)
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) grande parte
da população mundial confia nos métodos tradicionais relacionados à saúde
diária. Aproximadamente80% da população, principalmente nos países em
desenvolvimento, dependem de derivados de plantas medicinais para sua
própria saúde. Aproximadamente 25% de todas as prescrições de
medicamentos são formulações à base de substâncias derivadas de plantas ou
análogos sintéticos ou de seus derivados (Oliveiraet al., 2012).

1.1. DELIMITAÇÃO DO TEMA


Delimitou-se o tema de uso de fitoterápicos na depressão, mostrando seus
benefícios, o modo de usar e sua ação no organismo.

1.2. PROBLEMA DA PESQUISA


Como o fitoterápico age na depressão?

1.3. HIPÓTESE
Confirmar a positividade do uso de fitoterápicos no tratamento da depressão

1.4. OBJETIVO GERAL


Realizar uma revisão sobre os benefícios dos fitoterápicos em tratamentos de
doenças, dando ênfase na depressão.

1.5. OBJETIVO ESPECIFICO


Relatar o mecanismo de ação dos fitoterápicos na depressão
Mostrar as principais causas da depressão.
Mostrar os prós e contra do uso dos fitoterápicos no individuo
2. METODOLOGIA
A pesquisa realizada neste trabalho é baseada em uma revisão Uma
bibliografia descritiva e explicativa, pois visa Identificar os fatores que determinam ou
contribuem para a ocorrência de um fenômeno específico. Com base em livros e
artigos, em sites institucionais na Internet Sociedades científicas, agências de saúde
e outros órgãos relevantes plantas medicinais e revistas científicas e livros técnico-
científicos. Planta medicinal para transtornos de ansiedade pesquisada Depressão,
aspectos farmacológicos das plantas. Referencial teórico retirado de artigos
científicos depositados na base Dados, Scielo. As palavras-chave usadas para fins
de pesquisa são: Plantas medicinais, depressão, fitoterapia.

3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1.1. DEPRESSÃO
O termo depressão muitas vezes é usado para designar um complexo padrão
de desvios nos sentimentos, na cognição e no comportamento não representado
como um transtorno psiquiátrico distinto. Nestes casos, a depressão é considerada
uma síndrome ou complexo de sintomas. O aglomerado de sinais e sintomas às
vezes é conceituado como uma dimensão psicopatológica cuja intensidade (ou grau
de anormalidade) varia de leve a grave. A síndrome da depressão pode ser
concomitante a um transtorno psiquiátrico definido, tal como a reação
esquizofrênica; nesse caso, o diagnóstico seria “reação esquizofrênica com
depressão”. Às vezes, a síndrome é uma manifestação secundária ou uma afecção
orgânica do cérebro, como, por exemplo, paresia cerebral ou arteriosclerose
cerebral. (BECK, 2011)
A importância da depressão é reconhecida por todos no campo da saúde mental. A
depressão tem causado mais sofrimento humano do que qualquer outra das
doenças que afetam a humanidade (KLINE, 1994).
Existem dois tipos de forma que buscamos para aliviar desses tipos de sofrimentos e
decepções: satisfações que diminuem o sofrimento e substâncias tóxicas (FREUD,
1930). Os tratamentos propostos na maioria das vezes, inclui o uso de
antidepressivos e inibidores de serotonina levando ao fortalecimento da indústria
farmacêutica. (SOARES, 2011)

4. TRATAMENTOS FITOTERÁPICOS PARA DEPRESSÃO


Diante de uma possível “ameaça”, o cérebro ativa o sistema nervoso
simpático, que aumenta a produção de cortisol e adrenalina pelas glândulas
suprarrenais, acelera a frequência cardíaca e a respiração, aumenta a pressão
arterial e aperta os músculos. Um organismo normal rapidamente volta ao seu
estado original quando está estressado, mas esse não é o caso de pessoas que
sofrem de estresse de longo prazo. Os hormônios cortisol, adrenalina e
noradrenalina são liberados nessas situações estressantes descontroladas,
reduzindo o diâmetro dos vasos sanguíneos e aumentando o risco de hipertensão e
arritmias cardíacas a longo prazo (PEDRINOLA, 2011).
Nos últimos anos, a investigação e desenvolvimento de espécies vegetais
com possível aplicação na área da psicofarmacologia têm crescido de forma
significativa, devido, sobretudo aos efeitos adversos ocasionados pelos fármacos
convencionais e também à necessidade urgente de terapias medicamentosas com
maior eficácia. Apesar da terapia com fitoterápicos não ser totalmente livre de
efeitos adversos, estas normalmente são procuradas como complemento ou
alternativa às terapêuticas convencionais, sendo por isso, objeto de estudo, para
avaliação da segurança, uma vez que essas substâncias podem apresentar
resultados mais favoráveis (DIAS, 2019).
Atualmente, inúmeras plantas estão sendo estudadas por sua capacidade de
influenciar o comportamento e o humor, tornando-se alternativas complementares
para o tratamento da ansiedade, estresse, nervosismo e depressão. (GROSS et al,
2019).

5. OS PRÓS E OS CONTRAS OFERECIDOS A SAÚDE DO PACIENTE NO USO


DAS PLANTAS MEDICINAIS NO TRATAMENTO
Medicamentos como Piper methysticum é contraindicado em pacientes
transplantados e reduz o efeito dos anticoagulantes e anticoncepcionais. Outro
medicamento é a Rhodiola rosea que é contraindicado em pacientes com
bipolaridade (PACHECO et al ., 2021). Todos os fitoterápicos citados neste estudo
são contraindicados em pacientes que apresentam problemas hepáticos; incluindo
“Hypericum perforatum” que é contraindicado em mulheres gestantes e em lactação,
e também deve ser evitado o consumo de bebida alcoólica (SILVA et al ., 2020). A
MCA, também denominada “medicina natural”, “medicina não convencional” e
“medicina holística”, constitui uma visão da sa de como bem-estar em sua forma
ampla, envolvendo uma interação de diversos fatores físicos, sociais, mentais,
emocionais e espirituais. O organismo humano é compreendido como um campo de
energia, diferentemente da visão biomédica, que prevê o corpo como um conjunto
de partes. Trata-se de uma visão integrativa e sistêmica, que exige uma terapia
multidimensional e um esforço multidisciplinar no processo saúde-doença cura.
Assim, é uma “visão do todo”, na qual se enfatiza a integração dos cuidados
(MONTEIRO, BRANDELLI, 2017).

6. CRONOGRAMA
Fonte: autoria própria

ATIVIDADES 2023/1
FEV MAR ABR MAIO JUN
Definição do tema X
Definição do problema X
Definição dos objetivos X
Definição da metodologia X
Elaboração do Projeto de Pesquisa X X
Revisão da literatura X X
Envio de prévias X X
Entrega para avaliação X

7. REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, RDC n° 14, de 31 de março de 2010. Dispõe sobre o
registro de medicamentos fitoterápicos. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br. Acesso em: 27
ago. 2014.

DIAS, A. R. O. Fitoterapia do Sistema Nervoso Central: O uso do Crocus sativus L. no tratamento da


depressão. 2019. 93f.,Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade de Coimbra,
Coimbra, jul. 2019.

CESKOVA, E.; SILHAN, P. Novel treatment options in depression and psychosis. Neuropsychiatr. Dis.
Treat, v.14, p. 741–747, 2018.
SOARES, G.B.; CAPONI, S. 2011. Depression in focus: a study of the media discourse in the process
of medicalization of life. Interface - Comunic. Saude Educ., 15 (37): 437 - 446.

KLINE, N. Practical management of depression. J. Amer. Med. Ass. 1994; 190:732- 740.

BRANDELLI, Clara Lia Costa. Plantas medicinais: histórico e conceitos. In: MONTEIRO, Siomara da
Cruz; BRANDELLI, Clara Lia Costa. (Orgs.). Farmacobotânica: aspectos teóricos e aplicação. Artmed,
2017.

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