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ISSN: 2525-8761
DOI:10.34117/bjdv7n5-550
RESUMO
O aumento do número de casos de ansiedade, principalmente no cenário do novo
coronavírus tratar o problema, tornou-se algo de extrema importância. Estudos lançados
pela The Lancet Psychiatry mostram os efeitos psíquicos relativamente altos causados
decorrente da nova metodologia vivenciada pela população mundial, a incerteza e o
consumo demasiado de informações negativas tem causado efeitos negativos na mente
humana. O aumento significativo traz a oportunidade de apresentar soluções fitoterápicas,
abrangendo caráter científico através de pesquisa bibliográfica baseado em evidências,
mostrando as alternativas aos medicamentos alopáticos como a última alternativa e que
as práticas integrativas trazem benefícios para a saúde, revisando quatro plantas, sendo
elas: hortelã (Mentha), Erva cidreira (Melissa Officinales), Maracujá (Passiflora
incarnata), Valeriana (Valeriana officinalis). Trazendo investigações sobre sua eficácia
clínica, propriedades químicas seus benefícios e suas características botânicas e
farmacológicas.
ABSTRACT
The increasing number of anxiety cases, mainly in the scenario of the new coronavirus
related to them, has become an issue of high importance. Studies published by The Lancet
Psychiatry show relatively intense psychic effects caused by the current circumstances
experienced by the world population and that uncertainty and overconsumption of
negative information has had negative effects on the human mind. The significant
increase of anxiety cases brings the opportunity to present evidence-based phytotherapic
solutions, gathered here through bibliographic surveys, revealing alternatives that make
allopathic medicine the ultimate option and also that integrative practices bring health
benefits. Four plants were reviewed, namely: mint (Mentha), lemongrass (Melissa
officinalis), passion fruit (Passiflora incarnata) and valerian (Valeriana officinalis),
raising up investigations about their clinical efficacy, chemical properties, benefits and
botanical and pharmacological characteristics.
1 INTRODUÇÃO
Existe cerca de 3% da população que sentem algum tipo de transtorno de ansiedade,
sendo que 4,6% prevalecem em mulheres, e 2,6 % em homens. No Brasil cerca de 9% da
população sofre com transtornos de ansiedade (SCHONHOFEN et. al., 2020). Ansiedade
é um estado emocional onde o indivíduo, passa a vivenciar um conjunto de sentimentos
e como consequência desenvolve preocupações, nervosismo, estresse e medo
(SHONCHOFEN et. al., 2020). Passa a ser considerado um transtorno quando o indivíduo
não consegue desenvolver competências, afetando assim sua vida como um todo
(NETTO, 2009).
A ansiedade tornou-se um problema de saúde pública e no Brasil existe uma taxa
significativamente alta envolvendo este transtorno que afeta inúmeras pessoas, sendo o
quinto país em casos de depressão. A ansiedade configura-se como um problema que
agrega inúmeros graus de desconforto tanto no âmbito psíquico como físico, sendo esses:
sudorese, pensamento acelerado dificuldade em concentração e insônia, essa falta de sono
acaba levando a outros problemas de saúde, como problemas cardíacos, doença do pânico,
é o efeito dominó de uma série de doenças (ZANUSSO, 2019).
Atualmente, é observado um grande avanço no tratamento dos transtornos da
ansiedade. Os indivíduos têm buscado alternativas para lidar com esses sintomas, como
recursos para diminuir os efeitos da ansiedade no dia a dia, é recomendado realizar
atividade física, fazer terapia, manter uma alimentação saudável, ouvir música, praticar o
voluntariado e desenvolver inteligência emocional, essas práticas ajudam as pessoas a
desfrutar de uma melhor qualidade de vida, consequentemente auxilia no controle da
ansiedade (HARAGUCHI et al., 2020).
As plantas medicinais são amplamente utilizadas e conhecidas por desempenhar um
papel importante na terapia e intervenção de algumas doenças. Em certas comunidades,
as plantas são a única forma de tratamento de enfermidades (VIANA; RAMOS, 2019).
Os princípios ativos encontrados nas plantas que permitem a cura ou tratamento de
doenças variam de espécie para espécie. Essas substâncias, quando possuem ação
farmacológica, dão à planta a classificação de medicinal (SANTOS; TRINDADE, 2017).
As plantas medicinais apresenta elevada importância para a saúde na saúde mental
e seus componentes ativos ajudam na cura e no tratamento de diversas patologias,
ajudando assim na diminuição dos possíveis efeitos provocados com a utilização de
drogas sintéticas. Sua utilização atravessa gerações, oriundas do conhecimento popular e
passadas adiante como forma de benefício no tratamento e cura. O estudo das plantas
ajuda na compreensão dos seus princípios ativos e formas de farmacêutica, dose e
posologia corretas, evitando dessa forma intoxicação indireta por meio dessa
aplicabilidade (CALIXTO, 2005; VEIGA; MELLO, 2008).
O objetivo deste trabalho é destacar o uso de plantas medicinais no tratamento da
ansiedade, como uma alternativa ou intervenção para substituir o medicamento alopático,
primeiramente por sua eficácia, custo benefício e forma mais acessível (SILVA et al.,
2017).
2 METODOLOGIA
Esse estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica sobre a utilização de plantas
medicinais no combate a ansiedade, em pesquisas tanto na língua portuguesa como
inglesa, onde foi utilizado sites como: SCIELO, GOOGLE ACADEMICO, EBSCO e
PubMed, sendo realizada uma aprofundada avaliação de artigos e estudos com
comprovação científica, para melhor confiabilidade dos assuntos abordados como
também livros e documentos disponibilizados tanto nas plataformas digitais citadas
anteriormente como periódicos. O período utilizado para abordagem dessa revisão está
entre o ano de 2001 a 2021.
O estudo foi elaborado no Centro Universitário do Vale do Ipojuca –
UNIFAVIP/WYDEN, localizado na Av. Adjar da Silva Casé, nº 800 – Indianópolis
55.024-740 Caruaru – PE.
Os artigos foram sintetizados a partir dos descritores ‘‘plantas medicinais no
combate a ansiedade’’, ‘‘fitoterapia e plantas naturais’’, ‘‘ansiedade nos dias atuais’’,
‘‘uso de fitoterápicos nas doenças envolvendo o SNC’’.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os principais medicamentos advindas de plantas encontram-se cada vez mais
acessíveis e aceitas pela população, especificamente nos países em desenvolvimento onde
Tabela- 1. Resumo da aplicação e formas de uso da Hortelã (Mentha), Erva cidreira (Melissa Officinalis),
Valeriana (valeriana Officinalis) e Maracujá (passiflora incarnata)
Nome científico Nome popular Aplicação Modo de uso
Analgésico, relaxante e Em forma de chás,
Mentha piperita Hortelã antiespasmódico. folhas secas, óleo
essencial e tintura.
Ansiedade, enxaqueca, Em forma de chás por
Melissa Officinalis Erva Cidreira cefaleia e insônia. decocção ou infusão e
tintura.
Ansiedade, insônia e Em forma de chás por
Valeriana Officinalis Valeriana calmante. infusão.
foram utilizados o diazepam o pentobarbital sódico, solução salina (NaCl 0,9%) usada
como veículo para as drogas e extratos de Mentha e plantago magor outra planta utilizada
no estudo, as plantas foram secas ao ar, na extração foi realizado primeiro a higienização
e maceração para produção do extrato. Foi utilizado o EPM teste de labirinto em cruz
elevado para observar a atividade ansiolítica dos extratos, como cobaias foram utilizados
ratos para observação comportamental, eles foram divididos em quatro grupos que
receberam veículo (controle; solução salina 1 mL / Kg, po); Extrato de M. spicata (1000
mg / Kg, po); P. majorextrato (1000 mg / kg, po); ou DZP (1 mg / kg, ip). Outros testes
foram aplicados como hipnose induzida por pentobarbital sódico para avaliar o efeito
sedativo e hipnótico dos extratos. Os testes mostram que no EPM apresentou-se uma
notável ação ansiolítica da mentha e os ratos apresentaram baixo índice de estresse. Além
de a mentha apresentar efeito hipnótico e atividade depressora do SNC (CARO et al,
2018).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi utilizado conteúdo exclusivamente de caráter científico, apenas para
abrangência do conteúdo, com o cuidado e a responsabilidade de respeitar as práticas
normativas da (ABNT) trabalhando sempre de forma única e ética citando devidamente
os autores e os referenciando em todas as circunstâncias, cientes dos processos a serem
seguidos.
Foi observado a dificuldade de encontrar estudos comprobatórios que evidenciem
e mostrem à eficácia de cada espécie não apenas com sabedoria popular, mas, sim com
estudos seja placebo ou pesquisas de seus componentes químicos na literatura mais
recente.
A hortelã a erva cidreira, valeriana e o maracujá foram às plantas escolhidas para a
realização desse trabalho devido a sua grande utilização nos casos do SNC, sendo de
grande relevância suas composições químicas.
Sendo assim, nesse trabalho evidenciou-se a pesquisa baseada em evidências e a
importância de buscar uma alternativa para o tratamento dessas doenças que configuram
boa parte da população mundial: a ansiedade.
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