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Guia de Procedimentos

Laboratoriais

Física Experimental II

São Paulo
2º semestre de 2023
1
SUMÁRIO

1 Revisão de Gráficos Cartesianos Utilizando o Microsoft Excel.................................... 03

2 Construção de Gráficos Anamorfoseados (Linearização).............................................. 09

3 Método dos Mínimos Quadrados.................................................................................. 13

4 Análise de Dados com Excel........................................................................................... 17

5 Determinação da Aceleração da Polia Móvel................................................................ 25

6 Trabalho e Conservação de Energia Mecânica.............................................................. 31

7 Conservação de Energia Mecânica em um Sistema Real............................................... 35

8 Equilíbrio do Corpo Rígido – Torque (Momento de uma Força).................................... 61

9 Momento de Inércia...................................................................................................... 66

10 Movimento Harmônico Simples (MHS)......................................................................... 71

11 Pêndulo Simples............................................................................................................ 74

12 Propagação de Ondas na Corda..................................................................................... 77

13 Colisões Unidimensionais – Elásticas (Parte 1).............................................................. 92

Colisões Unidimensionais - Parcialmente Elástica e Inelástica (Parte 2)........................ 98

14 Dilatação dos Sólidos..................................................................................................... 100

15 Balança Hidrostática..................................................................................................... 103

16 Apêndice......................................................................................................................... 111

2
1. REVISÃO DE GRÁFICOS CARTESIANOS UTILIZANDO O MICROSOFT EXCEL

1.1 OBJETIVO

Elaborar gráficos cartesianos utilizado o Microsoft Excel.

1.2 INTRODUÇÃO

Neste item será apresentado um guia resumido para elaboração de gráficos cartesianos
utilizado o Microsoft Excel, o programa de planilha mais popular do planeta.

O assistente de gráficos do Excel versão 2013 está no menu “Inserir” do Microsoft Word. Em
outras versões o procedimento apresentado neste item sofre algumas alterações, porém é bem
próximo do apresentado a seguir.

Na aba “Gráficos”, escolha o tipo de gráfico: “dispersão x,y”, conforme a Figura 1. Para os
gráficos a serem elaborados a partir de resultados das medições das experiências realizadas no
laboratório, nos interessará apenas este tipo de gráfico.

Este processo auxilia na escolha da “melhor tangente física possível” para ajustes lineares, ou
não lineares. Em Física Experimental I e II, em algumas oportunidades o ajuste linear proporciona uma
melhor percepção do fenômeno, e por isso está disposta nos exemplos abaixo. Após a escolha da
dispersão, lance os dados que escolher em 2 colunas quaisquer.

Figura 1
3
O tipo de gráfico “dispersão x-y” permite criar gráficos cartesianos. Como apresentado na Figura
2, de forma destacada (quadro vermelho) existem 5 modos de gráficos de dispersão x-y.

Figura 2
Para o que é necessário na disciplina será escolhida a primeira opção, onde tem-se apenas os
pontos não interligados pelas linhas, e assim pode-se aplicar a ordem de melhor escolha linear. Após
ser apresentada a área onde o gráfico será posicionado é necessário inserir os dados que serão
plotados.
A Figura 3 apresenta na aba de menu o item selecionar dados que permite incorporar ao
gráfico os dados que serão plotados.

Figura 3

4
Clicando em selecionar dados abrirá uma caixa de diálogo onde deve-se clicar no botão
adicionar. Após este procedimento aparecerá uma nova caixa de diálogo que permitirá fazer a seleção
dos dados, de acordo com a Figura 4.

Figura 4
Insira o nome da série de dados e clique no ícone com a seta vermelha e marque a coluna de
dados referente ao eixo X, depois faça o mesmo para os dados do eixo y.
A Figura 5 apresenta a seleção dos dados do eixo x, clique na primeira linha da coluna e depois
na última linha da coluna, fazendo isto você selecionará os dados do eixo.

Figura 5

Após obter o gráfico será necessário traçar uma reta média que se aproxima ao comportamento
dos pontos e a dependência entre y e x para experiência realizada. O Microsoft Excel, permite traçar

5
uma reta média ajustada, clicando nos pontos do gráfico com o botão esquerdo e clicando depois no
item “Traçar linha de tendência”.

Depois deste procedimento é necessário escolher a tendência linear que atende a dependência
entre as grandezas físicas nas experiências a serem realizadas.

Figura 6

A Figura 7 apresenta a reta média traçada para o exemplo.

Figura 7

6
Pode-se optar por apresentar a equação da reta e a variância obtida para o ajuste linear obtido
com a linha de tendência, conforme destacado em vermelho na Figura 8.

Figura 8

Exercícios: Construa os gráficos abaixo, utilizando o Excel.

1) Para um corpo em MRU foram obtidos os valores da Tabela ao lado. S (m) t (s)
a) Faça o gráfico "S x t" dos dados abaixo, com títulos e unidades nos eixos. 0,0 0,0
b) Obtenha pelo gráfico o valor da velocidade pela equação de ajuste da 12,0 10,0
42,0 35,0
Linha de Tendência, no S.I.
60,0 50,0
78,0 65,0
96,0 75,0

7
2) Para um corpo em MRUV foram obtidos os valores da Velocidade em
v (m/s) t (s)
relação ao Tempo.
30,0 0,0
a) Faça o gráfico "V x t" dos dados abaixo, com títulos e unidades nos eixos.
20,0 2,0
b) Obtenha pelo gráfico o valor da aceleração, pela equação de ajuste da
10,0 4,0
Linha de Tendência, no S.I. 5,0 5,0
0,0 6,0
-10,0 8,0

3) Na experiência da Lei de Hooke a força F (N) aplicada sobre a mola F (N) x (m)
em relação a sua deformação x (m) segue a Fórmula F = K X . 0,000 0,000
0,100 0,050
a) Faça o gráfico "F x X" dos dados abaixo, com títulos e unidades nos
0,150 0,075
eixos. 0,200 0,100
b) Obtenha pelo gráfico o valor da constante elástica da mola K, pela 0,250 0,125
0,300 0,150
equação de ajuste da Linha de Tendência, no S.I.
0,350 0,175

4) Para um corpo em MRUV que saiu do repouso da posição s = 0 m, S(m) t(s)


0,00 0,000
foram obtidos os valores da Posição (S) em relação ao Tempo (t).
0,10 0,141
a) Faça o gráfico "S x t" dos dados abaixo, com títulos e unidades nos 0,20 0,200
0,30 0,245
eixos.
0,40 0,283
b) Obtenha pelo gráfico o valor da aceleração, pela equação de ajuste da 0,50 0,316
Linha de Tendência. 0,60 0,346
0,80 0,400
1,00 0,447

Respostas (obtidas com o Excel) :


1) v = 1,24 m/s;
2) a = – 5,0 m/s2 e vo = 30 m/s;
3) K = 2,0 N/m
4) a = 10,0 m/s²

8
2. CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS ANAMORFOSEADOS (LINEARIZAÇÃO)
1 INTRODUÇÃO TEÓRICA
Nem sempre o comportamento de um fenômeno físico obedece a uma linearidade,
entretanto, em alguns casos, é possível convertê-lo em um gráfico linear. O processo de
linearização é chamado de Anamorfose.
Então, anamorfose é um processo que permite transformar o gráfico de uma
determinada função não linear em um gráfico de uma função linear (𝒚 = 𝒂. 𝒙 + 𝒃), através
de uma mudança de variável. Essa mudança deve ser realizada de tal modo que as duas
grandezas, após as operações, sejam linearmente proporcionais.
Os gráficos anamorfoseados possuem uma importância fundamental, pois dessa
forma consegue-se ajustar, mais facilmente, uma reta aos pontos alinhados e através da
tangente física obter a grandeza em questão. O FIT (ajuste) matemático auxilia na
determinação de várias variáveis.
Exemplos:
𝒕𝟐
a) Dada a equação simplificada do MRUV: 𝑺=𝒂. 𝟐 queremos determinar

experimentalmente a grandeza aceleração “a” através da construção de um gráfico. Mas, no


gráfico “ S x t ” temos a curva:

S
Parábola

Então, fazendo a mudança de variável: 𝒌 = 𝒕𝟐


𝒂
teremos: 𝑺 = .𝒌
𝟐

t que é uma função linear (função do 1º grau).

Assim, para gráfico anamorfoseado “ S x t2 ” temos a reta:

Reta

K = t2

9
Agora, desta anamorfose, podemos calcular a aceleração através da tangente física:

𝜟𝑮 𝑺 𝑺 𝒂
S Reta  𝒕𝒈𝒇𝒊𝒔 𝜶 = 𝜟𝑮 𝑺 = 𝑲 , mas  =𝟐
𝑲 𝑲

𝒂

 = 𝒕𝒈𝒇𝒊𝒔 𝜶  𝒂 = 𝟐. 𝒕𝒈𝒇𝒊𝒔 𝜶
𝟐

K = t2

𝑳 𝒈
b) Dada a equação do Pêndulo Simples: 𝑻 = 𝟐𝝅. √ 𝒈 ou 𝑳= . 𝑻𝟐
𝟒𝝅𝟐

Onde “ T ” é o período de uma oscilação completa que varia com o comprimento “ L


” do fio do pêndulo, queremos obter experimentalmente o valor da aceleração da gravidade
local “ g ”.

L
No gráfico “ L x T ” temos a curva:

𝒈
Fazendo agora a mudança de variável: 𝑲 = 𝑻𝟐 , teremos  𝑳= .𝑲
𝟒𝝅𝟐

(Função do 1º grau)

Assim, construindo o gráfico anamorfoseado “L x K”, onde podemos calcular a aceleração da


gravidade experimental através da tangente física:

10
𝜟𝑮 𝑳 𝑳 𝒈
L  𝒕𝒈𝒇𝒊𝒔 𝜶 = 𝜟𝑮 𝑳 = 𝑲  =
Reta 𝑲 𝑲 𝟒𝝅𝟐

𝒈
 = 𝒕𝒈𝒇𝒊𝒔 𝜶  𝒈 = 𝟒𝝅𝟐 . 𝒕𝒈𝒇𝒊𝒔 𝜶
𝟒𝝅𝟐

K = T2

Exercícios:
1) Astronautas realizaram uma experiência de queda livre na “ Lua ” com o objetivo de
determinar a aceleração da gravidade local “g”. Sabendo que o movimento é retilíneo e
𝑡2
uniformemente variado (MRUV), dado pela equação 𝑦 = 𝑔. , foram obtidos os valores da
2

tabela abaixo que são referentes a variação da altura “ y ” em relação ao tempo “ t ” de queda
de um objeto.

a) Dado os valores da tabela, construa o gráfico “ y x t ”, no Excel. y (m) t (s) t2 (s2)


b) Construa o gráfico anamorfoseado “ y x t2 ”, no Excel. 0,00 0,00
0,10 0,35
c) Obtenha a aceleração experimental da gravidade “ gl ”, através
0,20 0,50
da equação do Excel. 0,30 0,61
0,40 0,70
0,60 0,86
0,80 1,00
1,00 1,11

2) Em gráficos é necessário a ferramenta para transformar uma curva em uma reta


(linearização), para obtenção dos parâmetros necessários à solução exigida de um fenômeno
físico. P(W) i(A) i2 (A2)
Use a fórmula abaixo para o cálculo de uma resistência R: 0 0,00
20 1,05
𝑷 = 𝑹 . 𝒊𝟐 30 1,29
40 1,49
Onde: “P” é potência e “i” é intensidade de corrente elétrica. 50 1,66
Preencha a tabela corretamente e calcule o valor da 60 1,83
resistência R, pelo intermédio do gráfico linearizado. 70 1,98
80 2,10
11
3) Na experiência de “Pêndulo Simples”, para determinar a aceleração da gravidade, obteve-
se para cada comprimento de corda 𝑳, um respectivo valor de tempo 𝒕 de oscilação conforme
a tabela ao lado.
Preencha a tabela corretamente e obtenha a aceleração da gravidade g em unidades do SI,
pelo gráfico linearizado no EXCEL, sabendo que no pêndulo simples temos um movimento
descrito pela equação:
L (m) T(s) T2 (s2)
0,00 0,00
𝑇 = 2𝜋. √𝐿⁄𝑔 . 0,20 0,90
0,40 1,27
0,60 1,55
0,80 1,79
1,00 2,01
1,20 2,18
1,40 2,37

12
3. MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS (AJUSTE DE CURVAS)

1 INTRODUÇÃO TEÓRICA

Quando a relação entre duas grandezas é linear, o processo para estabelecer uma equação que
as relacione é chamada de REGRESSÃO LINEAR. A técnica mais popular para determinar os parâmetros
que melhor se ajustam aos valores disponíveis é o MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS (MMQ).

Este método é baseado na segunda propriedade da média aritmética: “O valor mais provável
de uma grandeza, é o que torna mínima a soma dos quadrados dos erros residuais das medidas
efetuadas na determinação dessa grandeza”.

A ideia central do Método dos Mínimos Quadrados (MMQ) é, então, tornar mínimo o quadrado
da diferença entre o valor da ordenada “y” da curva que se pretende ajustar e o valor da ordenada “y”
do par ordenado (x,y) já “plotado”, ou seja, o MMQ tenta tornar mínima a soma dos quadrados das
distâncias “ ri ” da Figura 9.

y
(x3, y3)

r3

(x1, y1) r2

r1 (x2, y2)

Figura 9

Embora o MMQ possa ser usado para ajustar qualquer curva (retas, polinômios, curvas não-
lineares, etc), faremos apenas o ajuste da reta, pois é o ajuste mais comumente encontrado.

Da matemática, a reta pode ser expressa pela equação: yreta = a.x + b

Então, a reta que melhor se ajusta aos dados experimentais é dada pelos parâmetros “a” e “b”,
obtidos da resolução de um sistema linear de “médias aritméticas”. A solução deste sistema nos dá os
parâmetros:

13
N. (x.y) −  x . y  y .  x −  x . (x.y)
2
(1)
a= b=
N. x2 − (x) 2
N. x − ( x )2 2

Sendo:
N → número de pontos pelos quais deve passar a reta;
x → somatória das abscissas;
y → somatória das ordenadas;
 x2 → somatória dos quadrados das abscissas;
( x)2 → quadrado da soma das abscissas;
 (x.y) → somatória dos produtos das abscissas pelas ordenadas.

Para avaliar a “qualidade” do ajuste da reta dos pontos experimentais, deve-se calcular o
chamado Coeficiente de Correlação (CCL ou R2), dado por:

(N. (x.y) −  x . y ) 2

R2 = (2)
(N. x2 − (  x ) 2) . (N. y − (  y )
2 2
)

O coeficiente R2, pode assumir valores entre 0 e 1. Quanto mais próximo de “ 1 ”, melhor
será o ajuste. Valores de R2 próximos de “ 0 ” representam um ajuste ruim.

Exemplo: Dados os pares ordenados da Tabela 1, determine pelo método dos mínimos
quadrados (MMQ) a reta média que passa por eles, e verifique a qualidade do ajuste.
Tabela 1
y
x y
1,1 0,5
3,3 3,0
3,8 4,2
6,7 4,1
7,5 5,2
8,0 6,5
12,1 7,9
13,7 10,2
x

14
Para facilitar os cálculos, construa a Tabela 2.

Tabela 2

N x y x2 y2 x.y
1,1 0,5 1,21 0,25 0,55
3,3 3,0 10,89 9,0 9,9
3,8 4,2 14,44 17,64 15,96
6,7 4,1 44,89 16,81 27,47
8
7,5 5,2 56,25 27,04 39,0
8,0 6,5 64,0 42,25 52,0
12,1 7,9 146,41 62,41 95,59
13,7 10,2 187,69 104,04 139,74
 56,2 41,6 525,8 279,4 380,2

Pelas Equações 1 e 2 do MMQ  yreta = ax + b 


a b
0,672 0,482

 yreta = 0,672 x + 0,482 com R2 = 0,94

Agora, com o ajuste feito no Excel temos:

ajuste obtido no Excel


y

15
Exercícios:
Dada as Tabelas abaixo, utilize o Excel, para determinar a reta média de ajuste e verificar a
qualidade desse ajuste.
a) b)
x y x y
10 2 2 5
20 5 4 4
30 6 6 8
40 7 8 6
50 10 10 12
60 13
70 14
80 15

c)
x y
1,0 25
1,5 32
2,0 27
2,5 28
3,0 36
3,5 35
4,0 34

Respostas (obtidas com o Excel):

a) yreta = 0,191 x + 0,429 , R2 = 0,977 ;


b) yreta = 0,80 x + 2,20 , R2 = 0,64 ;
c) yreta = 3,00 x + 23,5 , R2 = 0,563

16
4. ANÁLISE DE DADOS COM EXCEL

4.1 OBJETIVO

Aprender o uso de técnicas e ferramentas básicas de análise de dados no Excel.

4.2 INTRODUÇÃO

Atualmente, na Engenharia, Física e outras ciências naturais a grande maioria das medições
são feitas por sensores, que provêm dados em formato digital, e em muitos casos, em grandes
quantidades. A análise e interpretação destes dados portanto é feita digitalmente utilizando-se
softwares apropriados que dispõem de ferramentas sofisticadas e, por vezes, específicas de análise
estatística e por gráficos. Nesta prática de laboratório, será utilizado o Microsoft Excel que, embora se
trate de um software de uso geral, permitirá ao aluno conhecer procedimentos típicos da análise de
dados para obter resultados quantitativos úteis.

Depois de analisados, os dados coletados em experimentos, juntamente com interpretações


e conclusões tiradas, são apresentados em relatórios, em formas de tabelas e/ou gráficos. A utilidade
do relatório está diretamente ligada a clareza da apresentação dos resultados, tanto no texto como na
apresentação dos dados, através de gráficos.

Aqui define-se experimentos como qualquer procedimento empírico que inclui medições com
determinado objetivo. Análises de amostras de produtos em uma linha de produção para controle de
qualidade, de resistência de concreto, da acidez da água de uma represa, de valores de ações na bolsa,
da eficiência de painéis fotovoltaicos, de condições de propagação de ondas de rádio na ionosfera,
entre muitos outros, podem ser considerados experimentos.

4.3 ATIVIDADE

Será utilizado a planilha de Excel (ANALISE_DE_DADOS.xlsx) disponibilizada no Moodle para


treinar o uso de funções de análise de dados: cálculo de média, desvio padrão de uma amostra e de
uma população, ajuste de funções a dados experimentais, criação de gráficos de dispersão xy e
histogramas.

17
Na Tabela 1 foram listadas várias funções do Excel que permitirão a análise dos dados, na
primeira coluna temos os nomes em português, na terceira coluna, os nomes em inglês (caso a
instalação do Excel foi realizada em idioma inglês). As três primeiras funções dizem respeito à análise
estatística: obtenção da média e desvios padrões (da amostra e da população). As últimas três fileiras
descrevem funções usadas na análise da regressão linear de um conjunto de valores. A regressão linear
é um método para ajustar uma relação linear entre duas variáveis, x e y, de forma a obter uma relação
linear do tipo

𝑦(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏

Sendo a e b as constantes do ajuste:


a representa a inclinação da reta, também chamada de coeficiente angular ou tangente física;
b é a intercepção da reta com o eixo das ordenadas, por isso é chamada de ordenada à origem
ou coeficiente linear da reta.
O coeficiente R2 indica a qualidade do ajuste, quanto mais próximo de 1, a reta obtida
representa melhor os pontos observados.

Tabela 1: Funções de Excel para esta atividade

Função Retorna Em inglês


MÉDIA a média de um conjunto de dados AVERAGE
DESVPAD.A o desvio padrão de uma amostra STDEV.S
DESVPAD.P o desvio padrão de uma população STDEV.P
INCLINAÇÃO a inclinação da reta obtida por regressão linear através de pontos de SLOPE
dados x e y.
INTERCEPÇÃO o ponto no qual a reta (regressão linear) irá interceptar o eixo y INTERCEPT
usando valores de x e y existentes
RQUAD o valor do coeficiente de regressão R2 RSQ

4.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA

A aba “Notas” apresenta as notas 𝑛 de alunos em determinado curso.


a) para este conjunto de dados, complete a Tabela 2.

18
Tabela 2: Estatística de notas de alunos
Média 𝑛̅

Desvio padrão 𝜎

b) Faça o histograma da distribuição de notas.

Na aba “Aceleração da gravidade” tem-se os valores das medições da aceleração da gravidade


𝑔, em m/s2.

a) Para este conjunto de dados, calcular:

Tabela 3: Estatística de medições da aceleração da gravidade


Média 𝑔̅

Desvio padrão 𝜎

a) Fazer o histograma da distribuição de medições.

4.5 ANÁLISE GRÁFICA

4.5.1 Vantagens do uso de gráficos

a) A aba “Quarteto de Anscombe” da Tabela 4 apresenta quatro conjuntos de dados, contendo


pares (𝑥, 𝑦), numerados de I a IV. Para cada conjunto, usando as funções do Excel, complete a tabela:

Tabela 4: Estatística dos conjuntos de pares (𝑥, 𝑦)


I II III IV
x y x Y x y x y
Média

Desvio padrão

Coef. Angular

Coef. Linear

R2

19
b) Compare os valores calculados para cada conjunto I a IV. Qual é a conclusão sobre os
conjuntos de dados? Os conjuntos de dados são parecidos ou muito diferentes entre si?

___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

c) Para cada conjunto de pares (𝑥, 𝑦), construa o gráfico 𝑥 × 𝑦, indicando os títulos dos eixos
e ajustando os limites dos eixos para uma apresentação clara dos dados. Inclua também a reta de ajuste
(linha de tendência) e indique no gráfico a equação da reta obtida e o valor de R2.

d) Compare os quatro gráficos e os resultados da Tabela 4. Que conclusão pode-se tomar


agora sobre os conjuntos de dados?

___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

4.5.1 Aba “Temperatura”

Na aba “Temperatura” tem-se as medições de temperatura (em kelvin) de um certo objeto


em função do tempo (em segundos).

a) Faça um gráfico de temperatura (K) × tempo (s), indicando os títulos dos eixos e ajustando
os limites dos eixos para uma apresentação clara dos dados.

b) O objeto esquenta ou esfria com o passar do tempo? Como é possível tirar esta informação
apenas observando o gráfico?

___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
20
c) Determine a taxa aproximada de variação de temperatura do objeto em função do tempo
e a temperatura inicial do corpo

Taxa de variação de temperatura = __________________________ (K/s)

4.5.1 Aba “Consumo de Combustível”

A aba “consumo de combustível” apresenta o combustível consumido (em litros) e as


distâncias percorridas por um carro em diversas viagens.

a) Faça um gráfico de distância (km) × consumo (litros), indicando os títulos dos eixos e
ajustando os limites dos eixos para uma apresentação clara dos dados.

b) Utilizando a linha de tendência, determine a taxa média de consumo de combustível deste


carro, em km/litro. Dica: defina o valor da intercepção como zero e discuta porque podemos fazer essa
suposição neste caso.

Consumo de combustível = __________________________ (km/litro)

___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

4.6 USO DE MODELOS FÍSICOS EM DADOS EXPERIMENTAIS

4.6.1 Queda livre

Na aba “Queda livre” tem-se as medições da altura e velocidade de um corpo em queda livre
em um planeta P distinto da Terra.

a) Construa um gráfico da altura (m) × tempo (s), indicando os títulos dos eixos e ajustando
os limites dos eixos para uma apresentação clara dos dados.

b) Qual é a equação horária da altura esperada para este movimento?

21
c) Obtenha os valores das constantes desta equação horária através do ajuste de uma função
no gráfico e escreva-os abaixo. Inclua a equação da função no gráfico e o valor de R2.

d) Construa um gráfico da velocidade (m/s) × tempo (s), indicando os títulos dos eixos e
ajustando os limites dos eixos para uma apresentação clara dos dados.

e) Qual é a equação horária da velocidade esperada para este movimento?

f) Obtenha os valores dos parâmetros desta equação horária através do ajuste de uma função
no gráfico e escreva-os abaixo. Inclua a equação da função no gráfico e o valor de R2.

4.6.2 Lançamento Oblíquo

Na aba “Lançamento oblíquo” tem-se as medições da altura, distância e velocidade de um


corpo durante seu movimento após ser lançado desde a superfície da Terra desconsiderando qualquer
força de atrito. Com ajuda do(a) professor(a) escreva as equações de movimento: x(t), y(t) e y(x). Nas
tabelas, distância representa o movimento no eixo horizontal ou x, e altura, o movimento na direção
vertical ou y.

a) Construa um gráfico contendo as curvas de altura (m) 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 tempo (s) e distância (m)
𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 tempo(s), indicando os títulos dos eixos e ajustando os limites dos eixos para uma apresentação
clara dos dados.

b) Por meio de ajustes de funções por mínimos quadrados obtenha os parâmetros dos
movimentos: velocidade inicial em cada eixo, 𝑣𝑥 e 𝑣0𝑦 , velocidade escalar inicial 𝑣0 , a aceleração 𝑎 e o
ângulo do lançamento 𝜃. Inclua no gráfico as equações das funções e os valores de R2.

22
Tabela 4: Parâmetros do lançamento oblíquo
𝑣𝑥 (m/s) 𝑣0𝑦 (m/s) 𝑣0 (m/s) 𝑎 (m/s2) 𝜃 (o)

d) Construa um gráfico da altura (m) versus distância (m), indicando os títulos dos eixos e
ajustando os limites dos eixos para uma apresentação clara dos dados.

e) Ajuste a função adequada aos dados de altura (m) versus distância (m), obtenha os
parâmetros desta função e escreva-os abaixo. Inclua no gráfico as equações das funções e os valores
de R2.

f) Como estes parâmetros podem ser comparados aos parâmetros na Tabela 4?

4.6.3 Desafio: Resistência do ar

Este item é opcional, para quem gosta de desafios. Até o momento, sempre se usou relações
lineares ou quadráticas entre as variáveis observadas. No entanto, a física é cheia de variáveis que se
relacionam de forma muito diferente. Um caso é a queda de um objeto quando a resistência do ar não
pode ser desconsiderada. O ar exerce uma força de atrito que pode ser modelada por meio da seguinte
relação: 𝑓𝑎𝑟 = 𝑘 𝑣

Sendo 𝑣 a velocidade e 𝑘 um coeficiente que depende da forma e materia do objeto.


Aplicando-se a segunda lei de Newton tem-se:

𝑑𝑣
𝑚𝑎=𝑚 = 𝑚𝑔 − 𝑘𝑣
𝑑𝑡

Sendo m a massa do objeto e g a aceleração da gravidade, lembrando ainda que a aceleração


a é a derivada temporal da velocidade v. Essa fórmula é uma equação diferencial, e encontrando-se a
função 𝑣(𝑡) é a solução da mesma. Por meios mais sofisticados, aplicando-se Cálculo avançado pode-
se demonstrar a equação (1).
23
𝑚𝑔 𝑘𝑡
𝑣(𝑡) = (1 − 𝑒 − 𝑚 ) (1)
𝑘

A Equação 1 é do tipo exponencial. Integrando esta equação pode-se obter a altura h em


função do tempo t, conforme a Equação 2..

𝑚𝑔 𝑚 𝑘𝑡
ℎ(𝑡) = (𝑡 − 𝑒 − 𝑚 ) (2)
𝑘 𝑘

a) A aba resistência do ar da planilha da experiência, apresenta uma tabela, com o tempo em


segundos, a velocidade em m/s e a altura em m de um objeto caindo sujeito ao atrito do ar.

b) Construa um gráfico de velocidade (m/s) x tempo (s). Verifique para este gráfico se
consegue obter uma função de tendência usando um polinômio de grau maior que três. Faça tentativas
com grau 4, 5, 6, olhando para como fica o ajuste e o valor de R2 até ficar conforme.

c) Verifique que para um determinado tempo tc a velocidade fica constante. O que aconteceu
nesse instante?

d) Faça um gráfico de altura (m) x tempo (s). Tente achar uma função de ajuste polinomial,
provavelmente de grau inferior à anterior.

e) Verifique que a partir de tc a relação anterior pode ser ajustada usando uma reta. Qual é o
significado desta relação?

24
5. DETERMINAÇÃO DA ACELERAÇÃO DA POLIA MÓVEL

5.1 OBJETIVO
• Estudo do movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV);
• Determinação experimental da a influência da massa de uma polia móvel em um sistema
dinâmico;

5.2 INTRODUÇÃO TEÓRICA

Num sistema ideal, a massa da polia móvel é desprezível. Mas praticamente, deve-se saber
avaliar, quando é possível, ou não, desprezar a massa de uma polia móvel.

A Figura 5.1 representa o sistema dinâmico que será montado nesta experiência. Um carrinho
(que possui um sensor de movimento) de massa “mA” irá deslizar sobre um trilho horizontal,
desprezando-se os efeitos do atrito e da resistência do ar. Este corpo “A” está ligado a um fio
inextensível, de massa desprezível, a uma carga “B” de massa “mB” suspensa por uma polia móvel.

Figura 5.1

Assim, se os corpos forem liberados a partir do repouso, o carrinho “mA” irá se movimentar na
horizontal, enquanto que a carga “mB” se moverá verticalmente para baixo junto com a polia móvel.

O movimento descrito pelo sistema será uniformemente variado (MRUV), e como no caso não
será desprezada a massa da polia móvel, pode ser demonstrado que os módulos das acelerações dos
dois corpos têm as seguintes expressões:

25
2 .(𝑚𝐵 +𝑚𝑃𝑜𝑙𝑖𝑎 𝑀ó𝑣𝑒𝑙 ) . 𝑔 𝑎𝐴
𝑎𝐴 = e 𝑎𝐵 = (1)
4.𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 + 𝑚𝑃𝑜𝑙𝑖𝑎 𝑀ó𝑣𝑒𝑙 2

Se a massa da polia fosse desprezada, ou seja, 𝑚 𝑝𝑜𝑙𝑖𝑎 𝑚ó𝑣𝑒𝑙 = 0 𝑘𝑔 e substituindo na


expressão 1, tem-se a expressão (2).
2 . 𝑚𝐵 . 𝑔 𝑎𝐴
𝑎𝐴 𝑠𝑒𝑚 𝑚 = e 𝑎𝐵 = (2)
𝑝 4 . 𝑚𝐴 + 𝑚 𝐵 2

5.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

A Figura 1 ilustra o experimento de um carrinho, de massa mA, que partindo do repouso, desliza
sobre um trilho (praticamente sem atrito) que é colocado junto a uma das extremidades da mesa, de
forma que a massa suspensa (carga), de massa mB , possa cair até o chão.

O carrinho possui um sensor, chamado de acelerômetro, que por meio de um programa de


computador poderá indicar a distância percorrida, a velocidade e a aceleração em função do tempo do
movimento deste carrinho.

Sabendo que o movimento é uniformemente variado, pode-se determinar a aceleração


experimental do sistema por meio de um gráfico que será construído pelo computador.

5.2.1 Parte 1

1) Inicialmente avalia-se a situação onde tem-se pouca massa na carga (mB). Deixe como carga
somente o porta-peso suspenso na polia móvel. Geralmente, o porta peso possui uma massa de 10,0g
a 20,0 g (verifique com o professor). Anote as massas dos corpos.

𝑚𝐴 = __________ (𝑘𝑔) 𝑚𝐵 = __________ (𝑘𝑔) 𝑚𝑃𝑜𝑙𝑖𝑎𝑀𝑜𝑣𝑒𝑙 = ___________ ( 𝑘𝑔)

2) Posicione o carrinho na extremidade oposta à polia fixa no fim do trilho. Acione o programa
de coleta de dados do computador e verifique se todos os parâmetros de configuração estão corretos.
Solte o carrinho deixando-o se deslocar até o fim do trilho e segure-o antes de bater na polia fixa.

3) A evolução do movimento poderá ser acompanhada simultaneamente na tela do


computador por meio da construção gráfica automática pelo programa. Para uma avaliação mais
precisa, mantenha na tela os somente gráficos de “velocidade x tempo” e “aceleração x tempo“.
26
4) Deverão ser obtidos gráficos como os dos exemplos da Figura 2.

Figura 2

O próprio programa faz o ajuste da curva. Selecione o intervalo desejado e clique no ícone
“ferramentas do gráfico” , e depois em “Aplicar Ajuste de Curva”. Por exemplo, deverá aparecer:

O ajuste será “Linear” e como o intervalo de interesse é onde a aceleração é constante, então
deve-se selecionar o trecho onde a reta é paralela ao eixo horizontal, que no exemplo acima é no
intervalo de 0,94 – 1,54 s.

O ajuste linear, tem com equação da reta: y = 0,01145 t + 1,786

27
Observa-se que com o coeficiente angular m = 0,01145, a inclinação é praticamente nula
(função constante), e o coeficiente linear b = 1,786 neste caso representa a própria “aceleração do
carrinho”. Então, pode-se dizer que: aA = 1,786 m/s2

5) Repita o procedimento mais 4 vezes até completar a Tabela I. Calcule um valor médio para a
aceleração experimental.
Tabela I – Dados Experimentais

Medida Equação de Ajuste aA (m/s2)


1
2
3
4

6) Determine o valor médio da aceleração experimental :

𝑎𝐴 = __________ (𝑚/𝑠 2 )
̅̅̅

7) Compare este valor com a aceleração teórica “𝑎𝐴𝑇𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎 ”, por meio das equações 1 e 2, ou
seja, com e sem a polia móvel:

Com a massa da polia móvel, utilizando a equação 1:

𝑎𝐴𝑇𝑒ó𝑟 𝑐𝑜𝑚 𝑚𝑝 = ______________(𝑚⁄𝑠 2 )

Sem a massa da polia móvel, utilizando a equação 2:

𝑎𝐴𝑇𝑒ó𝑟 𝑠𝑒𝑚 𝑚𝑝 = ______________(𝑚⁄𝑠 2 )

8) Calcule o Erro Relativo Percentual (Er%), nestes dois casos:

Com a polia móvel: 𝐸𝑅 % 𝑐𝑜𝑚 𝑚 𝑝 = ______________(𝑚⁄𝑠 2 )

28
Sem a polia móvel: 𝐸𝑅 % 𝑠𝑒𝑚 𝑚 𝑝 = ______________(𝑚⁄𝑠 2 )

9) Comente sobre os erros encontrados nos cálculos das acelerações.

___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

5.2.1 Parte 2

10) Avalie a situação onde tem-se uma massa maior na carga (mB). Coloque mais 100,0 g na
carga. Marque as massas dos corpos:

𝑚𝐴 = __________ (𝑘𝑔) 𝑚𝐵 = __________ (𝑘𝑔) 𝑚𝑃𝑜𝑙𝑖𝑎𝑀𝑜𝑣𝑒𝑙 = ___________ ( 𝑘𝑔)

11) Repita o procedimento feito anteriormente completando a Tabela II. Determine o valor
médio da aceleração experimental.
Tabela II – Valores Experimentais

Medida Equação de Ajuste aA (m/s2)


1
2
3
4

Valor médio da aceleração:

𝑎𝐴 = __________ (𝑚/𝑠 2 )
̅̅̅

12) Compre este valor com a aceleração teórica “𝑎𝐴𝑇𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎 ”, por meio das equações 1 e 2:

a) Com a polia móvel, utilizando a equação 1:

29
𝑎𝐴𝑇𝑒ó𝑟 𝑐𝑜𝑚 𝑚𝑝 = ______________(𝑚⁄𝑠 2 )

b) Sem a polia móvel, utilizando a equação 2:

𝑎𝐴𝑇𝑒ó𝑟 𝑠𝑒𝑚 𝑚𝑝 = ______________(𝑚⁄𝑠 2 )

13) Calcule o Erro Relativo Percentual (Er%), nestes dois casos:

a) Com a polia móvel:

𝐸𝑅 % 𝑐𝑜𝑚 𝑚 𝑝 = ______________(𝑚⁄𝑠 2 )

b) Sem a polia móvel:

𝐸𝑅 % 𝑠𝑒𝑚 𝑚 𝑝 = ______________(𝑚⁄𝑠 2 )

14) Comente sobre os erros encontrados nos cálculos das acelerações.

___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

30
6. TRABALHO E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA MECÂNICA

6.1 OBJETIVO

Verificar experimentalmente a lei de conservação da energia mecânica e atuação de forças não-


conservativas.

6.2 INTRODUÇÃO TEÓRICA

Energia cinética 𝐸𝑐 é uma grandeza física que está relacionada com o trabalho 𝑊 necessário
para colocar um corpo de massa 𝑚 em movimento com velocidade 𝑣.

1
𝐸𝑐 = 𝑚𝑣 2
2

Energia também pode ser armazenada. Pode-se interpretar a energia armazenada, ou seja, que
tem o potencial de realizar trabalho, como energia potencial 𝐸𝑝 . Se um objeto de massa 𝑚 for elevado
a uma certa altura ℎ, armazena-se energia. Soltando-se o objeto, a gravidade (por meio da aceleração
da gravidade 𝑔) realiza trabalho, transferindo a energia potencial gravitacional 𝐸𝑔 para o movimento
do objeto:

𝐸𝑔 = 𝑚𝑔ℎ

A energia mecânica total de um sistema é a soma da energia cinética, associada ao movimento


dos corpos, e das energias potenciais do sistema (que pode ser gravitacional, elástica, etc.)

𝐸 = 𝐸𝑐 + 𝐸𝑝

Considere uma partícula em movimento circular e uniforme, em sentido anti-horário, em um


círculo de raio A. Em um sistema sujeito apenas a forças conservativas, a energia mecânica total é
conservada.

Sob a ação de uma força não-conservativa, como a força de atrito, o sistema perde energia
mecânica. A energia perdida é transferida para fora do sistema, normalmente na forma de energia
térmica (aquecimento) no caso da ação da força de atrito. Pelo teorema da relação entre energia e
trabalho, a variação da energia mecânica é igual ao trabalho realizado pela força de atrito

Δ𝐸 = −𝑊𝑎𝑡

31
6.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Neste experimento será utilizado o software PASCO Capstone para aquisição de dados dos
sensores no carrinho e para análise posterior.

Conforme a montagem esquematizada na Figura 1, o carrinho, com sensores de posição,


velocidade e aceleração, é acelerado no plano inclinado pela ação da gravidade. Usando os dados de
posição e velocidade serão obtidos os valores experimentais da energia cinética e energia potencial
gravitacional do carrinho e estudar a conservação da energia mecânica.

Figura 1: Montagem do experimento.

Passos para realização do experimento:

a) Inclinar a pista e medir o ângulo de inclinação, seguindo a indicação do(a) professor(a);

b) No software PASCO Capstone, ajustar a frequência de gravação de dados para 10 Hz;

c) Colocar o carrinho no ponto mais baixo da pista e iniciar a gravação de dados;

d) Subir o carrinho manualmente até o topo da pista, aguardar alguns segundos e soltá-lo;

e) Segure o carrinho antes deste colidir com a barreira;

f) Desligar a gravação de dados.

6.3.1 Parte 1: Análise de dados no software PASCO Capstone

Será analisado apenas o movimento de descida do carrinho, utilizando os dados de movimento


do carrinho obtidos pelo sensor para encontrar a energia cinética e a energia potencial gravitacional
do carrinho durante o movimento de descida.

32
No módulo “Calculadora” do software, introduzir os valores dos seguintes parâmetros do
experimento incluindo as unidades entre parêntesis:

Massa do carrinho: m = _________________ (kg)

Aceleração da gravidade: g = _________________ (m/s2)

Inclinação da pista:  = _________________ (o)

Altura: h = X*sin() (m)

X é a posição do carrinho medida pelo seu sensor – clique no triângulo colorido (inserir
dados) e escolha Posição.

Energia cinética: Ec = 0,5*m*v^2 (J)

Energia potencial gravitacional: Eg = m*g*h (J)

Energia mecânica E = Ec + Eg (J)

No software, crie um gráfico da energia mecânica em função do tempo.

Adicione novos eixos verticais para a energia cinética e energia potencial gravitacional em
função do tempo.

Defina os limites mínimos e máximos dos três eixos com os mesmos valores, de forma a manter
uma apresentação clara dos dados.

Verifique os gráficos e discuta a relação entre energia cinética e potencial gravitacional.

_____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

Verifique a evolução da energia mecânica no tempo; a energia mecânica é conservada? Indique


uma explicação para a evolução da energia mecânica.

_____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
33
Estimar o trabalho da força de atrito pela relação entre trabalho de uma força e a variação da
energia mecânica 𝑊𝑎𝑡 = 𝐸𝑓 − 𝐸𝑖

Usando o software, obtenha o valor da energia mecânica inicial 𝐸𝑖 e final 𝐸𝑓 , e calcule o trabalho
do atrito 𝑊𝑎𝑡

𝐸𝑖 = _____________________ (J) ; 𝐸𝑓 = _____________________ (J) ; 𝑊𝑎𝑡 = ___________________ (J)

Pode-se estimar a força dissipada segundo 𝑊𝑎𝑡 = 𝐹𝑎𝑡 𝑑 . Use o software para obter a distância
𝑑 percorrida pelo carrinho.

𝑊𝑎𝑡
𝑑 = ___________________ (m); 𝐹𝑎𝑡 = = ___________________ (N)
𝑑

Pode-se estimar a força de atrito 𝐹𝑎𝑡 pela 2a lei de Newton. Demonstre que a força de atrito
pode ser obtida pela expressão:

𝐹𝑎𝑡 = 𝑚( 𝑔 . sin 𝜃 ) − 𝑎𝑒𝑥𝑝

No gráfico de aceleração em função do tempo, obter aceleração experimental média 𝑎𝑒𝑥𝑝 ,


usando as ferramentas de seleção de dados e de estatística.

𝑎𝑒𝑥𝑝 = ___________________ (m/s2)

Calcule a força de atrito.

𝐹𝑎𝑡 = ___________________ (N)

Compare os resultados para a força de atrito obtidos pela lei de conservação de energia e
pelas leis de Newton através o erro relativo percentual:

𝐸% = ____________________ (%)

34
7. CONSERVAÇÃO DE ENERGIA MECÂNICA EM UM SISTEMA REAL

7.1 OBJETIVO

Comprovar experimentalmente o princípio da conservação de energia e compreender os


conceitos de energia cinética e energia potencial.

7.2 INTRODUÇÃO

O conceito de energia foi fundamental para o crescimento da ciência, e em particular, da Física.


Sabe-se que é possível transformar qualquer tipo de energia em outra, porém, é impossível “criar” ou
“gerar” energia. Em hidrelétricas por exemplo, tem-se a queda d’agua de certa altura que pressiona a
turbina, realizando trabalho, e com um auxílio de um “gerador”, transforma-se este trabalho em
energia elétrica.

Resumidamente, certa energia potencial gravitacional (água em queda), foi transformada em


cinética (rotação da turbina), e posteriormente em trabalho, que também é um tipo de energia, e
consequentemente, em energia elétrica (pelo impulso do gerador).

Porém, é de conhecimento geral que na natureza não existe nada “Ideal” (ou seja, todo
processo cria outras energias diferentes da esperada, como por exemplo, o efeito térmico da rotação
da turbina, liberando parte da energia em calor, ao invés de transformá-la integralmente em cinética).
Existem fatores que diminuem a eficiência de qualquer processo, inclusive na geração da energia
elétrica citado no exemplo acima.

Neste experimento, serão abordados conceitos similares ao exemplo, porém, tem-se um


sistema isolado e controlado. O conceito de isolado significa que o nosso sistema não interage com os
demais sistemas ao seu redor, pois interações entre sistemas podem afetar os resultados por meio de
trocas de energias entre eles. E mesmo sendo controlado, haver-se-ão perdas e energias oriundas de
forças dissipativas.

A energia potencial está associada à atração gravitacional do planeta Terra. Sabe-se que se um
objeto for elevado à uma certa altura, ganha-se energia potencial (gravitacional), tirando o corpo de
se estado de equilíbrio (menor energia). Na incessante busca ao estado de menor energia, o corpo cai,
tendendo se possível buscar uma nova posição de repouso. A energia potencial gravitacional, e a
mesma pode ser calculada utilizando-se a Equação 1.

35
𝐸𝑝 = 𝑚𝑔ℎ (1)

A energia cinética está associada ao movimento de um corpo, ou seja, é o trabalho realizado


pela força resultante. Todo corpo, que possui certa massa e está se movimentando com uma certa
velocidade em relação à algum referencial, possui uma energia relacionada a esta velocidade, este é o
teorema da energia cinética que prescreve o trabalho envolvido pela 2° Lei de Newton (𝐹 = 𝑑𝑝⁄𝑑𝑡) e
esta energia em sua forma mais simplificada é dada pela Equação 2.
1
𝐸𝑐 = 2 𝑚𝑣 2 (2)

Além destas energias, há outras que também são conservativas. Porém, para este experimento,
apenas estas duas serão abordadas.

Quando um sistema é isolado, ele não troca energia com os demais ao seu exterior, logo, na
teoria, toda energia deste sistema deve se conservar. O objetivo deste experimento é validar se existe
mesmo esta conservação de energia na natureza real, ou em que formas parte desta energia é
dissipada, identificando as razões para o fato.

7.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

7.3.1 1º Parte: Cálculo das forças dissipativas a partir da velocidade do móvel.

1º Passo: Medir a massa do Carrinho utilizando uma balança eletrônica, devidamente


acompanhada de sua incerteza.

(𝑚 ± ∆𝑚) = __________________________ (𝑘𝑔)

2º Passo: Medir a altura inicial do Carrinho utilizando como referência o interceptador do


sensor, devidamente acompanhado de sua incerteza.

36
Figura 1

Uma observação importante neste passo é em relação ao referencial. Deve-se começar a


medir a partir da base da pista ou no ponto de interceptação do sensor.

(ℎ ± ∆ℎ) = __________________________ (𝑚)

3º Passo: Calcular a Energia Potencial, devidamente acompanhado de sua incerteza


propagada. Considere o valor da aceleração da gravidade do laboratório de física, (𝑔 ± ∆𝑔) =
(9,786 ± 0,008 ) 𝑚⁄𝑠 2 . Para medir a incerteza da energia potencial, deve-se utilizar a fórmula de
propagação de incerteza.
Δ𝐸𝑃 Δ𝑚 Δ𝑔 Δℎ
= + +
𝐸𝑃 𝑚 𝑔 ℎ

(𝐸𝑝 ± ∆𝐸𝑝) = __________________________ (𝐽)

4º Passo: Após determinar a energia potencial na altura inicial do carro, é possível estimar,
utilizando a conservação de energia (apesar das forças dissipativas), a velocidade do carrinho no ponto
mais baixo, considerando que toda energia potencial é transformada em energia cinética.
1
𝐸𝑝 = 𝐸𝑐 → 𝑚𝑔ℎ = 𝑚𝑣 2 → 𝑣 = √2𝑔ℎ
2

Também pode-se determinar a incerteza associada à esta velocidade calculada utilizando a


fórmula de propagação de incertezas.

Δv 1 Δℎ Δ𝑔
= ( + )
v 2 ℎ 𝑔

(𝑣 ± ∆𝑣) = __________________________ (𝑚/𝑠)

37
5º Passo: Coleta de dados utilizando o Software.
a) Abra o software “PASCO Capstone”.

Figura 2
Uma tela semelhante à abaixo será aberta.

Figura 3

b) Clique no ícone escrito “Configuração do Hardware” no canto esquerdo da tela.

Figura 4

c) Haverá uma lista com diversos sensores ligados na sala, olhe o ID de seu sensor e procure-
o na lista.
38
Figura 5

d) Neste caso, o sensor possui o ID de 832-938 e é o primeiro da lista, clique no ID


correspondente e espere o pareamento. Caso peça alguma atualização, permita. Depois do
pareamento haverá algo parecido com a imagem a seguir.

Figura 6

e) Clique na Porta 3 e adicione o sensor “Fotoporta”.

Figura 7
39
f) Após inserir a Fotoporta à porta 3, clique novamente no ícone da “Configuração do
Hardware” no canto superior esquerdo da tela e minimize esta janela.

Figura 8

g) A janela de quando inicializou o Software novamente. Agora, clique duas vezes no lado
direito da tela em “Dígitos”.

Figura 9

h) Uma janela semelhante a seguir será aberta.

Figura 10

40
i) Clique em “Selecionar medida”.

Figura 11

j) Escolha a opção “Velocidade entre Portas (m/s)”.

Figura 12

k) Agora, clique no botão “Gravar” no canto inferior esquerdo do Software.

Figura 13

l) Pronto! O Software está capturando dados no Fotogate. Ele estará posicionado na pista no
local fotografado na imagem abaixo.

Figura 14
41
Posicione o carro no alto da pista com o auxílio de seu professor e toda vez que o carro for
solto de cima, o Software irá medir um certo valor, anote-o e pare a gravação no mesmo botão de
gravar. Após ter anotado o valor e sua respectiva incerteza de medida (∆𝑣 = 0,01 𝑚⁄𝑠), clique no
botão de “Excluir a última série” para evitar futuros problemas nas medidas.

Figura 15

Para efetuar uma nova medida, clique em Gravar novamente. Repita o processo. Complete a
Tabela 1.
Tabela 1 – Dados Experimentais
Leitura Velocidade entre Portas
(m/s)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20

42
6º Passo: Após efetuar as 20 medidas experimentais, faça a média aritmética da velocidade
real, porém devidamente acompanhada de sua incerteza desvio padrão, por se tratar de uma série de
coletas, lembrando:
Obs: A estatística pode ser realizada no EXCEL.

∑(∆𝑖 )2
𝜎𝑛−1 = √
𝑛−1

(𝑣 ± 𝜎𝑛−1 ) = __________________________ (𝑚/𝑠)

7º Passo: Compare, por intermédio do erro relativo, o valor obtido experimentalmente e o


valor obtido pelo 4º passo (teórico), isto é, pelo método da conservação da energia mecânica.

𝑉𝑇𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎 − 𝑉𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙
𝐸(%) = ∗ 100
𝑉𝑇𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎

𝐸% = __________________________ (%)

8º Passo: Há alguma divergência? Caso sim, por quê? Com este resultado pode-se afirmar ou
negar a hipótese da conservação da energia mecânica?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

9º Passo: Inverta o procedimento, com a velocidade média obtida pelo sensor, calcule a altura
inicial do movimento do Carrinho, devidamente acompanhada pelo seu erro.

1 2
1 𝑣2
𝐸𝑝 = 𝐸𝑐 → 𝑚𝑔ℎ = 𝑚𝑣 → ℎ =
2 2𝑔

Δh 1 Δ𝑣 Δ𝑔
= +
ℎ 2 𝑣 𝑔

(ℎ ± ∆ℎ) = __________________________ (𝑚)

43
10º Passo: Compare, por intermédio do erro relativo, o valor obtido pelo cálculo propagado e
o valor medido com a trena no início (teórico).

𝑉𝑇𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎 − 𝑉𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙
𝐸(%) = ∗ 100
𝑉𝑇𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎

𝐸% = __________________________ (%)

11º Passo: A maior parcela de erro é na altura ou na medida da velocidade? O que o aluno
pode concluir com os dois erros calculados e com os dois erros propagados?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

12º Passo: Caso o passo anterior tenha sido feito, conclui-se que a hipótese da conservação
da energia mecânica não é válida para este sistema real devido à várias forças dissipativas que foram
desprezadas, como por exemplo, o atrito entre o trilho e a superfície, o abaulamento do trilho pela
baixa resistência mecânica do polímero, encurvamento da pista, trepidação da pista, resistência do ar,
etc.
Para calcular esta força dissipativa média ao longo do trajeto, deve-se medir o deslocamento
“d” do Carrinho, e, neste passo, deve ser retirada a pista da montagem inicial, como sugere a figura
16 e com auxílio do instrumento de medida, determinar o deslocamento entre os pontos em questão.

Figura 16

(𝑑 ± ∆𝑑) = __________________________ (𝑚)

13º Passo: Análise: Como esta força dissipativa média está contrária o movimento ela
desacelerará o veículo, e portanto, à um déficit de energia no 2° ponto. Acrescendo a energia
ocasionada por forças dissipativas, pode-se concluir que:
44
𝐸𝑃 = 𝐸𝐶 + 𝐹𝐷𝑖𝑠 𝑑

Calcula-se a força dissipativa utilizando a Equação a seguir.

𝑚 1 2
𝐹𝐷𝑖𝑠 = (𝑔ℎ − 𝑉𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 )
𝑑 2

14º Passo: Escreva a fórmula matemática para propagar o erro ∆𝐹𝐷𝐼𝑆 a partir da equação
anterior.

15º Passo: Calcule a força dissipativa média devidamente acompanhada de sua incerteza
propagada.

(𝐹𝐷𝐼𝑆 ± ∆𝐹𝐷𝐼𝑆 ) = __________________________ (𝑁)

7.3.2 - 2º Parte: Análise da trajetória do móvel e cálculo da energia dissipada a partir da análise de
vídeo.

Nesta segunda parte será realizada uma análise visual do experimento. Para isso, deve ser
feita uma gravação do próprio celular, da execução do experimento. Isto é, uma gravação do carro
percorrendo o deslocamento completo da pista até o final.

A sua gravação deve ser realizada, à frente do equipamento, sem cortes e de preferência o
mais centralizada possível, perpendicular à pista, para não acentuar erros de paralaxe. Posteriormente,
a gravação deve ser enviada para o computador em formato mp4 e a partir do software Pasco Capstone
será realizada a análise de vídeo.

Após a gravação ser feita e armazenada no computador do usuário, siga os próximos passos:

45
1º Passo: Abra o Software “PASCO Capstone”.

Figura 17
2º Passo: Uma tela igual a Figura 18 será aberta.

Figura 18

3º Passo: Clique em “Análise de Vídeo”.

Figura 19

4º Passo: Clique em “Abra o Arquivo de Vídeo”.

Figura 20

46
5º Passo: Abra o vídeo que foi gravado do Experimento.

Figura 21
6º Passo: Uma tela semelhante à Figura 22 será aberta.

Figura 22

7º Passo: Ajuste os eixos no referencial desejado.

Figura 23

47
8º Passo: Ajuste a escala do eixo Y com o valor da altura inicial do carro medido anteriormente.

Figura 24
Neste passo, para ajustar a escala, apenas clique nas “bolinhas” amarelas e arreste-as. Agora,
clique com o botão direito do mouse em cima de uma das “bolinhas” amarelas da escala e vá em
propriedades.

Figura 25
Uma janela semelhante a Figura 26 será aberta.

Figura 26

48
Ajuste o “Comprimento no mundo real” e altere o valor para o valor da altura que foi medida
nos passos anteriores, caso seja necessário, altere a “Unidades de dados” para centímetro.

Figura 27

Aperte “OK” para fechar esta janela e “OK” novamente para fechar a próxima.
9º Passo: Clique em “Criar objeto rastreado” no canto superior direito do vídeo.

Figura 28

Agora, no gráfico ao lado da imagem, vá em “Selecionar medidas” no eixo Y do gráfico.

Figura 29

Selecione “Objeto #1” e depois “y. Objeto #1 (cm)”.

49
Figura 30

Faça o mesmo para o Eixo X, porém, invés de escolher a 2º opção “y. Objeto #1 (cm)” escolha
“x. Objeto #1 (cm)”.

Figura 31

10º Passo: Agora é hora de fazer as marcas no vídeo de acordo com a trajetória do móvel.
Para isso, avance o vídeo até o momento que o carro é abandonado do repouso. Depois disto, clique
no ícone da Lupa no canto superior esquerdo do vídeo.

Figura 32

50
Agora será possível ampliar o vídeo.

Figura 33

Neste momento deverá ocorrer um clique no centro do carro, e conforme os frames de vídeo
forem avançando com os “cliques” sempre mantenha o clique no centro do carro. Note que alguns
“alvos” serão deixados ao longo do percurso.

Figura 34

Note também que, conforme for clicando, o gráfico da trajetória vai sendo construído. Espera-
se que a Tela da Figura 35 seja obtida no fim.

51
Figura 35

11º Passo: Ajuste a escala do Gráfico gerado.

Com o mouse, clique e arraste para a direita o eixo X e para baixo o eixo Y. Algo parecido com
a Figura 36 deverá ser obtido. Forma-se a equação da trajetória.

Figura 36

Uma observação importante a ser feita é de que a escala “real” do eixo X não é importante
para este estudo de energia, mas é extremamente importante para posição ou equação da trajetória,
uma vez que a energia potencial gravitacional depende apenas da altura e a cinética da velocidade.

52
12º Passo: Agora, deve-se criar os gráficos de Energia Potencial e Energia Cinética em função
do tempo durante o percurso da montanha russa. Para isto, clique em “Calculadora” na aba à esquerda
do Software.

Figura 37

Uma janela semelhante a Figura 38 deverá ser aberta.

Figura 38

Neste ambiente, deverá ser criada as equações da energia potencial e energia cinética. Após
ter digitado a primeira equação, da energia potencial, o software pergunta das 3 variáveis, m, g, e h.

53
Figura 39

Elas deverão ser preenchidas utilizando os valores conhecidos como a massa e aceleração da
gravidade. A variável h é a altura, e esta varia conforme passa o tempo, neste caso, clique em “Inserir
dados” no canto inferior acima de “Científicas”.

Figura 40
Posteriormente, clique em “Objeto #1” e “Posição y. Objeto #1 (cm)” (pode estar em metros
também!)

Figura 41
Algo semelhante a Figura 42 deve ser obtido, com valores diferentes, é claro. Coloque as
unidades corretas para não haver erros! (Caso a altura esteja em “cm” haverá um erro na energia
potencial de ordem 10²).

54
Figura 42

Faça o mesmo processo para a energia cinética. Neste, haverá um problema, o software
fornece a velocidade em x e a velocidade em y, então, para resolver este problema, faça o produto
interno entre as duas grandezas (tire o módulo).
Para isso, crie duas variáveis auxiliares, 𝑣𝑥 e 𝑣𝑦 e nelas, coloque os valores da velocidade na
componente X e da velocidade da componente Y respectivamente.
No final, algo parecido com a Figura 43 aparecerá.

Figura 43
Clique novamente no ícone da calculadora e fecha a janela da Figura 43.
13º Passo: No canto superior esquerdo, clique em “Adicionar Página”.

55
Figura 44

Uma janela semelhante a Figura 45 será aberta.

Figura 45

Clique duas vezes no lado direito da tela em “Gráfico”.

Figura 46
Um gráfico aparecerá na tela, clique novamente para que apareça dois. Ao fazer isto, a Figura
47 indicará ambos os gráficos.

56
Figura 47

Da mesma forma que foi feito do Gráfico anterior, clique em “Selecionar medida” no Eixo Y
de cada Gráfico, e em um selecione “Ep” e no outro “Ec”.

Figura 48

Se tudo foi feito de maneira correta e sem erros, os dois gráficos aparecerão na tela, um de
energia cinética e outro de energia potencial gravitacional, ambos em função do tempo.

Figura 49
57
Caso seja de interesse do usuário, pode haver a coleta da tabela destes dados, apenas clique
duas vezes em “Tabela”, abaixo do ícone “Gráfico” e selecione os dados que são de seu interesse.
Para observar a perda de energia, vá em “Calculadora” novamente.

Figura 50

Clique em “Novo”.

Figura 51

Uma nova fórmula será inserida para calcular a diferença entre as energias. Escreva a fórmula
“Ed = abs(Ep – Ec)”, que é o valor do módulo (abs) da diferença entre as energias.

Figura 52

Clique novamente no símbolo da calculadora para findar sua janela. Clique duas vezes no
ícone de “Gráfico” da Figura 30 e outro gráfico irá se abrir na tela. No eixo Y, coloque “Ed”.

58
Figura 53

14º Passo: Qual a energia dissipada média em função do tempo?

𝐸𝐷𝐼𝑆 = __________________________ ( 𝐽 )

Experimente outros gráficos.

15º Passo: Faça o gráfico da energia cinética em função da velocidade e da energia potencial
gravitacional em função da altura e comente:
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

16º Passo: Faça o gráfico da aceleração horária e identifique o ponto de maior e menor
aceleração.
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

7.3.3 3º Parte do Experimento: Determinação da altura mínima para perfazer o looping

O objetivo desta parte é determinar qual é a altura mínima que o carro deve ser abandonado
para completar o “Looping” ao longo do trajeto.
A partir do Princípio da Conservação da Energia Mecânica (PCEM), a energia mecânica no
ponto de abandono do carrinho, ou seja, o ponto considerado mais alto (Carrinho lançado do repouso)
59
e no ponto máximo do looping deve ser a mesma. Além disso, a força centrípeta resultante no ponto
mais alto do looping é a soma das componentes vetoriais “Peso” e “Normal”. Logo:
𝑚𝑣 2
𝑃 + 𝑁 = 𝐹𝑐 → 𝑚𝑔 + 𝑁 = (𝑎)
𝑅

No entanto, o Carrinho perde contato com a pista de sua componente normal deixar de existir.
O valor da normal pode ser o mais baixo possível (tender a zero), porém não pode deixar de existir.
Para o caso onde 𝑁 → 0, façamos a seguinte correção na equação (a):
𝑚𝑣 2 𝑣2
𝑚𝑔 < → 𝑔 < → 𝑅𝑔 < 𝑣 2 (𝑏)
𝑅 𝑅

Considerando o PCEM entre o ponto de abandono do Carrinho e o topo do looping, tem-se:


𝑚𝑣 2
𝐸𝑚(𝐻) = 𝐸𝑚(𝐿𝑜𝑜𝑝𝑖𝑛𝑔) → 𝑚𝑔𝐻 = 𝑚𝑔2𝑅 + (𝑐)
2

Desenvolvendo (c), tem-se:


2𝑔𝐻 − 4𝑅𝑔 = 𝑣 2 (𝑑)

Substituindo a equação construída (b) com a devida correção, na equação da conservação da


energia mecânica em (d), temos:
2𝑔𝐻 − 4𝑅𝑔 > 𝑅𝑔 (𝑒)

Desenvolvendo (e), conclui-se que para completar o looping proposto, o Carrinho deve ser
abandonado de uma altura mínima H em função do raio do looping, dada pela equação (f):

5
𝐻 > 𝑅 (𝑓)
2

Com a física resolvida, meça o Raio do looping.

(𝑅 ± ∆𝑅) = __________________________ (𝑚)

Calcule a altura mínima H na qual o carro deve ser abandonado do repouso.

(𝑅 ± ∆𝑅) = __________________________ (𝑚)

Faça alguns testes com alturas superiores e inferiores à H.


60
8. EQUILÍBRIO DO CORPO RÍGIDO – TORQUE (MOMENTO DE UMA FORÇA)

INTRODUÇÃO TEÓRICA

O Torque (ou Momento de uma Força, ou ainda, Momento Mecânico) é a grandeza física cujo

efeito é a rotação de um objeto em torno de um ponto (polo) ou eixo de rotação. Seja uma força F
aplicada num ponto P de um corpo rígido e seja 𝑟⃗ o vetor posição do ponto de aplicação da força em
relação a um polo O, arbitrariamente escolhido, conforme a Figura 1.

𝝉 →
F


r

o θ A

Figura 1

O efeito produzido sobre um corpo por uma força, depende da posição da linha de ação dessa
força em relação ao corpo. A distância do ponto O até a linha de ação ( OA = d ) é denominada braço de
alavanca da força em relação ao eixo (lembrando que a distância de um ponto a uma reta é, por

definição, a medida sobre a perpendicular baixada do ponto à reta). O momento da força F em
relação ao ponto O, é uma grandeza física vetorial, definida pelo produto vetorial entre o vetor posição
 
r e a força F conforme a expressão:

⃗⃗ 𝐅⃗𝟎 = r⃗ × F
𝛕 ⃗⃗

• Características do vetor torque (ou, momento de uma força):

a) Módulo: | τ⃗⃗𝟎𝐅⃗ | = | r⃗ | ⋅ | ⃗⃗
F | ⋅ sen 𝛉 ⇒ τ𝟎𝐅⃗ = 𝐫 ⋅ 𝐅 ⋅ sen 𝛉

Da Figura 1, o braço de alavanca da força F , é dado por 𝑑 = | r⃗ | . 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝑟 . sen 𝜃.
Substituindo na expressão do momento, tem-se:

| τ⃗⃗𝟎𝑭⃗⃗ | = | r⃗ | . | ⃗⃗
F | . sen 𝜽 = 𝒓 . F . sen 𝜽 =F ⋅ ⏟
𝒓 ⋅ sen𝜽 = F . d (1)
𝒅=𝒃𝒓𝒂ç𝒐

61
 
b) Direção: perpendicular ao plano que contém r e F .

c) Sentido: dado pela regra da mão direita e pode-se adotar a convenção de que rotações no
sentido anti-horário correspondem a momentos positivos e caso contrário, a momentos negativos.

Unidade de torque (ou, momento) no SI: U(  ) = N.m

Condições de Equilíbrio do Corpo Rígido


Seja um corpo rígido sujeito a um sistema de forças, cuja resultante seja R . As condições de
equilíbrio do corpo são:

• Equilíbrio quanto à translação:


∑F ⃗⃗𝑥 = ⃗0⃗
𝑅⃗⃗ = ⃗0⃗ ⇒ { ∑ ⃗F⃗𝑦 = ⃗0⃗ ⇒ ausência de translação
∑ ⃗F⃗𝑧 = ⃗0⃗

• Equilíbrio quanto à rotação:


⃗⃗ 𝟎⃗𝑭⃗ = 𝛕
∑𝒏𝒊= 1 𝛕 ⃗⃗ 𝟎⃗𝑹⃗⃗ = ⃗⃗
0 ⇒ ausência de rotação
𝒊

Em uma barra em estado de equilíbrio horizontal (sem rotação), o somatório de todos os


momentos é nulo e matematicamente temos a seguinte condição:
𝝉𝒆𝒔𝒒𝒖𝒆𝒓𝒅𝒂 = 𝝉𝒅𝒊𝒓𝒆𝒊𝒕𝒂

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1ª PARTE: BARRA HOMOGÊNEA

1) Suspender a barra homogênea pelo seu centro, conforme a Figura 2. Verifica-se que o seu
equilíbrio é indiferente, logo o ponto de suspensão O é o seu centro de gravidade.

Figura 2: Barra homogênea suspensa pelo seu centro de gravidade, sujeita a


um sistema de forças em equilíbrio 62
 
2) Aplicar de um dos lados da barra duas forças paralelas F1 e F2 às distâncias d1 e d2 do

ponto O, de suspensão da barra e equilibrar o sistema, aplicando uma força FE a uma distância d do
ponto O, conforme esquema representativo da Figura 2, indicando as intensidades das forças e das
respectivas distância na Tabela I.

  
3) Completar a Tabela I, calculando as intensidades dos momentos das forças F1 , F2 e FE em
relação ao ponto O, de suspensão da barra, considerando positivos os momentos de rotação no sentido
anti-horário e negativos no sentido horário.

Cargas Distância da carga ao Momento escalar em relação ao


Fi (N) ponto O di (m) ponto de suspensão da barra -
𝜏 𝑂𝐹⃗ (N.m)
𝑖

⃗⃗𝟏 |
|𝑭 d1 𝜏𝐹𝑂⃗
1

⃗⃗𝟐 |
|𝑭 d2 𝜏𝐹𝑂⃗
2

⃗⃗𝑬 |
|𝑭 dE 𝜏𝐹𝑂⃗
𝐸

∑ 𝜏𝐹𝑂⃗
𝑖

2ª PARTE: BARRA NÃO-HOMOGÊNEA


1) A característica da barra não-homogênea é que a sua distribuição de massa não é uniforme
e por esta razão o seu centro de gravidade (G) não coincide com o seu centro geométrico.

2) Suspender a barra não-homogênea a uma distância di a partir do primeiro orifício e


equilibrá-la, aplicando uma carga de intensidade Fi, no primeiro orifício, conforme o esquema da Figura
2. L
do A G

di

FIGURA 2: Esquema representativo de uma barra não-homogênea em equilíbrio


63
Equilíbrio quanto à rotação:
𝐴
∑|𝜏⃗|𝐹⃗ = 0 ⇒ |𝜏⃗|𝐹𝐴⃗ − |𝜏⃗|𝑃𝐴⃗⃗ = 0 ⇒
𝑖

|𝜏⃗|𝐹𝐴⃗ = |𝐹⃗𝑖 | ⋅ 𝑑𝑖 = |𝑃⃗⃗| ⋅ 𝐴𝐺


𝑖
} ⇒ |𝜏⃗|𝐹𝐴⃗ = 𝑃 ⋅ (𝐿 − 𝑑𝑖 − 𝑑𝑜 )
𝑖
𝐴𝐺 = 𝐿 − 𝑑𝑖 − 𝑑𝑜

|𝜏⃗|𝐹𝐴⃗ = ⏟
𝑃 ⋅ (𝐿 − 𝑑𝑜 ) − 𝑃 ⋅ 𝑑𝑖 ⇒ |𝜏⃗|𝐹𝐴⃗ = 𝑘 − 𝑃 ⋅ 𝑑𝑖 (2)
𝑖 𝑖
{ 𝑘 (constante)

Observa-se que a expressão (2) representa uma função do primeiro grau, decrescente:
0
𝜏𝐹𝑖 = 𝑘 − 𝑃. 𝑑𝑖
E a sua representação gráfica pode ser expressa pela Figura 3, sendo OM = d x e ON = d y .

 Fi0 (N.m)
N

dy
α


di(m)
O dx M

FIGURA 3: Diagrama de Fi “versus” di

Como: tg  = – tg α , Portanto é possível determinar o Peso da barra não homogênea, sem


mesmo ter medido sua massa na balança. O peso P da barra é dado por: 𝑷 = 𝒕𝒈() .

Parte Prática:
Utilizada uma Barra Não-Homogênea, que está apoiada no ponto O, conforme esquematizado
na Figura (4) abaixo.

64
Em relação ao ponto O, foram aplicadas forças “ F ” nas respectivas distâncias “ d ”. Preencha
a tabela ao lado.
F (N) d (m) F (N.m)
a) Calcule o Torque (ou, Momento da Força) (F).

b) Construa no Excel o gráfico " F x d ", e através da


tangente física determine o Peso da Barra Não-Homogênea.

𝑃𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = ______________(𝑁)

c) Utilizando uma balança de precisão, determine a massa da barra, bem como o seu peso
teórico, considere g = 10,0 m/s2. Lembre-se que: P = m.g.

𝑚 = ______________(𝑘𝑔) 𝑃𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 = ______________(𝑁)

d) Calcule o erro relativo percentual entre o peso obtido experimentalmente e o teórico.


𝑃𝑡𝑒𝑜𝑟𝑖𝑐𝑜 −𝑃𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙
𝐸𝑟 % = | | . 100
𝑃𝑡𝑒𝑜𝑟𝑖𝑐𝑜

𝐸% = ______________(%)

65
9. MOMENTO DE INÉRCIA
Introdução:
Quanto mais difícil é a mudança de velocidade do corpo (∆𝑣 → 0), maior é sua inércia. Em
um sistema rotacional, em torno de um ponto central imóvel, quanto maior a massa na extremidade
do sistema, e quanto mais distante do centro for aplicada uma força, menor a aceleração causada.
Podemos calcular o momento de inércia pela expressão: 𝑰 = 𝒎. 𝒅𝟐 , (desprezando o momento de
inércia da haste) sendo m a massa do corpo em rotação e d a distância do eixo rotor, como mostra a
figura.

O experimento será montado como nas figuras abaixo. O eixo de rotação está conectado a um
fio tensionado, que por um sistema de polias chega até um corpo de massa M localizado no ponto B.

Este corpo de massa M, está inicialmente em repouso no ponto B, com o fio completamente
esticado. Aplica-se certa rotação no eixo de rotação, no sentido de levantar o corpo de massa M até o
ponto A que tem altura H. Ao abandonar o sistema, o corpo desce de volta ao ponto B, mas o eixo de
rotação continua seu movimento por inércia e recomeça a enrolar novamente o fio e subir o corpo.
Porém, devido a perdas por atrito, o corpo de massa M não consegue retornar ao ponto A, e, portanto,
a altura máxima que o corpo consegue subir é Y, onde está localizado o ponto C. O ponto C tem menos
energia potencial gravitacional que o ponto A. O cálculo da energia no ponto A é 𝑽𝑨 = 𝑴. 𝒈. 𝑯 e no
ponto C é 𝑽𝑪 = 𝑴. 𝒈. 𝒀 𝒄𝒐𝒎 𝒀 < 𝑯.

66
A diferença entre as energias 𝑽𝑨 − 𝑽𝑪 é o produto da força de atrito atuante durante todo
o processo, pela distância total percorrida de descida H e subida Y.
Portanto 𝑉𝐴 − 𝑉𝐶 = 𝐹𝑎𝑡. (𝐻 + 𝑌) e abrindo a equação, conseguimos achar um valor médio
𝑯−𝒀
para a força de atrito 𝑭𝒂𝒕 = ( ) . 𝑴. 𝒈 .
𝑯+𝒀

O momento de Inércia na prática é dado pelo quociente entre o momento mecânico e a


𝚳𝒎𝒆𝒄â𝒏𝒊𝒄𝒐
aceleração angular 𝑰 =
𝜶

Sabemos que o momento mecânico é o produto da força resultante pelo braço (r) de
rotação 𝚳𝒎𝒆𝒄â𝒏𝒊𝒄𝒐 = 𝑭𝒓𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 . 𝒓 e que no caso apresentado no laboratório é, 𝑭𝒓𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 =
𝑴. 𝒈 − 𝑭𝒂𝒕 .
Para determinar a aceleração angular, utilizaremos a função horária do movimento circular
uniforme variado, adotando a rotação a partir do repouso na origem do ciclo trigonométrico 𝜶 =
𝜽
𝟐. .
𝒕𝟐

Portanto, o cálculo do momento de inércia do conjunto (corpo + haste) na prática ficará:


(𝑴. 𝒈 − 𝑭𝒂𝒕). 𝒓. 𝒕𝟐
𝑰=
𝟐. 𝜽

Antes de comparar com o cálculo geral experimental desta última expressão do momento de
inércia do conjunto, com aquele apresentado no início do resumo teórico, temos que subtrair o
momento de inércia da haste giratória, para corrigir a equação.
Prática:
CÁLCULO DO MOMENTO DE INÉRCIA DO CONJUNTO (ICONJUNTO):
1) CONFIRA JUNTAMENTE COM O PROFESSOR A MONTAGEM DO EQUIPAMENTO,
GARANTINDO QUE O CORPO DE MASSA M ESTEJA INICIALMENTE NO PONTO B COM O FIO
TENSIONADO. MARQUE OS VALORES DE MASSA (M) E DO RAIO DE ROTAÇÃO (r).

𝑀 = ______________(𝑘𝑔) 𝑟 = ______________(𝑚)

2) ROTACIONE O ÂNGULO QUE SE DESEJA NO EIXO DE ROTAÇÃO, E AO DEFINI-LO, MEÇA A


ALTURA H DO PONTO A.

67
𝜃 = ______________(𝑟𝑎𝑑) 𝐻 = ______________(𝑚)

3) INICIE A ROTAÇÃO DISPARANDO O CRONÔMETRO, E QUANDO O CORPO RETORNAR AO


PONTO B, PARE O CRONÔMETRO, E OBSERVE QUE POR INÉRCIA O EIXO DE ROTAÇÃO CONTINUA A
ENROLAR O FIO, SUBINDO A MASSA M ATÉ O PONTO C DE ALTURA Y, MEÇA ESTA ALTURA.

𝑡 = ______________(𝑠) 𝑌 = ______________(𝑚)

4) CONSULTE COM SEU DEVIDO PROFESSOR O VALOR DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE LOCAL


E CALCULE O VALOR DA FORÇA DE ATRITO MÉDIA ATUANTE.

𝑔 = ______________(𝑚⁄𝑠 2 ) 𝐹𝑎𝑡 = ______________(𝑁)

5) DETERMINE O MOMENTO DE INÉRCIA EXPERIMENTAL DO CONJUNTO.

I conjunto = ______________ (kg.m2)

CÁLCULO DO MOMENTO DE INÉRCIA TEÓRICO DOS CONES (ICONES TEÓRICOS):

6) RETIRE OS SÓLIDOS DO EIXO DE ROTAÇÃO, E MEÇA SUA MASSA (m) E SEU BRAÇO
GIRATÓRIO (d).

m 1 = _____________ (kg) d 1 = _____________ (m)

m 2 = _____________ (kg) d 2 = _____________ (m)

68
7) CALCULE O MOMENTO DE INÉRCIA TEÓRICO DO SÓLIDO COLOCADO NA BORDA DA HASTE
E REPARE UMA INCOERÊNCIA NO VALOR, DEVIDO AO FATO DE NÃO CONSIDERARMOS O MOMENTO
DE INÉRCIA DA HASTE DO EIXO DE ROTAÇÃO.

I cones teóricos = m1. d12 + m2. d22

I cones teóricos = ____________ (kg.m2)

CALCULE O MOMENTO DE INÉRCIA DA HASTE (I Haste):

8) REPITA O PROCEDIMENTO LABORATORIAL, COM O EIXO DE ROTAÇÃO CONTENDO


SOMENTE A HASTE, SEM OS CORPOS SÓLIDOS NAS BORDAS.

𝜃 = ______________(𝑟𝑎𝑑) 𝐻 = ______________(𝑚)

𝑡 = ______________(𝑠) 𝑌 = ______________(𝑚)

𝑔 = ______________(𝑚⁄𝑠 2 ) 𝐹𝑎𝑡 = ______________(𝑁)

9) DETERMINE O MOMENTO DE INÉRCIA EXPERIMENTAL DA HASTE.

𝐼𝐻𝐴𝑆𝑇𝐸 = ______________(𝑘𝑔. 𝑚2 )

69
CÁLCULO DO MOMENTO DE INÉRCIA EXPERIMENTAL DOS CONES (ICONES EXP.):

10) SUBTRAIA O MOMENTO DE INÉRCIA EXPERIMENTAL DA HASTE NO ITEM (14), DO


MOMENTO DE INÉRCIA EXPERIMENTAL DO CONJUNTO NO ITEM (7), PARA OBTERMOS O MOMENTO
DE INÉRCIA RESULTANTE DO CORPO SÓLIDO NO EIXO DE ROTAÇÃO.

I cones exp. = I conjunto - I Haste

I cones exp. = ________ (kg.m2)

11) COMPARE AGORA OS RESULTADOS TEÓRICO E EXPERIMENTAL DOS CONES, NOS ITENS 7)
E 10), E CALCULE O ERRO RELATIVO EXPERIMENTAL.

𝐸% = ______________(%)

70
10. MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)

Introdução:
Considere um corpo preso a uma mola em uma superfície sem atrito. Ao puxar o corpo até
uma posição A, ele entra em um movimento periódico com velocidade angular constante 𝜔 → 𝑐𝑡𝑒.

No ponto central, temos velocidade escalar máxima 𝑣𝑀Á𝑋 e nas amplitudes Máxima (A) e
Mínima (-A) temos velocidade nula 𝑣𝑀Í𝑁 = 0.
Por ser periódico, este movimento pode ser entendido e equacionado como movimento
circular uniforme.

71
Da figura, temos o movimento iniciando na origem do ciclo trigonométrico. Considere um
ponto P genérico e observe que 𝑥 = 𝑅. 𝑐𝑜𝑠(𝜃) com 𝑅 = 𝐴.
Mas, num movimento onde 𝜔 → 𝑐𝑡𝑒 , temos a seguinte equação da posição angular:
𝜃 = 𝜃0 + 𝜔. 𝑡 .
Combinando as duas equações acima, temos a equação da posição escalar do MHS:
𝑥 = 𝑅. 𝑐𝑜𝑠(𝜃0 + 𝜔. 𝑡 ) .
Por derivada obtemos a velocidade escalar e aceleração escalar do movimento dada por:
𝑣 = −𝑅. 𝜔. 𝑠𝑒𝑛(𝜃0 + 𝜔. 𝑡 ) 𝑒 𝑎 = −𝑅. 𝜔2 . 𝑐𝑜𝑠(𝜃0 + 𝜔. 𝑡 )

Se compararmos a equação da posição escalar com a equação da aceleração escalar,


chegamos à: 𝑎 = −𝑥. 𝜔2 .
Como nosso sistema não tem atrito a força resultante que age no corpo é a força elástica que
se opõe ao movimento. Pela segunda Lei de Newton:
𝐹𝑅𝐸𝑆 = −𝑘. 𝑥 = 𝑚. 𝑎
−𝑘. 𝑥 = − 𝑥. 𝜔2 . 𝑚
𝑘 = 𝑚. 𝜔2
2.𝜋
Num movimento periódico, a seguinte relação é válida:𝜔 = .
𝑇
4.𝜋 2 .𝑚
Se combinarmos as duas últimas equações, temos: 𝑘 = .
𝑇2

Prática:
1) Como foi feito em Física Experimental I vamos determinar a constante elástica da mola.
Colete valores de força peso (𝑃) e alongamento da mola (∆𝑥), de acordo com a fórmula
𝑃 = 𝐾 . ∆𝑥
a) Construa o gráfico no Excel, da “Força Peso x Alongamento”
P (gf) P (N) x (m)
para determinar a constante elástica da mola.
OBS.: 1 gf  1 . 10 -2 N

b) Obtenha pelo gráfico, o valor da constante elástica da mola K,


pela equação de ajuste da Linha de Tendência, no S.I.

72
𝑔𝑓⁄
𝐾 = ______________ ( 𝑐𝑚)

3) Escolha uma determinada massa e a coloque para oscilar. Pergunte ao professor a melhor
maneira de determinar o Período de oscilações. Utilize um cronômetro disponível.

𝑚𝑈𝑇𝐼𝐿𝐼𝑍𝐴𝐷𝐴 = ______________(𝑘𝑔) 𝑇 = ______________(𝑠)

4) Utilizando a última equação disponibilizada na introdução, calcule a massa do corpo


4.𝜋 2 .𝑚
oscilante. 𝑘=
𝑇2

𝑚 = ______________(𝑘𝑔)

5) Calcule o Erro Percentual Relativo.

𝐸% = ______________(%)

6) Explique as eventuais divergências que ocasionaram o erro.


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

73
11. PÊNDULO SIMPLES

Introdução:
O pêndulo simples é composto por um corpo de massa (m) suspensa por um fio de comprimento
(L) sob a ação da aceleração da gravidade local (G) que oscila num período (T). Considerando que não existe
atrito com o ar e a amplitude da oscilação é relativamente pequena pode-se considerar a equação a seguir
para cálculo do período de oscilação do pêndulo:

𝐿
𝑇 = 2𝜋√
𝑔

L é a distância entre o centro de massa do corpo suspenso e o centro de rotação. Se as duas


hipóteses em relação ao atrito e a amplitude não são possíveis de serem consideradas a equação
o acima não permite modelar o fenômeno.

Detalhe importante que esta equação é considerada para “ângulos pequenos”. É considerado
ângulo pequeno para um pêndulo até no máximo 30° de abertura de sua posição de repouso.

Prática:

Parte 1: Cálculo do Tamanho do fio, dado a aceleração da gravidade local e o período de


tempo.

1) Segundo as empresas “Gravity Park” e “Toledo do Brasil” (que calibram balanças


gravimétricas) utilizaremos o valor de 𝑔 da cidade de São Paulo como sendo:

𝑔 = (9,786 ± 0,008) 𝑚⁄𝑠 2

2) Medir o Período do pêndulo 5 vezes. Para cada medição, no intuito de diminuir o erro, deixe
oscilar 10 vezes, e divida o valor pelo número de medidas com pequena amplitude (ϴ  10°). Calcule o
tempo médio.

𝑇1 = 𝑇2 = 𝑇3 = 𝑇4 = 𝑇5 =

𝑡𝑀É𝐷𝐼𝑂 = ______________(𝑠)

74
𝐿
3) Calcule o comprimento do fio do pêndulo através da fórmula: 𝑇 = 2𝜋√𝑔

𝐿 = ______________(𝑚)

4) Meça com a trena o comprimento do fio pendular. 𝐿𝑃𝐸𝑁𝐷 = ______________(𝑚)

5) Calcule o Erro Percentual Relativo.

𝐸% = ______________(%)

Parte 2: Determinação experimental da aceleração da gravidade pela dependência do


comprimento L em função do período T.

1) Medir o Período de oscilação T para sete comprimentos L diferentes. Preencha a tabela


abaixo.

𝐿 (𝑚) 𝑇 (𝑠) 𝑇 2 (𝑠 2 )
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80

(*) para cada valor de comprimento L, faça o pêndulo oscilar, afastando-o inicialmente de sua posição de
equilíbrio formando um ângulo θ com a direção vertical de aproximadamente 10° com o auxílio do transferidor. Caso as
oscilações se tornarem elípticas, reinicie a operação. O pêndulo só deve oscilar no plano vertical.

75
2) Fazer um gráfico de “L X T2” anamorfoseado no Excel. Obs.: Copie o gráfico obtido na região
abaixo, colocando a equação de ajuste.

3) Calcule a aceleração da gravidade local através do gráfico no Excel.

𝑔 = ______________ (𝑚⁄𝑠 2 )

4) Calcule o Erro Percentual Relativo, dado o valor da aceleração da gravidade de São Paulo.

𝑔𝑇𝐸𝑂 = 9,786 (𝑚⁄𝑠 2 )

𝐸% = ______________(%)

76
12. PROPAGAÇÃO DE ONDAS NA CORDA

12.1 OBJETIVO

Verificar os modos de vibração e os demais parâmetros que influenciam a frequência de uma


corda oscilante. Deste modo, será possível compreender, construir e estimar equações e parâmetros
relacionados ao fenômeno de onda estacionária.

12.2 INTRODUÇÃO TEÓRICA

Quando um fio tensionado é posto a vibrar, dependendo da frequência de vibração utilizada, o


fio pode passar de um estado transiente aleatório e entrar num estado de ressonância, que produz
ondas estacionárias.

Esse é o efeito que permite, por exemplo, que vários instrumentos musicais funcionem, como
o violão, piano, dentre outros. Porém, as frequências nas quais a ressonância é observada dependem
de várias variáveis. No caso do violão, em geral de seis cordas, cada corda vibra em uma frequência de
ressonância bem estabelecida (as notas musicais).

Para gerar diferentes notas, cada corda possui características físicas diferentes, como o material
que é construída, espessura, dentre outras. Além disso, outros fatores, como o comprimento da corda
e a tensão aplicada à mesma (afinação do instrumento) influência a frequência de ressonância. Assim,
para obter uma expressão que possibilite prever a frequência de ressonância de uma corda deve-se
estudar como a frequência varia conforme estes parâmetros.

No exemplo do violão, os parâmetros que podem influenciar a frequência de vibração do fio


são: o número de modos (𝑛), comprimento (𝐿), a tensão (força) aplicada (𝑇) e as suas características
de construção. No último caso, podemos apresentar essas características de construção através da
densidade linear (𝜇) do fio.

Quando se observa uma corda de violão, percebe-se que, devido a sua construção, outras
frequências além da frequência natural de ressonância, podem ser obtidas. Devido ao fato da corda
estar presa em ambas as extremidades, além da frequência natural, frequências de meio tom também
podem ser obtidas.

77
Na Figura 1, é mostrado um esquema de vibração de uma corda cujo comprimento é bem
determinado, presa em ambas as extremidades.

Figura 1

O modo mais simples de vibração é aquele no qual a corda se movimenta totalmente em fase.
Costuma-se denominar essa frequência de frequência natural de vibração.

Um segundo modo de vibração, no qual pode-se dividir a corda ao meio e que cada metade se
movimenta em oposição de fase também é possível, pois a corda permanece fixa em suas
extremidades e assim sucessivamente, conforme apresenta a Figura 1.

Cada um desses modos é representado por um número, correspondente ao número de ventres


(máximos de vibração) observados. Assim, o primeiro modo de vibração possui 𝑛 = 1, o segundo,
𝑛 = 2, e assim sucessivamente. Com base nesses argumentos é de se esperar que a frequência de
vibração de um fio também dependa do modo de vibração observado.

Assim, uma fórmula empírica, a ser construída, para as frequências de ressonância pode ser
escrita na forma da equação.

𝑓 = 𝐾. 𝑛𝛼 . 𝐿𝛽 . 𝑇 𝛾 . 𝜇 𝛿

Sendo 𝐾, 𝛼, 𝛽, 𝛾 𝑒 𝛿 são constantes que podem ser determinadas a partir do método


experimental. Vale citar que a função empírica dada pela equação acima, deve se aproximar da
Equação Teórica da Onda Estacionária, apresentada na expressão a seguir.

𝑛 𝑇
𝑓= √
2𝐿 𝜇

78
Logo, espera-se que ao fim do experimento, os valores para os coeficientes 𝐾, 𝛼, 𝛽, 𝛾 𝑒 𝛿 sejam
de 0,5; 1,0; −1,0; 0,5 ; −0,5; respectivamente.

Para determinar os valores destes coeficientes, uma coleta de dados e um ajuste gráfico já são
suficientes para um resultado com uma boa precisão.

Como a frequência tem uma relação exponencial com estas variáveis, o ajuste ideal para se
realizar é o ajuste de uma função exponencial aos dados. Isto é, a função que deverá ser ajustada tem
uma natureza do tipo 𝑓 = 𝐴. 𝑥 𝑏 , para inspecionar e deduzir a fórmula, sendo 𝑓 a frequência e 𝑥 a
variável a ser estudada em cada experimento.

Para cada função ajustada, o valor do coeficiente 𝑏 dará o valor das potências da equação de
previsão.

12.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Este experimento será divido em 4 partes diferentes.

12.3.1 Parte 1: Estudo da dependência da frequência de vibração da corda (f) em função dos modos
de vibrações (n).

Nesta etapa, posicione a fonte a uma distância de 2 metros da polia, conforme a Figura 2.
Posteriormente, certifique-se que a massa 𝑚 = 30 𝑔 aproximadamente (incluindo a massa do próprio
suporte).

2, 00 m

Figura 2

Depois de ter feito os passos anteriores, ligue a fonte e procure o segundo modo de vibração.
De acordo com as variáveis estabelecidas não será possível identificar o primeiro modo facilmente.
Lembrando que o segundo modo de vibração é quando pode-se observar a onda completa na corda.

79
Figura 3

Quando encontrar o segundo modo de vibração, anote a frequência na qual gerou este modo.
Posteriormente, encontre o terceiro modo, quarto modo e o quinto modo de vibração e anote os dados
de frequência na tabela a seguir.

Modo de Vibração [ n ] Frequência de Oscilação [ 𝒇 ] (Hz)


2
3
4
5

Agora, utilizando o Software “Vernie Logger Pro” faça o ajuste exponencial para obter o valor
do coeficiente 𝛼 experimental. Abra o software.

Figura 4

Agora, uma tela semelhante a Figura 5 será aberta.

Figura 5

80
Observe que há uma coluna do lado esquerdo da janela para a inserção dos dados que foram
coletados durante o experimento. Escreva os dados lá, conforme exemplo abaixo.

Figura 6

Neste momento no gráfico os pontos já deverão estar plotados.

Figura 7

a) Clique em “Analyze” e depois em “Curve fit” na janela de ferramentas do Software


conforme a figura 8.

Figura 8

Uma janela semelhante a Figura 9 será aberta.

81
Figura 9

b) Agora clique em “Define Function...”.

Figura 10

c) Defina a função 𝑦 = 𝐴. 𝑥 𝑏 e clica em “OK”.

Figura 11

82
d) Finalmente, clica em “Try Fit”.

Figura 12

Se tudo foi feito de maneira correta, no quadro onde tem “A” e “b” deverá ter aparecido os
valores dos coeficientes A e b do ajuste. Anote eles para futuramente.

Figura 13

Coeficiente Valor
A
B

Após ter anotado os valores dos coeficientes, clique em “File” na aba de ferramentas do
Software e clique em “New”, irá aparecer uma janela na tela perguntando se há o desejo de salvar o
arquivo, clique em “Não” se não quiser, ou se preferir salve em um pen drive pessoal.

Figura 14

83
Figura 15

Compare, por intermédio do erro percentual relativo, o coeficiente b obtido com o valor
teórico da equação e faça o erro percentual. Lembrando que o coeficiente b, na teoria, deveria ser o
valor de 𝛼 e, portanto, igual à 1.
(𝛼 − 𝑏)
𝐸(%) = | | ∗ 100
𝛼

𝐸% = __________________________ (%)

Apresente razões para possíveis discrepâncias entre o valor esperado para b e o valor
encontrado a partir da curva de ajuste dos pontos experimentais.
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

12.3.2 Parte 2: Estudo da dependência da frequência de vibração na corda ( 𝐟 ) em função da tensão


(força) aplicada no fio ( 𝐓 ).

Mantenha o comprimento do fio com 𝐿 = 2,0 𝑚 conforme indicado na Figura 2, mantendo o


setup do experimento anterior. Coloque uma massa inicial de 𝑚 = 40 𝑔 (incluindo a massa do
suporte). Ligue a fonte e procure a frequência onde ocorre o 2º modo de vibração (𝑛 = 2), isto é, a
onda completa deverá ser visualizada. Anote o valor encontrado e adicionando massas conforme a
Tabela 1, siga o procedimento.

84
Tabela 1 – Dados Experimentais
Massa no Suporte (kg) Frequência de Oscilação [ 𝒇 ] (Hz) p/ 𝒏 = 𝟐
0,040
0,050
0,055
0,060
0,070
0,075
0,080
0,085
0,090
0,100
0,110
0,115
0,120
0,130
0,135
0,140
0,150
0,155
0,160
0,170
0,175
0,180
0,190
0,200
0,205
0,210
0,220
0,225

Há uma mudança na tensão (força) aplicada, e consequentemente a onda formada se perde.


Procurando novamente o 2º modo de vibração (𝑛 = 2) foi percebido um aumento na frequência para
conservação do número de nós. Verifique que a frequência máxima do aparelho é 𝑓 = 40 𝐻𝑧.

Caso não seja possível encontrar o 2º modo de vibração nas maiores tensões, não invente
valores, apenas anote até onde o 2º modo de vibração for encontrado.
85
Posteriormente, faça a mesmo processo para realizar o ajuste exponencial, da mesma forma
que foi realizado no passo anterior e anote os valores dos coeficientes A e b determinados. Complete
a Tabela 2.

Tabela 2
Coeficiente Valor
A
B

Compare, por intermédio do erro percentual relativo, o coeficiente b obtido com o valor
teórico da equação e faça o erro percentual. Lembrando que o coeficiente b, na teoria, deveria ser o
valor de 𝛾 e, portanto, igual à 0,5.

(𝛾 − 𝑏)
𝐸(%) = | | ∗ 100
𝛾

𝐸% = __________________________ (%)

Apresente razões para possíveis discrepâncias entre o valor esperado para b e o valor
encontrado a partir da curva de ajuste dos pontos experimentais.
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

12.3.3 Parte 3: Estudo da dependência da frequência de vibração ( 𝐟 ) em função do comprimento


do fio ( 𝐋 ).

Nesta etapa, ajuste a massa 𝑚 = 50 𝑔 (incluindo a massa do próprio suporte) e o comprimento


do fio com 𝐿 = 2,0 𝑚, adotado como inicial, mantendo os setups anteriores.

Ligue a fonte e meça o valor da frequência de vibração na corda, na qual ajusta-se ao 2º modo
de vibração (𝑛 = 2).

De agora em diante, varie a distância entre a fonte de vibração (início da corda) e o suporte da
polia (considere o ponto mais alto da polia onde a corda toca a polia) com intervalos de 5 centímetros
e anote o valor de frequência para cada L no 2º modo de vibração (𝑛 = 2), na Tabela 3.
86
Tabela 3

Comprimento do Fio [ L ] (m) Frequência de Oscilação [ 𝒇 ] (Hz) p/ 𝒏 = 𝟐


2,00
1,95
1,90
1,85
1,80
1,75
1,70
1,65
1,60
1,55
1,50
1,45
1,40
1,35
1,30
1,25

Agora, faça o ajuste novamente utilizando o Software e anote os valores dos Coeficientes A e
b determinados. Preencha a Tabela 4.
Tabela 4

Coeficiente Valor
A
B

Compare, por intermédio do erro percentual relativo, o coeficiente b obtido com o valor
teórico da equação e faça o erro percentual. Lembrando que o coeficiente b, na teoria, deveria ser o
valor de 𝛽 e, portanto, igual à −1.

(𝛽 − 𝑏)
𝐸(%) = | | ∗ 100
𝛽

𝐸% = __________________________ (%)

87
Apresente razões para possíveis discrepâncias entre o valor esperado para b e o valor
encontrado a partir da curva de ajuste dos pontos experimentais.
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

12.3.4 Parte 4: Estudo da dependência da frequência de vibração ( 𝐟 ) em função da densidade linear


do fio ( 𝛍 ).

Nesta parte da experiência haverá a troca dos fios, na bancada há mais 4 tipos diferentes de
fios, com o auxílio de uma balança meça a massa e, com uma trena, o comprimento de cada fio
(considere também as dobras nas pontas). Complete a Tabela 5.

Tabela 5 – Dados Experimentais


Fio Massa ( 𝒌𝒈 ) Comprimento ( 𝒎 ) Densidade Linear ( 𝒌𝒈⁄𝒎 )
1
2
3
4
5

Mantenha a massa no suporte constante 𝑚 = 40 𝑔 em todas medidas, o comprimento do fio


também constante com 𝐿 = 2,0 𝑚 e procure sempre o 2º modo de vibração (𝑛 = 2), isto é, onde é
observado a onda completa na corda.

As medidas serão feitas da seguinte forma: Primeiro, na corda que já está no aparato, procure
a frequência onde ocorre o segundo modo de vibração (𝑛 = 2) e anote. Depois, a corda deverá ser
trocada, sem mudar o peso do suporte e o comprimento do fio, e deverá ser encontrado a frequência
onde ocorre novamente o segundo modo de vibração (𝑛 = 2). Posteriormente a terceira corda, e
assim sucessivamente. Anote os dados obtidos na Tabela 6.

88
Tabela 6 – Dados Experimentais
Fio Densidade Linear ( 𝒌𝒈⁄𝒎 ) Frequência de Oscilação [ 𝒇 ] (Hz) p/
𝒏=𝟐
1
2
3
4
5

Utilizando o software, plote os dados de Frequência versus Densidade linear e faça o ajuste.
Escreva na Tabela 7 os valores obtidos para os coeficientes.

Tabela 7
Coeficiente Valor
A
B

Compare, por intermédio do erro percentual relativo, o coeficiente b obtido com o valor
teórico da equação e faça o erro percentual. Lembrando que o coeficiente b, na teoria, deveria ser o
valor de 𝛿 e, portanto, igual à −0,5.

(𝛿 − 𝑏)
𝐸(%) = | | ∗ 100
𝛿

𝐸% = __________________________ (%)

Apresente razões para possíveis discrepâncias entre o valor esperado para b e o valor
encontrado a partir da curva de ajuste dos pontos experimentais.
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

89
12.3.5 Resultados e Discussões
Observa-se que os valores obtidos pelo método experimental se aproximam muito dos valores
teóricos. Como poderíamos melhorar estes valores, consequentemente diminuindo o erro percentual?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

Determinar o valor da constante K para aproximar a fórmula experimental com a teórica,


lembrando que a fórmula teórica é da forma:

𝑛 𝑇
𝑓= √ 𝑜𝑢 𝑓 = 0,5. 𝑛1,0 𝐿−1,0 𝑇 0,5 𝜇 −0,5
2𝐿 𝜇

E a experimental:

𝑓 = 𝐾 𝑛𝛼 𝐿𝛽 𝑇 𝛾 𝜇 𝛿

Monte um experimento, onde o único parâmetro desconhecido é 𝐾.

O valor do coeficiente 𝐾 é determinado fazendo uma relação entre a função ajustada e a função
experimental. Isto é:

𝑓
𝐾=
𝑛𝛼 𝐿𝛽 𝑇𝛾 𝜇𝛿

Calcule 𝐾, de maneira que 𝛼, 𝛽, 𝛾, 𝛿; sejam os valores determinados pelo método experimental


estimados, obtidos nos passos acima, e calcule seu erro percentual relativo.

𝐾 = __________________________

𝐸% = __________________________ (%)

90
Calcule 𝐾, de maneira que 𝛼, 𝛽, 𝛾, 𝛿; sejam os valores reais, respectivamente
1,0 ; −1,0 ; 0,5 ; −0,5 e calcule seu erro percentual relativo.

𝐾 = __________________________

𝐸% = __________________________ (%)

Apresente breve conclusão para os dois valores de 𝐾 obtidos.


___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

Transcreva na Tabela 8 os valores e erros encontrados.


Tabela 8
Coeficiente Valor Esperado Valor Estimado Erro Percentual (%)
𝛼 +1,0
𝛽 −1,0
𝛾 +0,5
𝛿 −0,5

Qual o coeficiente com maior erro encontrado? E qual o coeficiente com menor erro
encontrado? Compare com outros grupos. Que conclusões foram tiradas? Qual o coeficiente mais
difícil de ser calculado? Por quais razões? Explique como os parâmetros alterados nas etapas realizadas
no experimento afetam o modo de vibração da corda? Cite ao menos 1 aplicação de corda vibrante,
diferente do texto base.
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

91
13. COLISÕES UNIDIMENSIONAIS

13.1 OBJETIVO

Calculando a quantidade de movimento, a energia cinética antes e depois de cada colisão, o

coeficiente de restituição “e” e a variação da energia cinética do sistema para cada colisão.

13.2 INTRODUÇÃO TEÓRICA



A grandeza física QUANTIDADE DE MOVIMENTO ( 𝒑 ) é a grandeza vetorial obtida pelo produto
entre a massa de um corpo e a sua velocidade:
→ →
𝒑 = 𝒎. 𝒗

A Quantidade de Movimento (𝒑) é também chamada de MOMENTO LINEAR ou ainda de
MOMENTUM, sendo que a sua variação em relação ao tempo nos dá a Força Resultante em um corpo
(2ª Lei de Newton):

𝒅𝒑
= ⃗𝑭⃗𝑹𝒆𝒔
𝒅𝒕

Por definição, a grandeza física IMPULSO de uma força (𝑰 ), que é uma grandeza vetorial, é dada
pela multiplicação da Força Resultante em um corpo e o Intervalo de Tempo no qual a mesma age.

⃗⃗𝑹𝒆𝒔 . 𝜟𝒕
𝑰 =𝑭

Assim, a variação do Momento Linear de uma partícula é igual ao Impulso de uma Força
Resultante que age sobre esta partícula.
→ →
𝜟𝒑 = 𝑰

13.2.1 Princípio da Conservação do Momento Linear


“Em um Sistema isolado, livre da ação de Forças Externas, o Momento Linear é conservado,
ou seja, é constante.”

→ →
𝒑final = 𝒑inicial

92
13.2.2 Colisões

O termo Colisão representa um evento durante o qual partículas se aproximam e interagem por
meio de forças, de alta intensidade, durante um pequeno intervalo de tempo. A ação desta força
(podendo ou não, provocar deformações nos corpos), causa uma mudança no vetor velocidade de cada
corpo envolvido.

Colisão Unidimensional: Também denominada de Colisão Central, ou colisão direta, ocorrem


quando os corpos se deslocam mantendo seus centros de massa ao longo da mesma linha reta, antes
e depois da colisão. Este é o caso de interesse neste laboratório, utilizando-se os carrinhos com
sensores em um trilho unidimensional.

As Colisões ainda podem ser classificadas em:

1) Colisões Perfeitamente Elásticas: Neste caso, tem-se tanto a Conservação da Quantidade


de Movimento quanto a Conservação da Energia Cinética, e após a colisão os corpos se deslocam
separadamente um do outro.

Exemplo:

Antes da Colisão Depois da Colisão

Conservação da Quantidade de Movimento:


𝒑𝑨𝒏𝒕𝒆𝒔 = 𝒑𝑫𝒆𝒑𝒐𝒊𝒔

𝒎𝟏 . 𝒗𝟏𝒊 + 𝒎𝟐 . 𝒗𝟐𝒊 = 𝒎𝟏 . 𝒗𝟏𝒇 + 𝒎𝟐 . 𝒗𝟐𝒇

Conservação da Energia Cinética:


𝑬𝑪 𝑨𝒏𝒕𝒆𝒔 = 𝑬𝑪𝑫𝒆𝒑𝒐𝒊𝒔

𝒎𝟏 . 𝒗𝟏𝒊 𝟐 𝒎𝟐 . 𝒗𝟐𝒊 𝟐 𝒎𝟏 . 𝒗𝟏𝒇 𝟐 𝒎𝟐 . 𝒗𝟐𝒇 𝟐


+ = +
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐

93
2) Colisões Parcialmente Elásticas: Neste caso, apesar dos corpos estarem separados após a
colisão e de verificar a conservação da Quantidade de Movimento, ocorre uma dissipação da Energia
Cinética do sistema.
Exemplo:

Antes da Colisão Depois da Colisão

Conservação da Quantidade de Movimento:


𝒑𝑨𝒏𝒕𝒆𝒔 = 𝒑𝑫𝒆𝒑𝒐𝒊𝒔

𝒎𝟏 . 𝒗𝟏𝒊 + 𝒎𝟐 . 𝒗𝟐𝒊 = 𝒎𝟏 . 𝒗𝟏𝒇 + 𝒎𝟐 . 𝒗𝟐𝒇

Dissipação da Energia Cinética:


𝑬𝑪 𝑨𝒏𝒕𝒆𝒔 > 𝑬𝑪𝑫𝒆𝒑𝒐𝒊𝒔

𝒎𝟏 . 𝒗𝟏𝒊 𝟐 𝒎𝟐 . 𝒗𝟐𝒊 𝟐 𝒎𝟏 . 𝒗𝟏𝒇 𝟐 𝒎𝟐 . 𝒗𝟐𝒇 𝟐


+ = + +  𝑬𝒄
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐

EC é a dissipação de energia:  𝐸𝑐 = 𝐸𝑐𝑖 − 𝐸𝑐𝑓 , que corresponde à perda de energia


cinética na colisão.

3) Colisões Inelásticas: Neste caso, após a colisão os corpos se deformam de tal forma que
permanecem unidos, ou seja se deslocam juntos com mesma velocidade, perdendo Energia Cinética,
mas ainda conservando a Quantidade de Movimento.
Exemplo:

Antes da Colisão Depois da Colisão

94
Conservação da Quantidade de Movimento:
𝒑𝑨𝒏𝒕𝒆𝒔 = 𝒑𝑫𝒆𝒑𝒐𝒊𝒔

𝒎𝟏 . 𝒗𝟏𝒊 + 𝒎𝟐 . 𝒗𝟐𝒊 = (𝒎𝟏 + 𝒎𝟐 ) . 𝒗𝒇

Dissipação da Energia Cinética:


𝑬𝑪 𝑨𝒏𝒕𝒆𝒔 > 𝑬𝑪𝑫𝒆𝒑𝒐𝒊𝒔

𝒎𝟏 . 𝒗𝟏𝒊 𝟐 𝒎𝟐 . 𝒗𝟐𝒊 𝟐 (𝒎𝟏 + 𝒎𝟐 ) . 𝒗𝒇 𝟐


+ = +  𝑬𝒄
𝟐 𝟐 𝟐

EC é a dissipação de energia:  𝐸𝑐 = 𝐸𝑐𝑖 − 𝐸𝑐𝑓 , correspondendo à perda de energia


cinética na colisão.

Coeficiente de Restituição ou Elasticidade (e): Pode-se, também, classificar as colisões por


meio do chamado Coeficiente de Restituição ou Elasticidade (e) que é definido como sendo a razão
entre as velocidades relativas depois e antes da colisão.

𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑓𝑎𝑠𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 | 𝒗𝟐𝒇 − 𝒗𝟏𝒇 |


𝑒= =
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎çã𝑜 | 𝒗𝟏𝒊 − 𝒗𝟐𝒊 |

Resumindo, tem-se:

Perfeitamente Elástico e = 1
Parcialmente Elástico 0 < e < 1
Inelástico e = 0

95
13.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

13.3.1 - PARTE 1: Colisões elásticas

1) Colocar na extremidade do carrinho o amortecedor de mola de aro (Figura 1). Ajustar e


configurar os sensores de movimento e inicie o programa de coleta de dados.

Figura 1

2) Para se certificar de que a pista está nivelada, dê ao carrinho um empurrão suave. Ele deverá
chegar ao extremo oposto da pista sem uma mudança perceptível na velocidade.

3) Faça os ajustes necessários para obter na tela do computador dois gráficos, “velocidade x
tempo”, referentes aos dois carrinhos.

4) Zerar ambos os sensores de movimento. Inverter, se necessário a direção de um deles.

5) Praticar o lançamento do carrinho para que quando ele colidir com a mola de aro, ele
diminua a velocidade parando o carrinho e invertendo a direção suavemente sem problemas. Uma
colisão abrupta não produzirá dados satisfatórios.

6) Comece a coletar os dados. Verifique que os gráficos de “velocidade x tempo” produzidos


pelo computador, mostrarão uma ligeira diminuição na velocidade devido ao atrito.

7) Preencha a Tabela 1.
Tabela 1 – Valores Experimentais
Carrinho 1 Carrinho 2
Medida m1 (kg) 𝒗𝟏𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 (m/s) 𝒗𝟏𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 (m/s) m2 (kg) 𝒗𝟐𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 (m/s) 𝒗𝟐𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 (m/s)
1
2
3
4
5

96
Análise dos Dados
8) Utilizando os dados da Tabela 1 preencha a Tabela 2. Calcule a quantidade de movimento, a

energia cinética antes e depois de cada colisão, o coeficiente de restituição “e” e a variação da energia
cinética do sistema para cada colisão.

Tabela 2 – Análise Experimental


Antes da Colisão Depois da Colisão
𝑝1𝑖 𝑝2𝑖 𝐸𝑐 1 𝑖 𝐸𝑐 2 𝑖 𝑝1𝑓 𝑝2𝑓 𝐸𝑐 1 𝑓 𝐸𝑐 2 𝑓
Medida e Ec
(N.m) (N.m) (J) (J) (N.m) (N.m) (J) (J)

9) Lembrando que na prática, as forças de atrito sempre estão envolvidas, responda as questões
abaixo:

a) Sabendo que a colisão foi elástica, tivemos a Conservação da Energia Cinética?

b) O Coeficiente de Restituição também está de acordo com a teoria? Explique.


___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

97
13.3.2 - PARTE 2: Colisões inelásticas

1) Retire a mola de aro e redefina os parâmetros de coleta de dados como feito anteriormente.

2) Inverter os carrinhos para que as extremidades com os Velcros fiquem de frente (figura 2).
Pratique o lançamento de um carrinho em direção ao outro para que quando colidirem, os carrinhos
suavemente continuem se movendo juntos sem um salto perceptível.

3) Coletar os dados, variando a velocidade inicial e a massa de um ou outro carro. Determine a


velocidade dos carrinhos antes e depois da colisão, como feito na Parte 1.

Figura 2

4) Como a velocidade, é uma grandeza vetorial, verifique se os sinais das velocidades


correspondem à sua configuração experimental. Se necessário, inverta a direção de um, ou de ambos
os sensores.

5) Neste experimento procure verificar as mudanças devido às colisões inelásticas dos


carrinhos. O efeito do atrito é inevitável, assim, para minimizar as perdas em sua análise, selecione
intervalos curtos nos gráficos de “velocidade x tempo” pouco antes e logo após uma colisão no
computador.

6) Preencha a Tabela 3.

Tabela 3 – Valores Experimentais

Carrinho 1 Carrinho 2
Medida m1 (kg) 𝒗𝟏𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 (m/s) 𝒗𝟏𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 (m/s) m2 (kg) 𝒗𝟐𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 (m/s) 𝒗𝟐𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 (m/s)
1
2
3
4
5

98
Análise dos Dados
7) Utilizando os dados da Tabela 3, preencha a Tabela 4, calculando a quantidade de

movimento, a energia cinética antes e depois de cada colisão, o coeficiente de restituição “e” e a
variação da energia cinética do sistema para cada colisão.
Tabela 4
Antes da Colisão Depois da Colisão

Medida 𝑝1𝑖 (N.m) 𝑝2𝑖 (N.m) 𝐸𝑐 1 𝑖 (J) 𝐸𝑐 2 𝑖 (J) 𝑝1𝑓 (N.m) 𝑝2𝑓 (N.m) 𝐸𝑐 1 𝑓 (J) 𝐸𝑐 2 𝑓 (J) e Ec

8) Lembrando que na prática, as forças de atrito sempre estão envolvidas, responda as


questões abaixo:
a) Sendo que agora a colisão foi inelástica, o que se pode dizer sobre a Conservação da Energia
Cinética, tivemos concordância com a teoria?
b) O Coeficiente de Restituição também está de acordo com a teoria? Explique.
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

99
14. DILATAÇÃO DOS SÓLIDOS

Objetivo:
Determinar o coeficiente de dilatação linear de uma barra metálica.

Introdução Teórica
A experiência nos mostra que quando um sólido é aquecido as suas dimensões variam com a
temperatura. Esta variação é chamada de Dilatação térmica ou somente Dilatação.
A dilatação é dita Linear, quando consideramos somente a variação de uma dimensão. Neste
caso a experiência mostra que o aumento de comprimento “L” sofrido por uma barra metálica é dada
pela seguinte relação:

𝜟𝑳 = 𝜶. 𝑳𝟎 . 𝜟𝜽

onde: L → dilatação linear, L = L − L0 ;


L0 → comprimento inicial da barra na temperatura inicial 0 ;
L → comprimento final da barra na temperatura final  ;
 → variação de temperatura ,  =  − 0 ;
 → coeficiente de dilatação linear do material.

𝜟𝑳 𝟏
Assim, o coeficiente de dilatação linear fica: 𝜶= . .
𝑳𝟎 𝜟𝜽

Obs.: Nas tabelas dos livros geralmente a sua unidade é oC –1.

E o comprimento final da barra na temperatura final , fica → 𝑳 = 𝑳𝟎 (𝟏 + 𝜶. 𝜟𝜽)

Gráfico da Dilatação Linear: Podemos representar a relação acima pelo gráfico:

onde, o coeficiente angular da reta é dada pela

ΔL
tangente: tg  = = α .L0
Δθ

100
Parte Prática:
Para realizarmos a experiência de dilatação utilizaremos o equipamento parecido com o da
figura 1.

Termômetro

Dilatômetro
Medidor de Dilatação

Parafuso Fixador

Barras Metálicas
Figura 1

Este aparelho permite medir de modo muito preciso o coeficiente de dilatação dos metais.
Eles são feitos de tubos ocos, por onde se faz passar o vapor produzido por um gerador de vapor (não
incluído na figura 1). O aparelho ainda contém um medidor da dilatação e um termômetro.

1) Com uma trena meça o comprimento inicial da barra metálica:

L0 = .............. mm

2) Coloque a barra metálica dentro do dilatômetro e fixe com as rolhas de vedação. Ajuste o
parafuso fixador da barra até tocá-la. Do outro lado da barra encoste o medidor de dilatação e prenda
com o parafuso. Coloque o termômetro na sua posição e aperte o botão RESET do medidor. Não mexa
mais no sistema.

3) Anote o valor da temperatura inicial da sistema: 0 = .............. oC

4) Aqueça o sistema e faça passar o vapor dentro do dilatômetro até que a temperatura do
termômetro se estabilize. Preencha a Tabela I.

101
Tabela I

Material Utilizado

Temperatura Final
 (oC)
Variação da Temperatura
 =  − 0 (oC)
Dilatação Medida
L (mm)
Coeficiente de Dilatação Linear
ΔL 1
α = . (oC –1)
L Δθ
0

5) Calcule o Erro Relativo Percentual (Er%) cometido na experiência, sabendo que o valor
teórico está na Tabela II.

Tabela II
Material Coeficiente de Dilatação Linear  ( oC –1 )
Alumínio 24 . 10 –6
Latão 19 . 10 –6
Cobre 17 . 10 –6

|𝜶𝑻𝒂𝒃𝒆𝒍𝒂𝒅𝒐 − 𝜶𝑬𝒙𝒑𝒆𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒍 |
𝑬𝒓 % = . 𝟏𝟎𝟎 %
𝜶𝑻𝒂𝒃𝒆𝒍𝒂𝒅𝒐

102
15. BALANÇA HIDROSTÁTICA

Introdução:

Segundo conta a estória, o sábio grego Arquimedes (282-212 AC) descobriu uma fraude na
manufatura de uma coroa de ouro encomendada por Hiero II, rei de Siracusa (atual Sicília).
O rei entregou certo peso de ouro a um ourives para que esse confeccionasse uma coroa.
Quando o ourives entregou a encomenda, foi levantada a acusação de que ele teria substituído uma
porção de ouro por prata. Assim, o rei pediu a Arquimedes que determinasse se a coroa era de ouro
puro ou não, com a ressalva de que ele não poderia causar nenhum dano à coroa.
Conta-se que, ele encontrou a solução para este problema em uma casa de banho observando
a elevação da água à medida que mergulhava seu corpo em uma tina. Quando Arquimedes percebeu
que poderia resolver o problema, saiu correndo gritando: Eureka! Eureka!

Arquimedes conseguiu resolver o problema da seguinte maneira:

1) Mergulhou em um recipiente completamente cheio de água uma massa de ouro puro, igual
à massa da coroa, e recolheu a água que transbordou.

2) Novamente com o recipiente cheio de água mergulhou nele a massa de prata pura, também
igual à massa da coroa que transbordou. Como a densidade da prata é menor do que a do ouro, o
volume de água recolhido era maior.

3) Finalmente, mergulhando no recipiente cheio de água a coroa em questão, constatou que


o volume de água recolhido tinha um valor intermediário entre aqueles recolhidos nas duas operações
anteriores. Assim, comparando os três volumes de água recolhidos, conseguiu calcular a quantidade
de ouro, ficando evidente que a coroa não era realmente de ouro puro.

Arquimedes descobriu que um corpo imerso na água se torna mais leve devido a uma força,
exercida pelo líquido sobre o corpo, vertical e para cima, que alivia o peso do corpo. Essa força, do

líquido sobre o corpo, é denominada Empuxo 𝐸⃗ .

103
Portanto, em um corpo que se encontra totalmente imerso em um líquido, como na figura 1 ,

agem duas forças: a força peso 𝑃⃗ devido à interação com o campo gravitacional terrestre, e a força

de empuxo 𝐸⃗ , devido à sua interação com o líquido.

Figura 1

Assim, o Princípio de Arquimedes é enunciado da seguinte forma: “todo corpo mergulhado


em um líquido recebe um empuxo vertical, para cima, igual ao peso do líquido deslocado pelo corpo”.

PRINCÍPIO TEÓRICO
Seja a densidade absoluta corpo (ou, massa específica) dada pela equação:

𝒎𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐
𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 = (1)
𝑽𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐

A força de empuxo é igual à força peso dessa massa de líquido deslocada:

𝑬 = 𝒎𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 . 𝒈 = 𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 . 𝑽𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 . 𝒈 (2)

Para corpos totalmente imersos, o volume de líquido deslocado é igual ao próprio volume do
corpo (V líquido = V corpo). Assim, a força peso do corpo e a força de empuxo são dadas por:

𝑷 = 𝒎𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 . 𝒈 = 𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 . 𝑽𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 . 𝒈 𝒆 𝑬 = 𝒎𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 . 𝒈 = 𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 . 𝑽𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 . 𝒈 (3)


104
Comparando-se as duas expressões observamos que:

→ se corpo > liquido , o corpo desce em movimento acelerado ( FR = P – E );


→ se corpo < liquido , o corpo sobe em movimento acelerado ( FR = E – P );
→ se corpo = liquido , o corpo encontra-se em equilíbrio.

Quando um corpo mais denso que um líquido fica totalmente imerso por esse líquido,
observamos que o valor do seu peso, dentro desse líquido, é “aparentemente” menor do que no ar. A
diferença entre o valor do peso do corpo no ar e o seu peso aparente no líquido, corresponde ao
empuxo exercido pelo líquido:

𝑬 = 𝑷𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 − 𝑷𝒂𝒑𝒂𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆 (4)

Substituindo a equação (2) em (4) acima, temos:

𝒎𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐
𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 . 𝑽𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 . 𝒈 = 𝑷𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 − 𝑷𝒂𝒑𝒂𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆  𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 . . 𝒈 = 𝑷𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 − 𝑷𝒂𝒑𝒂𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆
𝝆𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐

𝑷𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐
𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 . = 𝑷𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 − 𝑷𝒂𝒑𝒂𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆
𝝆𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐

Assim, podemos obter a densidade de um corpo utilizando a equação:

𝑷𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐
 𝝆𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 = 𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 . (5)
(𝑷𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 − 𝑷𝒂𝒑𝒂𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆 )

DENSIDADE RELATIVA: É a razão entre a densidade absoluta de um corpo e a densidade


absoluta de uma substância padrão.
Na prática, geralmente a substância padrão é a água a 4 oC ( água = 1 g/cm3).

𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐
𝒅 𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 , á𝒈𝒖𝒂 = (6)
𝝆á𝒈𝒖𝒂

105
Mas de 0°C a 4°C a água tem o chamado “comportamento anômalo”, ou seja, de 0°C a 4°C a
água tem um comportamento térmico diferenciado das outras substâncias, pois o seu volume diminui.
A partir de 4°C, a água volta a aumentar normalmente o seu volume “V”.

Então, para utilizarmos a água como substância padrão devemos dividir a equação (5) pela
densidade da água e assim obter a equação corrigida:

𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 𝑷𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐


= .
𝝆á𝒈𝒖𝒂 𝝆á𝒈𝒖𝒂 (𝑷𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 − 𝑷𝒂𝒑𝒂𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆 )

𝒅𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐,á𝒈𝒖𝒂 𝑫

𝑷𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐
 𝒅𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐,á𝒈𝒖𝒂 = 𝑫 .
(𝑷𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 − 𝑷𝒂𝒑𝒂𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆 )
(7)

Onde, “D” é Densidade Relativa da água à temperatura  oC em relação à própria água à


𝒈
temperatura de 4oC. Esta densidade em ⁄𝒄𝒎𝟑 , em função da temperatura é dada pela Tabela I.

Tabela I

 (oC) Densidade D (g/cm3)  (oC) Densidade D (g/cm3)  (oC) Densidade D (g/cm3)


0 0,99983 10 0,99970 20 0,99825
1 0,99993 11 0,99964 21 0,99804
2 0,99997 12 0,99954 22 0,99782
3 0,99999 13 0,99941 23 0,99759
4 1,00000 14 0,99929 24 0,99735
5 0,99997 15 0,99914 25 0,99710
6 0,99993 16 0,99899 26 0,99683
7 0,99988 17 0,99882 27 0,99657
8 0,99981 18 0,99864 28 0,99629
9 0,99973 19 0,99845 29 0,99600

106
PARTE PRÁTICA
A Figura 2, abaixo, mostra uma antiga Balança Hidrostática, cujo funcionamento se baseia no
Princípio de Arquimedes, sendo utilizada para a determinação de densidades de sólidos e líquidos.

Figura 2: Balança Hidrostática

No nosso experimento, iremos utilizar uma nova versão da Balança Hidrostática, explorando
a capacidade do uso de um Sensor de Força “Go Direct”, da fabricante Vernier.

Especificações do Funcionamento do Sensor de Força “Go Direct”

Internamente, o Sensor “Go Direct” tem as seguintes especificações: um sensor de força de


até 50,0 N, um acelerômetro de 3 eixos e um giroscópio de 3 eixos.
O Sensor de Força, tem por característica, medir uma força ao longo do seu gancho. Então, se
tivermos um porta peso, em equilíbrio, preso neste gancho na posição vertical, o sensor registrará esta
força (em newtons), como mostra a figura 3.
Portanto, quando o sistema de forças está em equilíbrio:

∑ 𝐹𝑦 = 0  ⃗⃗ − 𝑃⃗⃗ = 0
𝑇  ⃗𝑻⃗ = ⃗𝑷
⃗⃗

⃗⃗ , ou melhor, neste caso


Então, o sensor registrará o módulo da força 𝑻
⃗⃗⃗ , pois:
registrará o módulo da força Peso 𝑷

𝑻=𝑷
Figura 3

107
Para medir as forças com o sensor “Go Direct” abra o programa “Vernier Graphical Analysis”.
Configure a aquisição de dados (figura 4):
1) Clique em: “Modo” deixe “Em função do tempo”.
2) Depois, utilize uma taxa de 50 amostras/s e coloque o intervalo de coleta para 15 s de
duração e clique em “Feito”.

Figura 4

3) Zere os Sensores de força.


4) Coloque o corpo de prova no sensor por intermédio de um fio de massa desprezível, no ar,
como na figura 5, e faça o gráfico “ Força x tempo”. Determine por meio da “Estatística”, a Força Peso
após ficar equilibrado. Anote na tabela II.

Figura 5

108
5) Coloque o corpo de prova em um Becker, e mergulhe-o totalmente na água (figura 6). No
mesmo gráfico “ Força x tempo”, obtenha a força média novamente por meio da “Estatística”,
determine o Peso Aparente do corpo de prova no líquido. Anote na tabela II.

Figura 6

Você deve obter um gráfico parecido com a Figura 7.

Força Peso Média com o


Força Peso Média com o
Corpo de Prova no Ar.
Corpo de Prova no Líquido.

Figura 7

6) Por intermédio de um termômetro, determine a temperatura da água contida no Becker, e


procure na tabela I, o correspondente valor da densidade relativa “D” para esta temperatura. Estes
valores são iguais para os três corpos de prova da experiência.

 = .............. oC  D = ..................
109
7) Calcule a Densidade do Corpo através da equação (7) e determine o Erro Relativo Percentual
(er%) cometido na experiência, sabendo que o valor tabelado da densidade dos materiais está na
própria tabela II.

Tabela II

Corpo de Prova Alumínio Ferro Latão

Peso do Corpo no Ar (N)

Peso Aparente (N)

Densidade do Corpo
𝒅𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐,á𝒈𝒖𝒂 (g/cm3)
Densidade Tabelada
2,70 7,86 8,60
(g/cm3)

Erro Relativo (%)


|𝒅𝑻𝒂𝒃 − 𝒅𝑬𝒙𝒑 |
𝑬𝒓 % = . 𝟏𝟎𝟎
𝒅𝑻𝒂𝒃

110
16. APÊNDICE

15.1 SISTEMA INTERNACIONAL (SI)

Grandeza Símbolo da Grandeza Unidade no SI Símbolo da Unidade

Massa m quilograma kg
Comprimento s, x, L, ... metro m
Tempo t segundo s
Temperatura termodinâmica T,  kelvin K
Intensidade de corrente
elétrica i ampère A

Quantidade de matéria n mol mol


Intensidade Luminosa I candela cd

15.2 MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS

Todos os múltiplos e submúltiplos decimais das unidades do S.I., tem nomes e símbolos
especiais, geralmente dados mediante o emprego de prefixos:

Prefixos Símbolo Fator pela qual a unidade é multiplicada


tera T 1012 = 1 000 000 000 000
giga G 109 = 1 000 000 000
mega M 106 = 1 000 000
quilo k 103 = 1 000
hecto h 102 = 100
deca da 10
deci d 10–1 = 0,1
centi c 10–2 = 0,01
mili m 10–3 = 0,001
micro  10–6 = 0,000 001
nano n 10–9 = 0,000 000 001
pico p 10–12 = 0,000 000 000 001
femto f 10–15 = 0,000 000 000 000 001
atto a 10–18 = 0,000 000 000 000 000 001

111
15.3 FATORES DE CONVERSÃO

Ângulo
1 rad (radiano) = 57,3°
1° (grau) = 1,74.10-2 rad
1’ (minuto) = 2,941.10-4 rad
1" (segundo) = 4,85.10-6 rad

Área
1 m2 = 104 cm2 = 1,55.10-5 pol2 = 10,76 pés2
1 ha (hectare) = 104 m2

Comprimento
1 m = 102 cm = 39,37 pol = 3,281 pés
1 milha marítima = 1852 m
1 pol (polegada) = 2,540 cm = 2,540.10-2 m
1 Å (angstrom) = 10-10 m
1 A.u. (unidade astronômica) = 1,496.10-11 m
1 ano-luz = 9,46 x 1015 m = 9,46.1012 km

Energia
1 J (joule) = 107 erg = 0,239 cal = 2,778.10-6 kWh
1 cal (caloria) = 4,186 J = 1,163.10-5 kWh
1 kWh (quilowatt-hora) = 3,60.106 J = 8,60.105 cal
1 cvh (cavalo-vapor-hora) = 2,65.106 J = 6,33.105 cal

Força
1 N = 105 dyn = 0,2248 lbf = 0,102 kgf
1 kgf (quilograma-força) = 9,8665 N
1 dyn (dina) = 10-5 N = 1,02.10-6 kgf
1 lbf (libra-força) = 4,448 N = 0,4536 kgf

Massa
1 kg = 103 g
1 t (tonelada) = 103 kg = 106 g
1 u.m.a (unidade de massa atômica) = 1,6604.10-27 kg

Potência
1 W = 1,34.10-3 hp = 1,36.10-3 cv
1 cv (cavalo-vapor) = 736 W = 0,986 hp
1 hp (horse power) = 746 W = 1,015 cv

Pressão
1 N/m2 = 1 Pa (pascal) = 9,87.10-6 atm = 7,50.10-3 mmHg = 1,02.10-5 kgf/cm2
1 bar = 105 N/m2 = 10 N/cm2 = 106 dyn/cm2
1 atm (atmosfera) = 1,013.105 N/m2 = 1,013 bar = 760 mmHg
1 mmHg = 133,3 N/m2 = 1,316.10-3 atm = 1,36.10-3 kgf/cm2
112
Tempo
1 s (segundo) = 1,667.10-2 min =2,778.10-4 h
1 min (minuto) = 60 s
1 h (hora) = 60 min = 3600 s

Velocidade
1 m/s = 102 cm/s = 3,60 km/h
1 km/h = 0,277 8 m/s

Volume
1 m3 = 106 cm3 = 103 litros
1 pol3 = 16,39.10-6 m3 = 16,39 cm3

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