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CAPÍTULO 1 - ALGUMAS INFORMAÇÕES FUNDAMENTAIS SOBRE


MADEIRA
1.1 Introdução

A norma que fixa as condições gerais que devem ser seguidas no projeto,
na execução e no controle das estruturas de madeiras é a NBR 7190/97 -
Projetos de estruturas de madeira.

Comparando com outros materiais utilizados nas estruturas de


construções, a madeira é provavelmente o material mais antigo dada a sua
disponibilidade na natureza e facilidade de manuseio e transporte.

Como principais características favoráveis a utilização da madeira


podemos citar a facilidade de fabricação de produtos industrializados, bom
isolamento térmico, ótimo aspecto visual além de possuir uma excelente relação
resistência/peso.

Como características desfavoráveis a sua utilização podemos citar os


inúmeros defeitos que a madeira pode apresentar, além de estar sujeita à
degradação biológica e também a ação de fogo.

Expansão econômica
Métodos racionais de exploração +
Conservação da qualidade de vida

Desenvolvimento sustentável

Geração de bens

• melhora da qualidade do ar pela fixação do dióxido de carbono e liberação


do oxigênio decorrentes da fotossíntese;
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• manutenção da biodiversidade com a preservação da fauna e da flora,


associada ao manejo florestal convenientemente conduzido;
• redução da incidência de áreas erodidas e de suas graves consequências.

Aumento devido ao programa


Reflorestamento
governamental de incentivos fiscais

Pinus e
Eucalyptus

1.2 Emprego da madeira

- estruturas de edificações
- coberturas
Emprego da madeira na - formas e escoamentos
- pontes e viadutos
construção civil - silos verticais e horizontais
- Materiais de acabamento como
portas, pisos, alizares, rodapés,...

Crescimento e extração Baixo consumo Não provocam maiores


de árvores de energia danos ao meio ambiente

Agressões ambientais para Aço e concreto armado


* Produzidos por processos
obtenção da matéria-prima altamente poluentes

Comparando com outros materiais utilizados nas estruturas das construções


como o aço e o concreto, a madeira possui uma excelente relação
resistência/peso.
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TABELA 1.1
MATERIAIS ESTRUTURAIS - DADOS COMPARATIVOS
Material A B C D E

Concreto 2,4 20 20.000 8,33 8.33


Aço 7,8 250 210.00 31,84 26.92
Madeira conífera 0,6 50 10.000 83,33 16.66
Madeira Dicotiledônea 0,9 75 15.000 83,33 16.66

As colunas da Tabela 1.5 representam:


A. densidade do material, t/m³ - no caso da madeira, valor referente à umidade de 12%;
B. resistência, MPa - para o concreto, o valor citado se refere à resistência característica à
compressão, produto usinado; para o aço, trata-se da tensão de escoamento do tipo
ASTM A-36; para a madeira, são os valores médios da resistência à compressão da NBR
7190/1997, da ABNT (1997);
C. módulo de elasticidade, MPa - mesma descrição da coluna B;
D. relação entre os valores da resistência e da densidade;
E. relação entre os valores do módulo de elasticidade e da densidade.

• aspecto visual interessante


Madeira • conveniente desempenho a altas temperaturas
(a carbonatação superficial das peças se transforma
numa espécie de “barreira de isolação térmica”)

Mau condutor de calor

Temperatura interna cresce lentamente

Não provoca maior comprometimento


da região

• Não apresenta distorção quando submetida a


altas temperaturas
• Durabilidade natural prolongada quando
devidamente tratada
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1.3 Árvores

Gimnospermas - Ex.: coníferas (madeiras macias) - Pinho-do-Paraná, Pinus

Angiospermas - Ex.: Dicotiledôneas (madeiras duras) - Ipê, Mogno, Sucupira

1.4 - Estrutura Macroscópica da Madeira

Na região central Resultante do crescimento


Medula
do tronco vertical e inicial das
árvores

Mais clara, mais porosa,


Anéis de crescimento Arranjos
Concêntricos crescida em condições
favoráveis de luz, calor e
água

Mais escura, menos porosa,


crescida em condições
desfavoráveis de luz, calor e
água
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Alburno Camadas externas e Condução da seiva bruta


mais jovens de desde as raízes até as
crescimento folhas

Menor resistência à demanda


biológica

Cerne Camadas internas do • Mais antigas


tronco • Tendem a armazenar
resinas, tanino, etc.

Maior resistência à demanda


biológica

Lenho Medula + Cerne + Alburno

Casca Reveste o lenho

Cãmbio vascular • Sob a casca;


• Parte "viva" das árvores
• Origina os elementos anatômicos integrantes da
casca (floema) e do lenho (xilema)

Madeira Natureza Comportamentos diferentes em


Anisotrópica relação às diferentes direções

Direções principais: ∗ Longitudinal ou axial


∗ Radial
∗ Tangencial
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CAPÍTULO 2 - CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA MADEIRA RELEVANTES


PARA O PROJETO DE ESTRUTURAS

Características da
INFLUENCIADA • Condições de temperatura
madeira • Composição e umidade do solo
• Incidência de chuvas

PROVOCAM

• Diferença na espessura das camadas


de crescimento e de material crescido
• Geometria dos anéis

DENTRO
Propriedades de uma Com a região de Variam com
DA REGIÃO
peculiaridades
espécie de madeira origem da árvore
do povoamento

DENTRO DO
POVOAMENTO

Singularidades da NA AMOSTRA Variam com a árvore


amostra ensaiada
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2.1 Umidade da madeira

Absorção de água e Através do alburno


Seiva Bruta
sais minerais desloca-se até as folhas

Água + Substâncias
formadas pela Seiva Elaborada Das folhas até as
fotossíntese raízes

Nestas condições, a madeira está saturada ou "verde"

EXPOSTA
Madeira abatida Perde umidade SECAGEM
AO MEIO AMBIENTE

Evaporação das moléculas


de água

Saída de água livre não interfere na


estabilidade dimensional, propriedade de Água livre ou de capilaridade
resistência e de elasticidade

Ponto de
A madeira mantém apenas as moléculas de água do interior
Saturação
das paredes celulares
(PS)

Água de impregnação ou de adesão

Umidade para PS Valor de referência


25%
da NBR 7190/97
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Após Evaporação UE
ALCANÇA DEPENDE ∗ espécies
(umidade de
PS é lenta ∗ temperatura
equilíbrio)
∗ umidade
relativa do ar

NBR 7190/97 = 12% / 20° = 65%

UE Somente em estufas ou câmaras a Vácuo

• redução da movimentação dimensional


Vantagens da prévia
• possibilidade de melhor desempenho dos
secagem acabamentos
• redução da possibilidade de ataque de fungos
• aumento da eficácia de impregnação da madeira
contra a demanda bilógica
• aumento dos valores numéricos correspondentes
às propriedades de resistência e elasticidade

• DETERMINAÇÃO DA UMIDADE

- Método de estufa

∗ CP 2x3 cm e comprimento ao longo da direção das fibras igual a 5 cm


∗ Determina-se a massa inicial do CP ( )
∗ coloca-se na estufa a uma temperatura igual a 103 ± 2º C
∗ A massa do corpo deve ser medida a cada 6 h até que a variação da massa seja
menor ou igual a 0,5% da última massa obtida ( )

%= . 100
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• INDICAÇÃO DA NBR 7190/97 EM RELAÇÃO À UMIDADE DA MADEIRA

TABELA 2.1
CLASSES DE UMIDADE
Classes de umidade Umidade relativa do ambiente Umidade de equilíbrio da
madeira

1 ≤ 65% 12%
2 65% < ≤ 75% 15%
3 75% < ≤ 85% 18%
4 >85% ≥ 25%
durante longos períodos
Fonte: NBR 7190/1997

2.2 Densidade da madeira

Peso próprio é estimado com base no valor da densidade da espécie utilizada

Densidade = quantidade de massa em uma unidade de volume

Densidade real • Relação entre a massa da madeira contida na


amostra e o volume efetivamente ocupado por
ela, descontados os vazios internos cheios de
água e ar
• 1,53 ± 0,03 g/cm³

Densidade básica • Razão entre a massa seca e o volume nas


condições de total saturação

ρ = ( /! ³)

Densidade • Razão entre a massa e o volume das amostras


aparente com umidade de 12%

ρap = m12 (g/cm³)


v12
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2.3 Variação dimensional da madeira

Variação Retração e inchamento


dimensional

Estabilidade Relacionada com a presença da água no interior da madeira


Dimensional

Variações dimensionais Desprezíveis na direção longitudinal


Mais acentuadas na direção radial
Máximas na direção tangencial

TABELA 2.2
PORCENTAGENS DE RETRAÇÃO
Direção Retração Total (%)
Longitudinal (L) 0,1 a 0,9
Radial (R) 2,4 a 11,0
Tangencial (T) 3,5 a 15,0
Volumétrica (V) 6,0 a 27,0
Fonte: Galvão & Jankowski (1985)

A diferença entre as porcentagens de Causa aparecimento de trincas,


retração radial e tangencial rachaduras, empenamentos, etc.

T/R e TeR Melhor desempenho quanto à estabilidade


dimensional
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• DETERMINAÇÃO DAS % DE RETRAÇÃO E DE INCHAMENTO

(. ) ( .*+,
$%.& ' . . 100
( ,*+,

j = 1 - direção longitudinal
j = 2 - direção radial
j = 3 - direção tangencial

- Variação Volumétrica

0 12 0345 1
/ 0345 1
. 100 onde 678 (9, . (:, . (;,

< (9, < . (:, < . (;, <

• DEFEITOS DECORRENTES DO PROCESSO DE SECAGEM

Principais defeitos da secagem


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Classificação das peças estruturais de madeira

A presença de defeitos tem grande influência sobre a resistência das peças de


madeira. A avaliação da incidência destes defeitos se faz por inspeção visual,
obedecendo a regras específicas.
As peças estruturais de madeira são classificadas em 3 categorias:
a) 1ª categoria - de qualidade excepcional, sem nós, retilíneas e quase isenta
de defeitos;
b) 2ª categoria - de qualidade corrente, com pequena incidência de nós firmes
e outros defeitos;
c) 3ª categoria - de qualidade inferior, com nós em ambas as faces.
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CAPÍTULO 3 - MADEIRAS DE CONSTRUÇÃO


PRODUTOS COMERCIAIS

3.1 Tipos de madeiras de construção

As madeiras utilizadas nas construções podem classificar-se em duas categorias:

a) madeiras maciças:

- madeira bruta ou roliça;


- madeira falquejada;
- madeira serrada.

b) madeiras industrializadas:

- madeira laminada e colada


- madeira compensada.
- madeira recomposta.

A madeira bruta ou roliça é empregada na forma de tronco, servindo para


estacar, escoramentos postes colunas, etc.
A madeira falquejada tem as faces laterais aparadas a machado, formando
seções maciças, quadradas ou retangulares; é utilizada em estacas, cortinas
cravadas, pontes, etc.
A madeira serrada é o produto estrutural de madeira mais comum entre
nós. O tronco é serrado em serrarias, em dimensões padronizadas para o
comércio, passando depois por um período de secagem.
A madeira laminada é colada é o produto estrutural de madeira mais
importante no país industrializados. A madeira é selecionada e cortada em
lâminas de 15 mm ou mais de espessura, que são coladas sob pressão, formando
grandes vigas, em geral de seção retangular.
A madeira compensada é formada pela colagem de lâminas finas, com as
direções das fibras alternadamente ortogonais.
A madeira recomposta é formada por produtos na forma de placas que são
desenvolvidos a partir de resíduos da madeira serrada e compensada convertidos
em flocos e partículas e colados sob pressão. Em geral, estas placas de madeira
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prensada não são consideradas materiais estruturais devido à baixa resistência e


durabilidade, sendo muito utilizadas na indústria de móveis. As características
mecânicas destas placas dependem das dimensões das particulas e do adesivo
usado.

3.1.1 Madeira roliça

É utilizada com mais frequência em construções provisórias, como


escoramento. Os roliços de uso mais frequente no Brasil são o pinho-do-paraná e
os eucaliptos. Após o abate, remove-se a casca, deixando-se o tronco secar em
local arejado e protegido contra o sol.
As madeiras roliças devem ser utilizadas nas condições meio seca ou seca
ao ar.
As peças roliças de diâmetro variável ( em forma de tronco de cone) são
comparadas, para efeito de cálculo, a uma peça cilíndrica de diâmetro igual ao do
terço da peça.

Fig. 3.1 Diâmetro nominal (d) de madeira roliça (d ≤ 1,5 = í? )

3.1.2 Madeira falquejada

É obtida de troncos por corte com machado. No falquejamento do tronco, as


partes laterais cortadas constituem a perda. A seção retangular inscrita que
produz menor perda é o quadrado de lado b d / √2.

3.1.3 Madeira serrada


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3.1.3.1 Corte e dobramento das toras

As árvores devem ser abatidas de preferência ao atingir a maturidade,


ocasião em que o cerne ocupa a maior percentagem do tronco, resultando então
numa madeira de melhor qualidade. O período de tempo necessário para que a
árvore atinja a maturidade varia entre cinquenta e cem anos, conforme a espécie.
A melhor época para o abate é a estação seca, quando o tronco tem pouca
umidade. O desdobramento do tronco em peças deve ser feito o mais cedo
possível após o corte da árvore, a fim de se evitar defeitos decorrentes da
secagem da madeira. Se a árvore for cortada na estação chuvosa, deixa-se secar
a tora por algum tempo, para reduzir o excesso de umidade. Em alguns casos, é
o conveniente dividir inicialmente o tronco em duas metades, para facilitar a
operação da máquina.

Fig. 3.2 Esquemas de corte das toras de madeira.

Um outro processo de desdobramento é aquele no qual o tronco é dividido


inicialmente em quatro partes, e o desdobramento se faz na direção radial. Este
processo produz material mais homogêneo, porém mais oneroso, razão pela qual
é utilizado com menor frequência que o desdobramento paralelo.

3.1.3.2 Secagem da madeira serrada

Antes de ser utilizada nas construções, a madeira serrada deve passar por
um período de secagem para reduzir a umidade. O melhor método de secagem
consiste em empilhar as peças, colocando separadores para permitir a circulação
de livre de ar em todas as faces. Protegem-se as pilhas da chuva, colocando-as
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em galpões abertos e bem ventilados. O tempo de secagem natural é de um a


dois anos para madeiras macias e dois a três anos para madeiras de lei.
Como a secagem natural é lenta, desenvolveram-se processos artificiais de
secagem, fazendo-se circular ar quente entre as peças de madeira serrada. A
temperatura e a umidade do ar insuflado devem ser controladas para evitar
evaporação demasiadamente rápida da madeira, o que pode prejudicar a
durabilidade da mesma.
Outro processo artificial de secagem consiste em deslocar a madeira
lentamente através de um túnel alongado, no qual a temperatura do ar circulante
aumenta à proporção que a madeira avança, de modo a manter a velocidade de
evaporação mais ou menos constante. o tempo necessário para secagem artificial
da madeira é de dez dias a um mês, para cada 25 mm de espessura da peça.
A secagem pode produzir deformações transversais diferenciadas nas
peças serradas, dependendo da posição original da peça no tronco.

Fig. 3.3 Distorção por retração de peças de madeira de diversas formas, conforme a posição relativa dos
anéis anuais.
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3.1.4 Fabricação de madeiras laminadas e coladas

É um produto estrutural, formado por associação de lâminas de madeira


selecionada, coladas com colas especiais. As fibras das lâminas têm direções
paralelas. A espessura das lâminas varia em geral de 1,5 a 3,0 cm, podendo
excepcionalmente atingir até 5 cm. As lâminas podem ser emendadas com cola
nas extremidades, formando peças de grande comprimento.
Os tipos de cola e a técnica de colagem são essenciais à durabilidade do
produto. Para vigas sujeitas à variação de umidade ou expostas ao tempo, usam-
se colas sintéticas de fenol-formaldeído (baquelita) ou resorcinol-formaldeído. A
colagem é feita sob pressão variável de 7 a 15Kg/cm², sendo as pressões mais
baixas utilizadas em madeiras macias e as mais altas, em madeiras duras.
As especificações estipulam resistências ao cisalhamento para as colas,
variando de 50 a 150 Kgf/cm², dependendo da espécie vegetal utilizada.
A madeira laminada apresenta, em relação à madeira maciça, as seguintes
vantagens:

a) permite a confecção de peças de grandes dimensões;

b) permite melhor controle de umidade das lâminas, reduzindo defeitos


provenientes de secagem irregular;

c) permite a seleção da qualidade das lâminas situadas nas posições de


maiores tensões;

d) permite a construção de peças de eixo curvo, muito conveniente para


arcos, cascas, etc.

A desvantagem mais importante das madeiras laminadas é o seu preço,


mais elevado que a madeira serrada.
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Fig. 3.4 Prensagem de lâminas de madeira com interposição de cola, para duas vigas retangulares de
madeira laminada colada (Holzbau Taschembuch, 1974).

3.1.5 Fabricação de madeiras compensadas para uso estrutural

A madeira compensada é formada pela colagem de três ou mais lâminas,


alternando-se as direções das fibras em ângulo reto. Os compensados podem ter
três, cinco ou mais lâminas, sempre em número ímpar.
Através da utilização das camadas em direções ortogonais alternadas,
obtém-se um produto com melhor isotropia em relação à madeira maciça.

Fig. 3.5 Seção de uma peça de madeira composta, destacando-se as camadas de madeira. As camadas
externas (a) e a camada central (c) têm as fibras na direção longitudinal. As camadas intermediárias (b) têm
as fibras na direção transversal.

As lâminas, cuja espessura geralmente varia entre 1mm e 5mm, podem ser
obtidas das toras ou de peças retangulares, utilizando-se lâminas especiais para
corte.
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A seguir são submetidas à secagem natural ou artificial. A secagem


artificial se faz a temperatura de 80°C a 100°C, impedindo-se os empenamentos
com o auxílio de prensas. A secagem artificial é muito rápida, variando de 10 a 15
minutos para lâminas de 1mm, até quase 1 hora para lâminas mais espessas.
A colagem é feita sob pressão, podendo ser utilizadas prensas a frio ou a
quente.
Os compensados destinados a utilização a seco, como portas, armários,
divisórias, etc, podem ser colados com caseína. Os componentes estruturais,
sujeitos a variação de umidade ou expostos ao tempo, devem ser fabricados com
colas sintéticas.
A madeira compensada apresenta uma série de vantagens sobre a
madeira maciça:

a) pode ser fabricada em folhas grandes, com defeitos limitados;

b) é mais resistente na direção normal às fibras;

c) reduz trincas na cravação de pregos;

d) permite o emprego de madeira mais resistente nas capas externas e


menos resistentes nas capas interiores, o que é mais vantajoso em
algumas aplicações.

A desvantagem mais importante está no preço mais elevado.

3.1.6 Madeira recomposta

O produto denominado OSB (Oriented Strand Board) é muito popular na América


do Norte e na Europa em aplicações estruturais, tais como painéis diafragma,
almas de vigas Ι compostas, além de revestimentos de piso e cobertura. Os
painéis de OSB são fabricados com finas lascas de madeira coladas sob pressão
e alta temperatura, sendo que nas duas camadas superficiais as lascas são
alinhadas com a direção longitudinal dos painéis, enquanto nas camadas internas
são dispostas aleatoriamente ou na direção transversal. Dessa forma busca-se
assemelhá-las às placas de madeira compensada mas com reduzida massa
específica (entre 550 e 750 Kg/m³) e significativa vantagens econômica.
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O MDF é uma chapa de fibra de madeira com densidade média. É um


aglomerado sofisticado, composto de fibras de pinus compactadas com resina à
alta pressão. É um produto mais resistente e com textura mais uniforme que os
compensados e aglomerados.
Entre as vantagens, estão:

As fibras são distribuídas de maneira uniforme e esta homogeneidade possibilita


ao MDF acabamentos do tipo envernizado, pinturas de todos os tipos e
aplicações de revestimentos como tecidos e papel de parede, lâminas de madeira
e PVC. Como a madeira não possui nós, veios ou imperfeições típicas da madeira
natural, as junções de uma placa com outra possui relativa vantagem aos outros
tipos de madeira. Além da indústria moveleira, o MDF é utilizado na construção
civil, almofadas de portas, rodapés, divisórias, portas usinadas, batentes,
balaústres e peças torneadas. O eleito, sem dúvida alguma é o MDF.

Características:

O MDF é praticamente equivalente à madeira nas possibilidades de trabalhar a


matéria-prima. Os painéis são superfícies grandes perfeitamente homogêneas e
sem orientação das fibras, o que permite cortes em qualquer sentido e
apresentação de superfície lisa e uniforme ao toque.

Vantagens:

- Comporta aplicação de todos os tipos de revestimentos, desde


pintura/impressão até papéis impressos
ou unicolores e lâminas de madeira.
- É praticamente equivalente à madeira em termos de trabalhabilidade.
- O fato de ser um painel de fibras não-orientadas permite que seja cortado em
qualquer sentido.
- Suas fibras possibilitam trabalhos de usinagem muito precisos, furação e uma
ampla gama de acabamentos.
- Apresenta grande resistência e não sofre com a variação de temperatura.
- Resistente à abrasão.
- Ecologicamente correto: produzido com madeira reflorestada.

Desvantagens:
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Assim como os demais painéis de madeira e como a própria madeira, é


vulnerável a ambientes úmidos.
Em tais condições, superfície e topo devem ser recobertos ou protegidos.
Principais aplicações:

• Portas retas
• Laterais de móveis
• Prateleiras
• Divisórias
• Tampos retos
• Tampos pós-formados
• Base superior e inferior
• Frentes e laterais de gaveta

O MDP é um painel de madeira industrializada, assim como o Compensado e o


MDF. O MDP é especialmente indicado para a produção de móveis residenciais e
comerciais de linhas retas, formas ogânicas, que não exijam usinagens em baixo
relevo, entalhes ou cantos arredondados. O baixo custo deste painel o faz ser um
dos mais utilizados em todo mundo. Isso se dá pelo fato de se usar partículas de
madeira reflorestada ao invés de fibras, como é o MDF. Desta forma, há um maior
aproveitamento da madeira, diminuindo assim o seu custo. Por este motivo, os
móveis feitos com o MDP pelas grandes fábricas, ficam mais baratos em relação
aos outros móveis feitos com outros materiais. É o material mais utilizado em lojas
de modulados.

DEFEITOS DAS MADEIRAS

As peças de madeira, utilizadas na construção civil, apresentam uma série de


defeitos que prejudicam a resistência, o aspecto ou a durabilidade. Tais defeitos
podem provir da constituição do tronco ou do processo de preparação das peças.
A seguir, descrevem-se os principais defeitos da madeira.

a) Nós - Imperfeições nos pontos do tronco aonde havia galhos. Os galhos


ainda vivos, na época do abate da árvore, produzem nós firmes, enquanto
os galhos mortos originam nós soltos. Os nós soltos podem cair durante o
corte com a serra, produzindo orifícios na madeira.
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b) Fendas - Aberturas nas extremidades das peças, produzidas pela


secagem mais rápida da superfície; situam-se em planos longitudinais
radiais, atravessando os anéis de crescimento. O aparecimento de fendas
pode ser evitado mediante a secagem lenta e uniforme da madeira.

c) Gretas ou ventas - Separação entre os anéis anuais, provocadas por


tensões internas devido ao crescimento lateral da árvore, ou por ações
externas como flexão devido ao vento.

d) Abaulamento - Encurvamento na direção da largura da peça.

e) Arqueadura - Encurvamento na direção longitudinal, i.e., do comprimento


da peça.

f) Fibras reversas - Fibras não paralelas ao eixo da peça. Podem ser


provocadas por causas naturais ou por serragem. As causas naturais
devem-se à proximidade de nós ou ao crescimento das fibras em forma
espiral. A serragem da peça em plano inadequado pode produzir peças
com fibras inclinadas em relação ao eixo. As fibras reversas reduzem a
resistência da madeira.

g) Esmoada ou quina morta - Canto arredondado, formado pela curvatura


natural do tronco. A quina morta significa elevada proporção de madeira
branca (alburno).

h) Furos de larva - Furos provocados por larvas ou outros insetos.

i) Bolor - Descoloração provocada por cogumelos; indica início de


deterioração.

j) Apodrecimento - Desintegração avançada da madeira, produzida por


cogumelos.
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CAPÍTULO 4 - PROPRIEDADES FÍSICAS, DE RESISTÊNCIA E DE RIGIDEZ


DA MADEIRA

Propriedades de resistência e elasticidade Disposição das fibras


Influenciada

Definir eixos:
- longitudinal - paralela às fibras (maior resistência e rigidez)
- radial e tangencial - perpendicular às fibras (menor resistência e rigidez) -
não sendo possível fazer a distinção entre estes dois eixos

1) Compressão
Compressão perpendicular às fibras ≅ 1/4compressão paralela às fibras

Provoca o esmagamento

Solicitações inclinadas - valores de resistência intermediários entre a compressão


paralela e a compressão normal

2) Tração

Tração perpendicular às fibras - menor resistência - tende a separar as fibras com


baixos valores de deformação

Evitar, em projeto, situações que conduzam a este tipo de solicitação

Tração paralela às fibras - deslizamento entre as fibras ou rupturas de suas


paredes

Menores valores de deformação e maiores valores de resistência

3) Cisalhamento

Através do plano das tensões de cisalhamento:


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Perpendicular às fibras - maior resistência

• direção das tensões paralelas à direção das


fibras (cisalhamento horizontal) - menor
Paralelas às fibras resistência
• direção das tensões perpendicular à direção
das fibras - tendência desses elementos
"rolarem" uns sobre os outros

4) Flexão simples

Ocorrem as tensões:
- compressão paralela às fibras;
- tração paralela às fibras;
- cisalhamento horizontal e nas regiões dos apoios;
- compressão normal às fibras.

5) Torção

Propriedades da madeira solicitadas por torção são muito pouco conhecidas.


Evitar a torção em peças de madeira.

6) Resistência ao choque

Capacidade de material absorver rapidamente a energia pela deformação. Maior


resistência ao choque - calculada pelo ensaio de flexão dinâmica.

4.1 Fatores que influenciam nas propriedades da madeira

4.1.1 Fatores anatômicos

a) Densidade

Maior densidade Maior resistência

Cuidado com a presença de nós, resinas e extratos, pois pode aumentar a


densidade sem aumentar a resistência.
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Umidade da madeira Maior densidade Menor resistência


aparente mecânica

b) Inclinação das fibras

Desvio da orientação das fibras da madeira em relação a uma linha paralela à


borda da peça.
α ≤ 6º - desprezar a influência da inclinação

DF DGF
DE
DF 6 H: I+ DGF !K6 : I
c) Nós

Originários dos galhos existentes nos troncos das árvores (nós soltos ou firmes).
Menor resistência - pois a continuidade e direção das fibras

Podem causar efeitos localizados de tensões concentradas. Maior influência na


tração do que na compressão.

d) Falhas naturais da madeira

- Encurvamento do tronco e dos galhos;

Alteram o alinhamento das fibras, podendo influenciar na resistência.

- Presença de alburno - valores diferentes de resistência.

e) Presença de medula na peça serrada

Menor resistência e facilita o ataque biológico. Fissuras no cerne próximo à


medula devido às fortes tensões internas causadas pelo processamento.

f) Faixas de parênquina

Faixas de parênquina - menor densidade e menor resistência mecânica

Elementos comprimidos - ruínas por separação dos anéis.

4.1.2 Fatores ambientais e de utilização

a) Umidade
26

Teor de umidade de referência = 12%

Fazer correções dos valores relativos às características da madeira para outros


valores de umidade.

b) Defeitos por ataques biológicos

Fungos - causam manchas e podridão

Insetos - causam perfurações

c) Defeitos de secagem

Deficiência dos sistemas de secagem e armazenamento.

d) Defeitos de processamento

Devido à manipulação, transporte, armazenamento e desdobro da madeira.

Ex.: arestas quebradas e variação da seção transversal

4.2 Propriedades a serem consideradas no projeto estrutural

a) Densidade

Determinação do peso próprio.

b) Resistência

Determinada por ensaios de caracterização, por valores já normalizados (Anexo e


da NBR 7190/97) e pela classe de resistência a que a madeira pertence.

c) Módulo de elasticidade

Paralelo ou normas às fibras.

Considerar, na ausência de ensaios:

1
EGF E
20 F
d) Umidade

Classes de umidade tabela 3.4


27

Resistência e elasticidade - para umidade padrão de referência igual a 12%

Para umidade 10% ≤ U ≤ 20%, deve ser feito correções:

Resistência: f9: = fW% [1 + 3. (U% − 12)/100)]

Elasticidade: E9: = EW% [1 + 2. (U% − 12)/100)]

Para umidade U > 20 % e 10%C < temperatura < 60°C - variação desprezível nas
propriedades da madeira.

4.3 Caracterização da madeira serrada

Através de ensaios (anexo B da NBR 7190/97).

4.4 - Valores característicos das propriedades da madeira

Ensaios Valores médios das propriedades (X] )

Para cálculo de estruturas de madeira Transformar os valores médios das


propriedades (b ) em valores
característicos (bc )

Para espécies de madeira já investigadas (Anexo E da NBR 7190/97)

X^,9: = 0,7 X],9:

a) Para caracterização simplificada - amostra com pelo menos seis exemplares


para ensaios à compressão paralela às fibras

b) Para caracterização mínima - amostra com pelo menos doze exemplares


referente a ensaios para cada uma das resistências a serem determinadas.
Resultados em ordem crescente, desprezando o maior valor encontrado

X^ não deve ser inferior a X9 e nem a 0,7 X], sendo X^ igual a:

X^ = (2. (X9 + X: + … + Xa/: 9 )/(n/2 − 1) − Xa/: ).1,1


28

4.4.1 - Caracterização da resistência da madeira serrada

Caracterização completa

Esta caracterização é recomendada para espécies de madeira não conhecidas, e


consiste da determinação das propriedades:

Resistência à compressão paralela às fibras (f,F );


Resistência à tração paralela às fibras (fdF );
Resistência à compressão normal às fibras (f,GF );
Resistência à tração normal às fibras (fdGF );
Resistência ao cisalhamento paralelo às fibras (feF );
Resistência de embutimento paralelo (f+F ) e o normal (f+GF ) às fibras;
Densidade básica e densidade aparente.

Caracterização mínima

Esta caracterização é recomendada para espécies de madeira pouco conhecidas,


e consistente da determinação das seguintes propriedades:

Resistência à compressão paralela às fibras (f,F );


Resistência à tração paralelas às fibras (fdF );
Resistência ao cisalhamento paralelo às fibras (feF );
Densidade básica e densidade aparente.

No caso da impossibilidade da execução dos ensaios de tração, pode-se admitir


que este valor seja igual ao da resistência à tração na flexão (fdf ).

Caracterização simplificada

Para espécies de madeira usuais, pode-se fazer a classificação simplificada com


base nos ensaios de compressão paralela às fibras, adotando-se as seguintes
relações para os valores característicos das seguintes resistência:

f,F,^ / fdF,^ = 0,77


fdf,^ / fdF,^ = 1,0
f,GF,^ / f,F,^ = 0,25
f+F,^ / f,F,^ = 1,0
29

f+GF,^ / f,F,^ = 0,25


Para coníferas: fgF,^ / f,F,^ = 0,15
Para dicotiledôneas: fgF,^ / f,F,^ = 0,12

4.4.2 - Caracterização da rigidez da madeira serrada

Caracterização completa

A caracterização completa da rigidez da madeira é feita por meio da determinação


dos seguintes valores, que devem ser referidos à condição padrão de umidade
(U=12%), com a realização de pelo menos dois ensaios:

• Valor médio do módulo de elasticidade na compressão paralela (E,F,] );


• Valores médio do módulo de elasticidade na compressão normal (E,GF,] ).

Os valores dos módulos de elasticidade na compressão e tração são


considerados equivalentes.

Caracterização simplificada

Pode ser feita apenas na compressão paralela às fibras:

Valor médio do módulo de elasticidade na compressão paralela (E,F,] );


Na direção normal vale a relação: E,GF = (1/20)E,h.

Caso não seja possível a realização de ensaios de compressão paralela, podem-


se adotar correlações com valores do módulo de elasticidade na flexão (Ef ),
como descrito a seguir:

Para as coníferas: Ef = 0,85 E,F;


Para as dicotiledôneas Ef = 0,90 E,F.
30

Anexo E (informativo)
Valores médios usuais de resistência e rigidez de algumas madeiras nativas e de florestamento

E.1 Introdução E.2 Valores médios para U=12%


Neste anexo estão apresentados os valores médios das Ver tabelas E.1, E.2 e E.3
propriedades de rigidez e resistência de algumas madeiras
nativas e de florestamento.

Tabela E.1 - Valores médios de madeiras dicotiledôneas nativas e de florestamento


1) 2) 3) 4) 5) 6) 7)

k D D D D H
Nome comum Nome científico
l (9:%) F F GF 0 F
mn/ ³ op op op op op
(dicotiledôneas)

Angelim araroba Vataireopsis araroba 688 50.5 69.2 3.1 7.1 12876 15

Angelim ferro Hymenolobium spp 1170 79.5 117.8 3.7 11.8 20827 20

Angelim pedra Hymenolobium petraeum 694 59.8 75.5 3.5 8.8 12912 39

Angelim pedra verdadeiro Dinizia excelsa 1170 76.7 104.9 4.8 11.3 16694 12

Branquinho Termilalia spp 803 48.1 87.9 3.2 9.8 13481 10

Cafearana Andira spp 677 59.1 79.7 3.0 5.9 14098 11

Canafístula Cassia ferruginea 871 52.0 84.9 6.2 11.1 14613 12

Casca grossa Vochysia spp 801 56.0 120.2 4.1 8.2 16224 31

Castelo Gossypiospermum praecox 759 54.8 99.5 7.5 12.8 11105 12

Cedro amargo Cedrella odorata 504 39.0 58.1 3.0 6.1 9839 21

Cedo doce Cedrella spp 500 31.5 71.4 3.0 5.6 8058 10

Champagne Dipterxyx odorata 1090 93.2 133.5 2.9 10.7 23002 12

Cupiúba Goupia glabra 838 54.4 62.1 3.3 10.4 13627 33

Catiúba Qualea paraensis 1221 83.8 86.2 3.3 11.1 19426 13

E. Alba Eucalyptus alba 705 47.3 69.4 4.6 9.5 13409 24

E. Camaldulensis Eucalyptus camaldulensis 899 48.0 78.1 4.6 9.0 13286 18

E. Citriodora Eucalyptus citriodora 999 62.0 123.6 3.9 10.7 18421 68

E. Cloeziana Eucalyptus cloeziana 822 51.8 90.8 4.0 10.5 13963 21

E. Dunnii Eucalyptus dunnii 690 48.9 139.2 6.9 9.8 18029 15

E. Grandis Eucalyptus grandis 640 40.3 70.2 2.6 7.0 12813 103

E. Maculata Eucalyptus maculata 931 63.5 115.6 4.1 10.6 18099 53

E. Maidene Eucalyptus maidene 924 48.3 83.7 4.8 10.3 14431 10

E. Microcorys Eucalyptus microcorys 929 54.9 118.6 4.5 10.3 16782 31

E. Paniculata Eucalyptus paniculata 1087 72.7 147.4 4.7 12.4 19881 29

E. Propinqua Eucalyptus propinqua 952 51.6 89.1 4.7 9.7 15561 63

E. Punctata Eucalyptus punctata 948 78.5 125.6 6.0 12.9 19360 70

k l(9:%) é a massa específica aparente a 12% de umidade.


D F é a resistência à compressão paralela às fibras.
1)

D F é a resistência à tração paralela às fibras.


2)

D GF é a resistência à tração normal às fibras.


3)

D0 é a resistência ao cisalhamento.
4)
5)
F
H é o número de corpos-de-prova ensaiados.
6) é o módulo de elasticidade longitudinal obtido no ensaio de compressão paralela às fibras.
7)
NOTAS
1 As propriedades de resistências e rigidez apresentadas neste anexo foram determinadas pelos ensaios realizados no laboratório de
Madeiras e de Estruturas de Madeir\z (LaMEM) da Escola de engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo.
2 Coeficiente de variação para resistências a solicitações normais ᵟ = 18%.
3 Coeficiente de variação para resistências a solicitações tangenciais ᵟ = 28%.
31

Tabela E.2 - Valores médios de madeiras dicotiledôneas nativas e de florestamento


1) 2) 3) 4) 5) 6) 7)

k D D D D H
Nome comum Nome científico
l (9:%) F F GF 0 F
mn/ ³ op op op op op
(dicotiledôneas)

E. Saligna Eucalyptus saligna 731 46.8 95.5 4.0 8.2 14933 67

E. Tereticornis Eucalyptus tereticornis 899 57.7 115.9 4.6 9.7 17198 29

E. Triantha Eucalyptus triantha 755 53.9 100.9 2.7 9.2 14617 08

E. /umbra Eucalyptus umbra 889 42.7 90.4 3.0 9.4 14577 08

E. Urophylla Eucalyptus urophylla 739 46.0 85.1 4.1 8.3 13166 86

Garapa Roraima Apuleia leiocarpa 892 78.4 108.0 6.9 11.9 18359 12

Guaiçara Luetzelburgia spp 825 71.4 115.6 4.2 12.5 14624 11

Guarucaia Peltophorum vogelianum 919 62.4 70.9 5.5 15.5 17212 13

Ipê Tabebuia serratifolia 1068 76.0 96.8 3.1 13.1 18011 22

Jatobá Hymenaea spp 1074 93.3 157.5 3.2 15.7 23607 20

Louro preto Ocotea spp 684 56.5 111.9 3.3 9.0 14185 24

Maçaranduba Manilkara spp 1143 82.9 138.5 5.4 14.9 22733 12

Mandioqueira Qualea spp 856 71.4 89.1 2.7 10.6 18971 16

Oiticica amarela Clarisia racemosa 756 69.9 82.5 3.9 10.6 14719 12

Quarubarana Erisma uncinatum 544 37.8 58.1 2.6 10.6 9067 11

Sucupira Diplotropis sp 1106 95.2 123.4 3.4 11.8 21724 12

Tatajuba Bagassa guianensis 940 79.5 78.8 3.9 12.2 19583 10

k l(9:%) é a massa específica aparente a 12% de umidade.


D F é a resistência à compressão paralela às fibras.
1)

D F é a resistência à tração paralela às fibras.


2)

D GF é a resistência à tração normal às fibras.


3)

D0 é a resistência ao cisalhamento.
4)
5)
F
H é o número de corpos-de-prova ensaiados.
6) é o módulo de elasticidade longitudinal obtido no ensaio de compressão paralela às fibras.
7)
NOTAS
1 Coeficiente de variação para resistências a solicitações normais ᵟ = 18%.
2 Coeficiente de variação para resistências a solicitações tangenciais ᵟ = 28%.
32

Tabela E.3 - Valores médios de madeiras coníferas nativas e de florestamento


1) 2) 3) 4) 5) 6) 7)

k D D D D H
Nome comum Nome científico
l (9:%) F F GF 0 F
mn/ ³ op op op op op
(dicotiledôneas)

Pinho do Paraná Araucaria angustifolia 580 40.9 93.1 1.6 8.8 15 225 15

Pinus caribea Pinus caribea var.caribea 579 35.4 64.8 3.2 7.8 8 431 28

Pinus bahamensis Pinus caribea var.bahamensis 537 32.6 52.7 2.4 6.8 7 110 32

Pinus hondurensis Pinus caribea var.hondurensis 535 42.3 50.3 2.6 7.8 9 868 99

Pinus elliottii Pinus elliottii var.elliottii 560 40.4 66.0 2.5 7.4 11 889 21

Pinus oocarpa Pinus oocarpa shiede 538 43.6 60.9 2.5 8.0 10 904 71

Pinus taeda Pinus taeda L. 645 44.4 82.8 2.8 7.7 13 304 15

k l(9:%) é a massa específica aparente a 12% de umidade.


D F é a resistência à compressão paralela às fibras.
1)

D F é a resistência à tração paralela às fibras.


2)

D GF é a resistência à tração normal às fibras.


3)

D0 é a resistência ao cisalhamento.
4)
5)
F
H é o número de corpos-de-prova ensaiados.
6) é o módulo de elasticidade longitudinal obtido no ensaio de compressão paralela às fibras.
7)
NOTAS
1 Coeficiente de variação para resistências a solicitações normais ᵟ = 18%.
2 Coeficiente de variação para resistências a solicitações tangenciais ᵟ = 28%.
33

4.5 - Valores de cálculo das propriedades da madeira

Xr K ]hr . X^ /yu

Sendo:
K ]hr − coeficiente de modificação
K ]hr = K ]hr9 K ]hr: K ]hr;

K ]hr9 - relacionado com a classe de carregamento e o tipo de material


K ]hr: - relacionado com a classe de umidade e o tipo de material
K ]hr; - relacionado com a categoria da madeira utilizada

γu - coeficiente de ponderação
34

TABELA 3.3
VALORES DE Kmod.1

Tipos de Madeira

Classes de Madeira serrada Madeira


carregamento Madeira laminada colada recomposta
Madeira compensada
Permanente 0,60 0,30
Longa duração 0,70 0,45
Média duração 0,80 0,65
Curta duração 0,90 0,90
Instantânea 1,10 1,10
Fonte: NBR 7190/1997

TABELA 3.4
CLASSES DE UMIDADE
Classes de umidade Umidade relativa Umidade de equilíbrio da
do ambiente madeira

1 ≤ 65% 12%
2 65% < ≤ 75% 15%
3 75% < ≤ 85% 18%
4 >85% ≥ 25%
durante longos períodos
Fonte: NBR 7190/1997

TABELA 3.5
CLASSE DE UMIDADE

Classes de umidade Madeira serrada Madeira


Madeira laminada colada recomposta
Madeira compensada

(1) e (2) 1,0 1,0


(3) e (4) 0,8 0,9
Fonte: NBR 7190/1997

O coeficiente de modificação K ]hr;leva em conta a categoria da madeira


utilizada. Para madeira de primeira categoria, ou seja, aquela que passou por
classificação visual para garantir a isenção de defeitos e por classificação
mecânica para garantir a homogeneidade da rigidez, o valor de K ]hr; é 1,0. Caso
contrário, a madeira é considerada de segunda categoria e o valor de K ]hr; é 0,8.
No caso particular das coníferas, deve-se sempre adotar o valor de 0,8, para levar
em conta a presença de nós não detectáveis pela inspeção visual.

Nas verificações de segurança que dependem da rigidez da madeira, o


módulo de elasticidade na direção paralela às fibras deve ser tomado como:
35

E,F,y K ]hr9 . K ]hr: . K ]hr; . E,F,]

Coeficiente de ponderação z{ #

A norma brasileira especifica os seguintes valores dos coeficientes de


ponderação, de acordo com a solicitação, para a verificação de estados limite
últimos:

Compressão paralela às fibras: γu, 1,4


Tração paralela às fibras: γud 1,8
Cisalhamento paralelo às fibras: γug 1,8

Para a verificação de estados - limite de utilização, adota-se o valor básico de γu


= 1,0.

4.6 PROPRIEDADES FÍSICAS DAS MADEIRAS

a) anisotropia - Devido à orientação das células, a madeira é um material


anisotrópico, apresentado três direções principais: longitudinal, radial e tangencial.

Fig. 3.6 Anisotropia da madeira. São indicadas as direções longitudinal (L), radial (R) e tangencial (T).

A diferença de propriedades entre as direções radial e tangencial raramente tem


importância prática, bastando diferenciar as propriedades na direção das fibras
principais (direção longitudinal) e na direção perpendicular às mesmas.

b) umidade - A umidade da madeira tem grande importância sobre as suas


propriedades. O grau de umidade é medido pelo peso de água, dividido pelo peso
da amostra seca em estufa.
36

A quantidade de água das madeiras verdes ou recém-cortadas varia muito com


as espécies e com as estação do ano. A faixa de variação para as madeiras
verdes te, como limites aproximados de 30% para as madeiras mais resistentes e
130% para as madeiras mais macias. Devido à natureza higroscópica da madeira,
o grau de umidade de uma peça em serviço varia continuamente, podendo haver
variação diárias ou de estação.

c) retração da madeira - As madeiras sofrem retração ou inchamento com a


variação da umidade, sendo esta variação aproximadamente linear entre 0% e o
ponto de saturação das fibras (30% para as madeiras mais resistentes).

Para a redução de 30% a 0% na umidade, a retração tangencial varia de 5% a


10% em relação à dimensão verde, de acordo com a espécie. Na direção radial, a
retração é cerca de da metade da direção tangencial. Na direção longitudinal, a
retração é menos pronunciada, valendo apenas 0,1% a 0,3% da dimensão verde
para secagem de 30% a 0%.

d) dilatação linear - O coeficiente de dilatação linear das madeiras, na


direção longitudinal, varia de 0,3 x 10 }
a 0,45 x 10 }
/ °C, sendo pois da ordem de
1/3 do coeficiente de dilatação linear do aço.
37

CAPÍTULO 5 - ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS

5.1 Hipóteses básicas de segurança

5.1.1 Estados limites

São os estados que, se ultrapassados, comprometem o desempenho


adequado das estruturas às finalidades da construção. podem ser estados limites
de utilização.

Estados limites últimos

Estados que, por sua simples ocorrência, determinam a paralisação, no todo


ou em parte, do uso da construção. Podem ser caracterizados por:

perda do equilíbrio, global ou parcial, admitida a estrutura como corpo


rígido;
ruptura ou deformação plástica excessiva dos materiais;
transformação da estrutura, no todo ou em parte, em sistema hipostático;
instabilidade por deformação;
instabilidade dinâmica (ressonância).

Estados limites de utilização

Estados que, por sua ocorrência, repetição ou duração, causam efeitos


estruturais que não respeitam as condições especificadas para o uso normal da
construção, ou que são indícios de comprometimento de sua durabilidade. Podem
ser caracterizados por:

deformação excessivas que afetam a utilização normal da construção,


comprometem seu aspecto estético, prejudicam o funcionamento de
equipamentos ou instalações, ou causam danos aos materiais de
acabamento ou às partes não estruturais da construção;
vibrações de amplitude excessiva que causam desconforto aos seus
usuários ou causem danos à construção ou ao seu conteúdo.
38

5.2 Ações nas estruturas de madeiras

A norma brasileira "NBR 8681 - Ações e segurança nas estruturas" da ABNT,


define "ações" como as causas que provocam esforços ou deformações nas
estruturas. As ações podem ser definidos como:

ações permanentes: apresentam pequena variação durante praticamente


toda a vida da construção;
ações variáveis: ao contrário das ações permanentes, apresentam variação
significativa durante a vida da construção;
ações excepcionais: apresentam duração extremamente curta, com baixa
probabilidade de ocorrência, durante a vida da construção.

Nas estruturas correntes de madeira, devem ser consideradas as seguintes


ações, além das que possam agir em casos especiais.

carga permanente;
cargas acidentais verticais;
vento;
impacto vertical;
impacto lateral;
forças longitudinais;
forças centrífuga.

5.2.1 Cargas permanentes

A carga permanente é constituída pelo peso próprio da estrutura e o das


partes fixas não estruturais. Na avaliação do seu peso próprio, os elementos de
madeira devem ser considerados com um teor de umidade igual a 12%. Admite-
se, na falta de determinação experimental específica, adotar o valor de densidade
aparente estipulado para a classe de resistência a que pertence a madeira
utilizada.

O peso próprio real, avaliado depois do dimensionamento final da estrutura,


não deve deferir em mais de 10% do peso próprio inicialmente admitido no
cálculo.
39

5.2.2 Cargas acidentais verticais

As cargas acidentais são fixadas pelas seguintes normas:

NBR 6120/1980 - Cargas para o cálculo de estrutura de edificações;


NBR 7187/1987 - Projeto e execução de pontes de concreto armado e
protendido;
NBR 7188/1982 - Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de
pedestres;
NBR 7189/1983 - Carga móvel para projeto estrutural de obras ferroviárias.

As cargas acidentais verticais devem ser dispostas nas posições mais


desfavoráveis para a estrutura. Devem ser consideradas de longa duração

5.2.3 Vento

A ação do vento de ser determinada de acordo com os procedimentos na


norma "NBR - 6123/1988 - Forças devidas ao vento em edificações".

Para se levar em conta a maior resistência da madeira sob a ação de


cargas de curta duração, na verificação da segurança em relação a estados
limites últimos, apenas na combinação de ações de longa duração em que o
vento representa a ação variável principal as solicitações nas peças de madeira
devidas à ação do vento serão multiplicadas por 0,75.

Nas peças metálicas, mesmo nos elementos de ligação, deverá ser


considerada a totalidade dos esforços atribuídos ação do vento.

A ação do vento sobre veículos e pedestres, no caso de projetos de pontes


e passarelas, está indicada na NBR 7190/1997 (item 5.5.8).

5.2.4 Efeitos dinâmicos de cargas acidentais verticais e outras ações

As cargas móveis e seus efeitos dinâmicos, representados pelo impacto


vertical, impacto lateral, forças longitudinais e força centrífuga, devem ser
considerados com componentes de uma mesma ação variável. Os valores a
serem levados em conta quanto aos efeitos dinâmicos das cargas móveis estão
indicados na NBR 7190/97 (itens 5.5.4, 5.5.5, 5.5.6 4, 5.5.6 e 5.5.7).
40

Os itens 5.5.9 e 5.5.10 da NBR 7190/1997 apresentam, respectivamente,


as ações a considerar no guarda-corpo e no guarda-roda, no caso de projetos de
pontes.

5.3 Carregamentos

Um carregamento é especificado pelo conjunto das ações que têm


probabilidade não desprezível de atuação simultânea. Em cada tipo de
carregamento, as ações devem ser combinadas de diferentes maneiras, a fim de
se determinar os efeitos mais desfavoráveis para a estrutura.

A classe de carregamento de qualquer combinação de ações é definida


pela duração acumulada prevista para a ação variável tomada como principal na
combinação. As classes de carregamento estão especificadas na Tabela 4.1.

TABELA 5.1
CLASSE DE CARREGAMENTO

Ação variável principal da combinação

Classes de Duração acumulada Ordem de grandeza


Carregamento Madeira Laminada colada Da duração acumulada
Madeira compensada Da ação característica

Permanente Permanente Vida útil da construção


Longa duração Longa duração Mais de 6 meses
Média duração Média duração Uma semana a 6 meses
Curta duração Curta duração Menos de 1 semana
Instantânea Instantânea Muito curta

Fonte: NBR 7190/1997

5.3.1 Carregamento normal

Um carregamento é normal quando inclui apenas as ações decorrentes do


uso previsto para a construção. Sua classe é longa duração e deve sempre ser
considerada na verificação dos estados limites últimos e de utilização.

Em um carregamento normal, as eventuais ações de curta ou média


duração terão seus valores atuantes reduzidos, a fim de que a resistência da
41

madeira possa ser considerada como correspondente apenas às ações de longa


duração.

Como exemplo de carregamento normal, podem ser citadas a ação


permanente mais o vento, no caso de telhados, ou a ação permanente mais a
carga móvel, para o caso de ponte.

5.3.2 Carregamento especial

Neste carregamento, estão incluídas as ações variáveis de natureza ou


intensidade especiais, superando os efeitos considerados para um carregamento
norma, por exemplo: o transporte de um equipamento especial sobre uma ponte,
que supere o carregamento do trem-tipo considerado.

A classe de carregamento é definida pela duração acumulada prevista para


a ação variável especial.

5.3.3 Carregamento excepcional

Na existência de ações com efeitos catastróficos, o carregamento é


definido como excepcional e corresponde à classe de carregamento de duração
instantânea. Como exemplo, temos a ação de um terremoto.

5.3.4 Carregamento de construção

Outro caso particular de carregamento é o de construção, em que os


procedimentos correspondentes podem levar a estudos limites últimos, por
exemplo, ao se içar uma treliça. Determina-se a classe de carregamento pela
duração acumulada da situação de risco.

5.4 Situações de projeto a serem consideradas

A princípio, são três a situação de projeto que podem ser consideradas:


duradouras, transitórias e excepcionais.

5.4.1 Situação duradouras

As situações duradouras devem ser consideradas em todos os projetos e


podem ter duração igual ao período de referência da estrutura.
42

Para os estados limites últimos, consideram-se apenas as condições


últimas normais de carregamento. Para os estados limites de utilização, devem
ser verificadas as combinações de longa duração (combinação quase
permanente) ou de média duração (combinação frequente).

5.4.2 Situações transitórias

Quando a duração for muito menor que o período de vida da construção,


tem-se uma situação transitória.

Devem ser verificadas quando existir um carregamento especial para a


construção e, na maioria dos casos, podem-se verificar apenas estados limites
últimos.

Caso seja necessária a verificação dos estados limites de utilização, devem


ser utilizados com combinações de média ou curta duração.

5.4.3 Situações excepcionais

As situações com duração extremamente curta são consideradas


excepcionais, sendo verificados apenas os estados limites últimos.

5.5 Combinações de ações

5.5.1 Combinações de ações para os estados limites últimos

As equações 6.1 a 6.3 apresentam as expressões gerais para as


combinações de ações referentes aos estados limites últimos:

Combinações últimas normais

• Œ

•€ • ‚ƒ„ •ƒ„,… +‚† ‡•†ˆ,… + • ‰Š‹ •†‹.… •


„•ˆ ‹•Ž

Neste caso, as ações variáveis são divididas em dois grupos, as principais


( ‘’“.c ) e as secundárias ( ‘’“.c ), com seus valores reduzidos pelo coeficiente ‰’“ ,
que leva em conta a baixa probabilidade de ocorrência simultânea das ações
variáveis. Para as ações permanentes, devem ser feitas duas verificações, a
favorável e a desfavorável, o que é considerado por meio de coeficiente ”n .
43

Combinações últimas especiais ou de construção

• Œ

•€ • ‚ƒ„ •ƒ„,… +‚† ‡•†ˆ,… + • ‰Š‹,•– •†‹.… •


„•ˆ ‹ Ž

A única alteração em relação às combinações últimas normais está na


consideração do coeficiente ‰’“ que será o mesmo, a menos que a ação variável
principal ‘’“ tenha um tempo de atuação muito pequeno, neste caso, ‰’“,<— = ‰:“ .

Combinações últimas excepcionais

• Œ

•€ = • ‚ƒ„ •ƒ„,… + •˜,•™š + ‚† • ‰Š‹,•– •†‹.…


„•ˆ ‹•ˆ

Neste caso, a diferença está na consideração da ação transitória excepcional sem


coeficientes.

5.5.2 Combinações de ações para os estados limites de utilização

As equações 5.4 a 5.7 apresentam as expressões gerais para as


combinações de ações referentes aos estados limites de utilização:

Combinações de longa duração

• Œ

•€,›œ„ = • •ƒ„,… + • ‰Ž‹ •†‹.…


„• ‹•

Esta combinação é utilizada no controle usual de deformações das


estruturas. As ações variáveis atuam com seus valores correspondentes à classe
de longa duração.

Combinações de média duração

• Œ

•€,›œ„ = • •ƒ„,… + ‰ˆ •†ˆ.… + • ‰Ž‹ •†‹.…


„•ˆ ‹•Ž

Utiliza-se esta combinação no caso de existirem materiais frágeis não


estruturais ligados à estrutura. Nestas condições, a ação variável principal atua
com valores de média duração e as demais com os valores de longa duração.
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Combinações de curta duração

• Œ

•€,›œ„ = • •ƒ„,… + •†ˆ.… + • ‰ˆ‹ •†‹.…


„•ˆ ‹•Ž

São utilizadas quando for importante impedir defeitos decorrentes das


deformações da estrutura. Neste caso, a ação variável principal atua com seu
valor característico, e as demais com seus valores referentes à média duração.

Combinações de duração instantânea

• Œ

•€ = • •ƒ„,… + •†.•žŸ•š„ • + • ‰Ž‹ •†‹.…


„•ˆ ‹ ˆ

Neste caso, considera-se ações variável especial, que pertence à classe de


duração imediata, e as demais ações variáveis agindo com valores referentes à
longa duração.

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