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Mecanismos
sergio.frascino@unesp.br
Out/2022 Mecanismos 1
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Bibliografia:
Exemplos
Out/2022 Mecanismos 3
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Lego
Mecanismo Geneva
Tecelagem
Harmonic drive
Strandbeest
Out/2022 Mecanismos 4
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Escada de Aeronave
Exemplos de análise de sistema multicorpos
modelagem de
escada da
aeronave
ERJ170
modelo CATIA
análise
cinemática
Out/2022 Mecanismos 5
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
SADA y
Corpo painel painel
do yo 1 3
painel
ke
satélite 2 x
Out/2022 Mecanismos 6
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Pouso de avião
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Flap
Out/2022 Mecanismos 9
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
Out/2022 Mecanismos 10
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
Objetivos
Introdução
Concepção:
Idealizar um sistema de elos e juntas que executem um movimento
desejado sob ação de forças
Não há recursos computacionais neste processo baseado em
criatividade e projetos semelhantes existentes
Análise:
Cálculos de posição, velocidade, aceleração e forças nos elos ao longo
da operação do mecanismo
Existem diversos software comerciais sofisticados para essa tarefa; a
análise combina modelagem de mecanismos com elementos finitos
(permite, por exemplo, análises de mecanismos flexíveis e com folgas)
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
Classificação:
2D (mecanismo plano)
3D (mecanismo espacial)
Introdução
Tipos de análise de sistema multicorpos
detecção de colisão
análise de interferência entre corpos de um sistema
cinemática
estudo da movimentação de um sistema multi-corpos
dinâmica
resposta do sistema a um conjunto de forças aplicadas
Out/2022 Mecanismos 14
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de mecanismos
Out/2022 Mecanismos 15
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de mecanismos
elos ou corpos
podem ser rígidos ou flexíveis
os elos devem ter obrigatoriamente massa não nula
(dinâmica: forças de inércia)
cada elo rígido introduz 6 graus de liberdade no
sistema (mecanismo 3D) ou 3 graus de liberdade
(mecanismo 2D)
Out/2022 Mecanismos 16
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de mecanismos
juntas
definem tipos de articulações entre os elos
cada junta remove um certo número de
graus de liberdade do sistema (depende do
tipo de junta)
Out/2022 Mecanismos 17
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de mecanismos
forças
são esforços (forças ou momentos)
aplicados ao mecanismo
podem depender da posição, velocidade dos
elos
não introduzem nem removem graus de
liberdade no sistema
Out/2022 Mecanismos 18
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de mecanismos
restrições
definem relações entre as coordenadas do
problema ou explicitam a variação temporal
de uma coordenada
removem graus de liberdade no sistema
Out/2022 Mecanismos 19
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de mecanismos
sistemas de referência
o modelo usa um sistema de referência
global inercial e sistemas locais fixos nos
elos
não introduzem nem removem graus de
liberdade no sistema
Out/2022 Mecanismos 20
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de mecanismos
elementos do mecanismo
representação dos elos do mecanismo
definição das juntas entre os elos
condição inicial do mecanismo
acionamento do mecanismo
Out/2022 Mecanismos 21
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de mecanismos
Out/2022 Mecanismos 22
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de mecanismos
Out/2022 Mecanismos 23
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de mecanismos
Out/2022 Mecanismos 24
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de mecanismos
acionamento do sistema
movimento do(s) elo(s) motor(es)
forças externas aplicadas a cada elo
Out/2022 Mecanismos 25
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de juntas
Out/2022 Mecanismos 26
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de juntas
elos envolvidos
definir quais são os elos entre os quais a junta
se localiza
Out/2022 Mecanismos 27
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de juntas
Out/2022 Mecanismos 28
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de juntas
tipo de junta:
especificar o tipo de junta entre os dois elos
do sistema
Out/2022 Mecanismos 29
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de juntas
Juntas ideais
Não há folga
Não há flexibilidade
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de juntas: tipos mais comuns
translacional
esférica
revoluta
cilíndrica
fuso
universal
fixa
Out/2022 Mecanismos 31
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
Modelagem de juntas: tipos
junta translacional:
y
permite apenas a
translação relativa x
entre dois corpos z y
ao longo de um x
eixo (restringe
cinco graus de z
liberdade)
Out/2022 Mecanismos 32
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
Modelagem de juntas: tipos
junta esférica:
z y
impõe que dois
pontos pertencentes z
y
a dois corpos x x
distintos sejam
sempre coincidentes
(restringe três graus
de liberdade)
Out/2022 Mecanismos 33
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
Modelagem de juntas: tipos
junta revoluta:
z z
permite apenas a x
rotação relativa y
entre dois corpos x
em torno de um eixo y
(restringe cinco
graus de liberdade)
Out/2022 Mecanismos 34
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
Modelagem de juntas: tipos
y
junta cilíndrica:
x
permite a translação
e rotação relativa z
entre dois corpos
em torno de um eixo x
(restringe quatro y
graus de liberdade) z
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
Modelagem de juntas: tipos
junta fuso:
permite a translação e rotação
y
relativa entre dois corpos em torno x
de um eixo mas impõe uma relação
entre a rotação e a translação z x
definida pelo passo da rosca y
z
(restringe cinco graus de liberdade)
Out/2022 Mecanismos 36
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
Modelagem de juntas: tipos
junta universal:
impõe que dois pontos pertencentes z y
a dois corpos distintos sejam x
sempre coincidentes e que a rotação z
em torno de eixos longitudinais x y
sejam iguais (restringe quatro graus
de liberdade)
Out/2022 Mecanismos 37
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
Modelagem de juntas: tipos
junta fixa:
não permite nenhum z
movimento relativo y
entre dois corpos x z
(restringe todos os seis
graus de liberdade, os y
dois corpos são x
“soldados” um ao
outro)
Out/2022 Mecanismos 38
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
Exemplo
2(t)
bloco deslizante.
1(t)
Considere que as juntas são
ideais.
x(t)
Out/2022 Mecanismos 39
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
Exemplo - solução
Posição: x1(t) x2(t)
x t l1 t l2 t
l1 t x1 t i y1 t j
2(t)
y2(t)
l2 t x2 t i y 2 t j y1(t)
l1 t l2 t
x1 t l1 cos 1 x2 t l2 cos 1 1(t)
y1 t l1 sin 1 y2 t l2 sin 1
x t
Out/2022 Mecanismos 40
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
Exemplo - solução
Posição: x1(t) x2(t)
x t x1 t x2 t
y t y1 t y2 t 0
2(t)
x t l1 cos 1 t l2 cos 2 t
y2(t)
y1(t) l1 t
l2 t
y t l1 sin 1 t l2 sin 2 t 0
1(t)
l1
sin 2 t sin 1 t
l2
x t
Out/2022 Mecanismos 41
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
Exemplo - solução
Posição: x1(t) x2(t)
l1
2 t sin sin 1 t
1
l2
Há apenas duas soluções 2(t)
y2(t)
diferentes para esta equação. y1(t) l1 t
l2 t
A correta depende da posição 1(t)
inicial.
x t l1 cos 1 t l2 cos 2 t
x t
Out/2022 Mecanismos 42
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de forças
Out/2022 Mecanismos 43
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de forças: tipos
força/momento concentrado
mola-amortecedor translacional
mola-amortecedor rotacional
viga ou elo rígido
bucha
atrito
contato
Out/2022 Mecanismos 44
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de forças: tipos
força/momento
F z, M z
concentrado
Fy, My
força ou momento z
aplicado em um ponto P
de um elo; valor pode
Fx, Mx
depender do tempo e
das variáveis do y
problema x
Out/2022 Mecanismos 45
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de forças: tipos
mola-amortecedor
translacional
mola/amortecedor z P2
translacional entre P1 z
dois pontos fixos
em elos distintos; y
pode ser linear ou y
não linear x
x
Out/2022 Mecanismos 46
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de forças: tipos
mola-amortecedor
rotacional
z
mola/amortecedor z
rotacional entre
dois pontos fixos y
em elos distintos; y
pode ser linear ou x x
não linear
Out/2022 Mecanismos 47
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de forças: tipos
viga
modela elemento
elástico (tipo viga) z P2
entre dois pontos P1
fixos em elos z
distintos. y
Obs: se a conexão entre os
y
pontos for rígida, trata-se x
de uma restrição de
x
distância fixa entre pontos
Out/2022 Mecanismos 48
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de forças: tipos
bucha
modela flexibilidade
de uma junta nos
graus de liberdade
restritos pela junta;
não remove graus
de liberdade do
sistema
Out/2022 Mecanismos 49
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de forças: tipos
atrito
modela força de
atrito nos graus de
liberdade
ortogonais aos T
restritos por uma
junta; proporcional
à força de restrição
Out/2022 Mecanismos 50
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Introdução
modelagem de forças: tipos
modela contato
entre ponto-ponto,
ponto-curva, curva-
curva; a força só é
F
não nula quando há
penetração (força
restaura condição
de contato)
Out/2022 Mecanismos 51
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Restrições
Out/2022 Mecanismos 52
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Definições básicas
Número de graus de liberdade
Out/2022 Mecanismos 53
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Definições básicas
Número de graus de liberdade
Exemplos:
uma partícula no plano possui dois graus
de liberdade
uma partícula no espaço possui três graus
de liberdade
Out/2022 Mecanismos 54
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Definições básicas
Restrições
Out/2022 Mecanismos 55
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Definições básicas
Restrições redundantes
Out/2022 Mecanismos 56
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Definições básicas
Número de graus de liberdade de um sistema
n Ni C
i
Definições básicas
Número de graus de liberdade de um sistema
n Ni C
i
Out/2022 Mecanismos 58
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Definições básicas
Coordenadas generalizadas
Out/2022 Mecanismos 59
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Tipos de
restrições
Out/2022 Mecanismos 60
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Tipos de restrições
Restrições holonômicas
Out/2022 Mecanismos 61
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Tipos de restrições
Restrições holonômicas
Tipos de restrições
Restrições holonômicas
y duas coordenadas:
s x1, y1
y1 uma restrição:
y = f(x) y1 f ( x1 ) 0
o sistema tem
um grau de
x
liberdade: s
x1
Out/2022 Mecanismos 63
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Tipos de restrições
Restrições holonômicas: forma diferencial
as restrições holonômicas podem ser escritas
numa forma diferencial derivando-se em relação
ao tempo:
Out/2022 Mecanismos 64
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Tipos de restrições
Restrições holonômicas: forma diferencial
multiplicando-se a expressão acima por dt
obtém-se a forma diferencial da restrição:
f f f f f
dx1 dy1 dz1 dzN dt 0
x1 y1 z1 zN t
as restrições holonômicas removem graus
de liberdade do mecanismo
Out/2022 Mecanismos 65
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Tipos de restrições
Restrições não-holonômicas
Out/2022 Mecanismos 66
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Tipos de restrições
Restrições não-holonômicas
Problemas de contato
problemas de contato são representados por
restrições não-holonômicas entre as
coordenadas dos corpos envolvidos
na prática, problemas de contato são tratados
utilizando-se de forças de contato que
aparecem quando há interpenetração dos
corpos
Out/2022 Mecanismos 67
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Tipos de restrições
Restrições não-holonômicas
Problemas de contato
a força de contato tipicamente depende de
parâmetros como:
1) posição e velocidade relativa dos corpos
2) rigidez do conjunto (pode ser não linear)
3) amortecimento
4) máxima interpenetração admissível
Out/2022 Mecanismos 68
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Tipos de restrições
Implementação computacional
em pacotes computacionais de análises de
sistemas mecânicos:
as restrições holonômicas são modeladas por
equações de restrição (removem graus de
liberdade do sistema)
as restrições não-holonômicas são modeladas
por forças aplicadas ao sistema que mantém a
restrição satisfeita (não removem graus de
liberdade do sistema)
Out/2022 Mecanismos 69
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Tipos de restrições
Implementação computacional
um sistema com:
n coordenadas e;
m restrições holonômicas
pode ser modelado por:
Out/2022 Mecanismos 70
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Restrições redundantes
Definição
são restrições que não acrescentam informação
nova ao sistema em função de outras restrições
já existentes no sistema
restrições redundantes são detectadas
automaticamente e eliminadas da análise pelo
software de análise
as forças de restrição associadas às juntas
redundantes são eliminadas do problema
Out/2022 Mecanismos 71
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Restrições redundantes
Situações práticas
restrições redundantes aparecem em várias situações
práticas:
uso de mais de um atuador para aumentar a
confiabilidade (exemplo: flaps, slats)
as restrições redundantes são sempre holonômicas,
isto é removem graus de liberdade do mecanismo;
as restrições não holonômicas são representadas por
forças, ou seja nunca são redundantes
Out/2022 Mecanismos 72
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Restrições redundantes
Exemplo: mecanismo com junta redundante
Restrições redundantes
Exemplo: mecanismo com junta redundante
Removendo-se a
barra inferior tem-
se um mecanismo
equivalente a um
mecanismo de
quatro barras (três
corpos e quatro
juntas, com um
n = 3 * 3 4 * 2 = 1 (mecanismo) grau de liberdade)
Out/2022 Mecanismos 74
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Restrições redundantes
Exemplo: mecanismo com junta redundante
ao remover-se a barra
inferior a massa da
barra, a força na barra
e nas articulações são
removidas do
problema
Out/2022 Mecanismos 75
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Restrições redundantes
Exemplo: mecanismo com junta redundante
Juntas revolutas
n = 6 * 1 – 5 * 2 = 4
Out/2022 Mecanismos 76
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Restrições redundantes
Exemplo: mecanismo com junta redundante
Juntas revolutas
uma das juntas revolutas
é redundante
um corpo com 6 graus
de liberdade e uma junta
revoluta com 5 restrições
n=6*1–5*1=1
Out/2022 Mecanismos 77
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Restrições redundantes
Exemplo: mecanismo com junta redundante
Out/2022 Mecanismos 78
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Restrições redundantes
Redundância
Out/2022 Mecanismos 79
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Restrições redundantes
Redundância
Out/2022 Mecanismos 80
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Sistemas de
referência
Out/2022 Mecanismos 81
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Sistemas de referência
Há pois tipos de sistemas de referência para as análises
cinemática e dinâmica de mecanismos:
1. Sistema de referência inercial
2. Um sistema fixo em cada elo do mecanismo
Out/2022 Mecanismos 82
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Sistemas de referência
2. Sistemas de referência fixos em cada elo
Tanto em mecanismos 2D como em 3D os sistemas de
referência fixos nos elos tem a origem no centro de massa.
Esses sistemas têm várias funções:
a. As coordenadas da origem desses sistemas (fixos nos
centros de massa dos elos) em relação ao sistema de
referência inercial são variáveis do problema. Com essas
informações é possível calcular as forças de inércia de
translação. Note que a lei de Newton tem que ser aplicada em
relação a um referencial inercial
Out/2022 Mecanismos 83
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Sistemas de referência
2. Sistemas de referência fixos em cada elo (cont.)
b. As orientações desses sistemas (fixos nos centros de massa
dos elos) em relação ao sistema de referência inercial são
variáveis do problema. Com essas informações é possível
calcular as forças de inércia de rotação.
Para mecanismos 2D, o momento de inércia é um escalar e
não se altera com a orientação; portanto, o eixo para o
cálculo do momento de inércia é perpendicular ao plano do
elo (a única rotação possível do elo)
Out/2022 Mecanismos 84
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Sistemas de referência
2. Sistemas de referência fixos em cada elo (cont.)
b. (cont.) Para mecanismos 3D, o movimento de rotação é
arbitrário (pode haver rotação em torno de três eixos). Nesse
caso, os momentos de inércia do elo mudam de magnitude
com a orientação em relação ao referencial inercial fixo.
Portanto, para mecanismos 3D, em geral, os sistema fixos em
cada elo tem origem no centro de massa e eixos coordenados
ao longo das direções principais do tensor de inércia de
rotação que, nesse caso pode ser representado por uma
matriz diagonal (facilita as equações e agiliza as análises).
Out/2022 Mecanismos 85
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Sistemas de referência
2. Sistemas de referência fixos em cada elo (cont.)
b. (cont.) Note que as coordenadas de orientação de cada elo
do mecanismo são as orientações dos eixos coordenados de
cada sistema fixo no corpo. Para o cálculo dos torques de
inércia, essas orientações e respectivas rotações devem ser
expressas no sistema fixo no elo (mudança de coordenadas).
c. Os sistemas de coordenadas fixo em cada elo são
necessários para expressar as posições, velocidades e
acelerações de todos os pontos de cada elo.
Out/2022 Mecanismos 86
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Sistemas de referência
2. Sistemas de referência fixos em cada elo (cont.)
c. (cont.) A posição e orientação de cada junta de cada elo são
necessárias para calcular essas grandezas em relação ao
sistema de referência inercial. Isso é fundamental porque tem
pelo menos dois elos com sistemas fixos nos elos com
posições e orientações, em geral, distintas.
As restrições impostas por cada junta só podem ser
calculadas no sistema inercial.
Out/2022 Mecanismos 87
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Sistemas de referência
2. Sistemas de referência fixos em cada elo (cont.)
c. (cont.) As posições e velocidades de cada um dos pontos de
aplicação de todas as forças aplicadas a cada elo também
são inicialmente expressas no sistema local. Entretanto, o
equilíbrio de forças e cálculo dos trabalhos de cada força têm
que usar o sistema inercial. Portanto, essas grandezas têm
que ser expressas no sistema inercial fazendo mudanças de
coordenadas e adicionando as velocidade do centro de
massa.
Out/2022 Mecanismos 88
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Sistemas de referência
Exemplo
Y y1
Y1
y x
x1 X1 t X cm t x1 t cos t y1 t sin t
Ycm
Y1 t Ycm t x1 t sin t y1 t cos t
X
Xcm X1
Out/2022 Mecanismos 89
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Sistemas de referência
Exemplo A posição da junta
Y Junta
Yj y no sistema de
y x referência inercial
x
deve ser a mesma
usando a
transformação de
coordenadas para
os dois elos.
Essa é a restrição
X da junta revoluta (2
XJ restrições, x e y)
Out/2022 Mecanismos 90
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Corpos rígidos
Out/2022 Mecanismos 91
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
CORPO RÍGIDO
Definição
• um corpo rígido é um corpo onde a distância
entre quaisquer dois pontos é constante (não se
altera durante a operação do sistema)
• portanto, em um corpo rígido, existe para cada
par de pontos uma restrição do tipo:
( xi x j )2 ( yi y j )2 ( zi z j )2 dij 0
Out/2022 Mecanismos 92
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
CORPO RÍGIDO
Número de graus de liberdade de um corpo rígido
Out/2022 Mecanismos 93
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
CORPO RÍGIDO
Coordenadas generalizadas para um corpo rígido
Out/2022 Mecanismos 94
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
Restrições
motoras
Out/2022 Mecanismos 95
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
RESTRIÇÕES MOTORAS
Definição
Coordenadas motoras
coordenadas motoras são coordenadas
prescritas em função do tempo
Out/2022 Mecanismos 96
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
RESTRIÇÕES MOTORAS
Análise cinemática
Análise Cinemática
• um sistema com m graus de liberdade
com m coordenadas motoras não tem
nenhum grau de liberdade mecânico
análise cinemática
• na análise cinemática existem apenas
equações algébricas não-lineares; não
há equações diferenciais
Out/2022 Mecanismos 97
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
RESTRIÇÕES MOTORAS
Exemplo - mecanismo de 4 barras
• 3 barras no plano (3 graus
de liberdade por barra)
• 4 juntas revolutas no
f plano (2 restrições por
junta)
• o sistema tem 1 grau de
liberdade
m=3*3–4*2=1
Out/2022 Mecanismos 98
Prof. Sérgio Frascino Müller de Almeida
RESTRIÇÕES MOTORAS
Exemplo - mecanismo de 4 barras
o sistema tem 1 grau de
liberdade (m = 1)
define-se uma coordenada
f motora, por exemplo:
f(t) = f(t)
Coordenadas
Generalizadas
COORDENADAS GENERALIZADAS
Definição
coordenadas generalizadas são definidas por um
conjunto de coordenadas que descreve a
posição de cada partícula do sistema
o número mínimo de coordenadas generalizadas
é igual ao número de graus de liberdade do
sistema
para cada coordenada generalizada adicional
deve existir uma equação de restrição
COORDENADAS GENERALIZADAS
Definição
portanto, o número de coordenadas
generalizadas é igual ao número de graus de
liberdade do sistema mais o número de
restrições não redundantes
usando-se um número grande de coordenadas
facilita-se a geração das equações do movimento
mas aumenta o número de equações a serem
resolvidas
COORDENADAS GENERALIZADAS
Exemplo – mecanismo de 4 barras
Caso 1: coordenada
l2 generalizada
l3 uma coordenada (f)
l1 f
não há restrições
l0
COORDENADAS GENERALIZADAS
Exemplo – mecanismo de 4 barras
f3 Caso 2: coordenadas
l2 relativas
f2
l3 três coordenadas (f1, f2, f3)
f1
l1 há 2 restrições:
l0
l1 cos(f1 ) l2 cos(f2 ) l3 cos(f3 ) l0
l1sin(f1 ) l2 sin(f2 ) l3 sin(f3 ) 0
COORDENADAS GENERALIZADAS
Exemplo – mecanismo de 4 barras
Caso 3: coordenadas
(x2, y2) f2
cartesianas
l3
l2
f3 nove coordenadas (x1, y1, f1,
f1 (x3, y3)
l1 x2, y2, f2, x3, y3, f3)
(x1, y1)
l0 há 8 restrições:
COORDENADAS GENERALIZADAS
Exemplo – mecanismo de 4 barras
l1
x1 cos(f1 ) 0
Caso 3: coordenadas 2
l
cartesianas - restrições y1 1 sin(f1 ) 0
2
l l
x1 1 cos(f1 ) x2 2 cos(f2 ) 0
2 2
l l
y1 1 sin(f1 ) y2 2 sin(f2 ) 0
2 2
(x2, y2) f2 l l
l3 x2 2 cos(f2 ) x3 3 cos(f3 ) 0
l2 2 2
f3 l l
y2 2 sin(f2 ) y3 3 sin(f3 ) 0
l1 f1 (x3, y3) 2 2
(x1, y1) l
x3 3 cos(f3 ) l0 0
2
l0 l
y3 3 sin(f3 ) 0
2