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INTRODUÇÃO

O surgimento dos povos israelenses


e palestinos está ligado à história de
Abraão, que recebeu de Deus a
missão de migrar para a “terra
prometida”, em Canaã.
"Partiu, pois Abrão, como o Senhor
lhe ordenara, e Ló foi com ele. Tinha
Abrão setenta e cinco anos quando
saiu de Harã.
Abrão levou consigo a Sarai, sua
mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e
todos os bens que haviam adquirido,
e as almas que lhes acresceram em
Harã; e saíram a fim de irem à terra
de Canaã; e à terra de Canaã
chegaram.
Passou Abrão pela terra até o lugar
de Siquem, até o carvalho de Moré.
Nesse tempo estavam os cananeus
na terra.
Apareceu, porém, o Senhor a Abrão,
e disse: À tua semente darei esta
terra. Abrão, pois, edificou ali um
altar ao Senhor, que lhe aparecera".
(Gênesis, 12.4-7).
Deus promete que essa terra seria
para sempre dos descendentes de
Abraão:
"Dar-te-ei a ti e à tua descendência
depois de ti a terra de tuas
peregrinações, toda a terra de
Canaã, em perpétua possessão; e
serei o seu Deus".
(Gênesis, 17.8).
Abraão peregrina naquela terra
dominada a princípio pelos
cananeus.
Essa terra foi depois chamada de
Filistina de onde derivou o nome
Palestina que significa "Terra dos
Filisteus".
Abraão peregrinou por esta terra:
"E peregrinou Abraão na terra dos
filisteus muitos dias".
(Gênesis, 21.34).
Abraão precisou crer na promessa
de que seria pai de grandes nações.
Mas não tinha filhos pois era
avançado em idade assim como sua
mulher Sara. Mas Deus lhe promete
um filho.
Mas a impaciência na espera da
promessa divina de que Abraão teria
um filho levou- o a se utilizar de um
expediente legal e cultural da época:
em que Agar, a escrava de Sara, se
tornaria uma espécie de mãe de
aluguel; contudo, o filho dessa união,
Ismael, seria considerado legalmente
como filho de Abraão e Sara.
O que de fato se consumou,
porém,isso não foi correto aos olhos
do Senhor, que permitiu se criar uma
grande rivalidade entre Sara e sua
serva Agar, a ponto de Sara a
expulsar de casa, indo Agar e o filho
para o deserto.
Deus envia seu anjo para salvar Agar
e seu filho Ismael: “Disse-lhe
também o anjo do Senhor: Eis que
concebeste, e darás à luz um filho, e
chamarás o seu nome Ismael;
porquanto o Senhor ouviu a tua
aflição” (Gn.16:11).
Além da promessa de proteção e
bênção há a profecia de que Ismael
seria homem de guerra e estaria
como uma afronta diante de seus
irmãos:
“E ele será homem feroz, e a sua
mão será contra todos, e a mão de
todos contra ele; e habitará diante da
face de todos os seus irmãos”
(Gn.16:12).
Essa era a promessa de nações a
Abraão: “E te farei frutificar
grandissimamente, e de ti farei
nações, e reis sairão de ti” (Gn.17:6).
Dessa promessa temos os doze
príncipes de Ismael:
"E quanto a Ismael, também te tenho
ouvido; eis que o tenho abençoado, e
fá-lo-ei frutificar, e multiplicá-lo-ei
grandissimamente; doze príncipes
gerará, e dele farei uma grande
nação.
(Gênesis, 17.20).
Os descendentes de Ismael são os
árabes (Gn.25:12-18).

O texto bíblico ainda cuida de dar a


localização geográfica dos
descendentes de Ismael e de Isaque,
Ismael e seus descendentes foram:
“E habitaram desde Havilá até Sur,
que está em frente do Egito, como
quem vai para a Assíria; e fez o seu
assento diante da face de todos os
seus irmãos” (Gn.25.18), enquanto a
Isaque – como único herdeiro de
Abraão – e à sua descendência, foi
dado os limites da Terra Prometida:
“Naquele mesmo dia fez o Senhor
uma aliança com Abrão, dizendo: tua
descendência tenho dado esta terra,
desde o rio do Egito até ao grande
rio Eufrates” (Gn.15:18; 26:3).
Deus anuncia a Moisés os limites da
terra e que ele expulsaria os
moradores dali
"E fixarei os teus limites desde o Mar
Vermelho até o mar dos filisteus, e
desde o deserto até o rio; porque hei
de entregar nas tuas mãos os
moradores da terra, e tu os
expulsarás de diante de ti."
(Êxodo, 23.31)
Essa promessa se consumou com a
conquista da terra por Josué:
"Era Josué já velho e avançado em
anos, quando lhe disse o Senhor: Já
estás velho e avançado em anos, e
ainda fica muitíssima terra para se
possuir.
A terra que ainda fica é esta: todas
as regiões dos filisteus, bem como
todas as dos gesureus,
desde Sior, que está defronte do
Egito, até o termo de Ecrom para o
norte, que se tem como pertencente
aos cananeus; os cinco chefes dos
filisteus; o gazeu, o asdodeu, o
asqueloneu, o giteu, e o ecroneu;
também os aveus;
todos os habitantes da região
montanhosa desde o Líbano até
Misrefote-Maim, a saber, todos os
sidônios. Eu os lançarei de diante
dos filhos de Israel; tão-somente
reparte a terra a Israel por herança,
como já te mandei".
(Josué, 13.1,2,3,6).
Os filisteus recusam aceitar a
presença dos hebreus e várias
guerras acontecem.
As tribos hebraicas decidem então
unir-se para formar uma monarquia,
cujo primeiro rei é Saul. O seu
sucessor, Davi derrota finalmente os
filisteus e fixa a capital do reino em
Jerusalém.
No ano de 66 d.C. inicia-se uma
rebelião dos judeus que foi
fortemente reprimida pelos romanos,
com a destruição do templo, no ano
de 70.
Muitos judeus abandonaram a
cidade.
No ano 135 nova rebelião dos judeus
acabou com novo massacre imposto
pelas legiões romanas e todos os
judeus abandonaram sua pátria se
espalhando por todo mundo.
O império romano rebatiza aquelas
terras, incluindo o território de Israel,
de Palestina.
Essa cidade passa a ser motivo de
várias contendas entre
árabes,muçulmanos e cristãos
europeus que originou as famosas
"cruzadas", guerras religiosas com
suposta justificativa de libertar a terra
santa dos "infiéis cristãos" segundo
os árabes e dos "sanguinários
muçulmanos" segundo os cristãos.

Depois de muitas disputas,de 1517 a


1917 o Império Turco-Otomano
passa a controlar toda região
(incluindo Síria e Líbano).
No começo do século XX tem início o
movimento Sionista, que é o retorno
de muitos judeus para a região que
habitavam originalmente, mas
passaram a serem hostilizados e
perseguidos pelas nações
árabes-muçulmanas.
No fim da primeira guerra mundial, o
Império Britânico vence o Império
otomano e faz da Palestina um
protetorado.
Em 1947 a recém criada ONU,
propõe um plano de partilha da
região em dois Estados, sendo um
Judeu e um palestino.
Os árabes recusam esta partilha. A
14 de maio de 1948, os israelitas
declaram a constituição do estado de
Israel levando à declaração de
guerra por parte de Egito, Jordânia,
Síria, Líbano, Arábia Saudita, Iraque
e Iêmen. Nos 19 meses seguintes,
na chamada Guerra da
Independência, Israel sairia
vencedor, conquistando um território
maior do que o inicialmente proposto
pelas Nações Unidas, dois anos
antes.
Em 1967, novo conflito entre Israel e
uma união de países árabes
chamada de " guerra dos seis dias"
onde novamente Israel sairia
vencedor ocupando a península do
Sinai (Egito), as Colinas de Golã
(Síria) e a Cisjordânia (Jordânia) e
reconquistando Jerusalém.
A partir de então, Israel adota uma
política de colonização das áreas
ocupadas, construindo as casas para
os seus cidadãos.
Vários conflitos continuaram
acontecendo como a guerra de 1973,
e o levante do Hamas Em 2005.
Desde 1978 quando um primeiro
acordo de paz foi feito entre árabes e
judeus mediado pelo então
presidente dos Estados Unidos,
Jimmy Carter, passando por Bill
Clinton
até os dias atuais, a ONU tenta
chegar a um acordo mas sem
sucesso.
Em 2012 a Organização numa
resolução histórica reconhece o
direito dos palestinos de terem um
Estado na região como o de Israel.
E agora em 2023 vemos novo ataque
terrorista do hamas contra Israel
iniciando uma guerra que ainda não
teve o seu desfecho.

CONCLUSÃO
Dos tempos bíblicos até hoje
conhecemos então as origens desse
conflito que hoje além do sentido
histórico, religioso, também é
motivado por questões políticas e
econômicas que afetam todo o
mundo.
Para nós cristãos, sabemos que
será o Anticristo, o falso Messias que
trará a paz entre judeus e árabes
mas será uma falsa paz. Sabemos
que Israel ainda viverá dias terríveis
de sofrimento na grande tribulação
mas que no final verá a volta de
Cristo nas nuvens para salvar seu
povo das mãos dos gentios liderados
pelo Anticristo.
Cristo vencerá todos os inimigos,
prenderá o diabo na prisão do
abismo e dará início ao glorioso
reino milenar com capital em
Jerusalém e Israel será cabeça das
nações.
"Assim virão muitos povos, e
poderosas nações, buscar em
Jerusalém o Senhor dos exércitos, e
suplicar a bênção do Senhor.
Assim diz o Senhor dos exércitos:
Naquele dia sucederá que dez
homens, de nações de todas as
línguas, pegarão na orla das vestes
de um judeu, dizendo: Iremos
convosco, porque temos ouvido que
Deus está convosco."
(Zacarías, 8.22,23).

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