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AQUIDAUANA – MS
ABRIL – 2019
SUMÁRIO
Introdução................................................................................................ 1
O Ciclo do Nitrogênio.............................................................................. 2
Nitrificação e Desnitrificação................................................................. 4
Fixação de Nitrogênio............................................................................. 5
Funções do Nitrogênio........................................................................... 5
Deficiência de Nitrogênio....................................................................... 6
Fontes de Nitrogênio.............................................................................. 6
Estudo de Caso....................................................................................... 9
Referências Bibliográficas..................................................................... 10
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INTRODUÇÃO
Ferro (Fe)
O CICLO DO NITROGÊNIO
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matéria orgânica morta e nas excretas. Decomposição ou amonificação é
realizada por bactérias e fungos;
Nitrificação: Processo de conversão da amônia em nitratos;
Desnitrificação: As bactérias desnitrificantes, são capazes de converter
os nitratos em nitrogênios molecular, que volta à atmosfera fechando o ciclo.
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Figura 2. A maior parte do N do solo está no depósito orgânico e não está
prontamente disponível para o uso pelas plantas.
NITRIFICAÇÃO E DESNITRIFICAÇÃO
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A nitrificação é importante para a produção vegetal, pois o nitrato é
prontamente disponível para as culturas. Contudo, o nitrato é extremamente
móvel no solo, movimentando-se com a água livre, o que facilita sua lixiviação.
Além disso, os nitratos podem ser reduzidos a óxido nitroso (N2O) ou N
elementar (N2) e perdidos para a atmosfera, em um processo chamado de
desnitrificação.
A desnitrificação acontece em solos com alto teor de matéria orgânica e
baixa disponibilidade de oxigênio. Em situações como essa, os microrganismos
utilizam nitrato e nitrito como aceptores de elétrons na oxidação da matéria
orgânica, ocorrendo a remoção do nitrogênio do solo na forma de gás.
FIXAÇÃO DE NITROGÊNIO
FUNÇÕES DO NITROGÊNIO
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Uma vez absorvido, o nitrogênio é reduzido e incorporado em compostos
orgânicos.
O nitrogênio é abundantemente encontrado nas plantas como um
peptídeo ligado as proteínas, uma ligação muito estável, pois sua configuração
eletrônica permite fortes ligações covalentes com dois átomos adjacentes de C.
Dessa forma, o N é constituinte de aminoácidos, nucleotídeos, coenzimas,
vitaminas, clorofila, alcalóides e outros.
A ausência desse elemento afetará principalmente a síntese protéica, com
consequências no crescimento e na fotossíntese. A inibição da síntese de
clorofila impedirá a utilização da luz solar como fonte de energia pela planta.
Plantas com níveis adequados de N apresentam folhas de coloração verde
escura, com folhagem suculenta.
DEFICIÊNCIA DE NITROGÊNIO
FONTES DE NITROGÊNIO
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de plantio direto tem o objetivo de proporcionar o aumento da matéria orgânica
do solo, com alterações nas condições físicas, químicas e biológicas do solo.
No entanto, a disponibilização adequada de N para as plantas depende
do entendimento das técnicas utilizadas, da dinâmica do nutriente nos solos e
nos sistemas agrícolas e também da fonte de nitrogênio utilizada.
Os fertilizantes nitrogenados utilizados hoje são, em sua maioria,
provenientes da fixação sintética (industrial) do nitrogênio atmosférico em formas
amoniacais, que podem ser posteriormente processados em outros compostos,
como vistos a seguir:
Amônia anidra – esta fonte contém a maior proporção de nitrogênio entre
os fertilizantes encontrado no mercado (82%). A amônia anidra é armazenada
sob pressão, como um líquido, e é aplicada ao solo normalmente por mistura na
água de irrigação, em sistemas de inundação ou sulcos
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Sulfonitrato de amônio - obtido pela mistura de soluções de nitrato e
sulfato de amônio, contendo 25% de N total, sendo 5% na forma nítrica e 20%
na forma amoniacal. Além disso, contém cerca de 15% de S.
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ESTUDO DE CASO
Caso 1:
Um produtor determina para o cultivo de trigo uma área caracterizada por
um Latossolo Vermelho distroférrico típico, com um perfil profundo, bem
drenado, coloração vermelho escuro, com altos teores de argila e predominância
de argilominerais 1:1 e oxi-hidróxidos de ferro e alumínio.
A área está localizada em uma região de altitude próxima a 400 metros e
clima subtropical úmido, com ocorrência de verões quentes e sem de estiagens
prolongadas. Além de invernos frios e úmidos, com ocorrência frequente de
geadas. A pluviosidade anual é registrada com valores próximos a 1600 mm
anuais, tendo as maiores precipitações no inverno.
A característica mais marcante da área é a ocorrência de um sistema de
semeadura direta consolidado, com dez anos de implantação. No período do
verão, a área é dividida em dois ambientes, ocupados com soja e com milho.
Foi selecionado o cultivar BRS – Guamirim, com característica super
precoce. Realizou-se adubação nitrogenada de base conforme o precedente
cultural estabelecido, sendo de 40 Kg.ha-1 e 60 Kg.ha-1 para a soja e o milho,
respectivamente.
Ao fim do cultivo, o rendimento de grãos para o trigo produzido na área de
soja foi de 2370 Kg.ha-1, enquanto os grãos produzidos em sucessão ao milho
tiveram rendimento de 2080 Kg.ha-1. O que ocasionou o menor rendimento em
sucessão ao milho, mesmo com maior adubação nitrogenada?
Resolução:
O cultivo de soja promove o aumento da disponibilidade de nitrogênio no
solo, devido à fixação biológica do elemento, além de deixar um resíduo vegetal
de fácil decomposição, devido à sua baixa relação C/N. Assim, o cultivo do trigo
em sucessão à soja proporciona uma boa produtividade, mesmo com menor
resposta ao nitrogênio aplicado. Por outro lado, o milho tem uma alta relação
C/N, o que torna seu resíduo de difícil decomposição e aumenta a demanda por
nitrogênio das culturas que o sucedem.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NETO, M.S.; PICCOLO, M.C.; VENZKE FILHO, S.P; FEIGL, B.J.; CERRI, C.C.
mineralização e desnitrificação do nitrogênio no solo sob sistema plantio direto.
Bragantia, Campinas, v. 69, n. 4, p923-936, 2010.
TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. – 10. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2012.
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