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SEARLE E A SALA CHINESA

John Rogers Searle (Denver, 31 de julho de 1932) é um filósofo analítico, escritor norte-
americano e foi professor emérito
Searle tem trabalhos em diferentes áreas filosóficas, com foco principal nas Filosofia da
Língua, Filosofia da Mente e Filosofia da Ação
No nosso ensaio, focamo-nos nos trabalhos e argumentos da Filosofia da Mente de Jonh
Searle; mais especificamente no argumento do “Quarto/Sala Chinesa”, pois questiona a
validade do teste de Turing e a capacidade das máquinas de compreenderem a linguagem.
Sendo assim, a tese que nos vamos defender diz:
“Que, em uma sala fechada há um homem que não sabe falar chinês e

de um lado da sala há uma janela por onde recebe cartões com perguntas em chinês e

instruções que indiquem, na sua língua materna, quais os símbolos que deve escolher na

sala para responder às questões dadas. O homem deve pegar a resposta correta, e

entregá-la com a pergunta recebida, na janela do outro lado da sala. Quem receber,

acreditará que o homem na sala sabe falar chinês, quando na verdade só está a seguir

instruções na língua que conhece, e seguindo-as para encontrar as respostas corretas.”

Neste caso o chinês corresponde a linguagem humana, não compreendida pela


máquina, e a linguagem materna aos scripts de computador que a máquina segue para
“pensar” e formular as respostas.
Conclui-se então que Searle afirma que a máquina não está
originalmente “a pensar”, mas apenas a seguir regras formais do seu programa.
Pode-se dizer que este argumento se baseia em pressupostos:
1. A concepção da mente humana como aquilo que, além de ter habilidades sintáticas,
necessariamente possui habilidades semânticas.
2. As habilidades semânticas não podem ser derivadas (ou, pelo menos, exclusivamente
derivadas) de habilidades sintáticas. Neste pressuposto está envolvido o conceito de
intencionalidade: nossas habilidades semânticas envolvem necessariamente a
intencionalidade e “(…) nenhum modelo puramente formal jamais será suficiente por si
mesmo para a intencionalidade porque as propriedades formais não são por si mesmas
constitutivas da intencionalidade
3. Os computadores realizam atividades que são puramente formais, ou, como ele escreve,
podem ser especificadas em termos puramente formais.

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