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CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS E REDAÇÃO

“Nós somos o que repetidamente fazemos. Excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito.”
Aristóteles

1º semestre/2024
É TUDO UMA QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO!...
O TESTAMENTO
Um homem rico, sem filhos, sentindo-se morrer, pediu papel e caneta e escreveu assim:
“Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do mecânico nada aos pobres”. Não
teve tempo de pontuar – morreu.
Eram quatro concorrentes. Chegou o sobrinho e fez estas pontuações numa cópia do bilhete:
“Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do mecânico. Nada aos pobres”.
A irmã do morto chegou em seguida com outra cópia do testamento e pontuou assim:
“Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do mecânico. Nada aos pobres”.
Apareceu o mecânico, pediu uma cópia do original e fez estas pontuações:
“Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do mecânico. Nada aos pobres”.
Um juiz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade. Um deles, mais sabido, tomou outra cópia do
testamento e pontuou deste modo:
“Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do mecânico? Nada! Aos pobres”.
(Adaptado de: Amara Venturo e Roberto Augusto Soares Leite. Comunicação/Expressão em língua nacional. São Paulo: Nacional, 1973. p.84.)
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Se os homens soubessem o valor que têm as mulheres, ficariam de joelhos aos seus pés.
Se os homens soubessem o valor que têm, as mulheres ficariam de joelhos aos seus pés.
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Campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa)


A vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.


23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.


Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.


Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.


Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.


Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.


ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
COMO INTERPRETAR BEM TEXTOS
PASSO INSTRUÇÃO GERAL COMENTÁRIO
  

1 Leia o texto procurando entender o seu Nesse passo, você apenas lê o texto sem preocupação de
sentido geral. guardar detalhes. O sentido geral do texto é muito importante
para o seu sucesso final. Às vezes, o título é uma pista
importante para você descobrir o seu sentido geral.

2 Procure no dicionário as palavras ou Muitas vezes não há necessidade de procurar o significado de


expressões que você desconhece. uma palavra. O sentido do texto lhe dá o significado
(Numa prova de concurso, esse passo é procurado. Entretanto, na medida do possível, use o
inviável. Pressupõe-se do candidato, dicionário. Você estará aumentando seus conhecimentos.
pelo menos, um razoável vocabulário).

3 Identifique as ideias centrais do texto. Em geral, cada parágrafo contém uma ideia central e algumas
secundárias. Leia cada parágrafo atentamente e procure, em
cada um, sua ideia central (considera-se ideia central toda
ideia núcleo, isto é, toda ideia à qual se subordinam outras de
um parágrafo ou parte). A identificação pode ser feita
sublinhando-se o texto ou escrevendo-se a ideia nas margens,
caso ela não possa ser identificada com nenhuma frase ou
expressão do próprio texto. Esse passo é decisivo para o seu
sucesso. Faça-o com todo cuidado!

NOTA: Se você fez os passos 1, 2 e 3 você terá conseguido:


-entender o sentido geral do texto (às vezes, é pedido que você o identifique);
-selecionar as suas ideias centrais e relacioná-las com as secundárias (em geral as questões exploram bastante as ideias
centrais);
-compreender todas as palavras ou expressões do texto (muitas vezes são feitas questões de vocabulário referentes às palavras
ou expressões mais difíceis). Esses passos são essenciais a outras atividades como elaboração de sínteses, resumos e
confecção de esquemas.

4 Leia as instruções para a resolução das Existem vários tipos de questões, mas, em geral, essas
questões. instruções se referem a afirmativas que podem estar de acordo,
contradizer ou ultrapassar as ideias do texto. Você terá de
decidir como se classifica cada afirmativa.

5 Leia cada questão atentamente. Veja realmente o que cada questão pede de você. Muitas vezes
o erro é proveniente do descuido com que se leem as questões.
Quem lê e entende uma questão tem pelo menos 50% de
sucesso garantido.

Para responder corretamente às questões você deverá voltar


6 Responda às questões. constantemente ao texto e confrontar minuciosamente as suas
ideias com o que diz cada questão.
PARA UMA BOA INTERPRETAÇÃO de textos curtos
 Leia o enunciado até o final.
 Saiba o que se pede (identifique os verbos – comandos do enunciado).
 Atente-se para a contextualização do texto.
 Estabeleça relações entre os textos.
 Grife elementos importantes da pergunta (dados, referências, autores, período histórico).
 Leia as respostas e relacione-as aos itens marcados no enunciado.
 Se o enunciado solicitar a tese (e não a análise de alternativas), elabore mentalmente a resposta – antes de ler as
respostas – e depois associe seu pensamento às alternativas disponíveis.

ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE MAPAS MENTAIS


Os mapas mentais foram criados pelo inglês Tony Buzan, na década de 1970. Seu objetivo era aprimorar o processo
de aprendizagem e a memorização utilizando uma abordagem não linear de encadeamento de informações. O método
de registro de ideias proposto por Buzan é organizado do modo em que o cérebro armazena informações nos
neurônios.
Os mapas mentais procuram representar, com o máximo de detalhes possível, a relação conceitual existente entre
informações que normalmente estão fragmentadas, difusas e pulverizadas em textos curtos ou longos.
Trata-se de uma ferramenta para ilustrar ideias e conceitos, lhes dar forma e contexto, traçar as relações de causa,
efeito, simetria e/ou similaridade que existem entre elas e torná-las mais palpáveis e mensuráveis, sobre os quais se
possa planejar ações e estratégias para alcançar objetivos específicos.
Os mapas mentais são úteis para memorizar os conteúdos e, mais do que isso, são uma forma de registrar – de
forma inteligente e que permita revisões ultrarrápidas – os assuntos compreendidos em forma de resumos que
sintetizam o entendimento das matérias.
Competências:
 Capacidade de sintetizar as ideias.
 Capacidade de ordenar e organizar as ideias.
 Capacidade de associação de ideias.
Sequência didática
1. O professor deve escolher um conteúdo ou texto a ser trabalhado e apresentá-lo aos alunos de forma geral.
2. Ao término da apresentação, o professor deve solicitar aos estudantes que elaborem o mapa mental do conteúdo
trabalhado.
3. Para elaborarem o mapa mental, os estudantes devem seguir as seguintes recomendações:
a) Iniciar no centro, com uma imagem do assunto, usando pelo menos três cores.
b) Usar imagens, símbolos, códigos e dimensões em todo seu mapa mental.
c) Selecionar as palavras-chave e escrevê-las usando letras minúsculas ou maiúsculas.
d) Colocar cada palavra/imagem sozinha e em sua própria linha. As linhas devem estar conectadas a partir da imagem
central. As linhas centrais são mais grossas, orgânicas e afinam-se à medida que irradiam para fora do centro.
e) Fazer as linhas do mesmo comprimento que a palavra/imagem que suportam.
f) Usar várias cores em todo o mapa mental, para a estimulação visual e para codificar ou agrupar.
g) Desenvolver seu próprio estilo pessoal de mapeamento da mente.
h) Usar ênfases e mostrar associações em seu mapa mental.
i) Manter o mapa mental claro, usando hierarquia radial, ordem numérica ou contornos para agrupar ramos.
Veja um exemplo de mapa mental:
PRATICANDO A INTERPRETAÇÃO...
INSTRUÇÃO: As questões de 01 a 09 baseiam-se no texto abaixo. Leia atentamente todo o texto antes de resolvê-las.
OSSOS DO ENSINO
O problema de evasão e repetência na escola brasileira já é mais um escândalo em nossa sociedade. Segundo
estudo apresentado pelo Prof. Goldemberg, na USP, 80%das crianças brasileiras que entram na escola não completam
o 1º grau, fato que anularia a Lei de Diretrizes e Bases, que decreta a obrigatoriedade de escolarização e boa qualidade
do ensino.
O assunto, abordado em texto do jornal do Brasil (junho93), mostra que muito já se falou sobre as causas desta
falência do ensino e que já não é mais aceitável a explicação simplista de que as crianças não aprendem por desnutrição
e carência. Na fala do Prof. Goldemberg, ressurge uma verdade que explicaria o fenômeno: o currículo inadequado e a
incompetência dos professores.
Segundo suas pesquisas, centenas de experiências pedagógicas comprovaram a melhoria substancial do
rendimento escolar de crianças de baixa renda, desde que as aulas fossem ministradas por professores motivados e
preparados.
Os professores de nosso ensino básico são qualificados para alfabetizar a classe social a que pertencem e, quando
colocados para alfabetizar o menino de favela, mostram-se desqualificados, recaindo a consequência sobre o favelado.
Este sofre reprovação, a repetência, a verdadeira expulsão da escola, uma punição injusta a quem é vítima e não
culpado pelas falhas do sistema.
Pesquisas em que se submeteram os professores às provas organizadas para o aluno tiveram resultado
vergonhoso, evidenciando que o sistema de exame final no Brasil é gerado para expulsar o aluno. Se os professores
não obtiveram resultado satisfatório, como exigi-lo do aluno?
Embora gerando reações contra, suspendeu-se, recentemente, no Rio, a reprovação nas quatro primeiras séries
do 1º grau, reforma baseada em modelos adotados na França, USA, Suécia e Alemanha, como única opção para acabar
com os insuportáveis índices de reprovação. Na Suécia, cujo 1º grau tem nove anos, a criança só é submetida a testes
escritos e orais na oitava série e a avaliação da qualidade do ensino é feita por um órgão do Governo, com testes
padronizados, em que se avalia o professor, não o aluno.
Conclui-se que a culpa de nosso precário ensino é da sociedade e do governo, que não cobram sua qualidade, e
que nossa reforma deve começar pela qualidade do professor e não pela expulsão do aluno mal ensinado, pois, sem
dúvida, soluções mágicas não existem.
(INFORMATIVO ENTRESCOLAS, Novo Rumo e escolas Conveniadas, Bhte, 02 set. 1993)

01) Em todas as alternativas, a palavra destacada está adequadamente interpretada, de acordo com o seu sentido,
EXCETO em:
A) ... comprovam uma melhoria substancial do rendimento escolar...( =CONSIDERÁVEL)
B) ... muito já se falou sobre as causas dessa falência do ensino...( =FRACASSO)
C) Pesquisas que se submeteram os professores às provas organizadas...( =ATRIBUÍRAM)
D) O assunto abordado em texto do jornal do Brasil...(= TRATADO)
E) O problema da evasão e repetência na escola brasileira...(= FUGA)

02) Todas as alternativas apresentam ideias contidas na expressão “Diretrizes e Bases” que dá nome à lei, EXCETO:
A) Apresentação de pontos essenciais à educação.
B) Determinação de normas que regem o sistema escolar.
C) Estabelecimento de coordenadas para o ensino.
D) Garantia de boa qualidade de profissionais do ensino.
E) Indicação de caminhos para a educação.

03) Em todas as alternativas, os fatos apontados podem ser relacionados em termos de causa e consequência, EXCETO
em:
A) Aumento de repetência/evasão escolar
B) Desnutrição/ dificuldade de aprendizagem
C) Inadequação de programas/incompetência de ensinar
D) Má formação do professor/precariedade do ensino
E) Negligência do governo/ falência do sistema educacional
04) Todas as alternativas apresentam razões da falência do ensino aceitas pelo autor, EXCETO:
A) A inadequação dos métodos de alfabetização.
B) A deficiente formação dos professores.
C) A situação sócio econômica dos alunos.
D) O descompasso entre linguagem do professor e a dos alunos.
E) Os currículos não ajustados às necessidades dos alunos.

05) Todas as seguintes afirmativas podem ser comprovadas no texto, EXCETO:


A) A evasão e a repetência têm suas raízes na estrutura educacional.
B) A mudança de estratégias de ensino leva à melhoria do rendimento escolar.
C) A suspensão da reprovação no 1º grau, no Rio, foi aceita unanimemente.
D) O direito à educação, embora previsto em lei, não se concretiza no Brasil.
E) O modelo educacional, nos países desenvolvidos, não lida com a reprovação.

06) Todas as alternativas apresentam justificativas adequadas para o título do texto, EXCETO:
A) Analogia com a expressão “ossos do ofício”.
B) Alusão a problemas inerentes à estrutura educacional brasileira.
C) Enumeração das falhas do sistema educacional brasileiro.
D) Menção à deficiência da lei que rege a educação.
E) Referência a dificuldades enfrentadas pela educação no Brasil.

07) Todas as alternativas apresentam recursos utilizados pelo autor na construção do texto, EXCETO:
A) Apresentação de exemplos ilustrativos de sua opinião.
B) Citação de modelos estrangeiros.
C) Descrição das condições de vida dos alunos.
D) Indicação de fontes consultadas.
E) Recorrência à palavra de especialistas.

08) Em todas as alternativas, a palavra destacada remete à palavra ou expressão que está entre parênteses, EXCETO
em:
A) conclui-se que a culpa de nosso precário ensino é da sociedade e do governo que não cobram sua qualidade...(A
SOCIEDADE E O GOVERNO)
B) ...fato que anula a Lei de Diretrizes e Bases, que decreta a obrigatoriedade de escolarização... (FATO)
C) Pesquisas que submeteram os professores às provas organizadas para o aluno tiveram resultado vergonhoso...
(PESQUISAS)
D) ...80% das crianças brasileiras que entram na escola não completam o 1º grau... (AS CRIANÇAS BRASILERIAS)
E) Na fala do Prof. Goldemberg, ressurge uma verdade que explicaria o fenômeno...(UMA VERDADE)

09) Indique a alternativa que apresenta uma palavra que contém a ideia de repetição.
A) Reações
B) Recaindo
C) Recentemente
D) Reprovação
E) Ressurge
ORIENTAÇÕES PARA ESTRUTURAÇÃO
DE RESPOSTAS DISCURSIVAS
Ao elaborar respostas a questões abertas discursivas em provas, lembre-se sempre de que

 A letra deve ser legível, senão o texto não será corrigido e, consequentemente, a resposta será anulada.
 Respostas discursivas devem ser sempre iniciadas com parágrafo.
 Não se deve ultrapassar o limite máximo de linhas apresentado para a redação do texto-resposta; que é em, no máximo,
15 linhas; não é necessário, entretanto, preencher todas as linhas. O número mínimo recomendado é de 60% do número
total de linhas, ou seja, de pelo menos 09 linhas.
 Deve-se escrever do início e até o final da linha sem deixar espaços em branco, ou seja, criar as chamadas margens
esquerda e direita.
 Atente-se à translineação - quebra de palavra em final de linha:
1) Não se deve deixar uma vogal sozinha em uma linha do resto da palavra em princípio ou fim de linha: a-
proveitamento, a-manhã, Mari-a, Ri-o

2) Em situações mais formais, evitar que a divisão resulte em palavras ridículas ou obscenas: acu-MULA, após-TOLO,
CÚ-bico.

3) A norma faculta a repetição do hífen quando a translineação ocorre com o hífen que divide palavras compostas
ou prefixadas: terça-/feira ou terça-/-feira

4) Nos casos de letras repetidas (SS, RR, CC) e nos conjuntos CÇ, SC, SÇ e XC, deixe-se uma consoante com cada sílaba:
ses-são, ter-ra, oc-ci-pi-tal, cres-cer, cres-ça, ex-ce-ção.

5) Não se deve translinear um prefixo ou um sufixo: ex / tracurricular – extra/ curricular ; unicamen / te – unica/
mente.

6) Não é correto translinear um estrangeirismo: mee / Ting.

 Quando no enunciado da questão não há orientação para o número de parágrafos a serem desenvolvidos para a
estruturação da resposta, pode-se optar por um ou vários parágrafos, desde que o texto apresente uma adequada
expressão do pensamento.
 Questões que requerem opinião sobre um determinado assunto não devem ser estruturadas com o uso da 1ª pessoa do
singular- eu acho, eu penso, na minha opinião - uma vez que nelas fica subentendido o caráter opinativo da resposta, ou
seja, se foi solicitado um ponto de vista, subentende-se que o que foi expresso é opinião de quem o escreveu.

 Para a comprovação das afirmações expressas na resposta de questões que requerem explicação de uma ideia
apresentada num texto anteriormente dado, é aconselhável a transposição de trechos desse texto que devem ser
indicados com sinais gráficos: “... ---------------- ...”

 O enunciado da questão deve ser observado de forma muito atenta para que se atenda exatamente ao que foi pedido.

 Cada questão de uma prova, como se sabe, exige certas habilidades do domínio cognitivo, necessárias para
respondê-la corretamente. Muitos desses verbos devem aparecer em um mesmo enunciado, indicando ações
complementares a serem solicitadas e avaliadas.
1. ANALISAR: Decompor o objeto a ser analisado (dados, gráficos, tabelas, figuras, desenhos, mapas, fatos, situações,
fenômenos, processos, resultados de experiências, opiniões, argumentos, textos, etc.) a fim de examinar e identificar
as partes, relações, ideias e os princípios envolvidos que levam à compreensão do todo. A partir daí, constrói-se uma
reflexão fundamentada em argumentos que a justifiquem. Análise pressupõe exame, investigação, estudo detalhado;
deve-se, portanto, partir dos efeitos para as causas, do particular para o geral, da parte para o todo, do simples para o
complexo.
2. APLICAR: Empregar o conhecimento já construído em contextos e situações específicas e concretas. Em outras
palavras, consiste em usar informações, ideias, conceitos, relações para resolver questões e problemas concretos.
3. APRESENTAR: Expor, dar a conhecer de maneira sucinta.
4. ARGUMENTAR: Enunciar os raciocínios que constituem um pensamento; defender ideias, opiniões a respeito de um
determinado assunto. Em uma argumentação, não é suficiente expor um ponto de vista; é imprescindível apresentar
razões e evidências que o comprovem e o sustentem a fim de persuadir o leitor ou interlocutor.
5. ASSOCIAR: Estabelecer uma correspondência, uma relação entre duas ou mais afirmações, ideias e informações.
6. AVALIAR: Emitir julgamentos de valor, através da apreciação criteriosa de aspectos positivos e negativos.
7. CARACTERIZAR: Pôr em evidência, descrever as propriedades distintivas de objeto, palavras, textos, acontecimentos,
situações, fenômenos, etc.
8. CITAR / APONTAR: Mencionar, indicar, de forma breve, determinado aspecto de um assunto.
9. CLASSIFICAR: Reunir em classes ou grupos respectivos segundo um sistema ou critério de classificação. Pôr em
ordem de acordo com propriedades afins.
10. COMENTAR: Discutir o que foi lido, a partir de um determinado contexto, dado pelo enunciado. Quando se
comenta, opina-se a respeito do assunto, fazem-se considerações baseadas em experiências pessoais, mesmo que
direcionadas.
11. COMPARAR / CONFRONTAR: Examinar simultaneamente, a fim de conhecer as semelhanças, diferenças ou
relações. Pode-se apresentar, no enunciado da questão, o termo de comparação, isto é, o aspecto sob o qual a
comparação deverá ser feita.
12. COMPROVAR: Provar, novamente, uma proposição ou juntar novas provas de sua verdade.
13. CONCEITUAR / DEFINIR: Dizer em que consiste. Expor com palavras claras e precisas o sentido exato e autorizado
de um termo ou de um assunto.
14. CONFIRMAR: Afirmar, com outras palavras, o já dito; ratificar, corroborar.
15. CONTESTAR: Negar a exatidão de proposições, teses, opiniões, argumentos, etc.
16. CONTRADIZER: Opor-se; alegar o contrário, provando a nova tese com contra-argumentos.
17. CONTRAPOR: Pôr contra, opor, apresentar em oposição, reconhecendo e indicando as características próprias de
cada um dos elementos contrapostos.
18. CRITICAR: Julgar com critério, com discernimento, analisando o lado positivo e o negativo.
19. DEDUZIR / INFERIR: Gerar uma informação nova, a partir de uma informação anterior, em um determinado
contexto. Ou seja, conclusões, raciocinar, a partir da análise de dados fornecidos.
20. DEMONSTRAR: Apontar, através de evidências, a verdade de um fato, de um ponto de vista, de uma proposição.
21. DENOMINAR: Nomear.
22. DESCREVER: Apresentar características particulares, distintivas, possibilitando uma visualização daquilo que está
sendo descrito. A descrição é um processo de construção de uma imagem em que o observador mostrará sua
percepção, sua impressão, enfim, seu ponto de vista do objeto descrito, podendo ou não - dependendo da proposta -
estar direcionada a um determinado contexto. Descrever é “pintar com palavras”.
23. DETERMINAR: Indicar com exatidão, precisar, especificando características próprias; resolver operações
matemáticas.
24. DIFERENCIAR: Dar a cada um seu correspondente e legitimo valor; assinalar por alguma diferença.
25. DISCUTIR: Analisar uma questão, um problema, um assunto pelo exame das razões e provas controversas.
26. DISSERTAR: Discorrer sobre um assunto, ordenando as ideias, justificando-as e relacionando-as com o fim de
persuadir o leitor ou interlocutor.
27. ENUMERAR: Listar fatos, dados, evidências, características, argumentos, especificando um a um.
28. ESCLARECER: Elucidar, tornar claro, compreensível o sentido de uma afirmação, um pensamento, uma ideia, um
fato.
29. EXPLICAR: Dar a conhecer ou expor fatos, fenômenos, resultados de experiências, pontos de vista, interpretações,
afirmações, argumentos, textos, etc., com clareza, fornecendo razões para as opiniões emitidas.
30. EXPLICITAR: Tornar explícito, declarado, preciso o sentido do que se quer dar a conhecer.
31. EXTRAPOLAR: Ir além dos dados fornecidos para determinar outras possíveis implicações e consequências, a partir
de um determinado contexto, dado pelo enunciado.
32. GENERALIZAR: Estender um conceito a todos os casos em que pode ser aplicado.
33. IDENTIFICAR: Reconhecer e apontar os elementos fundamentais ou as principais características de objetos,
situações, acontecimentos, fenômenos, épocas, pensamentos, argumentações, etc., expondo-os de maneira sucinta.
34. INTERPRETAR: Expor, com clareza e objetividade, o sentido que tem para nós, dentro de um determinado contexto,
fatos, resultados de experiências, dados, gráficos, tabelas, figuras, desenhos, mapas, palavras, afirmações, etc., a fim
de mostrar uma compreensão do assunto.
35. ILUSTRAR: Explicar usando figura, foto, diagrama, gráfico ou exemplo concreto.
36. INVESTIGAR: Conhecer melhor uma área específica, através da análise, da comparação e da conceituação.
37. JULGAR: Decidir como juiz; formar juízo crítico; avaliar de acordo com determinados padrões e critérios para
concluir sobre o valor do assunto proposto.
38. JUSTIFICAR: Explicar acontecimentos, resultados de experiências, fenômenos, opiniões, interpretações, decisões,
etc., apresentando suas origens e seu desenvolvimento, com a finalidade de comprovar a veracidade ou exatidão das
proposições. Em outras palavras, justificar é provar, fundamentar, dar razões convincentes, buscando comprovar a
veracidade de um fato, de uma opinião. A justificativa difere da explicação, pois implica a análise e defesa de possíveis
aspectos contraditórios.
39. NARRAR: Contar a evolução cronológica de um fato ou de uma sucessão de fatos reais ou imaginários.
40. PARAFRASEAR: Transformar em palavras próprias as palavras do texto, sem comentários, sem nada acrescentar,
sem nada omitir do que seja essencial.
41. QUESTIONAR: Discutir um assunto, perguntar-se pelos seus aspectos controvertidos.
42. RELACIONAR: Estabelecer relação, confrontar. No enunciado da questão, deve-se dar o aspecto sob o qual objetos,
fatos, fenômenos, acontecimentos, ideias, textos, etc. deverão ser relacionados ou confrontados.
43. RELATAR: Contar, de forma breve, acontecimentos reais ou fictícios.
44. RESUMIR: Distinguir as ideias centrais de um texto das secundárias, “enxugando-o”, e assim obtendo a síntese que
corresponde à compreensão do que foi lido.
45. TRADUZIR: Reproduzir uma comunicação em outra língua, mudando-se apenas a forma de comunicação e não o
conteúdo, que deve manter fidelidade ao texto original.
46. TRANSCREVER: Copiar o que se pede tal como está no texto original. (Abrir e fechar aspas)

Anotações...
EXEMPLO DE QUESTÃO DISCURSIVA (ENADE /2021)
TEXTO 01
Em época de censura, a própria existência da arte passa a ser questionada. Surgem debates em jornais, na rua, em
casa, para discuti r sua relevância. Não podemos deixar de nos perguntar como chegamos a essa estranha situação em
que precisamos justificar a própria existência da arte. Ela pode ser julgada apressadamente como boa ou ruim, mas em
por isso deixa de ser arte.

O cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard aponta para o fato de que “a cultura é a regra; a arte é a exceção”. A arte é,
dentro da cultura, o que tensiona a própria cultura para assim levá-la para outros lugares. Enquanto a cultura regula, a
arte destoa e movimenta. A arte questiona, incomoda e transforma. Arte e cultura se contradizem, mas andam de
mãos dadas.

Os psicanalistas Suely Rolnik e Félix Guattari consideram que o conceito de cultura é profundamente reacionário. É
uma maneira de separar atividades semióticas em esferas, às quais os homens são remeti dos. Tais atividades, assim
isoladas, são padronizadas para o modo de semiotização dominante. A arte, por sua vez, existe plenamente quando
junta o que é separado, questiona o que é geralmente aceito, grita onde há silêncio, desorganizando e reorganizando
a cultura. Quando se discutem os limites da arte, são, na verdade, os limites da nossa tolerância que estão sendo debati
dos. SEROUSSI, B. O que faz a arte? In: OLIVIERE, C.; NATALE, E. (org.). Direito, arte e liberdade. São Paulo: Edições Sesc SP, 2018. p. 26-42 (adaptado).

TEXTO 02
Capítulo I
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:
[...]
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura
ou licença.
BRASIL. Constituição Federal do Brasil. Disponível em: htt ps://www.senado.leg.br/ati vidade/const/con1988/con1988_15.12.2016/art_5_.asp. Acesso em: 2 maio
2020.

Considerando as informações e os argumentos presentes nos textos I e II, discorra a respeito da relação entre arte,
cultura e censura, à luz da ideia de liberdade artística garantida pela Constituição Federal de 1988. Apresente, em seu
texto, duas ações educativas que podem contribuir para minimizar essas tensões e garanti r a liberdade artística
prevista pela lei.

"A arte de um povo é um reflexo autêntico de sua cultura". Segundo a máxima do pensador indiano Nehru,
a arte é essencial para a expressão dos sentimentos, dos costumes e da história de uma coletividade. Nesse
viés, arte e cultura estão intrinsicamente interligados, visto que o conhecimento cultural pode ser demonstrado
por meio da expressão artística. Desse modo, de acordo com a Constituição Federal Brasileira de 1988, a
liberdade à arte deve ser assegurada a todo cidadão brasileiro. Entretanto, infelizmente, esse direito não é, de
fato, garantido pelo Estado. Nesse panorama, no Brasil contemporâneo, ocorrem censuras a inúmeras
manifestações artísticas e culturais, apesar de a liberdade nessa perspectiva ser fundamental para a democracia
e de haver a necessidade do acesso a informações que permitam a participação do corpo civil na vida pública.
Portanto, diante desse grave cenário, medidas efetivas devem ser tomadas para que esse problema seja coibido.
Deve, pois, haver a discussão nos institutos educacionais, públicos e privados, periodicamente, acerca da
pluralidade, da diversidade e do respeito às variações da arte. Ademais, cabe ao Governo Federal oferecer
isenções fiscais a empresas, para que elas invistam em instituições - tanto nas regiões centrais quanto nas
periferias - que apresentem exposições e performances da arte. Só assim, a liberdade artística seria certificada,
como assegura a Carta Magna.

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