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Problemas Éticos na criação da IA

Introdução:  
A inteligência artificial (IA) é a inteligência demonstrada por máquinas. O termo
IA é, coloquialmente, utilizado para descrever máquinas que imitam funções
cognitivas de seres orgânicos, como a capacidade de aprender e de resolver
problemas sem muita informação, pensar, perguntar e evoluir . 

1- problemas/questões:
1-A IA é capaz de simular emoções como os seres humanos (tristeza, raiva,
empatia)?
2-É a IA capaz de criar consciência?
3- Será um computador capaz de ser original ou criativo?
O que são emoções ?
(1)-São várias reações a um estímulo ambiental que é desenvolvido tanto nas
experiências subjetivas(indivíduo em si) como nas alterações
neurobiológicas(Sistema nervoso) 
O que é a consciência? 
(2)- É uma qualidade da mente que permite ao ser humano capacidade de
perceber a sua relação  entre si e o ambiente. Existem dois tipos de
consciência  com base  dos filósofos:
-Consciência fenomenal- é a própria experiência(“estou ciente”).
-Consciência de acesso- o ser humano está ciente de algo ou de uma coisa.
O que é ser original ou criativo?
Ser original significa criar um objeto pela primeira vez.
Ser criativo significa criar um objeto que  existe e modificá-lo, aperfeiçoá-lo/
melhorá-lo. 

2- respostas:
1- A IA não é capaz, porque a IA apesar de permitir a inteligência a seres
robóticos e não orgânicos  estes mesmos não seriam capazes de recriar
emoções. 

1- Segundo Turing a IA não é capaz de recriar as características humanas


peculiares uma vez que o mesmo não acredita que tais limites possam ser
definidos já que uma máquina não pode referir um argumento em que x possa
ter vários significados.

Teste de Turing- Consiste em separar em dois compartimentos o ser humano e


o computador em que são questionados por um interrogador(aquele que irá
questionar os dois e que irá receber a resposta a partir de mensagens escritas)
que não tem noção onde se situam os dois sujeitos nos compartimentos e que
na qual esse mesmo interrogador irá identificar em que compartimento é que
se situam os dois.E nesse teste consegue-se determinar o tempo em que
demora o computador a responder a cada uma das questões. (por ex: 15;30
segundos)

2- Segundo John Searle a IA forte(a IA forte está relacionada com a resolução


de problemas com o raciocínio e é classificado como um ser autoconsciente)
não é capaz de criar consciência própria, pois utilizando o exemplo do quarto
chinês a IA é apenas capaz de lidar com diferentes códigos de processamento
porém isso não lhe permite obter a compreensão semântica dos conteúdos ou
seja consciência própria.
Argumento do quarto chinês-

2- Segundo Hubert  Dreyfus não descarta a possibilidade do computador


possuir inteligência mas não é capaz de ter consciência nas suas ações e pelo
facto de não possuírem corpo físico ou estar integrado numa sociedade como a
nossa.. 
(
3- Para Turing um computador pode ser original a partir do momento, em que
combina ideias ou conceitos de uma forma que o ser humano nunca tentou
combinar.
3- Kaplan e Haenlein defendem que um computador pode ser criativo no que
toca ao ramo científico mas no que toca à criatividade artística o ser humano
terá sempre vantagem.

Reflexão/Crítica:
1- A criação da IA foi inegavelmente um marco enorme na ciência e
capacidade de desenvolvimento humano e claramente mudou por completo a
vida de milhões de pessoas( exceto em África é claro), porém até que ponto a
invenção da IA foi positiva ao ser humano? Tendo em conta a atual limitação
da IA o seu impacto e autonomia ainda é muito inferior ao do ser humano
porém esta está a ser desenvolvida e aprimorada a um ritmo alarmante.
2- Observando os milhares de filmes, jogos, documentários, etc sobre a
previsão de como a IA irá influenciar o mundo, o que deixa muito a
desejar.Sabendo que a IA é realmente capaz de pensar e escolher o seu
próprio destino só apoia a possibilidade de estes futuros se tornarem realidade.
3- Mas se os seres humanos respeitarem e não a utilizarem para fins bélicos a
probabilidade de um futuro desses diminui bastante, uma vez que assim a IA
não terá motivos para fundamentar os pensamentos de ódio em relação aos
humanos.
4- Sabendo que a IA desempenha tarefas e trabalhos com maior eficiência e
rapidez que o ser humano, se medidas não forem tomadas corremos o risco do
aumento do desemprego para níveis críticos.
5- Será a IA nos próximos anos capaz de evoluir de forma semelhante aos
seres humanos e adotar um corpo feito de tecidos vivos incluindo tendões e
músculos tornando-se iguais e indistinguíveis dos seres humanos?

3-Autores 

Hubert Dreyfus 
Hubert Dreyfus  nasceu em Terre Haute, Indiana, ele estudou em Harvard e
acabou por ser professor de engenharia industrial na Universidade de Berkeley.
Dreyfus foi um dos grandes filósofos a despertar interesse pela IA. Ele
escreveu muitos textos polêmicos como 'Alchemy and Artificial Intelligence’ e o
livro ‘What computers can't do’. Ele acha que a IA tem os mesmo problemas
que a filosofia. Hubert crítica modelos de IA fundamentados na ideia da mente
e da sua  resolução de problemas e a tradição racionalista e intelectualista na
filosofia que Dreyfus acabou por a criticar. Dreyfus crítica a IA expondo que não
considera que  regras possam resolver problemas e que representações
alegóricas não podem constituir o pensamento, pois exclui certas de
habilidades humanas que facilitam na resolução de problemas. Os escritos de
Dreyfus acabaram por ser mal recebidos na sociedade sendo que muitas das
suas alegações acabaram por ser  negadas. 

Racionalismo
É a doutrina que considera que o ser humano obtém conhecimento através do
raciocínio e da lógica. 
Intelectualismo 
A doutrina que procura ser o intermediário entre o racionalismo e o empirismo.
Ou seja, defende que o conhecimento é obtido através do raciocínio e da lógica
mas também através dos sentidos. 
Alegoria
Representação de uma realidade abstrata através de algo concreto. 

John Searle

 John Searle foi um filósofo, escritor norte-americano e professor que


nasceu a 31 de julho de 1932. Searle ao longo do tempo ganhou
interesse em filosofia analítica(utiliza-se técnicas lógicas para obter
clareza conceitual), da mente e da linguagem. John Searle quis provar
que a hipótese de IA forte( inteligência da máquina que é igual a do ser
humano como a capacidade de raciocinar, fazer julgamentos, aprender
e comunicar) que foi usada no Teste de Turing que tinha como objetivo
provar que o robô seria capaz de se comportar como um ser humano
poderia ser considerado como inteligente podia ser contestada e para
pelo argumento do quarto chinês. A experiência do quarto chinês
baseia-se alguém que está trancado num quarto onde estão símbolo
chineses a pessoa não sabe falar chinês contudo existe um manual que
explica como usar os símbolos chineses enquanto ele responde aos
símbolos chineses que são enviados às pessoas que estão fora do
quarto pensam que ele sabe  chinês quando na verdade ele não sabe
chinês. Isto fez com que Searle pudesse confirmar sua teoria de que
pode existir um sistema com ‘intencionalidade atribuída intencional
atribuída que não poderia existir 'semântica genuína' ( conhecimento
linguístico-filosófico que estuda os significados).

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