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PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

LEI Nº 1694/2009

DISPÕE SOBRE O PARCELAMENTO DO


SOLO NO MUNICÍPIO DE FELIXLÂNDIA

A Câmara Municipal de Felixlândia aprovou e eu, Prefeito


Municipal de Felixlândia, sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
Do Parcelamento Urbano

CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares

Art. 1º – O parcelamento do solo no Município de Felixlândia


será regido por esta Lei, respeitadas ainda a legislação federal e a
legislação estadual que dispõem direta ou indiretamente sobre a matéria.
§ 1º - Além das disposições constantes desta Lei, serão
observadas a Lei Federal 10.257 de 10/07/2001 – Estatuto da Cidade, que
entrou em vigor em 10/10/2001, as Leis Federais 6.766 de 19/121979,
9.785 de 29/01/99 e 10.932 de 03/08/04 que dispõem sobre o
parcelamento do solo para fins urbanos, o Decreto Estadual 39.585 de
11/05/1998 que estabelece normas sobre o exame e anuência prévia do
Estado de Minas Gerais para aprovação de projetos de loteamento e
desmembramento urbano pelos municípios, a Lei Estadual 10.793 de
02/07/1992 que dispõe sobre a proteção de mananciais destinados ao
abastecimento público e a Lei Federal 11.445 de 05/01/2007 que
estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico e cujo Art. .55
altera a redação do § 5º do Art. 2º da Lei Federal de Parcelamento do Solo
nº 6.766/79, dispondo sobre a infra-estrutura básica nos parcelamentos
do solo.
§2º - Na ocorrência de alterações na legislação federal
citada no parágrafo anterior, que dispõe sobre o parcelamento do solo
para fins urbanos, esta Lei deverá ser revista no sentido de incorporar as
normas da legislação superior, sem prejuízo das disposições relacionadas
às diretrizes da política urbana municipal definidas pelo Plano Diretor
Participativo de Desenvolvimento Municipal de Felixlândia.
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Art. 2º - Os parcelamentos do solo em Felixlândia, tal como


definidos nesta Lei, deverão ser submetidos a licenciamento ambiental.
§ 1º - O licenciamento ambiental de que trata este
artigo deverá ser dado no âmbito do Estado através do órgão estadual de
meio ambiente e do COPAM, ou no âmbito do município através do órgão
municipal de meio ambiente e do CODEMA, observadas as competências
de cada um definidas por leis, decretos, resoluções e deliberações
normativas no âmbito dos órgãos federais e estaduais de meio ambiente;
§2º - Os processos de licenciamento ambiental dos
parcelamentos do solo em Felixlândia deverão observar, no que couber, a
Deliberação Normativa COPAM – DN nº 58 de 28/11/2002, que estabelece
normas para o licenciamento ambiental de loteamento do solo urbano
para fins exclusiva ou predominantemente residenciais;
§ 3º - Os processos de licenciamento ambiental dos
parcelamentos do solo em Felixlândia deverão observar ainda o Código
Florestal - Lei Federal 4.771 de 15/09/65, alterações e regulamento, a Lei
Federal 9.985 de 18/07/2000 que dispõe sobre o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da Natureza e Decreto 4.340 de 22/08/2002
que a regulamenta, a Lei Federal 6.513 de 20/12/1977 que dispõe sobre a
criação de Áreas Especiais e Locais de Interesse Turístico, o Decreto Lei 25
de 30/11/1937 que dispõe sobre a proteção do patrimônio histórico e
artístico nacional, a Resolução CONAMA 237 de 19/12/97 que dispõe
sobre licenciamento ambiental, a Lei Estadual 14.309 de 19/06/2002 que
dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no
Estado de MG e o Decreto 43.710 de 2004 que a regulamenta, a DN
COPAM nº 74 de 2004 e a DN COPAM nº 82 de 2005.

Art. 3º - O controle do disposto nesta Lei e as deliberações


sobre os casos omissos, serão realizados dentro das atribuições do
COMDESP - Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável e
Planejamento, de caráter consultivo e deliberativo em atendimento às
Resoluções do Conselho Nacional das Cidades, ao Capítulo IV da Lei
Federal 10.257/2001 – Estatuto da Cidade, que trata da gestão
democrática da cidade e ao Plano Diretor Participativo de
Desenvolvimento Municipal de Felixlândia.

Art. 4º - O parcelamento do solo no Município de Felixlândia,


poderá ser feito por meio de loteamento, desmembramento e
remembramento.
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§ 1º - Considera-se loteamento a subdivisão de uma


gleba em lotes destinados à edificação, com a abertura, ou
prolongamento, ou modificação, ou ampliação de vias de circulação e de
logradouros públicos.
§ 2º - Considera-se desmembramento a subdivisão de
lote ou gleba, em lotes destinados à edificação, com o aproveitamento do
sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas
vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou
ampliação das vias e dos logradouros já existentes.
§ 3º - Para efeito do disposto no parágrafo anterior,
entende-se como sistema viário existente o conjunto de vias públicas,
registradas em nome do município, resultantes dos parcelamentos
aprovados e implantados, constantes do Mapa Zoneamento Urbano anexo
à Lei de Uso e Ocupação do Solo, de planta cadastral da cidade e das
demais ocupações urbanas ou com características urbanas.
§ 4º - Considera-se remembramento o agrupamento de
glebas ou lotes destinados à edificação, com aproveitamento do sistema
viário existente, que não implique na abertura de novas vias e logradouros
públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação das vias e
dos logradouros já existentes.

Art. 5º - Para os efeitos desta Lei, considera-se lote o terreno


servido por infra-estrutura urbana básica, cujas dimensões atendam ao
disposto nesta Lei e, no que couber, à Lei de Uso e Ocupação do Solo.
§ 1º - Considera-se infra-estrutura urbana básica os
dispositivos urbanos de coleta e afastamento de águas pluviais como
sarjetas, bocas de lobo, galerias e outros; os dispositivos de coleta,
afastamento e tratamento dos esgotos sanitários; os dispositivos de
abastecimento de água potável como captação, adução, tratamento,
reservação, distribuição e outros; as redes de distribuição de energia
elétrica, os equipamentos de iluminação pública e as vias de circulação
pavimentadas, com meio fio.
§ 2º - O lançamento das águas pluviais coletadas deve
ser feito de forma a não causar impactos ambientais negativos e
conseqüentes prejuízos para os sítios naturais limítrofes.
§ 3º - A pavimentação do sistema viário deverá
privilegiar a utilização de pavimento com maior permeabilidade para
facilitar a infiltração das águas pluviais no solo, diminuir problemas de
inundações e reduzir os custos de implantação do sistema de drenagem.
§ 4º - A coleta e o lançamento dos efluentes dos
esgotos sanitários deverão garantir a manutenção da qualidade da água
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dos recursos hídricos existentes, bem como a manutenção da Classe em


que estiverem enquadrados, conforme a classificação do COPAM ou, na
ausência desta, conforme Deliberação Normativa COPAM nº 10, de
16/12/86.

Art. 6º - O parcelamento do solo para fins urbanos só será


admitido em áreas definidas como de expansão urbana, contidas dentro
do Perímetro Urbano aprovado pela Lei de Uso e Ocupação do Solo para a
área urbana da sede, e por perímetros urbanos aprovados para os
distritos e demais localidades ou aglomerações com características
urbanas, devendo responder aos objetivos e aos princípios básicos de
desenvolvimento municipal sustentável definidos pelo Plano Diretor
Participativo de Desenvolvimento Municipal de Felixlândia, no interesse
coletivo, e às especificidades municipais em termos do desenvolvimento
econômico e social e da preservação ambiental.
§ 1º - Para o distrito sede as áreas de expansão urbana
são aquelas definidas pelo Mapa Zoneamento Urbano que integra a Lei de
Uso e Ocupação do Solo e pelo Mapa Macro-Zoneamento Urbano
aprovado pelo Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Municipal
de Felixlândia.
§ 2º – Após a realização dos levantamentos necessários
e elaboração de plantas cadastrais detalhadas das áreas urbanas dos
distritos e demais localidades e aglomerações com características urbanas,
poderão ser conhecidas, efetivamente, as características e tipologia de
ocupação dessas áreas para a definição e descrição de perímetros
urbanos, criando zonas de expansão contíguas às áreas ocupadas, a
critério do COMDESP e do CODEMA observando-se, em todos os casos, o
interesse público e coletivo.
§ 3º - Elaboração de planta cadastral detalhada dos
parcelamentos urbanos já existentes na orla do Lago de Três Marias, bem
como dos estudos necessários à elaboração de Zoneamento Ambiental
detalhado para escala de 1:10.000, com o objetivo da regulamentação da
MZPA I - Macro-zona de Preservação Anbiental I definida pelo Macro-
zoneamento Ambiental Integrado do Território de Felixlândia, no prazo
máximo de 12 (doze) meses contados a partir da publicação desta Lei,
definindo e delimitando as áreas que poderão receber novos
parcelamentos do solo tendo em vista o desenvolvimento turístico
sustentável da orla do Lago de Três Marias, ficando neste período
suspensas as aprovações de novos parcelamentos do solo nesta orla.
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Art. 7º - Não será permitido o parcelamento do solo para fins


urbanos em terrenos:
I – necessários ao desenvolvimento do município, à
defesa das reservas naturais, à preservação de mananciais de
abastecimento público de acordo com a Lei Estadual 10.793 de 02/07/92,
à preservação de nascentes e recursos hídricos de considerada relevância
para o município, bem como à preservação de áreas de interesse cultural
e histórico e à manutenção dos aspectos paisagísticos, de acordo com a
legislação federal e estadual que dispõem sobre estas questões e com as
diretrizes do planejamento municipal constantes do Plano Diretor
Participativo de Desenvolvimento Municipal de Felixlândia;
II – definidos pelo Mapa Restrições ao Uso e
Ocupação do Solo, anexo ao Macro-zoneamento Ambiental Integrado do
Território de Felixlândia.
III – considerados como zonas de amortecimento de
unidades de conservação, caracterizadas como Unidades de Conservação
de Proteção Integral, em conformidade com os Art. 25 e Art. 49 da Lei
Federal 9.985 de 18/07/2000, respectivamente.
IV – alagadiços ou sujeitos a inundações, antes de
serem tomadas providências que eliminem essas condições e serem
executadas obras de saneamento e recuperação, aprovadas pela
Prefeitura e pelos órgãos ambientais competentes;
V – que tenham sido aterrados com material nocivo à
saúde pública, sem prévio saneamento;
VI – naturais, com declividade superior a 30% (trinta
por cento);
VII – em que seja tecnicamente comprovado que as
condições geológicas não aconselham a movimentação de terra para o
parcelamento e a edificação, sendo exigido, para essa comprovação, a
realização de análise geotécnica, incluindo a elaboração de Carta de Risco
Geológico.
VIII – contíguos a cursos d’água, represas e demais
recursos hídricos, sem o prévio licenciamento dos órgãos ambientais
competentes, observadas as faixas definidas como APP - Área de
Preservação Permanente nos termos do Código Florestal – Lei Federal
4.771 de 15/09/65, suas alterações e regulamento, Lei Estadual 14.309 de
19/06/2002 e regulamento, que dispõe sobre as políticas florestal e de
proteção à biodiversidade no Estado de Minas Gerais, e de demais
disposições da legislação ambiental vigente;
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IX – nas demais Áreas de Preservação Permanente -


APPs conforme o disposto no Código Florestal, suas alterações e
regulamento e na Lei Estadual 14.309 de 19/06/2002 e regulamento;
X – em que a poluição impeça a existência de condições
sanitárias suportáveis, até a correção do problema;
XI – com problemas de erosão em sulcos e voçorocas,
até a sua recuperação e reincorporação ao ambiente, a partir de projeto
aprovado e dotado de licenciamento ambiental, conforme exigências dos
órgãos federais e estaduais de meio ambiente, e do CODEMA.
§ 1º – Nas áreas com suspeitas de risco geológico será
exigido, dentro das diretrizes para o parcelamento do solo a serem
expedidas pela Prefeitura, a análise geotécnica incluindo a elaboração de
Carta de Risco Geológico, que deverá ser assinada por profissional
especializado e ser acompanhada da anotação de responsabilidade
técnica junto ao CREA/ MG, sem prejuízo de demais exigências
decorrentes do processo de licenciamento ambiental.
§ 2º – As zonas de amortecimento de que trata o inciso III
deste artigo são o entorno de uma unidade de conservação, onde as
atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com
o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade,
conforme Lei Federal 9.985 de 18/07/2000.
§ 3º - As Unidades de Conservação de Proteção Integral de
que trata o inciso III deste artigo, são as Estações Ecológicas, as Reservas
Biológicas, os Parques criados no âmbito federal, estadual e municipal, os
Monumentos Naturais, os Refúgios da Vida Silvestre.

Art. 8º - Além do disposto nesta Lei, no Plano Diretor


Participativo de Desenvolvimento Municipal de Felixlândia e nas demais
leis pertinentes, o parcelamento do solo somente poderá ocorrer quando:
I – atender ao planejamento municipal quanto às
necessidades locais, à destinação de uso das áreas e ao desenvolvimento
sustentável;
II – não ocasionar excessivo número de lotes no
município;
III – não causar deficiência na oferta dos serviços
básicos de infra-estrutura de saneamento, e/ ou de transportes coletivos
e/ ou de equipamentos sociais;
IV – não causar impactos ambientais, e/ ou econômicos
e/ ou sociais que tragam prejuízos à qualidade de vida da população.
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Parágrafo Único - Para o cumprimento no disposto neste


artigo deverão ser ouvidos, quando necessário, os órgãos municipais
competentes, o COMDESP e o CODEMA.

CAPÍTULO II
Dos Loteamentos

SEÇÃO I
Dos Requisitos Urbanísticos

Art. 9º - As áreas de domínio público destinadas a sistema


viário de circulação, equipamentos urbanos, equipamentos sociais e
comunitários e espaços livres de uso público, deverão corresponder a um
percentual da gleba a ser loteada, definido a partir da densidade
populacional bruta expressa em hab./ha, considerando o número total de
habitantes na condição de saturação do empreendimento, conforme os
índices urbanísticos da Lei de Uso e Ocupação do Solo para a zona em que
o loteamento será enquadrado.
§ 1 – O percentual referido no caput deste artigo será
definido, ainda, a partir dos parâmetros estabelecidos para o sistema
viário, conforme Art. 11 desta Lei, a partir dos índices mínimos de área
verde por habitante reconhecidos por organismos oficiais competentes e,
a partir do número mínimo de equipamentos sociais/comunitários por
habitante, determinado pelos órgãos oficiais competentes, para garantir a
capacidade de atendimento à população.
§ 2º – Tendo em vista características da área urbana e
de expansão urbana da cidade de Felixlândia em termos do relevo e,
principalmente, da drenagem natural representada pelo córrego Pelame e
tributários, e ribeirão do Bagre e tributários, cortando a cidade, da
necessidade de se conseguir maior permeabilidade do solo melhorando as
condições de drenagem pluvial urbana, e ainda em termos da necessidade
de se criar condições para maior articulação entre os bairros e entre estes
e as áreas de expansão urbana previstas no Mapa Macro-zoneamento
Urbano aprovado pelo Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento
Municipal de Felixlândia, o percentual de áreas de domínio público nos
loteamentos não poderá ser inferior a 35% (trinta e cinco por cento) da
gleba, assim distribuídos:
_ 20% (vinte por cento) para o sistema de circulação;
_ 5% (cinco por cento) para equipamentos urbanos, sociais e
comunitários;
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_ 10% (dez por cento) para áreas verdes e outros espaços


livres de uso público.
§ 3º - Em loteamentos de uso predominantemente
residencial unifamiliar, a serem aprovados nas áreas de expansão urbana
da orla do Lago de Três Marias, cujos lotes tenham áreas mínimas de
1.000m2, bem como em loteamentos a serem aprovados nas áreas
definidas como de expansão urbana nos distritos de São José do Buriti e
São Geraldo do Salto, e demais localidades e aglomerações com
características urbanas no território municipal de Felixlândia, cujos lotes
tenham área mínima de 360m2, o percentual da gleba para as áreas de
domínio público poderá ser reduzido para 30% (trinta por cento), desde
que mantenha o mínimo de 20% (vinte por cento) para o sistema de
circulação, e desde que essa redução seja aprovada pelo licenciamento
ambiental do empreendimento, ouvidos o COMDESP e o CODEMA, no
âmbito de suas competências;
§ 4º - Em loteamentos destinados
predominantemente a atividades econômicas como indústrias, depósitos,
comércio atacadista, oficinas, transportadoras e similares, de grande
porte, cujos lotes tenham áreas mínimas de 5.000m2, o percentual da
gleba para áreas de domínio público poderá ser reduzido para 25% (vinte
e cinco por cento), desde que mantenha o mínimo de 15% (quinze por
cento) para o sistema de circulação, e desde que essa redução seja
aprovada pelo licenciamento ambiental do empreendimento, ouvidos o
COMDESP e o CODEMA, no âmbito de suas competências;
§ 5º - Equipamentos urbanos são as instalações
públicas destinadas a abastecimento de água, esgotamento sanitário,
fornecimento de energia elétrica, drenagem de águas pluviais, rede
telefônica, entre outras.
§ 6º - Equipamentos sociais e comunitários são as
instalações públicas destinadas à educação, saúde, cultura, esportes,
lazer, assistência social, segurança e similares.
§ 7º - Sistema de Circulação compreende as vias
necessárias ao trânsito de veículos e pedestres, incluindo pistas de
rolamento e calçadas.
§ 8º - Espaços livres de uso público são as áreas de
praças, jardins públicos, as áreas verdes destinadas a parques e as áreas
verdes de interesse para preservação e para composição paisagística.
§ 9º - Deve ser determinada pela Prefeitura,
através do órgão municipal competente, ouvidos o COMDESP e o
CODEMA, no âmbito de suas competências, e com fundamentação
apoiada no interesse do desenvolvimento municipal sustentável, a
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localização das áreas destinadas a equipamentos urbanos, sociais e


comunitários e aos espaços livres de uso público, quando do fornecimento
das diretrizes para o projeto de loteamento, conforme disposto nesta Lei.
§ 10º - Não serão aceitas, no cálculo do percentual
de terrenos a serem transferidos ao Município, as áreas: não parceláveis
e/ ou não edificáveis, previstas no Art. 7º desta Lei; relativas às faixas de
servidão ao longo das linhas de transmissão de energia elétrica e dos
dutos, bem como às faixas de domínio de rodovias e ferrovias.
§ 11º - Não poderão ser computados como áreas
verdes, os canteiros centrais ao longo das vias ou rótulas viárias.
§ 12º - As áreas destinadas a equipamentos
urbanos, sociais e comunitários e espaços livres de uso público,
transferidas para o município, devem estar perfeitamente integradas com
as vias e/ ou logradouros públicos existentes ou projetados, e permitirem
o acesso direto da população.
§ 13º - Para as áreas destinadas a equipamentos
públicos sociais e comunitários de saúde, educação, cultura, esportes,
lazer, assistência social, segurança e similares, deverá ser observada uma
declividade natural menor ou igual a 15% (quinze por cento), devendo sua
localização ser indicada pela Prefeitura, quando do fornecimento das
diretrizes de projeto, conforme parágrafo 8º deste artigo.
§ 14º - Do total calculado para as áreas destinadas
a espaços livres de uso público, 50% (cinqüenta por cento) deverão
apresentar declividade natural inferior a 15% (quinze por cento) para
permitir o livre acesso da população e a implantação de praças, parques
infantis, parques urbanos e similares, e os restantes 50% (cinqüenta por
cento) destinados às áreas verdes para preservação e para composição
paisagística poderão apresentar declividade até 30%, devendo a
localização do total dessas áreas ser indicada pela Prefeitura, através do
órgão municipal competente, ouvidos o COMDESP e o CODEMA, no
âmbito de suas competências, quando do fornecimento das diretrizes de
projeto, conforme parágrafo 8º deste artigo;
§ 15º - As áreas verdes para preservação e para
composição paisagística deverão ser contíguas a outras áreas verdes de
parcelamentos limítrofes, com as mesmas características e destinação de
uso, de forma a constituirem corredores ecológicos e permitirem a
implantação de unidades de conservação, notadamente parques
municipais, tendo em vista as atividades voltadas para o turismo
ecológico;
§ 16º - Complementarmente ao que dispõe o
parágrafo 1º deste artigo e o disposto no Art. 5º da Lei Federal 6.766/ 79,
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poderá a Prefeitura exigir, ainda, reserva adicional de faixas e/ou áreas


non aedificandi para a implantação de equipamentos urbanos, assim
entendidos como os equipamentos públicos relativos aos serviços de
abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de coleta de águas
pluviais, limpeza pública, energia elétrica, rede telefônica e gás canalizado.

Art. 10º – Nos projetos de loteamento, os lotes terão as


seguintes áreas mínimas para cada uma das Zonas de Expansão Urbana
caracterizadas a seguir:
a) Zona de Expansão Urbana 1 - ZEU 1: lotes
mínimos de 300m2 com 10m de testada, para terrenos com declividade
inferior a 15%, lotes mínimos de 360m2 com 12m de testada, para
terrenos com declividade de 15% até 20%, e lotes mínimos de 450m2 com
15m de testada, para terrenos com declividade acima de 20% até 30%. O
uso e ocupação do solo nos loteamentos aprovados na ZEU1 deverão
atender ao disposto no zoneamento definido pela Lei de Uso e Ocupação
do Solo.
b) Zona de Expansão Urbana 2 – ZEU 2: lotes
mínimos de 360m2 com 12m de testada, para terrenos com declividade
até 20%, e lotes mínimos de 450m2 com 15m de testada, para terrenos
com declividade acima de 20% até 30%. O uso e ocupação do solo nos
loteamentos aprovados na ZEU 2 deverão atender ao disposto no
zoneamento definido pela Lei de Uso e Ocupação do Solo.
c) Zona de Expansão Urbana 3 – ZEU 3: lotes
mínimos de 1.000m2 com 20m de testada, sendo proibido o
desmembramento e qualquer forma de subdivisão desses lotes em fração
ideal. Na ZEU 3 será permitido o remembramento de lotes somente para a
implantação de espaços e equipamentos de lazer como praças de
esportes, clubes recreativos e similares. O uso e ocupação do solo nos
loteamentos aprovados na ZEU 3 deverão atender ao disposto no
zoneamento definido pela Lei de Uso e Ocupação do Solo.
d) Zona de Expansão Urbana 4 – ZEU 4: lotes
mínimos de 2.000m2 com testada mínima de 40m, somente para uso
residencial unifamiliar de acordo com a Lei de Uso e Ocupação do Solo,
sendo proibido o desmembramento e qualquer forma de subdivisão
desses lotes em fração ideal. Na ZEU 4 será permitido o remembramento
de lotes somente para a implantação de espaços e equipamentos de lazer
como
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praças de esportes, clubes recreativos e similares. O uso e ocupação do


solo nos loteamentos aprovados na ZEU 4 deverão atender ao disposto no
zoneamento definido pela Lei de Uso e Ocupação do Solo.
e) Zona de Expansão Urbana 5 – ZEU 5: área
destinada preferencialmente à localização de atividades econômicas como
indústrias, depósitos, comércio atacadista, serviços de grande porte como
grandes oficinas, transportadoras e similares, cujo parcelamento deverá
permitir módulos com, no mínimo, 1.500m2, sendo proibido o
desmembramento dos lotes localizados nesta zona. O uso e ocupação do
solo nos loteamentos aprovados na ZEU 5 deverão atender ao disposto no
zoneamento definido pela Lei de Uso e Ocupação do Solo.
f) Zona de Expansão Urbana de Interesse Social –
ZEU Social: constitui áreas destinadas à implantação de parcelamentos de
interesse social e deverão atender às exigências constantes dos Artigos 26,
27, 28 e 29 desta Lei. O uso e ocupação do solo nos loteamentos
aprovados na ZEU Social deverão atender ao disposto no zoneamento
definido pela Lei de Uso e Ocupação do Solo.
§ 1º - As áreas de expansão urbana na orla do Lago de
Três Marias serão caracterizadas como ZEU 3 e ZEU 4.
§ 2º - Deverão ser respeitadas as faixas de domínio
das rodovias que atravessam a área urbana do Município, se estas
atravessarem ou margearem a gleba a ser loteada, e serem implantadas
vias paralelas a essas rodovias, para acesso ao loteamento, observando-se
os parâmetros de hierarquia viária definidos no Art. 11 desta Lei e, ainda,
as demais diretrizes a serem fornecidas pela Prefeitura, através dos órgãos
municipais competentes.
§ 3º - Com base no disposto no parágrafo 1º do
Art. 4º da Lei Federal 6.766/ 79, com a redação dada pela Lei Federal
9.785/ 99, deverão os loteamentos respeitar os usos permitidos e os
coeficientes máximos de aproveitamento definidos na Lei de Uso e
Ocupação do Solo para cada Zona de Expansão Urbana.

Art. 11º – Nos projetos de loteamentos para as zonas de


expansão urbana contidas pelos perímetros urbanos aprovados por Lei o
sistema viário deverá:
I. estar harmonizado com a topografia do sítio natural;
II. obedecer aos seguintes parâmetros no caso dos
loteamentos a serem implantados nas zonas de expansão urbana internas
ao perímetro urbano aprovado para área urbana da sede:

Características do Sistema Viário


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Vias/ Arteriais Coletoras Locais


Características
Largura Mínima 25,00 m 19,00 m 12,00 m
Calçada 4,00 m 3,50 m 2,50 m
Pista 17,00 m 12,00 m 7,00 m
Rampa máxima 12% 20% 30%

III. obedecer aos seguintes parâmetros abaixo, no caso


dos loteamentos a serem implantados nas zonas de expansão urbana
delimitadas por um perímetro urbano aprovado por lei na orla do Lago de
Três Marias, considerando a implantação de vias arteriais acompanhando
a orla do Lago, e, ainda, vias coletoras e vias locais. Nos distritos de Saõ
José do Buriti, São Geraldo do Salto e demais aglomerações com
características urbanas considerar a implantação apenas de vias coletoras
e vias locais:

Vias Arteriais
Largura mínima 30,00 m
Pistas de rolamento 9,50m cada
Passeio 4,00m
Canteiro central 3,00m
Rampa máxima 12%

Vias Coletoras
Largura mínima 19,00 m
Pistas de rolamento 12,00m cada
Passeio 3,50m
Rampa máxima 20%

Vias Locais
Largura mínima 12,00 m
Pistas de rolamento 7,00m cada
Passeio 2,50m
Rampa máxima 25%

IV. estar articulado com as vias oficiais, existentes ou


projetadas, de forma a dar continuidade às mesmas, articulando a malha
viária urbana.
V. na pavimentação do sistema viário deverão ser
utilizados pavimentos de maior permeabilidade para favorecer a
infiltração das águas pluviais.
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VI. nos loteamentos a serem aprovados na orla do Lago


de Três Marias caracterizar as funções (arterial, coletora, local) das vias
que integram o parcelamento considerando os parâmetros definidos no
inciso III, acima, e articulando essas vias com o sistema viário existente de
loteamentos que forem contíguos, principalmente com relação às
principais vias de penetração.
VII. nos casos em que os loteamentos a serem
aprovados na orla do Lago de Três Marias não sejam contíguos aos
loteamentos existentes na data de publicação desta Lei, as vias arteriais
deverão ser caracterizadas como vias de acesso e de interligação entre o
sistema rodoviário federal e/ou estadual, o sistema rodoviário municipal e
o sistema de vias de outros loteamentos similares e já implantados. Essas
vias arteriais deverão, assim, serem prolongadas com a função de acesso e
interligação, constituindo eixos de penetração no território municipal, às
expensas dos empreendedores, sem ônus para os cofres públicos.

Art. 12º - Os loteamentos em Felixlândia deverão atender,


ainda, aos seguintes requisitos urbanísticos:
I – ao longo das faixas de domínio público das rodovias
e ferrovias e das faixas de servidão de dutos e das linhas de transmissão
de energia elétrica, a Prefeitura exigirá a reserva de uma faixa non
aedificandi de 12m (doze metros) de largura mínima de cada lado, para a
implantação de vias de circulação, podendo essa dimensão ser ampliada
para atender a maiores exigências de legislação específica, do
licenciamento ambiental, questões de segurança, ou ainda às diretrizes e
parâmetros estabelecidos para o sistema viário, de acordo com o disposto
nesta Lei.
II – ao longo das margens dos rios, ou de qualquer
curso d’água será obrigatória a reserva de uma faixa non aedificandi,
definida como APP – Área de Preservação Permanente, medida desde o
seu nível mais alto, cuja largura mínima em cada margem obedecerá ao
disposto no Código Florestal - Lei Federal Nº 4.771 de 15/09/65, suas
alterações e regulamento, e na Lei Estadual Nº 14.309 de 19/06/2002 e
regulamento, que dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à
biodiversidade do Estado de Minas Gerais:
a) 30m (trinta metros) para cursos d’água com largura
inferior a 10m (dez metros).
b) 50m (cinqüenta metros) para cursos d’água com largura
igual ou superior a 10m (dez metros) e inferior a 50m (cinqüenta metros).
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

c) 100m (cem metros) para cursos d’água com largura


igual ou superior a 50m (cinqüenta metros) e inferior a 200m (duzentos
metros).
III - em torno das nascentes, ainda que intermitentes,
qualquer que seja sua situação topográfica, deverá ser observada uma
área non aedificandi, definida como APP – Área de Preservação
Permanente, correspondente a um círculo com raio mínimo de 50m
(cinqüenta metros); sem prejuízo de outras disposições do Código
Florestal e da Lei Estadual 14.309 de 19/06/2002.
IV - em torno de lagoa ou reservatório de água, natural
ou artificial, desde o seu nível mais alto, medido horizontalmente, deverá
ser observada uma área non aedificandi, definida como APP – Área de
Preservação Permanente, em faixa marginal com larguras mínimas
definidas de acordo com o Art. 10 da Lei Estadual 14.309 de 19/06/2002
que dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade do
Estado de Minas Gerais.

SEÇÃO II
Das Obras de Urbanização

Art. 13º – Caberão aos loteadores os encargos técnicos e


financeiros de execução dos seguintes serviços e obras de urbanização,
considerando a infra-estrutura urbana básica definida no parágrafo 1º do
Art. 5º desta Lei:
I – abertura das vias de circulação do loteamento,
inclusive das vias de acesso ao mesmo, bem como todo e qualquer
movimento de terra decorrente do projeto aprovado.
II – demarcação dos lotes, quadras, logradouros e
áreas de domínio público, com a colocação de marcos de concreto.
III – execução do sistema de drenagem pluvial.
IV – execução do sistema de esgotamento sanitário.
V – execução do sistema de abastecimento de água.
VI – instalação de dispositivos específicos para coleta
e/ou disposição final do lixo, quando couber, por exigência do
licenciamento ambiental, ou a critério dos órgãos municipais
competentes.
VII – pavimentação das vias de circulação observando o
disposto no § 3º do Art. 5º e no Art. 11 desta Lei, e pavimentação de
outros logradouros públicos, bem como o assentamento de meios-fios e
sarjetas.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

VIII – realização de obras necessárias para a contenção


de taludes resultantes de movimentos de terra.
IX – execução das redes de energia elétrica e
iluminação pública.
X – arborização das vias e outros logradouros públicos.
§ 1º - Os serviços e obras de urbanização de que tratam
os incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e X deste artigo, deverão ser executados
conforme os projetos executivos aprovados, as exigências da licença
ambiental, e as normas, especificações e relatórios de fiscalização da
Prefeitura, emitidos através da concessionária COPASA e dos órgãos
municipais competentes.
§ 2º - Os serviços e obras de que tratam o inciso IX deste
artigo, deverão ser executados conforme os projetos aprovados, as
exigências da licença ambiental, e as normas, especificações e relatórios
de fiscalização da concessionária CEMIG.
§ 3º - A execução dos serviços de terraplanagem,
compreendendo cortes, aterros, contenção de taludes, compactação e
outros, deverá ser feita obrigatoriamente no período de estiagem das
chuvas, observando-se o projeto aprovado e, no que couber, normas de
execução do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem de Minas
Gerais (DER-MG), além de exigências específicas do licenciamento
ambiental e dos órgãos municipais competentes.
§ 4º - O esgotamento sanitário deverá levar em
consideração as disposições legais quanto à proteção dos recursos
hídricos e à classificação dos cursos d’água definida pelo COPAM - MG.
§ 5º - No caso de se tornar inviável o lançamento dos
efluentes dos esgotos sanitários do loteamento no sistema geral de
esgotamento sanitário já existente, e na obrigatoriedade de se atender ao
disposto no parágrafo anterior, deverá ser adotado, pelo loteamento,
sistema próprio para coleta e tratamento dos esgotos sanitários,
devidamente licenciado e aprovado pelo órgão ambiental competente e o
CODEMA.
§ 6º - Conforme as características do loteamento e/ou do
sítio natural onde será implantado, e tendo em vista evitar-se a
impermeabilização excessiva do solo, será indicado o tipo de
pavimentação a ser adotado, considerando-se a hierarquia viária definida
pelas vias arteriais, coletoras e locais, ouvidos ainda o COMDESP e o
CODEMA, no âmbito de suas competências.
§ 7º - Nos loteamentos classificados como ZEU 4, com
lotes mínimos de 2.000m2 e uso residencial unifamiliar, será autorizada a
instalação de sistemas de fossas sépticas, individuais, por lote, de acordo
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

com o disposto no Código de Posturas, devidamente licenciados pelos


órgãos ambientais competentes.
§ 8º - Nos loteamentos classificados como ZEU 3 e ZEU 4,
quando ocorrer o remembramento de lotes previsto no Art. 10 desta Lei,
para a instalação de equipamentos de recreação, lazer e esportes, os
efluentes dos esgotos deverão ser tratados no próprio local, obedecendo
a projeto sanitariamente adequado, que deverá ser objeto de
licenciamento ambiental pelos órgãos ambientais competentes.
§ 9º - A supressão da cobertura vegetal existente deverá
se limitar ao mínimo indispensável à execução das obras previstas,
observando-se para isso as disposições da legislação ambiental vigente,
sobre a questão, bem como diretrizes específicas fornecidas pelo
CODEMA e pelo órgão municipal de meio ambiente.
§ 10º - Além dos serviços de urbanização, de que trata
este artigo, caberá ao loteador a responsabilidade pela execução das
medidas mitigadoras exigidas pelo licenciamento ambiental do
empreendimento.

SEÇÃO III
Das Diretrizes para Projeto

Art. 14º – O interessado na aprovação de loteamento deverá,


previamente, solicitar à Prefeitura, através dos órgãos municipais
competentes, a definição das diretrizes básicas para a elaboração do
projeto, compreendendo, entre outras, as relativas ao uso e ocupação do
solo, ao padrão mínimo dos lotes, ao sistema viário, aos espaços livres
para uso público, às áreas reservadas para equipamentos comunitários e
urbanos, e eventuais áreas non aedificandi para a instalação de serviços
públicos, conforme Art. 9º desta Lei.
§ 1º - As diretrizes municipais de projeto para
loteamentos em zonas de amortecimento de unidades de conservação,
observada a restrição constante do parágrafo 2º do Art. 7º desta Lei,
deverão apresentar maiores restrições e serem definidas no âmbito do
COMDESP e do CODEMA, face à importância dessas zonas para a proteção
do meio ambiente.
§ 2º - Para efeito do disposto neste artigo, o
loteador deverá protocolar requerimento na Prefeitura, acompanhado de
uma planta da gleba a ser loteada e de uma planta de situação desta gleba
na região onde está localizada.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

§ 3º - A planta da gleba mencionada no parágrafo


anterior deverá ser apresentada na escala de 1:1.000 (um por mil), em
sistema de coordenadas UTM, contendo, no mínimo:
I – as divisas e confrontações definidas de acordo com as
normas técnicas oficiais vigentes.
II – a altimetria, apresentando curvas de nível de 1,00m
(um metro) em 1,00m (um metro).
III – a localização, quando for o caso, de cursos d’água,
áreas alagadiças, mananciais de abastecimento público, áreas de risco,
construções existentes, linhas de transmissão, dutos, rodovias, ferrovias e
respectivas faixas de servidão e de domínio, matas naturais e matas
resultantes de reflorestamento, e outros acidentes geográficos ou
elementos artificiais e naturais de relevância, que condicionem as obras
do loteamento.
IV – a indicação dos arruamentos contíguos a todo o
perímetro da gleba com os elementos necessários à integração do
loteamento com as áreas circunvizinhas, e a localização das vias principais
de acesso, das áreas livres, dos equipamentos urbanos e comunitários
existentes no local ou em suas adjacências, com as respectivas distâncias
da área a ser loteada.
V – o tipo de uso predominante a que o loteamento se
destina.
VI – as características, dimensões e localização das zonas de
uso contíguas.
VII – localização das áreas de risco geológico e respectivo
laudo técnico.
VIII – titulo de propriedade da gleba em que conste a
correspondência entre a área real e a mencionada no documento.
§ 4º - Em outra via da planta da gleba, na escala de
1:1.000 (um por mil), deverão ser caracterizadas as áreas com declividade:
igual ou inferior a 15% (quinze por cento); igual ou inferior a 20% (vinte
por cento); igual ou inferior a 30% (trinta por cento); superior a 30%
(trinta por cento).
§ 5º - A planta de situação a que se refere o
parágrafo 2º deste artigo deverá ser apresentada na escala de 1:25.000
(um por vinte e cinco mil), na amplitude suficiente para representar, no
mínimo, a gleba na região de implantação, o sistema viário regional
existente, as coordenadas UTM, a hidrografia e as áreas urbanas
existentes nas proximidades.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Art. 15º – A Prefeitura Municipal, através dos órgãos


municipais competentes, com base na documentação discriminada no
artigo anterior, definirá as diretrizes urbanísticas e ambientais cabíveis,
considerando o disposto nesta Lei, na Lei de Uso e Ocupação do Solo e na
legislação ambiental vigente.
§ 1º - Dentro das diretrizes gerais a serem
fornecidas, deverá a Prefeitura definir, sobre a planta discriminada no
parágrafo 3º do Art. 14 desta Lei:
I – o traçado básico do sistema viário principal.
II – a localização básica dos terrenos destinados a
equipamentos comunitários e espaços livres destinados ao uso público,
conforme definidos no Art. 9º desta Lei.
III – a localização, quando for o caso, de áreas non
aedificandi destinadas à implantação de equipamentos urbanos, conforme
mencionadas no Art. 9º desta Lei.
IV – o zoneamento de uso e ocupação do solo estabelecido
para a Zona de Expansão Urbana onde estiver inserido o imóvel, conforme
Lei de Uso e Ocupação do Solo.
V – as faixas sanitárias de terreno necessárias ao escoamento
das águas pluviais.
VI – as coberturas vegetais de preservação permanente, com
base no que dispõe o Código Florestal e a Lei Estadual 14.309 de
19/06/2002 e regulamento, que dispõe sobre as políticas florestal e de
proteção à biodiversidade do Estado de Minas Gerais.
VII – as áreas com mais de 30% (trinta por cento) de
declividade que não poderão ser parceladas.
VIII – as áreas que deverão ser consideradas Zonas Urbanas
de Preservação Permanente e áreas reservadas como Zonas Especiais de
Projeto, conforme Lei de Uso e Ocupação do Solo.
IX – quaisquer outras limitações de uso ou ocupação do solo
consideradas pela Prefeitura, através dos órgãos municipais competentes,
como necessárias, em função das particularidades de cada caso.
§ 2º - Quando couber, a Prefeitura deverá
encaminhar o processo, acompanhado das diretrizes municipais de que
trata este artigo, à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e
Política Urbana, ou outro órgão que vier a substituí-la, para ser analisado
de acordo com as diretrizes estaduais, tendo em vista a obtenção da
anuência prévia do Estado conforme o Decreto Estadual 30.585 de 11/ 05/
98.
§ 3º - A Prefeitura terá o prazo máximo de 60
(sessenta) dias, a partir da data do requerimento do interessado, para
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

definir as diretrizes municipais para o projeto de loteamento pretendido e


encaminhá-lo ao órgão estadual, quando couber, de acordo com o
parágrafo anterior.
§ 4º - As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo
máximo de 12 (doze) meses contados da data de sua expedição.
§ 5º - O prazo de validade das diretrizes não afasta
a possibilidade de alteração das mesmas pela Prefeitura Municipal se, no
decorrer desse período, caso não tenha sido aprovado o loteamento e
nem iniciadas as obras para sua execução, sobrevier legislação que
necessariamente imponha alterações nas condições fixadas para o projeto
do loteamento.

SEÇÃO IV
Do Licenciamento Ambiental Prévio

Art. 16º - Em função do disposto nos parágrafos do Art. 2º


desta Lei, e independentemente das características do loteamento a ser
aprovado, estará o empreendimento sujeito a licenciamento ambiental,
no âmbito do CODEMA ou do COPAM, em conformidade com as
Deliberações Normativas do COPAM nº 74 de 2004 e nº 82 de 2005, e
demais normas ambientais em vigor.
§ 1º - Para efeito do disposto neste artigo, deverá o
loteador, tão logo obtenha as diretrizes de que trata o Art. 15 desta Lei,
providenciar o encaminhamento de pedido de licenciamento ambiental
prévio ao órgão ambiental competente.
§ 2º - A Prefeitura deverá instruir o interessado
com relação ao disposto neste artigo.

SEÇÃO V
Do Projeto de Loteamento

Art. 17º – De posse das diretrizes fornecidas pela Prefeitura e


pelo órgão estadual, quando couber, e do parecer do órgão ambiental
competente dando licenciamento ambiental prévio ao loteamento, o
interessado deverá elaborar o projeto completo do empreendimento, que
deverá conter a seguinte documentação:
I – informações apresentadas para solicitação das
diretrizes.
II – certidão atualizada da matrícula da gleba a ser
loteada, expedida pelo competente Cartório de Registro de Imóveis.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

III – certidão negativa atualizada de tributos municipais,


estaduais e federais.
IV – Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) junto
ao CREA-MG, relativamente ao projeto.
V – cópia das diretrizes de projeto fornecidas pela
Prefeitura e pelo órgão estadual, quando couber.
VI – cópia do parecer ambiental competente sobre o
licenciamento ambiental prévio do empreendimento.
VII – cópia do documento de identidade do(s)
proprietário(s) ou representante(s) legal (is) caso seja pessoa jurídica,
anexando contrato social e alterações e cópia do documento de
identidade de quem assina pela pessoa jurídica.
VIII – projeto completo do loteamento, desenvolvido a
partir das disposições desta Lei, das diretrizes fornecidas pela Prefeitura e
pelo órgão estadual, quando couber, e das condições exigidas pela licença
ambiental prévia do empreendimento, compreendendo:
a) projeto urbanístico, com desenhos e memorial
descritivo.
b) projeto de terraplanagem e contenção do solo, com
desenhos e memorial.
c) projeto de abastecimento de água, com desenhos,
memorial e laudo técnico da concessionária e do órgão municipal
competente.
d) projeto de esgotamento sanitário, com desenhos,
memorial e laudo técnico do órgão municipal competente.
e) projeto de pavimentação das vias de circulação e de
outros logradouros públicos.
f) projeto de drenagem pluvial, com desenhos e
memorial.
g) projeto de instalação de dispositivos específicos para
coleta e/ou disposição final do lixo quando exigido pelo licenciamento
ambiental e pelos órgãos municipais competentes.
h) laudo da concessionária de energia elétrica,
relativamente à implantação da rede de distribuição do empreendimento.
i) projeto de arborização das vias e demais logradouros
públicos, com desenhos e memorial.
§ 1º - O projeto urbanístico, desenvolvido com
base na planta topográfica conforme parágrafo 3º do Art. 14 desta Lei,
consistirá, no mínimo:
I – do projeto do sistema viário, contendo:
a) o sistema de vias conforme Art. 11 desta Lei.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

b) as dimensões lineares e angulares das vias


componentes, com a indicação de raios, cordas, arcos, pontos de
tangência e ângulos centrais.
c) os perfis longitudinais de todas as vias de
circulação e praças tirados das linhas dos eixos de cada logradouro na
escala 1:1.000 (um por mil) horizontal e 1:100 (um por cem) vertical.
d) as seções transversais das praças e de cada
hierarquia do sistema viário, na escala 1:2.000 (um por dois mil).
e) a indicação dos marcos de alinhamentos e
nivelamentos localizados nos ângulos de curvas e vias projetadas.
II – do projeto de loteamento, com a subdivisão em
quadras e lotes, com as respectivas dimensões e numerações.
III – da representação das áreas destinadas a
equipamentos comunitários, das áreas livres destinadas ao uso público e
das áreas destinadas a equipamentos urbanos, tal como definidas nesta
Lei, com as respectivas dimensões, respeitando as diretrizes fornecidas
pela Prefeitura.
IV – da representação do zoneamento de uso e ocupação do
solo, respeitando as diretrizes fornecidas pela Prefeitura.
V – da indicação em planta e perfis de todas as linhas de
escoamento das águas pluviais.
VI – das especificações dos serviços e obras de urbanização,
considerando o disposto no Art. 13 desta Lei.
§ 2º - O projeto urbanístico deverá contar ainda
com uma planta de situação do terreno na região, com base na planta
descrita no parágrafo 5º do Art. 14 desta Lei.
§ 3º - O memorial descritivo do projeto urbanístico
deverá conter, no mínimo:
I – a descrição sucinta do loteamento, com as suas
características e a fixação da zona ou zonas de uso predominante,
observadas as diretrizes fornecidas pela Prefeitura.
II – a indicação das condições urbanísticas do loteamento
e das limitações que, além daquelas constantes das diretrizes fixadas,
incidam sobre os lotes e suas construções.
III – a descrição das áreas públicas que passarão para o
domínio do município no ato do registro do loteamento, conforme
definidas nesta Lei, com suas áreas, dimensões e confrontações.
IV – a enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários
e dos serviços públicos ou de utilidade pública, porventura já existentes no
loteamento e adjacências.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

V – a descrição de todos os lotes, com suas áreas, dimensões


e confrontações, inclusive com a descrição das áreas non aedificandi
porventura existentes nos mesmos.
VI – a descrição das áreas remanescentes, quando ocorrerem.
VII – o cronograma de obras, respeitado o prazo máximo de 4
(quatro) anos, de acordo com a Lei Federal 9.785/ 99.
VIII – a apresentação de um quadro síntese do loteamento,
contendo, além da indicação da extensão total de vias e do número de
lotes, a indicação das seguintes áreas, com os respectivos percentuais de
participação no conjunto:
a) área destinada ao sistema viário.
b) área destinada aos lotes.
c) área destinada aos equipamentos comunitários.
d) áreas destinadas a áreas verdes e áreas livres de
uso público.
e) área destinada a equipamentos urbanos, quando
previstos.
f) área correspondente aos terrenos
remanescentes, quando ocorrerem.
g) áreas destinadas à preservação ambiental
permanente.
h) área da totalidade da gleba loteada.
§ 4º - Os desenhos que comporão os diversos projetos
componentes do processo de aprovação do loteamento, deverão:
I – atender a normas técnicas específicas apresentadas
pela Prefeitura, no que diz respeito ao projeto urbanístico, ao projeto de
drenagem pluvial, ao projeto de pavimentação, do sistema de esgotos
sanitários, e demais projetos exigidos.
II – atender às normas técnicas específicas
apresentadas pela Prefeitura e pela concessionária COPASA, onde haja a
concessão dos serviços, para os sistemas de abastecimento de água e de
esgotos sanitários.
III – atender a normas técnicas específicas da
concessionária de energia elétrica.
IV – observar as seguintes escalas:
a) 1:1.000 (um por mil), relativamente às plantas.
b) 1:1.000 (um por mil), no plano horizontal, e 1:100 (um
por cem), no plano vertical, relativamente aos perfis.
§ 5º - Os projetos de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário deverão ser submetidos a licenciamento ambiental
no âmbito do Estado através do órgão estadual de meio ambiente e do
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

COPAM, ou no âmbito do município através do órgão municipal de meio


ambiente e do CODEMA, observadas as competências de cada um com
relação ao licenciamento ambiental do parcelamento.
§ 6º - O projeto relativo à rede de energia elétrica e
iluminação pública dependerá de entendimento entre o loteador e a
concessionária de energia elétrica.
§ 7º - Em conformidade com o disposto no
parágrafo 3º acrescentado pela Lei 9.785/ 99 ao Art. 9º da Lei Federal
6.766/79, caso se constate, a qualquer tempo, que a certidão da matricula
apresentada como atual não tem mais correspondência com os registros e
averbações cartorárias do tempo de sua apresentação, além das
conseqüências penais cabíveis, serão consideradas insubsistentes tanto as
diretrizes expedidas anteriormente, quanto as aprovações conseqüentes.

SEÇÃO VI
Da Licença Ambiental de Instalação

Art. 18º – O projeto completo do loteamento, conforme o


disposto no Art. 17 desta Lei, deverá ser encaminhado pelo loteador ao
órgão ambiental competente para a solicitação da Licença Ambiental de
Instalação.
§ 1º - A Prefeitura deverá instruir o interessado quanto
ao disposto neste artigo.
§ 2º - Obtida a Licença Ambiental de Instalação o
projeto será encaminhado ao órgão estadual definido pelo § 2º do Art. 15,
quando couber.

SEÇÃO VII
Da Aprovação do Projeto de Loteamento

Art. 19º – O interessado deverá protocolar requerimento


junto à Prefeitura, solicitando a aprovação do projeto, juntando a esse
requerimento os comprovantes do licenciamento ambiental obtido, da
anuência prévia do órgão estadual, quando couber, e toda a
documentação prevista pelo Art. 17 desta Lei.
§ 1º - A aprovação final do projeto de loteamento é
de competência da Prefeitura, observando-se sempre o disposto nos
artigos 14, 15, 16, 17 e 18 desta Lei.
§ 2º - Para o cumprimento do disposto neste artigo
deverá a Prefeitura observar o prazo máximo de 60 (sessenta) dias após o
interessado protocolar o requerimento solicitando aprovação, para decidir
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

da aprovação final do projeto e da concessão de licença para a execução


das obras e serviços de urbanização.

SEÇÃO VIII
Do Registro Imobiliário de Loteamentos

Art. 20º – Aprovado o loteamento pela Prefeitura, o loteador


terá o prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias para submetê-lo ao
registro imobiliário, sob pena da caducidade do ato de aprovação,
acompanhado dos documentos discriminados no Art. 18 da Lei Federal Nº
6.766/79, com as modificações e acréscimos introduzidos pela Lei Federal
Nº 9.785/99.
§ 1º - No que diz respeito ao disposto no inciso V do Art. 18
da Lei Federal 6.766/79, com a redação dada pela Lei Federal 9.785/ 99,
entende-se como condição para o registro imobiliário a apresentação de
cópia do ato de aprovação do loteamento e comprovante do termo de
verificação, pela Prefeitura, da execução das obras exigidas por esta Lei
ou, mediante requerimento e exposição de motivos do loteador, a
apresentação do cronograma de que trata o parágrafo 3º, inciso VII, do
Art. 17 desta Lei, devidamente aprovado pela Prefeitura, acompanhado do
competente instrumento de garantia para a execução das obras de
urbanização e atendimento das demais condições exigidas para a
aprovação do loteamento.
§ 2º - O instrumento de garantia a que se refere o
parágrafo anterior poderá corresponder a uma das seguintes
modalidades:
I – depósito em dinheiro, à ordem do Município, em
estabelecimento oficial de crédito que assegure atualização monetária.
II – seguro garantia.
III – hipoteca de bem imóvel.
IV – outro tipo de caução real, à consideração da Prefeitura.
§ 3º - A garantia de que trata o parágrafo anterior
deverá:
I – ter o seu valor estabelecido com base na estimativa do
custo das obras de urbanização, devidamente aprovada pela Prefeitura.
II – ser reforçada no decorrer das obras, caso o custo
estimado torne-se menor que o custo real.
§ 4º - A garantia para a execução das obras poderá ser
gradativamente reduzida, mediante termo de vistoria provisória, expedido
pela Prefeitura, a cada etapa cumprida do respectivo cronograma.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

§ 5º - Para cálculo do valor dos lotes a serem dados em


caução será utilizado, como parâmetro, o preço do lote calculado de
acordo com a Planta de Valores Venais utilizada pelo Município, para o
cálculo do Imposto Sobre Transmissão Inter-Vivos de Bens Imóveis – ITBI.
§ 6º - De um modo geral, o processo de registro
imobiliário de que trata este artigo deverá obedecer, no que couber, ao
disposto nas Leis Federais 6.766/79 e 9.785/99.

Art. 21º – Relativamente ao disposto nos parágrafos 1º e 2º


do artigo anterior, se vencido o prazo de execução do cronograma das
obras, sem que as mesmas sejam concluídas, o Poder Público deverá
proceder à imediata execução da garantia ofertada, ao mesmo tempo em
que promoverá a declaração de irregularidade do loteamento, sem
prejuízo das medidas penais cabíveis.
Parágrafo Único – O loteador deverá ser notificado, de
imediato, de todo o procedimento previsto neste artigo.

Art. 22º – A partir da data de registro do loteamento, com


base no disposto no Art. 22 da Lei Federal 6.766/79 e nas indicações do
projeto e do memorial descritivo, passam a integrar o domínio do
Município:
I – as áreas destinadas ao sistema de circulação de
veículos e pedestres compreendendo vias e passeios.
II – os espaços livres de uso público destinados a
praças, jardins públicos, parques e áreas verdes.
III – as áreas destinadas a equipamentos comunitários.
IV – as áreas destinadas a equipamentos urbanos,
conforme parágrafo 16º do Art. 9º desta Lei.

Art. 23º – Persistirá, pelo prazo de 5 (cinco) anos, a contar da


data do termo de recebimento das obras pela Prefeitura, a
responsabilidade do proprietário pela segurança e solidez dessas obras,
nos termos da legislação pertinente.
Parágrafo Único – A fiscalização e o acompanhamento,
pela Prefeitura Municipal, da execução das obras, serão exercidos no
interesse do Município, não excluindo nem reduzindo a responsabilidade
do proprietário, inclusive perante terceiros, por qualquer irregularidade, e
sua ocorrência não implicará na co-responsabilidade da Prefeitura
Municipal.

SEÇÃO IX
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Da Aprovação do Empreendimento

Art. 24º – Com base no disposto na legislação federal de


parcelamento do solo urbano, na legislação ambiental vigente, e
considerando as diretrizes do Plano Diretor Participativo de
Desenvolvimento Municipal de Felixlândia, entende-se como aprovação
do empreendimento:
I – a aprovação, pela Prefeitura, das obras de
urbanização exigidas nesta Lei e expedição do Alvará de Urbanização de
acordo com o Cronograma de Obras de que trata o parágrafo 3º do Art. 17
desta Lei.
II – a verificação do pleno atendimento das condições
estabelecidas no processo de licenciamento ambiental.
III – a verificação do pleno atendimento de condições
especiais eventualmente estabelecidas pela Prefeitura, em função do
disposto no Art. 7º desta Lei.
§ 1º - Durante a execução das obras de urbanização, o
loteador estará obrigado:
I – a respeitar os projetos aprovados.
II – a respeitar o cronograma de obra de que trata o
parágrafo 3º, inciso VII, do Art. 17 desta Lei.
III – a facilitar a fiscalização da Prefeitura.
§ 2º - Concluídas as obras de urbanização e atendidas as
demais condições discriminadas neste artigo, deverá o loteador solicitar à
Prefeitura o termo de verificação correspondente.
§ 3º - A Prefeitura terá o prazo máximo de 90 (noventa) dias
para proceder ao termo de verificação de que trata o parágrafo anterior,
aprovando ou recusando as obras executadas.

CAPÍTULO III
Dos Desmembramentos e Remembramentos

Art. 25º - Os requerimentos para aprovação de


desmembramentos e remembramentos deverão ser acompanhados de
plantas e títulos de propriedade, seja do imóvel a ser desmembrado, seja
dos imóveis a serem remembrados.
§ 1º - Nos casos de desmembramento, o interessado
deverá apresentar certidão atualizada da matrícula do terreno, expedida
pelo Cartório de Registro de Imóveis competente, bem como a planta do
imóvel a ser desmembrado contendo:
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

I – a localização das vias existentes e lindeiras ao terreno,


quadra ou lote que se pretende desmembrar, bem como a localização dos
loteamentos próximos.
II – a indicação do tipo de uso predominante no local.
III – as dimensões e a altimetria, com curvas de nível de 1m
em 1m, do terreno a ser desmembrado.
IV – a indicação, em planta, da divisão de lotes pretendida na
área, com as dimensões e numerações dos lotes resultantes e um quadro
resumo dos mesmos.
V – localização das faixas de domínio, faixas de servidão e
áreas non aedificandi, quando ocorrerem.
§ 2º - Nos casos de remembramento, as plantas
deverão indicar, no mínimo:
I – a situação dos imóveis na malha viária existente.
II – a via ou vias lindeiras aos imóveis.
III – a quadra e a numeração dos lotes a serem remembrados.
IV – o remembramento pretendido, com as dimensões e
áreas resultantes e um quadro resumo dos mesmos.
§ 3º - Nos projetos de desmembramentos, além da
observância do disposto nos parágrafos 2º e 3º do Art. 4º e no Art. 5º
desta Lei, deverão ser observadas as seguintes condições:
I – nas zonas urbanas, além do disposto no inciso III deste
parágrafo, os desmembramentos deverão respeitar a área mínima de
360m2 (trezentos e sessenta metros quadrados) e uma testada mínima de
12 metros, em terrenos com declividade até 20% (vinte por cento) e a
área mínima de 450m2 (quatrocentos e cinqüenta metros quadrados) e a
testada mínima de 15m (quinze metros), em terrenos com declividade
superior a 20% (vinte por cento) até 30% (trinta por cento).
II – não serão admitidos desmembramentos de terrenos com
declividade superior a 30% (trinta por cento).
III – não será admitido desmembramento de terreno
pertencente a loteamento aprovado que implique em lote com área
inferior à do lote padrão predominante do mesmo.
§ 4º - Os desmembramentos que ocorrerem em áreas
não servidas por rede de coleta de esgotos sanitários serão obrigados à
instalação de sistemas de fossas sépticas tecnicamente adequados,
conforme o disposto do Código de Posturas, licenciados e aprovados pelo
órgão ambiental competente, para o afastamento dos esgotos sanitários,
até a área ser atendida por serviço público de coleta e tratamento dos
esgotos, quando deverão ser feitas as ligações da rede domiciliar à rede
pública.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

§ 6º - De um modo geral, aplicam-se aos desmembramentos e


remembramentos as disposições gerais estabelecidas nesta Lei para os
loteamentos.

CAPÍTULO IV
Dos Loteamentos de Interesse Social

Art. 26º – Caberá ao Poder Público Municipal a promoção de


loteamentos de interesse social, isoladamente ou em parceria com a
União e/ou com o Estado, e/ou com agentes privados.

Art. 27º – A infra-estrutura básica dos loteamentos de


interesse social, consistirá de:
I – vias de circulação pavimentadas observado o
disposto no § 3º do Art. 5º desta Lei.
II – soluções para a coleta e o escoamento das
águas pluviais podendo-se aceitar soluções alternativas, de baixo custo,
tecnicamente e ambientalmente adequadas, desde que aprovadas e
licenciadas pelos órgãos ambientais competentes;
III – rede de abastecimento de água potável;
IV – soluções para o esgotamento sanitário podendo-se
aceitar soluções alternativas, de baixo custo, tecnicamente e
sanitariamente adequadas, desde que aprovadas e licenciadas pelos
órgãos ambientais competentes.
§ 1º - Os lotes terão uma área mínima de 200m2 (duzentos
metros quadrados), com uma testada mínima de 10m (dez metros ) para
terrenos com declividade inferior a 20% e área mínima de 300m2
(trezentos metros quadrados) com testada mínima de 10m (dez metros)
para terrenos com declividade igual ou superior a 20% e inferior a 30%.
§ 2º - O sistema viário deverá atender às condições de
viabilidade social, econômica e ambiental de cada caso, definidas pelos
órgãos municipais competentes e pelo COMDESP, apresentando pelo
menos uma via coletora com as características definidas pelo Art. 11 desta
Lei .

Art. 28º – As obras de urbanização nos loteamentos de


interesse social, a partir do disposto a respeito nas Leis Federais 6.766/ 79
e 9.785/ 99 e nesta Lei, serão especificadas e programadas pelos órgãos
municipais competentes, o COMDESP e o CODEMA, de forma a conseguir,
em cada caso específico, o equilíbrio entre as condições mínimas de
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

preservação ambiental, habitabilidade, salubridade e segurança, e a


viabilidade técnica e econômica do empreendimento.
§ 1º - Independente das obras que vierem a ser
especificadas, deverão ser desenvolvidos todos os projetos exigidos nesta
Lei para os loteamentos comuns.

Art. 29º – Os loteamentos de interesse social deverão ter os


seus processos de aprovação, licenciamento ambiental e registro
imobiliário obedecendo à mesma sistemática estabelecida para os
loteamentos comuns.

TÍTULO II
Do Parcelamento Rural

Art. 30º – Os parcelamentos de imóveis rurais, no município


de Felixlândia, deverão também ser submetidos a licenciamento
ambiental de acordo com o Art. 2º e demais disposições gerais desta Lei
com relação a licenciamento ambiental e, ainda, atender às seguintes
condições mínimas:
I - resultar em parcelas com área mínima igual ao
módulo rural definido pelo INCRA para o município.
II - observar, no que couber, às determinações do
INCRA.
III - respeitar as áreas consideradas de preservação
permanente pelo Código Florestal, pela Lei Estadual 14.309 de
19/06/2002 e regulamento, que dispõe sobre as políticas florestal e de
proteção à biodiversidade do Estado de Minas Gerais e pela Lei Estadual
10.793 de 02/07/1992 que dispõe sobre a proteção dos mananciais de
abastecimento público;
IV - respeitar as áreas definidas no Mapa Restrições à
Ocupação e Uso do Solo, anexo ao Macro-zoneamento Ambiental
Integrado do Território de Felixlândia, bem como áreas definidas pelos
órgãos municipais de meio ambiente e pelo CODEMA como de interesse
para preservação, tendo em vista a proteção dos recursos hídricos, das
formações florestais e da fauna e paisagens notáveis, as áreas acima de
30% de declividade, e áreas a serem definidas através da elaboração do
Zoneamento Ambiental de todo o Território Municipal, na escala de
1:10.000, detalhando as macro-zonas constantes do Macro-zoneamento
Ambiental Integrado do Território de Felixlândia, que deverá ser
elaborado no prazo de 12 (doze) meses contados da data de publicação
desta Lei, no interesse do desenvolvimento municipal sustentável.
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V - planejar o sistema viário de forma harmoniosa com


o relevo natural do terreno, evitando cortes, aterros e rampas acentuadas,
bem como formas de assentamentos que possam gerar impacto negativo
relacionados às formações geológicas do terreno.
§ 1º - Para a aprovação de parcelamento rural a Prefeitura
deverá fornecer diretrizes relacionadas ao sistema viário, a áreas de
proteção de mananciais e de interesse para preservação, entre outras
consideradas relevantes, tendo em vista o desenvolvimento equilibrado e
sustentável do território municipal.
§ 2º - Para efeito do disposto no parágrafo primeiro deste
artigo, deverá o projeto do sistema viário considerar:
I - o lançamento das vias observando-se, ao máximo, a
conformidade com as linhas de menor declive do terreno.
II - a limitação da largura das vias a uma faixa de
domínio de, no máximo, 20m (vinte metros), compreendendo uma pista
de rolamento de 7,20m (sete metros e vinte centímetros) de largura, duas
faixas laterais, de 6,40m (seis metros e quarenta centímetros) de largura
para acostamento, estacionamento e instalação de dispositivos de
drenagem das águas pluviais.
III – a interceptação das águas pluviais ao longo das
vias, de forma a possibilitar a máxima redução do escoamento superficial
livre e o esgotamento dos pontos baixos, levando em conta o tipo de
tratamento adotado para os canais laterais de drenagem, as declividades
das vias e as determinações das normas técnicas pertinentes e dos órgãos
municipais competentes.
IV – a proteção adequada do solo nos pontos de
lançamento das águas pluviais drenadas, com o emprego de dissipadores
de energia e outros dispositivos tecnicamente e ambientalmente
adequados, observadas as normas técnicas pertinentes e indicações dos
órgãos municipais competentes.
V – as diretrizes a serem dadas pela Prefeitura e pelos
órgãos municipais competentes, relativamente ao tratamento mínimo que
deverá ser dado ao pavimento das vias, considerando a declividade, as
condições do solo e as normas técnicas pertinentes.
VI – a limitação das declividades das vias a um máximo
de 15% (quinze por cento).
VII – a limitação das rampas com declividades acima de
10% (dez por cento) a um máximo de 100m (cem metros) de
desenvolvimento.
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VIII – a execução de bueiros nas travessias de talvegues


naturais, observadas as normas técnicas pertinentes e a legislação
ambiental vigente.
IX – a execução das obras de terraplanagem em
conformidade com as diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais
competentes e, ainda, no que couber, respeitando as disposições
constantes das normas técnicas pertinentes aprovadas pela ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
§ 3º - Os taludes resultantes da implantação do sistema viário
deverão ser executados de forma a:
I – respeitar uma inclinação máxima sobre o plano
horizontal de:
a) 30º (trinta graus) para taludes em aterro.
b) 45º (quarenta e cinco graus) para taludes em corte.
II – respeitar uma altura máxima de 3 (três) metros,
tanto para corte, como para aterro, ou exigência específica dos órgãos
ambientais competentes.
III – serem protegidos da ação das águas,
observadas as normas técnicas pertinentes.
IV – atender eventuais exigências do processo de
licenciamento ambiental e dos órgãos municipais competentes,
observadas ainda as normas vigentes quanto a muros de arrimo em
função da altura do corte ou aterro, da declividade e das condições
geológicas do terreno.
§ 4º - As áreas de matas, de proteção de mananciais e
consideradas de interesse para preservação ambiental e/ou paisagística,
deverão se constituir em responsabilidade coletiva dos proprietários das
parcelas produzidas e serem contíguas a outras áreas limítrofes, com as
mesmas características e restrições de uso, de forma a constituírem
Corredores Ecológicos, Parques Municipais e/ou Reservas Particulares do
Patrimônio Natural (RPPNs).
§ 5º - As escrituras de compra e venda, lavradas em Cartório,
deverão contemplar as obrigações do proprietário quanto ao disposto no
parágrafo anterior, quanto às determinações da Prefeitura quando do
fornecimento das diretrizes básicas para o projeto, e quanto aos
condicionantes e medidas mitigadoras constantes do licenciamento
ambiental.
§ 6º - As parcelas com área mínima igual ao módulo rural
definido pelo INCRA para o município não poderão ser objeto de
desmembramento ou divisão por frações ideais, devendo o uso a
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ocupação das mesmas obedecer ao disposto na Lei de Uso e Ocupação do


Solo.
§ 7º - Os projetos e obras dos parcelamentos rurais deverão
atender, além das determinações deste artigo, a outras diretrizes e
normas que, a juízo dos órgãos municipais competentes, do COMDESP e
do CODEMA, forem consideradas relevantes, em cada caso.
§ 8º - Os parcelamentos rurais deverão ter os seus processos
de aprovação, licenciamento ambiental e registro imobiliário, dentro da
mesma sistemática estabelecida para os parcelamentos urbanos.

Art. 31º – A abertura de estradas municipais rurais deverá


também atender às normas específicas dos órgãos rodoviários
competentes, quanto ao seu traçado geométrico, bem como à legislação
ambiental vigente, para prevenir impactos ambientais negativos.

TÍTULO III
Dos Parcelamentos Irregulares

Art. 32º – Considera-se irregular o parcelamento do solo para


fins urbanos, quando:
I – não tiver aprovação da Prefeitura, nem o respectivo
licenciamento ambiental por parte dos órgãos ambientais competentes e
nem a anuência do órgão estadual, quando couber, ou não estiver
registrado em cartório.
II – as obras do parcelamento aprovado e registrado
não estiverem de acordo com as especificações técnicas e o cronograma
físico financeiro, em descumprimento com o disposto nesta Lei, com as
demais normas de legislação aplicáveis, ou com exigências específicas da
Prefeitura.
III – o parcelamento, ocupado ou não, estiver com suas
obras inacabadas, em descumprimento com o disposto nesta Lei e demais
normas de legislação aplicáveis.

Art. 33º – Os titulares de loteamentos irregulares, seus


sucessores a qualquer título ou qualquer dos beneficiários, poderão
requerer a regularização dos respectivos loteamentos à Prefeitura,
mediante a celebração de termo próprio, de acordo com a legislação
vigente, no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data de aprovação
desta Lei.
§ 1º - O interessado requererá sua regularização,
mediante o compromisso de apresentar, no prazo máximo de 120 (cento e
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

vinte) dias, os projetos e a documentação exigida por esta Lei e demais


normas de legislação aplicáveis, inclusive o cronograma físico-financeiro
de execução das obras e o correspondente instrumento de garantia.
§ 2º - Serão asseguradas às pessoas referidas no caput
do presente artigo, a suspensão das correspondentes ações judiciais já em
curso e, imediatamente após a aceitação das obras pela Prefeitura e o
registro do loteamento, a extinção das referidas ações.
§ 3º - A Prefeitura, através dos órgãos municipais
competentes, poderá estabelecer acordo com o titular de loteamento
irregular que propuser a sua regularização, conforme o caput do presente
artigo, em relação às multas já aplicadas, mediante estudo específico para
cada caso.

Art. 34º – Findo o prazo estabelecido no artigo anterior, não


sendo requerida a regularização do parcelamento, a Prefeitura, através
dos órgãos municipais competentes, promoverá a notificação dos
responsáveis pelos loteamentos irregulares para que, no prazo máximo de
60 (sessenta) dias, entrem com processo de regularização do
empreendimento, nos termos do parágrafo 1º do Art. 33.

Art. 35º – Vencido o prazo da notificação de que trata o artigo


anterior e não tendo o proprietário atendido à notificação da Prefeitura,
será aplicada multa e se promoverá a adequação dos loteamentos
irregulares a esta Lei, visando a sua regularização.
Parágrafo Único – Para fins do presente artigo, levar-se-
á em conta os seguintes aspectos, considerando –se o interesse público:
I – lesões aos padrões urbanísticos decorrentes da não
conclusão das obras de infra-estrutura urbana básica conforme parágrafo
1º do Art. 5º desta Lei, ou de sua execução com descumprimento do
disposto nesta Lei, de exigências específicas da Prefeitura e demais
normas de legislação aplicáveis.
II – prejuízos ao meio ambiente decorrentes do não
cumprimento do disposto no licenciamento ambiental e demais normas
de legislação aplicáveis.
III – os custos da conservação das vias e dos logradouros
inclusos.
IV – as condições sanitárias negativas, decorrentes de obras
não concluídas.
V – a defesa dos direitos dos adquirentes dos lotes.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

VI – a impossibilidade de citação ou execução do proprietário


inadimplente, comprovada em procedimento judicial promovido pelo
Município ou pelos adquirentes.

Art. 36º – Para fins de ressarcimento dos custos com a


regularização do parcelamento, a Prefeitura promoverá a imediata
incorporação, ao patrimônio municipal, das garantias oferecidas pelo
empreendedor, por ocasião da aprovação do projeto.
Parágrafo Único – Se não houver garantias ou se as
mesmas não forem suficientes para o ressarcimento integral dos custos,
conforme o caput do artigo, o município, com base no Art. 40 da Lei
Federal 6.766/79 com a redação dada pela Lei Federal 9.785/99, que
dispõem sobre o parcelamento do solo urbano:
I – requererá judicialmente o levantamento das prestações
depositadas pelos adquirentes junto ao Registro de Imóveis, com os
respectivos acréscimos de juros e correção monetária e, se necessário, das
prestações vincendas até o seu completo ressarcimento.
II – promoverá a notificação dos adquirentes que ainda
estejam pagando diretamente ao empreendedor, para que suspendam o
pagamento das prestações ainda devidas e depositem os respectivos
pagamentos junto ao Registro de Imóveis competente.
III – oficiará ao Ministério Público, requerendo a promoção da
responsabilidade criminal dos faltosos, de acordo com o TÍTULO VI desta
Lei.

Art. 37º – A Prefeitura, para assegurar a regularização do


parcelamento, bem como o ressarcimento integral das importâncias
despendidas ou a despender, poderá ainda promover judicialmente os
procedimentos cautelares necessários ou promover acordos.
§ 1º - Em casos especiais, a Prefeitura poderá celebrar
acordos mediante transação com o proprietário responsável por
parcelamento irregular, para ressarcimento integral dos custos de sua
regularização, inclusive através de doação em pagamento de imóveis no
próprio loteamento em questão, utilizando-se a Planta de Valores Venais
para a definição dos valores dos imóveis a serem doados.
§ 2º - Os adquirentes de lotes poderão, a qualquer
tempo, substituir os empreendedores na assunção dos encargos de
conclusão de loteamentos irregulares, mediante acordo celebrado com a
Prefeitura e os empreendedores, na forma do disposto nesta Lei, ficando
ainda dispensados do pagamento de quaisquer multas relativas ao
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

descumprimento das obrigações dos empreendedores. Neste caso, os


lotes caucionados passarão para a propriedade dos adquirentes.

Art. 38º – A Prefeitura, para evitar prejuízos e sacrifícios à


população adquirente de lotes em parcelamento irregular, comprovado o
interesse público, poderá dispensar o empreendedor ou os compradores
de lotes, de algumas exigências desta Lei, visando exclusivamente a
regularização do loteamento.
§ 1º - Só serão beneficiados pelo disposto no caput do
artigo, os parcelamentos que já tiverem mais de 50% (cinqüenta por
cento) de seus lotes vendidos e/ou ocupados, até 60 (sessenta) dias
anteriores à publicação desta Lei.
§ 2º - A comprovação da venda de que trata o
parágrafo anterior, será feita mediante a apresentação de documento
firmado entre o empreendedor e o comprador, podendo a Prefeitura, em
caso de dúvida, promover diligência.

Art. 39º - A regularização das formas de ocupação urbana


existentes na data de aprovação desta Lei, caracterizadas como
loteamentos e desmembramentos clandestinos, bem como aquelas
representadas por invasões de glebas e/ou de parcelamentos, somente
poderá ocorrer após a realização de levantamentos cadastrais detalhados
dessas ocupações, em termos físico-urbanístico e sócio-econômico, de
forma a possibilitar a definição adequada dos parâmetros urbanísticos,
técnicos e ambientais, necessários à elaboração dos projetos de
regularização dessas ocupações, considerando ainda aspectos de
consolidação da ocupação e/ou de remanejamento da população
residente, quando couber.
§ 1º - No processo de regularização das formas de
ocupação urbana, de que trata o caput deste artigo, deverão ser
observados os dispositivos da Lei Federal 10.257/2001, relativos à
regularização fundiária urbana, e dispositivos de Lei Municipal específica
que, com base no Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento
Municipal de Felixlândia, e nos levantamentos cadastrais realizados,
delimitará as áreas objeto de regularização e fixará os parâmetros e os
procedimentos a serem utilizados, tendo em vista o interesse público e a
qualidade de vida da população.
§ 2º - A definição dos parâmetros de que trata este
artigo deverá levar em conta a situação já consolidada de ocupação das
áreas invadidas e/ou dos parcelamentos clandestinos, e a existência de
situações de risco, buscando, no que couber, adequação aos dispositivos
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

desta Lei, atendimento ao inciso XIV do Art. 2º da Lei Federal 10.257/2001


e, principalmente, não causar qualquer tipo de prejuízos e
constrangimentos à população residente e/ou adquirente de terrenos
nessas áreas.
§ 3º - Havendo necessidade de remanejamento da
população nas áreas definidas como em situação de risco, o Poder Público
Municipal ficará responsável pela viabilização e implantação de projeto
habitacional específico, podendo para tanto firmar parcerias com a
iniciativa privada, organizações não governamentais, universidades e
conveniar-se com órgãos de outros níveis de governo tendo em vista o
acesso a programas públicos de habitação de interesse social.
§ 4º - Após a elaboração e aprovação dos projetos de
parcelamento do solo para essas ocupações, deverão ser providenciados,
imediatamente, os respectivos registros e instrumentos legais
competentes para a regularização fundiária, em atendimento aos
objetivos da política urbana com relação às funções sociais da cidade,
conforme Lei Federal 10.257/2001.
§ 5º - Os processos de regularização das formas de
ocupação urbana, de que trata o caput deste artigo, assim como a fixação
dos parâmetros urbanísticos e demais procedimentos a serem utilizados,
deverão ser discutidos e acompanhados pelo órgão municipal
competente, em conjunto com o COMDESP e o CODEMA.

Art. 40º – O Poder Público Municipal deverá tomar as


providências para o cumprimento do disposto neste artigo, podendo, para
tanto, celebrar convênios com entidades públicas e/ou privadas e ainda
empreender as negociações cabíveis com os proprietários das glebas
ocupadas, para a obtenção do apoio técnico e financeiro necessário,
considerando o porte do projeto a ser elaborado e a complexidade das
ações a serem desenvolvidas no processo de regularização.

TÍTULO IV
Dos Prazos e das Taxas

Art. 41º – Para análise de projetos de parcelamento, nas suas


diversas fases, a Prefeitura, através do órgão municipal competente,
deverá se manifestar conforme os prazos estabelecidos nesta Lei.
§ 1º - Sempre que se pedir qualquer esclarecimento ao
interessado, ou juntada de documento, haverá interrupção do prazo que
somente voltará a ser contado após decorrido o tempo concedido pela
Prefeitura para a manifestação do interessado.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

§ 2º - O tempo a ser concedido pela Prefeitura, para


esclarecimento ou juntada de documentos por parte do interessado, será
de, no máximo, 60 (sessenta) dias.
§ 3º - Durante a análise de documentação para
regularização de parcelamento irregular a Prefeitura concederá, mediante
notificação, o prazo de, no máximo 60 (sessenta) dias para prestação de
esclarecimentos ou juntada de documentos, por parte do responsável.
Não sendo atendida a notificação, ou atendida em parte, o parcelamento
retornará à sua condição de irregularidade, ficando o responsável e o
empreendimento sujeitos às sanções desta Lei.
§ 4º - A critério da Prefeitura, a aceitação das obras de
urbanização poderá ser feita à medida em que as mesmas forem sendo
executadas.
§ 5º - No caso de indeferimento liminar do projeto de
parcelamento, ao ser analisada a solicitação de diretrizes, a Prefeitura
devolverá o processo ao empreendedor comunicando-lhe, por escrito,
com aviso de recebimento, os motivos do respectivo indeferimento.

Art. 42º – Para a aprovação de parcelamento, o Município


cobrará Taxa de Aprovação, conforme tabela a ser definida em
instrumento próprio, no prazo de 30 dias a contar da data de aprovação
desta Lei.
Parágrafo Único - Os loteamentos de interesse social,
de que tratam os Artigos 26, 27,28 e 29 desta Lei, poderão ser isentos de
Taxa de Aprovação.

Art. 43º – Os parcelamentos do solo aprovados e registrados


há até quatro anos anteriores à vigência desta Lei, e que ainda não foram
implantados, necessitarão, para sua implantação, de Alvará de
Urbanização emitido pela Prefeitura, através do órgão municipal
competente, e seus titulares terão que arcar com as obras de urbanização
previstas no Art. 13 desta Lei e/ou no Art. 27, em se tratando de
loteamentos de interesse social, garantidas através de caução de lotes. Do
contrário, serão considerados irregulares e sujeitos às sanções previstas
nesta Lei.
Parágrafo Único – Caso tenham entrado em vigor, após
a aprovação e registro desses parcelamentos citados no caput deste
artigo, Leis Federais ou Estaduais de natureza ambiental que obriguem a
modificação dos projetos, estes terão que ser submetidos à anuência e
nova aprovação pelos órgãos competentes.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

TÍTULO V
Das Infrações às Normas de Parcelamento do Solo

Art. 44º – Havendo infração ao disposto nesta Lei serão


aplicadas penalidades ao agente que lhe der causa, o qual deverá ser
notificado pessoalmente ou mediante via postal com aviso de
recebimento.

Art. 45º – Constatada a infração, a aplicação de multa poderá


ter lugar em qualquer época.

Art. 46º – A implantação de parcelamentos irregulares enseja


à Prefeitura notificar o seu proprietário ou qualquer de seus responsáveis
para entrar com o processo de regularização do empreendimento nos 60
(sessenta) dias seguintes.
§ 1º - Caso o parcelamento não esteja concluído na
data de vencimento do prazo do Alvará de Urbanização, e não seja
cumprida a obrigação prevista no caput deste artigo, serão lavrados,
sucessivamente, autos de infração com a indicação do fato, do seu
enquadramento legal, e das seguintes penalidades a que estará sujeito o
empreendedor:
I – multa, no valor equivalente a 0,35 UFM (Unidade Fiscal do
Município) por metro quadrado do parcelamento irregular.
II – embargo da obra, após a aplicação da multa, com
apreensão das máquinas, equipamentos e veículos que estiverem no local,
até a apresentação, pelo responsável, de processo de regularização do
empreendimento ou reinicio das obras pelo município, conforme Art. 35 e
Art. 36 desta Lei.
III – multa diária no valor equivalente a 12,00 UFM em caso
de descumprimento do embargo.
§ 2º - Caso o parcelamento esteja concluído de forma
contrária às especificações do projeto, vencido o prazo do Alvará de
Urbanização, e não seja cumprida a obrigação prevista no caput deste
artigo, serão lavrados, sucessivamente, autos de infração com a indicação
do fato, do seu enquadramento legal e das seguintes penalidades a que
estará sujeito o empreendedor:
I – multa no valor equivalente a 0,35 UFM, por metro
quadrado do parcelamento irregular.
II – interdição do local.
III – multa diária no valor equivalente a 12,00 UFM, em caso
de descumprimento da interdição.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

§ 3º - Caso o parcelamento não tenha sido aprovado e


registrado e não seja cumprida a obrigação prevista no caput deste artigo,
serão lavrados, sucessivamente, autos de infração com a indicação do
fato, do seu enquadramento legal e das seguintes penalidades a que
estará sujeito o empreendedor:
I – multa no valor equivalente a 0,35 UFM por metro
quadrado do parcelamento irregular.
II – embargo da obra ou interdição do local, conforme o caso,
e aplicação simultânea de multa diária equivalente a 12,00 UFM em caso
de descumprimento do embargo ou da interdição.

Art. 47º – A não conclusão da urbanização, no prazo de


validade fixado para o Alvará de Urbanização, sujeita o proprietário do
parcelamento ao pagamento automático de multa, no valor equivalente a
750,00 UFM por mês ou fração de atraso.
Parágrafo Único – A partir da vigência da notificação
para regularização do empreendimento ou do reinicio das obras de
urbanização pela Prefeitura, a cobrança da multa de que trata o caput do
artigo fica suspensa automaticamente.

Art. 48º – A cada reincidência de descumprimento de


notificação, para a regularização do empreendimento, o Município poderá
aplicar multa progressiva.
§ 1º - Considera-se reincidência a violação, pela mesma
pessoa, de normas que estabeleçam condições para parcelamento, por
cuja infração já tiver sido anteriormente punida.
§ 2º - Sendo descumprida a notificação sobre
parcelamento irregular, será cobrada multa de acordo com o que dispõe o
inciso I dos parágrafos 1º, 2º e 3º do Art. 46 desta Lei. Se houver
reincidência de descumprimento, após notificação, será aplicada multa no
valor da anterior, acrescida de 50% (cinqüenta por cento) e assim,
sucessivamente, sempre com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento)
sobre a multa anterior.
§ 3º - As demais multas, relativas a descumprimento de
embargos e interdição e a não conclusão de urbanização no prazo
pactuado, mesmo nas reincidências, serão estabelecidas de acordo com os
artigos 46 e 47 desta Lei, sem acréscimo.
§ 4º - O pagamento da multa não implica regularização
da situação nem impede nova notificação, caso permaneça a
irregularidade.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Art. 49º – A notificação da Prefeitura deverá conter, no


mínimo, os tipos de irregularidades encontradas no parcelamento, o prazo
para regularização e as penalidades a que estará sujeito o proprietário,
caso a irregularidade não seja sanada, e ainda as condições para
apresentação de recursos.
Parágrafo Único – A partir do protocolo de recurso pelo
empreendedor, na Prefeitura, haverá interrupção do prazo da notificação
que somente voltará a ser contado após a manifestação do município.

Art. 50º - As multas previstas nesta Lei serão calculadas em


UFP (Unidade Fiscal Padrão) com valores reajustados nos termos da
legislação específica.

Art. 51º – O prazo para pagamento de multa é de 30 (trinta)


dias contados a partir da data de sua aplicação, conforme auto de
infração.

Art. 52º – Se a multa não for paga no prazo legal, será inscrita
em dívida, sendo que os infratores que estiverem em débito de multa não
poderão receber quaisquer quantias ou créditos que tiverem com a
Prefeitura, participar de licitações, celebrar contratos de qualquer
natureza, ou transacionar, a qualquer título, com a Administração
Municipal.

Art. 53º – Se a multa não for paga no vencimento, será


acrescida de juros, na conformidade da legislação vigente.

Art. 54º – Quando o infrator incorrer, simultaneamente, em


mais de uma penalidade constante de diferentes disposições legais,
aplicar-se-ão as penas, sucessivamente.

Art. 55º – Sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas


nesta Lei, a Prefeitura representará ao Conselho Regional de Engenharia e
Arquitetura – CREA, em caso de manifesta demonstração de incapacidade
técnica ou inidoneidade de profissional infrator.

TÍTULO VI
Da Constituição de Crime
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Art. 56º – Será considerado crime contra a Administração


Pública, para os efeitos desta Lei, o disposto sobre Disposições Penais nas
Leis Federais 6.766/ 79 e 9.785/ 99.

Art. 57º – Quem, de qualquer modo, concorra para a prática


dos crimes previstos no artigo anterior, incide nas penas previstas nas Leis
Federais 6.766/ 79 e 9.785/ 99, considerados em especial os atos
praticados na qualidade de mandatário de loteador, diretor ou gerente de
sociedade.

Art. 58º – Constitui também crime registrar parcelamento não


aprovado pelos órgãos competentes, registrar o compromisso de compra
e venda, a cessão ou promessa de cessão de direitos, ou efetuar registro
de contrato de venda de parcelamento não registrado.

TÍTULO VII
Das Disposições Finais e Transitórias

Art. 59º – Nos processos de parcelamento do solo para fins


urbanos em Felixlândia, o que não estiver previsto nesta Lei, obedecerá ao
disposto nas Leis Federais 6.766/ 79 e 9.785/ 99.

Art. 60º – O Executivo expedirá os decretos, portarias e


demais atos administrativos que se fizerem necessários à fiel observância
das disposições desta Lei.

Art. 61º – Os prazos previstos nesta Lei contar-se-ão por dias


corridos, podendo, a critério exclusivo da Prefeitura, serem prorrogados.
§ 1º - Não será computado no prazo o dia inicial e
prorrogar-se-á para o primeiro dia útil, o vencimento que coincidir com
Sábado, Domingo e Feriado.
§ 2º - Excluem-se da possibilidade de prorrogação os
prazos determinados pelas Leis Federais 6.766/ 79 e 9.785/ 99.

Art. 62º – A partir da publicação desta Lei, nenhuma


informação ou autorização serão expedidas pela Prefeitura, relativamente
a imóvel que não esteja regularmente aprovado e devidamente registrado
com número do lote, número da quadra a que pertence, dimensões, área
e denominação do parcelamento.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Art. 63º – Qualquer fracionamento de terreno que não se


submeta às normas legais estabelecidas para parcelamento, será
considerado irregular e terá que se adequar a esta Lei.

Art. 64º – Qualquer alteração em projeto de parcelamento


aprovado deverá ser submetida ao processo de aprovação pela Prefeitura,
conforme disposto nesta Lei, mediante requerimento protocolado,
acompanhado dos elementos técnicos mínimos necessários e de uma
exposição de motivos, respeitadas as disposições desta Lei, notadamente
as que se referem ao licenciamento ambiental e à anuência prévia do
Estado, quando couber.

Art. 65º – Não caberá à Prefeitura qualquer responsabilidade


por eventuais diferenças entre as medidas finais de lotes e quadras, e as
constantes do projeto aprovado.

Art. 66º – Os espaços de domínio público nos loteamentos,


conforme definidos nesta Lei e constantes do projeto, não poderão ter sua
destinação alterada pelo loteador, após o ato da aprovação, salvo as
hipóteses de caducidade da licença ou de desistência do loteador,
aplicando-se neste caso, o disposto a respeito no Art. 23 da Lei Federal
6.766/79.

Art. 67º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,


revogando-se as disposições em contrário.

Mando, portanto, a todos a quem o conhecimento e


execução desta lei pertencer, que a cumpram e a façam cumprir, tão
inteiramente como nela se contém.

Prefeitura Municipal de Felixlândia, 18 de fevereiro de 2009.

Valéria Elisa Vieira


Secretária Municipal
Marconi Antônio da Silva
Prefeito Municipal
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

LEI Nº 1.695/2009

DISPÕE SOBRE AS NORMAS DE USO E


OCUPAÇÃO DO SOLO NO MUNICÍPIO
DE FELIXLÂNDIA

A Câmara Municipal de Felixlândia, aprovou e eu, Prefeito


Municipal, sanciono a seguinte Lei:

CAPITULO I
Disposições Preliminares

Art. 1º – Esta Lei tem por objetivo o ordenamento do uso e


ocupação do solo no território municipal de Felixlândia, em consonância
com o disposto na Lei Orgânica Municipal, no Plano Diretor Participativo
de Desenvolvimento Municipal de Felixlândia, observadas ainda a Lei
Federal 10.257/2001 - Estatuto da Cidade, o Código Florestal – Lei Federal
4.771 de 15/09/65, alterações e regulamento, a Lei Estadual 14.309
de19/06/2002 e regulamento, que dispõe sobre as políticas florestal e de
proteção da biodiversidade no Estado de Minas Gerais, demais leis
ambientais vigentes, e demais leis urbanísticas municipais integradas pela
Lei de Parcelamento do Solo, Código de Obras e Código de Posturas.
Parágrafo Único - A aplicação das disposições desta Lei,
bem como a fiscalização sobre sua observância, as resoluções sobre casos
omissos e dúvidas suscitadas em sua aplicação, ficarão a cargo dos órgãos
municipais competentes, em trabalho conjunto com o Conselho Municipal
de Desenvolvimento Sustentável e Planejamento – COMDESP criado pelo
Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Municipal de Felixlândia.

Art. 2º – Para o cumprimento do disposto nesta Lei fica


definido e aprovado o Perímetro Urbano da Cidade de Felixlândia
constante do Anexo I desta Lei, aprovadas as Categorias de Uso do Solo
conforme o Anexo II desta Lei, e aprovados os Mapas Zoneamento
Urbano, Sistema Viário Urbano Hierarquia Viária, Macro-zoneamento São
José do Buriti, constantes do Anexo III desta Lei.
Parágrafo Único – O cumprimento do disposto nesta Lei
deverá atender também ao Macro-zoneamento Ambiental Integrado do
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

território municipal aprovado pelo Plano Diretor Participativo de


Desenvolvimento Municipal de Felixlândia.

CAPÍTULO II
Das Zonas de Uso e Ocupação do Solo

Art. 3º – O território municipal de Felixlândia compõe-se das


seguintes zonas de uso e ocupação do solo:
I – Zona Urbana da Cidade de Felixlândia
II – Zona Urbana do Distrito de São José do Buriti
III - Zona Urbana Especial da Orla do Lago de Três
Marias
IV – Zona de Ocupação Especial Rural/Urbana;
V – Zona de Expansão Urbana;
VI – Zona Rural.
§ 1º - A Zona Urbana compreende áreas ocupadas e
diferenciadas pela tipologia de ocupação e de uso do solo diversificado.
§ 2º - A Zona de Expansão Urbana é constituída de áreas
ainda não ocupadas onde poderá ocorrer o parcelamento do solo para fins
urbanos;
§ 3º - A Zona Urbana e a Zona de Expansão Urbana, estão
contidas por Perímetro Urbano aprovado por Lei;
§ 4º - As Zonas de Ocupação Especial Rural/Urbana são
constituídas por assentamentos humanos que, na data de aprovação
desta Lei, apresentavam características de aglomerações urbanas em
conjunto com características de assentamento rural.
§ 5º - A Zona Rural é aquela externa ao Perímetro Urbano
e aos perímetros das Zonas de Ocupação Especial Rural/Urbana.

Art. 4º – Para os efeitos de aplicação dos parâmetros


urbanísticos de uso e ocupação do solo definidos nesta Lei, e em
atendimento às necessidades básicas de estruturação do espaço urbano e
do território municipal, gerando equilíbrio entre o assentamento humano
e o meio ambiente, as zonas urbanas são representadas pela zona urbana
da cidade de Felixlândia, zona urbana do Distrito de São José do Buriti, a
Zona Urbana da orla do Lago de Três Marias e as zonas de ocupação
especial rural/urbana como, por exemplo, o distrito de São Geraldo do
Salto, os povoados de Piancó, Mucambinho, Marmelada, e demais
localidades com características de aglomerações urbanas, em conjunto
com características de assentamento rural, localizadas no território
municipal.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

SEÇÃO I
Da Zona Urbana da Cidade de Felixlândia – ZUR Felixlândia

Art. 5º – A Zona Urbana da Cidade de Felixlândia subdivide-se


em:
I – Zona de Uso Preferencialmente Residencial 1 – ZUR
1: áreas ocupadas, representando os bairros Buritis e Capitão Custódio,
com predominância de lotes de 360m2, que deverão ser mantidas com
baixa densidade de ocupação pela ausência predominante de infra-
estrutura de pavimentação, drenagem pluvial e esgoto sanitário. Com a
complementação total desta infra-estrutura os índices urbanísticos para
ocupação do solo na zona poderão ser revistos mediante a elaboração dos
estudos técnicos necessários e deliberação por parte do COMDESP. Na
ZUR 1 serão permitidas edificações com, no máximo, 02 (dois)
pavimentos, uso residencial unifamiliar, uso misto residencial unifamiliar,
uso residencial multifamiliar, uso institucional relacionado à saúde,
educação, recreação e lazer, atividades religiosas, associativas e
comunitárias, uso comercial e de prestação de serviços de pequeno porte
para atendimento local, e pequena produção artesanal convivendo com o
uso residencial. Será permitido o remembramento de lotes para a
obtenção de áreas maiores com o objetivo de localização de
equipamentos sociais públicos. Não será permitido o desmembramento
de lotes. Os índices urbanísticos para a ocupação do solo na ZUR 1 estão
definidos no quadro a seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZUR 1


2
Lotes –predominância de 360m Lotes remembrados para equipamentos sociais
públicos
Taxa de ocupação máxima - 50% Taxa de ocupação máxima - 60%

Coeficiente de aproveitamento máximo - 1,0 Coeficiente de aproveitamento máximo - 1,2

Afastamento lateral mínimo de 1,50m, ou na Afastamento lateral mínimo - 1,50m


divisa com 6,0m de altura máxima

Afastamento frontal mínimo - 3,0m Afastamento frontal mínimo - 3,0m

Afastamento de fundo mínimo - 3,0m Afastamento de fundo mínimo - 3,0m

Taxa de permeabilidade mínima - 25% Taxa de permeabilidade mínima - 25%

II – Zona de Uso Preferencialmente Residencial 2 – ZUR


2: áreas parceladas representando o bairro Pioneiro, desconectado da
malha urbana atual e marginal à rodovia BR 040. O bairro foi objeto de
doação de lotes à população por parte do Poder Público, tendo cerca de
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

50% dos lotes ocupados, apesar da ausência de infra-estrutura na maior


parte de sua área, e ausência de equipamentos sociais públicos de apoio à
população, devendo deve ser mantido com baixa densidade de ocupação.
Com a complementação total da infra-estrutura e a instalação de
equipamentos sociais públicos, os índices urbanísticos para ocupação do
solo na zona poderão ser revistos A partir da elaboração dos estudos
técnicos necessários e mediante deliberação por parte do COMDESP. Na
ZUR 2 serão permitidas edificações com, no máximo, 02 (dois)
pavimentos, uso residencial unifamiliar, uso misto residencial unifamiliar,
uso residencial multifamiliar, uso institucional relacionado à saúde,
educação, recreação e lazer, atividades religiosas, associativas e
comunitárias, uso comercial e de prestação de serviços de pequeno porte
para atendimento local, e pequena produção artesanal convivendo com o
uso residencial. Será incentivado o remembramento de lotes para a
obtenção de áreas maiores com o objetivo de localização de
equipamentos sociais públicos. Não será permitido o desmembramento
de lotes. Os índices urbanísticos para a ocupação do solo na ZUR 2 estão
definidos no quadro a seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZUR 2


Lotes –dimensões variadas Lotes remembrados para equipamentos sociais
públicos
Taxa de ocupação máxima - 50% Taxa de ocupação máxima - 60%

Coeficiente de aproveitamento máximo - 1,0 Coeficiente de aproveitamento máximo - 1,2

Afastamento lateral mínimo de 1,50m, ou na Afastamento lateral mínimo - 1,50m


divisa com 6,0m de altura máxima

Afastamento frontal mínimo - 3,0m Afastamento frontal mínimo - 3,0m

Afastamento de fundo mínimo - 3,0m Afastamento de fundo mínimo - 3,0m

Taxa de permeabilidade mínima - 25% Taxa de permeabilidade mínima - 25%

III – Zona de Uso Preferencialmente Residencial 3 – ZUR


3: áreas ocupadas, representando bairros Eldorado e Alto Pelame, pouco
adensados, com mais de 50% de lotes vagos, ausência de infra-estrutura,
com predominância de lotes inferiores a 250m2, que deverão ser
mantidas com baixa densidade. Na ZUR 3 serão permitidas edificações
com no máximo 02 (dois) pavimentos, uso residencial unifamiliar, uso
misto residencial unifamiliar, uso institucional de pequeno porte
relacionado à saúde, educação, recreação e lazer, atividades religiosas,
associativas e comunitárias, uso comercial e de prestação de serviços de
pequeno porte, e pequena produção artesanal convivendo com o uso
residencial. Será permitido o remembramento de lotes para a obtenção
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

de áreas maiores com o objetivo de localização de equipamentos sociais


públicos. Não será permitido o desmembramento de lotes. Os índices
urbanísticos para a ocupação do solo na ZUR 3 estão definidos no quadro
a seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZUR 3


Lotes: dimensões variadas, menores que Lotes remembrados
250m²

Taxa de ocupação máxima - 50% Taxa de ocupação máxima - 60%

Coeficiente de aproveitamento máximo – 1,0 Coeficiente de aproveitamento máximo – 1,2

Afastamento lateral mínimo – 1,50m Afastamento lateral mínimo – 1,50m

Afastamento frontal mínimo - 3,0m Afastamento frontal mínimo - 3,0m

Afastamento de fundo mínimo - 3,0m Afastamento de fundo mínimo - 3,0m

Taxa de Permeabilidade mínima - 20% Taxa de Permeabilidade mínima - 20%

IV – Zona de Uso Preferencialmente Residencial 4 – ZUR


4: área parcelada e ocupada pelo conjunto habitacional da COHAB
destinado à baixa densidade de ocupação, sendo ali permitido edificações
com no máximo 02 (dois) pavimentos e apenas o uso residencial
unifamiliar, uso misto residencial unifamiliar, comércio e serviços de
pequeno porte e atendimento local e pequena produção artesanal
convivendo com o uso residencial, bem como o uso institucional de
pequeno porte relacionado à saúde, educação, atividades associativas e
comunitárias, atividades religiosas, recreação e lazer. Será permitido o
remembramento de lotes somente para a localização de
espaços/equipamentos sociais de uso público e comunitário. Não será
permitido o desmembramento de lotes.

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZUR 4


Lotes Lotes remembrados

Taxa de ocupação máxima - 50% Taxa de ocupação máxima - 60%

Coeficiente de aproveitamento máximo – 1,0 Coeficiente de aproveitamento máximo – 1,2

Afastamento lateral mínimo – 1,50m Afastamento lateral mínimo – 1,50m

Afastamento frontal mínimo - 3,0m Afastamento frontal mínimo - 3,0m

Afastamento de fundo mínimo - 3,0m Afastamento de fundo mínimo - 3,0m

Taxa de Permeabilidade mínima - 20% Taxa de Permeabilidade mínima - 20%


PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

V – Zona de Uso Misto – ZUM: áreas com maior


percentual de ocupação, representando bairros da cidade localizados no
entorno do Centro Comercial, mais servidos com infra-estrutura,
abastecimento de água, parte de rede de esgotos sanitários e
pavimentação apesar de, praticamente, inexistirem dispositivos de
drenagem pluvial. A ZUM poderá ser mais adensada, poderá ali incidir os
instrumentos da edificação ou utilização compulsórias e o IPTU
progressivo no tempo, para os terrenos ainda vazios, somente após haver
a complementação da infra-estrutura de esgotos sanitários. Serão
permitidos o uso residencial unifamiliar, uso misto residencial unifamiliar,
o uso residencial multifamiliar vertical e o uso misto residencial
multifamiliar vertical, em edificações com, no máximo, 03 (três)
pavimentos. Poderá ocorrer ainda o uso institucional relacionado à saúde,
educação, recreação e lazer, atividades religiosas, associativas e
comunitárias, uso comercial e de prestação de serviços de pequeno porte,
e pequena produção artesanal convivendo com o uso residencial, em
edificações com, no máximo, 02 (dois) pavimentos. Será permitido o
remembramento de lotes para a obtenção de áreas maiores com o
objetivo de localização de equipamentos sociais públicos e/ou privados.
Não será permitido o desmembramento de lotes. Os índices urbanísticos
para a ocupação do solo na ZUM estão definidos no quadro a seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZUM


Lotes – dimensões variadas Uso institucional e comercial em geral, e lotes
remembrados
Taxa de ocupação máxima - 50% Taxa de ocupação máxima - 60%

Coeficiente de aproveitamento máximo - 1,5 Coeficiente de aproveitamento máximo - 1,2

Afastamento lateral mínimo 1,50m Afastamento lateral mínimo - 1,50m

Afastamento frontal mínimo - 3,0m Afastamento frontal mínimo - 3,0m

Afastamento de fundo mínimo - 3,0m Afastamento de fundo mínimo - 3,0m

Taxa de Permeabilidade mínima - 25% Taxa de Permeabilidade mínima - 25%

VI – Zona de Uso Preferencialmente Residencial 5 – ZUR


5: áreas a serem ocupadas com baixa densidade, parceladas com lotes
mínimos de 1000m2 onde serão permitidas edificações com no máximo
02 (dois) pavimentos, o uso residencial unifamiliar, o uso residencial
unifamiliar misto, o uso comercial e de prestação de serviços de pequeno
porte, o uso institucional de pequeno porte relacionado à saúde,
educação, recreação e lazer, atividades religiosas, associativas e
comunitárias. Será permitido o remembramento de lotes que resultem
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

lotes com áreas maiores, para a localização de equipamentos sociais e


equipamentos de recreação e lazer, públicos e/ou privados, a serem
objeto de deliberação por parte do COMDESP. A ZUR 5 destina-se,
também, aos parcelamentos do solo a serem implantados na orla do Lago
de Três Marias. Não será permitido o desmembramento de lotes. Os
parâmetros para a ocupação do solo na ZUR 5 estão definidos no quadro a
seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZUR 5


Lotes remembrados para equipamentos sociais e
2
Lotes mínimos –1000m de recreação e lazer, públicos e/ou privados

Taxa de ocupação máxima - 40% Taxa de ocupação máxima - 40%

Coeficiente de aproveitamento máximo – 0,8 Coeficiente de aproveitamento máximo – 0,8

Afastamento lateral mínimo - 3,0m Afastamento lateral mínimo - 10,0m

Afastamento frontal mínimo - 5,0m Afastamento frontal mínimo - 10,0m

Afastamento de fundo mínimo - 5,0m Afastamento de fundo mínimo - 10,0m

Taxa de permeabilidade mínima - 40% Taxa de permeabilidade mínima - 40%

VI – Zona de Uso Preferencialmente Residencial 6 – ZUR 6: áreas a serem


ocupadas com baixa densidade, parceladas com lotes mínimos de 2000m2
onde serão permitidas edificações com no máximo 02 (dois) pavimentos, o
uso residencial unifamiliar, o uso residencial misto, o uso comercial e de
prestação de serviços de pequeno porte, o uso institucional de pequeno
porte relacionado à saúde, educação, recreação e lazer, atividades
religiosas, associativas e comunitárias. Será permitido o remembramento
de lote com áreas maiores, para a localização de equipamentos sociais e
equipamentos de recreação e lazer e equipamentos públicos e/ou
privados, a serem objeto de deliberação por parte do COMDESP. A ZUR 6
destina-se, também, aos parcelamentos do solo a serem implantados na
orla do Lago de Três Marias. Não será permitido o desmembramento de
lotes. Os parâmetros para a ocupação do solo na ZUR 6 estão definidos no
quadro a seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZUR 6


Lotes mínimos – 2000m2 Lotes remembrados para equipamentos sociais
e de recreação e lazer, públicos e/ou privados

Taxa de ocupação máxima - 30% Taxa de ocupação máxima - 30%

Coeficiente de aproveitamento máximo – 0,6 Coeficiente de aproveitamento máximo – 0,6

Afastamento lateral mínimo - 3,0m Afastamento lateral mínimo - 10,0m


PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Afastamento frontal mínimo - 5,0m Afastamento frontal mínimo - 10,0m

Afastamento de fundo mínimo - 5,0m Afastamento de fundo mínimo - 10,0m

Taxa de permeabilidade mínima - 50% Taxa de permeabilidade mínima - 50%

VII – Zona Especial de Interesse Social – ZEIS –


ocupações irregulares em loteamentos clandestinos e em ocupação
informal das áreas marginais do ribeirão do Bagre, sujeitas à inundação.
Essas áreas apresentam infra-estrutura precária, sendo desprovidas de
esgotos sanitários e, em alguns terrenos, a ausência da drenagem pluvial
causa problemas de erosões. As ZEIS, conforme Mapa Zoneamento
Urbano, anexo a esta Lei, deverão, prioritariamente, serem objeto de
levantamentos para atualização do cadastro físico da ocupação e do
cadastro sócio-econômico da população, tendo em vista a delimitação
final do perímetro da ZEIS, devendo as áreas delimitadas serem objeto da
elaboração de projeto integrado de regularização fundiária, urbanização e
melhorias habitacionais, com definição sobre os usos ali permitidos e os
parâmetros de ocupação do solo, no prazo de 12 (doze) meses a partir da
publicação desta Lei.

VIII – Zona Comercial – ZC – áreas destinadas à média


densidade de ocupação, correspondendo às áreas que conformam o
Centro Comercial, conforme Mapa Zoneamento Urbano, anexo a esta Lei,
apresentando lotes de dimensões variadas por ser uma área de ocupação
mais antiga. Na ZC deverá ocorrer a incidência dos instrumentos da
utilização e edificação compulsórias e IPTU progressivo no tempo, para os
terrenos ainda vazios, tendo em vista a maximização dos investimentos
públicos já realizados na área relacionados à infra-estrutura de serviços
urbanos. Serão permitidos o uso residencial unifamiliar, o uso residencial
multifamiliar vertical e o uso institucional que poderão ocorrer em
edificações com, no máximo, 02 (dois) pavimentos. Na ZC serão
incentivados os usos comercial e de serviços, o uso misto comercial e de
serviços, com raio de abrangência para toda a cidade, bem como o uso
misto residencial multifamiliar vertical, em edificações com, no máximo,
03 (três) pavimentos, devendo ser liberada áreas de garagem, de
estacionamento e de carga e descarga, no interior dos terrenos, podendo
haver remembramento de lotes para atender a estas exigências. Na ZC
poderão os proprietários de edificações de interesse histórico se
beneficiarem da transferência do direito de construir. Será permitido o
remembramento de lotes para implantação de equipamentos sociais
públicos em edificações com, no máximo, 02 (dois) pavimentos. Não será
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

permitido o desmembramento de lotes. A Prefeitura poderá utilizar o


direito de preempção e o consórcio imobiliário para os terrenos onde
incidir a utilização ou edificações compulsórias. Os parâmetros gerais para
a ocupação do solo na ZC estão definidos no quadro a seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZC


Lotes – dimensões variadas Lotes remembrados
Taxa de ocupação máxima - 50% Taxa de ocupação máxima - 60%

Coeficiente de aproveitamento máximo - 1,5 Coeficiente de aproveitamento máximo – 1,8


(máximo de três pavimentos) (máximo de três pavimentos)

Afastamento lateral mínimo – 1,5m Afastamento lateral mínimo – 1,5

Afastamento frontal mínimo - 3,0m Afastamento frontal mínimo - 3,0m

Afastamento de fundo mínimo - 3,0m Afastamento de fundo mínimo - 3,0m

Taxa de Permeabilidade mínima - 20% Taxa de Permeabilidade mínima - 20%

IX - Zona Comercial 1 – ZC 1 – áreas destinadas a média


e alta densidade de ocupação, representadas pelos terrenos lindeiros a
trechos de vias arteriais ou coletoras principais representadas pela rua
Tiradentes e Av. Senhor dos Passos, conforme Mapas Zoneamento Urbano
e Sistema Viário Urbano Hierarquia Viária, anexos a esta Lei. Na ZC 1
deverá ocorrer a incidência dos instrumentos da utilização e edificação
compulsórias e IPTU progressivo no tempo, para os terrenos ainda vazios,
tendo em vista a maximização dos investimentos públicos relacionados à
infra-estrutura de serviços urbanos disponível. Serão permitidos o uso
residencial unifamiliar, o uso residencial multifamiliar vertical, os uso
comercial e de serviços e o uso misto comercial e de serviços, com raio de
abrangência para toda a cidade, bem como o uso institucional que
poderão ocorrer em edificações com, no máximo, 03 (três) pavimentos.
Será incentivado o uso misto residencial multifamiliar vertical, em
edificações com, no máximo, 04 (quatro) pavimentos podendo ainda, para
este uso, a ZC1 ser receptora da transferência do direito de construir e ser
beneficiada com a outorga onerosa do direito de construir, em terrenos
com no mínimo 450m2 de área, analisados caso a caso, a partir de
deliberação por parte do COMDESP, havendo a exigência de liberação de
área de garagem, de estacionamento e de carga e descarga no interior dos
terrenos, podendo haver remembramento de lotes para atender a estas
exigências. Será permitido o remembramento de lotes também para a
implantação de equipamentos sociais em edificações com, no máximo, 02
(dois) pavimentos. Não será permitido o desmembramento de lotes. A
Prefeitura poderá utilizar o direito de preempção e o consórcio imobiliário
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

para os terrenos onde incidir a utilização ou edificações compulsórias. Os


parâmetros gerais para a ocupação do solo na ZC 1 estão definidos no
quadro a seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZC 1


Lotes – dimensões variadas Lotes remembrados para o uso institucional
Taxa de ocupação máxima - 60% Taxa de ocupação máxima - 60%

Coeficiente de aproveitamento máximo - 1,8 Coeficiente de aproveitamento máximo – 1,2


(máximo de 03 pavimentos) (máximo de 02 pavimentos)
Coeficiente de aproveitamento máximo – 2,4
(04 pavimentos ou mais)

Afastamento lateral mínimo – conforme o Afastamento lateral mínimo – 1,5


disposto no Código de Obras quanto às áreas de iluminação abertas

Afastamento frontal mínimo - 4,0m Afastamento frontal mínimo - 4,0m

Afastamento de fundo mínimo - 3,0m Afastamento de fundo mínimo - 3,0m

Taxa de Permeabilidade mínima - 20% Taxa de Permeabilidade mínima - 20%

X - Zona Comercial 2 – ZC 2 – áreas destinadas à média


densidade, representadas pelos terrenos lindeiros a um trecho da via
arterial ou coletora principal rua Efraim Epifano e a um trecho da via
coletora ou coletora secundária rua José Magno Araújo conforme Mapas
Zoneamento Urbano e Sistema Viário Urbano Hierarquia Viária. Na ZC 2
deverá ocorrer a incidência dos instrumentos da ocupação e edificação
compulsórias e o IPTU progressivo no tempo, para os terrenos ainda
vazios, tendo em vista a maximização dos investimentos públicos em
infraestrutura de serviços urbanos nessas vias. Na ZC 2 será incentivado o
uso misto residencial multifamiliar vertical, os usos comercial e de
serviços, o uso misto comercial e de serviços, com raio de atendimento
para toda a cidade com, no máximo 03 (quatro) pavimentos, podendo
ainda, para estes usos, a ZC2 ser receptora da transferência do direito de
construir e ser beneficiada com a outorga onerosa do direito de construir,
em terrenos com no mínimo 450m2 de área, analisados caso a caso, a
partir de deliberação por parte do COMDESP, havendo a exigência de
liberação de área de garagem, de estacionamento e de carga e descarga
no interior dos terrenos, podendo haver remembramento de lotes para
atender a estas exigências. Serão permitidos ainda o uso residencial
unifamiliar, o uso residencial multifamiliar vertical e o uso institucional,
em edificações com, no máximo, 02 (dois) pavimentos. Será permitido o
remembramento de lotes também para a implantação de equipamentos
sociais em edificações com, no máximo, 02 (dois) pavimentos. Não será
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

permitido o desmembramento de lotes. A Prefeitura poderá utilizar o


direito de preempção e o consórcio imobiliário para os terrenos onde
incidir a utilização ou edificações compulsórias. Os parâmetros gerais para
a ocupação do solo na ZC 2 estão definidos no quadro a seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZC 2


Lotes – dimensões variadas Lotes remembrados para o uso institucional

Taxa de ocupação máxima - 60% Taxa de ocupação máxima - 60%

Coeficiente de aproveitamento máximo – 1,2 Coeficiente de aproveitamento máximo – 1,2


(máximo de 02 pavimentos)
Coeficiente de aproveitamento máximo – 1,8
( 03 pavimentos ou mais)

Afastamento lateral mínimo – 1,5 ou conforme Afastamento lateral mínimo – 1,5


o disposto no Código de Obras quanto às
áreas de iluminação abertas

Afastamento frontal mínimo - 4,0m Afastamento frontal mínimo - 4,0m

Afastamento de fundo mínimo - 3,0m Afastamento de fundo mínimo - 3,0m

Taxa de Permeabilidade mínima - 20% Taxa de Permeabilidade mínima - 20%

XI – Zona Comercial 3 – ZC 3 – áreas destinadas à baixa


e média densidade, representadas pelos terrenos lindeiros a trecho da via
arterial ou coletora principal José Mauro Gonçalves, entre o córrego
Pelame e a BR 040, conforme Mapas Zoneamento Urbano e Sistema Viário
Urbano Hierarquia Viária, onde deverão ser incentivados o uso
institucional de maior porte relacionado à equipamentos sociais de
educação, saúde, recreação, lazer e práticas esportivas, bem como o uso
misto comercial e de serviços de médio porte configurando centros
comerciais, supermercados, agências de venda de veículos, terminal de
transporte, com no máximo 02 (dois) pavimentos, devendo ser liberada
área de garagem, de estacionamento e de carga e descarga, no interior
dos terrenos para todos esses usos, podendo haver o remembramento de
terrenos para atender a essas exigências. Serão ainda permitidos usos
relacionados a serviços especiais, garagens e oficinas, comércio atacadista
e similares com, no máximo, 01 (hum) pavimento, nos terrenos lindeiros
ao trecho da via José Mauro Gonçalves entre as instalações da COPASA e a
BR 040, mediante deliberação do CODEMA e do COMDESP. As áreas
marginais a esta via arterial, ainda não parceladas, deverão adotar o
modelo de parcelamento definido para a ZEU 5. Não será permitido o
desmembramento de terrenos. A Prefeitura poderá utilizar o direito de
preempção para terrenos necessários ao uso institucional relacionado a
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

equipamentos sociais públicos. Os parâmetros gerais para a ocupação do


solo na ZC 3 estão definidos no quadro a seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZC3


Taxa de ocupação máxima - 70% Taxa de ocupação máxima - 70%
Coeficiente de aproveitamento máximo - 1,4 Coeficiente de aproveitamento máximo – 0,7
Afastamento lateral mínimo – 5,0m Afastamento lateral mínimo – 5,0m
Afastamento frontal mínimo - 5,0m Afastamento frontal mínimo - 5,0m
Afastamento de fundo mínimo - 5,0 m Afastamento de fundo mínimo - 5,0 m
Taxa de Permeabilidade mínima - 20% Taxa de Permeabilidade mínima - 20%

XII – Zona de Atividades Econômicas – ZAE – áreas


destinadas à média densidade, correspondendo às áreas marginais à BR
040 dentro do perímetro urbano, conforme Mapa Zoneamento Urbano,
anexo a esta Lei, observando uma faixa mínima de 100 (cem metros)
medidos a partir da faixa de domínio de cada lado da rodovia,
incorporando parte dos terrenos do bairro Pioneiro e área já parcelada do
lado direito da rodovia, no sentido BH/Brasília, onde deverão ser
localizadas, prioritariamente, atividades econômicas de médio e grande
porte geradoras de tráfego pesado, com raio de atendimento de
abrangência regional, estadual e interestadual, tais como grandes
atacadistas, mega distribuidoras, grandes prestadores de serviços e
distribuidores de combustíveis, depósitos de armazenagem e similares,
bem como o uso institucional relacionado a grandes equipamentos de
infra-estrutura urbana, todos com no máximo 02 (dois) pavimentos. As
áreas destinadas a estacionamentos privados e à carga e descarga
relacionadas aos usos ali permitidos, deverão ser liberadas no interior dos
terrenos. Os terrenos pertencentes a parcelamentos existentes e
ocupados pelo uso residencial, deverão ser objeto de negociações entre o
Poder Público e os proprietários, no sentido da busca de uma solução de
remanejamento e indenização, tendo em vista a incompatibilidade entre o
uso residencial e as atividades ligadas ao uso da rodovia. Os terrenos não
parcelados e integrantes da ZAE deverão receber o parcelamento de
acordo com o modelo definido para a ZEU 5, e os terrenos já parcelados
mas ainda não ocupados, deverão ser remembrados conforme o mesmo
modelo, em conformidade com a Lei de Parcelamento do Solo e o Art. 9º
desta Lei. Não será permitido o desmembramento de lotes. Os
parâmetros para a ocupação do solo na ZAE estão definidos no quadro a
seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZAE


Taxa de ocupação máxima - 70%
Coeficiente de aproveitamento máximo - 1,4
Afastamento lateral mínimo – 5,0m
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Afastamento frontal mínimo - 5,0m


Afastamento de fundo mínimo - 5,0 m
Taxa de Permeabilidade mínima - 20%

XIII – Zona Especial de Projeto 1 – ZEP 1 – áreas livres


que correspondem às áreas marginais aos cursos d’ água que margeiam
ou cortam a área urbana - ribeirão do Bagre, córrego Pelame e tributário
da margem esquerda, riacho do Boi, córrego Capivara, incluindo as faixas
das APP – Áreas de Preservação Permanente marginais aos cursos d’água,
as áreas de preservação de nascentes, bem como áreas de entorno da
Lagoa de Estabilização, da Usina de Reciclagem de Lixo, e da Sub-Estação
da CEMIG, conforme Mapa Zoneamento Urbano anexo a esta Lei. A ZEP 1
deverá ser objeto de inventário e levantamentos cadastrais, incluindo a
situação fundiária dos terrenos, tendo em vista a elaboração e aprovação
de projeto no âmbito do CODEMA e do COMDESP, definindo áreas que
deverão ser de preservação permanente e áreas que poderão ser
destinadas a espaços/equipamentos sociais voltados para atividades
educativas, culturais, esportivas, de recreação e lazer, definindo parques
urbanos no interesse coletivo e no interesse do turismo, no prazo de 12
(doze) meses contados da publicação desta Lei, ficando neste período
suspenso o parcelamento do solo e o assentamento de qualquer tipo de
atividade nestas áreas. Para a implantação do projeto poderá ser utilizado
o direito de preempção e, ainda, serem estudadas as possibilidades de
operações urbanas consorciadas.
XIV - Zona Especial de Projeto 2 – ZEP 2 – áreas
definidas nos Mapas Zoneamento Urbano e Sistema Viário Urbano
Hierarquia Viária, anexos a esta Lei, contendo intercessões viárias e
trechos de vias urbanas que necessitam de melhor definição em termos
de sua geometria, para melhorar as condições de circulação de veículos e
de segurança de pedestres. Estas áreas devem ser objeto de projeto de
engenharia indicando as correções necessárias e a sinalização adequada
para que possam cumprir melhor a função que desempenham na
hierarquia viária. O prazo para a elaboração desse projeto será de 06 (seis)
meses a partir da data de publicação desta Lei.
XV – Zona Especial de Projeto 3 - ZEP 3 – áreas definidas
nos Mapas Zoneamento Urbano e Sistema Viário Urbano Hierarquia
Viária, anexos a esta Lei, caracterizando intercessões rodoviárias com a BR
040, bem como trechos desta rodovia internos ao perímetro urbano, que
deverão ser objeto de negociações entre o Município e o DNIT para a
elaboração de projetos de engenharia necessários à melhoria das
condições de segurança para transposição da rodovia, bem como a
implantação de vias marginais à faixa de domínio da BR 040 e de
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

sinalização necessária para a melhoria das condições de acesso e


circulação do tráfego destinado às atividades localizadas na Zona de
Atividades Econômicas - ZAE, no prazo de 06 (seis) meses contados da
data de publicação desta Lei.
XVI – Zona de Preservação Permanente - ZPP –
compreende áreas não parceladas e/ ou não ocupadas dentro do
perímetro urbano, consideradas de preservação permanente pela Lei
Federal 4.771 de 15/09/65 - Código Florestal, alterações e regulamento,
pela Lei Estadual 14.309 de 19/06/2002 e regulamento, e demais leis
ambientais em vigor, notadamente as faixas marginais dos cursos d’água,
bem como praças e áreas verdes de uso público, implantadas, em
processo de implantação ou com áreas já reservadas para essa utilização,
áreas que pelas condições geológicas do solo, recursos hídricos e
paisagísticos não poderão ser parceladas e ocupadas, devendo ser objeto
de projeto para recuperação e consolidação evitando riscos, as faixas de
servidão das linhas de transmissão de energia elétrica (LT) que atravessam
a área urbana, de acordo com as normas da CEMIG, as faixas de servidão
das adutoras de abastecimento de água que atravessam a área urbana,
demais faixas de servidão existentes, as áreas com declividade acima de
30% e ainda as faixas de domínio de rodovias.

SEÇÃO II
Da Zona Urbana do Distrito de São José do Buriti – ZUR São José do Buriti

Art. 6º - A Zona Urbana do Distrito de São José do Buriti é


representada pela área efetivamente parcelada e ocupada ou em
processo de ocupação, cujo perímetro urbano preliminar, para efeito
deste artigo, coincide com os limites de propriedades dessas áreas
ocupadas ou em processo de ocupação, conforme Mapa Macro-
zoneamento São José do Buriti, anexo a esta Lei, caracterizando uma ADE
- Área de Diretrizes Especiais para levantamento cadastral detalhado, com
o objetivo de maiores definições sobre a tipologia de ocupação e uso do
solo, e sobre a situação fundiária dos terrenos, no prazo máximo de 10
(dez) meses contados da data de publicação desta Lei, tendo em vista
ajustes no perímetro urbano, possíveis revisões em relação à ocupação e
ao uso do solo e adequação das zonas de expansão urbana, se necessário,
a partir de deliberação do COMDESP, ficando suspensos qualquer tipo de
parcelamento do solo na área, durante este período.
Parágrafo Único - A Zona Urbana do Distrito de São José
do Buriti subdivide-se em:
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

I – Zona de Uso Preferencialmente Residencial – ZUR 1 – áreas


ocupadas e em processo de ocupação com lotes de tamanhos variados,
apresentando ausência de infra-estrutura de pavimentação, drenagem e
esgoto sanitário, destinadas à ocupação de baixa densidade, com
edificações de no máximo 02 (dois) pavimentos, onde será permitido o
uso residencial unifamiliar, o uso residencial multifamiliar horizontal, o
uso misto residencial, uso institucional relacionado à saúde, educação,
recreação e lazer, atividades comunitárias e associativas, uso comercial e
de prestação de serviços de pequeno porte e ainda pequena produção
artesanal convivendo com o uso residencial. Não será permitido o
desmembramento de lotes nesta zona. Os parâmetros definidos para a
ocupação do solo na ZUR estão apresentados no quadro a seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZUR 1


Taxa de ocupação máxima - 50%

Coeficiente de aproveitamento máximo – 1,0

Afastamento lateral mínimo - 1,50m

Afastamento frontal mínimo - 3,0m

Afastamento de fundo mínimo - 3,0m

Taxa de Permeabilidade mínima - 30%

II – Zona de Uso Misto – ZUM – Terrenos lindeiros à rua


Raimundo Frutuoso e seu prolongamento em direção ao lago de Três
Marias, com maior concentração de atividades de comércio e serviços,
lotes de tamanhos variados e ocupação mais antiga, que deve manter de
baixa a média densidade de ocupação e, no máximo, 02 (dois)
pavimentos. Na ZUM deverá ser incentivado o uso misto residencial e o
uso comercial e de serviços de pequeno e médio porte, de forma a
consolidar um corredor comercial e de serviços. Será permitido o uso
residencial unifamiliar, uso institucional relacionado à saúde, educação,
recreação e lazer, atividades comunitárias e associativas e ainda pequena
produção artesanal convivendo com o uso residencial. Não será permitido
o desmembramento de lotes nesta zona. Os parâmetros definidos para a
ocupação do solo na ZUM estão apresentados no quadro a seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZUM


Taxa de ocupação máxima - 60% usos comercial e de serviço e uso misto 50% demais usos

Coeficiente de aproveitamento máximo – 1,2 usos comercial e serviço, uso misto 1,0
demais usos
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Afastamento lateral mínimo - 1,50m

Afastamento frontal mínimo - 3,0m

Afastamento de fundo mínimo - 3,0m

Taxa de permeabilidade mínima. - 20% usos comercial e de serviço e uso misto 30%
demais usos

III – Zona Especial de Projeto 1 – ZEP 1 – áreas livres,


limítrofes com a rua Antônio Nunes Álvares, com a praça de esportes e
com a lagoa existente, de interesse para a implantação de unidade de
conservação destinada à áreas verdes de preservação integradas a
espaços públicos destinados ao lazer e à recreação, no interesse turístico,
devendo ser objeto de projeto no prazo de 06(seis) meses após a
realização do levantamento cadastral definido no caput deste artigo.
IV – Zona Especial de Projeto 2 – ZEP 2 – áreas ocupadas por
atividades ligadas ao turismo, como hospedagem e produção artesanal de
importância para o município realizada por comunidade hippie, devendo
ser objeto de projeto de desenho urbano tendo em vista a implantação de
espaços equipamentos de cultura, recreação e lazer, fortalecendo o
interesse turístico da área, no prazo de 06 (seis) meses após a realização
do levantamento cadastral definido no caput deste artigo.
V - Zona Preservação Permanente - ZPP – compreende áreas
não parceladas e/ ou não ocupadas, consideradas de preservação
permanente pelo Código Florestal – Lei Federal 4.771 de 15/ 09/ 65,
alterações e regulamento, pela Lei Estadual 14.309 de19/06/2002 e
regulamento, que dispõe sobre as políticas florestal e de proteção da
biodiversidade no Estado de Minas Gerais, e demais leis ambientais
vigentes, bem como as praças, os parques públicos e as RPPNs com áreas
já reservadas para essa utilização, as áreas que pelas condições geológicas
do solo, recursos hídricos e paisagísticos não poderão ser parceladas, as
faixas de servidão das linhas de transmissão de energia elétrica (LT) que
atravessam a área urbana, de acordo com as normas da CEMIG, as faixas
de servidão das adutoras de abastecimento de água, demais faixas de
servidão existentes, as áreas com declividade acima de 30% e as faixas de
domínio de rodovias.
VI – Zona de Expansão Urbana – ZEU - áreas marginais à via
de acesso ao lago de Três Marias, a serem delimitadas a partir da
realização do cadastro detalhado, onde deverá se permitir parcelamentos
cujos modelos, categorias de uso, e parâmetros de ocupação do solo
deverão ser definidos após a realização do levantamento cadastral
definido no caput deste artigo, a partir de deliberação do COMDESP.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

SEÇÃO III
Da Zona Urbana Especial da Orla do Lago de Três Marias

Art. 7º - A Zona Urbana Especial da Orla do Lago de Três


Marias compreende as áreas representadas por uma faixa de 200m
medidos da margem do Lago de Três Marias, ao longo da orla do lago,
conforme Macro-zoneamento Ambiental Integrado aprovado pelo Plano
Diretor Participativo de Desenvolvimento Municipal de Felixlândia,
devendo ser objeto de estudos e inventários necessários à definição de
maiores e menores restrições à ocupação e uso do solo, tendo em vista a
definição de áreas de preservação permanente, de áreas passíveis de
parcelamento para fins urbanos e localização de atividades, não podendo
receber nenhum tipo de intervenção, ocupação ou parcelamento no prazo
de 12 (doze) meses contados da data de publicação desta Lei, período em
que deverão ser realizados os estudos, inventários e projetos que forem
julgados necessários para a preservação das condições ambientais da orla
e do Lago de Três Marias, bem como para a revisão de ocupação urbana
porventura já existente, devendo todo esse processo atender às
disposições da Lei de Parcelamento do Solo e as deliberações do
COMDESP e do CODEMA, no interesse coletivo.
Parágrafo Único – Os parcelamentos do solo a serem
permitidos na orla do Lago de Três Marias deverão adotar os modelos
definidos para a ZEU 3 e ZEU 4, e os loteamentos resultantes serão
classificados em ZUR 5 e ZUR 6, respectivamente.

SEÇÃO IV
Das Zonas de Ocupação Especial Rural/Urbana

Art. 8º – As localidades com assentamentos humanos,


distribuídas no território municipal, que apresentam características de
aglomerações urbanas em conjunto com características de assentamento
rural, a exemplo do distrito de São Geraldo do Salto, povoados de
Marmelada, Piancó, Mucambinho, e demais assentamentos que
apresentam as mesmas características, ficam caracterizadas como Zonas
de Ocupação Especial Rural/Urbana, cujo perímetro de ocupação
rural/urbana coincide com os limites de propriedades da área
efetivamente parcelada e ocupada na data de publicação desta Lei,
compreendendo:
I – Zona de Uso Preferencialmente Residencial – ZUR 1
– áreas parceladas e/ou ocupadas e em processo de ocupação,
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

apresentando terrenos com dimensões variadas, destinadas à ocupação


de baixa densidade com edificações de no máximo 02 pavimentos. Nesta
zona será permitido o uso residencial unifamiliar, residencial multifamiliar
horizontal, o uso misto residencial, uso institucional relacionado à saúde,
educação, recreação e lazer, atividades religiosas, comunitárias e
associativas, uso comercial e de prestação de serviços de pequeno porte e
pequena produção artesanal convivendo com o uso residencial. Os
parâmetros para a ocupação do solo na ZUR 1 estão definidos no quadro a
seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZUR 1


Taxa de ocupação máxima - 50%

Coeficiente de aproveitamento máximo – 1,0

Afastamento lateral mínimo - 1,50m

Afastamento frontal mínimo - 3,0m

Afastamento de fundo mínimo - 3,0m

Taxa de Permeabilidade mínima - 30%

II – Zona Especial de Projeto 1 – ZEP 1 – esta zona


coincide com o perímetro de ocupação rural/urbana definido no caput
deste artigo e deverá ser objeto de projeto específico para realizar o
levantamento detalhado da situação fundiária dos terrenos, bem como do
parcelamento e da ocupação existente, com o objetivo de caracterização
da tipologia de parcelamento e de uso e ocupação do solo, tendo em vista
definições sobre sua classificação em áreas urbanas e/ou áreas rurais, de
forma a se promover ajustes no perímetro definido, fazer revisão dos
parâmetros de ocupação do solo da ZUR, propor novas zonas de ocupação
e áreas de expansão, se necessário, no prazo máximo de 12 (doze) meses
contados da data de publicação desta Lei. Durante esse período ficam
proibidos desmembramentos e qualquer outro tipo de parcelamento do
solo nessas áreas.
III – Zona Preservação Permanente - ZPP –
compreende áreas não parceladas e/ ou não ocupadas, consideradas de
preservação permanente pelo Código Florestal – Lei Federal 4.771 de
15/09/65, alterações e regulamento, pela Lei Estadual 14.309
de19/06/2002 e regulamento, que dispõe sobre as políticas florestal e de
proteção da biodiversidade no Estado de Minas Gerais, e demais leis
ambientais vigentes, bem como as praças, os parques públicos e as RPPNs
com áreas já reservadas para essa utilização, as áreas que pelas condições
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

geológicas do solo, recursos hídricos e paisagísticos não poderão ser


parceladas, as faixas de servidão das linhas de transmissão de energia
elétrica (LT) que atravessam as áreas ocupadas, de acordo com as normas
da CEMIG, as faixas de servidão das adutoras de abastecimento de água,
demais faixas de servidão existentes, as áreas com declividade acima de
30% e as faixas de domínio de rodovias.
IV – Zonas de Expansão Urbana – ZEU - áreas definidas
como passíveis para a expansão urbana, após a aprovação, a partir de
deliberação do COMDESP, do projeto previsto no inciso II deste artigo.
Essas áreas deverão ser caracterizadas como ZEU 1 e ZEU 3 conforme
disposto na Lei de Parcelamento do Solo, e adotar os parâmetros de
ocupação e uso do solo conforme estabelecido pelo § 4º do Art. 9º desta
Lei.

SEÇÃO V
Das Zonas de Expansão Urbana – ZEU

Art. 9º – As Zonas de Expansão Urbana são as áreas internas


ao perímetro urbano e constantes do Mapa Zoneamento Urbano, anexo a
esta Lei, compreendendo:
I – Zona de Expansão Urbana – ZEU – áreas contidas
dentro do perímetro urbano, correspondendo a áreas adjacentes aos
bairros Buritis e Eldorado, com acesso pela Av. Tancredo Neves, bem
como às áreas adjacentes à Zona Comercial e de Serviços 3 – ZC 3, com
acesso pela via José Mauro Gonçalves. Os parcelamentos do solo nesta
zona deverão estar em conformidade com as disposições da Lei de
Parcelamento do Solo e adotar, preferencialmente, os modelos das ZEU 1
e ZEU 2, sendo ainda permitida a adoção dos modelos da ZEU 3 e ZEU 4,
todos esses modelos constantes do § 1º deste artigo.
II – Zona de Expansão Urbana de Interesse para
Atividades Econômicas – ZEU Atividades Econômicas - áreas limítrofes
com a ZAE, com acesso fácil à BR 040 e marginal à via José Mauro
Gonçalves, oferecendo melhores condições locacionais para atividades
econômicas de médio e grande porte, tanto em relação à acessibilidade
necessária, quanto em relação à distância mantida da zona urbana onde
há maior concentração de uso residencial. Os parcelamentos do solo nesta
zona deverão adotar o modelo da ZEU 5 constantes do § 1º deste artigo e
estarem em conformidade com as disposições da Lei de Parcelamento do
Solo.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

§ 1º – As zonas de expansão urbana deverão adotar, em cada


caso, de acordo com o uso a que se destinam, os modelos definidos pela
Lei de Parcelamento do Solo, conforme a seguir:
I - Zona de Expansão Urbana 1 - ZEU 1: lotes mínimos
de 300m2 com 10m de testada, para terrenos com declividade inferior a
15%, lotes mínimos de 360m2 com 12m de testada, para terrenos com
declividade de 15% até 20%, e lotes mínimos de 450m2 com 15m de
testada, para terrenos com declividade acima de 20% até 30%. Os
parcelamentos aprovados na ZEU1 serão caracterizados como ZUR 1 e
ZUR 2;
II - Zona de Expansão Urbana 2 – ZEU 2: lotes mínimos
de 360m2 com 12m de testada, para terrenos com declividade até 20%, e
lotes mínimos de 450m2 com 15m de testada, para terrenos com
declividade acima de 20% até 30%. Os parcelamentos aprovados na ZEU2
poderão ser caracterizados como ZUR1, ZUR 2, ZC1, ZC2, ZC3, ZUM.
III - Zona de Expansão Urbana 3 – ZEU 3: lotes mínimos
de 1.000m2 com 20m de testada, sendo proibido o desmembramento e
qualquer forma de subdivisão desses lotes em fração ideal. Na ZEU 3 será
permitido o remembramento de lotes somente para a implantação de
espaços e equipamentos de lazer como praças de esportes, clubes
recreativos e similares. Os parcelamentos aprovados na ZEU 3 serão
caracterizados como ZUR 5;
IV - Zona de Expansão Urbana 4 – ZEU 4: lotes mínimos
de 2.000m2 com testada mínima de 40m, somente para uso residencial
unifamiliar de acordo com a Lei de Uso e Ocupação do Solo, sendo
proibido o desmembramento e qualquer forma de subdivisão desses lotes
em fração ideal. Na ZEU 4 será permitido o remembramento de lotes
somente para a implantação de espaços e equipamentos de lazer como
praças de esportes, clubes recreativos e similares. Os parcelamentos
aprovados na ZEU 4 serão caracterizados como ZUR 6;
V - Zona de Expansão Urbana 5 – ZEU 5: área destinada
preferencialmente à localização de atividades econômicas como
indústrias, depósitos, comércio atacadista, serviços de grande porte como
grandes oficinas, transportadoras e similares, cujo parcelamento deverá
permitir módulos com, no mínimo, 1.500m2, sendo proibido o
desmembramento dos lotes localizados nesta zona. Os parcelamentos
aprovados na ZEU 5 serão caracterizados como ZAE, ZEU Atividades
Econômicas;
VI - Zona de Expansão Urbana de Interesse Social – ZEU
Social: constitui áreas destinadas à implantação de parcelamentos de
interesse social e deverão atender às exigências constantes na Lei de
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Parcelamento do Solo. O uso e ocupação do solo nos loteamentos


aprovados na ZEU Social deverão atender às exigências constantes da Lei
de Parcelamento do Solo. Os parcelamentos aprovados na ZEU Social
serão caracterizados como ZUR 4;
§ 2º - As áreas de expansão urbana na orla do Lago de Três
Marias serão caracterizadas como ZEU 3 e ZEU 4.
§ 3º - As áreas inviáveis para parcelamento e situadas em
cada uma das Zonas de Expansão Urbana conforme o disposto no § 1º,
serão convertidas, automaticamente, em Zona de Preservação
Permanente – ZPP, destinadas a parques públicos para lazer, quando
couber, ou a áreas livres com cobertura vegetal para proteção do solo e
dos recursos hídricos, ouvidos o CODEMA e o COMDESP no interesse
coletivo.
§ 4º - As áreas a serem definidas como passíveis para a
expansão urbana, caso se mostrar necessário, após a realização do
levantamento cadastral da Zona Urbana do Distrito Sede, do Distrito de
São José do Buriti e das Zonas de Ocupação Especial Rural/Urbana, com
redefinição do perímetro urbano, caso necessário, deverão ser
caracterizadas como ZEU 1 e ZEU 3 em conformidade com a Lei de
Parcelamento do Solo e com este artigo, para fins da área mínima
permitida para o lote, devendo os loteamentos implantados serem
caracterizados como ZUR 1 ou ZUR 5 e atenderem às seguintes
determinações em termos dos parâmetros de ocupação e uso do solo:
I – Zona de Uso Preferencialmente Residencial 1 – ZUR
1: áreas a serem ocupadas com baixa densidade, parceladas em
conformidade com a ZEU 1 conforme Lei de Parcelamento do Solo, onde
serão permitidas edificações com no máximo 2 (dois) pavimentos, o uso
residencial unifamiliar, o uso residencial unifamiliar misto, o uso comercial
e de prestação de serviços de pequeno porte. Os parâmetros para a
ocupação do solo na ZUR 1 estão definidos no quadro a seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZUR 1


Lotes - áreas definidas conforme ZEU 1

Taxa de ocupação máxima - 50%

Coeficiente de aproveitamento máximo – 1,0

Afastamento lateral mínimo – 1,5m

Afastamento frontal mínimo – 3,0m

Afastamento de fundo mínimo - 3,0m

Taxa de Permeabilidade mínima - 20%


PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

II – Zona de Uso Preferencialmente Residencial 5 – ZUR


5: áreas a serem ocupadas com baixa densidade, parceladas em
conformidade com a ZEU 3 conforme Lei de Parcelamento do Solo onde
serão permitidas edificações com no máximo 2 (dois) pavimentos, o uso
residencial unifamiliar, o uso residencial unifamiliar misto, o uso comercial
e de prestação de serviços de pequeno porte e, ainda, atividades
econômicas de apoio ao turismo, a serem objeto de deliberação por parte
do COMDESP e do CODEMA. Os parâmetros para a ocupação do solo na
ZUR 4 estão definidos no quadro a seguir:

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZUR


Lotes mínimos de 1000m2

Taxa de ocupação máxima - 40%

Coeficiente de aproveitamento máximo – 0,8

Afastamento lateral mínimo – 2,5m

Afastamento frontal mínimo – 5,0m

Afastamento de fundo mínimo - 5,0m

Taxa de Permeabilidade mínima - 40%

SEÇÃO VI
Das Áreas Remanescentes das Zonas Especiais de Projeto

Art. 10º – As áreas impróprias para o parcelamento e


ocupação do solo, remanescentes das Zonas Especiais de Projeto descritas
neste Capítulo, após a elaboração final do projeto a que se destinam,
serão convertidas, automaticamente, em Zona de Preservação
Permanente – ZPP, podendo ser utilizadas para parques urbanos
destinados ao lazer, ou para reflorestamento e recuperação da vegetação
nativa, ou áreas livres de proteção ao projeto ali implantado, sendo nessas
zonas permitidas apenas construções de suporte ao uso a que se destinam
como guaritas, quiosques, sanitários e similares, observando-se, em cada
caso, a Lei Federal 14.771 de 15/09/65 - Código Florestal, alterações e
regulamento, a Lei Estadual 14.309 de 19/06/02 e regulamento, as normas
das concessionárias de energia elétrica e de abastecimento de água,
quando couber, as faixas de domínio de rodovias, dutos, demais faixas de
domínio, e outras disposições da legislação ambiental vigente.

SEÇÃO VII
Da Zona Rural
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Art. 11º – A Zona Rural subdivide-se em:


I – Zona Rural de Preservação Permanente – ZRPP;
II – Zona Rural de Desenvolvimento Sustentável –
ZRDS.
§ 1º - A Zona Rural de Preservação Permanente – ZRPP:
compreende áreas externas aos Perímetros Urbanos e Perímetros de
Ocupação Rural/Urbana definidos em conformidade com esta Lei,
consideradas de preservação permanente de acordo com a Lei Federal
4.771 de 15/09/65 - Código Florestal, alterações e regulamento, a Lei
Estadual 14.309 de 19/06/02 e regulamento, bem como as áreas ocupadas
por matas nativas e cobertura vegetal de interesse para preservação, as
áreas marginais a cursos d’água e a lagoas, áreas de proteção de
mananciais, áreas descritas e protegidas pela legislação ambiental vigente
e demais áreas que, a critério do Poder Público Municipal e do CODEMA,
ouvidos ainda o COMDESP e o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico
e Cultural, quando couber, sejam consideradas de interesse para a
preservação tendo em vista o benefício coletivo, a qualidade dos recursos
hídricos e a conciliação entre as transformações do sítio natural pela
localização de atividades e a manutenção do equilíbrio do ecossistema
existente, em um processo de desenvolvimento sustentável.
§ 2º - A Zona Rural de Desenvolvimento Sustentável – ZRDS:
compreende as áreas rurais não classificadas como ZRPP onde serão
permitidas atividades rurais voltadas para a produção agropecuária, para a
agricultura orgânica, silvicultura e, ainda, hotéis fazenda, clubes
campestres para lazer, e similares, podendo as glebas serem
desmembradas em módulos mínimos de acordo com o disposto na Lei de
Parcelamento do Solo que define o parcelamento rural em conformidade
com o módulo mínimo do INCRA para o município. Os desmembramentos
ali permitidos, de acordo com a Lei de Parcelamento do Solo, bem como
as obras necessárias à instalação dos usos ali permitidos estarão sujeitos
ao licenciamento ambiental pelo CODEMA, no âmbito de sua
competência, ou pelos órgãos estaduais e/ou federais responsáveis pela
preservação dos recursos hídricos e preservação da cobertura vegetal,
bem como às deliberações do COMDESP, em termos da preservação das
áreas potencialmente indicadas para o desenvolvimento de atividades de
turismo ecológico, turismo rural, tendo em vista o desenvolvimento
econômico sustentável do município.

Parâmetros de Ocupação do Solo – ZRDS


Taxa de ocupação máxima - 10%
Coeficiente de aproveitamento máximo – 0,1
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

CAPÍTULO III
Das Áreas de Diretrizes Especiais

Art. 12º – Sem prejuízo das demais Zonas de Uso e Ocupação


do Solo ficam instituídas no município as seguintes Áreas de Diretrizes
Especiais – ADE:
I – Áreas de Diretrizes Especiais de Atividades de
Mineração – ADE Mineração - constituídas pelas áreas comprometidas
com empreendimentos de mineração no território municipal, em
atividade, em processo de implantação, ou com autorização já concedida,
para as quais deverão ser observadas:
a) a legislação ambiental em vigor, principalmente com
relação às áreas de preservação permanente e aos impactos sobre o meio
ambiente natural e antrópico;
b) a legislação ambiental em vigor com relação à
recuperação das áreas mineradas após o esgotamento das jazidas;
c) a exigência de apresentação de um plano geral de
mineração, para que se possa avaliar o impacto e o comprometimento do
território municipal pela atividade, e se definir medidas de proteção;
d) a obrigatoriedade dessas áreas, após a recuperação
prevista no item b, serem caracterizadas como ZPP e/ou serem destinadas
à localização de atividades de lazer, recreação e práticas esportivas,
quando estiverem localizadas na Zona Urbana e como ZRPP quando
estiverem localizadas na Zona Rural devendo, neste caso, seu projeto de
recuperação favorecer a integração com os conjuntos representativos do
patrimônio natural do município.
II – Áreas de Diretrizes Especiais das bacias de
contribuição dos Mananciais de Abastecimento Público – ADE Mananciais
- áreas integrantes das bacias hidrográficas a montante dos pontos de
captação de água dos sistemas de abastecimento público, que deverão ser
objeto de maior fiscalização por parte dos órgãos municipais competentes
e do CODEMA, para a observância da Lei Estadual 10.793 de 02/07/1992
que dispõe sobre a proteção de mananciais destinados ao abastecimento
público, e das disposições constantes do Macro-Zoneamento Ambiental
Integrado, aprovado pelo Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento
Municipal de Felixlândia.
III – Áreas de Diretrizes Especiais das Bacias
Hidrográficas - ADE Bacias Hidrográficas – áreas integrantes das sub bacias
pertencentes à bacia do Rio São Francisco, dentro do território de
Felixlândia, destacando-se as sub bacias de contribuição direta para o Lago
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

de Três Marias: ribeirão do Peixe, córrego Riachão e ribeirão do Bagre,


sendo esta última a bacia do manancial de abastecimento público da
cidade e onde está inserida toda a área urbana da sede. Estas sub bacias
deverão ser objeto de zoneamento ambiental, tendo em vista um
processo de gestão ambiental integrada com definições sobre os
condicionantes às atividades de exploração econômica ali desenvolvidas,
principalmente a mineração e a monocultura, definições sobre atividades
voltadas para o turismo ecológico, turismo rural e o parcelamento do solo
para fins urbanos e, ainda, definições sobre levantamentos e inventários
para conhecimento do patrimônio histórico e paisagístico existente,
considerando as diretrizes do Plano Diretor Participativo de
Desenvolvimento Municipal de Felixlândia. O zoneamento ambiental
proposto deverá ser objeto de negociação com os demais municípios
integrantes dessas bacias, para viabilização dos recursos e do apoio
necessários a sua elaboração. O prazo para a elaboração do zoneamento
ambiental será de 18 (dezoito) meses contados da data de publicação
desta Lei.
IV – Áreas de Diretrizes Especiais de Interesse Histórico,
Arquitetônico e Paisagístico – ADE Histórico/Paisagístico – áreas e
edificações representando conjuntos urbanos, conjuntos paisagísticos e
monumentos de interesse histórico, a serem definidas por levantamentos
cadastrais e por inventários, em todo o território municipal,
complementando trabalhos já realizados com este objetivo e dando
continuidade a trabalhos em andamento, tendo em vista sua aprovação
pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Felixlândia.
Estas áreas, após definidas, deverão ser delimitadas com o objetivo da
adoção de instrumentos legais e elaboração de projetos necessários à
recuperação e preservação do patrimônio ali existente, no prazo de 12
(doze) meses a partir da data de publicação desta Lei.
V – Áreas de Diretrizes Especiais da Área Central – ADE
Central - áreas dentro do perímetro urbano caracterizadas como Zona
Comercial – ZC conforme Art. 5º desta Lei. Toda essa área deverá ser
objeto da elaboração e implantação de projeto de requalificação,
revitalização e valorização de seu espaço, relativamente a equipamentos
de uso público, pontos de parada e abrigos de ônibus, tratamento de
passeios e criação de ruas de pedestres, arborização, plano geral de
circulação de pedestres e veículos, sinalização de trânsito e sinalização
informativa, mobiliário urbano, de forma integrada às ações de
preservação, valorização e restauração do patrimônio histórico ali
localizado devendo atender às disposições constantes do Código de Obras
e do Código de Posturas e as deliberações do Conselho Municipal do
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Patrimônio Histórico e Cultural, do COMDESP e do CODEMA. Esse projeto,


indicando as ações necessárias à sua implantação, deverá ser elaborado
no prazo de 12 (doze) meses contados da data de publicação desta Lei.
VI – Área de Diretrizes Especiais do Distrito de São José
do Buriti - ADE São José do Buriti – áreas integrantes do perímetro urbano
definido no Art. 6º desta Lei, que deverão ser objeto de cadastro
detalhado do parcelamento e da ocupação do solo existente, bem como
da situação fundiária dos terrenos, de forma a se propor ajustes no
perímetro urbano preliminarmente definido, fazer revisão dos parâmetros
de ocupação do solo e propor novas zonas de expansão urbana, se
necessário, no prazo máximo de 10 (dez) meses contados da data de
publicação desta Lei, devendo todo esse processo atender às disposições
da Lei de Parcelamento do Solo e as deliberações do COMDESP e do
CODEMA, no interesse coletivo. Durante esse período ficam proibidos
desmembramentos e qualquer outro tipo de parcelamento do solo nessas
áreas.
VII – Área de Diretrizes Especiais da Orla do Lago de
Três Marias – ADE Lago de Três Marias - áreas localizadas na orla do Lago
de Três Marias compreendendo as áreas representadas por uma faixa de
200m medidos a partir da APP (Código Florestal e Lei Estadual 14.309 de
19/06/02 e regulamento), ao longo da orla do Lago, não ocupadas e não
parceladas, podendo ser consideradas como áreas de preservação e de
interesse turístico, conforme Macro-zoneamento Ambiental Integrado
aprovado pelo Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Municipal
de Felixlândia. Essas áreas deverão ser objeto de estudos e inventários
necessários à definição de maiores e menores restrições à ocupação do
solo, tendo em vista a localização de atividades e o parcelamento para fins
urbanos, não podendo receber nenhum tipo de ocupação ou
parcelamento no prazo de 12 (doze) meses contados da data de
publicação desta Lei, período em que deverão ser realizados os estudos,
inventários e projetos que forem julgados necessários para a preservação
das condições ambientais da orla e do Lago de Três Marias, devendo todo
esse processo ser discutido no âmbito do COMDESP e do CODEMA, ouvido
ainda o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural, no
interesse coletivo.
VIII – Área de Diretrizes Especiais de Grandes
Equipamentos – ADE Grandes Equipamentos – áreas onde estão
localizados grandes equipamentos de interesse coletivo e/ou de utilidade
pública, constantes do Mapa Zoneamento Urbano anexo a esta Lei, assim
como os terrenos, edificações e equipamentos relacionados à Lagoa de
Estabilização para tratamento dos esgotos sanitários da sede, à grandes
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

galpões de armazenamento, ao Clube Recreativo, ao Parque de


Exposições, ao sistema de abastecimento de água da COPASA, à Sub-
Estação da CEMIG e outras áreas similares, que deverão ser objeto de
negociações permanentes e de ações em parceria entre Poder Público e
iniciativa privada, tendo em vista a melhoria das condições de seu
funcionamento, no interesse coletivo.
IX – Área de Diretrizes Especiais para
Espaços/Equipamentos Sociais Públicos – ADE Equipamentos Sociais –
áreas livres dentro do perímetro urbano, constantes do Mapa
Zoneamento Urbano anexo a esta Lei, a serem reservadas para a
localização de espaços/ equipamentos sociais públicos de uso coletivo,
mediante a ação do Poder Público utilizando o direito de preempção e a
transferência do direito de construir definidos pela Lei Federal
10.257/2001 - Estatuto da Cidade.
X – Área de Diretrizes Especiais de Equipamentos de
Uso Coletivo – ADE Equipamentos Coletivos – áreas internas ao perímetro
urbano, constantes do Mapa Zoneamento Urbano anexo a esta Lei, já
ocupadas por equipamentos de uso coletivo como as praças existentes,
campos de futebol, cemitério, praça de esportes, entre outros, que
deverão ser objeto de projetos específicos de requalificação, desenho e
paisagismo, reformas e ampliações necessárias a sua melhor utilização,
bem como manutenção sistemática, no interesse público e coletivo.

CAPÍTULO IV
Do Uso do Solo

SEÇÃO I
Das Categorias de Uso do Solo

Art. 13º – Os usos do solo no município de Felixlândia


compreenderão as seguintes categorias:
I – Uso Residencial 1 – UR 1: uso residencial unifamiliar
entendido como uma única unidade residencial em um lote ou conjunto
de lotes, com no máximo 02 (dois) pavimentos acima do nível da rua;
II – Uso Residencial 2 – UR 2: uso residencial
multifamiliar sob a forma de duas ou mais unidades residenciais em uma
única edificação, construída em um lote ou conjunto de lotes, com no
máximo 02 (dois) pavimentos acima do nível da rua;
III – Uso Residencial 3 – UR 3: uso residencial
multifamiliar sob a forma de duas ou mais unidades residenciais em uma
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

única edificação, construída em um lote ou conjunto de lotes, com mais


de 02 (dois) pavimentos;
IV – Uso Residencial Misto 1 – URM 1: uso residencial
unifamiliar misto, constituído por uma única edificação com, no máximo,
02 (dois) pavimentos, onde poderá ser instalada atividades de comércio e
de prestação de serviços de pequeno porte e abrangência local, com
acessos independentes do acesso à residência e voltados diretamente
para a via pública, com área máxima construída de 50m2;
V – Uso Residencial Misto 2 – URM 2: uso residencial
unifamiliar misto, constituído por uma única edificação com, no máximo,
02 (dois) pavimentos, convivendo com atividade de produção artesanal de
pequeno porte com área máxima construída até 50m2;
VI – Uso Residencial Misto 3 – URM 3: uso residencial
multifamiliar misto, sob a forma de duas ou mais unidades residenciais em
uma edificação, com mais de 02 (dois) pavimentos, construída em um lote
ou conjunto de lotes e convivendo com atividades comerciais e de
prestação de serviços de pequeno e médio porte, com acesso
independente do acesso às unidades residenciais e voltados diretamente
para a via pública, com área máxima de 80m2 para cada atividade.
VII – Uso Residencial Misto 4 – URM 4: uso residencial
multifamiliar misto, sob a forma de duas ou mais unidades residenciais em
uma edificação, com mais de 02 (dois) pavimentos, construída em um lote
ou conjunto de lotes e convivendo com atividades comerciais e de
prestação de serviços de pequeno e médio porte, com acesso
independente do acesso às unidades residenciais e voltados diretamente
para a via pública, sem limite de área construída.
VIII – Comércio Varejista 1 – CV 1, pequeno porte, com
abrangência de atendimento local, ao nível do bairro ou do loteamento,
com área máxima construída de 50m2:
a) padaria, pequenas mercearias, quitandas e doces,
papelaria, jornais e revistas, farmácia, armarinhos, presentes e artesanato,
papelaria e similares.
IX – Comércio Varejista 2 – CV 2, com raio de
atendimento ao nível da cidade, e área construída até 100m2:
a) móveis, eletrodomésticos, vestuário e moda em geral,
calçados, tecidos, materiais de informática, materiais de construção,
produtos alimentícios em geral, artigos importados, livrarias/ papelarias,
jóias/ relógios, butiques em geral, drogarias/ perfumarias, panificadoras,
discos e fitas, brinquedos em geral, e similares.
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X – Comércio Varejista 3 – CV 3, com raio de


atendimento ao nível de todo o município, incluindo as atividades já
relacionadas no inciso IX, sem limitação de área construída:
a) supermercados, lojas de departamento, móveis,
eletrodomésticos, vestuário e moda em geral, calçados, tecidos, materiais
de informática, materiais de construção, produtos alimentícios em geral,
artigos importados, livrarias/ papelarias, jóias/ relógios, butiques em
geral, drogarias/ perfumarias, discos e fitas, brinquedos em geral, e
similares.
XI – Comércio Varejista Especial – CVE , com raio de
atendimento ao nível de todo o município, com área construída até
150m2:
a) produtos perigosos, explosivos, inflamáveis, tóxicos, e
similares, considerados de impacto sobre a vizinhança e o meio ambiente,
e de risco para a saúde e a segurança da população, que estarão sujeitos a
licenciamento ambiental e estudos prévios de impacto de vizinhança.
XII – Comércio Atacadista e Grandes Depósitos – CA :
compreende atividades de comércio atacadista e de estocagem em geral,
em instalações até 150m2 de área construída, exceto aquelas
consideradas de impacto sobre a vizinhança e o meio ambiente, e de risco
para a saúde e segurança da população como produtos tóxicos,
inflamáveis, explosivos e similares.
XIII – Prestação de Serviços 1 – PS 1, pequeno porte,
com abrangência de atendimento local, ao nível do bairro ou do
loteamento, com área máxima construída de 50m2:
a) costureira e consertos de roupas, pequena produção
artesanal, barbeiro, salão de beleza, sapateiro, loterias, consertos de
eletrodomésticos, vídeo locadora, bar/ botequim, restaurante, sorvetes,
café e lanchonetes, e similares.
XIV – Prestação de Serviços 2 – PS 2, médio porte com
área máxima construída de 100m2, compreendendo:
a) correios e telégrafos, agências bancárias, agências de
turismo, funerária, serviços gráficos, escritórios de profissionais liberais e
empresas relacionadas à engenharia, arquitetura, imobiliária,
contabilidade, topografia e ainda consultórios médicos e odontológicos,
assistência técnica especializada em eletro-eletrônicos, restaurante,
sorveterias, e similares.
XV – Prestação de Serviços 3 – PS 3, médio porte, sem
limitação de área construída, compreendendo as mesmas atividades
relacionadas no inciso XIV, incluindo casas de diversão como clubes de
dança, cinema e similares e, ainda, serviços de hospedagem.
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XVI – Prestação de Serviços 4 – PS 4, sem limitação de


área construída, raio de abrangência para todo o município e também
para o interesse turístico:
a) serviços de recreação e de lazer, casas de espetáculos,
casas de diversão em geral, prestação de serviços relacionados ao turismo,
clubes esportivos e de lazer, serviços de hospedagem em geral e similares,
centros de exposições, estacionamentos, terminais de transbordo, e
similares.
XVII – Serviços Especiais – SE, com raio de atendimento
ao nível do município como um todo, sem limitação de área construída,
que podem gerar impacto sobre a vizinhança e o meio ambiente, com
relação a alguma forma de poluição, ou à segurança, ou ao volume de
tráfego gerado, e que estarão sujeitos ao licenciamento ambiental e a
estudos prévios de impacto de vizinhança como, por exemplo:
a) carpintaria, serralheria, reparação, manutenção e
conservação de veículos e máquinas em geral, postos de gasolina,
garagens para guarda de veículos, e similares.
XVIII – Uso Misto Comercial e de Serviços – UMCS, com
raio de atendimento ao nível de todo o município e cidades vizinhas,
integrando em uma mesma edificação os usos classificados como
Comércio Varejista: CV 1 e CV 2 e Prestação de Serviços: PS 1 e PS 2,
caracterizando centros comerciais de pequeno porte.
XIX – Uso Institucional 1 – UI 1, abrangência de
atendimento ao nível do bairro ou do loteamento, cujas instalações físicas
tenham área máxima construída de
200m²:
a) Posto de Saúde, creches, parques infantis, praças e
parques urbanos para recreação e lazer, atividades associativas,
comunitárias e de assistência social, atividades religiosas, equipamentos
de infra-estrutura urbana e instalações para serviços públicos e de
utilidade pública.
XX – Uso Institucional 2 – UI 2, maior abrangência de
atendimento, ao nível central e/ ou de bairro, em instalações sem
limitação de área construída:
a) Posto de Saúde, Escolas (pré-escolar, ensino
fundamental, ensino médio), creches, atividades associativas, atividades
religiosas, atividades de assistência social, atividades sociais, atividades
recreativas, equipamentos de infra-estrutura urbana e instalações para
serviços públicos e de utilidade pública.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

XXI – Uso Institucional 3 – UI 3, abrangência de


atendimento ao nível de todo o município, e cidades vizinhas, em
instalações sem limitação de área construída:
a) Cursos Técnicos Profissionalizantes, Faculdades, Escolas
(ensino fundamental, ensino médio), Hospital, Centro de Saúde, Clubes
Sociais, Clubes Recreativos e Esportivos, e similares.
XXII – Uso Institucional 4 – UI 4, equipamentos com
nível de atendimento para a cidade e demais localidades,
compreendendo: terminais e pontos de parada rodoviários, instalações
para serviços públicos, e similares;
XXIII – Usos Industriais – UIND: compreende atividades
de manufatura e produção industrial não poluentes e não impactantes, de
pequeno e médio porte, sujeitas a licenciamento ambiental de acordo
com a legislação ambiental vigente e a estudos prévios de impacto de
vizinhança.
§ 1º - Caberá ao CODEMA, apoiado em parecer técnico
do COMDESP a responsabilidade pelo licenciamento ambiental das
atividades e empreendimentos que não estiverem sujeitas ao
licenciamento ambiental no âmbito do CONAMA – Conselho Nacional do
Meio Ambiente e no âmbito do COPAM – Conselho Estadual de Política
Ambiental de Minas Gerais.
§ 2º - Os casos omissos serão objeto de análise e
definição por parte do COMDESP, observando-se ainda a legislação
ambiental a respeito e ouvidos o CODEMA, no âmbito do município e, no
que couber, os órgãos estaduais e federais de meio ambiente.
§ 3º - Dada à especificidade do Município de Felixlândia e
seu potencial turístico, serão permitidas nas Zonas de Ocupação Especial
Rural/Urbana e na Zona Rural de Desenvolvimento Sustentável - ZRDS, a
prestação de serviços de recreação e lazer integrados a atividades
relacionadas ao turismo ecológico e/ ou rural, serviços de alimentação
como restaurantes, e similares, bem como serviços de hospedagem tipo
pousadas, em edificações de médio porte, cujos projetos estarão sujeitos
ao licenciamento ambiental, observada a legislação vigente, aos Estudos
Prévios de Impacto de Vizinhança conforme Capítulo VI, Seção VII desta
Lei, e ainda ao disposto no Código de Obras, Código de Posturas, Lei de
Parcelamento do Solo, e demais leis municipais, no que couber.

SEÇÃO II
Do Licenciamento do Uso do Solo
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Art. 14º – Nas diferentes subdivisões das Zonas Urbanas e das


Zonas de Ocupação Rural/Urbana, as categorias de uso do solo descritas
no Art.13 desta Lei, ressalvadas as condições estabelecidas para as
atividades sujeitas a licenciamento ambiental e ao Estudo Prévio de
Impacto de Vizinhança, serão licenciadas de acordo com o disposto nos
Anexos desta Lei.
§ 1º - Caberá ao órgão municipal competente, em
trabalho conjunto com o CODEMA e o COMDESP, quando necessário,
analisar se a categoria de uso estará sujeita a licenciamento ambiental no
âmbito do município, ou no âmbito federal ou estadual, tendo por base os
empreendimentos e as atividades listadas pelas Deliberações Normativas
COPAM de nº 74/2004 e nº 82/2005.
§ 2º - Para efeito do disposto no parágrafo anterior
deverá o órgão municipal competente, no prazo máximo de 90 dias após a
aprovação desta Lei, regulamentar os procedimentos necessários ao
licenciamento para a localização das atividades e empreendimentos no
âmbito do município, com base nas disposições desta Lei, bem como os
procedimentos para encaminhamento ao COMDESP, ao CODEMA, ou aos
órgãos estaduais, ou federais, para os licenciamentos de competência
dessas esferas de governo.

Art. 15º – Nas subdivisões da Zona Rural os usos permitidos


serão:
I - Zona Rural de Preservação Permanente – ZRPP: serão
permitidos os usos compatíveis com os objetivos de sua preservação,
podendo ali serem instalados Parques e Reservas Ecológicas abertos ou
não à visitação pública, à pesquisas científicas e culturais e ao turismo,
atendendo para isto critérios de instalação e operação definidos pelos
órgãos públicos de controle ambiental;
II - Zona Rural de Desenvolvimento Sustentável – ZRDS
– usos relacionados a atividades minerárias próprias do município,
atividades de agricultura e pecuária, agricultura orgânica, criação de
pequenos animais, apicultura, piscicultura, silvicultura, monoculturas,
empreendimentos isolados compatíveis com o meio ambiente e com o
meio rural como turismo ecológico, turismo rural, recreação e lazer,
observando-se os condicionantes relacionados à legislação ambiental.
Parágrafo Único – As atividades decorrentes dos usos
permitidos na zona rural estarão sujeitos ao cumprimento da legislação
ambiental vigente e ao licenciamento ambiental por parte dos órgãos
competentes no âmbito federal, estadual ou municipal, devendo o
município exercer ação fiscalizadora a respeito, informando, quando
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

couber, os órgãos competentes dos demais níveis de governo, para as


providências que se fizerem necessárias.

SEÇÃO III
Da Conformidade de Uso

Art. 16º – O uso do imóvel no Município de Felixlândia será


classificado:
I – como “uso conforme” quando se enquadrar nas
categorias de uso permitidas na zona onde o imóvel estiver localizado;
II – como “uso não conforme” quando não se
enquadrar nas categorias de uso permitidas na zona onde o imóvel estiver
localizado;
§ 1º - O “uso não conforme” será tolerado quando
houver habite-se, no caso da ocupação residencial e, no caso da ocupação
pelas demais atividades, as licenças de funcionamento poderão ser
renovadas sendo que, em ambos os casos, devem ser atendidos,
simultaneamente, os seguintes requisitos:
I – seja comprovado o habite-se ou a licença para
funcionamento até a data de publicação desta Lei ;
II – não ocorra a ampliação das instalações;
III – sejam respeitadas as normas estabelecidas pelos
órgãos ambientais competentes com relação às condições de instalação e
de operação da atividade;
IV – sejam cumpridas as exigências do órgão municipal
competente e do COMDESP ouvido também o CODEMA, decorrentes dos
estudos prévios de impacto de vizinhança e dos estudos relacionados aos
impactos ambientais.
§ 2º - O descumprimento das condições acima acarretará
a cassação do habite-se ou da licença de funcionamento da atividade,
além das demais sanções cabíveis.
§ 3º - As instalações industriais pré-existentes, bem como
Comércio Atacadista – CA , Comércio Varejista Especial – CVE , Serviços
Especiais – SE e Uso Misto Comercial e de Serviços – UCMS, definidos nos
incisos do Art. 13 desta Lei, com licença de funcionamento vigente até a
data de aprovação desta Lei e localizados fora das zonas onde estão
permitidos, conforme Anexo I Categorias de Uso e Mapas Zoneamento
Urbano e Macro-zoneamento São José do Buriti, anexos a esta Lei,
poderão, a critério do COMDESP e do CODEMA, comprovando-se o
benefício econômico e social da atividade para o município, solicitar a
ampliação de suas instalações desde que sejam cumpridos os requisitos
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constantes dos incisos III e IV, parágrafo 1º, deste artigo, e não estejam
localizadas nas ZPP.

CAPÍTULO V
Da Ocupação do Solo

SEÇÃO I
Dos Critérios e Parâmetros de Ocupação do Solo

Art. 17º – O Coeficiente de Aproveitamento é a relação entre


a área total da construção e a área do terreno a edificar, variando em
função da capacidade da infra-estrutura de saneamento básico e sistema
viário, e demais condições sociais, econômicas e ambientais.

Art. 18º – A Taxa de Ocupação é a relação entre a projeção da


edificação sobre o plano horizontal e a área do terreno a edificar, variando
com o Coeficiente de Aproveitamento de forma a favorecer condições
adequadas para a preservação ambiental, o conforto e higiene da
edificação, e a paisagem urbana.

Art. 19º – Afastamentos Laterais e de Fundo são as distâncias


horizontais entre a edificação e as divisas laterais e de fundo do terreno a
edificar, medidas perpendicularmente a estas divisas.

Art. 20º – Afastamento Frontal é a distância horizontal entre a


edificação e o alinhamento do terreno com a via pública de acesso,
medida perpendicularmente ao alinhamento.

Art. 21º – Taxa de Permeabilidade é a relação entre a área


não pavimentada e não construída e a área total do terreno a edificar,
podendo estar também relacionada à declividade do terreno.

Art. 22º – Os valores do Coeficiente de Aproveitamento, da


Taxa de Ocupação, da Taxa de Permeabilidade e dos Afastamentos
Laterais, de Fundo e Frontal, para as diferentes zonas urbanas deverão
atender ao disposto no Capítulo II desta Lei.
§ 1º - Nas edificações de Uso Residencial 3 – UR 3,
Uso Residencial Misto relacionadas ao URM 3, URM 4 e Uso Misto
Comercial e de Serviços – UMCS, conforme definido no Art. 13 desta Lei,
as seguintes dependências de acesso e circulação interna, em comum,
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estão excluídas da área máxima de construção permitida pelo Coeficiente


de Aproveitamento:
I – áreas dos estacionamentos cobertos para veículos, quando
de uso comum;
II – áreas dos vestíbulos de acesso geral das edificações;
III – áreas das circulações horizontais e verticais em comum;
IV – áreas das instalações de interesse comum, como
reservatórios de água, casas de máquinas de elevadores, equipamentos,
instalações hidraúlico-sanitárias, subestações de energia elétrica,
incineradores de lixo no caso de Hospitais e Centros de Saúde, e as
relativas à segurança e à manutenção coletivas da edificação;
V – áreas de pavimentos em pilotis caso houverem, quando
de uso em comum;
VI – áreas de terraços descobertos sobre os últimos
pavimentos, caso houverem, quando de uso em comum;
VII – áreas de varanda ou terraço, privativas das unidades
residenciais, desde que descobertas e iguais ou inferiores a 5% (cinco por
cento) da área útil da unidade.
§ 2º - Os pavimentos em subsolo e o pavimento
térreo das edificações coletivas, quando destinados, respectivamente, a
estacionamentos e aos usos de comércio e serviços e uso misto comercial
e de serviços, poderão ter Taxa de Ocupação maior que as indicadas no
Capítulo II desta Lei, desde que:
I – não seja superior a 70%, em terrenos com declividade
inferior a 30% (trinta por cento);
II – não seja superior a 60%, em terrenos com declividade
igual ou superior a 30% (trinta por cento);
III – o terreno a edificar esteja situado nas Zonas Comerciais;
IV – seja respeitada a altura máxima na divisa definida no
parágrafo 3º deste artigo;
V – a área não ocupada do terreno seja gramada ou receba
tratamento paisagístico, tendo em vista as taxas de permeabilidade
mínima estabelecidas nesta Lei;
VI – seja respeitado o afastamento frontal mínimo
estabelecido nesta Lei, bem como a faixa non aedificandi eventualmente
exigida para a via pública a que o terreno for lindeiro.
§ 3º - Os afastamentos laterais e de fundo, além do
disposto no Capítulo II desta Lei, deverão observar as seguintes condições:
I – poderão ser dispensados no pavimento térreo e nos
pavimentos em subsolo das edificações coletivas conforme o disposto no
parágrafo 2º deste artigo, desde que:
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a) a altura da edificação na divisa não seja maior


que 6,00m (seis metros), medida em relação ao nível médio do terreno,
no trecho edificado;
b) não haja vãos de iluminação e ventilação, bem
como terraços, abrindo para o terreno vizinho;
II – acima do pavimento térreo os valores mínimos dos
afastamentos da edificação às divisas laterais e de fundo serão calculados,
conforme o disposto no Código de Obras para áreas de iluminação e
ventilação abertas;
§ 4º - O afastamento mínimo calculado segundo o
disposto no inciso II, do parágrafo anterior, deve ser entendido como igual
para toda a edificação, do primeiro pavimento acima do térreo ao último
pavimento.
§ 5º - Nas edificações com três pavimentos,
definidos acima do nível médio do meio-fio da via pública de acesso, o
valor mínimo dos afastamentos laterais e de fundo do segundo pavimento
poderá ser de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).
§ 6º - As paredes providas de vãos de iluminação e
ventilação deverão apresentar um afastamento mínimo de 1,50m (um
metro e cinqüenta centímetros) das divisas laterais e de fundo, sem
prejuízo do disposto no inciso II do parágrafo 3º deste artigo.
§ 7º - Para efeito do disposto nos inciso I e II do
parágrafo 3º deste artigo, deverão ser considerados os pés-direitos
definidos para os compartimentos, observando-se o pé-direito mínimo
estabelecido pelo Código de Obras do Município.
§ 8º - Quando estiver prevista faixa non aedificandi
ao longo da via pública de acesso, o afastamento frontal deverá ser
considerado em relação ao novo alinhamento resultante.
§ 9º - Na ocorrência de faixas non aedificandi
relacionadas ao disposto no Código Florestal – Lei Federal 4.771/65,
alterações e regulamento e na Lei Estadual 14.302 de 19/ 06/ 2002 e
regulamento, bem como relacionadas a faixas de servidão de dutos e
linhas de transmissão, os afastamentos laterais e de fundo, deverão ser
medidos a partir da faixa non aedificandi estabelecida.
§ 10º - Nos casos previstos nos incisos I e II do
parágrafo 2º deste artigo, as Taxas de Permeabilidade exigidas no Capítulo
II desta Lei, poderão ser reduzidas de 0,05 (cinco centésimos), desde que
exclusivamente para atender a acessos de veículos e pedestres.
§ 11º - Na parte do terreno não pavimentada, em
razão da Taxa de Permeabilidade, deverão ser:
I – mantida a vegetação existente;
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II – revegetadas as áreas porventura prejudicadas pela


construção, exigindo-se pelo menos o plantio de grama;
III – mantida a continuidade com outras áreas limítrofes, a
serem preservadas ou revegetadas, conforme incisos I e II deste
parágrafo, por exigência da Taxa de Permeabilidade, criando a
possibilidade de formação de um corredor ecológico.
§ 12º - A área resultante do Afastamento Frontal,
descontadas as partes pavimentadas, integrará obrigatoriamente a área
exigida pela aplicação da Taxa de Permeabilidade.
§ 13º - Para efeito de verificação do cumprimento
do disposto no Capítulo II desta Lei, com relação à Taxa de
Permeabilidade, os projetos de edificações a serem aprovados deverão
representar todas as benfeitorias a serem executadas no terreno, como
pátios pavimentados, calçadas de proteção e de circulação, quadras de
esporte e piscinas, devidamente cotadas e niveladas, bem como suas
áreas.
§ 14º - Em terrenos localizados dentro dos
Perímetros Urbanos e dos perímetros das Zonas de Ocupação Especial
Rural/Urbana, que apresentem vegetação considerada de preservação
permanente pelo Código Florestal – Lei Federal 4.771/65, alterações e
regulamento e Lei Estadual 14.309 de 19/06/02 e regulamento, a Taxa de
Permeabilidade deverá ser objeto de deliberação do COMDESP e do
CODEMA, no âmbito de suas competências, observando ainda, no que
couber, as determinações do Instituto Estadual de Florestas – IEF.

Art. 23º – Para efeito do disposto no Art. 22 e demais


disposições desta Lei, entende-se como:
I – pavimento térreo o que tiver o piso imediatamente
acima do nível médio do meio-fio da via pública de acesso ao terreno;
II – pavimentos em subsolo, os que tiverem o piso
abaixo do nível médio do meio-fio da via pública de acesso ao terreno;
III – declividade de um terreno, a declividade média da
sua linha de maior declive.

Art. 24º – Os valores do Coeficiente de Aproveitamento e da


Taxa de Ocupação para as subdivisões da Zona Rural deverão atender ao
disposto no Capítulo II desta Lei.

Art. 25º – Os estacionamentos para veículos serão


obrigatórios nas edificações das Zonas Urbanas, nas seguintes proporções
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mínimas, observadas ainda as demais disposições desta Lei quanto à carga


e descarga:
I – 1 (uma) vaga no mínimo, para cada unidade
residencial nas edificações destinadas a categorias de uso residencial;
II – 1 (uma) vaga para cada 50,00m2 (cinqüenta
metros quadrados), ou fração, da área útil de edificação ou parte de
edificação, destinada a categorias de uso comercial, prestação de serviços,
industrial e institucional.
§ 1º - Entende-se como área útil de uma edificação, para
efeito deste artigo, a área decorrente da aplicação dos Coeficientes de
Aproveitamento previstos nesta Lei.
§ 2º - Nas edificações de usos diversificados deverão ser
consideradas cumulativamente as proporções estabelecidas nesse artigo
para os usos definidos.
§ 3º - As vagas, circulações e espaços de espera dos
estacionamentos de que trata este artigo deverão ainda atender ao
disposto no Código de Obras do Município.

SEÇÃO II
Das Condições Complementares da Edificação

Art. 26º – O terreno, para ser edificado, deverá atender ao


disposto na Lei de Parcelamento do Solo, no Código de Obras, e às demais
condições de titularidade e regularização exigidas pelo Município de
Felixlândia.
§ 1º - Quando o terreno a edificar estiver situado
em mais de uma das zonas definidas nesta Lei, prevalecerá o disposto para
a zona que corresponder à sua maior parte.
§ 2º - Quando o terreno a edificar apresentar
cobertura vegetal considerada relevante nos termos do Código Florestal -
Lei Federal 4.771/65, alterações e regulamento, e da Lei Estadual 14.309
de 19/06/02 e regulamento, deverá o CODEMA, juntamente com o órgão
municipal de meio ambiente e o COMDESP, definir os critérios para o
desmatamento a ser permitido, observando ainda, no que couber, as
determinações do Instituto Estadual de Florestas – IEF.
§ 3º - A área de cobertura vegetal a ser preservada
conforme o disposto no parágrafo anterior deverá, obrigatoriamente,
manter continuidade com outras áreas limítrofes, também consideradas
de preservação, de forma a constituir um corredor ecológico.
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Art. 27º – Os projetos de edificação nas Zonas Urbanas e nas


Zonas de Ocupação Especial Rural/Urbana além do disposto no Código de
Obras, deverão apresentar um plano de movimentação de terra
necessário ao assentamento da edificação e partes complementares, em
se tratando de edificações de grande porte e de terrenos com faixas de
declividade igual ou superior a 20%.
§ 1º - O plano de movimentação de terra deverá
apresentar estudos relacionados à vulnerabilidade geotécnica da área, e
ser submetido a licenciamento ambiental junto ao órgão municipal de
meio ambiente e ao CODEMA e, se necessário, ao órgão estadual, dentro
de suas competências.
§ 2º - O plano de movimentação de terra
compreenderá, no mínimo:
I – a definição planialtimétrica dos planos de assentamento
das edificações e partes complementares;
II – a conformação de taludes de estabilização dos maciços
resultantes de cortes e aterros;
III – o plano de proteção contra a ação de águas pluviais;
IV – a concepção de formas artificiais eventualmente
necessárias para a contenção dos maciços resultantes de cortes e aterros.
§ 3º - Constituem condições básicas a serem
observadas nos planos de movimentação de terra a procura do máximo
equilíbrio entre cortes e aterros e a garantia de segurança para os imóveis
vizinhos e logradouros públicos.
§ 4º - Os taludes resultantes da movimentação de
terra deverão atender às seguintes condições básicas:
I – a inclinação dos taludes em corte deverá observar um
angulo máximo de 45º (quarenta e cinco graus) em relação ao plano
horizontal, para alturas de corte até um máximo de 3,00m (três metros) e
em terrenos com um máximo de 30% (trinta por cento) de declividade;
II – a inclinação dos taludes em aterro deverá observar um
angulo máximo de 30º (trinta graus) em relação ao plano horizontal, para
alturas de aterro até um máximo de 3,00m (três metros) e em terrenos
com um máximo de 30% (trinta por cento) de declividade.
§ 5º - Cortes ou aterros envolvendo mais de 3,00m
(três metros) de altura e/ ou terrenos com mais de 30% (trinta por cento)
de declividade, ou ainda envolvendo solos considerados instáveis, deverão
ser objeto de licenciamento ambiental independente da zona onde estiver
localizado, observado ainda o disposto no parágrafo 1º deste artigo,
podendo-se concluir, inclusive, pela necessidade de alteração do projeto.
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§ 6º - As linhas de “off-set” dos taludes não


poderão distar menos de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) das
divisas do terreno.

Art. 28º – Os estacionamentos cobertos para veículos, em


edificações coletivas, residenciais ou não, poderão se beneficiar das
condições estabelecidas no § 2º do Art.
22 desta Lei, desde que:
I – respeitado o desnível máximo de 1,10m (um metro e
dez centímetros) entre o nível do teto do estacionamento e o nível médio
do meio-fio da via de acesso, no trecho correspondente à testada do
terreno a edificar;
II – respeitado o pé-direito mínimo conforme o disposto
no Código de Obras do Município.
Parágrafo Único – Para efeito do disposto no inciso I do
caput deste artigo, a soleira de entrada da edificação envolvida poderá
apresentar um desnível máximo de 1,20m (um metro e vinte centímetros)
em relação ao nível médio do meio-fio da via pública de acesso, no trecho
correspondente à testada do terreno a edificar, e permitir o lançamento
de uma rampa de acesso para pedestres com no máximo 10% (dez por
cento) de declividade longitudinal.

Art. 29º – De uma maneira geral, excetuando o caso previsto


no parágrafo único do Art. 28 desta Lei, as soleiras de entrada das
edificações coletivas, consideradas em relação ao nível médio do meio-fio
da via pública de acesso, deverão ser niveladas ou estar a uma
determinada altura em relação ao nível médio do meio-fio, que permita
uma rampa de acesso para pedestres com no máximo 10% (dez por cento)
de declividade longitudinal.

Art. 30º – Nas edificações residenciais multifamiliares


verticais de uso misto, ou não, poderá haver um pavimento em pilotis
desde que para utilização coletiva.
§ 1º - Considera-se como pavimento em pilotis o
pavimento apenas estruturado, de área livre e perímetro aberto.
§ 2º - No pavimento em pilotis será permitido o
fechamento apenas do espaço necessário à acomodação do vestíbulo de
entrada, portaria, caixas de escada, elevadores e afins.
§ 3º - Quando o nível do piso do pavimento em
pilotis corresponder ao da soleira de entrada da edificação, deverão ser
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observadas as mesmas determinações para esta estabelecidas no


parágrafo único do Art. 28 e no Art. 29 desta Lei, conforme o caso.
§ 4º - O pavimento em pilotis em edificações de
uso misto residencial poderá se constituir em pavimento de transição
entre o pavimento térreo, não residencial, e os pavimentos residenciais.
§ 5º - Nos pavimentos em pilotis deverão ser
respeitados os parâmetros estabelecidos no Capítulo II desta Lei.
§ 6º - A área do pavimento em pilotis, quando de
uso em comum, está excluída da área máxima de construção possibilitada
pelo Coeficiente de Aproveitamento definido para a zona.

Art. 31º – A cobertura do último pavimento em edificações


coletivas poderá ser aproveitada como terraço, desde que em área livre e
de uso em comum dos moradores das diversas unidades previstas,
quando se tratar de uso residencial multifamiliar, uso residencial misto
multifamiliar, ou dos usuários, quando se tratar de uso comercial e/ ou de
serviços.
§ 1º - O terraço de que trata este artigo poderá ser
coberto até o máximo de 50% (cinquenta por cento) de sua área, desde
que:
I – seja observado um afastamento mínimo de 1,50m (um
metro e cinqüenta centímetros) entre a borda do terraço e a borda da
cobertura;
II – tenha o perímetro aberto, bem como a área livre,
excetuados acessos, casas de máquinas, caixas de escada, reservatórios de
água, instalações sanitárias de uso coletivo e depósito de material de
limpeza, conforme o caso.
§ 2º - A área coberta do terraço, de que trata este
artigo, poderá ser excluída da área total de construção possibilitada pelo
Coeficiente de Aproveitamento definido para a zona, desde que
observados os incisos I e II do parágrafo anterior.
§ 3º - O acesso ao terraço de que trata este artigo,
a partir do último pavimento, poderá ser feito através apenas de escada
de uso comum.
§ 4º - O projeto da cobertura do terraço deverá ser
aprovado e fará parte do conjunto do projeto arquitetônico, ficando a
critério do COMDESP recusar o projeto da cobertura se a mesma implicar
em desarmonia com a tipologia do conjunto arquitetônico existente em
suas vizinhanças.
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Art. 32º – A obrigatoriedade do uso de elevadores na


circulação vertical, além de escadas, deverá obedecer ao disposto no
Código de Obras do Município.

CAPÍTULO VI
Da Aplicação dos Instrumentos do Estatuto da Cidade

Art. 33º - É condição básica para a aplicação dos instrumentos


do Estatuto da Cidade previstos para o Município de Felixlândia a
atualização do cadastro imobiliário urbano da sede , distritos, povoados e
demais aglomerações com características urbanas no território municipal,
de forma a se conseguir obter a identificação do imóvel em termos de:
I. Ocupação decorrente de parcelamento -
aprovado ou clandestino, totalmente implantado ou implantado em parte,
dotado de infra-estrutura conforme exigência da Lei Federal de
Parcelamento do solo nº 6.766/79, dotado de alguma infra-estrutura, ou
sem nenhuma infra-estrutura;
II. Ocupação irregular decorrente de parcelamento
não aprovado ou ocupação informal - desmembramentos irregulares em
parcelamentos existentes, posse, invasões de terrenos públicos ou
particulares, ocupação em áreas de preservação permanente,
loteamentos clandestinos, entre outras irregularidades e informalidades;
III. Descrição física do imóvel que deverá constar do
BIC (Boletim de informações Cadastrais) em termos de localização, área,
divisas e confrontações relativamente aos terrenos, incluindo as
informações pertinentes às edificações, quando o terreno for edificado;
IV. Condições fundiárias do imóvel – identificação da
propriedade e do proprietário com escritura e registro, ou se a
propriedade se encontra em processo de inventário, ou é decorrente de
posse, ou é decorrente de invasão, entre outros aspectos.
Parágrafo Único – Com relação às condições fundiárias dos
imóveis, é importante que se inicie, simultaneamente à atualização
cadastral, ações no sentido da regularização fundiária necessária devido
ao grande o número das irregularidades existentes em Felixlândia.

Seção I
Do Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios

Art. 34º - Conforme Art. 5º da Lei Federal 10.257/2001 –


Estatuto da Cidade, o parcelamento, a edificação ou a utilização
compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado, ou não utilizado,
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poderão ser determinados pelo Município através de Lei Municipal


específica, fixando prazos e condições para a implementação das referidas
obrigações.

Art. 35º - A aplicação do Parcelamento Compulsório em


Felixlândia, deverá considerar os vazios urbanos existentes e áreas
integrantes das zonas de expansão urbana internas ao perímetro urbano
definido pelo Mapa Zoneamento Urbano, anexo a esta Lei, cujos limites e
situação fundiária serão conhecidos após a atualização cadastral definida
no Art. 33 desta Lei.
Parágrafo Único – Os imóveis referidos no caput deste
artigo serão considerados subutilizados, independente do tamanho da
gleba, quando tiverem fácil acesso à equipamentos públicos e infra-
estrutura urbana disponíveis em áreas limítrofes, e sua utilização deverá
ser objeto de deliberação do COMDESP.

Art. 36º - A aplicação da utilização ou edificação compulsórias


em Felixlândia será, prioritariamente, em terrenos ou lotes vagos
conforme Capítulo II desta Lei e Mapa Zoneamento Urbano, anexo a esta
Lei, a serem delimitados e caracterizados através da atualização cadastral,
localizados em parcelamentos aprovados, implantados e servidos com, no
mínimo:
I. Vias de acesso abertas a pavimentadas com meio
fio e sarjeta.
II. Serviços de infra-estrutura relacionados à rede de
abastecimento de água, iluminação pública, rede de coleta de esgotos
sanitários, dispositivos de drenagem em pontos críticos, coleta de lixo e
transporte urbano.
§ 1º - A utilização ou edificação compulsórias poderão,
ainda, serem aplicadas em outras zonas urbanas que disponham dos
serviços constantes dos incisos I e II, em imóveis que forem identificados a
partir da atualização cadastral definida no Art. 33 desta Lei e estiverem
localizados em parcelamentos aprovados e implantados, devendo ser
objeto de deliberação do COMDESP.
§ 2º - A atualização cadastral poderá indicar a
possibilidade de isentar da compulsoriedade para utilização ou edificação,
terrenos ou lotes legalizados, com áreas inferiores ao lote padrão
predominante nos parcelamentos existentes e cujo proprietário tenha
apenas um lote, devendo esta questão ser submetida à deliberação do
COMDESP.
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Art. 37º - São procedimentos para a aplicação do


parcelamento, edificação ou utilização compulsórios do solo urbano não
edificado, subutilizado, ou não utilizado:
I. O proprietário do imóvel será notificado pelo
Poder Público Municipal e a notificação deverá ser averbada no cartório
de registro de imóveis devendo, portanto, o imóvel estar regular em
termos da escritura e do registro.
II. A notificação referida no inciso anterior deverá
ser feita ao proprietário do imóvel, pessoa física ou pessoa jurídica, por
funcionário municipal lotado no órgão competente, ou, por edital, quando
frustrada a notificação por parte de funcionário municipal.
III. Os prazos relativos ao cumprimento do Art. 5º da
Lei Federal 10.257/2001 não poderão ser inferiores a 01 (um) ano a partir
da notificação, para que seja protocolado o projeto, e a dois anos, a partir
da aprovação do projeto, para iniciar as obras do empreendimento.
IV. Para empreendimentos de grande porte, poderá
ser prevista a conclusão em etapas, mas o projeto deve compreender o
empreendimento como um todo, e ser aprovado de acordo com a Lei de
Uso e Ocupação do Solo.

Art. 38º - Conforme o Art. 46 da Lei Federal 10.257/2001, o


Poder Público poderá facultar aos proprietários de áreas atingidas pelo
parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano
não edificado, subutilizado, ou não utilizado, o estabelecimento de
consórcio imobiliário como forma de viabilização financeira do
aproveitamento do imóvel.

Art. 39º - O consórcio imobiliário, em conformidade com o


Art. 46 da Lei Federal 10.257/2001, é a forma de viabilização de planos de
urbanização ou edificação por meio da qual o proprietário transfere ao
Poder Público municipal seu imóvel e, após a realização das obras, recebe,
como pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou
edificadas.
§ 1º - Para a aplicação do consórcio imobiliário é
necessário o conhecimento sobre a situação do imóvel quanto à
regularização fundiária, a partir da atualização cadastral definida no Art.
33 desta Lei.
§ 2º - O valor das unidades imobiliárias a serem
entregues ao proprietário deverá corresponder ao valor do imóvel antes
da execução das obras.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

§ 3º - Em conformidade com o § 2º do Art. 8º da


Lei Federal 10.257/2001 – Estatuto da Cidade, o valor real da indenização
deverá refletir o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante
incorporado em função das obras realizadas pelo Poder Público na área
onde o mesmo se localiza, após a notificação dada ao proprietário, e não
deverá computar expectativas de ganho, lucros cessantes e juros
compensatórios.

Seção II
Do IPTU Progressivo no Tempo - Art. 7º da Lei Federal 10.257/2001 -
Estatuto da Cidade

Art. 40º - Será aplicado o Imposto sobre a Propriedade Predial


e Territorial Urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração
da alíquota deste imposto pelo prazo de 05 (cinco) anos consecutivos, no
caso do descumprimento do Art. 5º da Lei Federal 10.257/2001 – Estatuto
da Cidade, relacionado ao parcelamento, a edificação ou a utilização
compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado, ou não utilizado.
§ 1º - A legislação tributária municipal,
observando-se o ano fiscal, deverá se adequar para a aplicação deste
imposto, fixando a alíquota a ser aplicada a cada ano, que não deve
exceder a duas vezes o valor do ano anterior, respeitando a alíquota
máxima de 15 (quinze) por cento. Os estudos necessários a estas
definições deverão ser discutidos e serem objeto de deliberação por parte
do COMDESP.
§ 2º - Ainda conforme a Lei Federal 10.257/2001, é
vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação
progressiva.

Art. 41º - Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não


esteja atendida em cinco anos, o Município manterá a cobrança pela
alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a
prerrogativa prevista no Art. 8º da Lei Federal 10.257/2001 que refere-se
à desapropriação do imóvel, após decorridos cinco anos de cobrança do
IPTU progressivo no tempo sem que o proprietário tenha cumprido a
obrigação do parcelamento, edificação ou utilização compulsórios do solo
urbano não edificado, subutilizado, ou não utilizado.
§ 1º - O pagamento da desapropriação poderá ser
feito em títulos da dívida pública, que serão emitidos pelo Município,
mediante prévia autorização do Senado, e serão resgatados no prazo de
até 10 (dez) anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas., assegurado o
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

valor real da indenização e os juros legais de seis por cento ao ano, em


conformidade com o Art. 8º da Lei Federal 10.257/2001.
§ 2º - Após o imóvel ser incorporado ao patrimônio
público, o Município deverá dar adequado aproveitamento ao mesmo, no
prazo máximo de cinco anos, diretamente ou por meio de alienação ou
concessão a terceiros, através de licitação. Para o adquirente do imóvel
através da licitação, serão mantidas as mesmas obrigações de
parcelamento, edificação ou utilização definidas no Art. 5º da Lei Federal
10.257/2001.
§ 3º - Os imóveis desapropriados serão utilizados
para a construção de habitações de interesse social, equipamentos sociais
urbanos, ou serem destinados a outros usos, no interesse coletivo,
devendo ser objeto de deliberação por parte do COMDESP.

Seção III
Do Direito de Preempção

Art. 42º - O direito de preempção confere ao Poder Público


Municipal a preferência para a aquisição de imóvel urbano que está sendo
objeto de alienação onerosa entre particulares.
Parágrafo Único - Conforme o Art. 25 da Lei Federal
10.257/2001, lei municipal, baseada no Plano Diretor, deverá delimitar
áreas onde deverá incidir o direito de preempção e fixará prazo de
vigência, não superior a 05 (cinco) anos, que poderá ser renovado a partir
de um ano após o decurso do prazo inicial de vigência.

Art. 43º - O direito de preempção deverá ser exercido sempre


que o Poder Público necessitar de áreas para:
I. Regularização fundiária;
II. Execução de programas e projetos de interesse
social;
III. Constituição de reserva fundiária;
IV. Implantação de equipamentos urbanos e
comunitários;
V. Criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VI. Criação de unidades de conservação ou proteção de
outras áreas de interesse ambiental;
VII. Proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou
paisagístico;
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Parágrafo Único - Cada área onde incidirá o direito de


preempção deverá ser enquadrada em uma ou mais das finalidades
listadas acima.

Art. 44º - O direito de preempção, em Felixlândia, deverá


incidir sobre as áreas para regularização fundiária, áreas marginais aos
fundos de vale, áreas de proteção de nascentes e áreas de veredas, áreas
a serem definidas como unidades de conservação, áreas para programas
habitacionais, áreas de risco, áreas de transição entre unidades de
conservação, parcelamentos existentes e áreas de expansão urbana, áreas
para espaços/equipamentos de interesse sócio-cultural e de recreação e
lazer, áreas necessárias a projetos viários para melhoria das condições de
circulação urbana e áreas e edificações de interesse histórico,
arquitetônico, cultural e paisagístico, conforme Capítulos II e III desta Lei,
Mapas anexos a esta Lei, e o Macro-zoneamento Ambiental integrado
aprovado pelo Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Municipal
de Felixlândia.
Parágrafo Único - A incidência do direito de preempção
deverá ser discutida no âmbito do COMDESP e ser objeto de deliberação e
fiscalização por parte deste Conselho.

Art. 45º - A delimitação das áreas onde deverá incidir o direito


de preempção, bem como sua situação fundiária, somente serão
conhecidas após a atualização cadastral definida no Art. 33 desta Lei, que
indicará a real possibilidade da incidência do direito de preempção, uma
vez que a ausência de escrituras e registros em grande parte dos imóveis
em Felixlândia, concorrem para que a alienação de imóveis na área
urbana, entre particulares, seja feita informalmente através de um
simples contrato de compra e venda.
Parágrafo Único - A definição das áreas prioritárias para
a incidência do direito de preempção, tendo em vista uma distribuição
justa de benefícios, deverá ocorrer após a finalização da atualização
cadastral.

Art. 46º - O direito de preempção com o objetivo de


regularização fundiária deverá, prioritariamente, incidir nas áreas de
ocupação informal, em situação de risco, não dotadas de infra-estrutura e
ocupadas por população de baixa renda, consideradas zonas especiais de
interesse social.
Parágrafo Único - Para as demais finalidades de
utilização das áreas, listadas no Art. 43 desta Lei, a incidência do direito de
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preempção deverá ocorrer após a regularização fundiária dos imóveis que


se encontram em situação irregular.

Art. 47º - Declarada a preempção de um imóvel pelo


município, deverão ser realizados os seguintes procedimentos, conforme
Art. 27 da Lei Federal 10.257/2001:
I. O proprietário deverá notificar sua intenção de
alienar o imóvel e o Município deverá manifestar seu interesse em
comprar, no prazo máximo de 30 (trinta dias) dias.
II. À notificação, o proprietário deverá anexar
proposta de compra assinada por terceiro interessado na compra do
imóvel, constando o preço, condições de pagamento e prazo de validade.
III. O Município deverá publicar em órgão oficial, ou
em um jornal local, ou regional de grande circulação, edital de aviso da
notificação recebida e da intenção de aquisição do imóvel nas condições
da proposta apresentada.
IV. Se transcorrido o prazo de trinta dias, sem
manifestação do Município, o proprietário fica autorizado a realizar a
alienação para terceiros, nas condições da proposta apresentada.
V. Concretizada a venda para terceiros, o
proprietário fica obrigado a apresentar ao Município, no prazo de trinta
dias, cópia do instrumento público de alienação do imóvel.
VI. Se a alienação for feita em condições diversas da
proposta apresentada, fica anulada de pleno direito. Ocorrendo esta
hipótese, o Município poderá adquirir o imóvel pelo valor da base do
IPTU, ou pelo valor da proposta apresentada, se este for inferior àquele.

Seção IV
Da Transferência do direito de construir

Art. 48º - Em conformidade com o Art. 35 da Lei Federal


10.257/2001, lei municipal, baseada no Plano Diretor, poderá autorizar o
proprietário de imóvel urbano, privado ou público, a exercer em outro
local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir previsto
nesta Lei, quando o imóvel for considerado necessário para fins de:
I. Implantação de equipamentos urbanos e
comunitários;
II. Preservação, quando o imóvel for considerado de
interesse histórico, paisagístico, social ou cultural;
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III. Servir a programas de regularização fundiária,


urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda e habitação
de interesse social;
Parágrafo Único - Ao proprietário que doar seu imóvel, ou
parte dele, ao Poder Público, será concedida a mesma faculdade.

Art. 49º - Poderão transferir o direito de construir, em


Felixlândia, imóveis situados em áreas marginais ao lago, em áreas de
altas declividades, em áreas especiais de projetos de interesse sócio-
cultural e paisagístico, de implantação de equipamentos urbanos sociais e
comunitários, conforme Capítulos II e III desta Lei e Mapa Zoneamento
Urbano, anexo a esta Lei, localizadas em parcelamentos aprovados e
implantados, ou em vazios urbanos, cuja delimitação, caracterização e
situação fundiária serão conhecidas após a atualização cadastral definida
no Art. 33 desta Lei, devendo ser objeto de estudos e deliberação por
parte do COMDESP para a definição das condições relativas à aplicação da
transferência do direito de construir.

Art. 50º - A transferência do direito de construir, em


Felixlândia, terá como áreas receptoras:
I. Terrenos marginais ao sistema viário, definindo
corredores comerciais, conforme Capítulo II desta Lei e Mapas Sistema
Viário Urbano Hierarquia Viária, e Zoneamento Urbano, anexos a esta Lei;
II. Zonas de uso preferencialmente residencial com
capacidade de adensamento conforme o potencial máximo de
adensamento dado pelos parâmetros urbanísticos constantes do Capítulo
II desta Lei e integrantes do Mapa Zoneamento Urbano, anexo a esta Lei.;
III. Áreas com potencial máximo de adensamento
dado pelo Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança, quando necessário;
IV. Outras áreas a serem objeto de deliberação por
parte do COMDESP após o conhecimento sobre terrenos, divisas e
confrontações, situação fundiária, infra-estrutura disponível, a partir da
atualização cadastral.

Seção V
Das Operações urbanas consorciadas

Art. 51º - Conforme Art. 32 da Lei Federal 10.257/2001,


operação urbana consorciada é o conjunto de intervenções e medidas
coordenadas pelo Poder Público Municipal, com a participação dos
proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados,
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com o objetivo de alcançar, em uma área, transformações urbanísticas


estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.
Parágrafo Único – Lei Municipal específica, baseada no
Mapa Zoneamento Urbano, anexo a esta Lei, poderá delimitar as áreas a
serem objeto de operações urbanas consorciadas.

Art. 52º - Poderão ser previstas nas operações urbanas


consorciadas, entre outras medidas:
I. Modificação de índices e características de
parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, bem como alterações de
normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas decorrentes;
II. Regularização das construções, reformas ou
ampliações executadas em desacordo com a legislação vigente.

Art. 53º - Da Lei Municipal específica que aprovar a operação


urbana consorciada deverá constar o plano de operação urbana
consorciada contendo, no mínimo:
I. Definição e delimitação da área a ser atingida;
II. Programa básico de ocupação da área;
III. Programa de atendimento econômico e social para a
população diretamente afetada pela operação;
IV. Finalidade da operação;
V. Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança;
VI. Contrapartida a ser exigida dos proprietários,
usuários permanentes e investidores privados em função da utilização dos
benefícios listados no artigo anterior;
VII. Forma de controle da operação,
obrigatoriamente compartilhado com representação da sociedade civil.
§ 1º - Os recursos obtidos pelo Poder Público, na forma
da contrapartida mencionada, serão aplicados exclusivamente na própria
operação urbana consorciada.
§ 2º - A elaboração e aprovação do plano de operação
urbana consorciada deverá ser acompanhada pelo COMDESP e ser objeto
de deliberação por parte deste Conselho.
§ 3º - Com a aprovação do plano de operação urbana
consorciada por Lei Municipal específica serão nulas as licenças e
autorizações a cargo do Poder Público expedidas em desacordo com o
plano de operação urbana consorciada.

Art. 54º - A Lei Municipal específica que aprovar o plano de


operação urbana consorciada poderá prever a emissão, pelo Município, de
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

quantidade determinada de certificados de potencial adicional de


construção, alienados em leilão, ou utilizados diretamente no pagamento
das obras necessárias à operação. Esses certificados serão livremente
negociados, mas conversíveis em direito de construir unicamente na área
objeto da operação.
Parágrafo Único - Na apresentação de pedido de licença
para construir, o certificado de potencial adicional será utilizado no
pagamento da área de construção que supere os padrões estabelecidos
por esta Lei, até o limite fixado pela Lei Municipal específica que aprovar a
operação urbana consorciada.

Art. 55º - As áreas que poderão ser objeto de operações


urbanas consorciadas deverão estar perfeitamente definidas e
caracterizadas pela atualização cadastral definida no Art. 33 desta Lei,
para que se possa elaborar o plano de operação urbana consorciada que
constará de Lei Municipal específica.

Art. 56º - Este instrumento poderá ser utilizado, em


Felixlândia, nas áreas marginais ao lago de Três Marias para implantação
de projeto integrado de preservação, turismo e lazer, áreas marginais ao
ribeirão do Bagre, córrego Pelame e tributário, riacho do Boi, córrego
Capivara, internas ao perímetro urbano da sede municipal e definidas
como Zona Especial de Projeto 1 no Mapa Zoneamento Urbano, anexo a
esta Lei, bem como em outras zonas especiais de projeto e áreas de
diretrizes especiais constantes do Capítulos II e do Capítulo III desta Lei, a
partir de deliberação do COMDESP, tendo em vista um programa de ações
e investimentos necessários ao cumprimento das diretrizes para a
Estrutura Urbana e do Território Municipal, para o Sistema Viário e de
Transportes e para o Saneamento Ambiental, aprovadas pelo Plano
Diretor de Desenvolvimento Municipal de Felixlândia.

Seção VI
Da Outorga onerosa do direito de construir

Art. 57º - Conforme o Art. 28 da Lei Federal 10.257/2001 –


Estatuto da Cidade, o Plano Diretor poderá fixar áreas nas quais o direito
de construir poderá ser exercido acima do coeficiente de aproveitamento
básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.
§ 1º - O Plano Diretor poderá fixar coeficiente de
aproveitamento básico único para toda a zona urbana, ou diferenciado
para áreas específicas, dentro da zona urbana.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

§ 2º - Lei Municipal específica definirá os limites


máximos a serem atingidos pelos coeficientes de aproveitamento
considerando a proporcionalidade entre a infra-estrutura existente e o
aumento de densidade esperado em cada área.
§ 3º - Os limites máximos a serem atingidos pelos
coeficientes de aproveitamento em cada área, conforme parágrafo
segundo deste artigo, somente poderão ser definidos a partir da
realização do cadastro físico da infra-estrutura urbana existente,
notadamente em termos das redes de infra-estrutura sanitária, para que
se possa dimensionar com segurança o aumento da densidade para a
área.

Art. 58º - Conforme o Art. 29 da Lei Federal 10.257/2001 –


Estatuto da Cidade o Plano Diretor poderá fixar áreas nas quais poderá ser
permitida alteração de uso do solo mediante contrapartida a ser prestada
pelo beneficiário.
Parágrafo Único - Lei Municipal específica deverá
estabelecer as condições a serem observadas para a outorga onerosa do
direito de construir e de alteração de uso determinando:
I. A fórmula de cálculo para a cobrança;
II. Os casos possíveis de isenção do pagamento da outorga III.
A contrapartida do beneficiário.

Art. 59º - Os recursos auferidos com a outorga onerosa do


direito de construir e de alteração de uso, conforme Art. 31 da Lei Federal
10.257/2001, serão aplicados com as seguintes finalidades:
I. Regularização fundiária;
II. Execução de programas e projetos de interesse
social;
III. Constituição de reserva fundiária;
IV. Implantação de equipamentos urbanos e
comunitários;
V. Criação de espaços públicos de lazer e áreas
verdes;
VI. Criação de unidades de conservação ou proteção
de outras áreas de interesse ambiental;
VII. Proteção de áreas de interesse histórico, cultural
ou paisagístico;

Art. 60º - A outorga onerosa do direito de construir e a


alteração de uso do solo mediante contrapartida prestada pelo
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

beneficiário, em Felixlândia, serão aplicadas, prioritariamente, nas zonas


comerciais definidas no Capítulo II desta Lei, e constantes dos Mapas
Zoneamento Urbano e Sistema Viário Urbano Hierarquia Viária, anexos a
esta Lei.
§ 1º - A aplicação da outorga onerosa do direito de
construir e a alteração de uso mediante contrapartida, exige a definição
precisa das áreas onde deverão incidir, em termos de localização, área do
terreno, limites e confrontações, situação fundiária, infra-estrutura
disponível, notadamente dos sistemas de infra-estrutura sanitária, que
serão conhecidas a partir da atualização cadastral definida no Art. 33
desta Lei.
§ 2º - Os coeficientes de aproveitamento definidos
nesta Lei são compatíveis com as informações cadastrais atualmente
existentes, criando condições iniciais para o controle urbanístico da
ocupação e uso do solo urbano, podendo estes coeficientes serem
revistos quando da atualização cadastral.
§ 3º - A partir da atualização cadastral, os estudos
técnicos necessários à aplicação da outorga onerosa do direito de
construir e da alteração de uso do solo mediante contrapartida do
beneficiário deverão ser analisados e serem objeto de deliberação no
âmbito do COMDESP.

Seção VII
Do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança

Art. 61º - Os empreendimentos ou atividades privados ou


públicos, em área urbana, que poderão causar impactos negativos à
qualidade de vida da população residente na área onde pretendem se
localizar e em suas proximidades, deverão, para obterem a licença de
construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público
Municipal, elaborar o Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV em
conformidade com o Art. 36 da Lei Federal 10.257/01 - Estatuto da
Cidade.

Art. 62º - O EIV deverá contemplar os impactos positivos e


negativos do empreendimento ou atividade, em relação à qualidade de
vida da população residente na área e em suas proximidades, analisando,
no mínimo, as seguintes questões:
I. Adensamento populacional;
II. Equipamentos urbanos e comunitários;
III. Uso e ocupação do solo;
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

IV. Valorização imobiliária;


V. Geração de tráfego e demanda por transporte
público;
VI. Ventilação e iluminação;
VII. Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural;
VIII. Comprometimento dos serviços de saneamento
ambiental.
§ 1º – Deverá ser dada publicidade aos documentos
integrantes do EIV, que deverão ficar disponíveis para consulta pública no
órgão municipal competente.
§ 2º - A elaboração do EIV não substitui a elaboração e
aprovação dos Estudos de Impacto Ambiental nos termos da legislação
ambiental vigente.
§ 3º - Sem prejuízo de deliberação do COMDESP a
respeito, principalmente considerando casos omissos, Lei Municipal
específica definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos
que dependerão do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança – EIV.

Art. 63º - Em Felixlândia serão considerados


empreendimentos que deverão ser submetidos ao EIV, entre outros:
I. centros comerciais, supermercados e
congêneres;
II. centrais ou terminais de cargas ou centrais de
abastecimento;
III. terminais de transportes, especialmente os
rodoviários, aeroviários e heliportos;
IV. estações de tratamento de esgotos, aterros
sanitários ou usinas de reciclagem de resíduos sólidos;
V. centros de diversões para grande público,
estádios esportivos;
VI. cemitérios;
VII. matadouros e abatedouros;
VIII. presídios;
IX. quartéis e corpos de bombeiros;
X. instituições de Ensino Superior;
XI. outros empreendimentos, a critério do órgão
municipal competente e do COMDESP.

Art. 64º - O Poder Público municipal deverá exigir medidas


mitigadoras e medidas compensatórias dos impactos negativos do
empreendimento, bem como medidas que sejam potencializadoras dos
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

impactos positivos, a serem objeto de discussão e deliberação no âmbito


do COMDESP e do CODEMA, uma vez que o EIV não substitui o Estudo de
Impacto Ambiental necessário ao licenciamento ambiental do
empreendimento, que deverá ser realizado e discutido, de forma
simultânea e integrada ao Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança.

CAPÍTULO VII
Das Infrações e Penalidades

Art. 65º – Constituem infrações a esta Lei:


I – o desrespeito às limitações de uso do solo de que
trata o Capítulo IV e o Anexo I desta Lei;
II – o não cumprimento dos parâmetros de
ocupação do solo tratados no Capítulo II e no Capítulo V desta Lei;
III – o desrespeito às demais condições
complementares da edificação de que trata o Capítulo V desta Lei;
IV – o desrespeito ao disposto para as Áreas de
Diretrizes Especiais – ADE do Capítulo III desta Lei;
V – o desrespeito às determinações dos processos de
licenciamento ambiental exigidos nesta Lei;
VI – o desrespeito às determinações do Capítulo VI
desta Lei.
§ 1º - As penalidades e suas respectivas formas de
aplicação, considerando-se as infrações relativas aos incisos II, III e V deste
artigo, além de enquadrarem-se, no que couber, no disposto no Código de
Obras e/ ou na Lei de Parcelamento do Solo do Município, serão
caracterizadas em decreto de regulamentação e em legislação específica a
ser elaborada no prazo de 30 (trinta) dias a partir da data de publicação
desta Lei.
§ 2º - As penalidades e suas respectivas formas de
aplicação, considerando-se as infrações relativas ao inciso I deste artigo,
além de enquadrarem-se, no que couber, no disposto no Código de Obras
e/ ou Código de Posturas, serão caracterizadas em decreto de
regulamentação e em legislação específica, no prazo de 30 (trinta) dias a
partir da data de publicação desta Lei.
§ 3º - As penalidades para as infrações relativas ao inciso
IV deste artigo serão caracterizadas em decreto de regulamentação e em
legislação específica decorrente dos projetos necessários a cada Área de
Diretrizes Especiais – ADE.
§ 4º - Sem prejuízo das penalidades de que trata o
parágrafo 1º deste artigo, as infrações relativas ao inciso V estarão
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

sujeitas, no que couber, ao disposto na legislação ambiental no âmbito


estadual e federal.
§ 5º - As penalidades para as infrações relativas ao inciso
VI deste artigo serão caracterizadas em decreto de regulamentação e em
legislação específica, no prazo de 30 (trinta) dias a partir da data de
publicação desta Lei.

CAPÍTULO VIII
Das Disposições Finais e Transitórias

Art. 66º – Todos os projetos de edificação em Felixlândia, bem


como de quaisquer benfeitorias que impliquem em alteração do sítio
natural, seja nas Zonas Urbanas, nas Zonas de Ocupação Especial
Rural/Urbana, ou na Zona Rural, deverão ser submetidos à aprovação da
Prefeitura, através do órgão municipal competente, ouvido o COMDESP,
quando necessário, observadas a legislação ambiental vigente, as
determinações desta Lei, da Lei de Parcelamento do Solo, do Código de
Obras, Código de Posturas e demais leis municipais, quando couber.
§ 1º - Conforme definido nesta Lei, as atividades e
empreendimentos considerados poluidores ou, sob qualquer forma,
capazes de causar degradação do meio ambiente, deverão ser submetidos
a licenciamento ambiental, na forma da legislação ambiental federal,
estadual e municipal, no âmbito das competências destes níveis de
governo.
§ 2º - Conforme disposto nesta Lei, as atividades
que poderão causar impactos negativos à qualidade de vida da população
residente na área onde pretendem se localizar e em suas proximidades,
deverão, para obterem a licença de construção, ampliação ou
funcionamento a cargo do Poder Público Municipal, elaborar o Estudo
Prévio de Impacto de Vizinhança – EIV.

Art. 67º – A Prefeitura, tendo em vista as ações necessárias à


aplicação e à fiscalização desta Lei e demais leis urbanísticas, e a
necessidade de se ter uma planta cadastral atualizada para a
implementação dessas ações, deverá proceder à elaboração de uma base
cadastral para o município, na amplitude de toda a cidade de Felixlândia,
bem como das demais Zonas Urbanas e das Zonas de Ocupação
Rural/Urbana definidas no § 4º do Art. 3º desta Lei, a ser implantada a
partir de um sistema cadastral informatizado, alfanumérico e
georreferenciado, passível de atualizações sistemáticas, de forma a se
constituir em um instrumento essencial de apoio ao planejamento
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

urbano, às finanças municipais e ao desenvolvimento municipal


sustentável.
Parágrafo Único – Para o cumprimento do disposto neste
artigo, a Prefeitura deverá criar espaço institucional específico para a
gestão do sistema cadastral, com recursos humanos, materiais e
financeiros necessários a esta gestão, podendo para tanto celebrar
convênios, assinar contratos e negociar parcerias com entidades publicas
e privadas.

Art. 68º – Na Guia de Lançamento do Imposto Predial e


Territorial Urbano - IPTU deverá constar a indicação da Zona Urbana ou
Área de Diretrizes Especiais onde o imóvel estiver localizado.

Art. 69º – As modificações das disposições desta Lei


dependerão de Lei Municipal.

Art. 70º – A Prefeitura deverá fornecer à população


interessada, mediante taxa a ser fixada, cópias impressas desta Lei e de
seus Anexos.

Art. 71º – A Prefeitura fornecerá aos interessados nos


processos para aprovação de projetos de edificações, as informações
básicas necessárias ao cumprimento desta Lei.

Art. 72º – Nos processos de licenciamento de


empreendimentos de que trata o Art. 14 desta Lei, que implicarem em
modificação do uso atual do solo nas sub-bacias hidrográficas do território
municipal, deverá o COMDESP junto com o órgão municipal de meio
ambiente e o CODEMA, ouvido ainda o Conselho Municipal do Patrimônio
Histórico e Cultural, quando couber, considerar os riscos de alteração da
classificação oficial dos cursos d’ água superficiais e os riscos ambientais
para o território municipal.
§ 1º - Na hipótese de verificação da existência de
riscos efetivos de alteração da classe dos cursos d’água superficiais, e
riscos ambientais para o território municipal, decorrentes da implantação
de empreendimentos, deverá o COMDESP junto com o órgão municipal de
meio ambiente e o CODEMA, ouvido ainda o Conselho Municipal do
Patrimônio Histórico e Cultural, quando couber, indicar as medidas de
saneamento ambiental que se fizerem necessárias ou concluir pela
inviabilidade do empreendimento, ouvindo ainda, se necessário, o órgão
estadual de meio ambiente.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

§ 2º - O desrespeito às medidas de saneamento


ambiental, em conformidade com o disposto no parágrafo 1º deste artigo,
enquadra o empreendimento em situação de infração definida no inciso V
do Art. 65 desta Lei.

Art. 73º – As habitações multifamiliares, além do estabelecido


nesta Lei, deverão atender também ao estabelecido na legislação federal,
que dispõe sobre condomínios em edificações.

Art. 74º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,


revogadas as disposições em contrário.

Mando, portanto, a todos a quem o conhecimento e


execução desta Lei pertencer, que a cumpram e a façam cumprir, tão
inteiramente como nela se contém.

Prefeitura Municipal de Felixlândia, 18 de fevereiro de 2009.

Valéria Elisa Vieira


Secretária Municipal
Marconi Antônio da Silva
Prefeito Municipal
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

ANEXO I
Descrição do Perímetro Urbano da cidade de FELIXLÂNDIA

Descrição do Perímetro Urbano da Zona Urbana da Cidade de


FELIXLÂNDIA.
O perímetro urbano da Zona Urbana da Cidade de Felixlândia
é definido pela poligonal descrita a seguir:

Começa no Ponto 01 de coordenadas E=512416,N=7929138 seguindo daí


na direção sudeste até o Ponto 02 de coordenadas E=512768,N=7929120.
Daí segue em linha reta na direção norte até o Ponto 03 de coordenadas
E=512768,N=7929485 seguindo daí na direção sudeste até o Ponto 04 de
coordenadas E=513052,N=7929462. Daí segue em linha reta na direção sul
até o Ponto 05 de coordenadas E=513052,N=7929195 seguindo daí na
direção sudeste até o Ponto 06 de coordenadas E=513651,N=7928898. Daí
segue em linha reta na direção sul até até o Ponto 07 de coordenadas
E=513651,N=7928757 seguindo daí em linha reta na direção sudoeste até
o Ponto 08 de coordenadas E=512785,N=7928099. Daí segue em linha
reta ainda na direção sudoeste, até o Ponto 09 de coordenadas
E=512193,N=7927079 localizado na divisa de propriedades do bairro Alto
Social, seguindo daí, sempre contornando as divisas do bairro até o Ponto
10 de coordenadas E=512399,N=7926702 localizado no final dos terrenos
do bairro Alto Social, adjacentes à Rua Bahia. Daí segue em linha reta na
direção sudeste até o Ponto 11 de coordenadas E=512397,N=7926481
localizado na margem direita da rodovia BR 259 no sentido da cidade de
Felixlândia seguindo daí, sempre acompanhando a margem direita da
rodovia BR 259 em direção à cidade de Felixlândia até o Ponto 12 de
coordenadas E=511703,N=7926511. Daí segue em linha reta na direção
sudoeste até o Ponto 13 de coordenadas E=511466,N=7925377 localizado
aproximadamente na linha de limite da faixa da APP – Área de
Preservação Permanente da margem esquerda do ribeirão do Bagre,
seguindo esta linha de limite da APP, descendo o ribeirão, até o Ponto 14
de coordenadas E=509585,N=7924412 ainda situado na linha da APP nas
proximidades da foz do tributário do ribeirão do Bagre que nasce na Grota
Vermelha. Daí segue em linha reta na direção sudoeste até o Ponto 15 de
coordenadas E=509408,N=7924333 seguindo daí em linha reta, na direção
oeste, até o Ponto 16 de coordenadas E=508951,N=7924333. Daí segue
em linha reta na direção noroeste até o Ponto 17 de coordenadas
E=508784,N=7924705 seguindo daí em linha reta na direção nordeste até
o Ponto 18 de coordenadas E=509507,N=7925251 localizado
aproximadamente na linha de limite da APP da margem direita do riacho
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

do Boi, seguindo esta linha de limite da APP, subindo o riacho, até o Ponto
19 de coordenadas E=509585,N=7926105 ainda na linha de limite da APP.
Daí segue em linha reta na direção noroeste até o Ponto 20 de
coordenadas E=509167,N=7926789 seguindo daí em linha reta na direção
nordeste até o Ponto 21 de coordenadas E=509346,N=7927222. Daí segue
em linha reta na direção noroeste até o Ponto 22 de coordenadas
E=508730,N=7927778 seguindo daí em linha reta, na direção nordeste, até
o Ponto 23 de coordenadas E=509145,N=7927980. Daí segue em linha
reta na direção nordeste até o Ponto 24 de coordenadas
E=509684,N=7927980 seguindo daí em linha reta na direção sudeste até o
Ponto 25 de coordenadas E=510792,N=7926733 localizado na linha de
divisa de propriedade do bairro Alto Pelame, seguindo daí acompanhando
a linha de divisa do bairro até o Ponto 26 de coordenadas
E=511162,N=7927180, localizado na linha de divisa do bairro Alto Pelame
com terrenos adjacentes às margens do córrego Pelame. Daí segue em
linha reta na direção nordeste até o Ponto 27 de coordenadas
E=511345,N=7927307 seguindo daí em linha reta na direção noroeste até
o Ponto 28 de coordenadas E=511192,N=7928141. Daí segue em linha
reta na direção nordeste até o Ponto 29 de coordenadas
E=511929,N=7928265 seguindo daí em linha reta na direção nordeste até
o Ponto 30 de coordenadas E=512140,N=7928408. Daí segue em linha
reta na direção nordeste, paralelamente às divisas de propriedade do
bairro Pioneiro, até o Ponto 01, fechando o Perímetro Urbano.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

ANEXO II
Categorias de Uso

Zona Urbana da Cidade de Felixlândia - ZUR Felixlândia


Usos UR1 UR2 UR3 URM URM URM URM CV1 CV2 CV3 CVE CA PS1 PS2 PS3 PS4 SE
1 2 3 4

Zonas
ZUR 1 X X X X X X

ZUR 2 X X X X X X
ZUR 3 X X X X X

ZUR 4 X X X X X
ZUR 5 X X X X X
ZUR 6 X X X X X

ZUM X X X X X X X X

ZC X X X X X X X X X X

ZC 1 X X X X X X X X X
ZC 2 X X X X X

ZC 3 X X
ZAE X X X
– O PS4 e o UI2 permitido na ZUM, ZUR5 e ZUR 6 são relacionados à equipamentos de recreação e lazer.
– O CA e o SE serão permitidos na ZC 3, apenas no trecho da via José Mauro Gonçalves entre as instalações da COPASA e a BR 040

Zona Urbana do Distrito de São José do Buriti – ZUR São José do Buriti
Usos UR1 UR2 URM1 URM2 CV1 CV2 PS1 PS2 PS4 UI 1 UI 2

Zonas
ZUR 1 X X X X X X X X X
ZUM X X X X X X X X X
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

LEI Nº 1.696/2009

INSTITUI O CÓDIGO DE OBRAS DO


MUNICÍPIO DE FELIXLÂNDIA

A Câmara Municipal de Felixlândia aprovou e eu, Prefeito


Municipal, sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
Das Disposições Gerais

Art. 1º - Fica instituído o Código de Obras do Município de


Felixlândia, o qual estabelece normas que disciplinam a elaboração de
projetos e execução de obras e instalações, em seus aspectos técnicos,
estruturais e funcionais, considerando ainda aspectos relacionados a
conforto, salubridade e segurança das edificações.

Art. 2º - As disposições deste Código deverão ser aplicadas


com rigorosa observância das disposições contidas na Lei de Ocupação e
Uso do Solo e de dispositivos do Código de Posturas, no que couber.

Art. 3º - Todas as funções referentes à aplicação e fiscalização


das disposições deste Código serão exercidas por órgãos da Prefeitura
Municipal.

Art. 4º - O exercício das funções a que se refere este artigo


não implica na responsabilidade da Prefeitura e de seus servidores pela
elaboração de qualquer projeto ou cálculo, nem pela execução de
qualquer obra ou instalação.

TÍTULO II
Das Condições para o Licenciamento de Obras
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

CAPÍTULO I
Da Habilitação Profissional

Art. 5º - É considerado legalmente habilitado para projetar,


calcular e construir, o profissional que atender às exigências da legislação
federal pertinente e às exigências deste Código.

Art. 6º - O profissional deverá, obrigatoriamente, qualificar-se


e apor a sua assinatura nos projetos, desenhos, cálculos e especificações
de sua autoria.
§ 1º - A qualificação a que se refere o presente
artigo deverá caracterizar a função do profissional como autor de
projetos, construtor e executor de instalações, título profissional e
número de registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia – CREA.
§ 2º - A Prefeitura poderá conveniar-se com o
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas
Gerais (CREA – MG) para ações conjuntas relacionadas ao exercício e
habilitação profissional, bem como a outras questões que sejam do
interesse dos órgãos conveniados.

Art. 7º - Para os fins deste Código é obrigatório o registro na


Prefeitura de profissionais, firmas ou empresas legalmente habilitados.
Parágrafo Único - O registro será requerido ao órgão
municipal competente, pelo interessado, instruído com a Carteira
Profissional ou documento que a substitua, expedida ou visada pelo
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA, nos
termos do decreto de regulamentação.

Art. 8º - O órgão municipal competente deverá manter


atualizado o cadastro profissional das pessoas, firmas e empresas
registradas na Prefeitura.

Art. 9º - Os autores dos projetos e os construtores assumirão


formalmente, perante a Prefeitura, inteira responsabilidade pelos seus
trabalhos e pela observância das disposições deste Código.

CAPÍTULO II
Da Licença para Execução de Obras
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Art. 10º - Nenhuma obra de construção, reforma, ampliação


ou demolição, poderá ser executadas sem o respectivo alvará de licença
expedido pela Prefeitura Municipal, exceto:
I – construção de muros divisórios com altura máxima
de 2,00m (dois metros);
II – reparos e substituição de revestimento;
III – limpeza e pintura externa ou interna;
IV – substituição de telhas, calhas e condutores em
geral;
V – impermeabilização de terraços.
Parágrafo Único - O requerimento de licença para execução
de obra será acompanhado dos projetos de acordo com os artigos 16 e 17
desta Lei, para análise e aprovação.

Art. 11º – Deferido o requerimento e pagas as respectivas


taxas, será expedido o alvará para execução das obras no qual constarão
os nomes do proprietário, do autor do projeto, do responsável técnico
pela obra, a identificação do uso e endereço da edificação, bem como os
respectivos prazos de início e término da seguinte forma:
I – nas edificações com área até 1000m2 o prazo será
de 6 (seis) meses para o início e de 18 (dezoito) meses para o término;
II – nas edificações com área superior a 1000m2 até o
limite de 2000m2 o prazo será de 8 (oito) meses para o início e de 24
(vinte e quatro) meses para o término;
III – nas edificações com área superior a 2000m2 até o
limite de 3000m2 o prazo será de 10 (dez) meses para o início e de 30
(trinta) meses para o término;
IV – nas edificações com área superior a 3000m2 o
prazo será de 12 (doze) meses para o início e de 36 (trinta e seis) meses
para o término.
Parágrafo Único – O prazo de início de execução da obra, bem
como o prazo de sua conclusão, serão contados a partir da data de
expedição do alvará de licença para a execução das obras.

Art. 12º - É vedado o licenciamento para construção de


edificações e instalações que não satisfaçam às exigências desta Lei e
demais disposições pertinentes da legislação urbanística municipal.

Art. 13º - O projeto de edificação, cuja obra não tenha sido


iniciada, na data de aprovação desta Lei, deverá se adaptar às
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

modificações e novas exigências que venham a ser estabelecidas pela Lei


de Uso e Ocupação do Solo e demais leis urbanísticas, no que couber.
Parágrafo Único – Para efeito do disposto neste artigo,
considerar-se-á iniciada a obra que já tiver suas fundações integralmente
concluídas.

Art. 14º - Nenhuma obra poderá ser iniciada sem as notas de


alinhamento e nivelamento fornecidas pela Prefeitura, em consulta
prévia, excetuadas as construções em lotes já edificados e localizados em
logradouros que não venham sofrer alterações altimétricas.

Art. 15º – Para atender à demanda por habitação popular de


interesse social, a Prefeitura poderá dispor de projetos padrão, já
aprovados, para fornecimento aos interessados, bem como de espaço
institucional e suporte técnico para orientação, acompanhamento e
fiscalização relacionados à execução da obra, incluindo as instalações
necessárias.
§ 1º - A Prefeitura poderá isentar de taxas os
projetos padrão de habitação popular de interesse social devendo, para
isso, o interessado comprovar renda familiar máxima de até 3 (três)
salários mínimos.
§ 2º - Para o cumprimento do disposto neste
artigo, a Prefeitura garantirá a estrutura administrativa necessária, bem
como recursos humanos, materiais e financeiros ao órgão municipal
competente, podendo, ainda, celebrar acordos e convênios com
universidades e entidades governamentais e não governamentais, com
atribuições específicas sobre o assunto, de acordo com a legislação
pertinente.

CAPÍTULO III
Dos Projetos de Edificação

Art. 16º – O projeto de edificação, contendo os elementos


necessários para sua perfeita compreensão e execução, compreende o
projeto arquitetônico e, quando exigidos pelo órgão municipal
competente, os projetos de cálculo estrutural, de instalações prediais e de
instalações especiais.
§ 1º - A apresentação do projeto de cálculo
estrutural, à Prefeitura, será exigida para as edificações com mais de 2
(dois) pavimentos.
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§ 2º - Será obrigatória a identificação do


responsável técnico pela execução da obra.

Art. 17º – O projeto arquitetônico, a ser apresentado em 2


(duas) vias em cópias heliográficas, xerográficas, ou plotagens,
obedecendo aos padrões definidos pela ABNT, deverá constituir-se dos
seguintes elementos:
a) planta do terreno, na escala mínima de 1:500,
com indicação de suas divisas, dimensões e código cadastral dos lotes ou
partes dos lotes que o compõem, das construções projetadas e ou já
existentes, da sua orientação magnética, da sua localização e dimensão
em relação aos logradouros públicos e à esquina mais próxima, bem como
da numeração oficial das edificações vizinhas;
b) planta cotada na escala de 1:50 de cada
pavimento, com a disposição, a destinação e as dimensões de cada
compartimento, dos vãos e paredes, podendo ser adotada a escala de
1:100, dependendo do porte do projeto, mediante autorização do órgão
municipal competente;
c) elevação das fachadas com indicação superposta
do greide da rua, na escala de 1:50, tendo como obrigatória a
apresentação das fachadas voltadas para logradouros públicos, bem como
a indicação, na escala de 1:100, do tipo de fechamento de terreno no
alinhamento e divisas. Na elevação das fachadas poderá ser adotada a
escala de 1:100, dependendo do porte do projeto, mediante autorização
do órgão municipal competente;
d) seções longitudinais e transversais do prédio,
tantas quantas forem necessárias para a completa e exata compreensão
da obra, suas dependências e dimensões, com os respectivos perfis do
terreno superpostos, na escala mínima de 1:50. Poderá ser adotada a
escala de 1:100, dependendo do porte do projeto, mediante autorização
do órgão municipal competente;
e) diagrama das armações das coberturas, na escala
mínima de 1:100, com indicações de calhas, descidas de água, inclinações
e tipo de cobertura;
f) planta indicativa do tratamento paisagístico
previsto para o lote, quando houver;
g) fluxograma de tráfego interno, formas de acesso,
locais de estacionamento, pátios de armazenamento e outros elementos
específicos de cada tipo de indústria e de edificações destinadas a serviços
especiais e comércio atacadista;
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h) fluxograma de tráfego interno, formas de acesso


e estacionamento, em qualquer tipo de garagem coletiva;
i) carimbo padronizado conforme desenho a ser
fornecido pelo órgão municipal competente contendo nome, identidade e
assinatura do proprietário, bem como nome, identidade, assinatura e
registro profissional do autor do projeto e ainda outras indicações que
poderão caracterizar o projeto, a critério do órgão municipal competente.
§ 1º - A Prefeitura poderá, a seu critério, exigir a
apresentação de projetos, especificações técnicas e cálculos relativos aos
materiais a serem empregados, aos elementos construtivos e às
instalações de projeto.
§ 2º - Quando exigidos, os projetos de instalações
especiais relacionados, por exemplo, ao abastecimento de água,
esgotamento sanitário, energia elétrica, telefonia, ventilação e iluminação
artificial, depósitos de materiais que ofereçam perigo à saúde e/ou
segurança, entre outros, deverão observar legislação específica e serem
aprovados pelos órgãos públicos competentes, ou por concessionárias
responsáveis pelos serviços.
§ 3º - Na elaboração de projetos e especificações e na
execução de obras e instalações, além das disposições da legislação
federal e estadual relacionadas a aspectos de segurança, impactos
ambientais, salubridade, deverão ser observadas as normas e
especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e
outras disposições constantes da legislação municipal, notadamente da Lei
de Uso e Ocupação do Solo, Lei de Parcelamento do Solo e no Código de
Posturas, no que couber.

TÍTULO III
Do Início e Conclusão da Obra

CAPÍTULO I
Da Fiscalização e das Edificações Irregulares

Art. 18º – Caberá à Prefeitura, através do órgão municipal


competente, fiscalizar o cumprimento das disposições constantes desta
Lei, observando ainda a Lei de Uso e Ocupação do Solo e as demais leis
urbanísticas municipais.
§ 1º - Para o cumprimento desta atribuição o órgão
municipal competente deverá dispor de equipe necessária de servidores
efetivos, para as funções de exame e aprovação de projetos e de
fiscalização de obras, bem como de recursos técnicos e tecnológicos e
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normatização de procedimentos e processos, que estruturem e


disciplinem o cumprimento dessa atribuição.
§ 2º – Para efeito de fiscalização, o proprietário
deverá informar o início da execução da obra ao órgão municipal
competente, e o alvará, o projeto aprovado, bem como as notas de
alinhamento e nivelamento, deverão ser mantidos no local da obra.

Art. 19º – No caso de verificação, por vistoria da fiscalização,


que as obras não estão sendo ou não foram executadas de acordo com o
respectivo projeto aprovado, os infratores proprietário e/ou responsável
técnico serão autuados em conformidade com o disposto no Título VI
desta Lei.

Art. 20º – As edificações comprovadamente existentes até a


data de publicação desta Lei, cuja construção, reforma ou ampliação
tenham sido executadas clandestinamente ou em desacordo com as
normas então vigentes, poderão ser regularizadas pelos proprietários
dentro das seguintes condições:
I – no caso das edificações já concluídas e em uso, os
interessados deverão requerer à Prefeitura os respectivos habite-se e
baixa mediante apresentação do projeto arquitetônico completo,
elaborado a partir de um levantamento fiel da obra executada;
II – no caso das edificações que estejam em
processo de construção clandestina, na data de publicação desta Lei, os
interessados deverão requerer a aprovação do projeto, que será analisado
e aprovado de acordo com as disposições desta Lei e da legislação
urbanística municipal pertinente, para que seja concedido o respectivo
alvará de construção.
§ 1º - Não poderão ser regularizadas as construções
clandestinas que estejam em desacordo com o Código Civil Brasileiro, as
que ocupem terrenos públicos ou de terceiros, ou cujo requerente não
apresente comprovação da propriedade ou, ainda, as que ocupem
terrenos sujeitos à correção de alinhamento e nivelamento devido a
prejuízos causados no sistema de vias públicas e terrenos em situação de
risco comprometendo a segurança da edificação e de seus ocupantes.
§ 2º - Após vistoria do órgão municipal competente, a
concessão de habite-se e baixa de que trata o inciso I deste artigo,
ocorrerá quando o projeto não contrariar disposições desta Lei e da
legislação urbanística municipal pertinente ou, tendo contrariado tais
disposições, o requerente regularizar a situação ou, ainda, quando
demonstrada pelo requerente a impossibilidade de reverter algumas
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situações que contrariam essas disposições, tais situações não tragam


prejuízos à segurança, higiene, conforto e salubridade da edificação, de
acordo com parecer técnico dos órgãos municipais competentes, ouvida
ainda a Comissão de que trata o Art 105 desta Lei.
§ 3º - A aprovação do projeto e a expedição de alvará de
construção de que trata o inciso II deste artigo, ocorrerão quando o
projeto e a obra em execução não contrariarem disposições desta Lei e da
legislação urbanística municipal pertinente ou quando, tendo contrariado
tais disposições, o requerente regularizar a situação ou, ainda, quando
demonstrada pelo requerente a impossibilidade de reverter algumas
situações que contrariam essas disposições, tais situações não tragam
prejuízos à segurança, higiene, conforto e salubridade da edificação, de
acordo com parecer técnico dos órgãos municipais competentes, ouvida
ainda a Comissão de que trata o Art 105 desta Lei.

CAPÍTULO II
Da Segurança na Obra

Art. 21º – Durante a execução da obra, é indispensável a


adoção de medidas necessárias à proteção e à segurança dos operários,
dos pedestres, das propriedades vizinhas e dos logradouros públicos.

Art. 22º – Os barrancos e valas resultantes das escavações e


movimentos de terra, com desnível superior a 1,50m (um metro e
cinqüenta centímetros), deverão conter:
I – escoramento dimensionado segundo as
necessidades e de acordo com as normas da ABNT e da Consolidação das
Leis do Trabalho – CLT;
II – rampas ou escadas para assegurar o rápido
escoamento dos operários;
III – muro de arrimo ou taludes com tratamento
compatível, para evitar deslizamentos;
IV – proteção contra intempéries, durante o tempo em
que durar a execução dos arrimos ou taludes.

Art. 23º – As obras em edificações situadas no alinhamento


serão dotadas de tapume executado de material resistente e bem
ajustado, com altura mínima de 2,00m (dois metros), podendo ocupar, no
máximo, a metade da largura do passeio.
§ 1º - Nas obras afastadas do alinhamento, em
terrenos situados em vias pavimentadas, será exigido tapume com altura
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mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros), montado ao longo


do alinhamento.
§ 2º - Quando os tapumes forem instalados em
terrenos de esquina, as placas de nomenclatura das vias serão neles
afixadas, nas faces respectivas, de modo bem visível.

CAPÍTULO III
Do Preparo do Terreno

Art. 24º – Os trabalhos de saneamento do solo, quando


necessários, deverão apresentar projeto técnico para avaliação e
aprovação do órgão municipal competente e do CODEMA, no que couber,
e deverão ficar a cargo de profissional legalmente habilitado.

Art. 25º – O preparo do terreno para a execução de obras


iniciar-se-á pela verificação da existência, sob o passeio, de instalações ou
redes de serviços públicos, devendo, em caso de sua existência, serem
tomadas as providências necessárias para evitar seu comprometimento.
Parágrafo Único – Os proprietários de lotes vagos serão
responsáveis pela construção de arrimos ou outros meios de proteção de
cortes e barrancos, sempre que estes apresentarem riscos de erosão ou
deslizamentos que possam danificar o logradouro público, edificações ou
terrenos vizinhos, sarjetas ou canalizações públicas.

CAPÍTULO IV
Do Habite-se

Art. 26º - Uma vez concluída, a edificação somente poderá ser


ocupada nas seguintes condições:
a) apresentação do certificado de instalação
definitiva de hidrômetro, quando houver disponibilidade de rede pública
de abastecimento de água;
b) ligação na rede coletora de esgotos sanitários,
quando houver disponibilidade desta rede, ou instalação de fossa séptica
de acordo com as disposições do Código de Posturas;
c) acabamento mínimo relacionado a reboco e
pintura nas paredes externas e internas e a instalação das esquadrias
externas;
d) após a expedição dos respectivos habite-se e
baixa pela Prefeitura, tendo sido verificada, em vistoria, a correta
execução do projeto aprovado e licenciado, suas condições de uso em
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termos da salubridade, higiene e segurança, bem como o cumprimento


das demais exigências da legislação urbanística municipal e do
licenciamento ambiental, quando couber.
Parágrafo Único – Poderá ser concedido o habite-se parcial no
caso de projetos aprovados onde consta a previsão de execução por
etapas, devendo o habite-se ser requerido separadamente ao final da
execução da cada etapa prevista no projeto.

TÍTULO IV
Das Condições Gerais das Edificações

CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais

Art. 27º – Nenhuma edificação poderá ser construída sobre os


terrenos não edificáveis ou não parceláveis definidos pela Lei de
Parcelamento do Solo e pela Lei de Uso e Ocupação do Solo.
Parágrafo Único – Para que um lote possa receber
edificação, é necessário que se enquadre nas características das zonas de
uso e ocupação do solo e nos modelos de assentamento constantes da Lei
de Uso e Ocupação do Solo e faça parte de parcelamento do solo
aprovado e com licenciamento ambiental, de acordo com as disposições
da Lei de Parcelamento do Solo.

Art. 28º – Toda edificação deverá dispor de:


I – sistema de esgoto ligado à rede pública, quando
houver, e à fossa séptica adequada, de acordo com as exigências
estabelecidas pelo órgão municipal competente e pelo Código de
Posturas;
II – instalação de água ligada à rede pública,
quando houver, ou dispor de outro meio permitido de abastecimento,
observado aos padrões de qualidade definidos pelo órgão municipal de
saúde e demais normas relativas à potabilidade da água para o consumo
humano;
III – passeio, quando contíguo a vias públicas que
tenham meios-fios assentados;
IV – acabamento mínimo relacionado a reboco e
pintura nas paredes externas e internas e a instalação de esquadrias
externas.

CAPÍTULO II
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Das Águas Pluviais

Art. 29º – Em qualquer edificação, o terreno será preparado


para permitir o escoamento das águas pluviais, dentro dos limites do lote.
Parágrafo Único – O escoamento das águas pluviais
será executado através de canalização embutida nos passeios com
lançamento em rede pluvial, quando houver, e quando não houver rede,
com lançamento nas sarjetas.

Art. 30º – Os lotes em declive somente poderão extravasar


águas pluviais para os lotes inferiores quando não for possível seu
encaminhamento para a rede pública de drenagem pluvial, ou para as
sarjetas, por baixo dos passeios, devendo o proprietário do lote inferior
permitir a execução das obras necessárias.
Parágrafo Único – No caso previsto neste artigo, as
obras de canalização ficarão a cargo do interessado e deverão ser
executadas nas faixas lindeiras às divisas dos lotes, respeitando ainda os
afastamentos obrigatórios previstos na Lei de Uso e Ocupação do Solo.

CAPÍTULO III
Dos Passeios dos Logradouros

Art. 31º – A construção e a reconstrução de passeios dos


logradouros, em toda a extensão das testadas dos terrenos, edificados ou
não, compete aos seus proprietários.
§ 1º - O piso dos passeios deverá ser de material
antiderrapante.
§ 2º - Deve ser obedecido nos passeios o desnível
de 3% (três por cento), no sentido do logradouro, para o escoamento das
águas pluviais.
§ 3º - As rampas destinadas à entrada de veículos
não poderão ultrapassar a 0,50m (cinqüenta centímetros) de largura,
localizando-se junto ao meio-fio e com a maior extensão possível.
§ 4º - Se constatada pelo órgão municipal
competente, a necessidade de se prolongar a rampa além do meio fio,
sobre a via pública, a mesma não poderá ultrapassar a 0,50m (cinquenta
centímetros) sobre a via pública e ter dispositivos que permitam o livre
escoamento das águas pluviais ao longo das sarjetas.
§ 5º - A pavimentação dos passeios não poderá
apresentar degraus ou outras saliências que impeçam ou ameacem o
tráfego normal dos pedestres.
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§ 6º - Nas edificações de comércio e serviços ou de


uso misto residencial, com afastamento frontal, onde o estabelecimento
comercial ou de serviços comunique-se diretamente com a via pública, o
piso no afastamento frontal deverá dar continuidade ao passeio.

CAPÍTULO IV
Das Fachadas e do Fechamento dos Terrenos

Art. 32º – Em lotes situados em esquina, nenhum de seus


elementos construtivos, até a altura de 4,00m (quatro metros) em relação
ao nível do passeio, poderá avançar no triângulo equilátero que tem um
dos vértices situado no ponto de encontro dos alinhamentos, e cada um
dos outros dois vértices localizados em pontos do alinhamento distantes
3,00m (três metros) do primeiro vértice citado.
Parágrafo Único – Caso pelo menos uma das frentes do
lote estiver voltada para via arterial os pontos do triângulo nos
alinhamentos deverão distar de 4,00m (quatro metros) do ponto de
encontro dos alinhamentos.

Art. 33º – Nas fachadas serão permitidos volumes abertos,


como varandas, e volumes fechados, como armários, avançando sobre os
afastamentos obrigatórios com as seguintes limitações:
I – a soma das projeções dos volumes sobre o plano da
fachada não poderá ultrapassar a 1/4 (um quarto) da superfície total da
fachada em cada pavimento;
II – a dimensão máxima medida na perpendicular
da fachada será de:

- 0,60m (sessenta centímetros) para volumes fechados;

- 1,20m (um metro e vinte centímetros) para volumes abertos.


III – a altura mínima em relação ao terreno ou piso
circundante da edificação será de 3,00m (três metros).
Parágrafo Único – Nas edificações construídas no
alinhamento do terreno com a via pública, não serão permitidos ressaltos
e avanços de volumes abertos e volumes fechados nas fachadas.

Art. 34º – A execução de marquises deverá obedecer às


seguintes prescrições:
I – largura máxima de 1/2 (metade) do afastamento
obrigatório, definido pela Lei de Uso e Ocupação do Solo;
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II – altura em relação ao piso de no mínimo 3,00m (três


metros).
Parágrafo Único – As edificações destinadas a atividades
comerciais e de prestação de serviços, construídas no alinhamento do
lote, poderão receber marquises desde que as mesmas não ultrapassem
50% (cinqüenta por cento) da largura do passeio e não interfiram com as
redes de energia elétrica e telefonia, de acordo com parecer da respectiva
concessionária ou empresa prestadora de serviço.

Art. 35º – O fechamento dos lotes situados em áreas


urbanizadas atenderá às seguintes disposições:
I – os muros das divisas laterais e de fundo terão a
altura máxima de 3,00m (três metros) referenciada ao nível do terreno
natural;
II – os lotes não edificados, situados em vias
pavimentadas, serão obrigatoriamente murados no alinhamento, com a
altura máxima de 3,00m (três metros) e, mínima de 1,80m (um metro e
oitenta centímetros), referenciada ao nível do passeio.
§ 1º - Dispensa-se a construção de muro em lotes não
edificados para os quais tenha sido concedida licença para execução de
obras de construção, durante prazo de vigência do alvará.
§ 2º - Os muros de lotes em esquina deverão respeitar o
artigo 32 desta Lei.

CAPÍTULO V
Das Segurança

SEÇÃO I
Das Instalações Contra Incêndios

Art. 36º – Toda edificação onde se reuna grande número de


pessoas deverá ter instalações preventivas e de combate a incêndios, na
forma das normas da ABNT e da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
§ 1º – As edificações já existentes em que sejam
necessárias instalações contra incêndio, definida por vistoria do órgão
municipal competente, serão notificadas e terão prazo para sua execução,
ficando sujeitas às sanções previstas nesta Lei no caso do não
cumprimento.
§ 2º - A Prefeitura, através do órgão municipal
competente, poderá solicitar vistoria das edificações e aprovação das
instalações contra incêndio, ao Corpo de Bombeiros.
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SEÇÃO II
Das Escadas e Rampas

Art. 37º – As escadas terão largura mínima de 0,90m (noventa


centímetros) e todos os degraus entre dois pavimentos deverão ter a
mesma altura.
§ 1º - A altura máxima dos degraus deve ser de
0,18m (dezoito centímetros) e a largura mínima do piso de 0,25m (vinte e
cinco centímetros)
§ 2º - Nas edificações para trabalho e nos prédios
de apartamentos, a largura mínima das escadas será de 1,20m (um metro
e vinte centímetros).
§ 3º - Nas escadas de uso secundário ou eventual, a
largura pode ser reduzida a até um mínimo de 0,60m (sessenta
centímetros).

Art. 38º – Em edificações de uso coletivo, as escadas deverão


atender às seguintes exigências:
I – terem piso revestido de material antiderrapante;
II – nenhuma porta poderá abrir sobre os degraus,
sendo obrigatório o uso de patamar;
III – não poderão ser dotadas de lixeiras ou
qualquer outro tipo de equipamentos ou tubulações que possibilitem a
expansão de fogo ou fumaça;
IV – o pé-direito mínimo será de 2,10m, (dois metros e
dez centímetros);
V – as escolas que atendam a mais de 2 (dois
pavimentos deverão ser incombustíveis, não se permitindo, neste casos,
escadas metálicas e em caracol.
§ 1º - A existência de elevador em uma edificação não
dispensa a construção da escada, conforme as medidas mínimas adotadas
nesta Lei.
§ 2º - As escadas podem ser substituídas por rampas,
desde que obedeçam as mesmas medidas mínimas estabelecidas, tendo,
ainda, acabamento antiderrapante no piso, declividade máxima de 10%
(dez por cento) e altura mínima de passagem de uma pessoa sob qualquer
elemento de construção de 2,10m (dois metros e dez centímetros).
§ 3º - As declividades de rampas com tráfego especial
devem ser adequadas à natureza de sua atividade.
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§ 4º - As escadas que se elevarem a mais de 1,00m (um


metro) de altura deverão ser guarnecidas de guarda-corpo e corrimão.

Art. 39º – O lance de escada sem patamar intermediário


obedecerá, alternativamente, às seguintes normas:
I – número máximo de 19 (dezenove) degraus, com
altura máxima de 0,18m (dezoito centímetros) cada; ou
II – altura máxima de 3,40m (três metros e
quarenta centímetros) medida de piso a piso.
Parágrafo Único – a largura mínima para o piso de um degrau
deve ser 0,25m (vinte e cinco centímetros).

Art. 40º – As rampas de uso de veículos deverão ter


declividade máxima de 25% (vinte e cinco por cento).

Art. 41º – A execução de escadas e rampas deverá, também,


atender ao disposto no Art. 106 desta Lei, relacionado a pessoas
portadoras de deficiência.

SEÇÃO III
Dos Elevadores

Art. 42º – É obrigatório o uso de elevador:


I – nas edificações com mais de 9,00m (nove metros) de
desnível entre o piso de entrada e o piso do último pavimento;
II – nas edificações com mais de 11,50m (onze metros e
cinqüenta centímetros) de desnível, medido do piso da garagem até o piso
do pavimento útil mais distante.

Art. 43º – O pavimento mais elevado poderá não ser servido


de elevador, quando for constituído de compartimentos que, por sua
disposição, possam ser utilizados como dependências de uma habitação
situada no pavimento imediatamente inferior, ou quando aqueles
compartimentos forem destinados a depósito, quando de utilização por
empregados, ou pequena residência destinada a uso de porteiro ou
zelador do edifício.

Art. 44º – Os elevadores não poderão constituir o meio


exclusivo de acesso aos pavimentos superiores ou inferiores dos edifícios,
devendo existir, conjuntamente com os mesmos, escadas ou rampas, na
forma estabelecida por esta Lei.
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Art. 45º – Toda parede localizada defronte à porta de


elevador deverá distar desta, no mínimo:
I – 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) nos
edifícios residenciais;
II – 2,00m (dois metros) nos outros tipos de edifícios.
Parágrafo Único – Para efeito do presente artigo, a distância
será tomada sobre a perpendicular tirada de qualquer ponto da parede à
porta do elevador.

Art. 46º – Todo vestíbulo que dê acesso a elevador deverá


possibilitar a utilização da escada.

Art. 47º – A determinação do número de elevadores, o cálculo


de tráfego e demais características técnicas deverão obedecer às normas
pertinentes da ABNT.

SEÇÃO IV
Das Garagens

Art. 48º – Os compartimentos destinados a garagens de


edificações residenciais unifamiliares ficarão sujeitos às seguintes
exigências, assim como às estabelecidas no Anexo I:
I – pé-direito mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta
centímetros);
II – paredes de material incombustível;
III – piso revestido de material liso e impermeável;
IV – teto de material incombustível, no caso de haver
outro pavimento na parte superior;
V – ventilação permanente.

Art. 49º – As garagens das demais edificações, além das


exigências do artigo anterior, devem observar as seguintes:
I – vão de entrada com largura mínima de 3,00m (três
metros);
II – mínimo de 2 (dois) vãos de entrada quando
comportarem mais de 50 (cinqüenta) veículos;
III – vaga com largura e comprimento mínimos de,
respectivamente, 2,40m (dois metros e quarenta centímetros) e 5,00m
(cinco metros);
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IV – corredor de circulação dos veículos com largura


mínima de:
a) 3,00m (três metros), quando as vagas forem em ângulo
de 30º (trinta graus);
b) 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros), quanto as
vagas forem em ângulo de 45º (quarenta e cinco graus);
c) 5,00m (cinco metros), quando as vagas forem em
ângulo de 90º (noventa graus).
V – não poderão ter comunicação direta com outro
compartimento, exceto cômodos de passagem;
VI – as rampas de acesso deverão ficar contidas dentro
dos limites do lote;

CAPÍTULO VI
Do Conforto

SEÇÃO I
Das Paredes

Art. 50º – As paredes externas, estruturais ou de vedação,


terão a espessura mínima de um tijolo ou 0,20m (vinte centímetros) , e as
internas a espessura mínima de meio tijolo ou 0,15m (quinze
centímetros).
Parágrafo Único – Serão também consideradas paredes
externas aquelas voltadas para áreas de iluminação e de ventilação,
varandas e terraços.

Art. 51º – As paredes que constituírem divisa entre distintas


unidades habitacionais deverão ter espessura mínima de um tijolo ou
0,20m (vinte centímetros).

Art. 52º – As espessuras mínimas das paredes poderão ser


alteradas quando for utilizado material de natureza diversa, que
apresentem especificações técnicas exigidas dentro dos padrões e
controle de qualidade, desde que especificados no projeto aprovado pela
Prefeitura.

SEÇÃO II
Das Portas
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Art. 53º – Além de atender, no que couber, ao disposto no


Art. 106 desta Lei relacionado a pessoas portadoras de deficiência, as
portas deverão obedecer às seguintes larguras mínimas:
I – de 0,80m (oitenta centímetros) para entrada
principal de unidade residencial;
II – de 0,60m (sessenta centímetros) a 0,80m
(oitenta centímetros) para passagens internas entre compartimentos de
uma unidade residencial;
III – de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para
acesso a edificação de uso coletivo de até 4 (quatro) pavimentos;
IV – de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) para
acesso a edificação de uso coletivo com mais de 4 (quatro) pavimentos.

SEÇÃO III
Dos Corredores

Art. 54º – Além de atender, no que couber, ao disposto no


Art. 106 desta Lei relacionado a pessoas portadoras de deficiência, os
corredores ou passagens deverão ter largura suficiente para o
escoamento dos compartimentos ou setores da edificação a que dão
acesso, com as seguintes larguras mínimas:
I – 0,90m (noventa centímetros), quando de uso
privativo e máximo de 6,00m (seis metros) de comprimento sem
iluminação direta;
II – 1,20m (um metro e vinte centímetros), quando de
uso comum ou coletivo e comprimento inferior a 10,00m (dez metros);
III – para os corredores ou passagens de uso comum ou
coletivo, com comprimento superior a 10,0m (dez metros), a largura
mínima será acrescida de, pelo menos, 0,10m (dez centímetros) por metro
de comprimento excedente.

SEÇÃO IV
Dos Compartimentos

Art. 55º – Os compartimentos são classificados em:


I – compartimentos de permanência prolongada;
II – compartimentos de utilização transitória;
III – compartimentos de utilização especial.
Parágrafo Único – Os compartimentos devem atender às
exigências do Anexo I desta Lei e, no que couber, ao disposto no Art. 106
desta Lei relacionado a pessoas portadoras de deficiência.
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Art. 56º – Os compartimentos de permanência prolongada


são os de uso definido, habitáveis e destinados a atividades de trabalho,
repouso e lazer, que exigem permanência confortável por tempo longo ou
indeterminado.
Parágrafo Único – Excetuados os compartimentos
descriminados na Tabela do Anexo I e atendido o disposto no Art. 106
desta Lei, os compartimentos de permanência prolongada deverão ter
área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados) e ter forma que permita
a inscrição de um círculo de 2,00 (dois metros) de diâmetro.

Art. 57º – Os compartimentos de utilização transitória são os


de uso definido, ocasional ou temporário, caracterizando espaços
habitáveis de permanência confortável, por pouco tempo ou por tempo
determinado.
Parágrafo Único – Excetuados os compartimentos
discriminados na Tabela do Anexo I e atendido ao disposto no Art. 106
desta Lei, os compartimentos de utilização transitória deverão ter área
mínima de 1,50m2 (um metro e cinqüenta decímetros quadrados) e ter
forma que permita a inscrição de um círculo de 1,00m (um metro) de
diâmetro.

Art. 58º – Os compartimentos de utilização especial são


aqueles que, pela sua destinação específica, não se enquadram nos dois
tipos dos artigos 56 e 57 desta Lei.
Parágrafo Único – Os compartimentos de que trata este
artigo deverão ter suas características adequadas à sua função específica,
com condições de segurança e de habitabilidade quando exigem a
permanência humana, e atenderem às normas especiais decorrentes de
legislação no âmbito federal, estadual e municipal.

Art. 59º – Somente será permitida a subdivisão de quaisquer


compartimentos, nos casos em que se mantiverem as condições de área
mínima e de forma, estabelecidas nesta Lei, nos compartimentos
resultantes.

CAPÍTULO VII
Da Salubridade

SEÇÃO I
Da Iluminação e da Ventilação
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Art. 60º – Os compartimentos das edificações destinadas às


atividades humanas deverão ter iluminação e ventilação naturais, através
de aberturas voltadas diretamente para espaço aberto exterior.
§ 1º - O total da superfície das aberturas
destinadas a iluminar e ventilar um compartimento se relaciona com a
área de seu piso e não poderá ser inferior a:
I – 1/6 (um sexto) da área do piso de compartimento de
permanência prolongada;
II – 1/8 (um oitavo) da área do piso de compartimento de
utilização transitória ou especial.
§ 2º - A superfície das aberturas destinadas à
iluminação e ventilação de um compartimento, através de varanda, será
calculada considerando-se a soma das áreas dos respectivos pisos.
§ 3º - Para efeito de ventilação dos
compartimentos, as aberturas deverão ser dotadas de dispositivos que
permitam a renovação do ar em pelo menos 50% (cinqüenta por cento) da
área exigida para iluminação.
§ 4º - Em nenhuma hipótese, a área das aberturas
destinadas a iluminar qualquer compartimento deverá ser inferior a 0,35
m2 (trinta e cinco decímetros quadrados).

Art. 61º – Os espaços externos capazes de iluminar e ventilar


são áreas descobertas, classificadas em áreas abertas e fechadas.
§ 1º - As áreas abertas caracterizam-se por:
I – ter como um de seus lados o alinhamento do lote;
II – permitir a inscrição de um círculo com diâmetro mínimo
de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros);
III – permitir, a partir do primeiro pavimento acima do térreo,
a inscrição de um círculo cujo diâmetro (D), em metros, seja dado pela
fórmula D = H/10 + 1,50m, onde H é a distância, em metros, do piso do
último pavimento ao piso do segundo pavimento iluminado e ventilado
pela área.
§ 2º - As áreas fechadas caracterizam-se por:
I – apresentar uma superfície medindo, no mínimo,
10,00m2 (dez metros quadrados);
II – permitir a inscrição de um círculo de diâmetro
mínimo de 2,00m (dois metros);
III – permitir, a partir do primeiro pavimento acima do
térreo, a inscrição de um círculo cujo diâmetro (D), em metros, seja dado
pela fórmula D = H/6 + 2,00m, onde H é a distância, em metros, do piso do
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

último pavimento ao piso do segundo pavimento iluminado e ventilado


pela área.
§ 3º - Os compartimentos de permanência prolongada
somente poderão ser iluminados e ventilados através de áreas abertas.
§ 4º - Somente compartimentos de utilização transitória
poderão ser iluminados e ventilados através de áreas fechadas.

Art. 62º – Nenhum vão será considerado suficiente para


iluminar e ventilar pontos de compartimentos que distem mais de 2 (duas)
vezes o valor do pé-direito, quando o mesmo vão abrir para área fechada
e 2,5 (duas e meia) vezes esse valor, nos demais casos.

SEÇÃO II
Do Pé-Direito

Art. 63º – O pé-direito, salvo o disposto no artigo 73 e artigos


seguintes e tabela do Anexo I, deverá ter, no mínimo:
I – 2,70m (dois metros e setenta centímetros) para os
compartimentos de permanência prolongada;
II – 2,40m (dois metros e quarenta centímetros)
para os compartimentos de utilização transitória.

Art. 64º – Em cada compartimento, as aberturas exigidas para


sua iluminação e ventilação deverão ter a verga distanciada do teto de
forma a garantir adequada circulação do ar, de acordo com o Anexo III,
desta Lei.

SEÇÃO III
Do Material

Art. 65º – Nas edificações onde haja aglomeração de pessoas


e risco de incêndio, o uso de material incombustível será indispensável.
Parágrafo Único – Nessas edificações, o uso de madeira
ou outro material combustível somente deverá ser tolerado em
esquadrias, parapeitos, revestimentos de piso e na estrutura do telhado,
caso haja isolamento adequado da cobertura, ouvidos ainda o órgão
municipal competente, a Comissão de que trata o Art. 105 desta Lei e o
parecer técnico do Corpo de Bombeiros, quando couber.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Art. 66º – O piso e as paredes até a altura mínima de 2,10m


(dois metros e dez centímetros) deverão ser revestidos com material liso,
resistente, lavável e impermeável nos compartimentos destinados a:
I – fabricação de produtos alimentícios e de
medicamentos;
II – preparo, manipulação ou depósito de alimentos;
III – guarda de drogas, aviamento de receitas
medicinais, curativos e aplicação de injeções;
IV – ambulatórios e refeitórios;
V – necrotérios;
VI – cozinhas;
VII - banheiros
VIII – depósitos de suprimentos alimentares e médico;
IX – copas e lavanderias hospitalares.
Parágrafo Único - O disposto no caput deste artigo poderá
ainda ser aplicado em outros tipos de compartimento, a critério do órgão
municipal competente, ouvida ainda a Comissão de que trata o Art. 105
desta Lei.

TÍTULO V
Das Exigências por Tipo de Edificação

CAPÍTULO I
Das Edificações Residenciais

Art. 67º – Entende-se por residência ou habitação a edificação


destinada exclusivamente ao uso residencial.

Art. 68º – Cada unidade residencial é caracterizada pela


reunião de, no mínimo, 3 (três) compartimentos destinados à
sala/dormitório, à cozinha e às instalações sanitárias.

Art. 69º – As edificações residenciais classificam-se em:


I – residencial unifamiliar, que corresponde a uma
unidade residencial construída em um lote ou conjunto de lotes;
II – residencial multifamiliar, que corresponde a mais de
uma unidade residencial agrupadas horizontalmente ou verticalmente em
edificações construídas em um lote ou conjunto de lotes;
III – conjunto residencial, que corresponde a grupos de
edificações residenciais unifamiliares e ou multifamiliares, cujos projetos
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

são aprovados e construídos conjuntamente em áreas urbanizadas


especificamente para este fim.
§ 1º - Os projetos de conjuntos habitacionais
relacionados com agrupamento horizontal de edificações unifamiliares
e/ou com agrupamento de edificações multifamiliares verticais, deverão
obedecer às disposições da Lei de Parcelamento do Solo e da Lei de Uso e
Ocupação do Solo, no que couber, principalmente quanto ao
licenciamento ambiental e ao Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança –
EIV;
§ 2º - Em decorrência do Estudo Prévio de Impacto de
Vizinhança – EIV e do licenciamento ambiental, poderão ser exigidas obras
de infra-estrutura urbana básica de acordo com a Lei de Parcelamento do
Solo e com as disposições desta Lei, e exigida a execução de edificações
para a instalação de equipamentos sociais e comunitários, proporcionais à
densidade habitacional do conjunto residencial, cujos projetos e obras
deverão respeitar as disposições desta Lei pertinentes ao assunto.

Art. 70º – As edificações residenciais multifamiliares verticais


deverão dispor de portaria localizada em vestíbulo de acesso às unidades
residenciais.
Parágrafo Único – Quando tiverem 06 (seis) ou mais
unidades residenciais deverão ter dependência e instalação sanitária para
zelador e instalação sanitária para demais empregados.

Art. 71º – As edificações destinadas ao uso residencial,


unifamiliar ou multifamiliar, quando tiverem compartimentos anexos
destinados ao uso de comércio e serviços, serão denominadas edificações
de uso misto residencial e somente serão permitidas nos casos em que a
natureza destas atividades não prejudique a segurança, o conforto e o
bem-estar dos moradores, que deverão ter acesso ao logradouro público
independente daquele usado para o acesso às dependências de comércio
e serviços.
Parágrafo Único - Nas edificações destinadas ao uso
misto residencial multifamiliar, os pavimentos destinados ao uso
residencial deverão ser agrupados continuamente.

CAPÍTULO II
Das Edificações para o Trabalho

Art. 72º – As edificações para o trabalho abrangem aquelas


destinadas aos usos industrial, comercial, institucional e de serviços e que,
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além do que é regulamentado nesta Lei, atenderão às normas


relacionadas à segurança, à higiene e ao conforto estabelecidas pela
ABNT, pela CLT, pelo Código de Posturas, pela legislação sanitária e
legislação ambiental vigentes e, ainda, atenderão às normas relacionadas
à adequação das edificações para pessoas portadoras de deficiência,
conforme Art. 106 desta Lei.

Art. 73º – Nas edificações destinadas ao uso industrial, além


do disposto no Art. 72, no que couber, os compartimentos das áreas de
produção deverão atender às seguintes exigências:
I – ter pé-direito mínimo de 3,20m (três metros e vinte
centímetros) quando tiverem área superior a 100,00m2 (cem metros
quadrados), podendo sofrer alterações mediante parecer da Comissão de
que trata o Art. 105 desta Lei, quanto a aspectos relacionados à linha de
produção e equipamentos utilizados;
II – ter assegurada a sua incomunicabilidade direta com
as instalações sanitárias;
III – ser dotado de isolamento térmico, quando
destinados a equipamentos e instalações que produzem e concentrem
calor, com afastamento mínimo de 1,00m (um metro) do teto ou das
paredes para essas fontes de calor, sendo este afastamento acrescido de
0,50m (cinqüenta centímetros) no caso de haver pavimento superposto
ou se a parede pertencer a edificação vizinha, podendo sofrer alterações
mediante parecer da Comissão de que trata o Art. 105 desta Lei, quanto a
aspectos relacionados à linha de produção e tipo dos equipamentos e
instalações utilizados;
IV – as áreas de iluminação e ventilação natural
deverão ser, no mínimo, igual a 1/5 (um quinto) da área do piso e, nos
casos de iluminação artificial e ventilação mecânica, deverão ser
observadas disposições de legislação específica, as normas da ABNT e
atendidas as exigências do órgão municipal competente, no que couber.
§ 1º– As indústrias de produtos alimentícios deverão ter
os compartimentos de manipulação e produção dos alimentos com:
I – paredes revestidas até a altura mínima de 2,10m
(dois metros e dez centímetros) com material liso, resistente e
impermeável;
II – pisos de material resistente e impermeável;
III – equipamentos necessários para a conservação dos
alimentos perecíveis.
§ 2º - Os estabelecimentos industriais cuja linha de
produção necessite compartimentos em condições especiais, não
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

contempladas pelas disposições desta Lei, deverão apresentar projetos


técnicos específicos dentro de normas e padrões reconhecidos pelos
órgãos oficiais competentes e aprovados por estes órgãos.
§ 3º - Os estabelecimentos industriais deverão ainda
atender à legislação ambiental vigente quanto a equipamentos e
dispositivos de controle da poluição e serem objeto de licenciamento
ambiental por parte do Sistema Estadual do Meio Ambiente ou do Sistema
Municipal do Meio Ambiente, no âmbito de suas competências.

Art. 74º – Nas edificações destinadas ao comércio e ou


serviços, além do disposto no Art. 72, no que couber, os compartimentos
deverão atender às seguintes exigências.
I – ter pé-direito mínimo de:
a) 2,70m (dois metros e setenta centímetros), quando a
área não exceder a 35,00m2 (trinta e cinco metros quadrados);
b) 3,00m (três metros), quando a área for superior a
35,00m2 (trinta e cinco metros quadrados) e não exceder a 100,00m (cem
metros quadrados);
c) 4,00m (quatro metros), quando a área exceder de
100,00m2 (cem metros quadrados), podendo sofrer alterações mediante
parecer da Comissão de que trata o Art. 105 desta Lei, quanto a aspectos
relacionados ao conforto ambiental e segurança dos usuários;
d) 5,40m (cinco metros e quarenta centímetros) quando
houver sobre loja e a área da loja não exceder a 35,00m2 (trinta e cinco
metros quadrados, 6,00m (seis metros) quando houver sobre loja e a área
da loja for de 35,00m2 até 100,00m2, e 7,20m (sete metros e vinte
centímetros) quando houver sobre loja e a área da loja for superior a
100,00m2 (cem metros quadrados), podendo sofrer alterações mediante
parecer da Comissão de que trata o Art. 105 desta Lei, quanto a aspectos
relacionados ao conforto ambiental e segurança dos usuários .
II – ter todas as portas de acesso com largura
mínima de 3,00m (três metros) quando a sua área exceder de 250,00m2
(duzentos e cinqüenta metros quadrados), observadas ainda as exigências
quanto à segurança dos usuários definidas pelos órgãos competentes, e
parecer do Corpo de Bombeiros;
III – ter instalações sanitárias para uso público,
separadas para cada sexo, quando a sua área exceder de 100m2 (cem
metros quadrados), correspondendo a um vaso e um lavatório para cada
outros 100,00m2 de área construída ou fração, que excederem os
primeiros.
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Art. 75º – As galerias comerciais terão pé-direito mínimo de


4,00m (quatro metros) e largura mínima medindo mais do que 1/12 (um
doze avos) do seu maior percurso, respeitado o mínimo de 4,00m (quatro
metros ).
Parágrafo Único – As lojas que tenham o seu acesso
direto por galerias terão, no mínimo, área de 15,00m2 (quinze metros
quadrados) e pé-direito de 4,00m (quatro metros).

Art. 76º – As edificações destinadas a escritórios,


consultórios, estúdios de atividades profissionais e similares, além do
disposto no Art. 72, no que couber, terão instalações sanitárias privativas
por sala, ou conjunto de instalações sanitárias separadas para cada sexo,
na proporção de um vaso e um lavatório em cada instalação sanitária para
cada 10 (dez) salas ou 250,00m2 (duzentos e cinqüenta metros
quadrados) de área construída ou fração, por pavimento.

Art. 77º – As lojas destinadas a açougues, peixarias e


estabelecimentos congêneres deverão dispor de:
I – chuveiros, na proporção de 1 (um) para cada 10
(dez) empregados ou fração;
II – depósito revestido de azulejo ou material
impermeável e lavável equivalente, para guarda de detritos, até a altura
mínima de 2,10m (dois metros e dez centímetros).

Art. 78º – Os postos de serviços de veículos, além do disposto


nesta Lei, deverão observar normas de segurança relacionadas a
manuseio e comercialização de inflamáveis de acordo com a ABNT, com a
CLT, com a legislação ambiental e em conformidade com a Deliberação
COPAM nº50 de 28/11/2001, devendo dispor de:
I – boxes isolados para lavagem e lubrificação dos
veículos;
II – caixa separadora de água e óleo tecnicamente
adequada e aceita pelos órgãos ambientais competentes;
III – vestiários e instalações sanitárias para
empregados, com chuveiro, na proporção de um chuveiro para cada 10
(dez) empregados ou fração;
IV – sistema de proteção contra incêndio aprovado
pelos órgãos oficiais competentes.

CAPÍTULO III
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Das Edificações para Fins Especiais

Art. 79º – As edificações para fins especiais abrangem aquelas


destinadas às atividades escolares, ao ser viços de saúde, asilos, orfanatos,
albergues, cinemas, teatros, auditórios.
Parágrafo Único – Estas edificações deverão atender,
além do disposto nesta Lei, às normas da ABNT e da CLT quanto à
segurança, higiene e conforto nos ambientes de uso público, uso coletivo
e de trabalho, e ainda às normas da ABNT relacionadas à adequação das
edificações às pessoas portadoras de deficiência, conforme Art. 106 desta
Lei.

Art. 80º – As edificações para fins escolares deverão atender,


além do disposto no Parágrafo Único do Art. 79 e no Anexo I desta Lei, as
normas oficiais definidas para prédios escolares públicos e, ainda, às
seguintes exigências:
I – as salas de aula deverão:
a) apresentar área de, no mínimo, 15,00m2 (quinze
metros quadrado) e guardar a relação de 1,00m2 (um metro quadrado)
por aluno, no mínimo;
b) ser dotadas de vãos voltados para o espaço exterior,
que garantam a iluminação e ventilação naturais, com abertura mínima
correspondente a 1/5 (um quinto) de sua superfície, e que permitam a
iluminação natural, mesmo quando fechadas;
c) sempre que possível, ser dotadas de vãos de ventilação
voltados para a circulação interna de acesso às salas, de forma a permitir
ventilação cruzada, devendo esses vãos serem dispostos em altura
adequada e de forma a evitar ruídos e outras interferências no ambiente
da sala de aula.
II – dispor de locais para recreação, cobertos, com área
mínima igual a 2 (duas) vezes a soma das áreas das salas de aula, e locais
para recreação, descobertos, com área mínima igual a 6 (seis) vezes a
soma das áreas das salas de aula;
III – ter um bebedouro para cada 40 (quarenta) alunos;
IV – ter instalações sanitárias, com as seguintes
exigências:
a) separadas por sexo;
b) as destinadas ao sexo masculino deverão ter, no
mínimo, um vaso sanitário e um lavatório para cada 50 (cinqüenta) alunos
e um mictório para cada 25 (vinte e cinco) alunos;
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

c) as destinadas ao sexo feminino deverão ter, no mínimo,


um vaso sanitário para cada 20 (vinte) alunas e um lavatório para cada 50
(cinqüenta) alunas.

Art. 81º – As edificações destinadas a hospitais e a serviços de


saúde em geral deverão estar de acordo com as normas e padrões de
construções e instalações de serviços de saúde estabelecidos pela
legislação federal em vigor, pelos órgãos de saúde pública, bem como
pelos demais órgãos públicos competentes.

Art. 82º – As edificações destinadas a asilos, orfanatos,


albergues e congêneres, além do disposto no Parágrafo Único do Art. 79
desta Lei e no Anexo I, deverão atender ao seguinte:
I – os seus dormitórios deverão ter área mínima de
10,00m2 (dez metros quadrados) quando de uso individual, acrescida de
4,00m2 (quatro metros quadrados) por leito excedente;
II – ter instalações sanitárias com banheira e/ou
chuveiro, lavatório e vaso sanitário, na proporção de 1 (um) conjunto para
cada 10 (dez) internos;
III – dispor de locais para recreação cobertos e
descobertos.
Parágrafo único - Os parâmetros mínimos descritos neste
artigo poderão sofrer alterações mediante parecer da Comissão de que
trata o Art. 105 desta Lei, quanto a aspectos relacionados ao conforto
ambiental e segurança dos usuários

Art. 83º – As edificações destinadas a auditórios, cinemas,


teatros e similares deverão atender às seguintes disposições especiais,
além do disposto no Parágrafo Único do Art. 79 desta Lei:
I – ter vãos de ventilação efetiva cuja superfície não
seja inferior a 1/10 (um décimo) da área de piso, podendo o órgão
municipal competente exigir a instalação de equipamentos apropriados
para garantir condições de conforto ambiental à finalidade da edificação;
II – ter instalações sanitárias separadas para cada sexo,
guardando as seguintes proporções mínimas, em relação à lotação
máxima:
a) para o sexo masculino, um vaso, um lavatório e um
mictório para cada 250 (duzentos e cinqüenta) lugares ou fração;
b) para o sexo feminino, um vaso e um lavatório para cada
150 (cento e cinqüenta) lugares ou fração;
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

III – as circulações principais que servem a diversos


setores de poltronas da sala de espetáculos, auditório e similares, terão
largura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) e as
secundárias de 1,00m (um metro);
IV – os vãos das portas das salas de espetáculos,
auditório ou similares, bem como o vão das portas externas para
escoamento do público, terão largura mínima de 3,00m (três metros),
sendo acrescidas de 0,10m (dez centímetros) para cada 20 (vinte) lugares
ou fração excedente da cotação de 100 (cem) lugares, devendo essas
portas abrirem-se de dentro para fora;
V – as circulações de acesso e escoamento do público,
externas à sala de espetáculos, auditório e similares, terão largura mínima
de 3,00m (três metros), sendo acrescidas de 0,10 (dez centímetros) para
cada 20 (vinte) lugares ou fração excedente da lotação de 100 (cem)
lugares;
VI – as escadas obedecerão às seguintes normas:
a) largura mínima de 3,00m (três metros) quando derem
continuidade às circulações de acesso conforme inciso V deste artigo,
sendo acrescidas de 0,10m (dez centímetros) para cada 10 (dez) lugares
ou fração excedentes da lotação de 100 (cem) lugares;
b) as destinadas a vencer alturas superiores a 2,50m (dois
metros e cinqüenta centímetros) terão patamares, cujo comprimento
médio medirá 1,20m (um metro e vinte centímetros);
c) não poderão ser desenvolvidas em leque ou caracol.
VII – as rampas destinadas a substituir escadas terão
largura igual à exigida para estas, com declividade máxima de 8% (oito por
cento) e piso antiderrapante;
VIII – as poltronas das salas de espetáculos, auditórios e
similares, serão distribuídas em setores, contendo no máximo 250
(duzentos e cinqüenta) poltronas, separadas por circulações que servirão
no máximo a 8 (oito) poltronas, de cada lado;
IX – ter sala de espera contígua à sala de espetáculos,
auditório e similares, medindo no mínimo 10,00m2 (dez metros
quadrados) para cada 50 (cinqüenta) lugares ou fração da lotação máxima
prevista.
Parágrafo único - Os parâmetros mínimos descritos neste
artigo poderão sofrer alterações mediante parecer da Comissão de que
trata o Art. 105 desta Lei, quanto a aspectos relacionados ao conforto
ambiental e segurança dos usuários

CAPÍTULO IV
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Das Edificações Públicas

Art. 84º – Além de atender ao disposto no Parágrafo Único do


Art. 79 desta Lei, as edificações públicas deverão atender às seguintes
condições:
I – rampas de acesso ao prédio com declividade máxima
de 8% (oito por cento), com piso antiderrapante e corrimão na altura de
0,75m (setenta e cinco centímetros);
II – na impossibilidade de construção de rampa, a
portaria deverá ser no mesmo nível da calçada;
III – quando da existência de elevadores, as suas
dimensões mínimas serão de 1,10m x 1,40cm (um metro e dez
centímetros por um metro e quarenta centímetros);
IV – todas as portas deverão ter largura mínima de
0,80m (oitenta centímetros);
V – os corredores deverão ter largura mínima de 1,20m
(um metro e vinte centímetros).
Parágrafo único - Os parâmetros mínimos descritos neste
artigo poderão sofrer alterações mediante parecer da Comissão de que
trata o Art. 105 desta Lei, quanto a aspectos relacionados ao conforto
ambiental e segurança dos usuários

CAPÍTULO V
Das Construções Especiais

Art. 85º – As chaminés serão localizadas de tal maneira que o


fumo, fuligem, odores ou resíduos que possam expelir não incomodem os
vizinhos, exigindo-se a instalação de dispositivos que evitem tais
inconvenientes, de acordo com exigências dos órgãos municipais
competentes e atendendo à Deliberação Normativa do CODEMA.

Art. 86º – As chaminés, torres e reservatórios elevados


deverão guardar das divisas e do alinhamento do terreno o afastamento
mínimo de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) ou de 1/5 (um
quinto) de sua altura, quando esta for de 10,00m (dez metros) ou mais.
Parágrafo único - Os parâmetros mínimos descritos
neste artigo poderão sofrer alterações mediante parecer da Comissão de
que trata o Art. 105 desta Lei, quanto a aspectos relacionados ao conforto
ambiental e segurança dos usuários

CAPÍTULO VI
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Das Edificações de Interesse Histórico

Art. 87º – As edificações existentes, consideradas de interesse


histórico pelo Município, mediante parecer do Conselho Municipal do
Patrimônio Histórico e Cultural de Felixlândia, deverão manter suas
características construtivas originais de época, como, por exemplo,
inclinação de telhados, tipo de cobertura, empenas, beirais, tratamento
dos vãos, tipo de reboco, fachadas mantendo harmonia entre cheios e
vazados, entre outras características.
§1º - As intervenções em obras nas edificações de que
trata este artigo deverão atender, no que couber, as disposições desta Lei,
ouvido ainda o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de
Felixlândia e estar em acordo com o Art. 216 da Constituição Federal, o
Art. 208 da Constituição do Estado de Minas Gerais, e a Seção IV – Da
Cultura, constante do Capítulo IV do Título IV – Da Ordem Econômica e
Social, da Lei Orgânica Municipal de Felixlândia.
§2º - As edificações que sofreram alguma
descaracterização deverão ser restauradas para suas características
originais, segundo critérios técnicos de restauração, ouvidos os órgãos
competentes e o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de
Felixlândia.
§3º - As edificações que sofreram excesso de
descaracterização poderão amenizar os elementos descaracterizados,
segundo critérios técnicos de restauração, ouvidos os órgãos competentes
e Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Felixlândia

Art. 88º - Caberá ao Município de Felixlândia promover o


tombamento municipal das edificações consideradas de interesse
histórico, observados os procedimentos necessários e a legislação
específica.

TÍTULO VI
Das Penalidades

CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais

Art. 89º – As infrações às disposições desta Lei serão punidas


com as seguintes penas:
I – multa;
II – embargo da obra;
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

III – interdição do prédio ou dependência; IV –


demolição.
§1º - A imposição de penalidade não se sujeita à ordem em
que estão relacionadas neste artigo.
§2º - A aplicação de uma das penalidades previstas neste
artigo não prejudica a de outra, se cabível.

Art. 90º – A aplicação de penalidades de qualquer natureza e


o seu cumprimento, em caso algum dispensa o infrator da obrigação a que
esteja sujeito para que se cumpra a disposição infringida.

Art. 91º – Sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas


nesta Lei, a Prefeitura representará ao Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia – CREA em caso de manifesta demonstração de
incapacidade técnica ou idoneidade moral do profissional infrator.

CAPÍTULO II
Das Multas

Art. 92º – A aplicação da multa poderá te lugar em qualquer


época, durante ou depois de constatada a infração.

Art. 93º – O valor das multas foi definido levando-se em conta


a gravidade da infração e os prejuízos por ela causados em relação às
disposições desta Lei.

Art. 94º – A multa não paga no prazo legal será inscrita em


dívida, sendo que os infratores que estiverem em débito de multa não
poderão receber quaisquer quantias ou créditos que tiverem com a
Prefeitura, participar de licitações, celebrar contratos de qualquer
natureza, ou transacionar, a qualquer título, com a administração
municipal.

Art. 95º – Pelas infrações às disposições desta Lei, serão


aplicadas ao proprietário conforme o caso, as seguintes multas que serão
calculadas em Unidade Fiscal do Município – UFM:
I – execução de obra em total desacordo com o projeto
aprovado, multa de 300 UFM.
II – execução de obra em desacordo parcial com o
projeto aprovado, multa de 240 UFM.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

III – alteração de qualquer espécie no projeto aprovado,


multa de 240 UFM.
IV – início ou execução de obra sem licença, ou seja,
sem o respectivo alvará expedido pela Prefeitura, multa de 240 UFM
V – execução de obra cujo alvará de licença esteja
vencido, multa de 100 UFM.
VI – falta de projeto aprovado e demais documentos
exigidos no local da obra, multa de 50 UFM.
VII – inobservância das prescrições sobre andaimes e
tapumes, multa de 240 UFM.
VIII – paralisação de obra por mais de 3 (três ) meses
sem comunicação ao órgão municipal competente, multa de 50 UFM
IX – ocupação de edificação sem vistoria da Prefeitura e
sem os respectivos baixa de construção e “habite-se” multa de 300 UFM
X – inobservância das prescrições sobre medidas e
equipamentos de combate e prevenção conta incêndio, multa de 300
UFM
Parágrafo Único – Outras infrações a disposições desta Lei,
para as quais não haja comunicação especial, serão punidas com multa de
100 UFM.

Art. 96º – Imposta a multa, o infrator deverá efetuar o seu


recolhimento no prazo máximo de 15 (quinze) dias sob pena de embargo
de obra, além de outras medidas cabíveis.

Art. 97º – Os débitos decorrentes de multas não pagas no


prazo previsto terão os seus valores atualizados com base nos índices de
correção monetária fixados pelo órgão federal competente, em vigor na
data de liquidação da dívida.

Art. 98º – Quando o infrator incorrer simultaneamente em


mais de uma penalidade constante de diferentes dispositivos legais,
aplicar-se-á a pena maior, acrescida de 2/3 (dois terços) de seu valor.

Art. 99º – Nas reincidências as multas serão aplicadas em


dobro.

CAPÍTULO III
Do Embargo da Obra

Art. 100º – Dar-se-á o embargo da obra nos seguintes casos:


PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

I – execução de obra ou instalação sem o alvará de


licença;
II – inobservância do alvará de licença ou das notas
de alinhamento e de nivelamento;
III – execução de obra em desacordo com o projeto
aprovado;
IV – execução de obra ou instalação com risco de sua
própria segurança e estabilidade, bem como ameaça à segurança pública
e dos empregados da obra;
V – execução de obra sem a responsabilidade técnica
de profissional habilitado e cadastrado na Prefeitura;
VI – não recolhimento no prazo legal de multa imposta
ao infrator;
VII – não atendimento das determinações constantes
do auto de infração.

Art. 101º – Ocorrendo alguma das hipóteses do artigo


anterior, o encarregado da fiscalização, depois de lavrado o auto para
imposição de multa, fará o embargo provisório de obra, por simples
comunicação ao construtor, dando imediata ciência do ato à autoridade
superior.

Art. 102º – Verificada a procedência do embargo, a


autoridade superior far-lhe-á caráter definitivo em auto que mandará
lavrar, no qual fará constar as exigências para que a obra possa continuar.
Parágrafo Único – o embargo somente será levantado
após o cumprimento de todas as exigências consignadas no respectivo
auto.

CAPÍTULO IV
Da Interdição

Art. 103º – A edificação, ou qualquer das suas dependências,


será interditada nos seguintes casos:
I – se for utilizada para fim diverso daquele definido no
projeto;
II – se o proprietário, no prazo que lhe for fixado, não
atender às exigências julgadas necessárias à segurança e salubridade da
edificação.

CAPÍTULO V
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Da Demolição

Art. 104º – A demolição, total ou parcial, será imposta nos


seguintes casos:
I – construção clandestina, entenda-se por tal a que for
feita sem prévia aprovação do projeto ou sem alvará de licença;
II – construção feita sem observância do alinhamento e
nivelamento ou em desacordo com o projeto aprovado;
III – obra julgada em risco, quando o proprietário
não tomar as providências determinadas para a sua segurança;
IV – obra em desacordo com as características do
modelo de assentamento e demais parâmetros urbanísticos definidos na
Lei de Uso e Ocupação do Solo.

TÍTULO VII
Das Disposições Finais

Art. 105º – Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na


aplicação desta Lei serão resolvidos por uma comissão especial composta
por representantes da comunidade indicados pela Câmara Municipal de
Felixlândia, representantes de Associações de Profissionais com registro
no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA-
MG, mediante convênio de cooperação assinado com a Prefeitura
Municipal, e por técnicos da Prefeitura Municipal lotados no órgão
responsável pela aprovação de projetos de edificações e no órgão de meio
ambiente.
Parágrafo Único – a comissão a que se refere o “caput”
deste artigo será regulamentada por Decreto pelo Poder Executivo
Municipal no prazo de 30 (trinta) dias contados a partir da data de
publicação desta Lei.

Art. 106º – Para fins de atendimento à questões relacionadas


a pessoas portadoras de deficiência no âmbito dos assuntos pertinentes
ao Código de Obras, deverá ser observada a NBR 12.255 de dezembro de
1990 e a NBR 9050 de setembro de 1994 e alteração ocorrida em 2004, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, que tratam da
acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a edificações, espaço,
mobiliário e equipamentos urbanos, e da execução de passeios públicos, a
Portaria nº 170 de 20/12/2004 da Secretaria Especial dos Direitos
Humanos, bem como demais exigências decorrentes de legislação
específica no âmbito federal, estadual e municipal.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

Parágrafo Único - À Comissão a que se refere o Art. 105


caberá a atribuição de analisar questões relacionadas com pessoas
portadoras de deficiência para o atendimento do disposto no “caput”
deste Artigo, bem como demais questões relacionadas a casos omissos
sobre esse assunto.

Art. 107º – Os prazos previstos nesta Lei contar-se-ão por dias


corridos.
Parágrafo Único – Não será computado no prazo o dia
inicial e prorrogar-se-á para o primeiro dia útil o vencimento de prazo que
incidir em sábado, domingo e feriado.

Art. 108º – O Prefeito expedirá os decretos, portarias, e


demais atos administrativos que se fizerem necessários à fiel observância
das disposições desta Lei.

Art. 109º – Ficam fazendo parte integrante desta Lei os


seguintes anexos:
I – Anexo I – Tabela de Condições dos Compartimentos;
II – Anexo II – Glossário;
III – Anexo III – Ilustrações.

Art. 110º – Esta Lei entrará em vigor na data de sua


publicação, revogadas as disposições em contrário e a Lei nº 983 de 01 de
julho de 1988.

Mando, portanto, a todos a quem, o conhecimento e


execução desta Lei pertencer, que a cumpram e a façam cumprir, tão
inteiramente como nela se contém.

Prefeitura Municipal de Felixlândia, 18 de fevereiro de 2009.

Valéria Elisa Vieira


Secretária Municipal
Marconi Antônio da Silva
Prefeito Municipal
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

ANEXO I - TABELA DE CONDIÇÕES DOS COMPARTIMENTOS


PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

ANEXO II

GLOSSÁRIO

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas


ACRÉSCIMO – aumento de uma edificação em direção horizontal ou
vertical.
AFASTAMENTO – menor distância entre a edificação e qualquer das
divisas do lote em que se situa.
ALA – parte do edifício que se prolonga de um ou de outro lado do
corpo principal.
ALINHAMENTO – linha divisória entre qualquer terreno e a via ou
logradouro público.
ALVARÁ – documento expedido pela Prefeitura que autoriza a
execução de obras.
ANDAIME – armação auxiliar e provisória de madeira ou metal, com
estrado, sobre a qual trabalham os operários nas construções.
ANDAR – qualquer pavimento situado acima do térreo ou de uma
sobreloja.
APARTAMENTO – unidade autônoma de moradia localizada em
edificação residencial multifamiliar.
ALTURA DA FACHADA - distância vertical, medida no meio da
fachada, entre o nível do meio fio e o nível do ápice da fachada, quando a
construção estiver no alinhamento do logradouro público, ou entre o nível
do ápice da fachada (sempre no meio desta) e o nível do terreno ou
calçada que lhe fica junto, quando a construção estiver afastada do
alinhamento.
ÁREA ABERTA - é aquela que limita com o logradouro público ou
divisa de lote sem edificação, em pelo menos um de seus lados.
ÁREA FECHADA – é a que não se limita com logradouro público nem
com divisa de lote.
ÁREA PRINCIPAL – é a que se destina a iluminar e ventilar
compartimentos de permanência prolonga.
ÁREA SECUNDÁRIA – é a que se destina a iluminar e ventilar
compartimentos de permanência transitória.
BAIXA DE CONSTRUÇÃO – documento expedido pela Prefeitura que
habilita uma edificação ao uso, após o término de sua obra.
BALANÇO – parte ou elemento da edificação que sobressai do plano
de parede.
BEIRAL – Parte da cobertura fazendo saliência sobre a prumada das
paredes.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

CALÇADA – revestimento do piso de faixa de terreno, dentro do


lote, junto às paredes da edificação; faixa pavimentada e completamente
desimpedida, destinada ao uso dos transeuntes nos passeios dos
logradouros públicos.
CASAS GEMINADAS – reunião de duas unidades residenciais, com
pelo menos uma de suas paredes em comum, formando conjunto
arquitetônico único.
CIRCULAÇÃO – compartimento de uma edificação destinado à
movimentação das pessoas entre outros compartimentos ou entre
pavimentos (corredor, escada).
COBERTURA – elemento de coroamento da construção destinado a
proteger as demais partes componentes.
COMPARTIMENTO – cada uma das divisões dos pavimentos de uma
edificação; cômodo.
CONJUNTO RESIDENCIAL – grupo de edificações residenciais
unifamiliares e ou multifamiliares, cujos projetos são aprovados e
construídos conjuntamente em áreas urbanizadas especificamente para
esta finalidade.
CONSERTOS – obras de substituição ou reparo de partes
deterioradas de elementos de um edifício.
DECLIVIDADE – inclinação de rampas dada pela relação percentual
entre a diferença de altura de dois pontos e a sua distância horizontal,
representada pela fórmula:
d = h/1 100,00; onde: d: declividade da rampa AB (na figura do Anexo III),
em percentagem;
h: diferença de altura de dois pontos A e B; 1: distância horizontal entre os
pontos A e B.
DEPENDÊNCIA – construção isolada, ou não, do edifício principal,
sem formar unidade de habitação independente.
DIVISA – é a linha que separa o lote das propriedades confinantes.
EDIFICAÇÃO – casa, edifício, construção destinada a abrigar
qualquer atividade humana. Classificam-se de acordo com as categorias
de uso: residencial, industrial, comercial ou de serviços, institucional e
misto.
EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR – aquela destinada à
habitação permanente; corresponde a uma unidade residencial por lote
ou conjunto de lotes.
EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR OU COLETIVA – aquela
que corresponde a mais de uma unidade residencial agrupadas horizontal
ou verticalmente e construída em um lote ou conjunto de lotes.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

EMBARGO – ato administrativo municipal que determina a


paralisação de uma obra.
EMPACHAMENTO – ato de obstruir ou embaraçar espaço destinado
a uso público.
ESPECIFICAÇÃO – descrição das características de materiais e
serviços empregados na construção.
FACHADA – qualquer face externa da edificação.
FACHADA PRINCIPAL – é a que está voltada para via pública. Se o
edifício tiver mais de uma fachada dando para logradouro público, a
principal será a que der frente para o logradouro mais importante.
FRENTE OU TESTADA – divisa do lote que coincide com o
alinhamento do logradouro público.
FUNDO DO LOTE – lado oposto à frente. Os lotes triangulares e os
de esquina não têm divisa de fundo.
GALERIA COMERCIAL – conjunto de lojas cujo acesso e ligação com
a via pública se faz através de circulação coberta.
GALPÃO – construção com cobertura e sem forro, fechada total ou
parcialmente, em pelo menos três de seus lados, por meio de paredes ou
tapumes, destinada a fins industriais ou depósitos, não podendo servir de
habitação.
GREIDE – do inglês “grade” – série de cotas que caracterizam o
perfil de uma via, definindo as altitudes de seus diversos trecho; perfil
longitudinal de uma via.
HABITAÇÃO – edifício ou parte de um edifício que se destina à
residência.
HABITAÇÃO COLETIVA – edifício ou parte de edifício que serve de
residência permanente a mais de uma família ou a pessoas diversas.
HABITAÇÃO UNIFAMILIAR – aquela que é ocupada por uma só
pessoa ou uma só família.
HABITE-SE – documento expedido pela Prefeitura que habilita
qualquer edificação ao uso.
INSTALAÇÃO SANITÁRIA – compartimento de qualquer tipo de
edificação destinado à higiene pessoal.
LOGRADOURO PÚBLICO – área destinada ao uso e trânsito públicos.
LOJA – compartimentos de uma edificação destinado às atividades
relativas aos usos comercial e de serviços.
LICENCIAMENTO DE OBRA – ato administrativo municipal que
concede licença e prazo para início e término de uma obra.
LINDEIRO – limítrofe. Que se limita com.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

LOTE – parcela de terreno com frente para logradouro público, com


divisas definidas em documento aprovado pela Prefeitura e em condições
de receber edificação.
MARQUISE – cobertura saliente na parte externa das edificações.
MEIO-FIO – elemento de definição e arremate entre o passeio e a
pista de rolamento de um logradouro.
MURO – elemento construtivo que serve de vedação de terrenos.
NIVELAMENTO – regularização de terreno por desaterro das partes
altas e enchimento das partes baixas. Determinação das diversas cotas e,
consequentemente, das altitudes de linha traçada no terreno.
PASSEIO – parte destacada do logradouro público destinada ao
trânsito de pedestres.
PATAMAR – piso intermediário entre dois lances de escada.
PAVIMENTO – cada um dos pisos ou planos horizontais superpostos
de uma edificação, podendo cada um deles te um ou mais
compartimentos.
PAVIMENTO TÉRREO – é aquele cujo piso corresponde ao nível mais
baixo do terreno circundante.
PÉ-DIREITO – distância vertical entre o piso e o teto ou forro de um
compartimento.
PISO – superfície plana, não vertical, com característica que propicie
tráfego.
PISTA DE ROLAMENTO – parte destacada do logradouro público
destinada preferencialmente ao trânsito de veículos
PORÃO – espaço situado entre o terreno e o assoalho de uma
edificação, ou, ainda, compartimento de uma edificação com o piso
situado, no todo ou em parte, em nível inferior ao do terreno circundante.
RECUO – distância ente o limite externo da edificação e a testada do
lote.
REFORMA – obras de reparo, conserto e modificação, destinadas a
colocar uma edificação em bom estado.
SOBRELOJA – parte elevada da loja caracterizada pelo piso
sobreposto ao da loja e pé-direito reduzido.
SUBSOLO – pavimento ou cômodo de uma edificação situado
inteiramente em nível inferior ao do térreo circundante.
TAPUME – vedação provisória dos canteiros de obra visando o seu
fechamento e a proteção de transeuntes.
TESTADA – divisa do lote ou da edificação com o logradouro público,
que coincide com o alinhamento.
TETO – plano superior interno de um compartimento.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

USO DO SOLO – apropriação do solo, com edificação ou instalação


destinada às atividades urbanas, segundo as categorias de uso definidas
pela Lei de Uso e Ocupação do Solo.
VERGA – parte superior dos vãos de uma edificação. Viga que
sustenta as cargas da parede acima dos vãos, distribuindo-as em suas
laterais.
VISTORIA – exame efetuado por pessoal técnico da Prefeitura a fim
de verificar condições de uma edificação ou obra.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

ANEXO III

ILUSTRAÇÕES
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA
PREFEITURA MUNICIPAL DE FELIXLÂNDIA

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