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Baleia-jubarte

A baleia-jubarte (nome científico: Megaptera novaeangliae), também conhecida como baleia-


corcunda ou baleia-cantora, é um mamífero marinho que ocorre na maioria dos oceanos. Ela é da
ordem dos cetartiodactylos, subordem dos cetáceos e infraordem dos misticetos. É uma das
maiores espécies rorquais, cujos adultos medem em média 12 a 16 metros e podem pesar de 35
a 40 toneladas. Os machos da espécie medem de 15 a 16 metros; as fêmeas, de 16 a 17,sendo
que o maior exemplar já visto possuía 19 metros. Quando salta, elevando seu corpo quase
completamente para fora d’água, por alguns segundos ela parece querer vencer a gravidade e
alçar voo. Neste momento, suas longas nadadeiras peitorais, que chegam a medir até 1/3 de seu
comprimento total, poderiam ser comparadas às asas de um pássaro. Esta é a origem do nome
Megaptera, que em grego antigo significa “grandes asas”, enquanto "novaeangliae" fala do
primeiro local onde foi registrada a espécie, Nova Inglaterra. É conhecida por seus
comportamentos aéreos e outros mais realizados na superfície, o que as torna popular no turismo
de observação de baleias. Machos produzem cantos complexos que duram de 10 a 20 minutos
com a finalidade de atrair as fêmeas para acasalar.

Baleias-jubarte migram mais de 25 mil quilômetros a cada ano das áreas de alimentação para as
de reprodução. Elas só se alimentam no verão em águas polares e migram para os trópicos e sub
trópicos para acasalar e ter seus filhotes no inverno e primavera. Sua dieta consiste de krill e
peixes pequenos. Jubartes têm um vasto repertório de estratégias de pesca, incluindo a técnica
de redes de bolhas.

Como as outras grandes baleias, essa espécie foi ameaçada pela caça industrial. Elas foram
caçadas até a beira da extinção quando as populações foram reduzidas em 90% antes da
moratória de 1966. As estimativas do número de indivíduos são em cerca de 80 mil exemplares.
Mesmo com o fim da caça comercial, as baleias ainda sofrem com várias ameaças: emalhamento
em redes de pesca, colisão com embarcações e poluições.
Distribuição geográfica e habitat
A baleia-jubarte pode ser vista em todos os oceanos, sendo que há quatro populações
reconhecidas no mundo: Pacífico Norte, Atlântico, Oceano Sul e Oceano Indiano. Estas
populações são distintas e, geralmente, indivíduos não atravessam a Linha do Equador,
permanecendo no Hemisfério Norte ou Sul, havendo raras exceções.

É uma espécie migratória, que passa os verões nas águas frias em áreas temperadas e polares e
que se reproduz em climas tropicais ou subtropicais. Percorrem distâncias de mais de 25.000 km
ao ano, sendo recordistas entre os mamíferos. Como exceção, as populações do Golfo Pérsico
não são migratórias e permanecem em suas águas quentes o ano todo. Não há jubartes no Mar
Báltico, nem no Oceano Ártico, nem na parte mais oriental do Mediterrâneo.

Essa baleia é observada em áreas costeiras e da plataforma continental ao longo de sua


distribuição mundial, atravessando frequentemente regiões profundas durante a sua migração
anual. No Hemisfério Sul, geralmente, alimentam-se na Antártica, em águas ao redor das Ilhas
Geórgia do Sul e Sanduíche do Sul, no verão e outono. E, no inverno e primavera, migram para
as áreas de acasalamento e nascimento de filhotes em regiões tropicais e subtropicais,
geralmente associadas a ilhas, sistemas coralinos ou costas continentais.
No Brasil, pesquisas aéreas mostraram que sua distribuição nas águas da costa é registrada do
Rio Grande do Sul até o Piauí, sendo que o Banco de Abrolhos na Bahia é o maior habitat de
reprodução da espécie no Oceano Atlântico Sul ocidental.

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