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CURSO SOBRE O USO DE

CÂMERAS CORPORAIS
NO TRABALHO POLICIAL
Do programa de
Capacitação em Mídias
Digitais e Tecnologias
no Trabalho Policial
RESUMO

1. Justificativa 3

2. Objetivo geral 3

3. Objetivos específicos 4

4. Currículo e Carga horária 5

5. Cronograma de atividades 5

6. Perfis de entrada e saída do participante 6

7. Metodologia de ensino 7

8. Aprendizado das atividades 7

9. Tarefas 8

10. Atividades de avaliação 8

11. Recursos e materiais a serem usados 9

12. Requisitos básicos 9

13. Políticas de avaliação 9

14. Instrutores 10

15. Bibliografia 12
1. JUSTIFICATIVA
Considerando o debate crescente sobre os impactos do uso de câmeras cor-
porais no trabalho policial, e a partir das experiências concretas levadas a
cabo pelas Polícias Militares de São Paulo (PMSP), Santa Catarina (PMSC) e
Rondônia (PMRO), a Escola de Segurança Multidimensional (ESEM) do Insti-
tuto de Relações Internacionais (IRI) da Universidade de São Paulo (USP),
com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, promoverá o 1o
curso do Programa de Capacitação em Mídias Digitais e Tecnologias no Tra-
balho Policial, o Curso sobre Uso de Câmeras Corporais no Trabalho Policial.

Embora o uso de câmeras corporais não seja algo novo no trabalho policial,
visto que países como Canadá, Estados Unidos da América (EUA) e Reino
Unido já empregam essa tecnologia há alguns anos, no Brasil esse tema tem
ganhado destaque mais recentemente. Hoje, ele está em pauta no país e há
diversos projetos em âmbito estadual para implementar esse uso.

A fim de contribuir para o debate nacional sobre esse tema, a ESEM desen-


volveu um curso com cinco aulas que buscam informar e ampliar o debate
sobre os aprendizados e desafios do uso de câmeras corporais no trabalho
policial no Brasil.

2. OBJETIVO GERAL
O Curso sobre Uso de Câmeras Corporais no Trabalho Policial objetiva apre-
sentar como as câmeras corporais estão sendo introduzidas no trabalho poli-
cial no Brasil. A partir de relatos de profissionais que estiveram envolvidos(as)
no início desse processo, bem como pesquisas científicas, os estudantes
poderão identificar os aprendizados e desafios da incorporação dessa tecno-
logia no trabalho cotidiano dos policiais. A apresentação de conceitos teóri-
cos a partir de casos concretos permitirá aos estudantes avaliar os impactos
do uso de câmeras corporais no trabalho policial.

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3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar relatos de agentes relacionados diretamente com a implementa-
ção desse recurso no território nacional, de modo a refletir a realidade dos
processos que envolvem a Segurança Pública brasileira.

Familiarizar os estudantes com dados e resultados de pesquisas que


foram desenvolvidos a partir de evidências científicas e pesquisa metodológi-
ca rigorosa.

Capacitar os estudantes a identificar os principais aprendizados e desa-


fios da incorporação de câmeras corporais no trabalho policial a partir da
exposição de dados e pesquisas realizadas nos últimos cinco anos no Brasil
e no exterior.

Capacitar os estudantes a avaliar os impactos do uso de câmeras corporais


no trabalho policial no Brasil.
Incentivar a discussão dentro e fora das Instituições de Ensino Superior
sobre o futuro da tecnologia no trabalho policial.

Criar um canal de diálogo entre a Universidade e os Agentes de Segu-


rança Pública, visando a difusão e troca de informações e perspectivas
diversas sobre o tema.

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4. CURRÍCULO E CARGA HORÁRIA
Aulas Carga Horária Carga Horária Carga Horária Carga Horária
Conteúdo
(em minutos) (tarefas) (leituras) (total) Total do Curso

A História do Uso de
30 30 60 120
Câmeras

Aprendizados e Desafios do
Uso de Câmeras Corporais 30 30 60 120
no Trabalho Policial

O Caso de
Implementação no 30 30 60 120
Estado de São Paulo
O Uso das 10h
Câmeras Os Resultados da
Corporais Implementação em 30 30 60 120
pelas São Paulo
Polícias
O Uso do Método
Científico no Trabalho 30 30 60 120
Policial

Os Casos de Implementação
nos estados de Santa 30 30 60 120
Catarina e Tocantins

5. CRONOGRAMAS DE ATIVIDADES
O curso está planejado para ser realizado em até quatro semanas, com carga
horária total de 10 horas e com início no dia 27 de abril de 2023. As ativida-
des são divididas entre a visualização de videoaulas, a realização de leituras
complementares e respostas aos questionários avaliativos.

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6. PERFIS DE ENTRADA E SAÍDA
DAS(OS) ALUNAS(OS)
Perfil de Entrada: Agentes brasileiros de Segurança Pública (Policiais civis,
militares, Polícia Rodoviária, Agentes de Inteligência e Fiscalização, Polícia
Penal, Agentes do Poder Judiciário, etc.).

Perfil de Saída: As competências desenvolvidas elevarão o nível de conhe-


cimento dos estudantes sobre o uso das câmeras corporais. A aplicabilidade
prática deste curso se traduz na capacidade dos estudantes compreenderem
de forma ampla os impactos do uso de novas tecnologias no trabalho policial
cotidiano e na gestão de informações de forma mais eficiente, efetiva e eficaz.

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7. METODOLOGIA DE ENSINO
A metodologia utilizada no curso será a Aprendizagem Baseada em Proble-
mas (ABP), ou Problem-Based Learning (PBL), que apresenta e discute con-
ceitos teóricos a partir de casos e problemas concretos enfrentados pelos
estudantes na vida real. O objetivo dessa metodologia é mobilizar os estudan-
tes a propor soluções para o problema, o que aumenta seu engajamento e a
absorção do conteúdo. Essa metodologia também possibilita mais facilmente
que o(a) estudante utilize os conhecimentos construídos em sua prática pro-
fissional.

Para tanto, as aulas serão conduzidas a partir de casos empíricos relatados


por profissionais da área de Segurança Pública sobre os aprendizados, desa-
fios e impactos do uso de câmeras corporais no trabalho policial no Brasil.

As aulas individuais serão formatadas de acordo com o modelo de aprendiza-


gem micro-learning, que consiste em vídeos curtos, entre 5 e 10 minutos,
intercalados por questões de fixação do conteúdo. Os vídeos e os exercícios
criam uma trilha de conhecimento que possibilita aos estudantes empregar os
conceitos logo após terem sido estudados, o que promove um aprendizado
dinâmico.

8. APRENDIZADO DAS ATIVIDADES


O ensino do conteúdo será dividido em três categorias, quais sejam:

Aulas gravadas com especialistas sobre o uso de câmeras corporais pelas


forças policiais tanto de um ponto de vista acadêmico quanto de um ponto de
vista operacional.

Exercícios de fixação serão oferecidos entre as aulas para que os estudan-


tes possam trabalhar de maneira dinâmica e imediata os conceitos que foram
apresentados.

Após as aulas, serão oferecidos aos estudantes questões que conectem os


diferentes temas abordados com o objetivo de causar a reflexão de como o
conteúdo está relacionado à sua prática profissional.

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9. TAREFAS
O curso terá um conjunto de tarefas que devem ser realizadas pelos estudan-
tes e consistem basicamente em: i) assistir a videoaulas; ii) responder aos
questionários avaliativos; iii) realizar as leituras obrigatórias recomendadas
para cada uma das aulas; e iv) participar das atividades síncronas, como os
seminários especiais (não obrigatória).

10. ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO


A avaliação do estudante será baseada na visualização e finalização das
trilhas de conhecimento disponibilizadas para cada aula.

As atividades não-obrigatórias auxiliam para que os estudantes tenham uma


compreensão mais completa do conteúdo. Por isso, recomendamos forte-
mente a participação de todos.

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11. RECURSOS E MATERIAIS
A SEREM UTILIZADOS
Conteúdos audiovisuais divididos no decorrer de cinco aulas videoaulas
com duração de 3 a 5 minutos

Recomendação de leituras de artigos e livros que serão disponibilizados


na plataforma Beedoo.

Tutoriais sobre como operar a plataforma de ensino, acessar os materiais,


assistir às aulas e fazer as avaliações.

Monitoria oferecida por tutores para ajudá-los com questões acadêmicas


sobre o curso.

Canal de Atendimento/Sessões de Plantão de Dúvidas: a serem ofereci-


das ao longo do curso pela plataforma de ensino, e-mail e WhatsApp.

12. REQUISITOS BÁSICOS


O curso será ofertado de maneira 100% remota (online) e utiliza uma metodo-
logia de ensino na qual as atividades são organizadas dentro de uma Plata-
forma Virtual ESEM. Sendo assim, o(a) estudante deve ter alguns requisitos
básicos que precisam ser atendidos para que sua participação no curso seja
proveitosa:

Dispositivo móvel e/ou portátil (celular, notebook, computador)

Conexão com a internet

13. POLÍTICAS DE AVALIAÇÃO


O(a) estudante receberá o seu certificado USP caso complete 75% das aulas.
O(a) estudante aprovado receberá o seu certificado USP no prazo de 30 dias.

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14. INSTRUTORES
Leandro Piquet Carneiro
Coordenador da Escola de Segurança Multidimensional. É
professor do Instituto de Relações Internacionais da Univer-
sidade de São Paulo. Foi anteriormente professor do Depar-
tamento de Ciência Política da USP e pesquisador visitante
do Taubman Center for State and Local Government da
Kennedy School of Government, Harvard University, 2007-
-2008. É membro do Conselho da Cidade do Rio de Janeiro
e do Conselho Gestor da Segurança Pública do Estado de
São Paulo. Foi coordenador do Conselho Consultivo do Pro-
grama Brasília Vida Segura (2017-21) e fez parte do Núcleo
de Assuntos Estratégicos do governo do Estado de São
Paulo (2013-14). Coordena a Escola de Segurança Multidi-
mensional, programa de formação profissional continuada
para as áreas de segurança e defesa da Universidade de
São Paulo.

Joana da Costa Martins Monteiro


Professora de políticas públicas na FGV/EBAPE. É doutora
e mestre em economia pela PUC-Rio, bacharel em econo-
mia pela UFRJ e foi pesquisadora visitante da Universidade
de Columbia (2021-2022) e Universidade de Harvard (2009-
-2012). Joana é especialista em avaliação de políticas públi-
cas e suas pesquisas buscam qualificar problemas públicos
e avaliar o impacto de ações do governo, especialmente na
área de segurança pública e justiça criminal. É coordenado-
ra do Centro de Ciência Aplicada à Segurança Pública
(CAAS), unidade da FGV dedicada à produção de conheci-
mento científico em Segurança Pública e que trabalha em
colaboração direta com o Setor Público para desenhar,
testar e implementar programas e políticas baseadas em
evidências. Trabalhou por seis anos em cargos de confiança
no governo como Diretora-Presidente do Instituto de Segu-
rança Pública (2015-2018) e como coordenadora do Centro
de Pesquisa do Ministério Público do Rio de Janeiro (2019-
-2020).

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14. INSTRUTORES
Tânia Pinc
É pesquisadora associada da Escola de Segurança Multidi-
mensional, doutora e mestre em Ciência Política pela Uni-
versidade de São Paulo. Trabalhou por vinte e cinco anos na
Polícia Militar do Estado de São Paulo, é Major da Reserva
e foi primeira colocada de turma no Curso de Formação de
Oficiais e no Curso de Formação de Sargentos. Pinc foi pes-
quisadora visitante da Universidade do Texas em Austin,
fellow do Drug, Security and Democracy Program do Social
Science Research Council e Brazil Country Expert para o
Varieties of Democracy (V-Dem) Project, da Universidade de
Gothenburg. Recebeu o reconhecimento da ONU “Force of
Change II” como contribuição das mulheres da América
Latina e Caribe para o desarmamento. Atuou como pesqui-
sadora e consultora em diversos projetos do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento, em parceria com o
Ministério da Justiça e Conselho Nacional de Justiça.
Desenvolve pesquisas sobre questões relacionadas à polí-
cia e ao desempenho policial, com ênfase na perspectiva da
política pública. Recentemente vem introduzindo no Brasil
uma nova linha de pesquisa sobre os efeitos do estresse
psicofisiológico e do biofeedback de variabilidade da frequ-
ência cardíaca na saúde e no desempenho policial.

Robson Cabanas Duque


Coronel da Reserva da Polícia Militar do Estado de São
Paulo. Exerceu funções diversas, como Comandante do
37ºBPM/M, Comandante do Comando de Policiamento de
Área Metropolitana, Chefe do Centro de Comunicação
Social e Diretor do Departamento de Polícia Comunitária e
Direitos Humanos. Foi Gerente de Projeto da Implantação
das Câmeras Corporais na PMESP

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14. INSTRUTORES
Moisés Mecena Barbosa Neto
É bacharel em Segurança Pública pela Academia de Polícia
Militar Tiradentes/UNITINS (2006).Graduado em Direito pela
Universidade Federal do Tocantins - UFT (2009). Pós-gra-
duado em Gestão Pública MBA pela Universidade Estadual
do Tocantins - UNITINS (2007). Pós-graduado em Docência
do Ensino Superior pela Universidade Estadual do Tocantins
- UNITINS (2010). Tenente-Coronel do Quadro de Oficiais
Policiais Militares da PMTO.

Gildásio da Silva Aires


É graduado em Tecnologia em Processamento de Dados
pela Universidade do Tocantins - UNITINS (2001). Bacharel
em Segurança Pública pela Academia de Policia Militar Tira-
dentes/Unitins (2010). Major do Quadro de Oficiais Policiais
Militares da PMTO.

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15. BIBLIOGRAFIA
Barbosa, D., Fetzer, T., Souza, P. C., and Vieira, C. De-escalation technology:
the impact of body-worn cameras on citizen-police interactions. 2021. [Down-
load PDF]

Braga, A. A., Sousa, W. H., Coldren Jr, J. R., and Rodriguez, D. The effects of
body-worn cameras on police activity and police-citizen encounters: A rando-
mized controlled trial. J. Crim. L. & Criminology, 2018, 108:511. [Download
PDF]

Cabanas, R. . A Câmera de gravação de vídeo individual como estratégia


para o incremento da transparência e legitimidade das ações policiais e afir-
mação da cultura profissional: uma proposta de sistematização na Polícia
Militar do Estado de São Paulo. Polícia Militar do Estado de São Paulo, Aca-
demia de Polícia Militar do Barro Branco. Tese de Doutorado. Volume I. São
Paulo, 2017.

Kim, T. Facilitating police reform: Body cameras, use of force, and law enfor-
cement outcomes. Use of Force, and Law Enforcement Outcomes. Outubro
23, 2019. [Download PDF]

Lum, C., Stoltz, M., Koper, C. S., and Scherer, J. A. Research on body-worn
cameras: What we know, what we need to know. Criminology & public policy,
2019, 18(1):93–118. [Download PDF]

Monteiro, J., Piquet, L. C., Fagundes, E., Guerra J. Avaliação do Impacto do


Uso de Câmera Corporal pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, Outu-
bro, 2022. [Download PDF]

Williams Jr, M. C., Weil, N., Rasich, E. A., Ludwig, J., Chang, H., and Egrari,
S. Body-worn cameras in policing: Benefits and costs. 2021. [Download PDF]

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com apoio do

MINISTÉRIO DA
JUSTIÇA E
SEGURANÇA PÚBLICA

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