Você está na página 1de 3

Kojoda

Para os povos do culto da Nigéria (yoruba), o calendário seguido é chamado de


kojoda - ki òjó da (que o dia seja claro). E o início deste ciclo é explicado
pelo odú ifá (caminhos da luz) òtúrùkpòn-òtúrá.

Alákonèrí (um sonho que não tem testemunha), o divinador de alárá.


Fez uma divinação para Orúnmilà Ifá que foi implorar pela luz do dia para que
assim pudesse ter domínio sobre o Sol.

Disseram lhe para oferecer caracóis, galinhas, cabras (todos na quantidade de


16) e mais 3.200 búzios. Òrúnmilà então assim o fez.
Então Olódúnmarè (Deus) o disse que ele não poderia ter controle sobre a luz
do dia, mas o deixaria saber o nome dos dias e as atitudes que são muito
satisfatórias para se ter nestes dias.

Logo já podemos avaliar que tudo em nossa cultura não é feito de qualquer
forma ou somente porque tem intuição, então:

Òríşà n lá foi o primeiro a escolher um dia - ekù oşè osà (Obátanlà dividiu este
dia com Egùngùn, e permitiu que também as Iyámi, Eşù, as Egbés, Okò,
Osàníyn, Edán e a sociedade Ogbòní) fossem cultuados neste primeiro dia.
Obs.: claro que sabemos que aí se encharca todos os conceitos de Funfun e
sua família.

Então neste dia reverenciamos os nossos ancestrais com oferendas, rezas,


oriki e evocações apresentando nossos pedidos.
Logo, quem cultua os Egbé, Obátàlá, Okó, Edan e a sociedade Ogboni
realizam seus ritos de acordo o que lhe foi ensinado no tradicional.
Logo se lava cedo com folhas ou sabão preparado para o mesmo, lava seus
ojubo se assim lhe é ensinado e prepara suas oferendas com obi, Orobó, atare
gin e etc...

Òrúnmilà Ifá o segundo dia ekù oşe ifá (ifá permitiu em que seu dia fosse
cultuado Olóòkún, Yémojà, Osùn seus familiares e Orí (cabeça). Segundo dia.
Logo quem tem işefa, itéfá ou é iniciado em Olókun, Yemoja, Oşun e tem seu
Opa Osun realiza seus ritos de acordo com sua egbe. Também quem tem sua
ojubo Ori realiza seus ritos e em casos especiais realiza oferendas a Orí.
Logo Ògun escolheu o terceiro dia - ekù oşe ògun (se estabeleceu o culto aos
odé (caçadores) Ogun, Oşoosi, Erínlè, Otín...) terceiro dia. Logo Ogun é o
chefe dos caçadores, ou seja, Òólogun...

Sàngó escolheu o quarta dia - ekù oşè jákùtá (permitiu apenas o culto a Oyá).
Quarto dia.

E assim estes se tornaram os 4 dias para os Òlóosà (adoradores - cultuadores)


de Òrísà em terras yorubá.
Mas falava-se que os mais velhos (nossos pais) cultuavam òrísà a cada 5 dias.
Observem os pontos cardeais (Norte, Sul, Leste, Oeste), 4 são os principais
elementos da natureza,( fogo, água, terra, ar.), 4 são os tempos de um dia,
(madrugada, manhã, tarde, noite). 4 são os ciclos da lua, (cheia, minguante,
nova, crescente.) 4 são as estações do ano (verão, outono, primavera,
inverno).
E o 5??? Observem uma estrela de 5 pontas, ( )que remete ao símbolo da
magia e é desde que se saiba usar, mas sua função seja para esta ou outra
finalidade é representar o homem.( ) 4 são suas pontas e uma o centro,
exatamente a individualização do ser humano (reparem que parece o desenho
de um homem de braços e pernas abertas). Seria então o suposto quinto dia o
dia do homem e os 4 demais os dias das divindades.
O quinto dia então surge para unificar os dias de mercado (homem adquiri valor
através da troca) comércio de todas as cidades ou terras originárias de Ilé Ifé
(cidade de origem da humanidade).

Òrúnmilá cria então mais três dias para dar descanso e auxiliar o homem com
a sua necessidade de atividades, chamado ‘os dias de descanso’.

Surgem então os seguintes dias:


Ojo aíkú ou Isínmi - (dia da imortalidade): Onde o homem procura alcançar
sua saúde e virilidade, vida longa.
Domingo é o dia do descanso, o dia que foi enterrada a mãe (carnal) de Èsù
(Imi - Adin). Neste dia o ser humano pediu a imortalidade a Orúnmilá e ele se
recusou a fazer o ebó, desta forma, Orúnmilá ficou sem poder para dar a
imortalidade ao ser humano e ficou determinado que todos teriam que morrer.
Porém, ele ainda é capaz de evitar a morte prematura através de suas
medicinas e sacrifícios (ebó). Entre estas está a iniciação e aos awo ifa o
símbolo está na ide e ileke ifa.

Ojo ajè - (dia da riqueza): Segunda-feira é o dia para homenagear a riqueza.


Dia de juntar todas as divindades na terra. Dia de negócios e finanças, mas
que não deve-se falar de dívidas para evitar a má sorte. É dia de conquistas.
Neste dia eu rezo muito para Ajè me trazer riquezas e negócios.

Ojo isègún - (dia da vitória): Terça-feira o dia das realizações pessoais.


Onde eu procuro falar de vitórias e planejo os meus objetivos ou revejo alguns.

Ojo riru / ru - (dia do abre a porta e sai - trabalho): Quarta-feira o dia da


confusão. O dia em que as Iyá vieram para a terra para relatar ao homem o seu
compromisso com as divindades e reclamar da sua arrogância. Dia tenso! Aqui
é o dia em que todas as semanas o homem deve reconciliar com elas e cuidar
que não mantenha o erro daí vem as doenças.

Ojo bo - (dia do retorno do sol para seu curso): Quinta-feira o dia que foi
criado os dias da semana e então os ancestrais vem visitar os seus familiares.
Aqui é ótimo desde que esteja alinhado à honestidade.

Ojo etí - (dia da disputa ou dificuldades): Sexta-feira o dia do adiamento,


aconselha-se tomar cuidado em qualquer atividade para não haver imprevistos.
É daí a lenda que é o dia para se guardar e não fazer nada! Mas reparem que
nada tem haver com Òrísàn'lá. Esta foi a interpretação dada pelo homem e
seguida pelos demais como papagaio, pois não sabem o motivo.
Ojo abámetá – (dia de 3 desejos e maravilhas): Sábado possui exatamente
a mesma condição do dia anterior, mas daí virou dia de festa (falta de
conhecimento é complicado) mas deve-se tomar cuidado.

Você também pode gostar