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CONCEITO DE RELIGIÃO
COLONIZAÇÃO
A colonização não é apenas uma conquista militar e econômica, mas algo que
transforma profundamente a vida das pessoas. Para os argelinos, foi como uma
revolução que mexeu com suas crenças, ideias e modo de viver. Toda uma nação, que
não estava pronta para isso, teve que se adaptar rapidamente ou enfrentar problemas
sérios. Isso causou um desequilíbrio tanto moral quanto material, que poderia levar à
completa desintegração (Hernandez, 2005). Conforme Hernandez, essas ideias mostram
como a perda da independência e liberdade devido à alienação da soberania levou as
comunidades locais a resistir contra o governo colonial francês. Um exemplo disso foi a
guerra liderada por Abd-al-Qadir, que durou de 1834 a 1847 e foi encerrada por um
grande exército francês. Isso demonstra o quão importante a soberania era para muitas
sociedades africanas, indo além do simples poder político.
Hernandez ainda cita em sua obra, que é importante notar que a cristianização na África,
seja pelos católicos ou pelos protestantes, tinha três objetivos comuns. Primeiro,
queriam que os africanos adotassem não só o cristianismo, mas também os valores da
cultura europeia. Em segundo lugar, ensinavam a ideia de separar a parte espiritual da
vida diária, o que ia contra a tradição africana que via a vida e a religião como uma
coisa só. Por fim, opunham-se aos rituais sagrados locais, enfraquecendo a influência
dos líderes tradicionais africanos.
Para entender como isso afetou as pessoas, é crucial considerar a reação dos africanos,
que muitas vezes resistiam abertamente ou secretamente às proibições dos missionários
e mantinham seus rituais tradicionais. Além disso, alguns adotavam uma abordagem
sincretista, misturando elementos das crenças locais com a nova fé cristã.
Assim, é relevante enfatizar que a reação religiosa desempenhou um papel forte nos
movimentos de resistência na África, especialmente entre 1880 e 1914. Em outras
palavras, quando a colonização causava problemas, a religião, de diferentes maneiras,
ajudava as pessoas a ficarem conscientes, a se organizarem para protestar e se tornava
uma forma de oposição.
Cardoso ainda cita que inicialmente, a escravização de indígenas foi adotada como
prática e embora fossem uma opção mais econômica em comparação com os africanos,
os povos nativos apresentavam desafios significativos para seus senhores. Além do mito
infundado de que a cultura indígena era incompatível com o trabalho árduo exigido
pelos europeus - uma noção sem respaldo em qualquer cultura -, a resistência indígena
era notável, uma vez que estavam mais familiarizados com a terra, o que facilitava
rebeliões e fugas. Assim, a transição da escravidão indígena para a africana ocorreu, o
que fez com que o tráfico de escravos africanos se tornasse um empreendimento atrativo
e lucrativo, emergindo como uma significativa fonte de acumulação de riqueza.
A chegada dos povos africanos em solo brasileiro veio acompanhada de suas raízes
religiosas, como a Umbanda e o Candomblé. Essas práticas incluíam a veneração de
ancestrais, o contato com espíritos, danças e música. A Umbanda e o Candomblé são
religiões que se destacam pelo sincretismo religioso e sua capacidade de unir diferentes
tradições espirituais em uma única prática religiosa. Sua história é repleta de influências
culturais e religiosas que a tornam uma das religiões mais distintas e vibrantes do Brasil.
UMBANDA
CANDOMBLÉ