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Análise
ao Sector
Bancário
Angolano
Outubro 2014
kpmg.co.ao
KPMG ANGOLA
OUTUBRO 2014 l ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO 3
Índice
2. Enquadramento Macroeconómico 7
5. Principais Conclusões 59
6. Dados Financeiros 61
OUTUBRO 2014 l ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO 5
1. Breve Descrição
da Metodologia
do Estudo
Fonte: BNA
(1) Banco intervencionado pelo BNA em Agosto de 2014 e que entretanto foi
redenominado para Banco Económico. À semelhança de outras Instituições
sujeitas a Relatórios de Auditoria com reservas, e em benefício da
comparibilidade da informação, não foi excluído do presente estudo.
6 ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO l OUTUBRO 2014
2. Enquadramento
Macroeconómico
biénio 2011-2012.
bem como no Médio Oriente. continuarão a ser afectadas pelo
Em termos globais, o FMI estima desempenho das economias mais
que a Economia global cresça Em resultado destes factores, as
desenvolvidas e por dificuldades
cerca de 3,3% e 3,8% em 2014 e economias em desenvolvimento
na execução de políticas de
2015 respectivamente. foram afectadas por um
crescimento sustentáveis,
decréscimo da procura externa e
Os principais factores para uma juntamente com alguma
por um menor crescimento do
revisão em baixa das perspectivas deterioração das condições de
investimento.
de crescimento relacionam-se em financiamento e de atractividade
grande medida com a Apesar desta revisão, os principais do investimento estrangeiro.
desacelaração do crescimento vectores de crescimento para
Para a região da África Subsariana,
económico nas economias mais 2014 e 2015 continuam em vigor,
o FMI estima uma evolução
desenvolvidas, a diminuição da nomeadamente, a moderação nas
positiva não só para os países
procura interna nessas mesmas medidas de consolidação
exportadores de petróleo mas
economias (e.g.: Japão) e em orçamental e políticas monetárias
também para os países de baixo
economias emergentes (e.g: expansionistas por parte das
rendimento, suportado pelo forte
Brasil, China), e o aumento do economias mais desenvolvidas.
investimento em infra-estruturas
risco geopolítico derivado da Relativamente às economias em e projectos de exploração de
situação entre a Rússia/Ucrânia, desenvolvimento, estas recursos naturais.
8 ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO l OUTUBRO 2014
3. Análise do Sector
Bancário em Angola
Transacções em ATM
Meios de pagamento e novos
canais de distribuição
O ano de 2013, em análise neste
estudo, registou mais uma vez
uma evolução positiva ao nível da
utilização dos meios de
pagamento e dos novos canais
electrónicos, como forma de
acesso às principais operações
bancárias.
É visível o investimento que as
Instituições Financeiras continuam
a fazer em canais de distribuição
não presenciais, para os seus
produtos e serviços, procurando
Fonte: EMIS dar aos seus Clientes uma maior
comodidade e flexibilidade,
salvaguardando a segurança e a
Transacções em TPA confidencialidade das operações.
Apesar deste esforço e vontade,
que deverá continuar, o
atendimento presencial é ainda
um factor distintivo e muito
procurado pelos Clientes das
Instituições Financeiras.
Fonte: EMIS
OUTUBRO 2014 l ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO 15
Fonte: EMIS
16 ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO l OUTUBRO 2014
Ao nível do crédito concedido por Taxas de Juro Activas Moeda Nacional Moeda Estrangeira
sector de actividade, verificamos Crédito ao Sector Empresarial
um aumento do peso relativo, do Até 180 dias 15,1% 11,8%
De 181 dias a 1 ano 13,9% 12,1%
Comércio por Grosso e a Retalho,
Mais de 1 ano 13,1% 9,8%
dos Particulares e das Outras
Actividades de Serviços Crédito a Particulares
Colectivos, Sociais e Pessoais, o Até 180 dias 15,0% 10,8%
que reforça ainda mais a margem De 181 dias a 1 ano 13,6% 8,2%
de diversificação das Instituições Mais de 1 ano 13,3% 5,1%
Financeiras ao nível do crédito Fonte: Banco Nacional de Angola
Em relação aos depósitos, a Conforme referido anteriormente, face aos depósitos em moeda
tendência de crescimento a desdolarização da Economia estrangeira.
manteve-se em 2013, com um continua a ser um objectivo claro
No ano de 2013, assistiu-se a uma
incremento de 16,8% nos do Executivo Angolano e o ano de
diminuição na percentagem de
depósitos totais e um ligeiro 2013 não foi excepção, como
depósitos constituídos em moeda
aumento do valor relativo dos também se demonstra pelo
estrangeira de 47% para 40%.
depósitos à ordem face aos contínuo crescimento dos
depósitos a prazo (54% em 2013 depósitos em moeda nacional
face a 53% em 2012).
Evolução de Depósitos
Depósitos por Natureza
2013
2012
2011
46%47%43%
53%54%
57%
2013
2012
2011
40%
47%49%
51%53%
60%
Produto Bancário
No que diz respeito ao Produto
Bancário, registou-se um aumento
de 7,2% em 2013 quando
confrontado com o ano de 2012.
Este poderá ser justificado,
sobretudo, por um crescimento
relevante da margem financeira
das Instituições (12% em relação Fonte: Relatórios e Contas dos Bancos
Cost-to-Income
Cost-to-Income
O rácio Cost-to-Income aumentou
de 53,9% em 2012 para 55,2%
em 2013.
Apesar de verificarmos uma
preocupação crescente por parte
das Instituições Financeiras com
os níveis de eficiência e de
optimização de custos, não
podemos deixar de considerar o
facto de ainda haver bastantes
investimentos a fazer ao nível do
funcionamento das mesmas, da
sua expansão geográfica e da
capacitação dos seus recursos
Fonte: Relatórios e Contas dos Bancos
humanos.
Rentabilidade
Relativamente à rentabilidade dos
capitais próprios, em 2013
continuou a verificar-se a
tendência decrescente dos
últimos anos, diminuindo de
13,2% em 2012 para 12,6%.
Em relação ao ROAA houve uma
manutenção do seu valor face ao
observado em 2012 (1,5%).
4. Desafios do Sector
Bancário em Angola
O Sector Bancário Angolano em Por outro lado, a evolução da arquitecturas dos sistemas de
2013/14 manteve a sua sinistralidade das carteiras e o informação e as necessidades de
dinâmica de crescimento, o que maior nível de concorrência no integração dos diversos sistemas
associado à constante mercado fazem com que seja e áreas das instituições.
modernização e inovação ao necessário concentrar esforços
Deve ser igualmente considerado
em áreas como a recuperação de
nível dos serviços, processos e que o mercado está a crescer,
crédito e a gestão de riscos de
regulamentação faz com que conforme ilustrado pela evolução
uma forma integrada.
continue a ser uma área de da taxa de bancarização, e que
enfoque para os players A dinâmica da regulação tem este facto implica a necessidade
nacionais e internacionais. igualmente criado novos desafios de desenvolver igualmente
tanto ao nível operacional, como iniciativas junto dos clientes e
Aliado a este crescimento, deve por exemplo em termos fiscais e stakeholders de forma a poder
ser tido em consideração que as compliance, com as matérias explorar o potencial de
metas traçadas para o associadas aos preços de crescimento do mercado.
desenvolvimento de Angola irão transferência e às adaptações ao
criar novos desafios e Nesta base, a KPMG tem como
novo regime FATCA,
oportunidades para as instituições objectivo abordar os seus pontos
respectivamente, no topo das
financeiras, no seu papel de de vista sobre a evolução da
prioridades.
dinamização da economia mas Banca Angolana continuando a
igualmente de principais Da mesma forma, a evolução do contribuir para o seu crescimento
impulsionadores do processo de sistema e a constante pro- e modernização, e contribuindo
literacia financeira e -actividade do BNA, fizeram com para a maturidade e evolução do
modernização. que tivesse sido lançado, em mercado. Estamos disponíveis
Agosto de 2014, um processo de para apoiar as Instituições nos
O Sector está igualmente a passar Avaliação da Qualidade dos diversos desafios e
por um conjunto de desafios ao Activos ('AQA') que visa obter continuaremos a desenvolver
nível da sua rentabilidade e pela uma melhor percepção da parcerias fortes e duradouras para
adaptação a um conjunto de robustez e resiliência das o desenvolvimento e crescimento
novos frameworks que visam instituições. sustentado do Sector. Desta
aproximá-lo das melhores práticas forma, os doze desafios que
a nível internacional, Adicionalmente, e neste contexto
destacamos nas páginas
nomeadamente, no que diz de alterações relevantes nas
seguintes foram apresentados e
respeito à implementação das diversas áreas das instituições, e
desenvolvidos pelos nossos
IFRS e às preocupações com os num momento em que os temas
Partners e Management Group
aspectos relacionados com o de Data & Analytics e Big Data
que desenvolvem na KPMG
Capital Económico e o Risco estão na ordem do dia, é
Angola os diferentes tópicos.
Operacional. relevante repensar as
OUTUBRO 2014 l ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO 25
de 2015 e das demonstrações Este processo face à sua Tanto no apoio aos projectos de
financeiras pró-forma de 31 de complexidade e exigência conversão, como nas matérias
Dezembro de 2015 até 30 de necessita de uma preparação relacionadas com a formação
Outubro de 2016; e (v) o reporte rigorosa de todos os seus temos capacidade de apoiar os
específico sobre as metodologias intervenientes. A KPMG, diferentes players do mercado,
de apuramento das perdas por considerando a sua experiência quer sejam as Instituições
imparidade, incluindo a sua nas IAS/IFRS e o seu background Financeiras, os reguladores, ou
quantificação, com referência a 1 na realização de projectos desta os restantes stakeholders no
de Janeiro de 2015, até 30 de natureza em diversos continentes, processo de conversão, mas
Junho de 2015. está numa posição relevante para igualmente no processo de
desempenhar um papel chave avaliação e interpretação dos
Adicionalmente, o BNA realça a
neste processo quer através do impactos da conversão.
relevância da formação dos
conhecimento que possui das
quadros bancários, a revisão de
IAS/IFRS mas igualmente da
procedimentos e actividades de
realidade das Instituições
controlo e dos sistemas de
Financeiras em Angola.
informação.
OUTUBRO 2014 l ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO 31
Com base na nossa experiência, momento da conversão para IFRS; da conversão para as IFRS;
realizámos um exercício Balanço - impacto expectável em Dificuldade - avaliação estimada
preliminar que nos permitiu termos da composição e do nível de esforço necessário
determinar os impactos de alto mensuração do balanço fruto da para a recolha de informação e
nível nas principais áreas das conversão para IFRS; alteração dos processos para a
demonstrações financeiras, Divulgações - impacto expectável conversão.
conforme ilustramos em seguida: em termos da dimensão e
Demonstração de resultados - complexidade das divulgações
impacto expectável em termos de adicionais a incluir em resultado Elevado Reduzido
volatilidade dos resultados no
Balanço Balanço
Divulgações Divulgações
Dificuldade Dificuldade
Comentário: O princípio estabelecido nas IFRS tem diferenças relevantes face ao Comentário: Necessidade de analisar cada uma das comissões cobradas,
disposto nas regras do CONTIF não só pela abordagem estruturada a toda a carteira nomeadamente associadas com operações de crédito de forma a avaliar a
em função do seu risco económico e necessidade de determinar uma taxa de perda necessidade do seu reconhecimento de acordo com a regra da taxa de juro efectiva,
para cada crédito individualmente analisado e para as populações homogéneas, tanto para comissões activas como passivas. Este processo deverá ser separado
como pela necessidade de criar um processo que permita estimar as taxas de para as operações de banca de investimento (análise casuística) e para as
perdas para as referidas populações. operações mais massificadas (análise sistemática).
Balanço Balanço
Divulgações Divulgações
Dificuldade Dificuldade
Comentário: Face à natureza dos produtos e às regras do CONTIF, o impacto em Comentário: Não existem actualmente relações de cobertura com impacto material
termos de procedimentos não será muito relevante, com excepção dos critérios e nas contas das IC’s em Angola. No caso de se optar no futuro por esta estratégia,
métodos para determinação do fair value bem como do volume de informação a será necessário definir as regras de negócio e controlos associados ainda que o
divulgar sobre cada instrumento. CONTIF já preveja um conjunto de aspectos alinhados com a versão actual das
IFRS.
Balanço Balanço
Divulgações Divulgações
Dificuldade Dificuldade
Comentário: As regras do CONTIF sobre consolidação estão alinhadas com as IFRS, Comentário: O impacto ao nível das necessidades de divulgação estabelecido pelas
no entanto face à derrogação que actualmente existe da aplicação da consolidação IFRS, implicará uma reformulação profunda da actual estrutura das notas às
em algumas instituições aliada às alterações introduzidas com a IFRS 10 farão com Demonstrações Financeiras.
que seja necessária uma reanálise do processo nomeadamente no que diz respeito
ao conceito de controlo (p.e. em veículos utilizados para o desenvolvimento de
projectos imobiliários).
Balanço Balanço
Divulgações Divulgações
Dificuldade Dificuldade
Comentário: O CONTIF já prevê o reconhecimento de impostos diferidos de acordo Comentário: As necessidades impostas pela IFRS 8 relativamente à apresentação
com princípios consistentes com as IFRS. No entanto, dependendo das regras de informação financeira por segmentos, implica que os sistemas de informação de
fiscais associadas à transição para as IFRS poderão surgir diferenças temporárias gestão e contabilística esteja preparado para fornecer para cada um dos segmentos
adicionais a considerar. Por outro lado do ponto de vista das divulgações, as IFRS seleccionados informação adicional.
apresentam um nível mais exigente que o determinado pelo CONTIF.
Balanço Balanço
Divulgações Divulgações
Dificuldade Dificuldade
Comentário: O CONTIF não estabelece regras específicas para o tratamento das Comentário: As exigências estabelecidas pelas IFRS ao nível das divulgações são
pensões de reforma. No caso do Atlântico face a existência de planos de extensivas o que implica que o sistema operacional de gestão do negócio de
contribuição definida, o impacto ao nível das demonstrações financeiras é reduzido, locações deve ser adaptado no sentido de proporcionar a possibilidade de fornecer
no entanto do ponto de vista das divulgações, implicam um volume mais extensivo toda a informação necessária.
de informação face ao que é actualmente divulgado de acordo com o CONTIF.
OUTUBRO 2014 l ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO 33
O reforço dos índices de dos processos de negócio e dos pelas áreas de recuperação após
bancarização no mercado sistemas de informação de determinado período, de forma a
Angolano e a procura crescente suporte: explorar outros cenários de
de crédito conduziram, durante os Modelo Operativo recuperação, potencialmente mais
últimos anos, a um crescimento Modelo de relação eficazes.
significativo das carteiras de Os procedimentos de
crédito das Instituições recuperação são ainda Quanto às áreas de contencioso,
Financeiras. No entanto, este maioritariamente desenvolvidos o modelo a implementar pode
crescimento conduziu também a pelas áreas comerciais ou, contemplar a integração de
um inevitável aumento das taxas esgotando-se as perspectivas competências jurídicas nas
de sinistralidade destas carteiras, para uma recuperação extra- próprias áreas de recuperação ou
que continuou em 2013, com o judicial, pelas áreas de o acompanhamento por estas
consequente impacto sobre os contencioso. Contudo, é áreas dos processos judiciais de
níveis de rentabilidade. importante reforçar a intervenção forma a manter em aberto a
de áreas vocacionadas para a possibilidade de uma negociação
Do ponto de vista regulamentar, a
recuperação de crédito, extra-judicial e evitar os custos
implementação do novo Aviso
promovendo, numa perspectiva associados a estes processos
sobre as provisões para a carteira
externa, a mudança de judiciais.
de crédito e o processo de
interlocutor face ao Cliente e
implementação das Normas
numa perspectiva interna, o Âmbito geográfico
Internacionais de Contabilidade
maior nível de especialização na Considerando a dispersão
(‘IFRS’) implicam a introdução de
prossecução das actividades de geográfica de cada Instituição no
modelos baseados numa
recuperação. território Angolano é importante
abordagem económica, com
definir o âmbito de actuação das
maior sensibilidade a alterações O desenvolvimento do papel das
áreas de recuperação,
no perfil das carteiras de crédito, áreas de recuperação de crédito
nomeadamente, quanto à
nomeadamente ao desempenho requer a formalização do modelo
delegação das actividades de
dos seus processos de de relação com as restantes
recuperação nas áreas regionais
recuperação. Assim, áreas que intervêm no processo,
ou quanto à existência de
consideramos que é urgente que delimitando de forma clara as
recursos especificamente
as Instituições Financeiras a responsabilidades de cada área
alocados a actividades de
operar no mercado Angolano na gestão dos Clientes, sem
recuperação nestas áreas.
concentrem esforços na prejudicar negociações das áreas
dinamização das suas áreas de comerciais mas garantindo uma
recuperação de crédito, através da gestão centralizada dos Clientes
redefinição do modelo operativo,
34 ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO l OUTUBRO 2014
Processo e procedimentos
Prioritização
Atendendo ao aumento de
volume de operações sob gestão
das áreas de recuperação é
fundamental que se estabeleçam
critérios objectivos para definir as
suas prioridades de actuação, de
forma a orientar os esforços dos
analistas para a maximização do
montante de recuperações e a
minimização do tempo de
recuperação.
OUTUBRO 2014 l ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO 35
bem como às ligadas ao mercado definam/reajustem as políticas de possui uma forte experiência na
de capitais e ao investimento preços de transferência de modo prestação de serviços globais
sujeitas à jurisdição da Comissão a dar cumprimento aos requisitos nesta matéria, encontrando-se
de Mercado de Capitais3, sendo legais locais, as quais, ainda disponível e vocacionada para
estas algumas áreas em que a assim, deverão funcionar como colaborar com as Instituições
estruturação de operações de uma ferramenta estratégica de Financeiras Angolanas na
project finance ou a contratação suporte à gestão e ao concretização dos seus objectivos
de instrumentos híbridos, entre investimento e, simultaneamente, mais imediatos e de longo prazo,
outras, consagram instrumentos como um instrumento de em linha com as melhores
essenciais para a concretização de optimização operacional e fiscal. práticas em sede de preços de
projectos de investimento local. transferência, envolvendo, para o
A equipa de preços de
efeito, os recursos mais
Como é sabido, a concretização transferência da KPMG em Angola
adequados.
destas operações é
frequentemente realizada através
da rede de distribuição, pelo que a
operacionalização das transacções
intragrupo será já uma
preocupação constante na gestão
das Instituições Financeiras.
Neste contexto, o momento
actual revela-se como uma
excelente oportunidade para as
Instituições Financeiras
revisitarem o seu modelo de
negócio e a metodologia adoptada
na formação do preço das
operações intragrupo.
Efectivamente, tendo em
consideração as novas regras em
vigor, importa que as Instituições
Financeiras que operam no
mercado Angolano
base de dados de Clientes, Por outro lado, existe todo um Em paralelo, é relevante
assegurando que a processo de certificação, pelo considerar toda a estratégia de
documentação física e menos interna, ou de garantia de comunicação e prestação de
electrónica se encontra válida e cumprimento que tem que ser informação atempada aos
disponível; salvaguardado. Assim, devem as Clientes e aos colaboradores da
Instituições Financeiras: Instituição, como forma de
u A monitorização da completude
u Avaliar os principais riscos de garantir uma vantagem
do processo de manutenção de
compliance e reputacionais competitiva no mercado e um
conta e da documentação
associados aos processos processo de transição e de
recolhida, salvaguardando a
operativos impactados; adaptação ao FATCA com a
necessária adaptação dos
menor disrupção possível na
sistemas e aplicativos u Assegurar, no curto prazo, uma
actividade.
relacionados; gestão e coordenação
centralizada da adaptação ao Sendo o regime FATCA uma
u O necessário desenho, criação
regime FATCA, minimizando o preocupação premente das
e implementação de
risco de incumprimento; Instituições Financeiras, a KPMG
ferramentas de pesquisa
tem vindo e continuará a apoiar
electrónica para Clientes com u Definir áreas responsáveis pela
os seus Clientes, através de uma
US indicia; execução e controlo desses
equipa multi-disciplinar (Advisory,
mesmos processos,
u A adaptação de políticas, Tax, TI), neste processo de
aproveitando sinergias com
normativos, formulários de adaptação, garantindo o seu
outros projectos e iniciativas;
abertura de conta e fichas cumprimento e mitigando o
técnicas de produtos, bem u Garantir um acompanhamento potencial risco reputacional.
como de contratos associados; contínuo da regulamentação
internacional e nacional ao nível
u O reporte e gestão de
das várias geografias e áreas
informação para o processo de
de negócio em que operam; e
tomada de decisão;
u Identificar owners específicos
u A revisão de eventuais relações
para efectuar a monitorização
contratuais com terceiras
contínua dos processos,
entidades prestadoras de
reportar desvios e garantir as
serviços;
necessárias medidas
u O arquivo e guarda de correctivas.
documentação, adaptando se
necessário o sistema de gestão
documental.
40 ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO l OUTUBRO 2014
definidos pelo supervisor e não determinação do capital novos requisitos sobre os seus
em parâmetros determinados de económico de cada Instituição. níveis de solvabilidade e na
forma económica para cada Estes modelos de capital definição de planos de capital e
carteira de activos das económico permitem efectuar liquidez que permitam projectar
Instituições. A introdução das quantificações económicas dos os níveis de fundos próprios face
Normas Internacionais de Reporte riscos que sejam relevantes para à previsível evolução da sua
Financeiro e a implementação de a actividade das Instituições actividade, assim como no
modelos de imparidade para a Financeiras, tendo por base desenvolvimento e
carteira de crédito, assim como metodologias específicas que implementação de modelos de
de modelos de cálculo de justo consideram as características de capital económico que permitam
valor para outros activos permitirá cada tipo de risco e que podem obter uma estimativa mais precisa
aprofundar a sensibilidade ao risco ser agregadas de forma a obter da rentabilidade de cada
de cada categoria de activos. uma medida global do seu perfil Instituição ajustada ao seu perfil
Este será o primeiro passo num de risco. de risco e determinar métricas de
processo que deverá conduzir ao avaliação do seu desempenho
A KPMG tem apoiado diversas
desenvolvimento de modelos económico.
Instituições Financeiras na
mais sofisticados de
determinação do impacto destes
46 ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO l OUTUBRO 2014
4.8 Modernização da
arquitectura dos
Sistemas de Informação
Neste ambiente muito Esta é uma agenda muito Nesta matéria, a realidade é
competitivo que é o da Banca em estimulante, mas desafiante, mais diversa de Banco para Banco, mas
Angola, a maior parte dos Órgãos ainda quando todo o Sector está, muitos reconhecerão como suas
de Gestão dos Bancos têm na sua em paralelo, a mobilizar recursos algumas as seguintes
agenda múltiplas iniciativas significativos para melhor gerir o dificuldades:
direccionadas para um ou mais risco operacional inerente à
u Funcionalidade - cobertura
dos seguintes vectores: actividade e responder à
funcional limitada de processos
crescente pressão legal e
1. O crescimento, e.g. expansão de negócio/suporte críticos
regulamentar (e.g. Controlo
da rede de agências, (e.g. concessão de crédito);
Interno, IFRS, FATCA, AML, só
internacionalização,
para referir alguns), numa u Flexibilidade - dificuldade para
diversificação de produtos,
trajectória seguida pelo BNA de responder, no tempo adequado
serviços e canais, melhoria da
alinhamento com as boas práticas e com custos razoáveis, a
qualidade de serviço;
internacionais de regulação novos requisitos de negócio,
2. A melhoria da rentabilidade, bancária. operacionais, legais e
e.g. segmentação dos regulamentares.
Na resolução desta equação
Clientes e respectiva Frequentemente, esta
complexa, quase a quadratura do
diferenciação da oferta de dificuldade obriga à distribuição
círculo, uma das variáveis mais
produtos e serviços, assimétrica dos recursos
importantes é a capacidade dos
redefinição dos modelos de humanos e financeiros
sistemas de informação para
preço, controlo da perda de disponíveis, mais orientados
responder adequadamente à
receita (nomeadamente das para responder ao que é
rápida mutação dos requisitos de
comissões); e obrigatório (e.g. implementação
negócio (aqui entendidos numa
de requisitos regulamentares),
3. A redução dos custos perspectiva abrangente, i.e.
em prejuízo de iniciativas mais
operacionais e melhoria da quaisquer requisitos relativos a
relevantes na perspectiva da
eficiência operativa, e.g. processos de negócio, processos
criação de valor para o Banco
automatização de processos de suporte e obrigações legais e
(e.g. oferta de novos produtos
de negócio, capacitação de regulamentares).
e serviços);
recursos humanos, controlo
dos níveis de serviço, u Escalabilidade e Desempenho
melhoria dos processos de - dificuldade em garantir a
planeamento e orçamentação. estabilidade e o bom
desempenho das aplicações,
e/ou em acompanhar o
OUTUBRO 2014 l ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO 47
nos seus blocos fundamentais: operações de crédito, suporte que permite disponibilizar
conjuntos distintos de dados a produtos específicos (e.g. funcionalidades e serviços
mestres para Clientes, produtos e factoring, bancassurance), relevantes para os diversos
contractos, por um lado, e gestão de colaterais e Clientes internos e externos,
processos, lógica e regras de garantias, identificação de nos vários canais do Banco
negócio que governam a relação transacções suspeitas (AML), (e.g. balcões, Internet,
entre os dados mestre, por outro. gestão de activos e passivos telemóvel), em segurança e
(ALM), ou gestão da com uma boa experiência de
Tipicamente, desta abordagem
informação financeira dos utilização;
resulta o seguinte conjunto de
Clientes empresa;
componentes: u ERP - componentes focados no
u Worflows - sistemas de suporte das funções
u Core bancário - base de dados
suporte aos processos críticos contabilísticas e financeiras e
que relaciona a informação de
de negócio (e.g. abertura de outras funções corporativas.
Clientes, contas, produtos e
conta, gestão de operações Podem incluir, entre outros, os
operações, e processa as
cambiais, concessão de sistemas da contabilidade,
transacções bancárias
crédito, recuperação de gestão de imobilizado, gestão
elementares (e.g. movimentos
crédito), que permitam de compras e fornecedores, e
nas contas, cálculo de juros);
coordenar e controlar as gestão de recursos humanos;
u Serviços corporativos - actividades realizadas por
u Informação de gestão/EPM -
componentes que diferentes áreas funcionais,
componentes para responder
disponibilizam serviços mantendo uma perspectiva
às necessidades de informação
corporativos, que podem ser integrada dos processos, o
de gestão da organização,
partilhados e reutilizados pelas fluxo adequado da informação
reporte legal e regulamentar, e
restantes componentes da e a operacionalização dos
controlo da qualidade de
arquitectura. Incluem, entre níveis de autorização e decisão
informação. Numa versão mais
outros, serviços/motores de definidos pela organização.
sofisticada, esta camada pode
workflow, gestão documental, Podem ainda ser utilizados para
ainda incluir componentes de
regras de negócio e gestão de medir os níveis de serviço,
gestão do desempenho
acessos; identificar pontos de
corporativo (e.g. modelos de
Serviços de negócio - constrangimento e, assim,
u rentabilidade e custeio,
componentes funcionais contribuir para a optimização
planeamento, e orçamentação),
especializadas, que endereçam operativa e suportar iniciativas
e capacidades analíticas (e.g.
necessidades específicas de de melhoria contínua;
modelos de identificação de
negócio. Podem incluir, entre u Gestão multicanal - perda de receita);
outros, sistemas de rating/ componentes de apresentação
/scoring de Clientes e
OUTUBRO 2014 l ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO 49
4.11 Transformação da
Função de Risco
4.12 Frameworks de
Risco Operacional
O risco operacional é definido alocação de capital entre unidades do modelo de gestão de risco
pelo Acordo de Basileia como o de negócio. O modelo de gestão operacional deve permitir uma
risco de perda resultante de falhas de risco operacional deve ser comunicação clara dos eventos e
ou inadequação de processos, suportado nas seguintes perdas registadas, fomentando
pessoas ou sistemas ou componentes principais: uma maior consciencialização em
resultante de eventos externos, toda a organização.
incluindo risco legal, mas não Estratégia de risco operacional
incluindo risco de reputação ou Deve ser definida uma estratégia Processo de auto-avaliação de
risco estratégico. Embora a para a gestão de risco operacional riscos
associação de uma perda a uma assente na definição dos níveis O processo de auto-avaliação dos
falha ou inadequação de aceitáveis de risco (apetite ao riscos deve ser conduzido, de
processos não possa ser risco) e na forma de monitorizar forma regular, para o conjunto de
entendida como um conceito esses níveis. Esta estratégia deve processos da Instituição, de
novo, o risco operacional requer o ser comunicada de forma a forma a mensurar a exposição a
estabelecimento de uma assegurar um alinhamento da riscos operacionais, actuais ou
metodologia consistente de visão em todos os níveis da potenciais, através da avaliação
análise, que permite agregar os Instituição e é particularmente da probabilidade da sua
esforços existentes de forma importante considerando a ocorrência e da sua severidade.
dispersa na avaliação deste tipo abrangência deste tipo de risco. Deve permitir caracterizar o risco
de risco e comunicar essa inerente, ou seja, o nível de risco
avaliação através de uma Estrutura organizativa implícito nas actividades do
linguagem única em toda a A estrutura organizativa da Banco, o risco residual, tendo por
Instituição. Instituição é a base sobre a qual base os controlos existentes e o
assentam todas as restantes risco-alvo, o nível de risco
Neste sentido, o desenvolvimento
componentes do modelo de risco pretendido com base em
de um modelo de gestão do risco
operacional, devendo ser controlos adicionais. De acordo
operacional contribui para obter
representada por todos os seus com a estratégia definida por
uma imagem global e coerente
processos de negócio e de cada Instituição poderá haver uma
dos riscos da actividade e
suporte, uma vez que é na de quatro respostas aos riscos
efectuar uma gestão dinâmica dos
fronteira de actuação das identificados: aceitar, reduzir,
mesmos, podendo também
diferentes áreas que é originado o evitar ou transferir, que devem ter
contribuir para o cumprimento dos
maior número de eventos de risco em conta o perfil de risco definido
objectivos das Instituições em
operacional. na estratégia de risco da
termos de redução de custos,
Instituição.
melhoria de eficiência operativa,
Reporte
redução da volatilidade dos
A estrutura de reporte interno que
resultados e racionalização da
deve ser implementada no âmbito
58 ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO l OUTUBRO 2014
Processo de recolha de perdas principais drivers dos eventos de incorporem e automatizem uma
O registo e caracterização dos risco operacional e como tal parte significativa dos controlos
eventos de risco operacional desenvolver as acções considerados necessários para
permite a identificação das causas necessárias para evitar que estes reduzir o risco a um nível aceitável
dessas perdas e o riscos se materializem. pela organização, contribuindo
desenvolvimento de acções A determinação dos KRI implica a para a eficácia e eficiência destes
específicas de mitigação, definição de uma abordagem controlos e para a exequibilidade
representando também uma estruturada e qualitativa tendo do modelo de risco operacional.
forma de validar a robustez do contudo em consideração a A KPMG desenvolveu e
processo de auto-avaliação na informação existente na implementou modelos de gestão
medida em que permite identificar organização e a de risco operacional, que foram
valores mínimos de frequência e capacidade/facilidade de recolher objecto de revisão e certificação
severidade. esta informação. O processo de por parte das autoridades de
recolha de informação para os KRI supervisão dos respectivos países
Deverá existir uma unidade
deve ser simples e não requerer e tem vindo a apoiar diversas
independente, tipicamente a área
um esforço significativo a cada Instituições Financeiras na
de risco, responsável por
unidade ou processo de negócio implementação destes modelos
assegurar que toda a informação
no mercado Angolano.
relevante foi recolhida e por
Sistemas de informação Considerando a abrangência e o
interagir com o responsável da
Ao nível dos sistemas de impacto do risco operacional na
respectiva unidade ou processo
informação, existem duas grandes actividade das Instituições, o
para esse efeito. Devem ser
áreas de intervenção. desenvolvimento ou reforço
desenvolvidos procedimentos
Por um lado, é necessário destes modelos de gestão
regulares de revisão da recolha de
implementar aplicações que representa um factor de
perdas, de forma a garantir a
permitam suportar as diversas promoção de uma maior eficácia
integridade da informação e
componentes do modelo de organizacional.
reportar as tendências de
gestão de risco operacional (e.g.
evolução das perdas operacionais
mapeamento de riscos e
recolhidas.
controlos relativos aos processos
da Instituição; cálculo dos níveis
Key Risk Indicators
de risco com base em informação
Os Key Risk Indicators (KRI)
histórica sobre eventos e perdas).
representam métricas com
Por outro lado, é importante que
carácter prospectivo que
os sistemas de informação
permitem caracterizar uma
tendência de evolução dos
OUTUBRO 2014 l ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO 59
5. Principais
Conclusões
6. Dados
Financeiros
2 4 5 6 7 9 10 11 12 13 15
BANCO DE POUPANÇA E CRÉDITO 2013 988.181 619.473 46.472 731.953 93.144 61.717 1.285 4.951 213 462 7.219
BANCO DE POUPANÇA E CRÉDITO 2012 919.369 539.996 62.573 629.491 85.924 51.989 498 4.768 196 395 7.816
BANCO DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA 2013 98.897 49.677 5.376 67.119 8.176 7.384 732 1.005 81 158 -2.999
BANCO DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA 2012 106.513 45.488 5.733 69.387 7.428 6.771 698 860 75 131 -4.559
BANCO MILLENNIUM ANGOLA 2013 223.483 81.454 42.869 162.727 32.994 19.858 2.848 1.075 82 114 4.872
BANCO MILLENNIUM ANGOLA 2012 175.527 61.727 40.489 112.915 27.711 18.008 2.972 1.027 76 104 4.824
BANCO CAIXA GERAL TOTTA DE ANGOLA 2013 183.016 44.057 66.863 132.395 33.291 7.450 80 417 29 45 6.677
BANCO CAIXA GERAL TOTTA DE ANGOLA 2012 151.648 51.206 24.902 112.668 29.359 7.226 73 371 26 45 5.608
BANCO DE FOMENTO ANGOLA 2013 868.032 144.013 325.608 763.025 84.640 17.434 352 2.428 175 347 23.899
BANCO DE FOMENTO ANGOLA 2012 759.902 136.777 254.149 668.106 74.376 16.625 332 2.267 167 320 20.976
BANCO ANGOLANO DE INVESTIMENTOS 2013 1.039.693 245.708 199.901 902.936 104.430 41.292 16.675 1.870 128 292 12.082
BANCO ANGOLANO DE INVESTIMENTOS 2012 1.033.428 257.314 167.097 815.204 99.450 39.220 8.776 1.747 112 264 17.217
BANCO COMERCIAL ANGOLANO 2013 30.854 5.856 3.394 23.789 5.286 3.332 71 253 26 37 670
BANCO COMERCIAL ANGOLANO 2012 36.651 4.506 4.266 29.843 4.607 2.657 78 243 25 nd 677
BANCO SOL 2013 205.840 75.902 638 182.475 14.536 11.128 23 1.221 141 184 3.465
BANCO SOL 2012 178.638 51.597 2.777 154.469 12.049 8.165 21 1.032 121 149 2.876
BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA 2013 1.107.139 770.631 118.606 349.163 157.908 65.703 584 969 71 nd 3.620
BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA 2012 1.007.218 645.646 140.986 349.112 104.029 59.060 470 679 39 nd 5.442
BANCO REGIONAL DO KEVE 2013 98.200 39.129 10.392 83.049 9.955 5.704 109 386 37 75 1.304
BANCO REGIONAL DO KEVE 2012 85.815 29.226 8.443 70.630 8.998 4.947 481 333 35 77 1.388
STANDARD CHARTERED BANK ANGOLA 2013 4.827 nd nd nd 4.825 nd nd nd nd nd nd
STANDARD CHARTERED BANK ANGOLA 2012 nd nd nd nd nd nd nd nd nd nd nd
BANCO BIC 2013 751.324 198.615 319.685 615.478 86.763 11.458 411 1.873 181 225 19.646
BANCO BIC 2012 664.191 225.812 206.948 525.785 72.873 10.542 209 1.705 164 207 16.106
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO 2013 357.006 181.730 33.923 276.290 44.842 21.253 8.089 656 35 nd 6.154
OUTUBRO 2014
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO 2012 293.409 140.037 25.343 204.753 32.096 15.781 9.239 518 32 nd 5.603
l
BANCO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAL 2013 184.176 85.964 10.247 133.500 21.119 12.382 3.227 743 49 121 2.759
BANCO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAL 2012 162.145 75.825 12.819 125.102 19.210 13.824 1.637 569 52 102 3.379
BANCO DE DESENVOLVIMENTO DE ANGOLA 2013 221.048 90.305 14.035 nd 5.291 10.050 26 nd nd nd 2.833
BANCO DE DESENVOLVIMENTO DE ANGOLA 2012 185.407 73.124 9.116 nd 5.652 4.985 29 nd nd nd -6.530
BANCO VTB ÁFRICA 2013 14.358 6.934 490 7.005 3.318 330 37 97 4 nd 1.333
BANCO VTB ÁFRICA 2012 11.295 3.903 482 6.380 3.119 441 35 89 4 nd 1.417
BANCO ANGOLANO DE NEGÓCIOS E COMÉRCIO 2013 16.362 4.608 537 10.739 4.656 3.453 66 159 19 nd 207
BANCO ANGOLANO DE NEGÓCIOS E COMÉRCIO 2012 15.154 3.212 1.034 9.474 3.234 2.109 55 130 nd nd 46
FINIBANCO ANGOLA 2013 54.603 21.708 2.334 42.497 8.340 5.088 24 168 15 25 1.465
FINIBANCO ANGOLA 2012 28.698 10.012 1.311 19.345 7.186 1.441 24 126 11 15 1.087
BANCO KWANZA DE INVESTIMENTO 2013 9.121 nd nd 1.015 979 159 2 nd nd nd 283
BANCO KWANZA DE INVESTIMENTO 2012 3.519 nd 149 2.376 696 220 nd nd nd nd -954
STANDARD BANK ANGOLA 2013 148.492 34.102 31.427 134.737 6.424 3.122 44 498 26 32 -1.039
STANDARD BANK ANGOLA 2012 61.977 9.528 14.124 52.022 7.440 2.438 44 352 15 23 -983
BANCO VALOR 2 2013 15.120 3.978 1.162 9.992 3.852 3.960 79 76 3 nd -1.580
BANCO VALOR 2012 7.016 2.079 nd 6.210 749 1.142 79 47 3 nd -1.163
BANCO COMERCIAL DO HUAMBO 2013 4.058 889 nd 2.507 1.309 331 42 26 3 5 84
BANCO COMERCIAL DO HUAMBO
ANÁLISE AO SECTOR BANCÁRIO ANGOLANO
AGREGADO 2012 5.890.676 2.367.409 983.289 3.965.046 607.279 267.955 25.801 16.884 1.154 1.832 80.272
BANCO REGIONAL DO KEVE 2013 10,14 11,28 47,12 79,49 11,04 89,86 3,88 33,81 11,47
BANCO REGIONAL DO KEVE 2012 10,49 11,71 41,38 39,05 17,77 89,51 5,76 4,06 141,76
STANDARD CHARTERED BANK ANGOLA 2013 99,96 nd nd nd nd 0,04 nd nd nd
STANDARD CHARTERED BANK ANGOLA 2012 nd nd nd nd nd nd nd nd nd
BANCO BIC 2013 11,55 13,06 32,27 45,63 33,09 88,45 11,02 4,95 222,68
BANCO BIC 2012 10,97 12,32 42,95 47,50 40,76 89,03 8,84 1,56 566,14
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO 2013 12,56 14,36 65,78 50,34 62,71 87,44 3,71 0,73 508,34
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO 2012 10,94 12,28 68,39 40,26 57,73 89,06 3,92 1,64 238,62
BANCO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAL 2013 11,47 12,95 64,39 47,66 27,49 88,53 1,95 2,10 93,04
BANCO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAL 2012 11,85 13,44 60,61 40,40 32,40 88,15 2,70 2,64 102,55
BANCO DE DESENVOLVIMENTO DE ANGOLA 2013 2,39 2,45 nd nd nd 97,61 14,15 nd nd
BANCO DE DESENVOLVIMENTO DE ANGOLA 2012 3,05 3,14 nd nd nd 96,95 23,00 nd nd
BANCO VTB ÁFRICA 2013 23,11 30,06 99,00 62,62 52,30 76,89 3,80 2,48 152,97
BANCO VTB ÁFRICA 2012 27,61 38,15 61,18 88,49 30,52 72,39 2,12 0,20 1051,94
BANCO ANGOLANO DE NEGÓCIOS E COMÉRCIO 2013 28,46 39,78 42,91 66,99 nd 71,54 1,90 3,71 51,37
BANCO ANGOLANO DE NEGÓCIOS E COMÉRCIO 2012 21,34 27,13 33,91 77,39 nd 78,66 2,94 6,31 46,58
FINIBANCO ANGOLA 2013 15,27 18,03 51,08 59,58 36,78 84,73 6,04 3,79 159,39
FINIBANCO ANGOLA 2012 25,04 33,40 51,76 52,20 33,91 74,96 7,92 12,27 64,55
BANCO KWANZA DE INVESTIMENTO 2013 10,74 12,03 nd 86,17 16,22 89,26 nd nd nd
BANCO KWANZA DE INVESTIMENTO 2012 19,77 24,65 nd 91,90 52,89 80,23 nd nd nd
STANDARD BANK ANGOLA 2013 4,33 4,52 25,31 94,98 46,61 95,67 1,66 76,99 2,16
STANDARD BANK ANGOLA 2012 12,00 13,64 18,31 86,48 64,64 88,00 3,58 122,76 2,92
BANCO VALOR 2013 25,47 34,18 39,81 86,36 nd 74,53 nd 8,43 nd
BANCO VALOR 2012 10,67 11,95 33,48 74,94 0,00 89,33 nd nd nd
BANCO COMERCIAL DO HUAMBO 2013 32,26 47,62 35,46 70,82 34,35 67,74 0,37 nd nd
BANCO COMERCIAL DO HUAMBO 2012 34,64 53,00 22,12 51,21 45,13 65,36 0,72 nd nd
AGREGADO 2013 11,11 12,50 58,39 53,54 39,56 88,89 6,65 8,13 81,88
AGREGADO 2012 10,31 11,49 59,71 52,57 47,16 89,69 7,78 6,95 111,97
2 3 4 5 6
BANCO DE POUPANÇA E CRÉDITO 2013 7,75 10,21 0,76 4,66 36,29 58,40 11,00
BANCO DE POUPANÇA E CRÉDITO 2012 9,10 12,21 0,94 6,54 29,30 45,00 13,60
BANCO DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA 2013 -36,68 -36,68 -2,92 3,98 45,47 101,90 7,30
BANCO DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA 2012 -61,37 -61,37 -4,84 4,23 24,72 122,20 6,90
BANCO MILLENNIUM ANGOLA 2013 14,77 19,09 2,44 4,30 49,28 52,40 13,30
BANCO MILLENNIUM ANGOLA 2012 17,41 22,23 2,79 4,84 46,02 53,40 14,40
BANCO CAIXA GERAL TOTTA DE ANGOLA 2013 20,06 27,74 3,99 3,55 59,90 36,80 28,20
BANCO CAIXA GERAL TOTTA DE ANGOLA 2012 19,10 26,11 4,11 3,26 66,36 34,00 21,70
BANCO DE FOMENTO ANGOLA 2013 28,24 29,64 2,94 3,01 38,80 39,90 25,80
BANCO DE FOMENTO ANGOLA 2012 28,20 28,20 2,93 3,03 36,41 41,90 24,20
BANCO ANGOLANO DE INVESTIMENTOS 2013 11,57 10,06 1,17 3,30 39,09 38,70 17,43
BANCO ANGOLANO DE INVESTIMENTOS 2012 17,31 17,83 1,59 2,85 43,77 37,70 16,07
BANCO COMERCIAL ANGOLANO 2013 12,67 19,06 1,98 3,61 62,03 69,00 35,20
BANCO COMERCIAL ANGOLANO 2012 14,69 18,04 1,85 3,18 59,43 70,60 32,20
BANCO SOL 2013 23,84 36,92 1,80 4,88 41,86 67,00 12,20
BANCO SOL 2012 23,87 33,17 1,85 4,30 48,02 70,00 13,00
BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA 2013 2,29 5,56 0,34 2,85 14,85 42,00 22,70
BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA 2012 5,23 5,42 0,59 1,87 54,93 40,00 10,00
BANCO REGIONAL DO KEVE 2013 13,10 16,95 1,42 5,06 44,24 54,00 13,60
BANCO REGIONAL DO KEVE 2012 15,42 20,94 1,88 4,65 49,01 60,00 20,00
STANDARD CHARTERED BANK ANGOLA 2013 -0,01 -0,01 nd nd nd nd nd
STANDARD CHARTERED BANK ANGOLA 2012 nd nd nd nd nd nd nd
BANCO BIC 2013 22,64 23,32 2,78 3,71 33,25 47,00 24,00
BANCO BIC 2012 22,10 25,15 2,71 3,98 33,79 47,00 18,60
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO 2013 13,72 18,83 1,89 4,75 32,99 55,19 12,00
OUTUBRO 2014
BANCO COMERCIAL DO HUAMBO 2012 -0,08 -14,49 -0,04 1,43 75,83 nd 57,04
AGREGADO 2013 12,63 15,32 1,49 3,67 38,65 55,20 21,72
65
BANCO REGIONAL DO KEVE 2012 39,48 19,24 38,78 149,55 120,81 51,61
STANDARD CHARTERED BANK ANGOLA 2013 nd nd nd nd nd nd
STANDARD CHARTERED BANK ANGOLA 2012 nd nd nd nd nd nd
BANCO BIC 2013 13,12 -12,04 17,06 10,39 21,98 10,04
BANCO BIC 2012 26,44 21,32 25,30 9,51 8,05 16,59
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO 2013 21,68 29,77 34,94 13,03 9,83 6,67
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO 2012 31,48 24,65 16,01 79,46 18,24 58,68
BANCO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAL 2013 13,59 13,37 6,71 2,15 -18,33 8,84
BANCO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAL 2012 40,12 22,27 45,09 0,95 4,90 5,22
BANCO DE DESENVOLVIMENTO DE ANGOLA 2013 19,22 23,49 0,00 -143,39 -143,39 68,61
BANCO DE DESENVOLVIMENTO DE ANGOLA 2012 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
BANCO VTB ÁFRICA 2013 27,13 77,65 9,79 -6,23 -5,92 9,01
BANCO VTB ÁFRICA 2012 48,13 84,63 140,26 54,71 51,43 61,58
BANCO ANGOLANO DE NEGÓCIOS E COMÉRCIO 2013 7,97 43,46 13,35 582,43 348,33 25,02
BANCO ANGOLANO DE NEGÓCIOS E COMÉRCIO 2012 8,81 -3,21 3,31 -87,60 -84,20 -4,85
FINIBANCO ANGOLA 2013 90,26 116,81 119,68 34,05 34,71 49,03
FINIBANCO ANGOLA 2012 34,66 46,62 20,47 22,55 23,59 9,56
BANCO KWANZA DE INVESTIMENTO 2013 159,21 nd -57,30 -123,61 -129,71 104,97
BANCO KWANZA DE INVESTIMENTO 2012 -51,62 nd -59,48 -612,79 -886,44 -64,35
STANDARD BANK ANGOLA 2013 139,59 257,92 159,00 -50,84 5,77 78,52
STANDARD BANK ANGOLA 2012 84,03 1.583,51 95,04 7,50 32,13 111,68
BANCO VALOR 2013 115,52 91,28 60,90 35,80 35,80 227,80
BANCO VALOR 2012 192,74 5.792,82 1.234,86 304,09 304,09 310,11
BANCO COMERCIAL DO HUAMBO 2013 28,58 126,81 41,48 -183,36 -9.436,43 308,48
BANCO COMERCIAL DO HUAMBO 2012 117,92 571,30 195,37 -26,14 -99,58 1.492,05
AGREGADO 2013 12,45 14,25 16,83 19,71 15,80 7,17
AGREGADO 2012 18,90 28,33 8,92 -29,25 -36,24 7,51