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Desafios da Implementação dos Novos

Acordos de Convergência de Capitais de


Basileia nos PALOP’s
A experiência
iê i dod Banco
B de
d Moçambique
M bi

Cidade da Praia, 2014


Estrutura da Apresentação

1. Co
Contexto
te to do S
Sistema
ste a Bancário
a cá o e Supervisão
Supe são Bancária
a cá a
A. Desenvolvimentos recentes
B. Actuação do Banco de Moçambique nos próximos anos
C Indicadores do Sistema Bancário Nacional
C.
2. Desafios de Transição para Basileia II em Moçambique
Contexto do Sistema Financeiro e Supervisão Bancária

A. Desenvolvimentos recentes (dez anos)


 Aprovação,
Aprovação em 2004
2004, de uma nova lei das instituições de crédito e sociedades
financeiras tendo sido reforçadas a independência e poderes da autoridade
supervisora;
 Realização de um diagnóstico da situação económico-financeira dos
principais bancos (2005);
 Implementação em 2007 das Normas Internacionais de Relato Financeiro
(NIRF) para os bancos;
 Aprovação em 2007 da nova lei de insolvência bancária;
Sistema
Contexto Financeiro
do Sistema e Supervisão
Financeiro Bancária
e Supervisão Bancária

A. Desenvolvimentos recentes (dez anos


anos)) …cont
 Aprovação e implementação em 2013 das Directrizes no contexto da Supervisão
Baseada no Risco;
 Adopção
Ad ã em 2013 ddos princípios
i í i dde B
Basileia
il i II ((regras dde adequação
d ã dde C
Capitais);
it i )
 No âmbito da Estabilidade financeira:
 Implementação da metodologia dos testes de esforço como um instrumento da
supervisão;
 Regulamentação do Plano de Contingência e de Assistência de Liquidez de
Emergência para as instituições de crédito;
 Criação do Fundo de Garantia de Depósitos.
Sistema
Contexto Financeiro
do Sistema e Supervisão
Financeiro Bancária
e Supervisão Bancária
B. Actuação do BM como Regulador e Supervisor do Sistema Bancário nos próximos anos

Implementação
p ç da Estratégia
g
Promoção da Bancarização para o Desenvolvimento do
das zonas rurais Sector Financeiro
(2013 – 2022)

Desenvolvimento e Reforço
Reforço e Monitoria da
da Regulamentação
Estabilidade Financeira
Fi
Financeira
i
Contexto
2. do
Sistema Sistema Financeiro
Financeiro
Indicadores do e Supervisão
e Supervisão
Sistema Financeiro Bancária
Bancária
Nacional
C Indicadores
C. I di d d Sistema
do Si t B ái
Bancário

2009 2010 2011 2012 2013


Bancos 14 16 18 18 18
B l õ de
Balcões d Bancos
B
Em funcionamento 352 416 457 505 520
Balcões em Distritos
Balcões 65 108 117 130 121
Distritos Cobertos 51 58 58 63 63
B l õ de
Balcões d Outras
O t Instituições
I tit i õ
Cooperativas de Crédito 6 7 7 7 8
Operadores
Ope ado es de Microcrédito
c oc éd o 95 117 167
6 202
0 233
33
Microbancos 7 7 8 8 10

6
Contexto
2. do
Sistema Sistema Financeiro
Financeiro
Indicadores do e Supervisão
e Supervisão
Sistema Financeiro Bancária
Bancária
Nacional
C Indicadores
C. I di d d Sistema
do Si t B ái
Bancário

Rácio de Solvabilidade Crédito Vencido sobre Crédito


Total
20,0 16,0
18,0 13,8
14,0
,
18 0
18,0 17 9
17,9
16,0 17,1 16,9
16,5 12,0
14,0 15,1
14,2 13,9 14,4
12,0 13,4 10,0
12,5
10,0 8,0

8,0 5,9
6,0
6,0 3,5
4,0 3,1 3,2 2,8
40
4,0 2,6 2,6
1,9 1,8 1,9
2,0
2,0
0,0 0,0

Decc-07
ez03

ez04

ez05

ez06

ez08

ez09

ez10

ez11

ez12

ez13
Decc-07
Dezz03

Dezz04

Dezz05

Dezz06

Dezz08

Dezz09

Dezz10

Dez11

Dezz12

Dezz13

De

De

De

De

De

De

De

De

De

De
Contexto
2. do
Sistema Sistema Financeiro
Financeiro
Indicadores do e Supervisão
e Supervisão
Sistema Financeiro Bancária
Bancária
Nacional
C Indicadores
C. I di d d Sistema
do Si t B ái
Bancário
Retorno sobre o Capital (ROE) Retorno sobre os Activos (ROA)

70,0 4,5 4,0


60,8 3,8
60,0 4,0 3,5
50,7
, 35
3,5
44,7 30
3,0
50,0
3,0 2,6 2,5
40,0 36,6
32,5 2,5
26,9 26,5 1,9 1,9 1,8
30,0 2,0 1,5
1,4
18 6 20,6
18,6 19 6 20,0
19,6 20 0 1,5
15
20,0
1,0
10,0 0,5
0,0 0,0
Dec-077

Dec-077
Dez033

Dez044

Dez055

Dez066

Dez088

Dez099

Dez100

Dez111

Dez122

Dez133

Dez033

Dez044

Dez055

Dez066

Dez088

Dez099

Dez100

Dez111

Dez122

Dez133
2. Desafios de Transição para Basileia II em Moçambique

A Adopção de Basileia II em Moçambique

 A transição para os requisitos de Basileia II requereu a introdução de uma série


de mudanças no contexto dos paradigmas de supervisão bancária, em
particular e de estabilidade financeira, em geral.

 A necessidade de a bancarização e a expansão de serviços financeiros não


comprometer
t a estabilidade
t bilid d e solidez
lid dod sistema
i t b
bancario,
i mereceu atenção
t ã na
adopção de Basileia II em Moçambique.
2. Desafios de Transição para Basileia II em Moçambique

A Adopção de Basileia II em Moçambique

 Para o BM, a adopção dos requisitos do Basileia II auxiliam no alcance dos


propósitos atrás mencionados, na medida em que:

 Contribuem para que o capital acompanhe os níveis de riscos associados


ao negócio;
 Exigem
E i a elevação
l ã da
d qualidade
lid d da
d actuação
t ã dda supervisão
i ã , incrementam
i t
a disciplina do mercado; e
 Fomentam a difusão das melhores práticas,
práticas bem como responsabilizam a
administração pela gestão dos riscos das suas instituições.
2. Desafios de Transição para Basileia II em Moçambique
ALICERCES PARA A
CONVERGÊNCIA DOS ACORDOS DE
BASILEIA
Infra-estruturas
Infra-
tecnológicas
• O periodo preparatório para
adopção plena dos requistos de
Basileia II no quadro jurídico do
sistema financeiro moçambcano foi
de 2 anos.
Recursos Regulamentação
Humanos e Supervisão
• A adopção efectiva inicou em janeiro
de 2014.

• Para todo o processo,


processo foram
apontados como alicerces os
seguintes: Recursos Humanos
Humanos,, Interacção com
Infra--estruturas Tecnológicas,
Infra Tecnológicas, “Stakeholders”
Interacção com Stakeholders e
Regulamentação /Supervisão.
Supervisão.
2. Desafios de Transição para Basileia II em Moçambique

RECURSOS HUMANOS
 Após o roteiro estabelecido por uma Assistência Técnica internacional, o BM Desafios Gerais:
confiou na capacidade técnica dos seus próprios colaboradores para o
 Reforço de
desenvolvimento do pprojecto
j incluindo a concepção
pç do ppacote regulamentar;
g
competências
relevantes dos
 O BM promove e investe na capacitação e formação dos seus quadros (por via de colaboradores
da supervisão e
estágios profissionais, participação em eventos internacionais para troca de do sector;
experiências com outros bancos, capacitação em língua inglesa e a auto-formação);
 Investimento em
capacitação e
 Parceria com instituições de reconhecido mérito para seminários no local de formação
trabalho onde participam a maioria de colaboradores envolvidos na matéria
especializada.

(Destaque de parceiros envolvidos recentemente: Banco de Portugal e Bundesbank


de Alemanha)
2. Desafios de Transição para Basileia II em Moçambique

INFRA--ESTRUTURAS TECNOLÓGICAS
INFRA
Desafios Gerais:
 O BM vem investindo fortemente em tecnologias de informação.  Estabelecimento de mecanismos
que evitem excessiva
Para a supervisão em particular, detem direitos de uso da interferência humana nos
plataforma
l t f i f áti
informática BSA (Banking
(B ki S
Supervision
i i A li ti )
Aplication) processos;

tendo prestado serviços, nesse domínio, a muitos bancos  Investimento em tecnologias de


informação em áreas específicas
g austral e não só.
centrais da região de negócio ou de apoio para
acomodar o surgimento de
novos produtos ou serviços no
 O sistema bancário, em geral, está investindo na área das âmbito de identificação,
avaliação medição e mitigação
avaliação,
tecnologias de informação e comunicação e se mostra preparado de riscos;
para sustentar a adopção do Basileia II sem sobressaltos.  Instituições com matrizes, levam
vantagem das experiências e
recursos da casa mãe/
Instituições pequenas e locais
precisam de alternativas para a
obtenção de recursos para o
investimento
2. Desafios de Transição para Basileia II em Moçambique

INTERACÇÃO COM OS “STAKEHOLDERS


STAKEHOLDERS””
Desafios Gerais:
 Em Moçambique, o sistema bancário esteve envolvido em diversas fases de
 Para o sucesso de
concepção regulamentar através da Associação Moçambicana de Bancos. qualquer
empreeendimento, é
crucial o processo
 O sistema bancário também foi convidada para acções de formação no uso participativo mediante o
e interpretação dos modelos propostos. envolvimento dos
stakeholders nas
diferentes fases de
implementação do
 Na fase de implementação paralela do Pilar I (2013) a supervisão interagiu projecto.
banco
permanentemente com as áreas directamente envolvidas em cada banco.
 Essa interacção permite
que os gestores e as
organizações que dirigem
 O BM criou, por um normativo específico, um comité para acompanhamento
se identifiquem
q e se
do processo da implementação do projecto dirigido por um membro do compromentam com o
projecto
Conselho de Administração.
2. Desafios de Transição para Basileia II em Moçambique

REGULAMENTAÇÃO E SUPERVISÃO BANCÁRIA


Desafios Gerais:
 O BM elaborou a proposta do pacote  Preparação e
predisposição das
regulamentar e solicitou a contribuição dos autoridades para a
mudança de paradigmas
de regulação e supervisão;
bancos acautelando sempre os interesses da
 Criação de condições para
supervisão bancária e da elevação da a eficácia da regulação e
supervisão evitando a
captura do supervisor pelo
qualidade
qua dade de ges
gestão
ão de riscos
scos nas
as instituições
s u ções sistema
s s e a ba
bancário;
cá o;

bancárias.  Concepção regulamentar


tendo em conta a
realidade local e o meio
envolvente.
2. Desafios de Transição para Basileia II em Moçambique

Conclusão

A transição para os acordos de basileia II é pertinente para a elevação da


qualidade dos capitais e a capacidade destes para a mitigação dos riscos do
sistema bancário o que concorre, de alguma forma, para a solidez do sistema
financeiro.
financeiro

a a a co
Para concretização,
c et ação, requer-se
eque se uum e
elevado
e ado co
compromisso
p o sso das auto
autoridades
dades e
decisores a vários níveis e a sua predisposição para o diálogo permanente com os
“stakeholders”.
MUITO OBRIGADA

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