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Julie Dorrico2
Considerações Iniciais
1
O subtítulo foi revisitado e utilizado a fim de mostrar que a voz indígena, de objeto de pesquisa,
passa a ser protagonista na letra dos escritores indígenas. Inicialmente, porém, já fôra utilizado
como nome de projeto de pesquisa. A referência se faz ao projeto Livros da Floresta: do registro
etnográfico à criação literária, patrocinado pelo Edital Universal do CNPq em 2012.
2
Doutoranda em Letras, área de concentração em Teoria da Literatura, pelo Programa de Pós-
Graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Contato:
juliedorrico@gmail.com
228 | Literatura indígena brasileira contemporânea: Criação, crítica e recepção
Em olhares de ternura
Como são os teus, brilhantes, acalentante identidade
E transformaremos os sexos indígenas
Em órgãos produtores de lindos bebês guerreiros do
Futuro
E não passaremos mais fome
Fome de alma, fome de terra, fome de mata
Fome de História (Potiguara, 2004, p. 103).
Ocidente, uma vez que seus modos de vida eram assumidos como
negativos, inferiores, desqualificados. “Preguiçoso”, “selvagem”,
“atrasado” foram alguns dos adjetivos que o fizeram desejar
abandonar sua pertença étnica. No primeiro contato com a escola
podemos perceber a violência do estereótipo lançado sobre o
fenótipo indígena de Daniel Munduruku:
Considerações Finais
Referências
JECUPÉ, Kaká Werá. Oré awé roiru’a ma – Todas as vezes que dissemos adeus.
São Paulo: TRIOM, 2002.