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FUTURO GOVERNO

Meirelles demonstra
pessimismo com Lula e
deseja sorte a investidores
Falas do presidente eleito a favor de prioridades
na área social que podem custar aos cofres
públicos causou estresse no mercado financeiro
nesta quinta (10)

Por LUCYENNE LANDIM


O TEMPO Brasília
Qui, 10/11/22 - 18h57

Henrique Meirelles foi presidente do Banco Central nos dois primeiros


mandatos de Lula como presidente da República | Foto: Marcello
Casal jr/Agência Brasil

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O ex-presidente do Banco Central Henrique


Meirelles criticou o discurso do presidente eleito
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a favor de
prioridades na área social que podem custar aos
cofres públicos. Em evento privado do banco BTG
Pactual, Meirelles, que comandou a autoridade
monetária nos dois primeiros mandatos de Lula,
demonstrou pessimismo com a economia no futuro
governo e desejou "boa sorte" a investidores.

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Na avaliação dele, o petista estava evitando tratar


abertamente sobre temas econômicos para "não
desagradar", mas agora tem tomado um caminho
semelhante à sua sucessora, presidente Dilma
Rousseff (PT), alvo de impeachment em 2016.

"O Lula estava fechado, não dizia nada, não queria


desagradar ninguém. Hoje começou a falar. Aí ele
começou a sinalizar uma direção à Dilma. Ele está
fazendo uma opção que é a opção mais fácil, de
agradar lá dentro”, disse. "Estou pessimista, não
tenha dúvida. [...] “Só posso dizer uma coisa a
todos vocês: boa sorte”, acrescentou.

Meirelles defendeu a reforma administrativa, que


tem intenção de enxugar os gatos públicos. A pauta
está travada no Congresso Nacional e não tem
previsão de avançar para ser votada.

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As declarações de Meirelles acontecem após o
apoio dado à campanha eleitoral de Lula. Em
outubro, Lula reuniu ex-presidenciáveis, incluindo
Meirelles, em busca de uma "frente ampla pela
democracia". A aproximação fez com que Meirelles
fosse cotado para assumir o Ministério da Fazenda,
possibilidade que agora perde força com as críticas
apontadas ao petista.

Nesta quinta-feira (10), o vice-presidente eleito


Geraldo Alckmin (PSB) anunciou o ex-ministro da
Fazenda Guido Mantega para compor a equipe de
transição na área de Planejamento e Gestão. A
decisão contribuiu com a irritação do mercado
financeiro, que já vinha apresentando resultados
negativos após o discurso de Lula.

A aliados políticos, Lula fez um discurso


com críticas à “estabilidade fiscal”
fiscal”, ao defender
que é preciso colocar a questão social na frente de
temas que interessam, segundo ele, apenas ao
mercado financeiro. Ele também questionou por
que ter meta de inflação e não ter meta para o
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

“Por que as pessoas são levadas a sofrerem por


conta de garantir a tal da estabilidade fiscal desse
país? Por que toda hora as pessoas falam que é
preciso cortar gastos, que é preciso fazer superávit,
que é preciso fazer teto de gastos? Por que as
mesmas pessoas que discutem teto de gastos com
seriedade não discutem a questão social neste
país?”, questionou o petista, em discurso no Centro
Cultural Banco do Brasil (CCBB), espaço onde
trabalha a equipe de transição.

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