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GOVERNO DILMA ROUSSEFF

Dilma Rousseff (PT) governou o Brasil por dois mandatos, o primeiro iniciando
em 1 de Janeiro de 2010, quando foi eleita no segundo turno contra o presidente
do PSDB, José Serra, e o segundo mandato do dia 1 de Janeiro de 2015, quando
derrotou o também candidato do PSDB Aécio Neves, até 31 de Agosto de 2016,
quando sofreu o processo de impeachment.

Do ponto de vista econômico, a política adotada pelo governo Dilma Rousseff,


através do ministro da fazenda Guido Mantega, promovia a redução da taxa
básica de juros, desonerações de tributos industriais e expansão de créditos
junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Essa política econômica ficou conhecida como "Nova Matriz Econômica" ou
"Nova Matriz Macroeconômica".

Ainda em 2010, foi lançado o PAC 2 (Programa de Aceleração de Crescimento),


prevendo recursos de R$ 1,59 trilhão nos seguintes seguimentos: Cidade
Melhor, Comunidade Cidadã, Minha Casa Minha Vida, Água e Luz para Todos,
Transportes e Energia e Saneamento.

O PIB brasileiro cresceu, sobretudo nos primeiros anos do primeiro mandato,


elevando o Brasil a sexta posição das maiores economias globais. Ocorreu
também a desoneração de impostos sobre a cesta básica, mas em outros
seguimentos, a tributação aumentou, e por fim, ocorreu inflação devido a baixa
taxa de juros, fazendo com que o governo a subisse posteriormente.

Do ponto de vista social, o programa Bolsa Família concedeu de R$77,00 a


R$154,00, de acordo com o número de dependentes e renda. Vale destacar que
em 2012, o salário mínimo havia sido registrado como R$622,00.
Em 2011 foi lançado o PRONATEC Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego), ampliando a rede de instituições ferais de ensino técnico.
Porém, os índices de Educação mundial, mostravam que o Brasil estava em
posições críticas, em investimento no setor, comparado a outros países.

Do ponto de vista das relações internacionais, o governo de Dilma Rousseff fez


acordos bilaterais, em especial com a China, que se tornara a principal parceira
comercial do Brasil, produzindo aviões da Embraer em território chinês e
comprando commodities brasileiras, enquanto o Brasil recebia US$ 350 milhões
de investimentos da Hauwei.

Em 2013 foi lançado o programa "Mais Médicos", que tinha como meta a vinda
de 15.000 médicos cubanos para ocupar cargos em municípios do interior e
periferias. Apesar de maior apoio da população, o programa recebeu críticas de
entidades e estudantes de medicina, que alegaram que o problema não era a
carência de profissionais e sim de infraestrutura.

A política ambiental também recebeu muitas críticas de ambientalistas e


movimentos sociais, pois foi aprovado em 2012 o "Novo Código Florestal", que
anistiava pequenos agricultores que houvessem praticado desmatamento até
2008, além de permitir a redução de áreas de conservação obrigatória dos
estados. A construção da Usina de Belo Monte, no norte do Pará, também
resultou em duras críticas, pois a instalação da estrutura resultaria em destruição
de igarapés e inundações em pequenas cidades.

Em 2014 estourou no país os escândalos referentes a denúncias de corrupção


da Petrobrás, e assim, a operação da Polícia Federal ficou conhecida como
Operação Lava-Jato. Trata-se de lavagem de dinheiro que era investigada desde
2009, ao qual havia cobrança de propina por políticos, para facilitar licitações de
empreiteiras para a construção de obras públicas. A operação agravou a crise
política do país.

Em Dezembro de 2015, o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha,


na época, do MDB, acolheu o pedido de impeachment para votação. A
justificativa do processo eram as chamadas "pedaladas fiscais", uma quantia de
R$2,5 bilhões que foram liberados sem aprovação do congresso. Porém, os
opositores do processo entenderam que tratava-se de uma retaliação de Cunha,
pois deputados ligados a Dilma não haviam apoiado o presidente da câmara no
Conselho de Ética, de onde ele respondia por processo de corrupção.
No dia 17 de Abril de 2016, a Câmara dos Deputados aprovou o impeachment
com 367 votos a favor, 137 contra, 7 abstenções e duas ausências, e em 31 de
Agosto do mesmo ano, o processo se concluiu com o Senado, mas Dilma
Rousseff não perdeu seus direitos políticos, pDois havia um entendimento que
não ocorrera corrupção, como em outros processos da História do Brasil.

Governo de Michel Temer

Michel Temer (MDB), foi presidente de 31 de Agosto de 2016, inicialmente como


interino, devido ao processo de impeachment de Dilma Rousseff, por antes
ocupar o cargo de vice-presidente, até 1 de Janeiro de 2019.

Do ponto de vista econômico, apesar de curto, seu governo foi marcado por uma
mudança abrupta em relação a Nova Matriz Econômica, do governo de Dilma
Rousseff, que era baseada no desenvolvimentismo, pois o governo Temer,
através do ministro da fazenda Henrique Meirelles (ex-presidente do Banco
Central do governo Lula), preferiu tomar medidas impopulares, como o
estabelecimento do teto de gastos, O programa econômico foi batizado de "Uma
Ponte para o Futuro, elaborado pela fundação Ullysses Guimarães.

A PEC 241 se tornou a Emenda Constitucional n.º 95, que estabelecia que o
Teto de Gastos pelos próximos 20 anos, à partir de 2017,seria colocado em
prática. Com isso, as despesas públicas seriam limitadas, e a base para o cálculo
desse teto, leva em consideração os índices de inflação do ano anterior.

Na Educação, programas como Pronatec, ProUni e FIES (Fundo de


Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) tiveram suspensão de novas
vagas momentaneamente, e em 2017, através de medida provisória, foi lançada
a Reforma do Ensino Médio,
O Novo Ensino Médio estipula a carga horária mínima do estudante na escola,
de 800 para 1000 horas anuais, somando os três anos do ensino médio, chegaria
a 3000 horas, e um conteúdo mais flexível, tendo 1800 horas na BNCC (Base
Curricular Comum) e o restante, seguindo os chamados Itinerários Formativos,
que são projetos, oficinas ou cursos que aprofundam em ´áreas específicas, que
ficam a critério da escola. As únicas disciplinas obrigatórias a serem feitas
durante os três anos são Matemática e Português.

Em 2017 também foi aprovada a Reforma Trabalhista, que ia na contramão da


classe trabalhadora, aumentando a jornada de trabalho, de 8 para 12 horas,
permitindo mulheres gestantes e lactantes trabalharem em locais insalubres,
além de negociações laborais, serem feitas entre patrões e empregados, sem
necessariamente ter a intermediação da Justiça do Trabalho.

Apesar de pouco tempo no governo, a gestão também teve envolvimento em


polêmicas, tendo a principal, do ministro do planejamento Romero Jucá, quando
fora descoberta uma conversa telefônica em Março de 2016, quando ainda era
deputado federal pelo MDB, ao qual dizia que o impeachment de Dilma Rousseff
poderia parar a Operação Lava-Jato, favorecendo aqueles que eram
investigados. Segundo Jucá, um eventual governo Michel Temer deveria
construir um pacto nacional "com o Supremo, com tudo", liberando todos os
investigados.

No final de seu mandato, foi divulgado por aparelhos de imprensa, que Michel
Temer havia autorizado Joesley Batista, empresário da JBS , empresa
alimentícia, a repassar dinheiro o ex-deputado preso por corrupção, Eduardo
Cunha e ao economista Lúcio Funaro, em troca de seus silêncios. Temer
supostamente havia favorecido a JBS para concessões no Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Michel Temer terminou seu mandato em 1 de Janeiro de 2018, sendo sucedido


por Jair Bolsonaro, e sua impopularidade foi das maiores da História do Brasil,
com 82%.

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