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Economia no Governo Bolsonaro

Crescimento Econômico;
O crescimento econômico durante o governo Bolsonaro teve variações. Nos
primeiros anos, antes da pandemia de COVID-19, o Brasil experimentou uma
recuperação gradual, a economia pouco cresceu em 2019, com um aumento no PIB
de 1,2%. Em 2020 a pandemia de covid-19 atingiu em cheio a economia brasileira e
o PIB caiu 3,3%. Em 2021 o PIB cresceu 5,0% e, no último ano do governo, cresceu
2,9%.

Reformas Econômicas;
As primeiras medidas econômicas adotadas pelo governo foram de caráter
neoliberal. Logo no primeiro dia de governo, Bolsonaro assinou seu primeiro
decreto, que reajusta o salário mínimo de 954 para 998 reais. Algumas das
principais incluem a Reforma da Previdência, que buscou ajustar o sistema
previdenciário para equilibrar as contas públicas, e a Reforma Trabalhista, que
introduziu mudanças nas leis trabalhistas para estimular o emprego e a economia.

Política Monetária;
Seguindo a tendência iniciada durante o Governo Temer, o Banco Central seguiu
reduzindo a meta da taxa básica de juros da economia, que era de 6,5% ao ano
quando o governo iniciou, até o valor mínimo histórico de 2% ao ano, que perdurou
de agosto de 2020 até março de 2021.
Essa redução teve consequências tanto positivas, quanto negativas para a
economia brasileira. Por um lado, ela reduziu o custo do serviço da dívida pública,
reduzindo o endividamento do governo. A medida foi necessária devido à pandemia
de COVID-19, que levou a União a se endividar ainda mais para suportar as
despesas extraordinárias com pagamento do auxílio emergencial, programas de
proteção de empregos, aquisição de vacinas e compensação aos estados e
municípios pela queda nas receitas estaduais.

Inflação e Câmbio;
Durante o governo Bolsonaro, o Brasil enfrentou desafios significativos em relação à
inflação e ao câmbio. Houve períodos de pressão inflacionária, em parte devido a
questões como a pandemia, aumento de preços de alimentos e combustíveis. O
câmbio também foi volátil, com o Real se desvalorizando em relação ao dólar em
alguns momentos, afetando a economia e o poder de compra dos brasileiros.

Programas Sociais e Auxílios;


No governo Bolsonaro, foram implementados programas sociais e auxílios, sendo o
mais destacado o Auxílio Emergencial durante a pandemia de COVID-19. Esse
programa visava fornecer assistência financeira a milhões de brasileiros em
situação de vulnerabilidade. Além disso, o governo também lançou iniciativas como
o Bolsa Família e o Programa Verde e Amarelo, este último voltado para incentivar a
geração de empregos, especialmente entre os jovens. Essas políticas foram objeto
de debates sobre eficácia e sustentabilidade fiscal.

Relações Comerciais;
Durante o governo Bolsonaro, houve ênfase em políticas econômicas liberalizantes,
com reformas estruturais propostas. As relações comerciais foram marcadas por
negociações bilaterais e a busca por acordos internacionais, como o acordo
Mercosul-UE. Além disso, houve mudanças na postura em relação à China, com
esforços para diversificar parceiros comerciais.

Investimentos em Infraestrutura;
Durante o governo Bolsonaro, houve ênfase em programas sociais como o Auxílio
Emergencial, implementado em 2020 em resposta à pandemia. Quanto a
investimentos em infraestrutura, destacam-se iniciativas como o programa
"Pró-Brasil", visando melhorias em setores como transporte e saneamento. A gestão
Bolsonaro também buscou parcerias com a iniciativa privada para impulsionar
investimentos nesse campo.

Educação no Governo Bolsonaro


Reformas no Ensino Médio;
Durante o governo Bolsonaro, houve a implementação da reforma no Ensino Médio,
buscando flexibilizar a estrutura curricular, permitindo maior ênfase em áreas
específicas e incentivando a formação técnica.

Base Nacional Comum Curricular (BNCC);


A BNCC foi mantida e aprovada durante o governo Bolsonaro, estabelecendo os
conhecimentos essenciais que todos os alunos brasileiros devem aprender em cada
etapa da educação básica.

Programa Future-se;
O Future-se foi proposto como um programa de autonomia financeira para as
universidades federais, envolvendo parcerias com organizações privadas, mas
encontrou resistência e críticas, não sendo totalmente implementado.

ENEM e SISU;
O ENEM permaneceu como principal vestibular nacional, e o SISU continuou sendo
utilizado como plataforma para acesso às vagas em instituições públicas de ensino
superior com base na nota do ENEM.

Educação à Distância (EaD);


O governo Bolsonaro manifestou apoio ao ensino a distância, especialmente no
contexto da pandemia, promovendo medidas para flexibilizar a oferta de cursos
nessa modalidade.

Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares;


Foi implementado o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, buscando
parcerias entre militares e civis para gestão escolar, com o objetivo de promover
valores cívicos e disciplina.

Pronatec e Fies;
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e o
Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) foram programas educacionais
importantes no Brasil. Durante o governo Bolsonaro, houve alguns ajustes e
revisões em ambos os programas. O Pronatec teve mudanças em sua estrutura e
oferta de cursos, enquanto o FIES passou por ajustes em taxas de juros e
condições de financiamento, buscando adequar-se a novas demandas e realidades
do ensino superior no país.

Saúde no Governo Bolsonaro


Programa Saúde da Família (PSF);
O PSF, que visa promover a atenção básica à saúde, continuou sendo uma
prioridade, mas enfrentou desafios como a necessidade de ampliação e
aprimoramento, especialmente em áreas mais carentes.

Programa Mais Médicos;


Houve alterações no Programa Mais Médicos, com o governo Bolsonaro buscando
implementar ajustes e novas diretrizes. Isso incluiu a substituição de profissionais
estrangeiros por médicos brasileiros, visando maior integração nacional na oferta de
serviços de saúde.

Combate à COVID-19;
O governo Bolsonaro enfrentou críticas por sua abordagem negacionista durante a
pandemia de COVID-19, sendo associado ao aumento significativo de mortes no
Brasil, que se tornou o segundo país com mais óbitos absolutos. Bolsonaro
minimizou a gravidade da doença, promoveu aglomerações, desaconselhou
medidas de isolamento e endossou medicamentos não comprovadamente eficazes.
Ministros da Saúde, como Mandetta e Teich, foram demitidos após discordâncias
sobre estratégias. Pazuello, militar nomeado, seguiu as ordens de Bolsonaro,
resultando em colapsos locais, como em Manaus. A troca de ministros continuou, e
Queiroga assumiu com dados incorretos sendo divulgados. A gestão enfrentou
críticas pela falta de transparência, levando veículos de comunicação a se unirem
para divulgar informações precisas.

Vacinação;
O processo de vacinação contra a COVID-19 foi uma prioridade, mas também
suscitou discussões sobre a distribuição equitativa das vacinas e a eficiência na
logística de imunização.

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