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Leis Administrativas | Luciano Franco

Lei 8112 - Provimento e Vacância

Lei 8112 - Provimento e Vacância

Do Provimento
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I. A nacionalidade brasileira;
II. O gozo dos direitos políticos;
III. A quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV. O nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V. A idade mínima de 18 anos;
VI. Aptidão física e mental.

Comentários: A determinação do nível de escolaridade para cada cargo, é


determinada pela lei do cargo, e não está submetida à Lei 8.112/90. O rol acima
descrito é mínimo e exemplificativo.

§1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos


estabelecidos em lei.
§2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em
concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com
a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% das
vagas oferecidas no concurso.
§3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais
poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de
acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.

Comentários: quanto ao provimento de vagas para portadores de necessidades


especiais, conforme expresso no art. 37 inc. VIII da CF., a lei reservará percentual dos
cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os
critérios de sua admissão.

Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade


competente de cada Poder.

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Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 8º São formas de provimento de cargo público:

I. Nomeação;
II. Promoção;
III. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V. Readaptação;
VI. Reversão;
VII. Aproveitamento;
VIII. Reintegração;
IX. Recondução.

Nomeação Promoção
Formas de Provimento

Readaptação Reversão

Aproveitamento Reintegração

Recondução

Comentários: Segundo a SÚMULA VINCULANTE 43. “É inconstitucional toda


modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação
em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira
na qual anteriormente investido”. Por isso, transferência, ascensão, acesso, remoção,
redistribuição e readmissão NÃO SÃO formas de provimento, ou seja, se houver
alguma forma de provimento que permite que a pessoa troque de carreira sem

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precisar passar em concurso, essa forma é INCONSTITUCIONAL.

O provimento pode ser classificado em DUAS CATEGORIAS, sendo elas:

• PROVIMENTO ORIGINÁRIO: quando a pessoa é designada ao cargo público


independente de seu vínculo anterior com a administração pública, tendo como
forma a nomeação.
• PROVIMENTO DERIVADO: esse provimento, depende do vínculo anterior com a
administração pública, portanto, todas as demais formas são deste provimento.

Da Vacância
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:

I. Exoneração;
II. Demissão;
III. Promoção;
IV. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VI. Readaptação;
VII. Aposentadoria;
VIII. Posse em outro cargo inacumulável;
IX. Falecimento.

Comentários: a promoção e a readaptação são consideradas, pela doutrina, formas


híbridas, já que, junto com esses provimentos, ocorre a vacância. Se o ocupante do
cargo falecer ou se aposentar, o cargo ficará vago. Conforme disposto pela
Constituição Federal, no art. 37, inciso 16, pode haver acumulação lícita de cargos
em 3 hipóteses:

• Se o servidor tiver compatibilidade de horário pode acumular dois cargos de


professor.
• Um cargo técnico e um cargo de professor.
• Dois cargos privativos da área da saúde.

Entretanto, se o servidor tomar posse de um cargo que não pode ser acumulado com
o cargo ocupado atualmente, ocorrerá a vacância do cargo atual. A demissão é uma
penalidade precedida de processo administrativo disciplinar, o que gera uma vaga no

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cargo exercido pela pessoa que foi demitida. A EXONERAÇÃO NÃO É UMA
PENALIDADE. O servidor pode pedir exoneração caso esteja insatisfeito com
determinado cargo, portanto, não é caracterizado como demissão.

Art. 34. A exoneração de CARGO EFETIVO dar-se-á a pedido do servidor, ou de


ofício.

Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:

I. Quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;


II. Quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo
estabelecido.

Art. 35. A exoneração de CARGO EM COMISSÃO e a dispensa de função de


confiança dar-se-á:

I. A juízo da autoridade competente;


II. A pedido do próprio servidor.

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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