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ROTEIRO ​PODCAST​ - PENSAMENTO COMPUTACIONAL

PENSAMENTO COMPUTACIONAL

Podcast
Curso Pensamento Computacional
Duração estimada 5 min
Título do ​Podcast Pensamento computacional e o desenvolvimento de competências e
habilidades.
Objetivo(s) Compreender os 4 pilares do pensamento computacional e qual a
sua relação com o desenvolvimento de competências e habilidades.

Roteiro < música de abertura >

Hooda: Oie! Aqui é a Hooda! Tudo bem por aí? O assunto do nosso
podcast ​de hoje é o pensamento computacional. Esse é um tema que
tem tudo a ver com solução de problemas – quer dizer, com a
solução eficiente ​de problemas! A ideia deste papo é apresentar os 4
pilares dessa linha de pensamento. A gente também vai dedicar um
tempinho para refletir sobre como esse tema pode se relacionar com
o desenvolvimento de habilidades e competências. Bora lá?
Bom, pra começar vamos pensar junto: que relação existe entre as
competências gerais da BNCC e o pensamento computacional? Vocês
conseguem imaginar como o pensamento computacional pode
ajudar os estudantes a desenvolver esses tipos de competência?
Podemos dizer que duas das competências gerais da BNCC se
relacionam mais diretamente ao pensamento computacional. Uma
delas é a cultura digital. E a outra é o pensamento científico, crítico e
criativo. Quando a gente fala em cultura digital, está dizendo que os
estudantes, como eu, precisam ter a capacidade de compreender, de
utilizar e de criar tecnologias digitais de informação e comunicação.
Assim a gente pode acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e se comunicar. Vamos ser então
protagonistas tanto na vida pessoal, quanto na social. É importante
que a gente faça tudo isso de um jeito crítico, reflexivo e com ética
nas diversas práticas sociais – inclusive na escola. E então? Essa
competência tem ou não tem tudo a ver com o pensamento
computacional? O pensamento computacional é fundamental pro
estudante entender o funcionamento das tecnologias digitais,
porque aí a gente se torna não só usuário, mas também produtor
dessas tecnologias. Já a competência do “pensamento científico,
crítico e criativo” fala da capacidade que uma pessoa tem de
investigar causas, elaborar hipóteses, fazer testes, formular
problemas e criar soluções. Nossa! Parece até que eu tô descrevendo
o pensamento computacional mais uma vez, né? Tem ‘super’ a ver
também! Quando um professor está trabalhando essa competência,
ele precisa dar aos estudantes atividades que façam com que eles
desenvolvam a lógica, o raciocínio e a busca por soluções para certas
necessidades, pontos que são centrais no pensamento
computacional. Falando nisso,vamos passar para os 4 pilares do
pensamento computacional? O primeiro deles é a decomposição,
que nada mais é que dividir um problema complexo em partes
menores para facilitar a solução.
O segundo pilar é o reconhecimento de padrões. Significa ser capaz
de reconhecer padrões em uma situação-problema e assim analisar
formas de resolvê-la. Já o terceiro pilar do pensamento
computacional é a abstração, que é a capacidade que a gente precisa
ter, quando está resolvendo um problema, de se concentrar no que é
mais importante, sem se perder nos detalhes. Assim, a gente
consegue criar soluções que podem até servir para outras situações
semelhantes. Por fim, um dos pilares mais importantes do
pensamento computacional é o pensamento algorítmico. Pelo nome
parece coisa complicada, mas é basicamente usar a lógica para criar
uma sequência de passos que vão resolver um problema.
Isso se aplica a todo tipo de situação, viu? Sejam aquelas do nosso
dia a dia, sejam situações mais complexas. Ah! E pode ou não
envolver o uso do computador. Isso é bem importante. Vou dar um
exemplo. Para ir até a escola todo dia, eu realizo uma sequência de
ações: acordo, tomo banho, coloco o uniforme, tomo café, saio de
casa, pego o ônibus e chego à escola. Quando eu termino de
executar essas etapas, eu resolvo o meu problema, que é chegar à
escola. Essa é a base do pensamento computacional. E aqui tem uma
sacada: essa sequência de passos pode ser codificada em uma
linguagem de programação e virar um programa de computador que
vai ajudar várias pessoas a solucionar problemas semelhantes.
Vamos incrementar um pouquinho o nosso exemplo? Imagine que o
problema da pessoa que quer chegar à escola é descobrir a melhor
rota, saindo de casa. Um programa de computador pode
perfeitamente ajudar a resolver esse problema. Quem aí não usa
aplicativo para descobrir o jeito mais rápido de chegar aos lugares
hoje? Tem também outro exemplo muito legal que o professor e
matemático Seymour Papert descreve num livro dele chamado ​A
máquina das crianças: repensando a escola na era da informática.​ O
professor Papert conta como dois estudantes criaram um jogo de
carros num ambiente de programação chamado LOGO. O jogo era
assim: os estudantes tinham de programar o movimento dos carros
numa estrada. Para isso eles criaram uma programação para os
automóveis, seguindo duas regras essenciais. A primeira era a
velocidade do carro poder aumentar até ele encontrar outro carro à
frente. E a segunda regra era a velocidade ser reduzida quando isso
acontecesse. Ao executar o programa, os estudantes perceberam
que os carros acabavam ficando aglomerados, formando um
congestionamento. Ou seja, eles conseguiram perceber a natureza
auto-organizadora do congestionamento porque eles mesmos
escreveram o programa. Não é demais? Dá pra perceber bem
claramente então que a escrita de códigos de programação ajuda a
gente a entender os problemas do cotidiano – e pensar melhor nas
soluções. Bom, fazendo um resumo do nosso papo de hoje, a gente
viu que os 4 pilares do pensamento computacional são: a
decomposição, o reconhecimento de padrões, a abstração e a
criação de algoritmos. Também percebeu que, conhecendo o
pensamento computacional e se aprimorando nestes 4 pilares, o
estudante ganha recursos importantes para resolver problemas de
um jeito eficaz. E assim ele vai desenvolvendo outras competências
relacionadas à cultura digital e ao pensamento crítico e criativo, que
são essenciais neste mundo cada vez mais complexo e conectado!
Bom, espero que essas informações todas ajudem no trabalho de
vocês com as competências da BNCC. Ao longo do curso, a gente vai
se aprofundar também em outros conceitos importantes
relacionados ao pensamento computacional.

Valeu, tchau!

< música de fechamento >


Referências ● PAPERT, S. ​A Máquina das crianças​: repensando a escola na era da
informática (edição revisada).​ ​Porto Alegre: Artmed, 2007.
● WING, J. ​Computational thinking​. Commun. ACM, v. 49, pp. 33-35,
2006.
● WING, J. ​Computational thinking and thinking about computing.
Philosophical transactions of the royal society of London A:
mathematical, physical and engineering sciences, v. 366, n. 1881,
pp. 3717-3725, 2008.

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