RESUMO • Parte I – TEAR DE IDEIAS • Parte II – A REDE: COMPONDO SUBJETIVIDADES • Parte III – O TECIDO DA REDE • Parte IV – FAMÍLIAS NA TRAMA DA REDE • Parte V – SOBRE OS TECELÕES • Parte VI - EMARANHADOS DA MODERNIDADE ENFOQUE CENTRAL DESTE LIVRO ✓ Desenhar os contornos e refletir sobre as propostas em saúde mental (SM) no município de São Paulo (1989/1996). ✓ Apresentar a Proposta do Modelo Integral em SM da Prefeitura do Município de SP (governo Luiza Erundina). APRESENTAÇÃO • Objetivo diretrizes, estratégias e ações: desnaturalização das formas segregativas e violentas de “administrar” a doença mental. • Política de SM que mobiliza a ação coletiva. • Pressupõe equipes e seus projetos. • Desmonte dos processos de exclusão de “doentes mentais”. ENCERRAMENTO junho 1996 ✓ PAS – Plano de Atenção à Saúde produziu violento desmantelamento de muitas equipes multiprofissionais. ✓ Transferência compulsória de profissionais que não aderiram ao PAS e alteração das concepções e organização dos serviços. APRESENTAÇÃO • Política de SM – importância que a memória coletiva tem na sustentabilidade de experiências que se propõem a desmontar o apassivamento dos sujeitos. • Encontro: resiliência dos protagonistas no processo de construção da rede municipal de SM e da implicação da Universidade com os destinos da saúde pública no país. AÇÕES DE DESTAQUE ✓ Ateliê de textos dos trabalhadores em SM: ago/dez.1996 PUC-SP: ancorar produção de textos relativos à SM em SP. ✓ LAPSO: Laboratório de Psicanálise e Psicologia Social – IPUSP desde 1992 – desenvolver projetos onde haja constante reflexão sobre modelos da práticas de SM em instituições públicas. PARTE I – TEAR DE IDEIAS • Construção de política de SM antimanicomial. • Reflexões sobre a cultura manicomial: violenta e exclusiva. • Modelo hegemônico assistcl. em SM: enclausura/o, super sedação, longas internações, camisas de força, celas-forte. • Implantação do novo modelo de atenção à SM em SP se preocupa em NÃO protagonizar outros signos Antimanicomiais (lista enorme pg. 30/31). • Reforma em SM na cidade de SP – modalidade crítica de atenção à SM com objetivo de construir uma organização de serviços que atuasse sobre um território concreto, com problemas, cultura e gente concreta. PARTE I – TEAR DE IDEIAS • Acúmulo histórico de produção antimanicomial: reforma psiquiátrica brasileira, Código de Saúde do Estado de SP, Declaração de Caracas 1990, Declaração ONU 1991, II Conferência de SM 1992, I Encontro Nacional de Luta Antimanicomial 1993. • Efetivação de um Sistema Único de Saúde sob gerencia/o do município, com base na reforma em SM: equidade, universali//, regionalização, territorial//., gratui//. • Reforma San. Brslra. Reforma em SM – “direito à saúde” • Conselhos Gestores, gps. de familiares usuários de s.m.: constante reflexão sobre processo de saúde-sofri/o psíq. PARTE I – TEAR DE IDEIAS Ações de impacto da Política de SM em SP: • Desmontar o aparato jurídico-institucional que legitima a instituição manicml., criando novo estatuto doente mental. • Enfrentar a cultura manicomial imposta à socie//., ressignificando loucura, sofri/o. e doença mental. • Substituir progressivamente o Hospital Psiquiátrico por um Modelo de Atenção Integral à SM Antimanicomial. • Construir, a partir de 1989 um novo modelo de atenção à s.m. para a cidade de São Paulo. Contexto histórico político social em 1989 – p. 37 a 40 PARTE I – TEAR DE IDEIAS Resultados iniciais ❖ 129 equipes multidisciplinares em SM nas UBS (uni//s básicas de saúde). ❖ 14 Hospitais-Dia: uni//s de convivência e terap^. Intensiva. ❖ 18 Centros de Convivência e Cooperativas (Ceccos). ❖ 14 Emergências em SM em Prontos Socorros Gerais, 3 Enfermarias de SM em Hospitais Gerais. ❖ 70 equipes de SM em Hospitais Gerais Públicos. ❖ 06 Centros de Referência de Saúde do Trabalhador para instrumentalizar trabalhador, sindicatos e Ministério Públ. FOCO: respeito ao sujeito, família e sofrimento. PARTE II – A REDE: COMPONDO SUBJETIVIDADES • Hospital-dia: reflexão sobre esta proposta de atendimento. • Continência na rotina do HD. • Participação criativa. • Ferramentas conceituais para trata/o psicoses infantis. • Paredes da liberdade – caso (p.123) • Dispositivos coletivos de proteção – caso (p.132 a 136) • Temp(o)estade – caso (p.138/9) • Brodagem – caso (p.142 a 147) • Uma alegoria para terminar – caso (p. 148 a 154) • A rede e o sentido – caso (155 a 162) conceito de delírio. • A passagem – rede tecida com material afetivo(p.162/167) PARTE III – O TECIDO DA REDE • Os caçadores de sonhos: HD infantis + casos. • Caso Fábio (p.172 a 182). • HDs Santana, Vila Prudente e Moóca. • Unidade Moóca funcionou de 13.01.92 a 20.06.96 (4a5m) • Após 20.06.96 HD passa a ser gerenciado pelo PAS • Desinvestimento da Adm. Pública em relação à SM. • Passou-se a considerar fundamental a inserção escolar das crianças. • Cecco’s - Centros de Convivência e Cooperativas em SP: objetivos de facilitar e estimular a participação coletiva, promover experimentação artística e criativa, XX, encontro. PARTE III – O TECIDO DA REDE • Cecco’s – atividades culturais, esportivas para produzir sentido ao coletivo. • Cecco Parque Previdência, Oficina de Costura, Oficina de Contar História. • Instaurar espaço de acolhimento e troca abertura criativa. • Espaço Institucional invadido pelo PAS. • Festa “estar juntos” => emocionante (p.194) • HD em SM Infantil Santana: percurso de uma perspectiva clínica (p.198 a 212) => começo, meio e fim. • Caldeirão de sementes/Harpa Encantada-metáforas/casos. PARTE IV – FAMÍLIAS NA TRAMA DA REDE • Reflexões sobre o trabalho realizado com as famílias no HD de SM do Campo Limpo. • “Família é bom, mas só em fotografia”. • Psicanálise – 1os. anos de vida fundamentais para desenvolvimento humano. • Incluir família no tratamento é fundamental. • Doente Mental “espelha” a doença familiar. • Discurso Oficial e espaços de interlocução (239 a245) caso • Aceitar como essencial o acolhimento do sofrimento familiar, intervenção imediata e imperativa, evitar a sentença “o inferno são as famílias”. PARTE IV – FAMÍLIAS NA TRAMA DA REDE • Reflexões sobre o trabalho realizado com famílias no HD de SM do Butantã – pacientes adultos. • Analisar concepções correntes de DM entre familiares, expectativas destes em relação ao trata/o e ao doente, como os terapeutas lidam c/ o material emergente. • Contrato de Acompanha/o Familiar (p.252/254) • A voz dos familiares: religiosa, orgânica, psicológica, moral. • Paralelo com Grupos Operativos Pichon Rivière (p.257) • Expectativas e demandas, como os terapeutas lidam com material emergente, conclusão ( p.257/261) • O mito familiar como instrumento de análise (p.263/276) PARTE V – SOBRE OS TECELÕES • Crônica de um pensamento sobre/em formação. • Definições de formação/formação profissional. • Diferença entre saber, ideologia e conhecimento. • Aquisição de conhecimento 2º. Pichon Rivière (p.280/284) • Espaço Potencial 2º. Winnicott (p.284/5) • Reflexões sobre trabalho em HD: inquietudes da construção de uma prática (p.287 a 295) ver contexto Br. • Trabalhadores em SM na construção de práticas antimanicomiais: a rede substitutiva no município de SP – HD, Cecco, MLA (movi/o de luta antimanicomial), LAPSO. • Novamente Pichon Rivière - Processo Grupal (p.301) PARTE V – SOBRE OS TECELÕES • Pontos que definem especificidades na construção das práticas em SM nas instituições (p. 302/3) • Noção de limite (p.304) • Da crítica à psiquiatria moderna à busca de novas formas de relação/intervenção (p.305 a 316) • Contexto 1989/1992: avanços na construção de uma rede substitutiva, embora as condições materiais e políticas não tenham sido as idealizadas e sonhadas (impot^/onipot^) • A pobreza das condições de trabalho e de vida da população do nosso país acentua as dúvidas quanto às possibilidades de transformação do sist. psiq. atual. PARTE VI – EMARANHADOS DA MODERNIDADE • Admirável modernidade: adm. de afetos. • Reflexão sobre qual o destino da SM no Br. • “Nação em plena fase de melhora/o técnico e de progresso social, onde há lugar p/ todos desde que trabalhem e cumpram assiduamente seus deveres na ocupação a que se destinam” (Bosi, 1992, p.19) • Trabalho: mediador de identidades. • Cálculo custo-benefício: posição que economia ocupa. • Efeitos aberrantes: ocultar referência social e ética, um meio técnica e economicamente válido por ser moral ou socialmente inaceitável (Enriquez, 1995, p.11) PARTE VI – EMARANHADOS DA MODERNIDADE • Valores democráticos tornam-se esvaziados – progresso econômico produz um imaginário social de competitivi//. • Princípios de igualdade e liberdade. • Individualismo e liberdade. • Âmbito público e privado. • Impossibilidade de projetar o futuro => empobrecimento da vida psíquica com restrição da capaci// de pensar. • Gestão do afetivo (Enriquez): expressão de uma cultura em que a imposição de uma significação torna-se “tanto mais violenta quando retira certas significações do universo de reprodução cultural” (Fernandes, 1996. p.72). Fracasso estritamente pessoal. PARTE VI – EMARANHADOS DA MODERNIDADE • Ambivalência da promessa de respeito à singularidade com a manipulação da interioridade (p.328). • Complexa relação entre cidadania e subjetividade: ao consistir em direitos e deveres, a cidadania enriquece a subjetividade, mas por reduzir a individualidade ao que nela há de universal, corre o risco de transformar os sujeitos em unidades iguais e intercambiáveis no interior de administrações burocráticas, públicas ou privadas (Souza Santos, 1995, p.246). • A tensão entre uma subjetividade individual e individualista e uma cidadania reguladora e estabilizante percorre toda a modernidade. RESUMO DA ÓPERA “ A luta é contra essa cultura da violência que surrupia o quanto pode da sensibilidade e imaginação e nos deixa atrelados à coisa, à posse do benefício, à prevalência do imediato. Sem história, sem memória, vamos sendo progressivamente silenciados.” (Fernandes, 1996, p.75)
Importância da discussão com minúcia dos
sucessos, riscos, limites e impasses que envolvem as novas tecnologias de atenção em SM. BONS ESTUDOS, BOA SORTE!!!