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HOME FÍSICA ÓPTICA CONSTRUÇÃO DE UMA CÂMARA ESCURA DE ORIFÍCIO
Construção de uma Câmara Escura de Orifício
Câmara escura de orifício
Câmara escura de orifício
A câmara escura de orifício é um objeto totalmente fechado, com as paredes opacas e com um
pequeno orifício em uma das faces. Ao colocarmos um pequeno objeto luminoso ou iluminado em
frente à câmara, podemos observar a imagem formada na parede oposta ao orifício. Essa imagem
é uma imagem real e invertida.

O olho humano se comporta como uma câmara escura de orifício, onde a luz entra pela íris, e o
orifício central é a pupila. Ao penetrar a pupila, a luz chega à região oposta chamada de retina,
onde a imagem é formada. Essa imagem, assim como na câmara escura, é invertida.
Na câmara escura, quanto menor for o orifício, mais nítida será a imagem formada pela câmara.

A construção de uma câmara de orifício é bastante simples. Você vai precisar de:
1 lata de leite em pó
1 pedaço de papel vegetal
1 tesoura
1 prego
1 martelo
1 tudo de cola de papel
1 vela

Faça um furo com o prego no fundo da lata.


Recorte o papel vegetal com diâmetro de aproximadamente 1 cm maior do que o diâmetro da
abertura da lata.
Cole o papel vegetal na abertura (n

o lugar da tampa). Está pronta sua Câmara Escura de Orifício.

Em um quarto escuro, acenda a vela e posicione sua câmara, com o orifício voltado para a vela, e
veja o resultado.
Lembre-se de utilizar um prego bem fino para furar a lata. Assim a imagem formada pela câmara
será mais nítida.

Por Kleber Cavalcante


Graduado em Física
Equipe Brasil Escola
Óptica - Física - Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

CAVALCANTE, Kleber G. "Construção de uma Câmara Escura de Orifício"; Brasil Escola.


Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/construcao-uma-camara-escura-orificio.htm.
Acesso em 17 de junho de 2023.

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Veja aqui o que é uma câmara escura de orifício e veja...
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A câmara escura de orifício é um objeto totalmente fechado, com as paredes opacas e com um
pequeno orifício em uma das faces. Ao colocarmos um pequeno objeto luminoso ou iluminado em
frente à câmara, podemos observar a imagem formada na parede oposta ao orifício. Essa imagem
é uma imagem real e invertida.

O olho humano se comporta como uma câmara escura de orifício, onde a luz entra pela íris, e o
orifício central é a pupila. Ao penetrar a pupila, a luz chega à região oposta chamada de retina,
onde a imagem é formada. Essa imagem, assim como na câmara escura, é invertida.
Na câmara escura, quanto menor for o orifício, mais nítida será a imagem formada pela câmara.

A construção de uma câmara de orifício é bastante simples. Você vai precisar de:
1 lata de leite em pó
1 pedaço de papel vegetal
1 tesoura
1 prego
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1 vela

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Recorte o papel vegetal com diâmetro de aproximadamente 1 cm maior do que o diâmetro da
abertura da lata.
Cole o papel vegetal na abertura (no lugar da tampa). Está pronta sua Câmara Escura de Orifício.

Em um quarto escuro, acenda a vela e posicione sua câmara, com o orifício voltado para a vela, e
veja o resultado.
Lembre-se de utilizar um prego bem fino para furar a lata. Assim a imagem formada pela câmara
será mais nítida.

Por Kleber Cavalcante


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é uma imagem real e invertida.

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onde a imagem é formada. Essa imagem, assim como na câmara escura, é invertida.
Na câmara escura, quanto menor for o orifício, mais nítida será a imagem formada pela câmara.

A construção de uma câmara de orifício é bastante simples. Você vai precisar de:
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Física - Instituto de Ciências Exatas (ICEX) - UFMG
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Kit de Luz e Cores
5. A Câmera Escura
A Câmera Escura é um dispositivo utilizado para projetar a imagem de um objeto ou de uma cena
sobre uma tela, através de um pequeno orifício. A imagem projetada é de cabeça para baixo e tem
os lados esquerdo e direito trocados. Esse tipo de câmera é também conhecida como câmera
pinhole (buraco de alfinete).

Como mostrado na figura, a razão entre as alturas da imagem e do objeto é igual à razão entre as
distâncias da imagem e do objeto ao orifício. Isso é simples de ser verificado por semelhança de
triângulos.

hohi=dodi

A câmera escura era utilizada por artistas como um recurso para desenhar e pintar paisagens.
Posteriormente, uma lente foi introduzida no lugar do orifício e isso evoluiu para o
desenvolvimento das câmeras fotográficas com filmes.

Se o orifício for muito grande, a imagem formada é menos nítida, pois raios de luz provenientes
de um mesmo ponto do objeto são projetados em diferentes pontos da imagem, como mostrado na
figura. Isso produz uma imagem mais borrada.

Quanto menor o diâmetro do orifício, mais nítida é a imagem, porém ela é menos intensa.

Por outro lado, se o orifício for muito pequeno (algumas vezes o comprimento de onda da luz), o
efeito da difração através do orifício passa a predominar e a imagem torna-se menos nítida.
Nestes experimentos, serão mostrados os princípios de formação da imagem de um objeto por um
orifício e por uma câmera escura.

Experimento 1
Buraco de alfinete

O objeto utilizado neste experimento consiste de uma abertura em forma de "L", iluminado por
uma lanterna de led. Também serão utilizadas uma folha opaca, preta, com um orifício e uma folha
transparente, com um ponto escuro no meio.

Inicialmente, aponte a lanterna para uma parede e ajuste o controle de foco da lanterna para que a
imagem dos leds projetada sobre a parede fique o mais nítida possível.

Em seguida, na frente da lanterna, encaixe a peça com a abertura em forma de "L".

Posicione a folha opaca com o orifício entre a lanterna e a parede. Depois de passar pelo orifício, a
luz emitida pelo "L" produz uma imagem sobre a parede.

Como é essa imagem em relação ao objeto?


Substitua a folha opaca pela folha transparente que tem um ponto preto no centro.

Observe que, dessa vez, será projetada uma sombra do "L" sobre a parede. Isso acontece pois o
ponto opaco, ao contrário do orifício, bloqueia todos os raios que incidem na direção dele. Dessa
forma, ao invés de uma imagem clara, será formada a sombra do objeto.

Experimento 2
A câmera escura

Neste experimento, você montará uma câmera escura a partir do modelo mostrado na figura.
Clique aqui para baixar o modelo para ser impresso.
Recorte e cole as partes do modelo. Depois monte-o como indicado nas instruções.

Para observar as imagens formadas por essa câmera, os objetos devem ser bastante claros, por
exemplo, lâmpadas ou uma janela clara. Experimente com diferentes objetos.

Analise o tipo de imagem que se forma. Como pode ser projetada, essa imagem é real.

Sala de Demonstrações de Física


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Av. Antonio Carlos 6627, CEP 31270-901, Belo Horizonte, MG
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O que você procura?


Câmara escura
Os conceitos sobre o princípio da propagação retilínea da luz podem ser demonstrados a partir do
experimento da câmara escura.
As câmeras fotográficas atuais foram possíveis graças a um conceito chamado de câmara escura.
Aqui estudaremos sobre o que é uma câmara escura, qual seu objetivo e sua equação.

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O que é a câmara escura?


Basicamente, a câmara escura é uma caixa de material opaco, com o orifício em uma das faces
para que a luz possa entrar.

A princípio, a câmara escura foi desenvolvida pelos inventores da câmera fotográfica, porém
existem relatos da utilização da câmara escura por Aristóteles para observações astronômicas e até
mesmo por Leonardo Da Vinci.

Relacionadas
Isaac Newton
Isaac Newton é o responsável por postular as três leis do movimento da Mecânica Clássica. Nesse
post você verá mais sobre a sua vida, suas contribuições e muito mais.
Arco-íris
O arco-íris é um fenômeno óptico e meteorológico formado a partir da reflexão, refração e
dispersão da luz. Sua ocorrência se dá quando o sol está em direção oposta ao observador.
Leonardo da Vinci
Leonardo da Vinci era um amante das artes, da natureza e do conhecimento, tendo atuado em
diversas áreas e contribuído com estudos bastante importantes da física.
Qual é o seu objetivo?
O principal objetivo da câmara escura é comprovar o princípio da propagação retilínea da luz.
Esse princípio permite que a luz entre pelo orifício e atinja o anteparo da câmara. Caso a luz não
se propagasse em linha reta, isso não aconteceria.

Além disso, no passado, muitos estudiosos utilizaram esse experimento para medir o tamanho de
objetos distantes.

Equação da câmara escura


Graças ao princípio da propagação retilínea da luz, podemos chegar em uma equação para a
câmara escura. Tomemos como exemplo um esquema de uma câmara escura a seguir.

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Colocando-se um objeto MN na frente do orifício, é possível gerar uma imagem M’N’ no


fundo da câmara escura, sendo essa imagem invertida e menor que o objeto MN. Por conta da
semelhança entre os triângulos MNO e M’N’O obtemos a seguinte equação:

MN: Tamanho (altura) do objeto;


M’N’: tamanho da imagem;
p: distância do objeto ao orifício (distância do objeto à câmara);
p’: distância do orifício à imagem (profundidade da caixa).
Essa expressão é conhecida como equação da câmara escura.

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Experiência da câmara escura


Existem experimentos sobre a câmara escura que podem ser feitos em casa e outros tipos de
câmara escura além daquela com orifício, comentada acima.

Câmara escura com lente

Aqui podemos observar como uma câmara escura com lente é feita e como ela funciona na
prática!
Câmara escura com tubo de batata

Entenda aqui como fazer uma câmara escura com um tubo de batatas, além de uma breve
explicação histórica sobre a câmara escura!

Como fazer uma câmara escura

Para uma melhor compreensão, apresentamos aqui um vídeo onde você aprende a fazer a sua
própria câmara escura. Assim, nenhuma dúvida fica para trás!

Por fim, é importante revisar conceitos sobre os tipos de lentes. Esse assunto você pode encontrar
aqui mesmo no site.

Referências
Física para o ensino médio, vol. 2: termologia, óptica e ondulatória – Kazuhito Yamamoto;
As faces da física – Wilson Carron.

Guilherme Santana da Silva


POR GUILHERME SANTANA DA SILVA
Graduado no curso de Física pela Universidade Estadual de Maringá. Professor assistente em um
colégio de ensino médio e preparatório para os vestibulares. Nas horas vagas se dedica à vida
religiosa, praticar mountain bike, tocar bateria, dar atenção à família e cuidar de suas duas
gatinhas Penélope e Mel.

Como referenciar este conteúdo


SANTANA, Guilherme. Câmara escura. Todo Estudo. Disponível em:
https://www.todoestudo.com.br/fisica/camara-escura. Acesso em: 17 de June de 2023.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. [Unicesumar-SP]

Uma pessoa de altura h coloca-se diante de uma câmara escura de orifício com o intuito de
produzir, na face oposta ao orifício da câmara, uma imagem que corresponda a três quartos (¾) de
sua altura. Sabendo que a câmara escura tem profundidade d, qual será a distância entre a pessoa e
sua imagem?

a) (7.d) ÷ 3

b) (4.d) ÷ 3

c) (4.d.h) ÷ 3
d) (3.d.h) ÷ 4

e) (4.d) ÷ (3.h)

Considerando a semelhança de triângulos, temos que:

Vamos então isolar a variável x. Assim,

A distância D entre a pessoa e sua imagem é a soma de x com o tamanho da câmara. Logo

Substituindo x na equação acima, obtemos

Portanto

RESPOSTA: a)

2.

Um prédio de 50 m está posicionado frente a uma câmara escura de orifício de tamanho 6 cm.
Sabendo que a imagem formada na câmara tem tamanho 3 cm, determine a distância entre o
prédio e a câmara.

a) 300 m

b) 140 m

c) 160 m

d) 170 m
e) 100 m

Podemos relacionar as dimensões citadas de modo que a razão entre a altura H do edifício e a
altura da vara é igual à razão entre o tamanho da sombra do prédio e o tamanho da sombra da
vara. Sendo assim, temos:

50/3cm = D/6cm

Isolando D

D = 50∙6/3

D = 100 m

RESPOSTA: e)

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admin
% dias atrás
Câmara Escura
O que é
A câmara escura de orifício é constituída de uma caixa de paredes opacas com um pequeno
orifício, sendo a parede oposta ao orifício de papel vegetal.

A figura abaixo mostra um esquema da câmara escura:

Câmara Escura
Câmara Escura

Um objeto OO ‘ de tamanho H, é colocado à uma distância p do orifício A. Os raios que partem


do objeto atravessam o orifício, projetando uma imagem II ‘, de tamanho H ‘, à uma distância
q do orifício A.

Vamos determinar a relação entre os tamanho do objeto H e da imagem H ‘, e as distâncias


objeto p e imagem q.

Os triângulos OO’A e II’A são semelhantes; portanto sendo seus lados proporcionais, obtemos:

OO’ / II’ = p / q 1.2


Observe, na expressão 1.2, que se aproximarmos o objeto da câmara, o tamanho da imagem
aumenta e vice-versa.

O tamanho do orifício A deve ser pequeno porque senão perde-se a nitidez da imagem II ‘ (da
ordem de 0,008 vezes a raiz quadrada do comprimento da caixa).

Fonte: educar.sc.usp.br

Câmara Escura
História
O conhecimento do princípio óptico da Câmara Escura remonta ao sec. V a. C. ao chinês Mo Tzu,
e também ao grego Aristóteles (sec IV a. C.) Apesar de haver referências à sua utilização ao longo
de várias épocas, foi no período do renascimento que voltou a ser valorizada, nomeadamente com
Leonardo da Vinci e o seu discípulo Cesare Cesariano em 1521.

O cientista napolitano Giovanni Baptista della Porta publicou uma descrição detalhada em 1558
no seu livro “Magia Naturalis sive de Miraculis Rerum Naturalium ” o que veio a contribuir para a
sua utilização como auxílio ao desenho e à pintura de artistas menos dotados.

A Câmara Escura
Se estivermos num compartimento fechado, onde o única entrada de luz é um pequeno orifício
numa das paredes, reparamos que na parede oposta se projecta uma imagem invertida do que está
à frente desse orifício.

E quanto mais pequeno for, mais nítida é a imagem projectada.

Para estudar este efeito óptico utilizaram-se caixas de várias dimensões e feitas em vários
materiais, chegando a ser construídas algumas mais complexas onde inclusivamente podia caber
uma pessoa.

Foi a relação estabelecida entre a câmara escura e o desenvolvimento da química (com a revelação
e fixação das imagens reflectidas na câmara) que possibilitou o aparecimento da máquina
fotográfica.

A designação de ‘câmara fotográfica’ ou ‘câmara de filmar’ deriva precisamente deste seu


antepassado.

Por volta de 1554, Leonardo Da Vinci descobriu o princípio da câmera escura: a luz refletida por
um objeto projeta fielmente sua imagem no interior de uma câmera escura, se existir apenas um
orifício para a entrada dos raios luminosos. Baseados neste princípio, os artistas simplificam o
trabalho de copiar objetos e cenas, utilizando câmeras dos mais diversos formatos e tamanhos.
Enfiavam-se dentro da própria câmera e ganhavam a imagem refletida em uma tela ou pergaminho
preso na parede oposta ao orifício da caixa.

O princípio que permite a gravação de imagens fixas e duradouras assenta no facto de alguns
compostos químicos serem alterados quando da sua exposição à luz visível. Esta alteração da
composição química do material exposto, consoante a sua maior ou menor extensão irá permitir a
definição da imagem, tal como nós a vemos.

Esse princípio, fotosensibilidade, é conhecida desde a mais remota antiguidade, em alguns dos
seus aspectos, como a descoloração de certas substâncias por efeito da luz solar, mas só no século
XVII se vieram a fazer as primeiras observações sérias com possibilidade de aproveitamento para
fins utilitários. Para o processo se tornar mais automático, faltava descobrir ainda, como substituto
do pergaminho, um material sensível à ação da luz, isto é, capaz de registrar uma imagem ao ser
atingida pela luz refletida de um objeto.

Em 1816 o químico francês Nephòre Nièpce deu os primeiros passos para resolver o problema,
conseguindo registrar imagens em um material recoberto com cloreto de prata. Mais tarde, em
1826, ele associou-se ao pintor também francês Daguerre, e ambos desenvolveram uma chapa de
prata que, tratada com vapor de iodo, criava uma camada superficial de iodeto de prata, substancia
capaz de mudar de cor quando submetida à luz. A experiência foi o primeiro passo prático para a
fotografia em toda a Europa, possibilitando combinar a chapa foto-sensível (filme) e a câmera
escura (máquina fotográfica). A Partir daí, o aperfeiçoamento da técnica fotográfica teve muitas
colaborações.

Em 1860 surgiram os primeiros estúdios fotográficos, alvo de enorme curiosidade. Na época, tirar
uma foto era motivo de grande ginastica de um lado, a pessoa deveria ficar imóvel cerca de dois
minutos e precisava até ser presa a um dispositivo, para não tremer; por sua parte, o fotógrafo era
ainda um verdadeiro artesão no processamento químico e nos retoques indispensáveis. Não
tardaram a aparecer também os fotógrafos ambulantes que, como pioneiros, correram o mundo
divulgando a nova arte, transportando complicados laboratórios e equipamentos em carroças.

Em 1867, o físico francês Louis Ducos anunciou outra novidade; a fotografia colorida. Treze anos
mais tarde, por iniciativa do norte-americano George Eastman, a fotografia começou a se
popularizar e o filme passou a ser embalado em rolos.

Câmara Escura em forma de tenda utilizada por Johann Keppler, em 1620

Esquema da Câmara Escura e do Olho Humano


Fonte: www.algarvedoctorpool.com

Categorias: Física
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