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CARACTERÍSTICAS E
ESPECIFICAÇÕES DE
TRANSFORMADORES DE
DISTRIBUIÇÃO E FORÇA
Informações Técnicas DT-11
1
Informações Técnicas DT-11
2
Informações Técnicas DT-11
PREFÁCIO
Este trabalho destina-se a dar subsídios e esclarecimentos necessários para uma boa
especificação de transformadores. Aliás, uma correta seleção implica diretamente na
redução do custo do equipamento e nos prazos de recebimento e instalação.
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Informações Técnicas DT-11
ÍNDICE
PREFÁCIO .........................................................................................................................................3
HISTÓRICO......................................................................................................................................10
1. NOÇÕES FUNDAMENTAIS.................................................................................................12
1.1. TRANSFORMADORES E SUAS APLICAÇÕES...............................................................12
1.2. TIPOS DE TRANSFORMADORES ..................................................................................14
1.2.1. Divisão dos Transformadores quanto à Finalidade ...................................................14
1.2.2. Divisão dos Transformadores quanto aos Enrolamentos ..........................................14
1.2.3. Divisão dos Transformadores quanto aos Tipos Construtivos...................................14
1.3. COMO FUNCIONA O TRANSFORMADOR......................................................................15
1.4. SISTEMAS ELÉTRICOS ..................................................................................................18
1.4.1. Sistemas de Corrente Alternada Monofásica............................................................18
1.4.1.1. Generalidades................................................................................................................. 18
1.4.1.2. Tipos de ligação .............................................................................................................. 18
1.4.2. Sistemas de Corrente Alternada Trifásica ................................................................19
1.4.2.1. Tipos de ligação .............................................................................................................. 20
1.4.2.2. Autotransformador........................................................................................................... 25
1.5. POTÊNCIAS ....................................................................................................................27
1.5.1. Potência Ativa ou Útil ...............................................................................................27
1.5.2. Potência Reativa......................................................................................................28
1.5.3. Potência Aparente ...................................................................................................28
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2.4.3.2. Corrente de curto-circuito de pico..................................................................................... 43
2.4.4. Corrente de Partida ou Inrush ..................................................................................43
2.5. FREQÜÊNCIA NOMINAL.................................................................................................44
2.6. NÍVEL DE ISOLAMENTO.................................................................................................44
2.7. DESLOCAMENTO ANGULAR .........................................................................................45
2.8. IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS .................................................................................50
4. CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO............................................................................73
4.1. PERDAS..........................................................................................................................73
4.1.1. Perdas no Material dos Enrolamentos (Perdas em Carga ou Perdas no Cobre) .......73
4.1.2. Perdas no Ferro do Núcleo Magnético (Perdas em Vazio)........................................74
4.2. RENDIMENTO........................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.6
4.3. REGULAÇÃO ..................................................................................................................78
4.4. CAPACIDADE DE SOBRECARGA .......................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS...............................................................................86
5.1. PARTE ATIVA..................................................................................................................86
5.1.1. Núcleo .....................................................................................................................88
5.1.2. Enrolamento ............................................................................................................89
5.1.3. Dispositivos de Prensagem, Calços e Isolamento ....................................................92
5.1.4. Comutador de Derivações........................................................................................92
5.1.4.1. Tipo painel ...................................................................................................................... 92
5.1.4.2. Comutador acionado à vazio............................................................................................ 93
5.1.4.3. Comutador sob carga ...................................................................................................... 95
5.2. BUCHAS..........................................................................................................................96
5.3. TANQUE........................................................................................................................101
5.3.1. Selados .................................................................................................................102
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5.3.2. Com Conservador de Óleo.....................................................................................103
5.3.3. Transformadores Flangeados ................................................................................ 103
5.4. RADIADORES ............................................................................................................... 104
5.5. TRATAMENTO SUPERFICIAL E PINTURA ...................................................................105
5.6. LÍQUIDO DE ISOLAÇÃO E REFRIGERAÇÃO ............................................................... 105
5.7. PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO E DIAGRAMÁTICA ........................................................109
5.8. ACESSÓRIOS ............................................................................................................... 113
5.8.1. Indicador de Nível do Óleo.....................................................................................115
5.8.2. Termômetros .........................................................................................................115
5.8.3. Termômetro do Enrolamento com Imagem Térmica ............................................... 117
5.8.4. Controladores Microprocessados de Temperatura .................................................119
5.8.5. Válvula de Alívio de Pressão (VAP) ....................................................................... 120
5.8.6. Relê Detetor de Gás Tipo Buchholz ....................................................................... 121
5.8.7. Secador de Ar de Sílica Gel ................................................................................... 122
5.8.8. Relê de Pressão Súbita .........................................................................................124
5.8.9. Manômetro e Manovacuômetro..............................................................................125
5.8.10. Relê Regulador de Tensão ....................................................................................125
5.8.11. Paralelismo de Transformadores com Comutadores em Carga .............................. 125
5.8.12. Sistema de Ventilação Forçada..............................................................................126
5.8.13. Sistema de Óleo Forçado.......................................................................................127
5.8.13.1. Sistema OFWF.............................................................................................................. 128
5.8.13.2. Sistema OFAF com trocador de calor óleo-ar (aerotermo) .............................................. 128
5.8.13.3. Sistema ONAN/OFAN/ONAF/OFAF............................................................................... 129
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6.5.2.1. Ambiente de instalação ................................................................................................. 145
6.5.3. Baixíssimos Níveis de Descargas Parciais ............................................................. 149
6.5.4. Alta Suportabilidade a Sobretensões......................................................................149
6.5.5. Alta Capacidade de Sobrecarga............................................................................. 150
6.5.6. Insensíveis ao Meio ............................................................................................... 150
6.5.7. Auto Extinguível.....................................................................................................152
6.5.8. Resistente a Curto-Circuito ....................................................................................154
6.5.9. Baixo Nível de Ruído ............................................................................................. 155
6.5.10. Assistência Técnica WEG ...................................................................................... 156
6.5.11. Compatíveis com o Meio Ambiente ........................................................................156
6.6. APLICAÇÕES ................................................................................................................ 156
6.7. ESPECIFICAÇÕES........................................................................................................158
6.7.1. Normas..................................................................................................................158
6.7.2. Potências............................................................................................................... 158
6.7.3. Classes de Tensão ................................................................................................ 158
6.7.4. Tensão Nominais e Derivações..............................................................................159
6.7.5. Freqüência e Ligações...........................................................................................159
6.7.6. Temperaturas ........................................................................................................159
6.7.7. Perdas, Corrente de Excitação e Impedância.........................................................160
6.7.8. Dimensões............................................................................................................. 160
6.8. NORMA BRASILEIRA PARA ESPECIFICAÇÃO DE TRANFORMADORES A SECO .....161
7. ENSAIOS...........................................................................................................................168
7.1. ENSAIOS DE ROTINA...................................................................................................169
7.1.1. Resistência Elétrica dos Enrolamentos ..................................................................170
7.1.2. Relação de Transformação ....................................................................................173
7.1.2.1. Polaridade..................................................................................................................... 176
7.1.2.2. Deslocamento angular e seqüência de fases.................................................................. 176
7.1.3. Perdas em Carga e Impedância de Curto-Circuito..................................................179
7.1.4. Perdas em Vazio e Corrente de Excitação ............................................................. 182
7.1.5. Resistência do Isolamento .....................................................................................187
7.1.6. Ensaios Dielétricos de Rotina.................................................................................190
7.1.6.1. Tensão suportável à freqüência industrial....................................................................... 190
7.1.6.2. Tensão induzida ............................................................................................................ 193
7.1.6.3. Tensão induzida com medição de descargas parciais..................................................... 195
7.1.6.4. Impulso ......................................................................................................................... 202
7.1.7. Ensaios de Comutador de Derivações em Carga ................................................... 216
7.1.8. Estanqueidade e Resistência à Pressão; ............................................................... 218
7.1.9. Verificação do Funcionamento dos Acessórios ...................................................... 218
7.1.10. Verificação da Espessura e Aderência da Pintura ..................................................221
7.2. ENSAIOS DE TIPO ........................................................................................................222
7.2.1. Elevação de Temperatura ...................................................................................... 222
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7.2.2. Nível de Ruído ....................................................................................................... 228
7.3. ENSAIOS ESPECIAIS ...................................................................................................232
7.3.1. Fator de Potência do Isolamento............................................................................232
7.3.2. Impedância Seqüência Zero em Transformadores Trifásicos .................................235
7.3.3. Tensão de Radiointerferência (RIV) ....................................................................... 239
7.3.4. Medição de Harmônicos na Corrente de Excitação ................................................ 241
7.3.5. Ensaio Suportabilidade a Curto-Circuito.................................................................243
7.3.6. Medição da Resposta em Freqüência e Impedância Terminal ................................ 245
7.3.7. Umidade Relativa Superficial Interna (URSI) ..........................................................248
7.3.8. Vácuo Interno ........................................................................................................251
7.4. ENSAIOS NO ÓLEO ISOLANTE....................................................................................251
7.4.1. Rigidez Dielétrica...................................................................................................253
7.4.2. Teor de Água.........................................................................................................253
7.4.3. Cor ........................................................................................................................254
7.4.4. Tensão Interfacial ..................................................................................................254
7.4.5. Índice de Neutralização (Acidez)............................................................................255
7.4.6. Ponto de Fulgor .....................................................................................................255
7.4.7. Densidade ............................................................................................................. 256
7.4.8. Fator de Dissipação (Fator de Potência) ................................................................ 256
7.4.9. Análise Cromatográfica..........................................................................................257
7.5. ENSAIOS NO PAPEL .................................................................................................... 260
7.5.1. Grau de Polimerização...........................................................................................260
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9.2.1. Recebimento .........................................................................................................273
9.2.2. Descarregamento e Manuseio ............................................................................... 274
9.2.3. Verificações e Ensaios de Recebimento.................................................................274
9.2.4. Armazenamento .................................................................................................... 274
9.2.5. Instalação ..............................................................................................................275
9.2.6. Montagem do Transformador .................................................................................275
9.2.7. Cuidados Recomendados durante e após a Montagem.......................................... 276
9.3. ENSAIOS.......................................................................................................................276
9.4. ENERGIZAÇÃO ............................................................................................................. 277
9.5. MANUTENÇÃO..............................................................................................................278
10. ANEXOS............................................................................................................................282
10.1. ANEXO I ........................................................................................................................282
10.2. ANEXO II .......................................................................................................................285
10.3. ANEXO III ...................................................................................................................... 289
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HISTÓRICO
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1. NOÇÕES FUNDAMENTAIS
A energia elétrica, até chegar ao ponto de consumo, passa pelas seguintes etapas:
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A seguir, apresentamos, esquematicamente, um sistema de potência, incluindo
geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Figura 1.1
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a) Transformadores de corrente
b) Transformadores de potencial
c) Transformadores de distribuição
d) Transformadores de força
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b) Quanto a forma do núcleo:
§ Shell;
§ Core:
§ Enrolado: é o mais utilizado no mundo na fabricação de transformadores de
pequeno porte (distribuição), alguns fabricantes chegam a fazer
transformadores até de meia-força (10MVA):
o Envolvido;
o Envolvente.
§ Empilhado:
o Envolvido;
o Envolvente.
(a) Tipo Shell (b) Tipo Core Envolvido (c) Tipo Core: Cinco
Colunas Envolvente
Figura 1.2
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Figura 1.3
onde:
U1 = tensão aplicada na entrada (primária)
N1 = número de espiras do primário
N2 = número de espiras do secundário
U2 = tensão de saída (secundário)
A maior parte deste fluxo ficará confinada ao núcleo, uma vez que é este o caminho
de menor relutância. Este fluxo originará uma força eletromotriz (f.e.m.) E1 no primário
e E2 no secundário, proporcionais ao número de espiras dos respectivos
enrolamentos, segundo a relação:
E1 N 1
= =a
E2 N 2
onde:
a = razão de transformação ou relação entre espiras.
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U 1 N1
= =a
U 2 N2
I 1 ⋅N 1= I 2 ⋅ N 2
ou
I 2 N1
= =a
I1 N 2
onde:
l1 = corrente no primário
l2= corrente no secundário
Cabe ainda fazer notar que sendo o fluxo magnético proveniente de corrente
alternada, este também será alternado, tornando-se um fenômeno reversível, ou seja,
podemos aplicar uma tensão em qualquer um dos enrolamentos que teremos a f.e.m.
no outro.
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1.4.1.1. Generalidades
No sistema monofásico, uma tensão alternada U (Volt) é gerada e aplicada entre dois
fios, aos quais se liga a carga, que absorve uma corrente I (Ampère), conforme Figura
1.4.
Figura 1.4
Se ligarmos duas cargas iguais a um sistema monofásico, esta ligação poderá ser
feita de dois modos:
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Informações Técnicas DT-11
§ ligação em série (Figura 1.5): na qual duas cargas são atravessadas pela
corrente total ou de circuito; neste caso, a tensão em cada carga será a
metade da tensão do circuito;
Figura 1.5
Figura 1.6
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Informações Técnicas DT-11
Ligando entre si os três sistemas monofásicos e eliminando os fios desnecessários,
teremos um sistema trifásico de tensões defasadas de 120° e aplicadas entre os três
fios do sistema.
Figura 1.7
a) Ligação triângulo
Se ligarmos os três sistemas monofásicos entre si, como indica a Figura 1.8,
podemos eliminar três fios, deixando apenas um em cada ponto de ligação, e o
sistema trifásico ficará reduzido a três fios U, V e W.
Figura 1.8
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Informações Técnicas DT-11
A tensão em qualquer destes três fios chama-se “tensão de linha”, U L, que é a tensão
nominal do sistema trifásico. A corrente em qualquer um dos fios chama-se “corrente
de linha”, I L.
Figura 1.9
Como as correntes estão defasadas entre si, a soma deverá ser feita graficamente,
como mostra a Figura 1.10. Pode-se verificar que: I L = I f × 3 = 1,732 × I f
Figura 1.10
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Exemplo: Em um sistema trifásico equilibrado de tensão nominal 220V, a corrente de
linha medida é de 10A. Ligando a este sistema uma carga trifásica composta de três
cargas iguais ligadas em triângulo, qual a tensão e a corrente ligada em cada uma
das cargas?
Temos:
U f = U L = 220V , em cada uma das fases
b) Ligação estrela
Ligando um dos fios de cada sistema monofásico a um ponto comum aos três
restantes, forma-se um sistema trifásico em estrela (Figura 1.11). Às vezes o sistema
trifásico em estrela é a “quatro fios” ou “com neutro”.
O quarto fio é ligado ao ponto comum às três fases. A tensão de linha, ou a tensão
nominal do sistema trifásico, e a corrente de linha são definidas do mesmo modo que
na ligação triângulo.
U V W
I1 I2 I3
U f1 U f2 U f3
I f1 I f2 I f3
Figura 1.11
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Informações Técnicas DT-11
Figura 1.12
Figura 1.13
Exemplo: Em uma carga trifásica composta de três cargas iguais, cada carga é feita
para ser ligada a uma tensão de 220V, absorvendo 5,77A. Qual a tensão nominal do
sistema trifásico que alimenta esta carga em suas condições normais (220V e 5,77A)
e qual a corrente de linha?
Temos:
U f = 200V , em cada uma das cargas
I L = I f = 5,77 A
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c) Ligação zig-zag
Cada fase do secundário, compõe-se de duas bobinas dispostas cada uma sobre
colunas diferentes, ligadas em série, assim a corrente de cada fase do secundário
afeta sempre por igual as duas fases do primário.
Figura 1.14
Figura 1.15
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Informações Técnicas DT-11
Figura 1.16
Para obtermos 220/127V ligamos em paralelo às duas bobinas de uma mesma coluna
e para 440/254V ligamos as bobinas em série.
1.4.2.2. Autotransformador
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Informações Técnicas DT-11
Figura 1.17
P P
I1 = I2 =
V1 V2
I = I 2 − I1
A relação entre a tensão superior e a tensão inferior não deve ser superior a 3. É
reversível, pode ser abaixador ou elevador. Quando tiver várias tensões, é dotado de
painel de religação, comutador de derivações ou as diversas saídas podem ser
conectadas diretamente nas buchas.
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1.5. POTÊNCIAS
Estas potências estão intimamente ligadas de tal forma que constituem um triângulo,
o chamado “triângulo das potências”. (Figura 1.18)
Figura 1.18
onde:
S = potência aparente, expressa em VA (Volts-Ampère)
P = potência ativa ou útil, expressa em W (Watt)
Q = potência reativa, expressa em VAr (Volt Ampère reativa)
Ø = ângulo que determina o fator de potência.
Em um sistema monofásico:
P = U ⋅ I ⋅ cos Ø [W]
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Informações Técnicas DT-11
Em um sistema trifásico:
P = 3 ⋅ U f ⋅ I f ⋅ cos Ø [W]
ou
P = 3 ⋅ U L ⋅ I L ⋅ cos Ø [W]
Em um sistema trifásico:
Q = 3 ⋅ U f ⋅ I f ⋅ sen Ø [VAr]
ou
Q = 3 ⋅ U L ⋅ I L ⋅ sen Ø [VAr]
Módulo: S = P 2 + Q 2
Q
Ângulo: Ø = arctg
P
Aqui podemos notar a importância do fator de potência. É definido como:
P
fp = cos Ø =
S
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Informações Técnicas DT-11
baixo fator de potência causa sérios problemas às instalações elétricas, entre as
quais podem ser destacados: sobrecargas nos cabos e transformadores, crescimento
da queda de tensão, redução do nível de iluminância, aumento das perdas no sistema
de alimentação.
Em um sistema monofásico:
S =U ⋅I [VA]
Em um sistema trifásico:
S = 3 ⋅U f ⋅ I f [VA]
ou
S = 3 ⋅U L ⋅ I L [VA]
P
S= [VA]
cos Ø
Q
S= [VA]
sen Ø
A seguir, introduzimos uma tabela prática para determinação dos valores de tensão,
corrente, potência e fator de potência de transformadores em função do tipo de
ligação. (Tabela 1.1)
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Informações Técnicas DT-11
Tabela 1.1
Determinação Estrela Triângulo Zig-Zag
Tensão de Linha UL UL UL
Tensão no UL UL
UL
Enrolamento 3 3
Corrente de Linha IL IL IL
Corrente de IL
IL IL
Enrolamento 3
Ligações dos
Enrolamentos
Esquemas
Exemplo: Cálculo da potência aparente requerida por dois equipamentos com fator de
potência (cosØ)
APARELHO 1 APARELHO 2
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Informações Técnicas DT-11
P = 1000W P = 1000W
cos Ø = 0,5 cos Ø = 0,92
P P
cos Ø = cos Ø =
S S
1000
APARELHO 1 : S= = 2000VA
0,5
1000
APARELHO 2 : S= = 1087VA
0,92
CONCLUSÃO:
Verificamos que o equipamento 2 que possui o maior fator de potência requer apenas
1087VA, enquanto que o equipamento 1 requer 2000VA de potência aparente.
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Informações Técnicas DT-11
Un ⋅ In ⋅ 3
Potência nominal = [kVA]
1000
Un ⋅ In
Potência nominal = [kVA]
1000
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Informações Técnicas DT-11
As potências nominais em kVA, normalizadas pela ABNT (NBR 12454 e NBR 9369),
para transformadores de potência, são as seguintes: 225, 300, 500, 750,1000, 1500,
2000, 2500, 3000, 3750, 5000, 7500, 10000, 15000, 25000, 30000.
2.2. TENSÕES
2.2.1. Definições
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Informações Técnicas DT-11
Tensão sob Carga: (Uc): É a tensão entre os bornes do secundário do transformador,
estando o mesmo sob carga, correspondente a sua corrente nominal. Esta tensão é
influenciada pelo fator de potência (cosØ)
Regulação: É a variação entre a tensão a vazio e sob carga e sob determinado fator
de potência.
Nas Tabelas 3.1, 3.2, 3.3 e 3.4 encontraremos os valores de impedância (coluna 5)
para os transformadores que trata este manual.
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Informações Técnicas DT-11
Tensão [V]
Tensão máxima
do equipamento Primário Secundário
kVeficaz Trifásico e Monofásico
Trifásico Monofásico
monofásico (FF) (FN)
13800 7967
15
13200 7621 Dois terminais: 220 ou 127
380/220
23100 13337
24,2 ou
22000 12702 Três terminais: 440/220, 254/127,
220/127
34500 19919 240/120 ou 230/115
36,2
33000 19053
NOTA: FF = tensão entre fases
FN = tensão entre fase e neutro
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Informações Técnicas DT-11
2.2.2.2. Transformador de distribuição a ser instalado no domínio de uma
concessionária.
Exemplo:
AMPLA:
AT: 13800 - 13200 - 12600 - 12000 - 11400 - 10800V
BT: 220/127V
RGE:
AT: 13800 - 13200 - 12600V ou
23100 - 22000 - 20900V
BT: 380/220V ou 220/127V
§ Subestações de entrada:
o Primário - 72,5kV e 138kV ;
o Secundário - 36,2kV - 24,2kV ou 13,8kV.
§ Subestações de distribuição:
o Primário - 36,2kV - 24,2kV ou 13,8kV;
o Secundário - 440/254V, 380/220V ou 220/127V.
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Informações Técnicas DT-11
Ainda um caso particular de nível de tensão primária deve ser comentado. Existem
algumas regiões onde o nível de tensão de distribuição está sendo alterado. Neste
caso, a concessionária avisa o interessado, que a tensão atual passará a outro nível
dentro de um determinado período de tempo; logo, o transformador a ser instalado
deverá ser capaz de operar em duas tensões primárias, para evitar a necessidade de
aquisição de novo equipamento quando da alteração. Estes transformadores
especiais são chamados de religáveis.
De uma forma geral, podemos dizer que para instalações onde equipamentos como
motores, bombas, máquinas de solda e outras máquinas constituem a maioria da
carga, deve-se usar 380/220V e para instalações de iluminação e força de residências
deve-se adotar 220/127V. Na NBR 5440 da ABNT encontramos a padronização das
tensões primárias e secundárias.
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Informações Técnicas DT-11
2.3. DERIVAÇÕES
2.3.1. Definições
38
Informações Técnicas DT-11
Figura 2.1
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Informações Técnicas DT-11
A Figura 2.1 é a representação esquemática de um enrolamento trifásico com três
derivações e a forma de suas conexões.
Tabela 2.3
Posições do comutador 1 2 3
10-7 7-13 13-4
Comutador conecta os pontos 11-8 8-14 14-5
12-9 9-15 15-6
Tensão em cada derivação UN + a% UN UN - b%
Percentual de variação por degrau a b
Tabela 2.4
Derivação Derivação Derivação Degrau de
Classe
Superior Principal Inferior Derivação
15 13800 13200 12600 + 4,5
24,2 23100 22000 20900 + 5%
36,2 34500 33000 31500 + 4,5
2.4. CORRENTES
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Informações Técnicas DT-11
Figura 2.2
I p = I o ⋅ cos Ø 0
I q = I o ⋅ sen Ø 0
sendo:
Po
cos Ø =
V ⋅ Io
Devido ao fato acima, o valor de Io fornecido pelo fabricante, representa a média das
três fases e é expresso em porcentagem da corrente nominal.
41
Informações Técnicas DT-11
2.4.3. Corrente de Curto-Circuito
IN
I cc( CA ) = ⋅100
E Z (%)
onde:
IN = corrente nominal
Ez = impedância a 75 oC (%)
42
Informações Técnicas DT-11
A corrente de partida é maior quanto maior for a indução usada no núcleo e maior
quanto menor for o transformador. O valor máximo varia em média de 4 a 20 vezes a
corrente nominal.
O fabricante deverá ser consultado para se saber o seu valor. Costuma-se admitir seu
tempo de duração em torno de 0,1s (após a qual a mesma já desapareceu).
43
Informações Técnicas DT-11
44
Informações Técnicas DT-11
Tabela 2.5 - Níveis de Isolamento para Tensão Máxima Igual ou Inferior a 242kV
0,6 4
1,2 10
40 44
7,2 20
60 66
95 105
15 34
110 121
125 138
24,2 50
150 165
150 165
36,2 170 187 70
200 220
72,5 350 385 140
380 418 150
92,4
450 495 185
450 495 185
145 550 605 230
650 715 275
750 825 325
242 850 935 360
950 1045 395
45
Informações Técnicas DT-11
Assim uma nova grandeza foi introduzida, o “deslocamento angular” que é o ângulo
que define a posição recíproca entre o triângulo das tensões concatenadas primárias
e o triângulo das tensões concatenadas secundárias e será medido entre fases.
Figura 2.3
X2
H3 H2 X3
Figura 2.4
46
Informações Técnicas DT-11
Para os transformadores de que tratamos nesta especificação, o mais comum é a
utilização da ligação triângulo na alta tensão e estrela na baixa (designado por Dy).
Figura 2.5
47
Informações Técnicas DT-11
Tabela 2.6 – Deslocamento Angular
48
Informações Técnicas DT-11
Tabela 2.6 – Deslocamento Angular
49
Informações Técnicas DT-11
Para uma melhor compreensão, observe as Figuras 2.6 a 2.10. Nestas figuras
encontramos também o esquema de ligação dos transformadores à rede de
alimentação e à carga.
50
Informações Técnicas DT-11
51
Informações Técnicas DT-11
52
Informações Técnicas DT-11
É evidente que um projeto superdimensionado pode também ser funcional, uma vez
que não venha superar certos limites, além dos quais podem sobrevir efeitos
negativos, porém o custo resultante não pode ser justificado.
53
Informações Técnicas DT-11
No que diz respeito aos transformadores, onde se quer chegar a um valor de
potência, de um ou mais deles, a serem instalados, se faz necessário que o projetista
tenha em mente claramente o conceito de fator de demanda, de modo que, partindo
dos valores de potência dos equipamentos alimentados pelo transformador, possa
chegar a estabelecer, com conhecimento de causa, o valor de demanda máxima (ou
da potência de alimentação) absorvível pela planta, e, portanto, definir de modo
econômico, o dimensionamento dos transformadores.
Entende-se por fator de demanda (d) como a razão da demanda máxima total (Dmt) da
instalação para a respectiva potência instalada (Pt) e é definido para um ponto de
distribuição. Portanto conhecendo-se:
DMT
d= (5.1)
PT
Podemos determinar qual a potência do transformador através de Dmt, sendo
conhecida a potência instalada.
3 ⋅ I ⋅V
Pnom = [kVA] (5.2)
1000
sendo:
Pnom = potência nominal de cada motor
I = corrente absorvida pelo motor em A (retirada pelo catálogo do fabricante)
V = tensão de alimentação dos motores
54
Informações Técnicas DT-11
d) Calculam-se as relações:
n'
N= (5.3)
n
P ' inst
P= (5.4)
Pinst
sendo:
n’ = somatória dos motores
n = número total de motores
Pinst = potência instalada dos n’ motores
DM = G ⋅ Pinst (5.5)
55
Informações Técnicas DT-11
Exemplo: Determinar a demanda máxima do grupo de motores indicados na Tabela
5.1:
Tabela 5.1
I II III
No. cv kVA Pinst [kVA]
2 75 72,40 144,8
5 30 28,58 142,9
8 15 16,39 131,1
20 5 5,72 114,4
30 1,5 2,13 64,0
65 597,2
Na tabela obtemos:
n = 65
Pinst = 597,2
Consideramos o maior motor com demanda de 100% (kVA), sendo o valor dividido
por dois. Para determinar n’ o número de motores cujas as potências, sejam maiores
ou iguais que a metade da potência nominal do maior motor.
72,40
= 36,2 kVA
2
Será:
n’ = 8+5 = 13
Calculamos as relações:
n ' 13
N= = = 0,2
n 65
56
Informações Técnicas DT-11
G = 0,64
Com o auxílio das tabelas 5.2, 5.3, 5.4, 5.8 e da fórmula a seguir, pode-se calcular a
demanda máxima da instalação, que por sua vez definirá a potência do
transformador:
Dmt = A + B + C + D + E
sendo:
A = manda da potência para iluminação e tomadas, conforme Tabela 5.7.
B = emanda de todos os aparelhos de aquecimento (chuveiros, aquecedores,
fornos, fogões, etc.) calculada conforme Tabela 5.8 onde se deve diversificar a
demanda por tipo de aparelho.
C = demanda de aparelhos de ar condicionado calculado conforme Tabela 5.2.
D = demanda dos motores elétricos conforme item 5.2.1.
E = demanda individual das máquinas de solda a transformador, calculada
conforme Tabela 5.3.
57
Informações Técnicas DT-11
Os valores encontrados nas tabelas devem ser compreendidos como referidos aos
casos mais freqüentes e devem ser usados quando na falta de algum dado
informativo.
58
Informações Técnicas DT-11
Solda a Arco
Número de Aparelhos Fator de Demanda [%]
º º
1 e 2 maior aparelho 100
º
3 aparelho 85
º
4 aparelho 70
soma dos demais aparelhos 60
solda à resistência
maior aparelho 100
soma dos demais aparelhos 60
59
Informações Técnicas DT-11
Tabela de motores IP54, IP(W) 55 e químico - divisão II
* Vide catálogo de motores trifásicos.
Tabela 5.4 – Fatores de Demanda de Grupos de Motores
P
N 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90 0,95 1,00
0,005 0,34 0,18 0,11 0,073 0,051 0,039 0,030 0,024 0,019 0,016 0,013 0,011 0,010 0,009 0,007 0,007 0,006 0,005 0,005
0,01 0,52 0,32 0,20 0,14 0,10 0,076 0,059 0,047 0,037 0,031 0,026 0,023 0,019 0,017 0,015 0,013 0,012 0,011 0,009
0,02 0,71 0,51 0,36 0,26 0,19 0,14 ,011 0,09 0,07 0,06 0,05 0,04 0,04 0,03 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02
0,03 0,81 0,64 0,48 0,36 0,27 0,21 0,16 0,13 0,11 0,09 0,08 0,07 0,06 0,05 0,04 0,04 0,04 0,03 0,03
0,04 0,86 0,72 0,57 0,44 0,34 0,27 0,22 0,18 0,15 0,12 0,10 0,09 0,08 0,07 0,06 0,05 0,05 0,04 0,04
0,05 0,90 0,79 0,64 0,51 0,41 0,33 0,26 0,22 0,18 0,15 0,13 0,11 0,10 0,08 0,07 0,07 0,06 0,05 0,05
0,06 0,92 0,83 0,70 0,58 ,047 ,038 ,031 0,26 0,21 0,18 0,15 0,13 0,12 0,10 0,09 0,08 0,07 0,06 0,06
0,08 0,94 0,89 0,79 0,68 0,57 0,48 0,40 0,33 0,28 0,24 0,20 0,17 0,15 0,13 0,12 0,11 0,09 0,08 0,08
0,10 0,95 0,92 0,85 0,76 0,66 0,56 0,47 0,40 0,34 0,29 0,25 0,22 0,19 0,17 0,15 0,13 0,12 0,10 0,09
0,15 0,95 0,93 0,88 0,86 0,72 0,67 0,56 0,48 0,42 0,37 0,32 0,28 0,25 0,23 0,20 0,17 0,16 0,14
0,20 0,95 0,93 0,89 0,83 0,76 0,69 0,64 0,54 0,47 0,42 0,37 0,33 0,29 0,26 0,23 0,21 0,19
0,25 0,95 0,93 0,90 0,85 0,78 0,71 0,64 0,57 0,51 0,45 0,41 0,36 0,32 0,29 0,26 0,24
0,30 0,95 0,94 0,90 0,86 0,80 0,73 0,66 0,60 0,53 0,48 0,43 0,39 0,35 0,32 0,29
0,35 0,95 0,94 0,91 0,86 0,81 0,74 0,68 0,62 0,56 0,50 0,45 0,41 0,37 0,33
0,40 0,95 0,93 0,91 0,86 0,81 0,75 0,69 0,63 0,57 0,52 0,47 0,42 0,38
0,45 0,95 0,93 0,91 0,87 0,81 0,76 0,70 0,64 0,58 0,52 0,47 0,43
0,50 0,95 0,94 0,91 0,87 0,82 0,76 0,70 0,64 0,58 0,53 0,48
0,55 0,95 0,94 0,91 0,87 0,82 0,75 0,69 0,63 0,57 0,52
0,60 0,95 0,94 0,91 0,87 0,81 0,75 0,69 0,63 0,57
1,0 0,95
60
Informações Técnicas DT-11
Tabela 5.5 – Valores Nominais Típicos de Aparelhos Elétricos
(Tensão Nominal 220V)
APARELHO POTÊNCIAS NORMAIS TÍPICAS
Barbeador 8 a 12 W
Batedeira 70 a 250W
Cafeteira 1000W
Condicionador de ar
- 3/4cv 1200VA
- 1 1/2cv 2400VA
61
Informações Técnicas DT-11
Televisor
- portátil 75 a 100W
Ventilador
- portátil 60 a 90W
- de pé 250VA
62
Informações Técnicas DT-11
Tabela 5.7 – Fatores de Demanda de Iluminação e Tomadas
DESCRIÇÃO FATOR DE DEMANDA [%]
Auditórios, salões para exposições e
100
semelhantes.
Bancos, lojas e semelhantes. 100
Barbearias, salões de beleza e semelhantes. 100
Clubes e semelhantes. 100
100 para os primeiros kVA
Escolas e semelhantes.
50 para o que exceder de 12kVA.
100 para os primeiros 20kVA
Escritórios (edifícios de)
70 para o que exceder de 20kVA
Garagens comerciais e semelhantes. 100
40 para os primeiros 50kVA
Hospitais e semelhantes.
20 para o que exceder de 50kVA
Hotéis e semelhantes. 100
Igrejas e semelhantes. 100
100 para os primeiros 10kVA
Edifícios de apartamentos residenciais 35 para os seguintes 110kVA
25 para o que exceder de 120kVA
Restaurantes e semelhantes. 100
63
Informações Técnicas DT-11
Tabela 5.8
Fator de Demanda [%] Fator de Demanda [%]
Número de Com Com potencial Número de Com potencial
Com potencial
Aparelhos potencial de superior a Aparelhos superior a
de até 35kW
até 35kW 35kW 35kW
1 80 80 16 39 26
2 75 65 17 38 28
3 70 55 18 37 28
4 66 0 19 36 28
5 67 45 20 35 28
6 59 43 21 34 26
7 56 40 22 33 26
8 53 36 23 32 26
9 51 35 24 31 26
10 49 34 25 30 26
11 47 32 26 a 30 30 24
12 45 32 31 a 40 30 22
13 43 32 41 a 50 30 20
14 41 32 51 a 60 30 18
15 40 32 61 ou mais 30 16
NOTA: Os fatores devem ser aplicados para cada tipo de aparelho separadamente.
Portanto, será interessante que o projetista conheça a fundo o caso de que está
tratando e deverá prever um aumento de 5% a 15%.
64
Informações Técnicas DT-11
No caso do dano, ter aplicado o critério econômico que aconselha a aquisição de uma
única máquina de potência adequada, pode ser a causa de um problema de grandeza
diretamente proporcional ao valor da produção, uma vez que, vindo a faltar a fonte de
energia, se impõe um período mais ou menos longo de completa parada de uma
instalação.
Não obstante o custo inicial de aquisição ser maior, quando a potência necessária
ultrapassa os 150kVA, a subdivisão em maior número de máquinas oferece a
possibilidade de criar uma instalação articulada e flexível, apta a adequar-se a cada
situação e permitir o máximo e racional aproveitamento dos transformadores, com o
mínimo dano.
65
Informações Técnicas DT-11
3.5. DADOS NECESSÁRIOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE UM TRANSFORMADOR
a) Potência
b) Tensões Primárias e derivações
c) Tensão Secundária
d) Freqüência
e) Normas aplicáveis
f) Acessórios
g) Valores de impedância, corrente de excitação e perdas
h) Qualquer outra característica importante: dimensões especiais por exemplo.
3.6.1. Processo 1
66
Informações Técnicas DT-11
67
Informações Técnicas DT-11
68
Informações Técnicas DT-11
Exemplo: Uma empresa que fabrica máquinas e aparelhos industriais. O valor típico
de Fator de Demanda (FD), para esta empresa é 0,59%. O valor mínimo exigido no
Brasil para Fator de Potência (FP) é de 0,92%.
69
Informações Técnicas DT-11
3.6.2. Processo 2
70
Informações Técnicas DT-11
71
Informações Técnicas DT-11
72
Informações Técnicas DT-11
4. CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO
4.1. PERDAS
a) perdas na resistência ôhmica dos enrolamentos: são perdas que surgem pela
passagem de uma corrente (I) por um condutor de determinada resistência (R);
estas perdas são representadas pela expressão I2R e dependem da carga
aplicada ao transformador;
73
Informações Técnicas DT-11
a) perdas por histerese: são perdas provocadas pela propriedade das substâncias
ferromagnéticas de apresentarem um atraso entre a indução magnética (B) e o
campo magnético (H); o fenômeno da histerese é análogo ao da inércia
mecânica;
b) perdas por correntes parasitas: assim como no caso das perdas parasitas no
material condutor dos enrolamentos, o fluxo indutor variável induz no ferro
forças eletromotrizes que por sua vez farão circular as correntes parasitas em
circuitos elétricos fechados; estas são proporcionais ao quadrado da indução.
74
Informações Técnicas DT-11
75
Informações Técnicas DT-11
4.2. RENDIMENTO
76
Informações Técnicas DT-11
P
η= ⋅100 [%]
P + Pt
onde:
η = rendimento do transformador em %
Pt = perdas totais, em kW
P= potência fornecida pelo transformador em kW.
Esta última relação é conhecida como fator de carga. Usa-se então, para o cálculo do
rendimento:
Po + b 2 ⋅ Pc
η = 1 − ⋅ 100 [%]
b ⋅ S n ⋅ cos Ø + Po + b ⋅ Pc
2
onde:
P
b = fator de carga =
Pn
Sn = potência nominal em kVA.
Po = perdas no ferro do núcleo magnético em kW.
Pc = perdas no material dos enrolamentos em kW (perdas de carga)
cos Ø = fator de potência da carga
Se quisermos saber qual a carga que deve ser aplicada a um transformador para que
este opere com rendimento máximo, devemos fazer:
77
Informações Técnicas DT-11
Po
b=
Pc
e
S = b ⋅ Sn
Tabela 3.5
Transformadores trifásicos – Rendimentos
Potência [kVA] 15 30 45 75 112.5 150 225 300 500
15kV 97,02 97,49 97,74 98,00 98,19 98,32 98,42 98,52 98,32
24,2kV 96,64 97,21 97,48 97,78 97,99 98,12 98,30 98,42 97,80
36,2kV 96,64 97,21 97,48 97,78 97,99 98,12 98,30 98,42 97,30
4.3. REGULAÇÃO
R% = a ⋅ E R ⋅ cos Ø + E x ⋅ sen Ø + X
200
sendo:
a = fator de carga
ER = componente resistiva da impedância em %
Ex= componente reativa da impedância em %
cos Ø = fator de potência da carga do transformador
sen Ø = 1 − cos 2 Ø
78
Informações Técnicas DT-11
Tabela 3.6
CosØ Carga % Rend % Regul %
0,8 25 97,83 0,8876
0,8 50 98,39 1,775
0,8 75 98,35 2,662
0,8 100 98,16 3,550
0,9 25 98,06 0,7416
0,9 50 98,56 1,483
0,9 75 98,53 2,225
0,9 100 98,36 2,966
1,0 25 98,25 0,3037
1,0 50 98,71 0,6074
1,0 75 98,67 0,9112
1,0 100 98,52 1,214
79
Informações Técnicas DT-11
de carga retangular simples, mas termicamente equivalente. A carga permissível,
obtida das tabelas acima citadas, são funções da carga inicial, da ponta de carga e da
sua duração. Cada combinação de cargas nas tabelas deve ser considerada como
um ciclo retangular de carga, constituído de uma carga inicial, essencialmente
constante de 50, 70, 90 ou 100% da capacidade nominal, seguida de uma ponta de
carga retangular de grandeza e duração dadas.
B
− + A
273 +θ e
PV % = 10
× 100 ⋅ ∆t
onde:
A é igual a –14,133 (transformador de 55oC)
A é igual a –13,391 (transformador de 65 oC)
B é igual a 6972,15
PV é a perda de vida
∆t é o intervalo de tempo genérico
θe é a de temperatura do ponto mais quente do enrolamento
80
Informações Técnicas DT-11
Nesta norma, também são admitidas cargas programadas de até 1,5 vezes a corrente
nominal, para as quais, segundo a NBR 5416, não devem existir quaisquer outras
limitações além das capacidades térmicas dos enrolamentos e do sistema de
refrigeração.
81
Informações Técnicas DT-11
Tabela 3.7 - Carregamento de Transformadores de 55oc – Onan Carga Inicial = 50%
o o o
DP (h) Ta ( C) CP(%) TO( C) TE( C) OBS.
10 150 36 84
15 150 41 89
20 150 46 94
0,5 25 150 51 99
30 144 56 104
35 150 61 105
40 135 65 105
10 150 44 92
15 150 49 97
20 150 54 102
1,0 25 148 58 105
30 141 62 105
35 133 65 105
40 126 69 105
10 150 56 104
15 146 59 105
20 140 62 105
2,0 25 134 65 105
30 128 68 105
35 121 71 105
40 115 74 105
10 139 63 105
15 133 65 105
20 128 68 105
4,0 25 123 70 105
30 118 73 105
35 112 75 105
40 106 78 105
10 131 66 105
15 127 69 105
20 122 71 105
8,0 25 117 73 105
30 112 75 105
35 107 77 105
40 101 79 105
10 129 67 104 X
15 125 69 105 X
20 120 71 105 X
24,0 25 115 73 105 X
30 110 76 105 X
35 105 78 105 X
40 100 80 105 X
NOTAS
1 DP é a duração do tempo de ponta de carga;
Ta é a temperatura ambiente;
CP é a carga durante o tempo de ponta;
TO é a temperatura do topo do óleo;
TE á a temperatura do ponto mais quente do enrolamento.
2 Os carregamentos assinalados com X provocam envelhecimento acelerado do papel isolante.
82
Informações Técnicas DT-11
Tabela 3.8 - Carregamento de Transformadores de 55oc - Onan
Carga Inicial = 70%
o o o
DP (h) Ta ( C) CP(%) TO( C) TE( C) OBS.
10 150 43 90
15 150 48 95
20 150 53 100
0,5 25 150 58 105
30 142 62 105
35 133 66 105
40 124 70 105
10 150 49 97
15 150 54 102
20 148 59 105
1,0 25 140 62 105
30 133 66 105
35 125 69 105
40 117 73 105
10 148 59 105
15 142 61 105
20 136 64 105
2,0 25 130 67 105
30 123 70 105
35 117 73 105
40 110 76 105
10 137 64 105
15 132 66 105
20 127 69 105
4,0 25 121 71 105
30 116 74 105
35 110 76 105
40 104 78 105
10 131 66 105
15 126 68 105
20 121 71 104
8,0 25 117 73 105
30 111 75 105
35 106 77 105
40 101 80 105
10 129 67 104 X
15 125 69 105 X
20 120 71 105 X
24,0 25 115 73 105 X
30 110 76 105 X
35 105 78 105 X
40 100 80 105 X
NOTAS
1 DP é a duração do tempo de ponta de carga;
Ta é a temperatura ambiente;
CP é a carga durante o tempo de ponta;
TO é a temperatura do topo do óleo;
TE á a temperatura do ponto mais quente do enrolamento.
2 Os carregamentos assinalados com X provocam envelhecimento acelerado do papel isolante.
83
Informações Técnicas DT-11
Carga Inicial = 90%
o o o
DP (h) Ta ( C) CP(%) TO( C) TE( C) OBS.
10 150 50 98
15 150 55 103
20 145 60 105
0,5 25 137 64 105
30 128 68 105
35 119 72 105
40 109 76 105 X
10 150 56 103
15 145 59 105
20 138 63 105
1,0 25 131 67 105
30 123 70 105
35 115 74 105
40 107 78 105 X
10 143 61 105
15 137 64 105
20 130 67 105
2,0 25 124 70 105
30 118 73 105
35 111 76 105
40 104 79 105 X
10 135 65 105
15 130 67 105
20 124 69 105
4,0 25 119 72 105
30 113 74 105
35 108 77 105 X
40 102 80 105 X
10 131 67 105
15 126 69 105
20 121 71 105
8,0 25 116 73 105
30 111 75 105 X
35 106 78 105 X
40 100 80 105 X
10 129 67 104 X
15 125 69 105 X
20 120 71 105 X
24,0 25 115 73 105 X
30 110 76 105 X
35 105 78 105 X
40 100 80 105 X
NOTAS
1 DP é a duração do tempo de ponta de carga;
Ta é a temperatura ambiente;
CP é a carga durante o tempo de ponta;
TO é a temperatura do topo do óleo;
TE á a temperatura do ponto mais quente do enrolamento.
2 Os carregamentos assinalados com X provocam envelhecimento acelerado do papel isolante.
84
Informações Técnicas DT-11
Tabela 3.10 - Carregamento de Transformadores de 55oc - Onan
Carga Inicial = 100%
o o o
DP (h) Ta ( C) CP(%) TO( C) TE( C) OBS.
10 150 55 102
15 146 59 105
20 138 63 105
0,5 25 129 68 105
30 120 72 105 X
35 111 76 105 X
40 101 80 105 X
10 147 59 105
15 140 62 105
20 133 66 105
1,0 25 125 69 105
30 117 73 105 X
35 109 76 105 X
40 100 80 105 X
10 140 63 105
15 134 66 105
20 127 68 105
2,0 25 121 71 105
30 114 74 105 X
35 107 77 105 X
40 100 80 105 X
10 134 66 105
15 128 68 105
20 123 70 105
4,0 25 118 73 105
30 112 75 105 X
35 106 78 105 X
40 100 80 105 X
10 130 67 105
15 126 69 105
20 121 71 105 X
8,0 25 116 74 105 X
30 111 76 105 X
35 105 78 105 X
40 100 80 105 X
10 129 67 105 X
15 125 69 104 X
20 120 71 105 X
24,0 25 115 73 105 X
30 110 76 105 X
35 105 78 105 X
40 100 80 105 X
NOTAS
1 DP é a duração do tempo de ponta de carga;
Ta é a temperatura ambiente;
CP é a carga durante o tempo de ponta;
TO é a temperatura do topo do óleo;
TE á a temperatura do ponto mais quente do enrolamento.
2 Os carregamentos assinalados com X provocam envelhecimento acelerado do papel isolante.
85
Informações Técnicas DT-11
5. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
86
Informações Técnicas DT-11
c) Transformador de força
Figura 5.1
87
Informações Técnicas DT-11
5.1.1. Núcleo
É também com a finalidade de diminuir as perdas, que nestas chapas são feitos
cortes a 45o nas junções entre as culatras e os pilares (Figura 5.2 (a)).
88
Informações Técnicas DT-11
a) Núcleo empilhado
b) Núcleo enrolado
Figura 5.2
5.1.2. Enrolamento
89
Informações Técnicas DT-11
90
Informações Técnicas DT-11
Tipos de bobinas:
91
Informações Técnicas DT-11
Devem ainda estar projetadas para suportar o comutador, os pés de apoio da parte
ativa, suporte das derivações e ainda o dispositivo de fixação da parte ativa do
tanque. Os calços são usados em vários pontos da parte ativa e tem várias
finalidades. Servem para constituir as vias de circulação de óleo, para impedir que os
enrolamentos se movam, como apoio da parte ativa (neste caso chamado pé), e
outras. Os materiais dos calços são vários e dentre eles podemos destacar o papelão
(Presspan), o fenolite, a madeira e a madeira laminada.
92
Informações Técnicas DT-11
Os parafusos que recebem estes terminais estão isolados desta chapa do painel por
meio de buchas de porcelana ou epóxi para garantir boa isolação entre eles.
Só se usa comutador tipo painel para casos em que se tenha 8 ou mais derivações ou
no caso de religáveis.
Figura 5.5
Este tipo de comutador tem como principal vantagem a facilidade de operação, sendo
sua manobra feita internamente por meio de uma manopla situada acima do nível do
óleo, ou feita externamente. O acionamento externo é usado obrigatoriamente quando
o transformador possui conservador de óleo, ou ainda quando o mesmo possui
potência maior que 300kVA.
93
Informações Técnicas DT-11
Os tipos de comutadores acionados a vazio utilizados são:
d) comutador rotativo: até 7 posições, com acionamento externo para tensões até
classe 145kW e corrente até 1200A, normalmente 200, 300, 400, 800 e 1200A
(Figura 5.8);
Todos os comutadores mencionados são para acionamento sem tensão e sem carga.
Figura 5.6
94
Informações Técnicas DT-11
Figura 5.7
Figura 5.8
95
Informações Técnicas DT-11
O motor ligado ao eixo do comutador é acionado por chave reversora. Os pontos de
retenção da tensão de alimentação também dever ser alimentados, fase-fase ou fase-
neutro conforme especificado pelo cliente. Os pontos elevar-baixar são acionados por
comando externo e dão partida à chave reversora. Com este mecanismo fazemos o
giro do eixo do comutador e conseqüentemente do mecanismo de fechamento dos
contatos.
Muitas vezes, os sistemas dos clientes exigem controle remoto da posição em que se
encontra o comutador. Existem três tipos de disco potenciométrico que normalmente
são utilizados para fazer o paralelismo entre transformadores e medição de posição: o
denominado par-ímpar, o de posição e o potenciométrico. Todos possuem diferentes
representações diagramáticas, devem ser especificados no pedido do comutador para
compra e sua utilização deve ser definida por quem especifica o comutador.
5.2. BUCHAS
96
Informações Técnicas DT-11
São os dispositivos que permitem a passagem dos condutores dos enrolamentos ao
meio externo. São constituídos basicamente por:
b) Buchas DIN
§ Para a alta tensão nas classes de 15, 24.2 e 36,2kV e correntes nominais de
250, 630, 1000, 2000 e 3150A (Figuras 5.13 e 5.15).
c) Buchas condensivas
§ São usadas apenas em transformadores com potência superior a 2500kVA e
tensões maiores que 36,2kV, sendo encontradas apenas nas correntes de 800
a 1250A. Para correntes maiores, só existem importadas. No Brasil se fabrica
buchas até a classe 245kV, para tensões maiores, somente importadas. Estas
buchas são muito mais caras que as de cerâmica, tanto DIN quanto ABNT.
(Figura 5.16)
97
Informações Técnicas DT-11
d) Buchas especiais
§ Existem buchas para correntes até 24000A na classe 36,2kV, mas só
importadas.
e) Buchas poliméricas
§ A porcelana é substituída por um isolante polimérico. A vantagem desse tipo de
bucha é que elas são mais resistentes a quebras ou vandalismos.
Normalmente são utilizados em transformadores subterrâneos.
98
Informações Técnicas DT-11
99
Informações Técnicas DT-11
Tabela 5.1 – Corrente Nominal [A] das Buchas de Baixa Tensão para
Transformadores Monofásicos (Conforme NBR 5440)
POTÊNCIA NOMINAL MAIOR TENSÃO SECUNDÁRIA [V]
DO TRANSFORMADOR
127 220 ou 230 240 254 440
[kVA]
3 a 15 160 160 160 160 160
25 400 160 160 160 160
37,5 400 400 400 400 160
50 800 400 400 400 160
75 800 800 400 400 400
100 800 800 800 800 400
Nota: A tensão nominal das buchas de baixa tensão será conforme estabelecido na NBR 5437 (1,3kV).
100
Informações Técnicas DT-11
Tabela 5.2 – Corrente Nominal [A] das Buchas de Alta Tensão para Transformadores
Trifásicos (Conforme NBR 5440)
POTÊNCIA NOMINAL DO MAIOR TENSÃO SECUNDÁRIA [V]
TRANSFORMADOR [kVA] 220 380
15 a 45 160 160
75 400 160
112,5 400 400
150 800 400
225 800 800
300 800 800
Nota: A tensão nominal das buchas de baixa tensão será conforme estabelecido na NBR 5437
(1,3kV).
5.3. TANQUE
Neste invólucro encontramos os suportes para poste (até 225kVA), suportes de roda
(normalmente para potências maiores que 300kVA), olhais de suspensão, sistema de
fechamento da tampa, janela de inspeção, dispositivos de drenagem e amostragem
do líquido isolante, conector de aterramento, furos de passagem das buchas,
radiadores, visor de nível de óleo e placa de identificação.
101
Informações Técnicas DT-11
Com referência aos tipos construtivos, os transformadores podem ser: selados e com
conservador de óleo.
5.3.1. Selados
Figura 5.18
102
Informações Técnicas DT-11
103
Informações Técnicas DT-11
5.4. RADIADORES
Figura 5.23
104
Informações Técnicas DT-11
Figura 5.24
Concluindo este tratamento, imediatamente após, as peças são pintadas com tinta
primer, recebendo em seguida duas demãos de esmalte sintético de acabamento,
resistente ao tempo, em cor cinza claro.
Para que o óleo possa cumprir satisfatoriamente as duas condições acima, deve ser
perfeitamente livre de umidade e outras impurezas para garantir seu alto poder
dielétrico.
105
Informações Técnicas DT-11
Os óleos mais utilizados em transformadores são os minerais, que são obtidos da
refinação do petróleo. Sendo que o de base paranífica (tipo B) e o de base naftênica
(tipo A) sãos usados em equipamentos com tensão igual ou inferior a 145kV.
106
Informações Técnicas DT-11
Tabela 5.4 - Características do Óleo Mineral Isolante Tipo A
Valores Garantidos
Características (A) Método de Ensaio Unidade
Mínimo Máximo
o
Densidade, 20/4 C (B) NBR 7148 - 0,861 0,900
o
a 20 C 25,0
o 2
Viscosidade cinemática (C) a 40 C NBR 10441 Mm /s - 11,0
o
a 100 C 3,0
o
Ponto de fulgor (B) NBR 11341 C 140 -
o
Ponto de fluidez (B) NBR 11349 C - -39
Índice de neutralização (B) ASTM D 974 MgKOH/g - 0,03
o
Tensão interfacial a 25 C (B) (G) NBR 6234 MN/m 40 -
Cor ASTM ASTM D 1500 - - 1,0
Teor de água (B) (D) NBR 5755 Mg/kg - 35
Cloretos e Sulfatos NBR 5779 - Ausentes
Enxofre corrosivo NBR 10505 - Ausente
o
Ponto de anilina (B) NBR 11343 C 63 84
o
Índice de refração a 20 C NBR 5778 - 1,485 1,500
Rigidez dielétrica (B) (D) NBR 6869 kV 30 -
o
Fator de perdas dielétricas (D)(E)(G) ou a 100 C ASTM D 924 0,50
%
Fator de dissipação o -
a 90 C IEC 247 0,40
(A) Antes de se iniciar a inspeção, o fornecedor deve apresentar ao inspetor certificado com os valores de todas as
características do produto oferecido contidas nesta Tabela.
(B) Estes ensaios devem ser efetuados pelo fornecedor, na presença do inspetor, em amostra retirada dos tambores ou tanques
bem como os demais ensaios, se julgado necessário.
(C) O ensaio de viscosidade cinemática deve ser realizado em duas temperaturas entre as citadas.
(D) Os ensaios de teor de água e rigidez dielétrica não se aplicam a produtos transportados em navios ou caminhões-tanques,
ou estocados em tanques, em que possa ocorrer absorção de umidade. Neste caso, deve ser processado tratamento físico
adequado para que se restabeleçam os valores especificados no presente regulamento técnico.
o
(E) Esta especificação requer que o óleo isolante atenda ao limite de fator de potência a 100 C pelo método ASTM D 924, ou ao
o
fator de dissipação a 90 C pelo método IEC 247. Esta especificação não exige que o óleo isolante atenda aos limites medidos
por ambos os métodos.
o
(F) O ensaio do fator de dissipação a 90 C, do óleo oxidado pelo método IEC 74, é realizado conforme método IEC 247 e após a
preparação desse óleo feita de acordo com o item 10.4.1 do método de ensaio IEC 10A (Central Office) 56.
(G) Estes itens não são válidos para refinarias que, entretanto, devem entregar o produto em condições tais que, mediante
tratamento convencional de absorção com argila, por parte das distribuidoras, seja enquadrado nos valores especificados.
Nota : Os dados desta Tabela estão de acordo com a Resolução CNP 06/85 e com o Regulamento Técnico
correspondente, CNP 18/85.
107
Informações Técnicas DT-11
Tabela 5.5 - Características do Óleo Mineral Isolante Tipo B (Para Tensão Máxima do
Equipamento Igual ou Inferior a 145 kV).
Método Valores garantidos
Características (A) Unidade
de Ensaio Mínimo Máximo
o
Densidade 20/4 C (B) NBR 7148 - - 0,860
o
a 20 C 25,0
o 2
Viscosidade cinemática (C) a 40 C NBR 10441 mm /s - 12,0
o
a 100 C 3,0
o
Ponto de fulgor (B) NBR 11341 C 140 -
o
Ponto de fluidez (B) NBR 11349 C - -12
Índice de neutralização (B) ASTM D 974 mgKOH/g - 0,03
o
Tensão interfacial a 25 C NBR 6234 mN/m 40 -
Cor ASTM ASTM D 1500 - - 1,0
Teor de água (B) (D) NBR 5755 mg/kg - 35
Enxofre corrosivo NBR 10505 - Ausente
Enxofre total ASTM D 1552 % massa - 0,30
o
Ponto de anilina (B) NBR 11343 C 85 91
NBR 6869 30 -
Rigidez dielétrica (B) (D) kV
IEC 156 42 -
o
Índice de refração a 20 C NBR 5778 - 1,469 1,478
o
Fator de perdas dielétricas a 100 C ASTM D 924 - 0,50
o
(B) (E) (G) u a 90 C IEC 247 % - 0,40
Fator de dissipação o
a 25 C ASTM D 924 - 0,05
Teor de inibidor de oxidação DBPC/DBP AST D 2668 Não-detectável
Teor de carbonos aromáticos ASTM D 2140 % 7,0 -
Estabilidade à oxidação: (F)
mgKOH/g - 0,40
. índice de neutralização
IEC 74 % massa - 0,10
. borra
o
% - 20
. fator de dissipação a 90 C (IEC 247)
(A) Antes de se iniciar a inspeção, o fornecedor deve apresentar ao inspetor certificado com os valores de todas as características do produto
oferecido contidas nesta Tabela.
(B) Esses ensaios devem ser efetuados pelo fornecedor, na presença do inspetor, em amostra retirada dos tanques, bem como os demais ensaios,
se julgado necessário.
(C) O ensaio de viscosidade cinemática deve ser realizado em duas temperaturas entre as citadas.
(D) O ensaio de teor de água e rigidez dielétrica não se aplicam a produtos transportados em navios ou caminhões -tanques, ou estocados em
tanques, em que possa ocorrer absorção de umidade. Neste caso, deve ser processado tratamento físico adequado para que se res tabeleçam os
valores especificados no presente regulamento técnico.
o
(E) Esta especificação requer que o óleo isolante atenda ao limite de fator de potência a 100 C pelo método ASTM D 294, ou ao fator de dissipação
o
a 90 C pelo método IEC 247. Esta especificação não exige que o óleo isolante atenda aos limites medidos por ambos.
o
(F) O ensaio do fator de dissipação a 90 C, do óleo oxidado pelo método IEC 74, é realizado conforme método IEC 247 e após a preparação desse
óleo feita de acordo com o item 10.4.1 do método de ensaio IEC 10A (Central Office) 56.
(G) Estes itens não são válidos para refinarias que, entretanto, devem entregar o produto em condições tais que, mediante tratamento convencional
de absorção com argila, por parte das distribuidoras, seja o produto enquadrado nos valores especificados.
Nota: Os dados desta Tabela estão de acordo com a Resolução CNP 09/88, com o Regulamento Técnico correspondente, CNP 06/79, e com sua
revisão número 2, de 01 de novembro de 1988.
108
Informações Técnicas DT-11
5.7. PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO E DIAGRAMÁTICA
109
Informações Técnicas DT-11
Figura 5.25
110
Informações Técnicas DT-11
Figura 5.26
111
Informações Técnicas DT-11
§ polaridade (para transformadores monofásicos) ou diagrama fasorial (para
transformadores polifásicos);
§ impedância de curto-circuito, em porcentagem;
§ tipo de óleo isolante e volume necessário, em litros;
§ tensões nominais do primário e do secundário;
§ massa total aproximada, em quilos;
§ níveis de isolamento;
§ número do manual de instruções, fornecido pelo fabricante, junto com o
transformador;
§ vazão, para transformadores com resfriamento à água;
§ corrente de curto-circuito máximas admissíveis, simétrica e assimétrica; e
duração máxima admissível da corrente, em segundos;
§ número da placa de identificação;
§ tipo para identificação.
112
Informações Técnicas DT-11
Figura 5.27
5.8. ACESSÓRIOS
113
Informações Técnicas DT-11
Tabela 5.6 – Acessórios para transformadores
Um •36,2kV Um•72,5kV
NOTA: Todas as aberturas na tampa inclusive as das buchas, devem ser providas de ressaltos construídos de maneira a evitar a acumulação e/ou
a penetração de água.
114
Informações Técnicas DT-11
Figura 5.28
5.8.2. Termômetros
115
Informações Técnicas DT-11
São constituídos de um bulbo, um capilar e um mostrador. O bulbo é colocado na
parte mais quente do óleo, logo abaixo da tampa. O mostrador é constituído de uma
caixa, um visor com indicador, um microrruptor, dois ponteiros de limite, que se
movimentam apenas por ação externa, e um ponteiro de indicação de temperatura
máxima. Este ponteiro é impulsionado pela agulha de temperatura, apenas quando
em ascensão desta, pois na redução fica imóvel, possibilitando assim, a verificação
da temperatura máxima atingida em um dado período.
Figura 5.29
116
Informações Técnicas DT-11
Figura 5. 30
117
Informações Técnicas DT-11
Temperaturas em ºC
•t Cobre 55 65
Ventilação Forçada 75 85
Alarme 85 95
Desligamento 95 105
Onde:
•t Cobre: Elevação de temperatura média do cobre;
Ventilação Forçada: Temperatura de acionamento da ventilação forçada;
Alarme: Temperatura de alarme;
Desligamento: Temperatura de desligamento.
Figura 5.31
118
Informações Técnicas DT-11
5.8.4. Controladores Microprocessados de Temperatura
b) TM2: serve para indicar apenas a temperatura de dois enrolamentos e deve ser
associado aos seus TCS. Não possui entrada para sensor da temperatura do
óleo, portanto deve ser usado em conjunto com o MT1 quando necessária
indicação de temperatura dos demais enrolamentos. Comunica-se com o
TM1através de interface serial RS 485;
119
Informações Técnicas DT-11
acionamento dos relês; este controlador, possui entrada para sensor de
temperatura tipo PT100 colocado no topo do óleo e outro no fundo do
transformador, de maneira a obter a temperatura média.; possui entrada para
três TC’s, de maneira a indicar três temperaturas do enrolamento e entrada
para um indicador de nível de óleo; como saída, possui quatro relês para
indicação da temperatura do óleo, quatro para a temperatura de cada
enrolamento e dois para indicação do nível do óleo, todos com temporizador de
acionamento; possui também saídas analógicas para indicação de quatro
temperaturas e interface serial de comunicação RS 232 que permite impressão
dos dados ou conexão a um PC.
120
Informações Técnicas DT-11
As válvulas de alívio de pressão utilizadas nos transformadores WEG são das marcas
IMG e COMEM.
O relê de gás (Figura 5.36) tem por finalidade proteger equipamentos imersos em
líquido isolante, através da supervisão do fluxo anormal do óleo ou ausência, e a
formação anormal de gases pelo equipamento. Normalmente são utilizados em
transformadores que possuem tanque para expansão de líquido isolante. Este tipo de
relê detecta de forma precisa, por exemplo, os seguintes problemas: vazamento de
líquido isolante, curto-circuito interno do equipamento ocasionando grande
121
Informações Técnicas DT-11
deslocamento de líquido isolante, formação de gases internos devido a falhas
intermitentes ou contínuas que estejam ocorrendo no interior do equipamento.
Os modelos de relês buchholz (RB) utilizados nos transformadores WEG são: RB TC-
1, RB TC-2 E RB TC-3, todos da Indubrás.
Figura 5.36
122
Informações Técnicas DT-11
Para evitar a deterioração do óleo do equipamento ou bolsa de borracha pelas
impurezas e umidade no ar respirado, coloca-se um copo com óleo e sílica gel na
passagem por onde o ar é suspirado. Quando o nível do óleo no conservador baixar,
haverá o respiro de ar atmosférico, este ar passará primeiramente pelo copo de óleo,
onde ficarão eliminadas as impurezas sólidas e em seguida o ar atravessa os cristais
de sílica gel, que retiram a umidade do ar, em seguida, já totalmente limpo e sem
umidade, o ar penetra no conservador.
O ar ao passar pela sílica gel deixará na mesma a umidade, fazendo que a sílica gel
troque de coloração, até a sua saturação conforme indicado abaixo:
Figura 5.37
123
Informações Técnicas DT-11
5.8.8. Relê de Pressão Súbita
Por outro lado, o relê não opera devido a mudanças lentas de pressão, próprias do
funcionamento normal do transformador, bem como durante perturbações do sistema
(raios, sobretensão de manobra ou curto-circuito), a menos que tais perturbações
produzam danos no transformador.
Figura 5.38
124
Informações Técnicas DT-11
Tem como finalidade manter a tensão do transformador sob a mesma tensão da rede
de alimentação. Possui contatos de elevar/baixar tensões para acionar o mecanismo
motorizado do comutador sob carga, e também possui proteção contra sobrecorrente,
subtensão e sobretensão.
O controle pode ser feito por um sistema analógico (lógica com contatos) ou com
sistema microprocessado. Os modelos atuais de reguladores de tensão incluem
saídas para utilização em paralelo com CDC.
125
Informações Técnicas DT-11
Existem dois métodos para o paralelismo de transformadores com CDC: corrente
circulante ou mestre-comandado (padrão da NBR 9368).
Figura 5.40
126
Informações Técnicas DT-11
Figura 5.41
127
Informações Técnicas DT-11
5.8.13.1. Sistema OFWF
Nesse sistema o óleo é forçado a passar no trocador por uma bomba e a água vem
de uma torre de resfriamento ou água corrente proveniente de um rio.
Figura 5.44
Nesse sistema o óleo é forçado a passar por um radiador através de uma bomba e
esse radiador é resfriado por ventiladores (aerotermo, Figura 5.45). Possui a
vantagem de que torna o transformador menor em termos de dimensão, largura e
comprimento. Requerido para transformadores de grande porte, acima de 100MVA ou
para transformadores de subestação móvel.
128
Informações Técnicas DT-11
Figura 5.45
129
Informações Técnicas DT-11
A Figura 5.46 ilustra um sistema deste tipo aplicado a um transformador de 200MVA
(vide placa de identificação, Figura 5.25).
Figura 5.46
130
Informações Técnicas DT-11
6. TRANSFORMADORES A SECO
6.1.1. Retrospecto
131
Informações Técnicas DT-11
Por um longo tempo o transformador a óleo mineral foi a versão principal usada para
distribuição de energia. Este era e ainda é um componente relativamente simples,
duradouro e seguro para este propósito.
Por algum tempo, um designe convencional de seco foi usado para eliminar o risco de
fogo. Porém tais transformadores, onde as bobinas são somente envernizadas, não
tem as características elétricas dos transformadores com líquido isolante. Níveis de
tensões aplicadas e de impulso foram reduzidos. Seu uso era geralmente limitado a
sistemas de distribuição sem exposição a descarga atmosférica e, devido a este
ponto, acabaram não sendo largamente usados na Europa.
132
Informações Técnicas DT-11
transformadores a óleo. Nos anos 60 transformadores encapsulados em resina eram
usados somente em pequenos números e só atingiram um razoável nível de
popularidade na metade dos anos 70.
Transformadores com isolação a gás (SF 6), ao invés de líquidos também são usados,
mas tais unidades não estão livres de manutenção. Eles requerem maiores cuidados
de engenharia e produção; um vazamento do gás implicará na perda do
transformador e quebra na continuidade do fornecimento de energia. Além disto,
estudos mostram que o SF 6 se torna mais tóxico que o próprio PCB depois de
deteriorado por descargas elétricas.
Existem é claro, uma vantagem nas primeiras soluções; em geral são processos de
fabricação simples (como os usados nos transformadores a óleo e secos
convencionais), onde a necessidade de novos e sofisticados equipamentos é
normalmente limitada.
133
Informações Técnicas DT-11
6.1.2. A Situação Hoje
134
Informações Técnicas DT-11
a mais nova tecnologia de encapsulamento a vácuo, conferindo ao transformador
características elétricas e mecânicas que atendem as mais exigentes especificações
internacionais.
São usados aços de qualidade no mínimo igual a do tipo E004 de fabricação Acesita
(equivalente ao padrão AISI M-4), o qual é hoje o melhor aço silício de grão orientado
fabricado na América Latina.
As colunas e culatras são prensadas por meio de perfis de aço e cintadas. Após esta
operação, o núcleo montado é pintado com tinta dielétrica (60kV/mm) de classe F
(155oC), formulada a partir de resina alquídica. Além das proteções dielétricas e
contra corrosão, o tratamento contribui reduzindo ainda mais os baixos níveis de ruído
acústico dos transformadores WEG.
135
Informações Técnicas DT-11
resistência a esforços térmicos e dinâmicos de curto-circuito, bem como completa
imunidade ao ambiente atmosférico.
Os enrolamentos de alta tensão podem ser construídos em fio ou fita, assim como em
cobre ou alumínio.
Após cura dos isolamentos, são montados moldes de impregnação sobre as bobinas
que, postas sob vácuo e temperatura na autoclave, passam por um processo
controlado de secagem.
136
Informações Técnicas DT-11
Após pré curadas, as bobinas são transferidas para uma estufa onde a cura será
concluída em uma seqüência de temperaturas controladas para garantir a eliminação
dos esforços internos no enrolamento. Terminada esta etapa, as bobinas são
finalmente desmoldadas, testadas uma a uma, e então liberadas para montagem.
137
Informações Técnicas DT-11
6.3.4. Acessórios
138
Informações Técnicas DT-11
O sistema é composto por um monitor digital de temperatura com contatos para
alarme, desligamento, controle do sistema de ventilação forçada (quando aplicável) e
contato adicional ligado a verificação dos sensores (somente PT100).
139
Informações Técnicas DT-11
A manutenção exigida pelos motoventiladores tem sido a restrição ainda encontrada
para que sistemas de VF sejam usados em larga escala, uma vez que a ausência de
manutenção é um dos principais pontos para a escolha dos secos.
140
Informações Técnicas DT-11
O grau de proteção do cubículo deve ser definido de acordo com a tabela seguinte,
originária da NBR 6146.
2º numeral característico:
Grau de proteção com respeito ao ingresso prejudicial de água
0 1 2 3 4 5 8
Protegido
1º numeral
contra
característico:
Protegido quedas
Grau de proteção
contra verticais Protegido Protegido Protegido
com respeito a Protegido
Não quedas de gotas contra contra contra
pessoas e objetos contra
protegido verticais d’água água projeções jatos
sólidos submersão
de gotas para uma aspergida d’água d’água
d’água inclinação
máx. de
º
15
Não protegido 0 IP 00 IP 01 IP 02 --- --- --- ---
Protegido contra
objetos sólidos
1 IP 10 IP 11 IP 12 IP 13 --- --- ---
com Ø maior que
50mm
Protegido contra
objetos sólidos
2 IP 20 IP 21 IP 22 IP 23 --- --- ---
com Ø maior que
12mm
Protegido contra
objetos sólidos
3 IP 30 IP 31 IP 32 IP 33 IP 34 --- ---
com Ø maior que
2,5mm
Protegido contra
objetos sólidos
4 IP 40 IP 41 IP 42 IP 43 IP 44 IP 45 ---
com Ø maior que
1mm
Protegido contra
5 --- --- --- --- IP 54 IP 55 ---
a poeira
Totalmente
6 --- --- --- --- --- IP 65 IP 68
protegido
141
Informações Técnicas DT-11
IP 20 IP 21 IP 23
142
Informações Técnicas DT-11
h) Melhorar a qualidade de vida, mantendo um ambiente de trabalho limpo,
ordenado e seguro, preservando o meio ambiente e os recursos naturais.
A qualidade do produto, garantida pelo certificado ISO 9001 mantido pela WEG
Transformadores desde 1995, inicia com um rígido controle nos materiais e nos vários
pontos do processo produtivo. A complementação deste processo é dada pelos testes
finais, que conferem ao produto a garantia de um bom desempenho.
Os transformadores a seco WEG são testados em conformidade com normas
nacionais e internacionais. Mesmo normalizado como ensaio de tipo, o ensaio de
descargas parciais é realizado como rotina na WEG, certificando a integridade do
sistema de encapsulamento.
2 Relação de tensões ∆
3 Resistência de Isolamento ∆
4 Polaridade ∆
5 Deslocamento angular e Seqüência de fases ∆
6 Perdas em vazio e Corrente de excitação ∆
Perdas em carga e Impedância de curto-
7 ∆
circuito
Testes dielétricos de Tensão aplicada e Tensão
8 ∆
induzida
9 Funcionamento dos acessórios ∆
10 Descargas parciais á∆
11 Fator de potência do isolamento ∆
12 Elevação de temperatura ∆
13 Impulso atmosférico ∆
14 Nível de ruído ∆
143
Informações Técnicas DT-11
15 Tensão de radiointerferência ∆
16 Curto-circuito ∆
á A WEG entende que o ensaio de descargas parciais deve ser obrigatório. Contudo
a norma ABNT o relaciona como ensaio especial.
6.5. VANTAGENS
144
Informações Técnicas DT-11
a) Dispensam paredes a prova de explosão, paredes corta-fogo e poços para
recolhimento do líquido isolante. Sua localização ainda pode ser modificada
com facilidade, sem necessidade de demolição e reconstrução de obras civis;
b) Podem ser instalados junto a carga, reduzindo drasticamente os custos com
cabeamento de baixa tensão;
c) Tem dimensões reduzidas e se adaptam com facilidade a diferentes locais.
145
Informações Técnicas DT-11
Espaçamentos Externos Mínimos para Transformadores Secos
Classe de tensão do
Tensão de impulso Espaçamento mínimo Espaçamento mínimo
equipamento
atmosférico [kV] Fase-terra [mm] Fase-fase [mm]
[kVeficaz]
0,6 ---- 25 25
1,2 ---- 25 25
40 45 60
7,2
60 65 90
95 130 160
15
110 150 200
125 170 220
24,2
150 200 280
150 200 280
170 240 320
36,2
200 300 380
Portanto, o recinto no qual será colocado o transformador deve ser bem ventilado,
uma vez que isto é fundamental ao seu correto funcionamento.
146
Informações Técnicas DT-11
Figura 6.1
Figura 6.2
147
Informações Técnicas DT-11
Pt
S = 0,3.
H
V = 5.Pt
onde:
Pt = perdas totais dissipadas a 115 oC [kW]
S = superfície das aberturas superior e inferior [m2]
H = distância medida entre a metade da altura do transformador e a metade da
saída de ar superior [m]
V = volume do ar de refrigeração [m3/min]
27.2
S = 0,3. = 13,2m 2
1,5
148
Informações Técnicas DT-11
149
Informações Técnicas DT-11
processo de encapsulamento a vácuo propiciam grande resistência a descargas
atmosféricas ou sobretensões .
150
Informações Técnicas DT-11
C2. Vejamos o que isto significa, resumindo as classificações da norma Cenelec HD
464 S1:
151
Informações Técnicas DT-11
§ F1: série de testes feita para verificar a presença de substâncias corrosivas:
HCl, HCN, HBr, HF, SO2, HCOH. Uma coluna (núcleo/bobinas BT/AT) é
submetida a 2 fontes de calor: uma bandeja com álcool sob a coluna e um
painel vertical a 750oC para radiação durante 60 minutos onde gases e
temperaturas de entrada/saída são monitorados. A elevação do gás não pode
ultrapassar 420oC na combustão, 140oC após 45 minutos de teste e 80oC após
60 minutos. A média do fator óptico ≥ 20% entre 20 e 60 minutos.
Testes abrangentes têm sido feitos por vários fabricantes com diferentes
combinações de formulações epóxi. Há basicamente dois tipos de teste que são
executados: um teste numa amostra de resina, como por exemplo o especificado pela
ASTM D634-68, e um teste executado diretamente na bobina do transformador,
simulando os efeitos de faltas internas ou chamas externas.
Tais testes têm mostrado que chamas devido às faltas internas são seguramente
extintas uma vez que o transformador tenha sido desenergizado pela proteção no
período de tempo usual. Caso um fogo externo ocorre atingindo as bobinas, estas
auto extinguem-se, se extintas as chamas externas. Um grande fogo do lado externo
o qual ponha toda instalação e construção em chamas provavelmente também
queimaria a resina epóxi mas em tal caso esta não aumentaria a intensidade do fogo.
Em tempo, a resina epóxi é um termofixo e portanto, independente das proporções do
incêndio, não derrete.
152
Informações Técnicas DT-11
A WEG desenvolveu testes práticos simulando os dois "casos de causa de fogo" que
podem acontecer a todo transformador instalado:
É concebível que, por razões quaisquer, o fogo começará dentro de uma planta de
painel de comando, na origem da qual o transformador não participa, o qual, porém,
também atingirá com o passar do tempo.
153
Informações Técnicas DT-11
Tal caso é reproduzido perfurando a superfície da bobina até o cobre e produzindo
um arco elétrico de solda de intensidade mais alta possível, entre o condutor de cobre
e um eletrodo de solda.
Nos ensaios realizados pela WEG as seqüências de teste foram aumentadas até a
queima ininterrupta de um eletrodo (2,5mm) completo, com duração superior a um
minuto. Foi averiguada uma pequena inflamação de material isolante em todos os
testes e as chamas foram extinguidas depois de poucos segundos.
Nem com as tochas de solda (fogo caso 1) nem com soldas a arco elétrico (fogo caso
2) a bobina encapsulada pode ser induzida durante os testes executados a
continuação autônoma da inflamação.
154
Informações Técnicas DT-11
do condutor, esforços de curto-circuito nas bobinas fabricadas em chapa são
mínimos, garantindo ao transformador, incomparável performance neste quesito. A
estrutura da parte ativa tem construção robusta e travamento dos calços que
posicionam as bobinas.
155
Informações Técnicas DT-11
penetração aplicado ao circuito magnético também colabora para atenuação do ruído
produzido.
A WEG conta com mais de 300 assistentes técnicos autorizados e 1.300 oficinas
registradas em todo o Brasil. Quando acionados, os AT têm competência para indicar
e gerenciar as medidas cabíveis.
No projeto com isolação sólida nada pode contaminar o solo ou o ambiente e medidas
adicionais contra poluição são dispensadas, o que implica em redução nos custos de
instalação.
6.6. APLICAÇÕES
156
Informações Técnicas DT-11
Quando aplicar transformadores encapsulados?
§ Quando riscos de explosão, propagação de incêndio ou vazamento de óleo
devem ser eliminados;
§ Quando se deseja instalar o transformador junto a carga, reduzindo perdas e
custo dos condutores de baixa tensão;
§ Quando se deseja mudar a posição do transformador com facilidade, como
plantas em crescimento;
§ Quando há trânsito de pessoas e segurança é a palavra-chave;
§ Quando se tem espaço reduzido;
§ Quando se quer minimizar a manutenção.
157
Informações Técnicas DT-11
§ Subestações ou cargas móveis
6.7. ESPECIFICAÇÕES
6.7.1. Normas
6.7.2. Potências
158
Informações Técnicas DT-11
Padrão para enrolamentos de alta tensão: classe 15kV com NBI 95kV e tensão
aplicada de 34kV e classe 25kV com NBI 125kV e aplicada 50kV.
6.7.6. Temperaturas
159
Informações Técnicas DT-11
As perdas acima devem ser tomadas como valores para referência. Valores de
perdas podem e devem ser considerados ao adquirir um transformador, seja este a
óleo ou seco. Contudo o comprador deve salientar esta preocupação (baixas perdas)
ao solicitar a cotação do equipamento para que seu valor seja analisado como custo
do produto + capitalização de perdas (normalmente segundo a fórmula da
concessionária local).
6.7.8. Dimensões
IP00 IP20
160
Informações Técnicas DT-11
Destacamos aqui, alguns itens que merecem ser lembrados da norma NBR
10295/1988 TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA SECOS. Este texto tem caráter
didático e não pode ser considerado como reprodução parcial da norma. A leitura do
texto completo da norma é ponto de partida para a correta especificação dos
transformadores.
161
Informações Técnicas DT-11
1.1 Esta norma fixa as condições exigíveis aplicadas a transformadores de potência
secos, com tensão máxima do equipamento igual ou inferior a 36,2kV.
162
Informações Técnicas DT-11
163
Informações Técnicas DT-11
n) condições de tensões normais, incluindo sobretensões transitórias,
ressonância, perturbações relacionadas a manobra, etc., que possam requerer
considerações especiais no projeto da isolação;
o) campos magnéticos anormalmente fortes;
p) necessidade de proteção especial de pessoas contra contatos acidentais com
partes vivas do transformador;
q) operação em paralelo.
Nota: Apesar de a operação em paralelo não ser uma condição anormal, é desejável
que o comprador informe ao fabricante a previsão de paralelismo com outros
transformadores, bem como as características destes transformadores que interfiram
com requisitos de paralelismo.
164
Informações Técnicas DT-11
165
Informações Técnicas DT-11
90 80 B 115
115 105 F 115
140 130 H 115
180 150 C 115
166
Informações Técnicas DT-11
Os materiais isolantes elétricos são classificados em classes de temperatura,
definidas pela temperatura limite atribuída a cada uma, conforme Tabela11, e de
acordo com a NBR 7034.
167
Informações Técnicas DT-11
7. ENSAIOS
Quando for requerido que os resultados dos ensaios sejam corrigidos a uma
temperatura de referência, estas devem ser:
§ para transformadores imersos em óleo: 75ºC;
§ para transformadores secos: conforme recomendações gerais para ensaios da
ABNT NBR 10295.
168
Informações Técnicas DT-11
o NBR 10295 - Transformadores de Potência Secos
§ IEC 76
§ ANSI
§ IEEE
169
Informações Técnicas DT-11
Este ensaio visa verificar a resistência dos contatos, apertos, conexão, contatos do
comutador, etc., e determinar a resistência elétrica de cada enrolamento que
multiplicado pela corrente de fase ao quadrado (I²) resultará nas perdas ôhmicas
utilizadas no cálculo das perdas totais.
A corrente utilizada no ensaio deve ser contínua e não deve ser superior á 15% da
corrente nominal do enrolamento considerado.
170
Informações Técnicas DT-11
temperatura do enrolamento é igual a temperatura média do óleo. A
temperatura média do óleo é adotada como a média das temperaturas do óleo
nas partes superior e inferior do tanque (topo e fundo do tanque).
Quando se mede a resistência a frio, com o propósito de determinar-se a
elevação de temperatura, é necessário envidar esforços especiais para
determinar com precisão a temperatura média do enrolamento. Portanto, a
diferença entre as temperaturas do óleo das partes superior e inferior deve ser
pequena. A fim de se obter este resultado mais rápido, pode-se fazer circular
óleo com ajuda de uma bomba.
R =V
I
171
Informações Técnicas DT-11
172
Informações Técnicas DT-11
O objetivo deste ensaio é medir a relação de tensões entre tensão primária e tensão
secundária de um transformador.
173
Informações Técnicas DT-11
Relação de Transformação - Princípio de medição
V1 N 1
= = Re lação
V2 N 2
V1
= Re lação
V2
onde:
V1 = Tensão do Primário
V2 = Tensão do Secundário
Exemplo
174
Informações Técnicas DT-11
Calculo do Erro(%)
Exemplo
108,58 − 108,65
Erro (%) = *100 = 0,064
108,65
175
Informações Técnicas DT-11
Relação de Transformação – Ilustração de ensaio usando TTR trifásico
7.1.2.1. Polaridade
Este ensaio visa determinar a polaridade do transformador, que pode ser aditiva ou
subtrativa. Durante a medição da relação de transformação, o TTR demonstra a
polaridade da medição.
176
Informações Técnicas DT-11
enrolamento de baixa tensão para o enrolamento de alta tensão no sentido anti-
horário (Vide ítem 2.7 desta apostila para maiores esclarecimentos).
177
Informações Técnicas DT-11
Exemplo de diagramas fasoriais, marcação dos terminais e ligações de
transformadores trifásicos
178
Informações Técnicas DT-11
Relação de Transformação – Relatório de Ensaio
Verificação da relação de transformação, polaridade e deslocamento angular
A corrente de alimentação deve ser pelo menos igual a 50% da corrente nominal
(corrente de derivação). As medidas devem ser feitas rapidamente para que as
179
Informações Técnicas DT-11
elevações de temperatura não introduzam erros significativos. A diferença de
temperatura do óleo entre as partes superior e inferior do tanque deve ser
suficientemente pequena para permitir a determinação da temperatura média, com a
precisão requerida.
180
Informações Técnicas DT-11
Perdas em Carga – Circuito de Ensaio
181
Informações Técnicas DT-11
Perdas em Carga – Relatório de Ensaio
Estas perdas consistem, principalmente, nas perdas por histerese e por correntes de
Foucault (parasitas) no núcleo e é função do valor, freqüência e forma de onda da
tensão de alimentação.
Corrente de excitação é o valor eficaz da corrente que flui através do terminal de linha
de um enrolamento, quando a tensão nominal (tensão de derivação) à freqüência
nominal é aplicada a este enrolamento, estando o outro (ou outros) enrolamento(s)
em circuito aberto.
182
Informações Técnicas DT-11
O transformador deve estar aproximadamente à temperatura ambiente da fábrica.
A tensão de ensaio deve ser ajustada por um voltímetro que mede o valor médio da
tensão, mas que é graduado de modo a fornecer o valor eficaz de uma tensão
senoidal tendo o mesmo valor médio. O valor lido por este voltímetro é U’.
Se a diferença das leituras entre os voltímetros for maior que 3%, a validade do
ensaio deve ser objeto de acordo entre fabricante e comprador.
Exemplo:
Transformador 45kVA - Ensaio realizado pela Baixa Tensão.
Potência: 45kVA
Tensão AT: 13800V
183
Informações Técnicas DT-11
Tensão BT: 220/127V
184
Informações Técnicas DT-11
185
Informações Técnicas DT-11
Perdas em vazio - Relatório de ensaio
186
Informações Técnicas DT-11
Por ser uma simples medição sem valor de referência, geralmente verificamos a
existência de falhas grosseiras (curto entre enrolamentos ou entre enrolamento e
massa) no isolamento.
187
Informações Técnicas DT-11
Resistência do Isolamento – Circuito de ensaio
188
Informações Técnicas DT-11
Resistência do Isolamento – Relatório de ensaio
189
Informações Técnicas DT-11
Podem ser classificados como rotina, tipo ou especial conforme tabela abaixo:
Este ensaio visa verificar a isolação e distâncias elétricas de alta e baixa tensão
contra a massa (tanque, viga, tirantes, etc.).
190
Informações Técnicas DT-11
Tabela 2 – NBR-5356
191
Informações Técnicas DT-11
Tensão aplicada – Circuito de ensaio
Verificação da alta tensão
192
Informações Técnicas DT-11
Aplica-se uma tensão igual ao dobro da tensão de derivação utilizada no ensaio com
o circuito em vazio, porém, este valor não pode ultrapassar ao valor correspondente
ao nível de isolamento especificado na tabela 2 da NBR 5356.
A freqüência do ensaio deve ser aumentada para não saturar o núcleo já que será
aplicado um valor em torno do dobro da tensão nominal.
Neste ensaio utiliza-se o analisador de potência para medição da tensão induzida nos
terminais do transformador sob ensaio.
193
Informações Técnicas DT-11
240 Hz
194
Informações Técnicas DT-11
Para tensões Um > 72,5kV, o ensaio de tensão induzida é normalmente feito com
medição de descargas parciais. A medição de descargas parciais durante toda a
duração do ensaio é uma ferramenta valiosa tanto para o fornecedor quanto para o
comprador. O aparecimento de descargas parciais durante o ensaio pode indicar uma
deficiência no isolamento antes que ocorra a ruptura. Este ensaio verifica uma
operação livre de descargas parciais durante as condições operacionais.
195
Informações Técnicas DT-11
Exemplo de descarga parcial interna Exemplo de descarga parcial externa
196
Informações Técnicas DT-11
Dependendo do tipo de material, um efeito será mais agressivo que outros. Por
exemplo, em alguns tipos de plástico, a degradação térmica é mais acentuada, já em
bobinas de alternadores, onde o material utilizado é a mica, o mecanismo principal é o
bombardeamento iônico. Em estudos de descargas em papel isolante impregnado
com óleo, cavidades próximas ao condutor atacam o isolante e após perfurar as
primeiras camadas de papel, descargas superficiais ocorrem ao longo destas
camadas, formando arvorejamento e trilhamento, as quais são formadas nos pontos
mais fracos do isolamento.
197
Informações Técnicas DT-11
fenômeno do ruído acústico, como por exemplo, para detecção e localização de DP
em grandes transformadores de força e o fenômeno das transformações químicas,
gerando gases, que podem ser detectados em análises de gases dissolvidos em óleo
isolante de transformadores, indicando assim a presença das DP.
MÉTODOS NÃO-ELÉTRICOS
198
Informações Técnicas DT-11
§ TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS: A ocorrência de produtos químicos e
trilhamento produzidos pelas descargas podem ser utilizadas para detecção e
localização. Muitas vezes o material dielétrico tem que ser demolido para
verificação. Descargas em óleo isolante geram gases específicos, os quais
podem indicar a presença de descargas.
MÉTODOS ELÉTRICOS
199
Informações Técnicas DT-11
200
Informações Técnicas DT-11
Descargas parciais – Relatório de ensaio
201
Informações Técnicas DT-11
7.1.6.4. Impulso
7.1.6.4.1. Introdução
202
Informações Técnicas DT-11
superior ao dos surtos atmosféricos, principalmente em sistemas elétricos cuja tensão
de operação é superior a 230kV. Tais surtos de tensão submetem, principalmente, a
isolação externa de equipamentos de alta tensão a esforços dielétricos significativos,
sendo crítico para o dimensionamento dos espaçamentos mínimos em linhas de
transmissão e equipamentos elétricos empregados em sistemas de extra alta tensão.
A amplitude dos surtos de origem interna ou surtos de manobra pode ser minimizada
através do emprego de resistores de pré-inserção em disjuntores, drenagem
(descarga) da carga residual de linhas de transmissão e outras técnicas construtivas e
critérios adequados de operação do sistema elétrico. O emprego de técnicas
apropriadas possibilita que sistemas elétricos com tensão de operação de 550kV
sejam projetados com sobretensões devidas aos surtos de manobra limitadas a 2 pu.
De modo similar, a sobretensão interna máxima gerada em sistemas 765kV e 1000kV
não ultrapassa a 1,3pu. Sistemas elétricos projetados assim, passam a ter os
espaçamentos mínimos determinados principalmente pela tensão de operação do
sistema sob condições de chuva e poluição intensa, as quais podem causar sensível
redução na capacidade de isolação externa de equipamentos elétricos em extra-alta
tensão.
203
Informações Técnicas DT-11
Tabela 2 – NBR-5356
Tabela 3 – NBR-5356
204
Informações Técnicas DT-11
Os geradores de impulso são então necessários para verificar as condições de
suportabilidade dos equipamentos elétricos de alta tensão, quando submetidos a
esforços dielétricos normalizados.
Vários ensaios de alta tensão são usualmente realizados com o gerador de impulso
destacando-se os ensaios de impulso atmosférico e impulso de manobra, pelos quais
se simula, em laboratório, sobretensões de elevada ordem, originadas,
respectivamente, por descargas atmosféricas e surtos provenientes de chaveamentos
no sistema de potência. O ensaio aplicado, por exemplo, a um transformador de força,
cuja tensão nominal do enrolamento de tensão superior é de 550kV, exige a aplicação
de tensões da ordem de 1550kV para o ensaio de impulso atmosférico e, de 1250kV
para o ensaio de impulso de manobra.
205
Informações Técnicas DT-11
a) Gerador de impulso
206
Informações Técnicas DT-11
O gerador de impulso da WEG é formado por 24 estágios. Sua tensão máxima de
carga será equivalente a 2400kV quando todos os estágios tiverem sido
individualmente carregados com a tensão de 100kV.
d) Circuito de corte
207
Informações Técnicas DT-11
Impulso – Circuito de ensaio
208
Informações Técnicas DT-11
7.1.6.4.3. Forma de onda de impulso
209
Informações Técnicas DT-11
intervalo de tempo compreendido entre o zero virtual O’ e o instante em que a tensão
tenha sido reduzida para 50% do valor de crista.
210
Informações Técnicas DT-11
7.1.6.4.4. Procedimento de ensaio para impulso atmosférico
211
Informações Técnicas DT-11
Exemplo:
Baixa tensão
§ Um impulso pleno com valor reduzido - 60% = 57kV – 1º
§ Um impulso pleno com o valor especificado - 100% = 95kV – 2º
§ Um impulso cortado com valor reduzido - 60% = 63kV – 3º
§ Dois impulsos cortados com valor especificado - 110% = 105kV – 4º
105kV – 5º
§ Dois impulsos plenos com o valor especificado - 100% = 95kV – 6º
95kV – 7º
Total: 7 aplicações x 4 buchas = 28 aplicações na baixa tensão.
212
Informações Técnicas DT-11
A avaliação do transformador se dá pela comparação dos registros oscilográficos das
aplicações de impulso reduzido e especificado do mesmo tipo. No exemplo anterior
devemos fazer a seguinte comparação de cada bucha.
Alta tensão
Forma de onda da Tensão Forma de onda da Corrente
Comparar 1º com 2º, 6º e 7º Comparar 1º com 2º, 6º e 7º
Comparar 3º com 4º e 5º Comparar 3º com 4º e 5º
Não deverá haver diferenças nas comparações. Caso isto ocorra deverá ser
investigado o circuito e uma possível falha interna.
213
Informações Técnicas DT-11
Impulso – Relatório de Ensaio
214
Informações Técnicas DT-11
Tabela 3 – NBR-5356
215
Informações Técnicas DT-11
A seqüência de aplicação do impulso de manobra é a seguinte:
a) ajuste da forma de impulso – Tempo frente=250µs / Tempo cauda=2500µs
b) aplicação de um impulso com valor reduzido de polaridade negativa – 60%
c) aplicação de três impulsos com o valor suportável nominal, de polaridade
negativa – 100%
216
Informações Técnicas DT-11
Comutador sob carga – Caixa de comando
217
Informações Técnicas DT-11
218
Informações Técnicas DT-11
219
Informações Técnicas DT-11
§ Comutador sem tensão
O funcionamento do comutador sem tensão é normalmente verificado durante a
realização dos ensaios de relação de tensões e resistência elétrica do enrolamento.
Verificar a correspondência entre a indicação de cada posição do comutador e a
relação de tensões medida. Caso o comutador possua contato de bloqueio contra
acionamento indevido, a sua atuação deve ser verificada através de um ohmímetro ou
dispositivo sinalizador.
§ Ventilador
Acionar o dispositivo de comando manual e observar a partida do ventilador, o seu
sentido de rotação e fluxo de ar. Durante o funcionamento, observar se há ocorrência
de vibração anormal. Após a desenergização, observar o tempo de queda de rotação,
constatando o correto funcionamento dos mancais e balanceamento da hélice.
§ Bomba de óleo
Verificar o posicionamento de montagem da bomba, de acordo com o sentido do fluxo
desejado. Energizar a bomba e observar sua partida e o indicador de circulação do
óleo. Durante o funcionamento, verificar se há ocorrência de vibração anormal.
Quando houver medidor de vazão, comparar o valor indicado com a vazão nominal da
bomba de óleo.
220
Informações Técnicas DT-11
Acessórios – Painel de comando e alguns acessórios
221
Informações Técnicas DT-11
7.2. ENSAIOS DE TIPO
222
Informações Técnicas DT-11
A técnica consiste em se colocar um dos enrolamentos em curto-circuito e no outro
aplicar uma tensão tal que produza nos enrolamentos as respectivas perdas totais
(perdas em vazio + perdas em carga) que seriam responsáveis pela geração de calor
produzido pela operação do transformador em condições nominais.
223
Informações Técnicas DT-11
Local do ensaio deve ser o local fechado e que não sofra interferência de temperatura
externa.
A temperatura obtida por este método é a média do enrolamento, uma vez que as
partes internas e externas de um condutor sofrem efeitos diferentes com a circulação
de corrente alternada.
224
Informações Técnicas DT-11
225
Informações Técnicas DT-11
226
Informações Técnicas DT-11
Elevação da temperatura – Relatório de ensaio
Medição da resistência a quente
227
Informações Técnicas DT-11
O ruído acústico gerado por um transformador tem por origem as suas vibrações
eletromecânicas, o sistema de ventilação, o chaveamento e o efeito Corona, entre
outros. Destes, as vibrações eletromecânicas e o sistema de ventilação são os que
mais contribuem para o ruído. O ruído do sistema de ventilação geralmente é
encoberto pelo ruído gerado pela vibração eletromecânica do transformador.
228
Informações Técnicas DT-11
Nível de ruído – Circuito de Medição
229
Informações Técnicas DT-11
O valor medido deve ser a média de todos os pontos medidos e não deve ultrapassar
o valor normalizado.
230
Informações Técnicas DT-11
Nível de ruído – Relatório de ensaio
231
Informações Técnicas DT-11
Ensaio de tipo é um ensaio outro que não ensaio de tipo nem de rotina, realizado
mediante acordo entre fabricante e comprador.
232
Informações Técnicas DT-11
Fator de potência do isolamento – Circuito de ensaio
233
Informações Técnicas DT-11
Fator de potência do isolamento –Relatório de ensaio
234
Informações Técnicas DT-11
§ Seq (+) - Se o registro das grandezas desta alimentação trifásica mostra que a
onda B esta atrasada 120 graus de A e a onda C esta atrasada 240 graus de
A, diz-se que as grandezas são de seqüência positiva.
§ Seq (-) - Se a onda B esta adiantada de A em 120 graus e a onda C adiantada
de A em 240 graus, as grandezas desta alimentação são de seqüência
negativa.
§ Seq (0) - Quando o registro mostra as três ondas sobrepostas, isto é, não há
defasagem temporal das ondas diz-se que os três bornes estão fornecendo
grandezas de seqüência zero.
235
Informações Técnicas DT-11
A medição de seqüência positiva é feita durante o ensaio de perdas em carga. Em
transformadores, a impedância de seqüência negativa é igual a impedância de
seqüência positiva.
236
Informações Técnicas DT-11
237
Informações Técnicas DT-11
238
Informações Técnicas DT-11
239
Informações Técnicas DT-11
240
Informações Técnicas DT-11
241
Informações Técnicas DT-11
enrolamento) que podem realizar acoplamentos não desejados e,
eventualmente, produzir ressonâncias no próprio dispositivo.
242
Informações Técnicas DT-11
A escolha de método a ser usado deve ser objeto de acordo entre o comprador e o
fabricante antes da colocação do pedido.
243
Informações Técnicas DT-11
Além disso, a superfície externa do transformador sob ensaio deve ser observada
visualmente e continuamente registrada em vídeo.
244
Informações Técnicas DT-11
Um sinal senoidal de baixa tensão (~1Vef), com freqüência variável na faixa de 10Hz
a 20MHz, é aplicado entre os terminais de alta tensão e a resposta medida entre os
terminais de baixa tensão. Analogamente o sinal de tensão é aplicado entre os
terminais de baixa tensão e a resposta medida entre os terminais de alta tensão.
245
Informações Técnicas DT-11
Os resultados obtidos são apresentados em forma gráfica.
246
Informações Técnicas DT-11
Resposta em freqüência e Impedância terminal –Relatório de ensaio
247
Informações Técnicas DT-11
A técnica prevê:
§ A retirada do óleo do transformador;
§ Aplicação de vácuo em torno de 1mmHg (1 Torr);
§ Pressurização com gás super-seco até a pressão 0,4kgf/cm2, permitindo
tempo de contato com o papel de 18 a 30 horas para que se estabeleça o
equilíbrio entre a umidade contida na isolação sólida e o gás de enchimento;
§ Determinação do ponto de orvalho;
§ Através do diagrama, obtém-se a umidade relativa superficial interna.
248
Informações Técnicas DT-11
Gráfico URSI –Temperatura Isolação(ºC) x Temperatura ponto de orvalho(ºC) x
Umidade da isolação(%)
249
Informações Técnicas DT-11
URSI – Relatório de Ensaio
250
Informações Técnicas DT-11
O óleo mineral é utilizado com o objetivo de suprir duas funções importantes nos
transformadores de potência; a refrigeração e a isolação elétrica interna do mesmo.
251
Informações Técnicas DT-11
isolante: naftênico e parafínico. Além deste fluido, são também utilizados óleo tipo
silicone, R-Temp, ou ainda outros óleos isolantes.
a) rigidez dielétrica;
b) teor da água;
c) cor;
d) tensão interfacial;
e) índice de neutralização;
f) ponto de fulgor;
g) densidade;
h) fator de dissipação (fator de potência)
i) análise cromatográfica.
252
Informações Técnicas DT-11
Os ensaios de óleo são realizados em 4 etapas:
§ Tanque do caminhão antes do descarregamento.
§ Tanques internos a cada tratamento de óleo que é realizado.
§ Amostragem nos transformadores de distribuição e meia-força.
§ Na força são realizados em todas as unidades sendo que a cromatografia é
realizada antes de todos os ensaios elétricos: após impulso, após ensaios
dielétricos, após aquecimento e após descargas parciais.
Vemos, portanto, que este ensaio objetiva verificar a pureza do produto e, por
conseguinte, a qualidade dos processos de fabricação, transporte e manuseio.
253
Informações Técnicas DT-11
Água pode ser proveniente da atmosfera ou do envelhecimento dos isolamentos
celulósicos. O teor de água deve ser em valores baixos para obterem-se valores
elevados de rigidez dielétrica e baixas perdas dielétricas nos sistemas isolantes.
No caso dos óleos novos, este ensaio visa verificar a qualidade dos processos de
fabricação e transporte e manuseio do produto.
7.4.3. Cor
Este ensaio é feito colocando-se uma camada de óleo isolante sobre uma camada de
água e, em seguida, fazendo-se um anel de platina imersa na água passar para a
camada de óleo. A força necessária para fazer com que o anel rompa a superfície da
água é tomada como a Tensão Interfacial Óleo/Água.
Assim, quanto mais puro for o óleo, menor será sua interação com a camada de água
e mais alta será o valor obtido para o ensaio. Um valor mínimo garante baixos teores
de substancias oxigenadas e polares no produto.
254
Informações Técnicas DT-11
Quando certos contaminantes, como sabões, tintas, vernizes e produtos de oxidação
estão presentes no óleo, a resistência da película de óleo é reduzida, exigindo menos
força para sua ruptura.
Assim, podemos concluir que este ensaio é uma determinação indireta da quantidade
de compostos voláteis presentes na amostra de óleo. Quanto maior for o teor de
voláteis, menor será o Ponto de Fulgor.
255
Informações Técnicas DT-11
7.4.7. Densidade
É a relação dos pesos de iguais volumes de óleo e água. Tem limitado valor na
determinação da qualidade de um óleo para fins de aplicações elétricas. Em regiões
muito frias, a densidade serve para determinar se o gelo, que eventualmente pode se
formar do congelamento da água em unidades cheias de óleo, ficará boiando na
superfície. Tal situação que poderá resultar na formação de arcos entre os
condutores, acima do nível do óleo.
(Conces.)
Óleo novo A > 0,861
Mín. 50 Máx. 0,5 Mín. 40 Máx. 15 0,03 Mín. 140
(Interno) B ≤ 0,860
Óleo
Mín. 30 Máx. 15 Mín. 20 Máx. 35 0,25 Mín. 140
usado
256
Informações Técnicas DT-11
7.4.9. Análise Cromatográfica
O óleo mineral isolante gera gases durante seu processo de envelhecimento normal e
acentuadamente quando na ocorrência de falhas no equipamento elétrico. A análise
cromatográfica tem como objetivo determinar a composição desta mistura de gases
que normalmente se dissolve no óleo isolante. As falhas incipientes, ou seja, aquelas
que estão no início, usualmente têm baixa concentração de gases e portanto seu
acompanhamento através de análises periódicas pode evitar danos mais sérios ao
equipamento elétrico. Os gases que são analisados são:
257
Informações Técnicas DT-11
Cromatografia - Tabela valores especificados
258
Informações Técnicas DT-11
Cromatografia – Relatório de ensaio
259
Informações Técnicas DT-11
7.5. ENSAIOS NO PAPEL
O papel isolante é constituído de longas cadeias de celulose, que por sua vez são
formadas por anéis (unidades) de glicose. Desta forma, quando se diz que está
ocorrendo a degradação do papel isolante significa que está ocorrendo na verdade
uma diminuição no tamanho médio destas cadeias isto é, quebra em porções
menores. Como consequência são afetadas as propriedades mecânicas do papel.
Determinar o grau de polimerização em papel isolante significa estimar o tamanho
das cadeias de celulose, quanto maior for a cadeia melhor será sua resistência
mecânica e vice-versa.
260
Informações Técnicas DT-11
aberto. O valor de referência para o fim de vida útil do transformador é 150-200.
261
Informações Técnicas DT-11
8. CARACTERÍSTICAS DA INSTALAÇÃO
O transporte e a instalação devem estar de acordo com NBR 7036 ou a NBR 7037, a
que for aplicável.
262
Informações Técnicas DT-11
cuidados especiais no transporte, instalação e funcionamento do transformador, e que
devem ser levadas ao conhecimento do fabricante.
263
Informações Técnicas DT-11
s) operação em paralelo com transformadores de outro fornecimento.
Surgirá uma corrente circular entre os dois transformadores caso tenham tensões
secundárias diferentes.
264
Informações Técnicas DT-11
transformadores é menor do que a soma das potências individuais, o que representa
desperdício.
8.3.3. Impedância
P1 × Z '1
Z2 = Equação (8.1)
P2
sendo:
P = potência total da instalação (P1 + P2)
P1 = potência do transformador velho
P2 = potência do transformador novo
Z1 = impedância do transformador velho
Z2 = impedância do transformador novo
Z’1 = impedância do transformador velho referido a base do novo.
Devemos inferir as impedâncias a uma mesma base de potência, que pode ser a de
qualquer um deles, da seguinte maneira:
Z 2 × P1
Z '2 = Equação (8.2)
P2
265
Informações Técnicas DT-11
Z 1 × P2
Z '1 = Equação (8.3)
P1
onde:
Z’1 e Z’ 2 são as impedâncias dos transformadores na base nova de potência.
P1 P2
Z1 Z2
Figura 8.1
P × Z2
P1 = Equação (8.4)
Z1 + Z 2
P × Z1
P2 = Equação (8.5)
Z1 + Z 2
P = P1 + P2 Equação (8.6)
266
Informações Técnicas DT-11
§ Potência: 1000kVA
§ Tensões Primárias: 13,8 - 13,22 - 12,6kV
§ Tensões Secundárias: 380/220V
§ Impedância: 5%
§ Deslocamento Angular: Dyn 1
Z 1 × P2 5 × 1500
Z '1 = =
P1 1000
Z '1 = 7,5%
Da equação 8.1:
Z 2 = 5%
267
Informações Técnicas DT-11
§ Deslocamento angular: Dyn1
PN 1...n EM
PF 1...n = × × Pc Equação (8.7)
∑ PN 1 ...n E1...n
∑ PN ...n
EM = Equação (8.8)
∑ PN ...n
E1...n
Onde:
PF1...n = potência fornecida à carga pelo transformador [kVA]
PN1...n = potência nominal do transformador [kVA]
EM = tensão média de curto-circuito [%]
E1...n = tensão de curto-circuito do transformador 1 ...n [%]
Pc = potência solicitada pela carga [kVA]
268
Informações Técnicas DT-11
300 4,908
PF 1 = × × 1550 = 327,2kVA
300 + 500 + 750 4,5
500 4,908
PF 2 = × × 1550 = 500,8kVA
300 + 500 + 750 4,9
750 4,908
PF 3 = × × 1550 = 721,8kVA
300 + 500 + 750 5,1
269
Informações Técnicas DT-11
9. INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO
9.1.1. Recebimento
9.1.2. Manuseio
270
Informações Técnicas DT-11
O transformador deve ser sempre levantado por todas as alças de suspensão, nunca
devendo ser levantado ou movido por laços colocados nas buchas, no olhal de
suspensão da tampa ou em outros acessórios.
9.1.3. Armazenagem
9.1.4. Instalação
271
Informações Técnicas DT-11
§ os elos utilizados nas chaves devem estar de acordo com a potência e classe
tensão do transformador;
§ após energização do transformador, é necessário uma inspeção final com
medição da tensão secundária.
9.1.5. Manutenção
A cada doze meses, ou a critério do usuário, deve ser realizado no campo uma
inspeção externa com o transformador energizado, observando-se a distância e
estado do equipamento:
§ verificação de fissuras, lascas ou sujeiras nas buchas e danos externos no
tanque ou acessórios;
§ estado dos terminais de ligações do transformador;
§ vazamento pelas buchas, tampas, bujões, soldas, etc.;
§ pontos de corrosão em qualquer parte;
§ existência de ruídos anormais de origem mecânica ou elétrica;
§ fixação do transformador;
§ aterramento e equipamentos de proteção do transformador;
§ nível do líquido isolante, quando o indicador for externo.
272
Informações Técnicas DT-11
NOTA: Se os valores indicarem a necessidade de revisão completa no transformador,
recomenda-se enviar a unidade para oficinas especializadas ou fabricante.
NOTA: Os ensaios devem adotar, a seu critério, qualquer método a fim de evitar que
ocorram sobrecargas no transformador.
9.2.1. Recebimento
Antes do descarregamento, deve ser feito, por pessoal especializado, uma inspeção
preliminar no transformador, de modo a verificar:
273
Informações Técnicas DT-11
§ levantamento ou tração deve ser feito pelos pontos de apoio indicados nos
desenhos ou instruções do fabricante;
§ todos os componentes e acessórios devem ser manuseados com devido
cuidado;
§ manuseio do transformador deve ser feito de forma planejada e cuidadosa.
Para transformador transportado sem óleo, verificar a pressão do gás seco no tanque
e nos cilindros de suprimento, conforme orientação do fabricante.
9.2.4. Armazenamento
274
Informações Técnicas DT-11
O transformador pode ser armazenado sem óleo, desde que para curtos intervalos de
tempo (máximo de três meses) ou conforme instrução do fabricante. Neste caso deve
ser realizada inspeção diária na pressão de gás, de modo a detectar vazamento.
9.2.5. Instalação
275
Informações Técnicas DT-11
9.3. ENSAIOS
276
Informações Técnicas DT-11
É recomendável a execução dos seguintes ensaios no transformador antes de sua
energização:
§ análise do líquido isolante;
§ análise cromatográfica;
§ medição do fator de potência do transformador e fator de potência e
capacitância das buchas, se providas de derivações capacitivas;
§ medição da resistência de isolamento do transformador e da fiação de painéis
e acionamento(s) motorizado(s);
§ medição da relação de transformação em todas as fases e posições do
comutador de derivações sem tensão;
§ simulação da atuação de todos os dispositivos de supervisão, proteção e
sinalização, verificação do ajuste e/ou;
§ medição da relação de transformação, saturação e polaridade dos TC; curto-
circuito e aterrar todos os secundários do TC que não tiverem previsão de uso,
em só transformador provido;
§ verificar as tensões e isolação dos circuitos auxiliares antes de sua
energização;
§ após energização dos painéis e acionamentos motorizados, verificar sentido de
rotação dos motores dos ventiladores;
§ medição da resistência elétrica em todos os enrolamentos, em todas as fases e
posições do comutador de derivações;
§ instalação do secador de ar (sílica gel).
9.4. ENERGIZAÇÃO
277
Informações Técnicas DT-11
Ajustar e travar a posição do comutador manual, conforme recomendado pela
operação do sistema.
9.5. MANUTENÇÃO
Buchas:
§ vazamentos(S)
§ nível do óleo (S)
§ trincas ou partes quebradas, inclusive no visor do óleo (T)
§ fixação
§ condições e alinhamento dos centelhadores (T)
§ conectores, cabos e barramentos (T)
§ limpeza das porcelanas (T)
278
Informações Técnicas DT-11
Tanque e radiadores:
§ vibração do tanque e das aletas dos radiadores (S)
§ vazamentos: na tampa, nos radiadores, no comutador de derivações, nos
registros e bujões de drenagem (S)
§ estado da pintura: anotar os eventuais pontos de oxidação
§ estado dos indicadores de pressão (para transformadores selados) (S)
§ todas as conecções de aterramento (tanque, neutro, etc.) (T)
§ bases (nivelamento, trincas, etc.) (S)
§ posição das válvulas dos radiadores (S)
Conservador:
§ vazamento (S)
§ registro entre o conservador e o tanque, se estão totalmente abertos (T)
§ fixação do conservador (T)
§ nível do óleo isolante (S)
Sistema de ventilação:
§ ventiladores, quanto a aquecimento, vibração, ruído, vedação a intempéries,
fixação, pintura e oxidação (S)
§ acionamento manual (S)
§ circuito de alimentação (S)
§ pás e grades de proteção (S)
279
Informações Técnicas DT-11
Secador de ar:
§ estado de conservação (S)
§ limpeza e nível de óleo da cuba (S)
§ estado das juntas e vedação (S)
§ condições da sílica gel (S)
Relê de gás:
§ presença de gás no visor (S)
§ limpeza do visor (T)
§ vazamento de óleo (S)
§ juntas (S)
§ fiação (T)
§ atuação (alarme e desligamento) (T)
Relê de Pressão:
§ vazamento (S)
§ juntas (S)
§ contatores tipo plugue (T)
§ fiação (T)
§ presença de gáz
Comutadores de derivações:
§ sem tensão: estado geral e condições de funcionamento (T)
§ em carga: Nível de óleo do compartimento do comutador (S)
§ condições da caixa do acionamento motorizado quanto a limpeza, umidade,
juntas de vedação, trincos e maçanetas, aquecimento interno etc.(S)
§ motor, circuito de alimentação e fiação (S).
280
Informações Técnicas DT-11
Caixa de terminais da fiação de controle e proteção:
§ limpeza, estado da fiação, blocos terminais(S)
§ juntas de vedação, trincos e maçanetas (S)
§ resistor de aquecimento e iluminação interna (S)
§ fixação, corrosão e orifícios para aeração (S)
§ contatores, fusíveis, relês e chaves (T)
§ isolação da fiação (T)
§ aterramento do secundário dos TC, régua de bornes, identificação da fiação e
componentes (T)
Ligações externas:
§ aterramento (T)
§ circuito de alimentação externos (S)
281
Informações Técnicas DT-11
10. ANEXOS
10.1. ANEXO I
Cliente:
Referência: -
Especificação/Norma: NBR-5440/83
1. DENTIFICAÇÃO
Item: 01
Quantidade:
Tag: -
Código do produto: 2001.2002
Tipo: Distribuição
2. CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE
Instalação: Ao tempo
Altitude máxima de instalação [m]: 1000
Atmosfera: Não Agressiva
Temperatura máxima do ambiente [ºC]: 40
3. CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
Potência [kVA]: 300
Número de fases: 3
Freqüência [Hz]: 60
Grupo de ligação: Dyn1
Polaridade: Subtrativa
Refrigeração: ONAN
Enrolamento de alta tensão:
Tensão nominal [kV]: 6.9
Derivações [kV]: ± 2 x 2.5%
Classe de tensão [kV]: 7.2
Tensão aplicada [kVef]: 20
Tensão de impulso atmosférico [kVcr]: 60
Enrolamento de baixa tensão
Tensão nominal [kV]: 208
282
Informações Técnicas DT-11
Classe de tensão [kV]: 1,2
Tensão aplicada [kVef]: 10
Tensão de impulso atmosférico [kVcr]: -
Classe do material isolante: A
Valores garantidos [300kVA/6.9kV e 75ºC]
Corrente de excitação [%]: 2,4
Impedância [%]: 4,5
Perdas a vazio [W]: 1.120
Perdas totais [W]: 4.480
Nível de ruído (pressão acústica) [dB]: 55
4. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Forma construtiva: Selado
Líquido isolante: Óleo Mineral
Pintura de acabamento: Munsell N6.5
Tipo de núcleo: Empilhado
Buchas de alta tensão
Localização: Tampa
Quantidade: 3
Tipo: ABNT 15kV/160A
Conector de fase: Prensa-cabo 10 a 70mm2
Conector de neutro: Não aplicável
Buchas de baixa tensão
Localização: Lateral
Quantidade: 4
Tipo: ABNT 1,3kV/400A
Conector de fase: Prensa-cabo 70 a 300mm2
Conector de neutro: Prensa-cabo 70 a 300mm2
Massas
Parte ativa [kg]: 450
Líquido isolante[kg]: 180
Tanque e acessórios [kg]: 280
Transformador completo [kg]: 910
Dimensões (C x L x A) [mm]: 1.700 X 1.000 X 1.130
5. ACESSÓRIOS
Visor de nível de óleo: Não
Válvula de alívio de pressão: Não
Comutador de derivações a vazio: Sim (acionamento interno)
Conexão para drenagem/amostragem: Não
283
Informações Técnicas DT-11
Conexão superior para filtro prensa: Não
Conexão inferior para filtro prensa: Não
Suporte para poste: Sim
Suporte para pára-raios: Não
Apoios para macaco: Não
Janela de inspeção: Sim
Olhais para tração: Não
Ganchos de suspensão: Sim (parte ativa e transformador completo)
Placa de identificação: Sim
Rodas: Sim (unidirecionais)
Base para arraste ou apoio: Sim (apoio)
Conector de aterramento: Sim (10 a 70mm2)
6. ENSAIOS (ABNT/NBR-5356/96)
Rotina: Sim
Tipo
Especiais:
284
Informações Técnicas DT-11
10.2. ANEXO II
Cliente:
Referência:
Especificação/Norma: NBR-5356/99
1. IDENTIFICAÇÃO
Item: 01
Quantidade: 01
Código do produto: 3005.5829
Tipo: FORÇA
2. CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE
Instalação: Ao tempo
Altitude máxima de instalação [m]: 1000
Atmosfera: Não Agressiva
Temperatura máxima do ambiente [ºC]: 40
3. CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
Freqüência [Hz]: 60 Número de fases: 3 Grupo de ligação: Dyn1
Potência [MVA]
Enrolamento: Tensão [kV] Ligação Comutação
ONAN ONAF1 ONAF2
Alta tensão: 5 - - 11 ± 2 X 2.5% D CST
Baixa tensão: 5 - - 4.16 yn -
Terciário: - - - - - -
Média 55
Elevação de temperatura do enrolamento [°C]
Ponto mais quente 65
Elevação de temperatura no topo do óleo [°C] 55
Classe do material isolante A
285
Informações Técnicas DT-11
Regulação [%]
Cos ø = 0,8 Cos ø = 0,9 Cos ø = 1
ONAN 4,22 3,34 0,86
ONAF1 - - -
ONAF2 - - -
286
Informações Técnicas DT-11
Fator de Rendimento [%]
Carga Cos ø = 0,8 Cos ø = 0,9 Cos ø = 1
[%] ONAN ONAF1 ONAF2 ONAN ONAF1 ONAF2 ONAN ONAF1 ONAF2
25 99,19 - - 99,28 - - 99,35 - -
50 99,28 - - 99,36 - - 99,42 - -
75 99,17 - - 99,26 - - 99,33 - -
100 99,01 - - 99,12 - - 99,21 - -
125 98,83 - - 98,96 - - 99,06 - -
4. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Forma construtiva: Com conservador
Líquido isolante: Óleo mineral
Buchas de alta tensão: Na tampa (saída aérea)
Buchas de baixa tensão: Na tampa (saída aérea)
Buchas do terciário: Não aplicável
Pintura de acabamento: Bege fosco (Ral 1015)
5. ACESSÓRIOS
Indicador magnético de nível de óleo: Sim
Secador de ar com sílica gel: Sim
Termômetro do óleo: Sim
Termômetro do enrolamento: Sim
Monitor de temperatura: Não
Transdutor de temperatura: Não
Válvula de alívio de pressão: Sim
Centelhadores para alta tensão: Não
Centelhadores para baixa tensão: Não
Centelhadores para terciário: Não aplicável
Relê de pressão súbita: Não
Manômetro: Não
Relê de gás tipo Buchholz: Sim
Radiadores destacáveis: Sim
287
Informações Técnicas DT-11
Apoios para macaco: Sim
Janela de inspeção: Sim
Janela de visita: Não
Ganchos de suspensão: Sim
Caixa de circuitos auxiliares: Sim
Blindagem eletrostática: Não
Placa de identificação: Sim
Placa diagramática: Sim
Placa de identificação para buchas: Não
Conector de aterramento: Sim (50 a 120 mm2)
Base para arraste ou apoio: Sim (apoio)
Rodas: Sim (bidirecionais, lisas)
Fiação dos acessórios: Sim
Conectores de alta tensão (fase): Sim
Conectores de alta tensão (neutro): Não aplicável
Conectores de baixa tensão (fase): Sim
Conectores de baixa tensão (neutro): Sim
Conectores de terciário: Não aplicável
Acessórios para o comutador sob carga: Não
6. ENSAIOS (ABNT/NBR-5380)
Rotina: Sim
Tipo: Não
288
Informações Técnicas DT-11
10.3. ANEXO III
Cliente:
Referência:
Especificação/Norma: NBR-10295/98
1. IDENTIFICAÇÃO
Item:
Quantidade: 01
Tag:
Código do produto: 1110.1381
Tipo: Seco - não enclausurado
2. CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE
Instalação: Interior
Altitude máxima de instalação [m]: 1000
Atmosfera: Não Agressiva
Temperatura máxima do ambiente [ºC]: 40
3. CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
Potência [kVA]: 1000
Número de fases: 3
Freqüência [Hz]: 60
Grupo de ligação: Dyn1
Refrigeração: AN
Enrolamento de alta tensão
Tensão nominal [kV]: 13,8
Derivações [kV]: 13,8/13,2/12,6/12,0/11,4
Classe de tensão [kV]: 15
Tensão aplicada [kVef]: 34
Tensão de impulso atmosférico [kVcr]: 95
Enrolamento de baixa tensão
Tensão nominal [kV]: 0,380/0,220
Classe de tensão [kV]: 0,6
Tensão aplicada [kVef]: 4
Tensão de impulso atmosférico [kVcr]: -
Classe do material isolante: F
Valores garantidos [1000kVA/13,8kV e 115ºC]
289
Informações Técnicas DT-11
Corrente de excitação [%]: 2,00
Impedância [%]: 4,5
Perdas a vazio [W]: 2.800
Perdas no cobre [W]: 10.000
Perdas totais [W]: 12.800
Nível de ruído (pressão acústica) [dB]: 64
Descargas parciais [pC]: 20
4. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Grau de proteção: IP-00
Classe do transformador: C1/E1/F0
Material dos condutores: Cobre (alta tensão)
e alumínio (baixa tensão)
Terminais de alta tensão: Bandeira (1 furo NEMA)
Terminais de baixa tensão: Bandeira
Encapsulamento do Enrolamento AT A vácuo em resina epóxi
Sistema Vântico CW 229
Massa total [kg]: 2500
Dimensões (C x L x A) [mm]: 1530 x 830 x 1760
5. ACESSÓRIOS
Monitor de temperatura sem indicador: Não
Monitor de temperatura com indicador: Sim (T-154)
Sensor de temperatura: Sim
Sistema de comutação a vazio (links): Sim
Motoventiladores: Não
Olhais para tração: Sim
Olhais de suspensão: Sim
Placa de identificação: Sim
Rodas: Sim (bidirecionais)
Base: Sim (apoio)
Conector de aterramento: Sim
ENSAIOS (ABNT/NBR-10295/98)
Rotina: Sim
Tipo:
Especiais:
290
Informações Técnicas DT-11
291
Informações Técnicas DT-11
Filial BANWEG
Av. Moema, 862 - Indianópolis Tel. (0xx11) 5053-2300
04077-023 - São Paulo - SP Fax (0xx11) 5052-4212
292