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Capítulo 1 - O mundo em movimento

 A invenção do cinematógrafo.
Há muito pouco tempo, aproximadamente cento e dez anos, Os Irmão Lumière, inventaram um
aparelho nomeado cinematógrafo, e com ele projetaram em Paris um pequeno filme chamado “A
chegada do trem na estação de Ciotat”, os espectadores reagiram espantados.
Vista hoje, a cena é muito simples. Quase tudo que acontece está dito no nome do filme: um trem
aparece ao longe e entra em uma estação, vindo em direção da câmera. Na época, o público assustou-
se, como se o trem fosse atravessar a tela, invadir a sala e atropelar os espectadores.
Essa história mostra como o estudo das imagens não conduz a algo tão simples e evidente quanto
parece à primeira vista. Também é espantoso. Os primeiros registros de imagens em movimento,
feitos em 1895, eram curtos. Duravam em geral um ou dois minutos, e as “histórias” que contavam
eram como esta da chegada do trem à estação. Rápidas, simples, diretas. No entanto,
surpreendiam, maravilhavam, amedrontavam a pessoas. Por quê?
Porque para elas tudo isso era novo. Depois de alguns meses, no entanto, eles já não se
interessavam por aquelas cenas. Já haviam aprendido o truque..

 A magia do cinema. ... .


Os irmãos Louis e Auguste Lumière talvez não tivessem consciência de que estavam criando um meio
de expressão importante. Chegaram a dizer que “o cinema é uma invenção sem futuro”. Porém, ainda
no fim do século XIX, o cinema começava a engatinhar como arte pelas mãos do francês Georges
Méliès, um ilusionista que percebeu a potencialidade da câmera de filmar.
Méliès eu ao cinema uma nova dimensão: uma máquina de criar sonhos, de transformar em realidade
visível, partilhável pelos demais espectadores, as mais mirabolantes fantasias da mente humana.
Mélies criou a trucagem. A princípio foi um acaso. Certa vez a câmera que usava parou. Quando voltou
a funcionar, Méliès prosseguiu s eu trabalho normalmente. Ao ver o filme pronto percebeu que algumas
coisas haviam mudado: os objetos e as pessoas não ocupavam mais as mesmas posições. Bastou
isso para ter o grande clique. Se, em vez de parar o filme por acaso, o parasse sistematicamente e
substituísse certos elementos, faria surgir e desaparecer coisas, como um ilusionista.
Ora, Mélies era um ilusionista, antes de ser cineasta. Isso foi o suficiente para desenvolver o processo
e fazer de seus filmes espetáculos de pura magia.

 O cinema vira linguagem.


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Até o início da década de 1910, o cinema era apenas um “teatro filmado”. As cenas retratavam apenas
os atores de corpo inteiro no atuando em um cenário (montado ou natural).
Porém a partir das experiências o diretor americano D. W. Griffith, surgiu a linguagem cinematográfica.
Ex-ator de teatro, Griffith realizou seu primeiro filme em 1908, na Companhia Biograph, e sua principal
contribuição constituiu, justamente, em distinguir cinema e teatro. Ele escreveu:
“Quando entrei para a Biograph, no número 11 da rua 14, em Nova York, a projeção de um filme não
passava de uma representação teatral fotografada. Ao mesmo tempo, o principal atrativo dessa última
forma de espetáculo, os diálogos, não existiam. A câmera, conforme o costume da época, parecia
estar pregada no chão (...). A iluminação era fornecida ora pela luz natural, ora por lâmpadas de
mercúrio dispostas parcialmente no palco. (...) Todas as cenas eram filmadas, do começo ao fim, de
um único ângulo. Não existia nenhuma forma de transição para ligar as seqüências.”
Griffth escolhe como parceiro de aventura, na Biograph, o fotógrafo Billy Bitzer, o único que parecia
inconformado com a falta de ambição de seus colegas para explorar o novo meio. É Griffth que, pela
primeira vez, decide colocar a câmera próxima ao rosto dos atores.
Mas os atores reclamaram. Vinham do teatro e se espantaram com os novos métodos: afinal, o público
pagava para vê-los de corpo inteiro.
Griffth foi paciente. Levou-os para ver as projeções e mostrou-lhes como um plano mais próximo do
rosto não era uma mutilação do corpo, mas, ao contrário, realçava a intenção dramática da cena. Além
disso, a luz de Billy Bitzer e a maquiagem esecialmente concebida para as filmagens, diferente da
maquiagem teatral usada até ali, salientava ainda mais suas interpretações.
Graças a nova luz, aos planos aproximados e às novas técnicas de maquiagem, mudou também a
interpretação os atores, que passaram a gesticular menos exageradamente.
Mas a ambição de Grifffth ia mais longe: ele pretendia fazer do cinema um espetáculo autônomo, em
que o espectador não assistisse apenas ao drama representado, mas se sentisse dentro dele. Griffth
desenvolveu a técnica da montagem paralela – na qual duas ações que se desenvolvem ao mesmo
tempo alternam-se na tela – e foi um dos primeiros a usar o travelling – realizar uma cena com a
câmera em movimento.
Griffth juntou todas as suas invenções em um só filme, O nascimento de uma nação, e assim
surgia o que chamamos linguagem cinematográfica, mais ou menos como a conhecemos hoje. Ao
contrário dos filmes anteriores, este era, além do mais, um longa metragem. Explica-se: o velho teatro
filmado podia ser suportável durante alguns minutos. Mas, para prender a atenção do espectador na
sala durante noventa ou cento e vinte minutos, a fórmula de Griffth era indispensável. Griffith queria
contar grandes histórias e histórias grandes .

 Sofisticações e premiações.
Com o passar dos anos, o cinema foi ganhando inovações – O filme ganhou som, cor, efeitos especiais
cada vez mais sofisticados, projeções diferenciadas como o formato cinema scope (conhecido como
wide-screm em formato Vídeo/DVD), projeções ao ar livre, salas que se movimentam, entre muitos
outros recursos que tornaram o filme um espetáculo de arte e entretenimento . .
No mundo existem diversos festivais que valorizam os profissionais de diversas áreas do cinema,
desde o elenco, direção, produção e equipe técnica. Dentre estes festivais podemos destacar o
festival de Berlim, Na Alemanha – que premia os profissionais com o Urso de Ouro e de Prata; O
festival de Cannes, na França - que premia os profissionais com a Palma de Ouro; O festival
de Veneza, na Itália - que premia os profissionais com o Leão de Ouro; E o maior e mais conhecidos
de todos, o Oscar, nos Estados Unidos – a cerimônia do Oscar acontece desde 1929 e o troféu que
é dado aos vencedores também leva o mesmo nome da cerimônia que premia diversas produções
daquele país, produções estrangeiras, filmes comercias e artísticos. No Brasil o festival mais
importante é o de Gramado, no Rio Grande do Sul, e premia os vencedores com o troféu Quiquito de
ouro, que tem a forma de uma pessoa com a cabeça de sol. . .

A ilusão do cinema
* A filmadora é um mecanismo que tira 24 fotos por segundo.
* Se você fotografar uma pessoa piscando, com esse mecanismo, após a revelação, você terá
fotografias em série do movimento: olho aberto, depois começando a fechar, um pouco mais
fechado, etc.
* Colocando a série de fotografias num projetor, será mostrado o movimento a uma velocidade de 24
fotos por segundo. Como isso é mais rápido do que o seu olho pode ver, você tem a ilusão de estar
realmente vendo um olho piscando na tela.

* Assim se dá a ilusão de movimento e isto é o cinema! O mesmo acontece também nos desenhos
animados. Só que em vez das fotos temos desenhos.
* Aliás, é o mesmo princípio de todos os inventos que antecederam o cinema: o praxinoscópio, o
cinetoscópio, o fenascitoscópio... Todos esses aparelhos foram inventados para enganar nossos
olhos.
* O cinematógrafo dos irmãos Lumière era até mais simples: o mesmo aparelho filmava (ou seja,
fazia as fotos em série) e depois fazia a projeção na tela.

A filmadora e o projetor
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Podemos definir tecnicamente o cinema como uma sucessão de imagens numa tela, obtidas por
projeção óptica, em que se tem a sensação, pela troca rápida de imagens, de um movimento contínuo.
As imagens que possibilitam o cinema devem ser, portanto, translúcidas e positivas, uma vez que a
projeção óptica necessita de um feixe de luz que transpasse a imagem gravada, e esta seja formada
e ampliada por uma lente, possibilitando assim sua projeção externa à própria imagem gravada.
Para que este efeito funcione, há necessidade de capturar e projetar a imagem em sistemas similares,
compatíveis e padronizados. O instrumento utilizado para captação de imagens é uma câmera
cinematográfica, composta por elementos óticos e mecânicos (e modernamente alguns eletrônicos
que regulam com maior precisão suas funções) que capturam uma sucessão de imagens.
Filmadora:

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Projetor:

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Capítulo 2 - A linguagem do Cinema

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ATIVIDADE
DE ACORDO COM A LEITURA DOS TEXTOS ACIMA, PRODUZA UMA LINHA DO TEMPO DA
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO CINEMA NO BRASIL. ADICIONE IMAGENS DO CINEMA ANTES E
DEPOIS DA EVOLUÇÃO.
ESSA ATIVIDADE DEVE SER FEITA NO CADERNO E ENTREGUE DENTRO DO PRAZO.
NÃO ESQUEÇA DE COLOCAR O NOME, TURMA E TURNO.

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