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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DAS PESCAS E RECURSOS MARINHOS


INSTITUTO POLITÉCNICO DE PESCAS “CEFOPESCAS” Nº 2058

Disciplina: Eletricidade Eletrónica


Classe: 10ª
Período: Tarde
Curso: Eletricidade Naval I & II
Nº de Alunos:
1. ELETROSTÁTICA
1.1. INTRODUÇÃO (BREVE HISTÓRIA)
• Desde o início dos tempos, o ser humano tem contato com
fenómenos elétricos da natureza. Apesar disso, levou muito
tempo para que o ser humano adquirisse conhecimento
suficiente para entender esses fenómenos como
manifestações da matéria e sistematizar o estudo dos
mesmos.
• O primeiro registro do efeito atrativo da eletricidade data dos
anos 600 a.C, na Grécia Antiga.
• Tales de Mileto, considerado o primeiro físico e matemático
grego, observou que o âmbar amarelo, depois de atritado
com pele de carneiro, atraía pequenos pedaços de palha,
tecidos, penas de aves e outros materiais. Surgia aí o
conceito de eletrização.
• Na esteira das observações de Tales, outros
pensadores empreenderam compreender melhor o
fenómeno da eletricidade.

• Em meados de 1745, surge o primeiro circuito


elétrico e o primeiro capacitor, chamado Garrafa de
Laden.

• Benjamin Franklin, isso em 1752, começa a estudar


os raios, e percebe a existência de dois “grupos” de
corpos eletrizados, positivo e negativo.

• Em 1800, os estudos de Alessandro Volta culminam


na invenção da pilha (voltaica).

• Já em 1879, Thomas Alva Edison inventa a primeira


lâmpada incandescente.
1.2. ESTRUTURA ATÓMICA DA MATÉRIA
1.2.1. MODELOS ÁTÓMICOS
• Modelos atómicos são representações simplificadas e
teóricas da estrutura interna de um átomo que ajudam os
cientistas a compreender e descrever como os átomos
são compostos e como seus componentes interagem.
• O modelo atómico mais simples para entender os
fenómenos elétricos é o de Rutherford, de 1911. A esse
modelo acrescentam-se os neutrões, descobertos por
Chadwick, em 1932.
• Rutherford descobriu experimentalmente que o volume do
átomo é em sua maior parte vazio. No centro, encontra-se
um núcleo positivo constituído por protões (partículas com
carga elétrica positiva) e neutrões (partículas neutras). Ao
redor do núcleo, em um região denominada eletrosfera,
orbitam partículas ainda menores de carga negativa,
chamadas eletrões.
• O modelo atómico de Rutherford é também conhecido como modelo planetário, fazendo analogia
com o sistema solar. O núcleo faz o papel do Sol, enquanto os eletrões se movem como os
planetas. Em lugar da atração gravitacional, temos a força de interação elétrica.

• No modelo planetário de Rutherford, os eletrões de um átomo se distribuem em orbitas circulares,


denominadas camadas (K, L, M, N, O, P, Q). Os eletrões da ultima camada, por estarem mais
distantes do núcleo, estão sujeitos a uma menor força de atração e podem ser facilmente retirados
do átomo.
1.3. CARGA ELÉTRICA
• Protões e eletrões possuem uma propriedade
denominada carga elétrica. As cargas dessas partículas
têm a mesma intensidade, porém sinais contrários.

• A unidade de medida do Sistema Internacional utilizada


para quantificar a carga elétrica é o coulomb (símbolo:
C), em homenagem a Charles Coulomb.

• Um átomo é considerado eletricamente neutro quando


tem igual número de protões e eletrões.

• Se, por algum motivo, variar essa igualdade, o átomo


passa a se chamar ião. Os iões são positivos (catiões),
no caso de perda de eletrões, e negativos (aniões), no
caso de ganho de eletrões.

• A carga elétrica total de qualquer corpo é determinada


pela diferença entre o número de eletrões e o número
de protões que o corpo possui.
1.4. CAMPO ELÉTRICO
• Chamamos campo elétrico a uma propriedade do espaço que descreve como uma carga elétrica afeta
outras cargas ao seu redor.

• Analogia com o campo gravitacional: toda massa cria a um espaço gravitacional à sua volta, fazendo com
que outras massas sejam atraídas por ela. Da mesma forma, cargas elétricas produzem campos elétricos
em torno de si, de tal maneira que outras cargas que estejam nesse campo sofrerão repulsão (para o caso
de serem de mesmo sinal) ou atração (se forem de sinais diferente). Dizemos, portanto, que assim como
as massas estão sujeitas a uma força gravitacional, as cargas encontram-se sujeitas a uma força elétrica.

• Exemplo: se tivermos dois corpos A e B carregados com cargas elétricas de sinais diferentes, teremos B
imerso no campo elétrico gerado por A, sujeito a uma força atrativa F, de direção horizontal e sentido para
a esquerda. A carga de A, que está imersa no campo elétrico produzido por B, está sujeita a uma força de
mesma intensidade F e direção horizontal, mas com sentido para a direita.

• Experimentalmente, verifica-se que cargas de polaridades diferentes se atraem, enquanto cargas de


mesmo sinal se repelem.
1.5. LEI DE COULOMB
• A intensidade da força elétrica de atração (entre cargas de sinais contrários) ou de repulsão (entre cargas
de mesmo sinal) é dada pela expressão algébrica da lei de Coulomb.
TAREFA PARA CASA
• Investigar os diferentes modelos atómicos que foram desenvolvidos
para explicar a estrutura da matéria
• Desenhar um modelo atómico à sua escolha
• Estudar para explicar (Tarefa Permanente)

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