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1984
Distopia futurista publicada em 1949 por George Orwell
Postado por o_autor2019 em 01/07/2019 e atualizado pela última vez em 28/09/2020
“1984” é um romance da literatura estrangeira, a última obra escrita por Eric Arthur Blair, mais conhecimento
como George Orwell, publicado pela primeira vez em 1949, um pouco antes do seu falecimento.
Um dos romances mais influentes do século XX, “1984” se tornou a obra mais icônica referente a
personificação do poder absoluto.
O romance foi lançado um pouco após a Segunda Guerra Mundial. Então, era um cenário em que ainda
existia uma forte lembrança de toda a guerra, do poder nuclear com a bomba atômica e da força dos
governos autoritários.
No Brasil, “1984” teve sua publicação mais recente pela Companhia das Letras, em 2009. Nessa edição
acompanham três posfácios com análises críticas do filósofo e sociólogo alemão, Erich Fromm, historiador
britânico, Bem Pimlott e Thomas Pynchon, um romancista dos Estados Unidos.
“1984” é uma distopia futurista que projeta como seria a vida no ano de 1984, 35 anos após a sua
publicação, que tem como tema a transformação da realidade.
Resumo de “1984”
O livro se passa no ano de 1984, e se trata da história do solitário Winston, funcionário do Ministério da
Verdade, em Londres, pertencente à Oceania.
A Oceania, Eurásia e a Lestásia são as três potências remanescente da nova divisão que viviam em conflitos
entre si. A Oceania é uma sociedade governada por um único partido (Ingsoc), um governo totalitário e
repressivo que controla todos os aspectos da vida de seus cidadãos, comando representado pelo Grande Irmão
(O Big Brother).
Com relação ao Partido Dominante, a sociedade de Oceania é dividida em três classes: a maioria representada
pelos membros do núcleo do Partido, era a classe privilegiada; a classe média, membros externos do
Partido; e os proletas, os que constituem o restante da população que suportam altíssimas cargas de
trabalho e sofrem as maiores desvantagens sociais.
Winston é responsável pela propaganda e pela reescrita do passado, em que ele reescrevia jornais e
documentos antigos em prol do partido. E o que não era reescrito era destruído, essa era a forma do governo se
manter no poder.
Winston é da classe média, membro do Partido Externo, mas detesta o governo e seu trabalho. Ele vive
pressionado a aceitar o sistema vigente, até que se apaixona por Júlia, colega de trabalho que secretamente
detesta o governo, e juntos se revoltam contra o Partido.
O Partido é liderado pelo “Big Brother”, um líder ditador. O Grande Irmão, apesar de nunca ter sido visto
pessoalmente, controla e vê tudo e todos.
Esse controle é feito por meio das “teletelas” que tinham em todas as casas e microfones escondidos nas ruas
e pequenos helicópteros (drones) que filmam dentro das casas.
A “teletela” é como um televisor bidirecional embutido na parede em que permitia tanto ver quanto ser visto. E
quando nenhum programa estava sendo exibido, mostrava a figura inanimada do “Big Brother”.
Oceania é um Estado que não tinha leis, e a única ordem era que todos deviam obedecer ao Partido. E aqueles
que não obedeciam, poderiam ser denunciados a “Polícia do Pensamento”.
O papel da Polícia do Pensamento era fiscalizar o comportamento dos cidadãos, repreendê-los e puni-los, caso
eles tivessem pensamento próprio e fossem contra o “Big Brother”.
Qualquer um que questionasse o Partido e os documentos que Winston reescrevia era acusado de cometer
“crimideia”. Aplicado pela Polícia do Pensamento, a “crimideia” poderia sentenciar a pessoa a morte.
Após algumas atitudes de rebeldia contra o Partido, Júlia e Winston são desmascarados e presos. Winston é
torturado por O’Brien, e com o tempo ele começa a aceitar o mundo autoritário do governo.
Winston passa pelo tenebroso Quarto 101, considerado o pior lugar do mundo. Os torturadores colocavam
uma máscara no rosto do torturado com uma pequena abertura para uma gaiola cheia de roedores famintos. O
mesmo acontece com Júlia, até que ambos não resistem às torturas e um denuncia o outro.
Winston renega o perigo maior ao Partido e passa a aceitar e a amar o Grande Irmão. Contudo, ele foi
rebaixado para um trabalho ordinário num sub-comitê, enquanto Júlia conseguiu fugir do Quarto 101.
Por fim, o Partido conseguiu separar os dois que só se encontram ocasionalmente. Entretanto, não eram mais
os mesmos e finalmente se adaptaram ao mundo comandado pelo “Big Brother”.
Análise de “1984”
“1984” é um livro que traz questionamentos que perduram até os tempos atuais, como a vigilância 24 horas
por meio das câmeras existente no mundo.
Até que ponto essa vigilância é benéfica para as pessoas? Aonde fica a liberdade quando as pessoas estão sendo
vigiadas e controladas por câmeras 24 horas?
Pode-se dizer que as “teletelas” descritas em “1984” são como as câmeras de segurança, dos celulares, tablets e
computadores que também são capazes de captar e transmitir imagens.
Além disso, se discute as redes sociais e buscadores, como o Google, pois estão capturando os dados e tudo que
é feito na internet no intuito de influenciar o comportamento dos indivíduos.
É um questionamento voltado para a tecnologia que tem contribuído amplamente para o controle dos cidadãos
e assim, a perda da privacidade.
Uma das principais bases de “1984” é que a dominação é a alienação. Por viver sob o comando do Grande
Irmão, as pessoas não exploram a própria mente ou o poder proporcionado pelo corpo.
As poucas pessoas que se davam conta que a realidade construída pelo Partido era artificial, eram
perseguidas e eliminadas.
O livro é tão atual que, um caso ocorrido 2013 revelou a semelhança que há da distopia de “1984” com a
sociedade atual mundial.
O caso aconteceu com o ex-técnico da CIA, Edward Snowden, na época com 29 anos. Edward foi acusado de
espionagem após revelar informações sigilosas dos Estados Unidos em que o país tinha programas de
vigilância que eram capazes de monitorar as pessoas de vários países do mundo.
Após a sua descoberta, Snowden teve que fugir do país para não ser preso e julgado pelo vazamento de
informações do governo americano, pois ele foi acusado de espionagem.
Isso faz um paralelo com a narrativa do livro "1984", em que são punidos aqueles que contrariam ou se
recusam a seguir as regras do governo e serem constantemente vigiados.
Adaptações
“1984” já foi adaptado duas vezes para o cinema, uma delas em 1956 com direção do britânico Michael
Anderson. O roteiro foi assinado por Ralph Gilbert Bettison e William Templeton.
No mesmo ano, o diretor Micahel Radfor lançou uma nova versão de “1984”, tendo o roteiro assinado por ele
mesmo em parceria com Jonathan Gems.
Além das adaptações cinematográficas, em 1974 David Bowie lançou a canção “1984” presente no álbum
“Diamond Dogs”.
Também foi inspirada no romance, a HQ “V de Vingança” de Alan Moore. E “1984” foi também o nome de
um comercial da Apple que gerou muita polêmica.
Você sabia?
O reality show “Big Brother Brasil” foi importado da versão criada pela produtora holandesa Endemol. O
programa é inspirado na mesma ideia do romance: indivíduos confinados e vigiados por câmeras 24 horas.
Contudo, o criador John de Mol nega que haja qualquer relação com a obra de George Orwell, mesmo o nome
do show tendo o mesmo do sinistro personagem que representava o governo no livro.
“The Last Man in Europeu” (O Último Homem da Europa) foi o primeiro título do romance dado por
George Orwell.
Segundo o biógrafo Bernard Crick, em carta enviadas ao editor Frederic Warburg, oito meses antes da
publicação, Orwell afirmou ter dúvidas sobre o título e após convencimento do editor para um título mais
vendável, a obra ganhou o nome de “1984”.
Sucesso confirmado, o romance foi traduzido para mais de 65 países e considerado um dos seus maiores
sucessos sendo adaptado para o cinema, televisão, quadrinhos e até a música.
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1984
% OBRAS RELACIONADAS:
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