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Nov 16, 2023

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A perspectiva psiquiátrica define o alcoolismo como uma condição clínica
resultante do uso abusivo e assíduo de bebidas alcoólicas, indicando um
desvio do uso social que causa impactos físicos, mentais e sociais nos
indivíduos afetados (SADOCK J, SADOCK A, 2007). Quanto à etiologia, a
psiquiatria destaca uma gama de contextos resultantes de fatores
psicológicos, genéticos e culturais, evidenciando o aumento gradual do
consumo de álcool, característico desse transtorno. O tratamento, segundo
essa abordagem, requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo
profissionais de saúde, apoio familiar e social (SADOCK J, SADOCK A, 2007).
Por outro lado, a abordagem do Alcoólicos Anônimos (A.A.) pode ser
analisada à luz da teoria grupal, especialmente com base na perspectiva da
Psicologia das Massas desenvolvida por Freud. O A.A., como o mais antigo
grupo de ajuda mútua para o alcoolismo, exemplifica muitos dos princípios
discutidos na teoria de Freud. A Psicologia das Massas, desenvolvida por
Freud, oferece uma perspectiva interessante para analisar o funcionamento
grupal em A.A. A coesão do grupo se estabelece através de uma mudança
anímica, aumentando a capacidade afetiva e diminuindo a criticidade dos
membros, resultando em sugestionabilidade e contágio emocional (FREUD,
1921). A coesão do grupo em A.A. é essencial para o sucesso do tratamento, e
isso se alinha com a ideia de Freud sobre a formação de grupos como uma
mudança anímica. A experiência compartilhada de luta contra o alcoolismo
cria um vínculo emocional entre os membros, aumentando a capacidade
afetiva do grupo. Isso é crucial, pois a busca pela sobriedade muitas vezes
envolve enfrentar questões profundas e emocionalmente carregadas. A
Psicanálise adota uma visão que não se baseia em classificações e
transtornos, mas foca no sujeito e em sua compreensão. Desde o século XIX,
Freud associava o alcoolismo à histeria masculina, interpretando-o como uma
construção auxiliar diante do mal-estar causado pela castração (PEREIRA,
2005). Para Freud, a compulsão alcoólica representava a expressão de desejos
proibidos experimentados oralmente, revelando um impulso de morte em
busca de uma satisfação plena, mas barrado pelo corpo do indivíduo
(BIRMAN, 2012). Além disso, a diminuição da criticidade dos membros do A.A.
pode ser entendida à luz da Psicologia das Massas de Freud. A aceitação e o
entendimento mútuos no grupo podem reduzir a resistência individual,
permitindo que os membros se abram para a experiência compartilhada. A
sugestionabilidade e o contágio emocional, conforme discutidos por Freud,

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podem ocorrer dentro do contexto do A.A., onde os relatos de superação e a
solidariedade do grupo influenciam positivamente os indivíduos. A
abordagem dos doze passos do A.A., que enfatiza a realização de um
inventário moral, confissão de defeitos, reparação de danos e a crença em um
poder superior, também reflete elementos da teoria grupal. A ênfase na
confissão e na busca por um poder superior pode ser vista como uma forma
de fortalecer os laços entre os membros e fornecer um sentido
compartilhado de propósito e orientação. Portanto, a análise do A.A. à luz da
teoria grupal de Freud destaca a importância do componente emocional e da
coesão do grupo no processo de recuperação do alcoolismo. A compreensão
desses aspectos pode contribuir para uma visão mais abrangente e integrada
do papel dos grupos de apoio na abordagem do alcoolismo. Nesse contexto, a
compreensão do grupo de Alcoólicos Anônimos (A.A) torna-se relevante,
sendo o mais antigo grupo de ajuda mútua para o alcoolismo. Fundado em
1935 nos Estados Unidos, o A.A. baseia-se em doze passos que enfatizam a
realização de um inventário moral, confissão de defeitos, reparação de danos
e a crença em um poder superior (ALCOÓLICOS ANÔNIMOS, 2011).

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