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Instituto Superior Politécnico Sinodal

ISPS
(Sapiência, Rigor e Acção)

MANUAL DE APOIO PARA O EXAME DE ADMISSÃO NO

INSTITUTO POLITÉCNICO SINODAL ISPS

ANO LECTIVO, 2023


NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO

O corpo humano possui seis níveis de organização estrutural: o


químico, o celular, o tecidual, o orgânico, o sistêmico e o de
organismo.
Nível químico: inclui todas as substâncias químicas necessárias para
manter a vida. As substâncias químicas são constituídas de átomos, a
menor unidade de matéria, e alguns deles, como o carbono (C), o
hidrogênio (H), o oxigênio (O), o nitrogênio (N), o cálcio (Ca), o
potássio (K) e o sódio (Na) são essenciais para a manutenção da
vida. Os átomos combinam-se para formar moléculas. Exemplos
familiares de moléculas são as proteínas, os carboidratos, as gorduras
e as vitaminas. As moléculas, por sua vez, combinam-se para formar
o próximo nível de organização: o nível celular.
Nível celular: Qualquer organismo vivo é composto de células. As
células são unidades estruturais e funcionais básicas de um
organismo. É nelas que se executam as atividades metabólicas. Entre
os muitos tipos de células existentes em seu corpo estão as células
musculares, nervosas e sanguíneas. Cada uma tem estruturas
diferentes e cada uma desenvolve uma função diferente.
Nível tecidual: Os tecidos são grupos de células semelhantes na
aparência, função e origem embrionária que, juntas, realizam uma
função particular. Os tipos básicos de tecido são: tecido epitelial,
tecido de sustentação, tecido sanguíneo, tecido muscular e tecido
nervoso.
Nível orgânico: quando diferentes tipos de tecidos estão unidos
formam o nível orgânico. Os órgãos são compostos de dois ou mais
tecidos diferentes, têm funções específicas e geralmente apresentam
uma forma reconhecível. Exemplos de órgãos: o coração, os pulmões,
o cérebro, etc.
Nível sistêmico: Um sistema consiste de órgãos relacionados que
desempenham uma função comum. Exemplo: O sistema digestório
que funciona na digestão e na absorção dos alimentos é composto
pelos seguintes órgãos: boca, glândulas salivares, faringe (garganta),
esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, fígado,
vesícula biliar e pâncreas. O sistema é a base para o plano estrutural
geral de um corpo.

Organismo: O mais alto nível de organização é o organismo. Todos os


sistemas do corpo, funcionando como um todo compõe o organismo =
um ser vivo.

CÉLULA

A célula é a unidade biológica e funcional dos organismos vivos.


Possuem uma grande diversidade de origens, tamanhos, formas, ciclo
vital e funções, além de serem dotadas de incrível dinâmica. Nelas a
vida se manifesta de forma independente e ativa. As células são
entidades vivas dotadas de uma complexidade estrutural e funcional
superior, permitindo-lhes uma infinidade de capacidades e
transformações que são próprias da vida.

UNIDADE ESTRUTURAL

Quanto à estrutura, as células podem apresentar dois modelos: o


procariote e o eucariote, sendo este último do tipo animal e do tipo
vegetal.
Com relação ao tamanho, são, em sua grande maioria, menores do
que a capacidade de resolução do olho humano, portanto só podem
ser observadas com uso de microscópios (células microscópicas).
Quanto à forma, as células são dotadas de grande dinamismo e
apresentam formas extremamente variáveis. A grande maioria das
células possui forma constante (cúbica, esférica, prismática, estrelada,
ramificada, fusiforme e outras), porém algumas modificam
continuamente sua forma sendo denominadas polimorfas, como os
leucócitos (glóbulos brancos). Normalmente, a forma das células dos
animais e vegetais é condicionada pela função que desempenham no
organismo.

Com relação ao ciclo vital, podemos dizer que as células possuem


longevidade muito variável conforme à espécie. No organismo
humano, há células que duram muitos anos, já outras têm a sua
duração contada em dias e outras, ainda, acompanham o indivíduo
por toda sua vida. Sob esse ponto de vista, as células são
classificadas em lábeis (células de curta duração, Ex: hemácias),
estáveis (podem durar meses ou anos, Ex: células epiteliais) e
permanentes (duram toda a vida, Ex: neurônios)

CONSTITUIÇÃO BÁSICA

Os elementos que constituem a célula são: a membrana celular


(plasmática), o núcleo, e o citoplasma. No citoplasma ainda são
encontradas várias estruturas, tais como: ribossomos, lisossomos,
mitocôndrias, complexo de Golgi, vacúolos, retículo endoplasmático,
centríolos e outros.
CICLO CELULAR

Ciclo celular corresponde aos processos que ocorrem na célula após


seu surgimento até o seu processo de divisão celular, o qual dará
origem a duas células. Durante esse período, a célula passa por
diversos processos, como crescimento celular, multiplicação de seu
material genético e divisão celular. O tempo de duração do ciclo
celular varia entre os diferentes tipos de célula e é dividido em duas
fases: interfase e mitose.

FASES DO CICLO CELULAR

O ciclo celular é constituído por duas fases, interfase e mitose.

1 - Interfase

Durante um tempo, acreditava-se que nada acontecia na célula entre


o surgimento da célula e sua divisão. No entanto, nessa fase, a célula
encontra-se em intensa atividade metabólica, sendo observado
também o seu crescimento. A interfase é a fase mais longa do ciclo
celular e dividi-se em três estapas: G1, S e G2.

• G1: nessa etapa, conhecida como “primeiro intervalo”, ocorre a


síntese de proteínas e RNA. O tempo de duração dela é o mais
variável entre os diferentes tipos celulares;

• S: nessa etapa, conhecida como “síntese”, ocorre a divisão do


material genético. Essa é a fase mais longa da interfase;

G2: nessa etapa, conhecida como “segundo intervalo”, ocorre a


síntese de proteínas, como a tubulina, que formará os microtúbulos do
fuso mitótico, e RNA. No entanto, isso acontece em menor quantidade
do que na etapa G1. O período de duração dessa etapa é
proporcional ao da G1.

→ É importante destacar que durante todas as etapas da interfase


estarão ocorrendo a síntese de proteínas e a produção das estruturas
celulares.

Algumas células não passam pelo processo de divisão celular, diz-se,


então, que essas células permanecem em uma etapa G1 prolongada
ou etapa G0.

2 Mitose

Após o período de crescimento celular e preparação para a divisão


celular, que ocorre durante a interfase, a célula, enfim, divide-se em
uma fase denominada mitose. Na mitose ocorre a formação de duas
células-filhas idênticas à célula parental. A mitose divide-se em cinco
etapas: prófase, prometáfase, metáfase, anáfase e telófase.

Prófase: nessa etapa os cromossomos já se apresentam duplicados


como cromátides-irmãs, unidas pelos centrômero e ao longo de seus
braços; ocorre a condensação da cromatina e ela torna-se mais visível
ao microscópio óptico; inicia-se a formação do fuso mitótico
(composto por microtúbulos e centrossomos); e, ao final dela, os
nucléolos desaparecem.

Prometáfase: nessa etapa, os cromossomos tornam-se mais


condensados; os centrossomos deslocam-se para os polos das
células; ocorre a fragmentação do envelope nuclear; e cada cromatina
apresentará um cinetocoro (estrutura proteica presente no
centrômero).

Metáfase: nessa etapa, os cromossomos posicionam-se no plano


equatorial da célula (placa metafásica) com as cromátides-irmãs ainda
unidas pelos centrômeros; é nela que os cromossomos atingem seu
grau máximo de condensação.

Anáfase: nessa etapa, as cromátides-imãs separam-se; os


cromossomos-filhos liberados deslocam-se para extremidades
opostas da célula; a célula alonga-se; as duas extremidades da célula
passam a apresentar conjuntos duplicados e equivalentes de
cromossomos.

• Telófase: nessa etapa, ocorre a formação dos núcleos celulares e


seus envoltórios; os nucléolos reaparecem; os microtúbulos do fuso
desaparecem; e os cromossomos tornam-se menos condensados. Ao
final dela, a mitose está completa.

Com as duas últimas fases da mitose ocorre a citocinese, que se


encerra após a telófase, completando a divisão. Na citocinese ocorre
a divisão do citoplasma. Em células animais, esse processo é
caracterizado pela formação do sulco de clivagem, dividindo a célula
em duas.

á em células vegetais, não há formação do sulco de clivagem e a


citocinese caracteriza-se pelo aparecimento de uma camada,
denominada lamela média, junto à qual as membranas celulares são
formadas. A lamela média mantém unidas, na região equatorial da
célula, as paredes primárias de células adjacentes.
DNA E SINTESE PROTEICA

Síntese proteica é o processo pelo qual são produzidas as proteínas.


Esse processo ocorre nos ribossomos tanto de células procarióticas
quanto eucarióticas.

A síntese de proteínas é essencial para que ocorra a manutenção e o


crescimento celular e ocorre em três etapas: iniciação da tradução,
alongamento da cadeia polipeptídica e término da tradução.

A seguir, descreveremos mais detalhadamente cada uma das etapas


desse processo e falaremos sobre as proteínas, destacando a sua
importância para todos os seres vivos.

A síntese proteica é o processo de formação das proteínas. Esse


processo é realizado por estruturas denominadas de ribossomos,
presentes tanto em células procarióticas quanto eucarióticas. Na
molécula de DNA (ácido desoxirribonucleico) estão contidas todas as
informações genéticas do indivíduo, assim, para que a síntese de uma
determinada proteína seja realizada, é necessário que a região
específica do DNA onde está contida essa informação seja
decodificada.

Nesse processo ocorre a transcrição dos nucleotídeos dessa região


em uma molécula de RNA (ácido ribonucleico), que irá direcionar a
síntese proteica em um processo denominado de tradução. A
molécula de RNA que carregará essa informação até o local onde
ocorrerá a síntese de proteínas é denominada de RNAm (RNA
mensageiro).
Para que ocorra a síntese proteica, a informação genética fluirá do
DNA para o RNA e, em seguida, para as proteínas. Esse princípio é
conhecido como Dogma Central da Biologia Molecular. Em células
procarióticas, como não há núcleo definido, o DNA não está separado
das demais estruturas envolvidas na síntese, e, assim, o processo de
tradução inicia-se enquanto ainda ocorre a transcrição. Nas células
eucarióticas, o processo de transcrição ocorre no núcleo e o RNAm é
transportado para o citoplasma, no qual ocorrerá a tradução.

COMO OCORRE A SÍNTESE PROTEICA?

A síntese proteica ocorrerá por meio de um processo de tradução, no


qual a informação presente no RNAm, uma sequência de
nucleotídeos, será traduzida numa sequência de aminoácidos, que
dará origem a um polipeptídeo (proteína). Essa tradução é realizada
pelo RNAt (RNA transportador), o qual traduz cada série de códons
(trincas de nucleotídeos) presente no RNAm em um aminoácido.

O RNAt apresenta uma trinca de nucleotídeos (anticódon), em uma de


suas extremidades, e um aminoácido correspondente, na outra
extremidade. O RNAt transportará então o aminoácido específico até
os ribossomos, estruturas celulares nas quais ocorre a síntese de
proteínas, pareando seu anticódon ao códon complementar do RNAm.

Na tradução, existem dois métodos de reconhecimento entre as


moléculas que garantem com que esse processo ocorra
adequadamente. No primeiro método, o RNAt deve ligar-se ao
aminoácido específico que ele transportará ao ribossomo. Diferentes
moléculas de RNAt podem codificar um mesmo aminoácido, e a
ligação entre elas é feita por meio da ação das enzimas denominadas
de aminoacil-RNAt-sintases. Existem cerca de 20 tipos diferentes
dessas enzimas, sendo que cada uma acondiciona uma combinação
específica de aminoácido e RNAt.

O segundo processo é o pareamento entre RNAt e RNAm. Existem


cerca de 45 moléculas de RNAt, e essas são capazes de parear-se
com diferentes códons do RNAm. Isso se deve à flexibilidade
existente no pareamento da terceira base do códon, chamada de
movimento de pêndulo, na qual a existência de um códon sinônimo, o
qual apresenta uma diferença apenas na terceira base, permite a
codificação de um mesmo aminoácido, por diferentes códons.

Os ribossomos são constituídos por duas subunidades (uma maior e


uma menor) que se unirão, na realização da síntese proteica, ao
RNAm e RNAt. Durante esse processo, o RNAm descola-se pelo
ribossomo, enquanto o RNAt traduz as suas sequências de
nucleotídeos em aminoácidos. Quando se encontra um códon de
término (uma trinca que indica o fim do processo de tradução), o
ribossomo libera a proteína produzida e suas subunidades separam-
se.

Os ribossomos apresentam três sítios de ligação: o sítio P, em que a


molécula de RNAt está ligada à cadeia polipeptídica que está sendo
formada; o sítio A, em que está presente o RNAt que carrega o
próximo aminoácido a ser adicionado; e o sítio E, em que o RNAt,
após deixar o aminoácido que será adicionado, sai do ribossomo. O
processo de síntese nos ribossomos ocorrerá em três etapas.
TRANSMISSÃO DAS CARACTERÍSTICAS HEREDITÁRIA

Denominamos de hereditariedade o fenômeno em que os genes e as


características dos pais são transmitidas aos seus descendentes. As
características genéticas e fenotípicas transmitidas dessa forma, por
sua vez, são chamadas de hereditárias.

Nos seres humanos, a transmissão de características hereditárias é


conseguida graças à fusão dos gametas. O gameta masculino, o
espermatozoide, e o gameta feminino, o ovócito secundário, contêm
23 cromossomos cada. Quando ocorre a fusão, os
23 cromossomos do pai juntam-se aos 23 cromossomos da mãe e
passam a compor o conjunto cromossômico daquela nova célula

METABOLISMO

O metabolismo é o conjunto de todas as reações que ocorrem no


organismo para controlar os recursos materiais e energéticos, de
forma a suprir as suas necessidades estruturais e energéticas.

Essas reações são catalizadas por diversas enzimas e têm como


objetivos: obtenção de energia química; conversão das moléculas dos
nutrientes em precursoras de macronutrientes, como aminoácidos,
bases nitrogenadas, açúcares e ácidos graxos; produção de
macromoléculas, como proteínas, ácidos nucleicos, polissacarídios
e lipídios; síntese e degradação de biomoléculas especializadas.

TIPOS DE METABOLISMO
As reações do metabolismo estão reunidas em duas vias metabólicas,
o catabolismo e o anabolismo.

1. Catabolismo: também chamado de via degradativa, é um processo


contínuo e compreende as reações que promovem a degradação das
moléculas complexas em produtos mais simples, com a liberação de
energia. A energia liberada pela via catabólica é utilizada pelo
organismo para a realização das mais diversas atividades. As vias
catabólicas podem ser classificadas como metabolismo aeróbico e
metabolismo anaeróbico, como veremos a seguir:

 Metabolismo aeróbico: As reações ocorrem na presença de


oxigênio, que, nas cadeias respiratórias, funciona como aceitador
final de elétrons e combina-se com o hidrogênio para formar
água. No metabolismo aeróbico, os produtos finais das reações
são água e gás carbônico.
 Metabolismo anaeróbico: As reações ocorrem na ausência de
oxigênio. Os aceitadores finais de elétrons nesse tipo de
metabolismo podem ser íons nitrato, sulfato, fumarato e também
a amônia. Dentre os produtos finais dessas reações, podemos
destacar o lactato (fermentação láctica) e o etanol (fermentação
alcoólica).
 O saldo final de energia produzida no metabolismo aeróbico é
maior do que no anaeróbico.

2. Anabolismo: também chamado de via biossintética, compreende as


reações nas quais moléculas complexas são produzidas a partir de
moléculas simples. Para que as reações ocorram, é necessário
o consumo de energia. O anabolismo é essencial, por exemplo, para o
processo de crescimento e manutenção do organismo.

REGULAÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO

Toda a informação necessária ao funcionamento de qualquer


organismo vivo está inscrita nos seus genes. Essa informação
encontra-se no núcleo de todas as células de qualquer ser vivo, mas
cada célula é responsável pela expressão de determinados genes e
não de todos. Por exemplo, todas as células têm a informação
genética para a produção de insulina, mas só algumas células do
pâncreas a expressam. Assim, numa determinada sequência genética
existem vários tipos de genes com diferentes funções que são
responsáveis pela expressão ou não de determinados genes.
Para regular o material genético existe um conjunto de genes, de
substâncias e de situações que implicam - ou não - o início da
transcrição necessária para a produção de proteínas. Os vários tipos
de genes são os genes com funções controladoras - genes
reguladores, operadores, promotores - e os genes estruturais. Ao
conjunto dos genes estruturais, promotores, reguladores e
operadores, que constituem uma unidade genética de transcrição, dá-
se o nome de operão.

A informação necessária para a produção de uma dada proteína e/ou


enzima é codificada pelos genes estruturais. O gene
regulador codifica a produção de uma proteína que atua como
repressor. Compete a este gene controlar a expressão dos genes
estruturais. O repressor fixa-se no gene operador, impedindo a
transcrição dos genes estruturais. O gene promotor é onde se liga a
ARN-polimerase para que se inicie a transcrição dos genes
estruturais.

As situações são de dois tipos: de repressão e de indução.


Na repressão, o gene regulador produz um repressor, uma proteína,
que se liga ao gene operador inativando-o e, assim, impede a ligação
da ARN-polimerase ao gene promotor, o que implica que a transcrição
dos genes estruturais não vai ter início, ou seja, não se dá a
expressão dos genes estruturais. Na situação de indução há a
presença de um indutor, uma proteína, que se liga ao repressor e o
impede de se ligar ao gene operador e, assim, a ARN-polimerase
pode ligar-se ao gene promotor e produzir o mARN que vai dar início
à transcrição dos genes estruturais. Depois de o mARN estar
completamente transcrito a partir dos genes estruturais, vai migrar
para o citoplasma da célula e produzir a respetiva proteína por ação
dos ribossomas.

QUIMICA

Química é a ciência que estuda a matéria, sua estrutura, formação e


as transformações que ela sofre, levando em consideração a energia
envolvida em todo o processo. A Química faz parte das Ciências da
Natureza e se concentra em observar fenômenos, criar teorias para
explicá-los e modelos que os representem.

 A Química é uma ciência que estuda a matéria e suas


transformações.
 Dentro da Química, existem algumas áreas do conhecimento,
sendo as principais: a Química orgânica, a Química inorgânica, a
físico-química e a Química analítica.
 A Química é importante para o desenvolvimento de diversos
produtos que utilizamos no dia a dia.
 A Química é essencial para trazer explicações acerca da
natureza.
 O início da relação entre a Química e o ser humano se deu por
meio da descoberta do fogo.
 Um dos principais cientistas relacionados à Química foi Antoine
Lavoisier, considerado o pai da Química moderna.

IMPORTÂNCIA DA QUÍMICA

A Química está presente em toda a parte, mas, às vezes, é difícil


reconhecê-la. Do cultivo do trigo ao pão na nossa mesa, em várias
etapas o conhecimento químico permitiu que melhorássemos os
métodos de fabricação e a qualidade de vida.

Outro exemplo é que recebemos no nosso corpo materiais como


alimentos, água e ar. Dentro do nosso organismo ocorrem diversas
transformações químicas para que aproveitemos os nutrientes,
produzamos energia e utilizemos oxigênio para nos mantermos vivos.

Através da Química é possível estudar as substâncias naturais e


aproveitá-las. Mas também, pode-se produzir materiais em
laboratório.
Veja o exemplo do tênis, produto que contém materiais, de origem
natural ou sintética, que foram transformados pelo homem para criar
um bem de consumo para sociedade

De maneira simples, podemos dizer que o tênis é feito de borracha,


tecido e metal.

 Os metais são minérios extraídos da natureza.


 A borracha pode ser natural e produzida com a seiva de árvores
seringueiras. Já a borracha sintética é fabricada a partir do petróleo.
 O tecido natural vem do algodão, enquanto que um exemplo de
tecido sintético é o náilon.

A Química já foi vista como vilã, pela poluição vinda dos meios
utilizados para suprir urgentemente o mercado e por muito tempo
desprezar a questão ambiental. Produtos tóxicos, não degradáveis e
despejo de resíduos industriais são uns, dos muitos problemas
atrelados aos produtos químicos.

Entretanto, essa concepção está mudando. A Química verde incentiva


produções mais limpas, preservação do meio ambiente e processos
industriais com menos resíduos gerados. Reciclagem,
biocombustíveis e diminuição das emissões de gases do efeito estufa
são algumas das medidas que já podemos observar no nosso dia a
dia.

PARA QUE SERVE A QUÍMICA?

Os conhecimentos químicos geram aplicações e as tecnologias


permitem que novos produtos sejam criados. A Química está presente
nos alimentos, nos medicamentos, nas roupas, nas construções, e
assim por diante.

Confira um exemplo de onde o conhecimento químico foi empregado.


O princípio ativo do repelente é extraído de uma planta chamada
citronela. Por meio de equipamentos laboratoriais e técnicas de
extração, químicos conseguiram isolar o óleo de citronela e,
juntamente com outras substâncias químicas, transformaram em um
produto que impede a picada de mosquitos.

Para isso, foi preciso estudar a composição da substância, como ela


atua e quais seus riscos. Tudo isso faz parte da química: pesquisar,
investigar, fazer experimentos e criar produtos que melhorem a vida
das pessoas.

Embora seja comum associarmos o conhecimento químico com as


guerras, por causa da criação de armas químicas e bomba atômica, a
Química teve importantes contribuições ao longo da história. Algumas
delas foram:

 Fontes alternativas de energia: descoberta da radioatividade dos


elementos químicos e criação da energia nuclear para gerar energia
elétrica.
 Alimentos industrializados: descoberta de substâncias que
conservam os alimentos e, assim, aumentou-se a validade dos
alimentos comercializados.
 Medicamentos: descoberta de substâncias químicas capazes de
controlar e combater doenças.

REAÇOES QUIMICA
As reações químicas são o resultado da transformação que ocorre
nas substâncias, onde os átomos rearranjam-se modificando seu
estado inicial. Assim, os compostos químicos sofrem alterações
gerando novas moléculas. Por sua vez, os átomos dos elementos
permanecem inalterados.

TIPOS DE REAÇÕES QUÍMICAS

As reações químicas (com presença de


substâncias reagentes e resultantes) são classificadas de quatro
maneiras, a saber:

Reações de síntese ou adição


Reações entre duas substâncias reagentes que resultam em uma
mais complexa.

Representação A + B → AB

Síntese do gás carbônico:


Exemplo
C + O2 → CO2
Veja também: Transformações Químicas

Reações de análise ou de decomposição


Reações em que uma substância reagente se divide em duas ou mais
substâncias simples. Essa decomposição pode ocorrer de três
maneiras:

 pirólise (decomposição pelo calor)


 fotólise (decomposição pela luz)
 eletrólise (decomposição pela eletricidade)
ORIGEM DE CONSTITUIÇÃO DOS METAIS

O primeiro metal descoberto foi o cobre, ainda na pré-história, no


oriente médio. Com a descoberta deste material e posteriormente de
outros metais foi possível desenvolver ferramentas mais eficientes
que as de pedra. Com o uso do metal também foi possível fabricar a
roda.

Hoje em dia ele é encontrado em nossa casa (ex: panelas, armários,


talheres), nos automóveis, nas embalagens de alimentos, etc.

Ele é sólido, não deixa passar luz (é opaco) e conduz bem a


eletricidade e o calor, possuindo um brilho especial chamado de
metálico. Quando aquecido é maleável, podendo ser moldado em
várias formas, desde fios até chapas e barras. Os metais podem ser
encontrados misturados no solo e nas rochas, sendo chamados de
minérios.

COMPOSIÇÃO DOS METAIS

Os minérios são substâncias encontradas em solos e rochas de onde


é possível extrair os metais. Alguns metais, tais como o ferro e o
cobre, são extraídos dos minérios já na forma a se utilizada. Outros,
como o aço e o bronze, precisam ser associados a outras substâncias
(ex: aço = ferro + carvão).

TIPOS DE METAL

Existem muitos tipos de metais, chegando hoje ao total de sessenta e


oito. Dentre eles existem alguns bem diferentes, como o mercúrio
(que é líquido) e o sódio (que é leve). Os mais conhecidos e utilizados
há muitos anos são o ferro, cobre, estanho, chumbo, ouro e a prata.

Os metais podem ser separados em dois grandes grupos: os ferrosos,


compostos por ferro, e os não-ferrosos.

Veja abaixo os principais tipos de metais e suas aplicações:

Tipos de metal Aplicações de cada tipo de metal

FERROSOS

Ferro utensílios domésticos, ferramentas, peças de


automóveis estruturas de edifícios, latas de
alimentos e bebidas;

Aço latas de alimentos, peças de automóveis, aço


para a construção civil;

NÃO-FERROSOS

Alumínio latas de bebidas, esquadrias;

Cobre cabos telefônicos e enrolamentos elétricos,


encanamentos;

Metais Chumbo baterias de carros, lacres;


pesados
Níquel baterias de celular;

Zinco telhados, baterias


Mercúrio lâmpadas fluorescentes, baterias

LIGAÇÃO QUÍMICA EM TERMOS DE UNIDADE ESTRUTURAL

As ligações químicas são feitas pelos átomos para que estes possam
se tornar estáveis. Para que os átomos possam se ligar, é necessário
que eles envolvam seus elétrons da camada de valência, seja
doando-os para outro átomo, como no caso da ligação iônica, seja
compartilhando-os com outro átomo, como no caso da ligação
covalente. Há também uma terceira modalidade de ligação química,
específica para os átomos metálicos, cujo nome é ligação metálica.

De acordo com a ligação química realizada é que podemos classificar


as substâncias. Os compostos iônicos são formados pelas ligações
iônicas, as moléculas são formadas pelas ligações covalentes e os
metais são formados pelas ligações metálicas. Elas também diferem
quanto à força: a ligação metálica é mais forte, sendo sucedida pela
ligação iônica e então a covalente.

RESUMO SOBRE AS LIGAÇÕES QUÍMICAS

 Átomos se ligam para adquirir maior estabilidade química.


 A regra do octeto é uma teoria para determinar quando um
átomo se torna estável.
 Segundo a regra do octeto, um átomo se estabiliza ao ter oito
elétrons na camada de valência ou adquirir a mesma
configuração eletrônica do gás nobre mais próximo na Tabela
Periódica.
 A ligação iônica ocorre quando um átomo doa elétrons para outro
átomo.
 A ligação covalente ocorre quando átomos compartilham pares
de elétrons.
 Elétrons livres mantêm íons metálicos unidos na ligação
metálica, de acordo com a teoria do mar de elétrons.

LEI DE MENDEL

"Mendel iniciou seus experimentos em torno de 1857, quando


começou a trabalhar com o cruzamento de ervilhas. As ervilhas
foram uma escolha importante para o sucesso do experimento,
uma vez que apresentam várias características que podem ser
estudadas, apresentam curto tempo de geração, geram grande
número de descendentes, além do fácil cultivo.

Para realizar seu experimento, Mendel analisou características que


apresentavam duas formas distintas, como sementes verdes e
amarelas, e flores brancas e púrpuras. No total, foram estudadas
sete características: forma da semente (lisa ou ondulada), cor da
semente (amarela ou verde), cor da flor (púrpura ou branca), forma
da vagem (inflada ou constrita), cor da vagem (verde ou amarela),
posição da flor (axial ou terminal) e comprimento do caule (alto ou
anão).

Nesses experimentos, ele utilizou plantas chamadas de puras, ou


seja, plantas que, após sucessivas gerações, davam origem a
plantas com a mesma característica."

"ses experimentos, ele utilizou plantas chamadas de puras, ou seja,


plantas que, após sucessivas gerações, davam origem a plantas
com a mesma característica.

Mendel realizava a polinização cruzada das plantas puras,


transferindo o pólen de uma planta para outra. Esse cruzamento
entre plantas puras é chamado de hibridização. Os progenitores
puros recebem a denominação de geração parietal ou geração P.

Após cruzar a geração parietal, os descendentes dessa geração


foram obtidos, os quais receberam o nome de primeira geração filial
ou geração F1. O cruzamento entre indivíduos F1 levou à produção
da segunda geração filial ou geração F2.

Mendel obteve importantes resultados em seus experimentos com


o cruzamento de ervilhas. Com base nos dados obtidos, ele pôde
compreender melhor os princípios da hereditariedade. Para
compreender melhor o trabalho de Mendel, vamos considerar o
cruzamento entre plantas que geram flores púrpuras e flores
brancas.
Observe a figura exemplificando os resultados obtidos por Mendel
em seu experimento.

Mendel realizou o cruzamento entre plantas puras que


apresentavam flores púrpuras e plantas puras que apresentavam
flores de cor branca. O cruzamento gerou híbridos F1 100% com
flores púrpuras. A cor das flores era exatamente como aquela
apresentada pelas plantas puras, o que levou à seguinte questão: o
que aconteceu com o fator que determinava a cor branca das
flores?

Mendel não interrompeu seus trabalhos na geração F1, o que foi


essencial para a compreensão do processo. Após o resultado de
100% das plantas com flores púrpuras, ele realizou a fecundação
entre plantas F1 e teve uma grande surpresa: as plantas que
geravam flores brancas reapareceram.

O resultado apresentado foi de, aproximadamente, três plantas com


flores púrpuras para uma planta com flor branca, ou seja, 75% das
plantas geradas apresentavam flores púrpuras, enquanto 25%
apresentavam plantas com flores brancas.

Existem fatores responsáveis por uma determinada característica.


No caso do experimento citado, podemos concluir que existem
fatores que determinam a cor branca e a cor púrpura. Esses fatores
são o que hoje conhecemos como genes e as versões desses
fatores são o que chamamos de alelo.

Cada indivíduo possui dois fatores que determinam uma


característica, sendo um fator herdado do pai e outro da mãe. Isso
significa que cada organismo herda dois alelos, um proveniente da
mãe e outro proveniente do pai. No caso da geração F1, os
descendentes apresentavam fatores para a flor branca e para a flor
púrpura.

Existem fatores dominantes e fatores recessivos. Os alelos


dominantes são capazes de esconder ou mascarar o alelo
recessivo. No caso das flores púrpuras da geração F1, o alelo para
a cor púrpura era dominante e expressou-se, enquanto o alelo para
a cor branca não era. Os alelos recessivos só se expressam
quando estão aos pares.

Cada indivíduo passa apenas um fator para cada característica em


cada gameta. Isso significa que os alelos separam-se durante a
formação dos gametas e apenas um alelo estará presente no
gameta."

FISICA

A Física é uma ciência que trata do estudo e interpretação dos


fenômenos físicos que ocorrem na natureza, isso envolve a análise de
conceitos como matéria, energia e espaço, bem como a interação
entre eles.

Fontes de energias são recursos naturais usados pelos seres


humanos para criação de energia geralmente usada nas atividades do
dia a dia. Essas energias podem ser renováveis, quando os recursos
usados não acabam com o uso, e não renováveis, que acabam com o
uso e são consideradas combustíveis fósseis. As energias
renováveis são provenientes da água, do Sol, do vento, da biomassa
etc. Já as não renováveis são o petróleo, o gás natural e o carvão
mineral.

O Brasil faz uso dessas energias, tanto as não renováveis, como o


petróleo e gás natural, quanto as limpas, como a elétrica, eólica, solar,
entre outras. Essas fontes de energia apresentam diversas vantagens
e desvantagens. Elas podem ser limpas, ou seja, não destruir ou
impactar o meio ambiente, e até mesmo renovar-se com seu uso. No
quesito desvantagens, cita-se o valor inicial de investimento, que, na
grande maioria da vezes, é de alto custo.

RESUMO SOBRE AS FONTES DE ENERGIA

 Fontes de energia são recursos naturais ou artificiais utilizados


pelos seres humanos para a criação de energia.
 Fontes renováveis são aquelas consideradas energia limpa, que se
renova naturalmente no meio ambiente. Ex: solar, eólica,
maremotriz e geotérmica.
 Energias renováveis ou energias limpas causam pouco ou nenhum
impacto ambiental.
 Fontes não renováveis são as energias que não se renovam na
natureza e são consideradas poluentes. Ex: petróleo, gás natural e
carvão mineral.
 A energia nuclear é considerada não renovável por ser altamente
poluente e radioativa.
 Energias não renováveis são altamente poluentes.
 A energia proveniente das hidrelétricas (água) representa 90% do
consumo no Brasil.

TIPOS DE FONTES DE ENERGIA

As fontes de energia são recursos naturais utilizados pelos seres


humanos para a criação de energia. Essa energia é utilizada em
atividades do cotidiano ligadas à vida humana, como a eletricidade
usada em:

 moradia
 fábricas
 comércio
 energia nas indústrias
 veículos, entre outros

As fontes de energia podem ser de dois tipos: renováveis e não


renováveis. As energias renováveis ou energia limpa são aquelas que
se renovam naturalmente no meio ambiente, podemos citar a energia
produzida por:

 vento
 Sol
 água, para energia hidrelétrica e maremotriz
 biomassa
 geotérmica

Essas energias não são produzidas pelos seres humanos, e sim pelo
próprio planeta Terra.
Por outro lado, temos as energias não renováveis, que recebem esse
nome porque não se renovam no meio ambiente, elas são bastante
conhecidas e usadas no dia a dia, são elas:

 petróleo
 carvão mineral
 gás natural
 energia nuclear

FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA

As fontes renováveis de energia são aqueles recursos naturais que


não se esgotam com seu uso, ou seja, renovam-se ao longo do tempo
naturalmente. As energias renováveis são consideradas limpas por
não serem poluentes e causarem poucos impactos ambientais. Em
alguns casos, esses impactos são pequenos, e, em outros, não há
impacto no meio ambiente, como no caso da produção de energia
solar e eólica.

Algumas dessas fontes são permanentes, como o vento ou a luz


solar, outras podem acabar, dependendo de como são usadas
diariamente, como a água.

 Energia eólica: é gerada pela ação do vento. A força dos ventos


movimenta turbinas de aerogeradores, que, por sua vez, fazem
com que a energia mecânica seja convertida em energia elétrica.
 Energia solar: é produzida pela captação dos raios solares,
através de painéis fotovoltaicos, que convertem o calor em energia
elétrica, e painéis térmicos, que utilizam o calor solar para aquecer
a água.
 Painéis solares fotovoltaicos, também chamados de placas solares
fotovoltaicas, são dispositivos utilizados para converter
a energia da luz do Sol em energia elétrica. Os painéis solares
fotovoltaicos são compostos por células solares, assim designadas
já que captam, em geral, a luz solar. Estas células são, por vezes, e
com maior propriedade, chamadas de células fotovoltaicas, ou seja,
criam uma diferença de potencial elétrico por ação da luz (seja do
Sol ou da sua casa). As células solares contam com o efeito
fotovoltaico para absorver a energia do sol e fazem a corrente
elétrica fluir entre duas camadas com cargas opostas.
 Energia hidrelétrica: é criada pela força da água dos rios, que
movimentam as turbinas para a geração de eletricidade. É comum
em regiões de rica hidrografia e relevo de planaltos.
 Energia maremotriz (mar): é adquirida por meio da construção de
turbinas nos mares, que são movimentadas pela força da água, e
assim gera-se a energia elétrica.
 Biomassa: é adquirida pela queima de substâncias de origem
orgânica, ocorre com a combustão de lenha, bagaço de cana,
resíduos agrícolas e excrementos animais. Os biocombustíveis são
considerados biomassa por serem produzidos com base em
vegetais de origem orgânica, como a cana-de-açúcar (caso
específico do etanol).
 Energia geotérmica: é o aproveitamento do calor do interior da
Terra. O calor da Terra é transformado em eletricidade, nas
usinas geotérmicas ou geotermais.

Leia mais sobre essas importantes fontes energéticas em: Fontes


renováveis de energia.
FONTES NÃO RENOVÁVEIS DE ENERGIA

As fontes não renováveis de energia são aquelas que não se renovam


rapidamente no meio ambiente, sendo
consideradas combustíveis fósseis, ou seja, seu uso é altamente
poluente e causa grandes impactos no meio ambiente.

As energias não renováveis são provenientes de reações químicas


naturais, realizadas no interior da crosta terrestre, exclusivamente
em rochas sedimentares, e são provenientes de matéria orgânica, por
isso recebem o nome de combustíveis fósseis. São elas o petróleo, o
carvão mineral e o gás natural. Esses elementos demoraram centenas
de milhares de anos para ser produzidos.

Eles são utilizados na indústria por sua alta capacidade de


combustão, como o carvão mineral, cuja queima gera energia para a
produção de bens industrializados. O petróleo, por sua vez, é mais
usado como combustível dos veículos automotivos e matéria-prima de
diversos tipos de indústrias. Já o gás natural é usado como
combustível de veículo e também no meio doméstico, com o gás de
cozinha.

A energia nuclear é adquirida pela quebra ou fissão do núcleo


atômico, em usinas nucleares. Essa energia não se renova, pois um
núcleo quebrado não retorna ao seu estado original. Outro fator que
devemos considerar é a alta radioatividade liberada após a quebra do
núcleo, isso, além de ser altamente nocivo à saúde de qualquer ser
vivo, pode promover acidentes graves, como explosão de usinas
nucleares (caso de Chernobyl).
TRANSFERENCIA DE ENERGIA

TRANSFERÊNCIAS E TRANSFORMAÇÕES DE ENERGIA

Numa transferência de energia, a energia transfere-se de um


sistema designado por fonte para outro(s) sistema(s) designado(s) por
recetor(es).

Numa transferência de energia, a fonte cede energia e o recetor


recebe energia.

A energia não se cria nem se perde, transfere-se entre sistemas e


mantém-se constante.

Um diagrama de fluxo de energia mostra a energia fornecida e as


energias útil e dissipada, evidenciando a conservação da energia.

O rendimento, η, calcula-se pelo quociente entre a energia útil e a


energia fornecida e exprime-se, geralmente, em percentagem:

CONDUÇÃO E CONVECÇÃO

Quando dois corpos a temperaturas diferentes são postos em


contacto, há transferência de energia como calor do corpo que se
encontra a temperatura mais alta para o corpo que se encontra a
temperatura mais baixa, até ficarem os dois à mesma temperatura.

Calor é a energia transferida entre dois corpos em contacto, a


temperaturas diferentes.
A transferência de energia como calor pode ser feita por condução
térmica ou convecção.

A condução térmica é um dos mecanismos de transferência de


energia como calor.

A convecção é um mecanismo de transferência de energia como


calor que ocorre nos líquidos e nos gases (fluidos).

As correntes de convecção são movimentos que ocorrem no interior


de um fluido devido a diferenças de temperatura.

Para além de se poder transferir energia como calor, também é


possível transferir energia por radiação.

MOVIMENTO DE UM PROJECTIL

Denominamos de movimento dos projéteis ao movimento livre de um


corpo lançado num campo gravitacional uniforme, onde a aceleração
da gravidade é constante e vertical, sendo desprezível a resistência do
ar.
Quando lançamos um projétil o seu movimento poderá ser sempre
decomposto em 2 movimentos que são vertical e horizontal

Onde a aceleração sera sempre de gravidade e o movimento


horizontal será uniforme uma vez que não existe aceleração com
componente horizontal, ou seja a componente horizontal da velocidade
do projétil é constante.

O movimento vertical será uniformemente variado com uma aceleração


igual à da gravidade. Decomposição da velocidade no lancamento.
O projétil é lançado de forma que a sua velocidade inicial é inclinada
em relação à horizontal. A velocidade inicial deverá ser decomposta
nas direções horizontal e vertical.

Vox=Vo

Voy=Vo

Como a altura máxima é relativa ao movimento vertical.


A aceleração no movimento vertical é igual a aceleração da gravidade.
Na altura máxima a velocidade vertical é nula.
A altura máxima corresponde à variação de posição vertical ocorrida
entre os instantes zero e t. Como calcular o alcance de um projétil?
Denominamos de alcance A à distância entre a posição de lançamento
do projétil e a sua posição ao voltar ao mesmo nível do lançamento.

O alcance corresponde à distância horizontal percorrida durante o


tempo de realização do movimento, isto é, um tempo igual ao dobro do
tempo para atingir a altura máxima, podendo ser avaliado pela área do
retângulo amarelo do gráfico v x t relativo ao movimento horizontal.

PRINCIPIO DA REATIVIDADE DE GALILEU E VELOCIDADE

O princípio da relatividade de Galileu, como o próprio nome indica, foi


proposto pelo matemático, astrónomo e físico italiano Galileu
Galilei (1564-1642).
Este princípio diz: as leis da mecânica, expressas num dado
referencial, serão expressas de forma idêntica em qualquer outro
movimento retilíneo e uniforme em relação ao primeiro.
Frequentemente este princípio é enunciado de forma mais restrita
privilegiando o sistema inercial e o espaço absoluto.

LEI FUNDAMENTAL DA HIDROSTATICA

A hidrostática consiste na parte da física que estuda os fluidos


(líquidos e gases) em repouso. Dado que se considera o fluido como
um meio contínuo, as equações que se aplicam são as da estática em
cada ponto. Na maioria dos casos, as forças que atuam sobre um
ponto do fluido são as de pressão e da gravidade. Do facto de
tenderem ao equilíbrio, deduz-se a lei fundamental da hidrostática. A

equação matemática que traduz a lei é a seguinte: . Esta equação

relaciona o gradiente de pressão com as forças externas ,


sendo d a densidade do fluido. Uma aplicação importante desta
equação é que na atmosfera a pressão diminui com a altitude.

LEI DE ARQUIMEDES

O Teorema de Arquimedes, também chamado de “Princípio de


Arquimedes” (Lei do Empuxo) refere-se à experiência do grande
físico-matemático grego: Arquimedes de Siracusa.

Assim, a partir da “gravidade específica”, o teorema de Arquimedes


permite calcular o valor da força vertical e para cima (força empuxo)
que torna um corpo mais leve no interior de um fluido.

Assim, o postulado de Arquimedes afirma que:

“todo corpo mergulhado num fluido recebe um impulso de baixo para


cima igual ao peso do volume do fluido deslocado, por esse motivo, os
corpos mais densos que a água, afundam, enquanto os menos
densos flutuam”.

Isso explica porque quando estamos imersos na água, seja na praia


ou na piscina, a percepção que temos é de que somos mais leves
dentro da água do que fora dela, o que explica a força empuxo (E)
atuando, em sentido contrário à força peso (P).

EMPUXO

A força empuxo (impulsão) é uma força hidrostática e uma grandeza


vetorial (possui módulo, sentido e direção) representada pela letra F
com uma seta acima da letra.

A força empuxo designa a força resultante exercida pelo fluido sobre


determinado corpo.

No Sistema Internacional (SI) de Unidades o empuxo é medido pela


unidade Newton (N). Dessa forma, para calcular a força empuxo
utiliza-se a seguinte fórmula:

E= df.Vfd.g

Donde,

df: densidade do fluido


Vfd: volume do fluido
g: Aceleração da gravidade
Assim, é importante ressaltar que se a densidade do corpo for maior
que a densidade do fluido, o corpo afundará; se a densidade do corpo
for equivalente à densidade do fluido, o corpo ficará em equilíbrio com
o fluido; e, por fim, se a densidade do corpo for menor que a
densidade do fluido, o corpo flutuará na superfície do fluido.

Em outras palavras, se a força empuxo (E) tiver menor intensidade


que a força peso (P), o corpo afundará; se a força empuxo (E) tiver a
mesma intensidade que a força peso (P) o corpo não subirá nem
descerá, permanecendo em equilíbrio; por fim, se a força do empuxo
tiver maior intensidade que a força peso (P), o corpo subirá para a
superfície.

Note que no Sistema Internacional (SI) a densidade do fluido é


medida em quilogramas por metros cúbico (kg/m³), o volume em
metros cúbicos (m³) e a aceleração da gravidade em metros por
segundo ao quadrado (m/s²).

TERMO-DINAMICA

A termodinâmica é uma área da Física que estuda as transferências


de energia. Busca compreender as relações entre calor, energia e
trabalho, analisando quantidades de calor trocadas e os trabalhos
realizados em um processo físico.

A ciência termodinâmica foi inicialmente desenvolvida por


pesquisadores que buscavam uma forma de aprimorar as máquinas,
no período da Revolução Industrial, melhorando sua eficiência.

Esses conhecimentos se aplicam atualmente em várias situações do


nosso cotidiano. Por exemplo, máquinas térmicas e refrigeradores,
motores de carros e processos de transformação de minérios e
derivados do petróleo
LEIS DA TERMODINÂMICA

As leis fundamentais da termodinâmica regem o modo como o calor


se transforma em trabalho e vice-versa.

Primeira Lei da Termodinâmica


A Primeira Lei da Termodinâmica se relaciona com o princípio da
conservação da energia. Isso quer dizer que a energia em um sistema
não pode ser destruída nem criada, somente transformada.

A fórmula que representa a primeira lei da termodinâmica é a


seguinte:

Alguns autores utilizam a letra W para designar trabalho, assim como,


expressar a fórmula assim:

A quantidade de calor, o trabalho e a variação de energia interna


possuem como unidade de medida padrão o Joule (J).

Um exemplo prático da conservação de energia ocorre quando uma


pessoa usa uma bomba para encher um objeto inflável, ela está
usando força para colocar ar dentro do objeto. Isso significa que a
energia cinética é usada para mover o pistão da bomba para baixo.
A Lei de Hess é um caso particular do princípio da conservação de
energia. Saiba mais!

Segunda Lei da Termodinâmica


As transferências de calor ocorrem sempre do corpo mais quente para
o corpo mais frio, isso acontece de forma espontânea, mas o contrário
não. O que significa dizer que os processos de transferência de
energia térmica são irreversíveis.

Desse modo, pela Segunda Lei da Termodinâmica, não é possível


que o calor se converta integralmente em outra forma de energia. Por
esse motivo, o calor é considerado uma forma degradada de energia.

A grandeza física relacionada com a Segunda Lei da Termodinâmica


é a entropia, que corresponde ao grau de desordem de um sistema.

Leia também:

 Ciclo de Carnot
 Dilatação Térmica

Lei Zero da Termodinâmica


A Lei Zero da Termodinâmica trata das condições para a obtenção
do equilíbrio térmico. Dentre essas condições podemos citar a
influência dos materiais que tornam a condutividade térmica maior ou
menor.

Segundo essa lei,

1. se um corpo A está em equilíbrio térmico em contato com um corpo


Be
2. se esse corpo A está em equilíbrio térmico em contato com um corpo
C, logo
3. B está em equilíbrio térmico em contato com C.

Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em


contato, aquele que estiver mais quente irá transferir calor para aquele
que estiver mais frio. Isso faz com que as temperaturas se igualem
chegando ao equilíbrio térmico.

É chamada de lei zero porque o seu entendimento mostrou-se


necessário para as primeiras duas leis que já existiam, a primeira e a
segunda leis da termodinâmica.

Terceira Lei da Termodinâmica


A Terceira Lei da Termodinâmica surge como uma tentativa de
estabelecer um ponto de referência absoluto que determine a
entropia. A entropia é, na verdade, a base da Segunda Lei da
Termodinâmica.

Walther Nernst, o físico que a propôs, concluiu que não era possível
que uma substância pura com temperatura zero apresentasse a
entropia num valor aproximado a zero.

Por esse motivo, trata-se de uma lei polêmica, considerada por muitos
físicos como uma regra e não uma lei.

SISTEMAS TERMODINÂMICOS

Em um sistema termodinâmico pode haver um ou vários corpos que


se relacionam. O meio que o envolve e o Universo representam o
meio externo ao sistema. O sistema pode ser definido como: aberto,
fechado ou isolado.

Quando o sistema é aberto, há transferência de massa e energia


entre o sistema e o meio externo. No sistema fechado há apenas
transferência de energia (calor), e quando é isolado não há trocas.

Comportamento dos gases


O comportamento microscópico dos gases é descrito e interpretado
de forma mais fácil do que nos outros estados físicos (líquido e
sólido). É por isso que os gases são mais usados nesses estudos.

Nos estudos termodinâmicos são usados gases ideais ou perfeitos. É


um modelo no qual as partículas se movem de forma caótica e
interagem apenas nas colisões. Além disso, se considera que essas
colisões entre as partículas, e delas com as paredes do recipientes,
são elásticas e duram por pouquíssimo tempo.

Em um sistema fechado, o gás ideal pressupõe um comportamento


que envolve as seguintes grandezas físicas: pressão, volume e
temperatura. Essas variáveis definem o estado termodinâmico de um
gás.

Comportamento dos gases segundo as leis dos gases

A pressão (p) é produzida pelo movimento das partículas do gás


dentro do recipiente. O espaço ocupado pelo gás no interior do
recipiente é o volume (v). E a temperatura (t) está relacionada com a
energia cinética média das partículas do gás em movimento.

Leia também Lei dos Gases e Estudo dos Gases.


Energia interna
A energia interna de um sistema é uma grandeza física que ajuda a
medir como ocorrem as transformações pelas quais um gás passa.
Essa grandeza está relacionada com a variação da temperatura e da
energia cinética das partículas.

LEI DE NILTON

As Leis de Newton são os princípios fundamentais usados para


analisar o movimento dos corpos. Juntas, elas formam a base da
fundamentação da mecânica clássica.

As três leis de Newton foram publicadas pela primeira vez em 1687


por Isaac Newton (1643-1727) na obra de três volumes "Princípios
Matemáticos da Filosofia Natural" (Philosophiae Naturalis Principia
Mathematica).

Isaac Newton foi um dos mais importantes cientista da história, tendo


deixado importantes contribuições, principalmente na física e na
matemática.

PRIMEIRA LEI DE NEWTON

A Primeira Lei de Newton é também chamada de "Lei da Inércia" ou


"Princípio da Inércia". Inércia é a tendência dos corpos de
permanecerem em repouso ou em movimento retilíneo uniforme
(MRU).

Assim, para um corpo sair do seu estado de repouso ou


de movimento retilíneo uniforme é necessário que uma força passe a
atuar sobre ele.
Portanto, se a soma vetorial das forças for nula, resultará no equilíbrio
das partículas. Por outro lado, se houver forças resultantes, produzirá
variação na sua velocidade.

Quanto maior for a massa de um corpo, maior será sua inércia, ou


seja, maior será sua tendência de permanecer em repouso ou em
movimento retilíneo uniforme.

Para exemplificar, pensemos num ônibus em que o motorista, que


está numa determinada velocidade, se depara com um cão e
rapidamente, freia o veículo.

Nesta situação, a tendência dos passageiros é continuar o


movimento, ou seja eles são jogados para frente.

Como o cavalo parou bruscamente, por inércia, o cavaleiro foi


arremessado

Veja também: O que é a Inércia na Física?

SEGUNDA LEI DE NEWTON

A Segunda Lei de Newton é o "Princípio Fundamental da Dinâmica".


Nesse estudo, Newton constatou que a força resultante (soma vetorial
de todas as forças aplicadas) é diretamente proporcional ao produto
da aceleração de um corpo pela sua massa:

No Sistema Internacional (SI) as unidades de medida são: F (força) é


indicada em Newton (N); m (massa) em quilograma (kg) e a
(aceleração adquirida) em metros por segundo ao quadrado (m/s²).
Importante ressaltar que a força é um vetor, ou seja, possui módulo,
direção e sentido.

Dessa forma, quando várias forças atuam sobre um corpo, elas se


somam vetorialmente. O resultado desta soma vetorial é a força
resultante.

A seta acima das letras na fórmula representa que as grandezas força


e aceleração são vetores. A direção e o sentido da aceleração serão
os mesmos da força resultante.

Veja também: Vetores: soma, subtração e decomposição

TERCEIRA LEI DE NEWTON

A Terceira Lei de Newton é chamada de "Lei da Ação e Reação" ou


"Princípio da Ação e Reação" no qual toda força de ação é
correspondida por uma força de reação.

Dessa maneira, as forças de ação e reação, que atuam em pares, não


se equilibram, uma vez que estão aplicadas em corpos diferentes.

Lembrando que essas forças apresentam a mesma intensidade,


mesma direção e sentidos opostos.

Para exemplificar, pensemos em dois patinadores parados um de


frente para o outro. Se um deles der um empurrão no outro, ambos
irão se mover em sentidos opostos.

PORTUGUES
TEXTO LITERÁRIO

O que é um texto literário:


Um texto literário é uma construção textual de acordo com as normas
da literatura, com objetivos e características próprias, como linguagem
elaborada de forma a causar emoções no leitor.

De acordo com a classificação de textos, existe a divisão entre duas


categorias: textos literários e textos não literários.

Alguns exemplos de textos literários são: peças teatrais,


romances, crônicas, contos fábulas, poemas, etc. Uma das
características distintivas dos textos literários é a sua função poética,
onde é possível constatar ritmo e musicalidade, organização
específica das palavras e um elevado nível de criatividade.

Diferenças entre texto literário e não literário


A grande diferença entre os textos literários e não literários consiste
na sua função ou objetivo.

O texto não literário tem como objetivo informar, esclarecer, explicar,


ou seja, pretende ser útil ao leitor. O texto não literário é
frequentemente visto como um texto informativo, construído de forma
específica, com linguagem clara e objetiva. Alguns exemplos são
artigos científicos, notícias, ou textos didáticos.

Por outro lado, o texto literário é mais artístico, com uma função
estética, que tem como objetivo recreativo, provocando diferentes
emoções no leitor. Assim, os textos literários nem sempre estão
ligados à realidade (no caso da ficção) e muitas vezes são subjetivos,
podendo existir diferentes interpretações de leitores distintos. Além
disso, o texto literário contém figuras de linguagem, sentido figurado e
metafórico das palavras, que tornam o texto mais expressivo.

TIPOS DE TEXTO:

Tipos de texto ou tipologias textuais são sequências de palavras e


frases que formam os textos que usamos no nosso dia a dia. São
tipos textuais o narrativo, o descritivo, o dissertativo, o injuntivo,
o explicativo e o preditivo.

Gêneros textuais (romances, poemas, relatórios, e-mails, teses,


verbetes etc.) são compostos por tipos textuais. Por exemplo: para
escrever um conto (gênero textual), é indispensável o uso da narração
(tipo textual). Geralmente, um único texto é formado por mais de um
tipo textual.

Texto Narrativo
Narrar é contar uma história, um acontecimento, uma cena. É isto que
faz o texto narrativo: contar histórias. Para isso, devem existir
elementos como personagem, espaço e tempo. Além disso, narrativas
costumam ser organizadas em torno de um conflito - uma situação
problemática que nos chama a atenção.

Texto Descritivo
Descrever é mostrar alguma coisa (um lugar, uma paisagem, um
personagem), caracterizando-a. A descrição faz parte de muitos
gêneros, porém é raro encontrar algum gênero em que ela seja o tipo
predominante.
Texto Dissertativo
Dissertar é o mesmo que discorrer - falar sobre um determinado tema.
Quando tem caráter argumentativo, a dissertação expõe uma tese e
apresenta argumentos com a finalidade de demonstrar a validade
desse ponto de vista. O objetivo do texto argumentativo-dissertativo é
convencer o interlocutor.

Texto Injuntivo
O texto injuntivo é aquele que emite ordens de ação ou
instruções (por isso, é também chamado de texto instrucional). Seu
modo verbal característico é o imperativo: “Faça”, “Use”, “Aja”, “Deve”
etc.

Texto Expositivo
A exposição é a apresentação de alguma coisa: uma ideia, um
pensamento, um conceito, um dado etc. Na exposição o foco não é
problematizar ou argumentar, mas a exibição de um saber, de forma
lógica e organizada.

Texto Preditivo
O texto preditivo é aquele em que o autor antecipa (ou seja, prediz)
alguma coisa.

MORFOLOGIA E SINTAXE

O que é MORFOLOGIA?

Em linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da


classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as
palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da sua
participação na frase ou período.

A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de


palavras ou classes gramaticais.

São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo,


Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição.

Estrutura das palavras -(Análise Sintática e Morfologia)

Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das


palavras. Assim, compreendemos melhor o significado de cada uma
delas.

Iniciamos nosso estudo de morfologia abordando conceitos dos


elementos mórficos que estruturam os vocábulos.

Para isso, partimos, inicialmente, de quatro questionamentos:

Para a NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira), a morfologia é o


estudo das palavras quanto à(s) sua (s):

a) estrutura e forma;

a) flexões;

b) classificação

Qual sua unidade básica de estudo? (Análise Sintática e Morfologia)

Sua unidade básica é o Morfema. Cada morfema é um átomo de som


e significado, isto é, um signo mínimo. Segundo tal perspectiva, a
morfologia é o estudo desses átomos e das combinações em que
podem ocorrer.

Qual a formação das palavras? (Análise Sintática e Morfologia)

A estrutura das palavras engloba as “formas” como podemos criá-las:


derivando, prefixando, reduzindo…

A FORMAÇÃO engloba as “formas” como podemos criar palavras:


derivando, prefixando, reduzindo…

Vejamos o radical, a vogal temática, o tema, a desinência e os afixos.

O radical é a forma mínima que indica o sentido básico de uma


palavra. Alguns vocábulos são constituídos apenas por radical (lápis,
mar, hoje).

Os radicais permitem a formação de famílias de palavras: menin-


o, menin-a; menin-ada, menin-inho, menin-ona.

A vogal temática é a vogal que, em alguns casos, une-se ao radical,


preparando-o para receber as desinências: com-e-r.

O tema é o acréscimo da vogal temática ao radical, pois na língua


portuguesa é impossível a ligação do radical com, com a desinência r,
por isso é necessário o uso do tema e.

As desinências estão apoiadas ao radical para marcar as flexões


gramaticais.

Podem ser nominais ou verbais:


As nominais indicam flexões de gênero e número dos nomes (gat-a e
gato-s).

Já as verbais indicam tempo e modo (modo-temporais / fal-á-sse-mos)


ou pessoa e número (número-pessoais / fal-á-sse-mos) dos verbos.

Os afixos são morfemas derivacionais (gramaticais) agregados ao


radical para formar palavras novas.

Os afixos da língua portuguesa são:

– o prefixo, colocado antes do radical (infeliz);

– sufixo, colocado depois do radical (felizmente).

Dentro da morfologia, A CLASSIFICAÇÃO das Palavras é importante


para diferenciarmos as diversas possibilidades de descrever nossas
as ideias, traduzidas em coisas (Substantivos), características
(Adjetivos), ações (Verbo)…

As dez classes gramaticais são: (Análise Sintática e Morfologia)

•Variáveis:

1.Substantivo;

2.Artigo;

3.Adjetivo;

4.Numeral;

5.Pronome;
6.Verbo.

• Invariáveis:

1.Advérbio;

2.Preposição;

3.Conjunção;

4.Interjeição.

De acordo com a análise morfológica, temos:

O amor e a compaixão são excelentes virtudes.

O – artigo definido

amor – substantivo abstrato

e – conjunção

a – artigo

compaixão – substantivo abstrato

são – verbo ser

excelentes – adjetivo

virtudes. – substantivo abstrato

A análise que considera somente a palavra é chamada de análise


morfológica (morfologia), e a que analisa a palavra relacionada a
outras dentro da oração é a análise sintática.
O que é a sintaxe gramatical? Análise Sintática e Morfologia

A análise sintática examina a estrutura do período, divide e classifica


as orações que o constituem e reconhece a função sintática dos
termos de cada oração.” (CEGALLA, p.319)

Frase X Oração X Período, qual é a diferença? (Análise Sintática e


Morfologia)

Frase é um enunciado de sentido completo e pode ser formada por


uma ou mais palavras; oração é uma frase que contenha um verbo
(ou locução verbal); e período é uma frase formada por uma ou mais
orações, podendo então ser simples ou composta.

Quando você divide uma frase em suas partes constitutivas (ou


sintagmas) e dá um nome a cada uma dessas partes, está fazendo
aquilo que chamamos de análise sintática.

São 8 as funções sintáticas reconhecidas pela NGB:

1) Sujeito

2) Objeto direto

3) Objeto indireto

4) Predicativo

5) Adjunto adverbial

6) Agente da passiva

7) Aposto
8) Vocativo

Segundo MORENO (2014) o adj.adnominal e o compl.nominal são


integrantes de outros sintagmas (sujeito, objeto, predicativo e aposto),
por isso não constam nesta lista.

Os dois termos essenciais/fundamentais da oração são:

SUJEITO e PREDICADO – Análise Sintática e Morfologia

Sujeito

“Ser do qual se diz alguma coisa” (CEGALLA)

“Unidade ou sintagma nominal que estabelece uma relação


predicativa com o núcleo verbal para constituir uma oração”.
(BECHARA)

“O elemento com o qual concorda o verbo” (LUFT)

O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou por


palavra ou expressão substantivada.

Obs.: Orações sem sujeito:

-> Verbos impessoais: haver – sentido de existir, decorrer; fazer,


passar, ser e estar – referência ao tempo; verbos de fenômenos
meteorológicos.

Predicado (Análise Sintática e Morfologia)

O conceito de predicado está diretamente atrelado ao conceito de


sujeito. E como mencionamos ali em cima, o sujeito é o ser, animado
ou não, de quem se diz algo e o predicado é o que se diz desse
sujeito.

Veja um exemplo para entender melhor:

“Maria joga futebol.” Neste exemplo “Maria” é o ser (animado) de


quem se diz algo e, portanto, é classificado como sujeito. E “joga
futebol” é o predicado, pois é o que se diz de Maria.

Termos integrantes da oração (Análise Sintática e Morfologia)

Complementos nominais;

Complementos verbais;

Agente da passiva.

Termos acessórios da oração (Análise Sintática e Morfologia)

Adjunto adnominal;

Adjunto adverbial;

Aposto.

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