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RICARDO, D. Princípios - CAP.

I — Sobre o Valor
Resenha crítica número 8 Texto 22. Aluno: Gabriel Ribeiro 23250067 Lilian de Pellegrini Elias
David Ricardo, Economista, político e filósofo inglês do século XIX, foi considerado um
dos pais da economia política clássica. Formulou a teoria ricardiana do valor-trabalho,
apontando que o valor de troca de um bem é determinado pela quantidade de trabalho
necessária para sua produção. É considerado um dos mais influentes economistas clássicos, ao
lado de Thomas Malthus, Adam Smith e James Mill.
Sobre o primeiro capítulo, entendemos que Ricardo vai formular a teoria do valor
mostrando, diferentemente do Adam Smith a quem divergia um pouco sobre o valor de uso.
Embora a água seja útil, ela não possui valor de troca. Os bens precisam ter tanto valor de uso
quanto valor de troca para serem trocados. O valor de troca advém de duas fontes: escassez e
quantidade de trabalho necessária para produzi-los. A maioria dos produtos pode ser
reproduzida pelo trabalho humano, ao contrário de uma pequena parcela de bens escassos
De acordo com ele, o valor de Smith sofre uma duplicidade, pois embora acerte ao
dizer que a proporção do trabalho exigido para obter bens determina seu valor de troca, este
pode ser mensurado pelo trabalho incorporado.
A proporção de trabalho necessária para se obter diferentes objetos parece ser o único
fator capaz de estabelecer alguma regra para trocá-los. Conforme Ricardo diz, sobre o conceito
de salário real, indo na contramão de Adam Smith e Malthus: "(...) ou seja, a quantidade
comparativa de mercadorias que o trabalho produzirá é quede termina o valor relativo delas e
não as quantidades comparativas de mercadorias que são entregues ao trabalhador em troca do
seu trabalho. Ricardo introduz o conceito de salário real, divergindo de Adam Smith e Malthus.
Ele acredita que o valor de algo depende do poder de aquisição de outros bens que a posse
desse objeto proporciona, ao contrário da visão de Smith.
Mesmo com um país que possui riqueza, se estiver estagnado, não há como encontrar
salários altos, pois raramente haverá escassez de trabalhadores. Smith ainda compara a pobreza
sendo desfavorável a educação dos filhos e com grande mortalidade, já que não há recursos
que eles se dispõem para uma melhor condição social. Para isso deveria haver o salário, para
que seja um estímulo da operosidade, como ele diz no texto. Quanto maior o salário, maior os
trabalhadores estarão ativos, porém, como é ressaltado por ele, isso acaba gerando um desgaste
na saúde pelo fato de sempre quererem estar ganhando mais. Se o trabalhador exerce sua função
com moderação, acaba fazendo uma quantidade maior de serviço com excelência.
Com base nesse capítulo, quais são as características que a teoria do valor de Ricardo
ajudaria na economia comportamental nos dias de hoje? A economia comportamental é uma
ferramenta que busca estudar o indivíduo para entender suas tomadas de decisões em vários
aspectos. Podemos citar três tipos de relação da teoria do valor de Ricardo para a economia
comportamental. A primeira seria precisão analítica: a teoria ricardiana se baseia em conceitos
claros e precisos como trabalho incorporado e valor de troca, o que permite análises mais
rigorosas. A economia comportamental envolve variáveis humanas mais subjetivas e
complexas para entender o individual de cada pessoa. A segunda seria a previsibilidade: a teoria
do valor-trabalho de Ricardo permite formular previsões sobre como os preços e a distribuição
da renda serão afetados por choques como novas tecnologias. Fatores comportamentais tornam
as previsões mais incertas. E por último, políticas públicas: a teoria dele oferece subsídios mais
objetivos para políticas como tributação e redistribuição de renda, com base nos conceitos de
trabalho e propriedade. Fatores comportamentais demandam políticas mais flexíveis e baseadas
em experimentação, já que é uma ferramenta mais teórica.

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